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D O R M Ê N C I
A D E
S E M E N T E S
T R A B A L H O R E A L I Z A D O P O R :
J O S É E R V I D E I R A , N º 2 6 7 9 2
M A R C O S D I N I Z , N º 2 6 0 4 7
G U I L H E R M E D U A R T E , N º 2 6 6 8 3
UC BIOLOGIA FUNCIONAL (FISIOLOGIA
VEGETAL)
Índice
A dormência: o que é e porquê?
Causas de dormência
Classificação com base na origem
Dormência endógena
Dormência exógena
Vantagens e desvantagens
Métodos para quebrar a dormência
Dormência em infestantes
1
A dormência: o
que é e porquê?
• O fenómeno de “não
germinação”
• Bloqueio interno
• Processo evolutivo
normal
• Assegurar a
continuidade da espécie
• Adaptação às condições
ambientais
2
Causas de dormência
Impermeabilidade à água e trocas gasosas
Resistência mecânica ao crescimento do
embrião
Dormência do embrião
Inibidores químicos da germinação
Combinação de causas
3
Classificaçã
o com base
na origem
4
Primária/
Ina
ta
• Mecanismos de bloqueio
adquiridos no processo
de amadurecimento das
sementes
• Impede uma germinação
precoce
• Confere grau
de polimorfismo às
sementes
5
Secundária/
Induzid
a
• Em condições pouco
favoráveis à
germinação;
• Em sementes onde
a dormência primária
terminou;
• A dormência
secundária poderá
imediatamente
ocorrer 6
Forçada/
Ambient
al
• Condição em que as
sementes viáveis não
germinam em
consequência das
flutuações ambientais
como:
• Escassez de água,
temperatura baixa e
oxigenação pobre.
.
.
• Após a remoção dessa
limitação a semente
7
Dormência
endógena
(embrião)
Inflorescência de Conium maculatum, cuj
as sementes apresentam dormência morfológica. 8
Dormência
fisiológica
• Embrião dormente – nível mais profundo de
dormência
• R egul
ação pelo metabolismo e genes
• Presença de substâncias inibidoras (ABA) ou ausência
de substâncias promotoras (GA)
• M ecanismos relacionados com o embrião, tegumento
e endosperma
• 3 tipos:
1. Profunda: embrião isolado da semente não origina
plântula normal;longo período de estratificação
do frio
2. Intermediária: período de estratificação do frio
intermédio
3. Não profunda: o embrião origina plântula normal;
período curto de estratificação:
a) Tipo 1: temperaturas baixas para elevadas
b) Tipo 2: temperaturas elevadas para baixas
c) Tipo 3: temperaturas médias para os
extremos
d) Tipo 4: temperaturas altas
e) Tipo 5: temperaturas baixas 9
Dormência morfológica
Alterações na
estrutura da
semente
Camada espessa
e dura na casca
ou no
endosperma,
impeditiva da
germinação
10
Dormência
morfo-
fisiológica
• É a j
unção da dormência
morfológica e fisiológica.
• Para que a germinação ocorra, é
necessário que o embrião atinj
a
um determinado período crítico,
variável conforme a espécie, em
que a dormência fisiológica sej
a
superada por estratificação ou
outro tratamento.
• Este tipo de dormência é comum
em espécies pertencentes à
família Apiaceae e Liliaceae.
11
Dormência
exógena
(tecidos
envolventes)
Inflorescências de Sida spinosa, cuj
as sementes apresentam dormência física. 12
Dormência física
Impermeabilidade do
tegumento que restringe
entrada de água
Q uebra de dormência
implica formação de
estruturas anatómicas
especializadas
Espécies de sementes
grandes
Armazenamento no
embrião de substâncias
responsáveis pela
germinação
Mecanismos:
•Ceras, súber, lenhina – impedem
a passagem de água e gases
•Restrição mecânica – impede a
saída da radícula
•Retenção e produção de
hormonas inibidoras – ABA
produzido pelo tegumento
13
Dormência química
Substâncias
químicas
inibidoras da
germinação
Proteção
perante
germinação
prematura
Pode haver
contaminação
pelas
substâncias
durante o
armazenamento
ou transporte
de sementes
O embrião está
em estado de
quiescência (o
inibidor deve
apenas impedir
o seu
crescimento)
14
Dormência mecânica
• No caso das sementes
com dormência mecânica
estas apresentam:
• endocarpo ou o mesocarpo
pétreo, ou sej
a, a rigidez
impede o crescimento ou a
expansão do embrião.
15
Vantagens e desvantagens
Proteção contra condições adversas
Sincronização com o meio ambiente
Adaptação ao meio ambiente
Impede a viviparidade (precoce)
Conservação “in situ” por meio da
formação de bancos de germoplasma
Maior dispersão
• Interfere no programa de plantio
devido à germinação lenta e não
uniforme
• Requer às vezes longos períodos
para superar a dormência
• Contribui para a longevidade de
plantas invasoras
• Ocasiona dificuldade na avaliação
da qualidade
• Exige mecanismos para quebra da
dormência, dificultando as
atividades de pré-
plantio no caso de
serem muitas sementes
Vantagens Desvantagens
16
Métodos para quebrar a dormência
Escarificação
Tratamento
com ácido
giberélico
Armazenament
o em
condições
específicas
Estratificação H idratação
Lavagem
prévia
17
Dormência em infestantes
Sementes viáveis por meses ou anos
A disseminação depende do banco de sementes do solo
Dormência complexa – estímulos ambientais no processo de
amadurecimento
Alternância de sementes dormentes e não dormentes supera mobilizações
do solo
Estímulo final após superação da dormência para germinar
O sistema de cultivo pode influenciar na superação da dormência
18
Dormência em infestantes
N ome cientí
fico Famí
l
ia
Dormência morfol
ógica Conicum maculatum
(cicuta)
Apiaceae
Dormência
morfofisiol
ógica
Apium leptophyllum [
2] Apiaceae
Trifolium repens
(trevo branco)
Fabaceae
Dormência fí
sica
Abutilon theophrasti
(malvão)
Malvaceae
Amaranthus hybridus [
1]
(beldro)
Amaranthaceae
Dormência fisiol
ógica
Brassica arvenses Brassicaceae
19
Referências bibliográficas
• Araújo P., Alves E., Araújo L., Magnónia, Alves M. Medeiros J. Tratamentos para superar a dormência de sementes de Luffa operculata
(L.) Cogniaux, Brasil. Revista Caatinga. ISSN 0100-316X (impresso) ISSN 1983-2125 (online). (2015) 1-83:
https://periodicos.ufersa.edu.br/caatinga/article/download/4279/pdf_248/17331
• Bagatim A., Nacata G. e Andrade R. Efeitos de tratamentos para quebra de dormência das sementes na emergência de gravioleira.
Brasil. Interciencia VOL 41 Nº9. ISSN 0378-1844. (2016), 629-632:
https://www.interciencia.net/wp-content/uploads/2017/10/629-BAGATIM-41-9.pdf
• BioSul Fertilizantes. s.d. A importância da quebra da dormência. [cit. 2022-12-27]:
https://www.biosul.com/noticia/a-importancia-da-quebra-de-dormencia
• Brito L. s.d. Fisiologia Vegetal – Dormência de sementes. [cit. 2022-12-27]:
http://www.ci.esapl.pt/miguelbrito/fisiologia/page11.html
• Cardoso V. Conceito e classificação da dormência de sementes. Brasil. Oecologia Brasiliensis. ISSN 619-630. (2009) 619-631:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/71375/2-s2.0-74949106738.pdf?sequence=1&isAllowed=y
• Embrapa Cerrados. 2004. Prática para manejo, conservação e germinação de sementes. [cit. 2022-12-28]:
https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/3519/araticum--quebra-da-dormencia-das-sementes
• Embrapa Gado de Corte. s.d. Aspetos práticos ligados à formação de pastagens – Preparo da semente. [cit. 2023-01-03]:
https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ct/ct12/03prerarosememte.html
20
Referências bibliográficas
• Lacerda A. 2007. Banco de sementes de plantas daninhas. [cit. 2023-01-04]:
http://www.infobibos.com/Artigos/2007_1/Pdaninhas/index.htm
• Lopes A. e Nascimento W. Dormência em sementes de hortaliças. Brasil. Embrapa. ISSN 1415-2312. (2012) 12-17:
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/943055/1/doc1361.pdf
• LUNKES, A.; SAIFERT, L.; TOLFO BANDEIRA, C.; COPATTI, A.; GIACOBBO, C.; JOSÉ WELTER, L. Ácido giberélico como indutor da
quebra de dormência em sementes de videira (Vitis spp.). Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 3, n. 2,
3 (fev. 2013)
https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/SIEPE/article/view/60527
• Oliveira C. 2021. Tudo o que você precisa saber sobre dormência em sementes. [cit. 2022-12-28]:
https://blog.aegro.com.br/dormencia-em-sementes/
• Oliveira L. s.d. Temas em Fisiologia Vegetal – Dormência. [cit. 2022-12-29]: http://www.ledson.ufla.br/metabolismo-da-
germinacao/fatores-que-afetam-a-germinacao/dormencia/
• Santos F. 2012. Germinacao-BancoSementes1 [Cit. 28/12/2022]: https://www2.ib.unicamp.br/profs/fsantos/bt682/2012/Aula4-
Germinacao-BancoSementes1.pdf
21
Referências bibliográficas
• Souza M. 2019. Tratamentos para superação de dormência em sementes florestais da mata atlântica. [cit.
2022-12-28]: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/tratamentos-para-superacao-de-
dormencia-em-sementes-florestais-da-mata-atlantica.htm
• Vieira I, Fernandes G. 1997. Acervo Histórico IPEF: Informações Técnicas - Métodos de Quebra de Dormência
de Sementes. [cit. 2023-01-03]:
https://www.ipef.br/publicacoes/acervohistorico/informacoestecnicas/quebradormenciasementes.aspx
• Vivian R, Silva A.A, Gimenes M, Fagan E.B, Ruiz S.T, Labonia V. 2008. Dormência em sementes de plantas
daninhas como mecanismo de sobrevivência: breve revisão. [cit. 2023-01-02]:
https://www.scielo.br/j/pd/a/8PjyFPGMR7SWnCvjyFDfWDM/?lang=pt
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Dormência em sementes: causas, tipos e métodos de quebra

  • 1. D O R M Ê N C I A D E S E M E N T E S T R A B A L H O R E A L I Z A D O P O R : J O S É E R V I D E I R A , N º 2 6 7 9 2 M A R C O S D I N I Z , N º 2 6 0 4 7 G U I L H E R M E D U A R T E , N º 2 6 6 8 3 UC BIOLOGIA FUNCIONAL (FISIOLOGIA VEGETAL)
  • 2. Índice A dormência: o que é e porquê? Causas de dormência Classificação com base na origem Dormência endógena Dormência exógena Vantagens e desvantagens Métodos para quebrar a dormência Dormência em infestantes 1
  • 3. A dormência: o que é e porquê? • O fenómeno de “não germinação” • Bloqueio interno • Processo evolutivo normal • Assegurar a continuidade da espécie • Adaptação às condições ambientais 2
  • 4. Causas de dormência Impermeabilidade à água e trocas gasosas Resistência mecânica ao crescimento do embrião Dormência do embrião Inibidores químicos da germinação Combinação de causas 3
  • 6. Primária/ Ina ta • Mecanismos de bloqueio adquiridos no processo de amadurecimento das sementes • Impede uma germinação precoce • Confere grau de polimorfismo às sementes 5
  • 7. Secundária/ Induzid a • Em condições pouco favoráveis à germinação; • Em sementes onde a dormência primária terminou; • A dormência secundária poderá imediatamente ocorrer 6
  • 8. Forçada/ Ambient al • Condição em que as sementes viáveis não germinam em consequência das flutuações ambientais como: • Escassez de água, temperatura baixa e oxigenação pobre. . . • Após a remoção dessa limitação a semente 7
  • 9. Dormência endógena (embrião) Inflorescência de Conium maculatum, cuj as sementes apresentam dormência morfológica. 8
  • 10. Dormência fisiológica • Embrião dormente – nível mais profundo de dormência • R egul ação pelo metabolismo e genes • Presença de substâncias inibidoras (ABA) ou ausência de substâncias promotoras (GA) • M ecanismos relacionados com o embrião, tegumento e endosperma • 3 tipos: 1. Profunda: embrião isolado da semente não origina plântula normal;longo período de estratificação do frio 2. Intermediária: período de estratificação do frio intermédio 3. Não profunda: o embrião origina plântula normal; período curto de estratificação: a) Tipo 1: temperaturas baixas para elevadas b) Tipo 2: temperaturas elevadas para baixas c) Tipo 3: temperaturas médias para os extremos d) Tipo 4: temperaturas altas e) Tipo 5: temperaturas baixas 9
  • 11. Dormência morfológica Alterações na estrutura da semente Camada espessa e dura na casca ou no endosperma, impeditiva da germinação 10
  • 12. Dormência morfo- fisiológica • É a j unção da dormência morfológica e fisiológica. • Para que a germinação ocorra, é necessário que o embrião atinj a um determinado período crítico, variável conforme a espécie, em que a dormência fisiológica sej a superada por estratificação ou outro tratamento. • Este tipo de dormência é comum em espécies pertencentes à família Apiaceae e Liliaceae. 11
  • 13. Dormência exógena (tecidos envolventes) Inflorescências de Sida spinosa, cuj as sementes apresentam dormência física. 12
  • 14. Dormência física Impermeabilidade do tegumento que restringe entrada de água Q uebra de dormência implica formação de estruturas anatómicas especializadas Espécies de sementes grandes Armazenamento no embrião de substâncias responsáveis pela germinação Mecanismos: •Ceras, súber, lenhina – impedem a passagem de água e gases •Restrição mecânica – impede a saída da radícula •Retenção e produção de hormonas inibidoras – ABA produzido pelo tegumento 13
  • 15. Dormência química Substâncias químicas inibidoras da germinação Proteção perante germinação prematura Pode haver contaminação pelas substâncias durante o armazenamento ou transporte de sementes O embrião está em estado de quiescência (o inibidor deve apenas impedir o seu crescimento) 14
  • 16. Dormência mecânica • No caso das sementes com dormência mecânica estas apresentam: • endocarpo ou o mesocarpo pétreo, ou sej a, a rigidez impede o crescimento ou a expansão do embrião. 15
  • 17. Vantagens e desvantagens Proteção contra condições adversas Sincronização com o meio ambiente Adaptação ao meio ambiente Impede a viviparidade (precoce) Conservação “in situ” por meio da formação de bancos de germoplasma Maior dispersão • Interfere no programa de plantio devido à germinação lenta e não uniforme • Requer às vezes longos períodos para superar a dormência • Contribui para a longevidade de plantas invasoras • Ocasiona dificuldade na avaliação da qualidade • Exige mecanismos para quebra da dormência, dificultando as atividades de pré- plantio no caso de serem muitas sementes Vantagens Desvantagens 16
  • 18. Métodos para quebrar a dormência Escarificação Tratamento com ácido giberélico Armazenament o em condições específicas Estratificação H idratação Lavagem prévia 17
  • 19. Dormência em infestantes Sementes viáveis por meses ou anos A disseminação depende do banco de sementes do solo Dormência complexa – estímulos ambientais no processo de amadurecimento Alternância de sementes dormentes e não dormentes supera mobilizações do solo Estímulo final após superação da dormência para germinar O sistema de cultivo pode influenciar na superação da dormência 18
  • 20. Dormência em infestantes N ome cientí fico Famí l ia Dormência morfol ógica Conicum maculatum (cicuta) Apiaceae Dormência morfofisiol ógica Apium leptophyllum [ 2] Apiaceae Trifolium repens (trevo branco) Fabaceae Dormência fí sica Abutilon theophrasti (malvão) Malvaceae Amaranthus hybridus [ 1] (beldro) Amaranthaceae Dormência fisiol ógica Brassica arvenses Brassicaceae 19
  • 21. Referências bibliográficas • Araújo P., Alves E., Araújo L., Magnónia, Alves M. Medeiros J. Tratamentos para superar a dormência de sementes de Luffa operculata (L.) Cogniaux, Brasil. Revista Caatinga. ISSN 0100-316X (impresso) ISSN 1983-2125 (online). (2015) 1-83: https://periodicos.ufersa.edu.br/caatinga/article/download/4279/pdf_248/17331 • Bagatim A., Nacata G. e Andrade R. Efeitos de tratamentos para quebra de dormência das sementes na emergência de gravioleira. Brasil. Interciencia VOL 41 Nº9. ISSN 0378-1844. (2016), 629-632: https://www.interciencia.net/wp-content/uploads/2017/10/629-BAGATIM-41-9.pdf • BioSul Fertilizantes. s.d. A importância da quebra da dormência. [cit. 2022-12-27]: https://www.biosul.com/noticia/a-importancia-da-quebra-de-dormencia • Brito L. s.d. Fisiologia Vegetal – Dormência de sementes. [cit. 2022-12-27]: http://www.ci.esapl.pt/miguelbrito/fisiologia/page11.html • Cardoso V. Conceito e classificação da dormência de sementes. Brasil. Oecologia Brasiliensis. ISSN 619-630. (2009) 619-631: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/71375/2-s2.0-74949106738.pdf?sequence=1&isAllowed=y • Embrapa Cerrados. 2004. Prática para manejo, conservação e germinação de sementes. [cit. 2022-12-28]: https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/3519/araticum--quebra-da-dormencia-das-sementes • Embrapa Gado de Corte. s.d. Aspetos práticos ligados à formação de pastagens – Preparo da semente. [cit. 2023-01-03]: https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ct/ct12/03prerarosememte.html 20
  • 22. Referências bibliográficas • Lacerda A. 2007. Banco de sementes de plantas daninhas. [cit. 2023-01-04]: http://www.infobibos.com/Artigos/2007_1/Pdaninhas/index.htm • Lopes A. e Nascimento W. Dormência em sementes de hortaliças. Brasil. Embrapa. ISSN 1415-2312. (2012) 12-17: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/943055/1/doc1361.pdf • LUNKES, A.; SAIFERT, L.; TOLFO BANDEIRA, C.; COPATTI, A.; GIACOBBO, C.; JOSÉ WELTER, L. Ácido giberélico como indutor da quebra de dormência em sementes de videira (Vitis spp.). Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 3, n. 2, 3 (fev. 2013) https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/SIEPE/article/view/60527 • Oliveira C. 2021. Tudo o que você precisa saber sobre dormência em sementes. [cit. 2022-12-28]: https://blog.aegro.com.br/dormencia-em-sementes/ • Oliveira L. s.d. Temas em Fisiologia Vegetal – Dormência. [cit. 2022-12-29]: http://www.ledson.ufla.br/metabolismo-da- germinacao/fatores-que-afetam-a-germinacao/dormencia/ • Santos F. 2012. Germinacao-BancoSementes1 [Cit. 28/12/2022]: https://www2.ib.unicamp.br/profs/fsantos/bt682/2012/Aula4- Germinacao-BancoSementes1.pdf 21
  • 23. Referências bibliográficas • Souza M. 2019. Tratamentos para superação de dormência em sementes florestais da mata atlântica. [cit. 2022-12-28]: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/tratamentos-para-superacao-de- dormencia-em-sementes-florestais-da-mata-atlantica.htm • Vieira I, Fernandes G. 1997. Acervo Histórico IPEF: Informações Técnicas - Métodos de Quebra de Dormência de Sementes. [cit. 2023-01-03]: https://www.ipef.br/publicacoes/acervohistorico/informacoestecnicas/quebradormenciasementes.aspx • Vivian R, Silva A.A, Gimenes M, Fagan E.B, Ruiz S.T, Labonia V. 2008. Dormência em sementes de plantas daninhas como mecanismo de sobrevivência: breve revisão. [cit. 2023-01-02]: https://www.scielo.br/j/pd/a/8PjyFPGMR7SWnCvjyFDfWDM/?lang=pt 22