1. Resumo dos
Capítulos
I, II, XIII e XIV
SEMINÁRIO SOBRE LITERATURA
Acadêmicos: Marcos A. Ferri, Bianca Paesano e Elkia
2. APRESENTAÇÃO
CANTOS DE AVENTURA
EXTRAORDINÁRIAS
DE UM REI CHEIO DE
ASTÚCIA E SABEDORIA
COM DEUSES E SEMI-
DEUSES BRINCANDO
COM O SER HUMANO
MONSTROS, BRUXAS E
NINFAS CHEIAS DE
DESEJOS E OBSCECADAS
PELO HOMEM
GUERRAS, TRAÍÇOES E
VINGANÇAS
3. INTRODUÇÃO
A trama da Odisseia é a continuação da obra Ilíada, sobre a famosa Guerra de
Troia;
A obra trata do retorno do guerreiro Odisseu (ou Ulisses como é chamado na
tradução Latina) à sua terra natal, Ítaca na Grécia.
Durante o seu retorno pelo mar, o herói de guerra enfrenta muitos perigos e
aventuras, levando dez anos para voltar;
De fato, o herói estava preso pela ninfa Calipso há sete anos, na ilha que leva
seu nome.
Zeus envia outro deus, Hermes, como mensageiro para convencer Calipso a soltá-
lo. Ela faz isso,
Por obra de Posseidon, Odisseu acaba naufragando – mas ele salva-se do
desastre, nadando até a ilha de Esquéria.
Lá, no começo ele permanece anônimo mas, ele acaba revelando-se e contando
sua histórias de heroísmo a todos.
4. Canto I – Bianca
Invocação à musa. Assembleia dos deuses. Exortação
de Atena a Telémaco. Festim dos pretendentes.
Odisseu está retido na Ilha de Calípso. Os deuses, na ausência
de Poseidon (que odeia Odisseu), reúnem-se em concílio e
decidem que Odisseu deverá voltar à sua terra natal (Ítaca).
Atena disfarça-se de mendigo e vai falar com Telémaco para
que este parta em busca de novas de seu pai.
Os 108 pretendentes de Penélope estão em festim, abusando
da hospitalidade da casa, tentando convencê-la que seu
marido morreu e que ela deve casar-se novamente;
5. MITOS E LENDAS GREGAS
Viagens e aventuras extraordinárias de Ulisses, um dos
heróis da guerra de Troia.
6. Canto II – Elkia
Assembleia dos itacenses. Telémaco parte em procura do pai
Telémaco convoca a assembleia de Ítaca para que lhe aparelhem
um barco para poder ir em busca de alguma notícia de seu pai.
Discurso de Aegipo.
Telémaco queixa-se do comportamento dos pretendentes.
Antinous replica culpando Penélope. Telémaco replica e invoca a
ajuda de Zeus. Eurímaco replica-lhe.
Disfarçada de Mentor, Atena, aparece a Telémaco e promete-lhe
ajuda e acompanhamento.
Telémaco vai a casa, pede a Euricleia que lhe prepare provisões
para a viagem.
Atena providencia um barco e ambos partem (Telémaco e Atena).
7. Canto XIII – Marcos Ferri
Chegada de Odisseu a Ítaca
O barco que transportava Odisseu chega a Ítaca. Os feáceos o deixam em terra
firme (este em sono profundo) junto com todos os presentes que ganhara dos
feáceos. O barco retorna à sua terra, despertando a ira de Poseidon por insistirem
em transportar os forasteiros que em sua terra chegam, especialmente Odisseu.
Poseidon fala com Zeus sobre o castigo que quer dar aos feáceos, Zeus aprova lhe
dizendo: "[...]quando o barco estiver singrando à vista de toda a cidade, convertê-lo
num ilhéu junto da terra firme - ilhéu em forma de ligeiro barco, que cause maravilha
a toda gente - e também rodear sua cidade com alta montanha que a esconda.“
Ao ver isto, Alcínoo e todos os feáceos, tomados de medo prepararam os touros; os
caudilhos e conselheiros do povo feáceo, de pé em torno de um altar, puseram-se a
orar a Poseidon.
Odisseu acorda sem saber onde está.
Pergunta a Atena, que, disfarçada de pastor, diz que ele está em Ítaca. Odisseu não
acredita. Atena assume a forma de uma bela mulher e lhe fala. Mostra sua terra.
Odisseu fica feliz por voltar.
Atena engendra um plano para que o engenhoso Odisseu possa reaver seus bens e
sua família.
.
8. Canto XIII – Marcos Ferri
Primeiro faz Odisseu guardar os presentes em uma gruta que era onde ele orava
para as ninfas náiades, filhas de Zeus.
Depois guardados todos os presentes na gruta, Atena fecha a entrada com uma
laje. Depois, Atena puxa assunto com Odisseu sobre a sua vingança contra os
abusados pretendentes.
Atena diz que transformará Odisseu em um mendigo repugnante, completamente
diferente de sua figura, para que não seja reconhecido, mas, antes, Odisseu deve
procurar o guardião dos seus porcos, que gosta de Penélope e Telémaco, e deve
contar tudo ao porqueiro, enquanto ela vai a Esparta para chamar Telémaco.
Odisseu pergunta a Atena por que ela deixara que seu filho o procurasse sem
rumo. Atena diz que cuidara dele e que Telêmaco estava sendo bem tratado no
palácio do filho de Atreu, onde é servido com abundância. Mas diz que alguns
homens - os pretendentes - esperam Telêmaco de tocaia, em Ítaca.
Em seguida, Atena toca Odisseu com uma vara, transformando-o em um
moribundo, e vai a Lacedemônia em busca de Telémaco.
9. Canto XIV – Marcos Ferri
Conversa de Odisseu com o porqueiro Eumeu
" Porém Odisseu subiu do porto por caminhos agrestes, através de um terreno
arborizado por cima das serras até ao lugar onde lhe dissera Atena que
encontraria Eumeu, o divino porqueiro, um dos servos mais zelosos de Ulisses.“
Quando ele chega, os cães recebem-no com grande alarido. Eumeu dirige-se a
Ulisses e, sem o reconhecer, faz referências elogiosas ao amo que partiu e convida
o visitante para o seu casebre enquanto tece considerações sobre a justiça dos
homens e sobre os prejuízos que têm sido causados ao seu falecido amo.
Eumeu mata dois porcos para a ceia do estrangeiro, polvilha a carne com cevada
branca e a põe a grelhar em espetos, acompanhando, depois, a refeição com
vinho doce. Eumeu profere considerações de reprovação contra o comportamento
dos pretendentes de Penélope. Segue-se a vez de Ulisses falar, começando por
pedir que Eumeu lhe fale sobre o amo pois, sendo ele muito viajado, talvez lhe
possa dar alguma informação útil. Eumeu responde que tudo o que qualquer
viajante possa dizer sobre o amo é para tirar disso benefícios e está convencido
de que seu amo estava morto.
Ulisses diz-lhe - não de uma maneira vulgar, mas sob juramento - que o amo está
vivo e que no decurso do mês, entre o quarto minguante e a lua nova, chegará a
Ítaca. Eumeu diz que naquele momento também está preocupado com Telémaco
que partiu para Pilos à procura do pai e que os pretendentes lhe preparam uma
emboscada para o regresso.
10.
11. Canto XIV – Marcos Ferri
Eumeu pede ao viajante que lhe conte as desgraças que sofreu ao que Ulisses
responde que tendo comida e vinho poderá falar-lhe sobre isso durante um ano.
Inicia então um relato fantasioso da sua vida, realçando os feitos de guerra em
Ilion (Troia), Príamo, Egipto, onde Zeus esteve contra ele.
Fenícia, Líbia e Creta onde pereceram todos os companheiros tendo sobrevivido
do naufrágio agarrado ao mastro da nau e sido arrastado até Tesprócios, onde foi
recolhido pelo rei, que lhe falou de Ulisses e o informou ter uma nau pronta para
levar este a Dodona onde ouviria a vontade de Zeus sobre o seu regresso a casa.
Ele, pobre viajante, embarcou numa nau que partia para Dulíquo e, por má
deliberação da tripulação foi feito prisioneiro e pretendia vendê-lo como escravo,
mas conseguiu libertar-se e fugir quando a nau atracou a Ítaca.
Eumeu comove-se com o relato mas diz não acreditar estar Ulisses com vida. Foi
recolher os porcos, cortar lenha e matar um porco para a ceia. O viajante faz
novos relatos e pediu uma capa ao que Eumeu responde que eles não tinham
roupas para além das que vestiam, mas que em breve o filho do amo passaria por
ali e lhe daria roupas novas. Fez a cama de Ulisses e saiu para ir dormir junto dos
porcos. Ulisses ficou muito agradado sobre tudo o que ouviu do porqueiro.
12. Conclusão
¹ O hexâmetro é uma forma de medida poética literária consistindo de seis pés métricos por verso,
onde os quatro primeiros pés podem ser dátilos ou espondeus; e onde o quinto pé será dátilo, e o
sexto, espondeu - como na Ilíada.
A narrativa
Diferentemente de Ilíada, a Odisseia não narra feitos bélicos, mas
trata das viagens e aventuras extraordinárias de Ulisses, um dos
heróis da guerra de Troia.
A estrutura de Odisseia
A estrutura de uma das obras mais clássicas e antigas da literatura
ocidental encontra-se repartida em 24 cantos, apresentando um total de
doze mil versos ¹ hexâmetros.
A narrativa é composta de quatro partes. Possui um enredo não
cronológico e tanto as mulheres quanto os escravos marcam o rumo dos
acontecimentos, bem como as atitudes dos heróis.
A trama da narrativa destaca-se pela originalidade de conservar elementos
concretos, diretos, que se articulam no poema sem análises nem
comentários.
Por que devo ler essa
obra?
Tanto se você tem um
interesse acadêmico na
literatura, quanto se você
gosta de História, ou
mesmo se você é apenas fã
de uma boa história de
aventura – aficionados por
sagas como “Senhor dos
Anéis” e “Star Wars” terão
um prazer homérico em
mergulhar na saga de
Ulisses. Só pelo fato de
você estar lendo este texto
em português, você já é
um dos milhões de
influenciados pela cultura
que deu origem aos versos
do genial poeta que talvez
nunca tenha.