O documento descreve os eventos no dia de Pentecostes quando os seguidores de Cristo estavam reunidos em oração no cenáculo em Jerusalém. De repente, ouviram um barulho como de vento e viram línguas de fogo pousando sobre cada um. Todos foram então cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia.
1. Primeira parte da série ATOS 2
E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no
mesmo lugar;
Pentecoste: É uma palavra grega que significa "quinquagésimo",
porque essa festa era celebrada 50 dias após a Páscoa. Chamada em
hebraico de "Shavuot", plural de "shavua", significa "semana", mas é
também conhecida como a Festa das Primícias, pois coincidia com o
fim da colheita de trigo. O nome "Festa de Pentecoste" ficou assim
conhecido, por ser realizada no quinquagésimo dia após a Páscoa (Lv
23: 15- 16; Dt 16: 9; Nm 28: 26ª; Is 13: 3- 4; Ez 37: 1- 10).
Era o último dia da festa, a multidão de judeus de varias parte do mundo
se aglomeravam pelas ruas de Jerusalém (Mq 4: 1- 2). Havia centenas,
talvez milhares de residências em Jerusalém e em uma delas no andar
superior onde ficava cenáculo, estavam reunidos desde o dia em que
Jesus acendeu ao céu (Atos 1: 1- 11) um grupo de pessoas,
aproximadamente cento e vinte pessoas (Atos 1: 15). Eram seguidores
de Cristo que estavam a dez dias orando e buscado a Deus através da
Palavra (Atos 1: 12- 14; I Ts 5: 17; Lc 18: 1; Pv 8: 17).
O lugar deveria estar com lotação ao máximo, não só a parte superior
como a casa toda (Sl 122: 1). Eles estavam orando no cenáculo por
aproximadamente dez dias, e até então ninguém tinha ouvido nada. Por
quê? Não tinha fogo do Espírito Santo? Nem toda barulho é fogo do
Espírito Santo. Eles não podiam orar alto, a situação dos seguidores de
Cristo não eram boas, eles estavam correndo risco de morte (Atos 12:
1- 17). A razão do silencio era a perseguição que estava se iniciando
(Lc 22: 31- 62; Atos 8: 1- 4). A pergunta que fica: Como eles
conseguiram ficar por vários dias orando sem chamar a atenção dos
sacerdotes e da grande multidão que se amontoava pelas ruas de
Jerusalém? (Amós 5: 13; Mt 6: 6; Gn 32: 24- 30).
Jesus os mandou esperar em Jerusalém (Atos 1: 1- 5), mas não disse
o dia e nem a hora do batismo (Dt 29: 29). Eles sabiam da promessa
(Jo 16: 7), fizeram a parte que cabia ao homem (I Co 15: 58). Foram
para Jerusalém se reuniram no cenáculo (Atos 1: 12- 13) entraram em
oração (Atos 1: 14), buscaram na Palavra (Atos 1: 15- 16) entenderam
através da Palavra que era da vontade de Deus que houvesse um
substituto para ocupar o lugar de Judas (Atos 1: 17- 19). Fizeram a
eleição (Atos 1: 20- 22) separam dois (Atos 1: 23), entregaram para
Deus escolher (Atos 1: 24- 25), e Deus escolheu (Atos 1: 26), fizeram
tudo debaixo da luz da Palavra (Sl 119: 105). A parte do homem estava
2. feita. A Parte humana da igreja estava pronta, faltava à parte divina. No
dia de pentecoste, no ultimo dia da festa a parte humana da igreja
estava reunida no mesmo cenáculo (Jo 7: 37- 39; Atos 2: 1- 39; Jo 14:
6).
ATOS 2: 2 – E, de repente, veio do céu um som, como de um vento
veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam
assentados.
Querer entender os acontecimentos de Atos dos Apóstolos Cap.2 ver 2
a 12 seguindo as linhas teológicas que existem parece difícil, pois
existem várias interpretações, o melhor caminho para a interpretação é
justamente a interpretação do texto.
De repente Jesus confirma a promessa (Jo 16: 7; Ef 4: 7- 10) a parte
divina veio do céu (Gn 28: 10- 17; Jo 1: 35- 51; Jo 10: 9; Ef 4: 11- 16).
O que aconteceu no cenáculo? Eles estavam reunidos orando. De
repente o barulho! Veio de céu um som, ou seja, foi algo que não foi
produzido por vontade humana, e nem produzido pela natureza
(trovões). O que aconteceu no cenáculo não foi algo produzido pelo
homem, veio de cima, veio do céu (Mt 21: 23- 25).
Vamos interpretar o que se ouve.
O barulho do vento é algo que se ouve, e não que se vê; som é algo
que não se vê, mas apenas se ouve. O texto fala que veio do céu o
som, ou seja, o barulho como de um vento, não era vento, mas pelo
barulho parecia um vento impetuoso. Foi algo muito rápido que os
arrebatou; por um momento eles ficaram sem entender nada (Jo 13: 7;
Atos 3: 1- 10; Atos 5: 12- 26; Atos 8: 1- 8). O barulho parecia vento, mas
não era vento. O barulho tomou toda a casa e atingiu a todos que
estavam assentados, era o vento do Espírito atingindo toda a igreja (Jo
20: 19- 22; Ez 37: 1- 10). O barulho encheu toda a casa não deixou
nenhum lugar vazio e atingiu a todos (Ez 43: 1- 5; I Co 6: 19). Podemos
entender que é do desejo de Deus que o barulho do Evangelho atinja á
todos (Jo 4: 31- 35), em todos os lugares (Mt 24: 14; Atos 1: 8; Mc 16:
15).
ATOS 2: 3 – E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de
fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
Eles ouvindo o barulho, e não sentindo nada olharam, e viram! O que
eles viram? A parte divina possuindo a parte humana (I Sm 10: 6- 7). A
parte divina veio de encontro com a parte humana e pousou sobre cada
um deles. Neste momento aconteceu à junção, á fusão, a união do
divino com o humano (II Co 6: 16). De que forma isto aconteceu? E
foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo. Veja que
3. este texto, como o texto anterior não deixa dúvida na interpretação da
visão.Se interpretar- mos bem o texto, vamos conseguir entender o que
aconteceu no cenáculo no dia de pentecoste. Primeiro: Foi algo
parecido com um vento tinha barulho de vento, mas não era vento. Era
algo glorioso parecido com vento, mas não era vento (Jo 20: 19- 22; Ez
37: 1- 10). Segundo: Eles viram; foi algo visível. Ao olhar eles viram que
junto com o barulho que tomou toda casa apareceram línguas (chamas)
como de fogo que repartidas pousava sobre cada um que estava dentro
da casa (Ez 39: 29;). Não era fogo, foi algo glorioso, parecido com fogo,
mas não era fogo (Ex 3: 1- 6). Este algo glorioso parecido com fogo
pousou sobre cada um deles (Jo 16: 7; Atos 1: 1- 5; Jo 14: 18- 23).
O corpo agora estava completo. Deus agora estava habitando nos
homens (I Co 6: 20), e entre os homens (II Co 6: 16). A presença de
Cristo na igreja através do seu Espírito era real (Atos 16: 6- 7). A
presença de Jesus na continuação da obra é a união do divino com o
humano (Jo 14: 18- 23). Assim a igreja foi formada (Mt 16: 13- 19; Mt
18: 18- 20). A igreja é o corpo de Cristo, os homens é a parte humana
que forma este corpo, membros deste corpo (I Co 12: 12- 27). O batismo
de Jesus nas águas, e no Espírito Santo já dava a entender a formação
da igreja. A parte humana precisa ser completa. Jesus completou a sua
parte (Mt 3: 13- 15), mas precisava da parte divina (Mt 3:16- 17). A igreja
é a continuidade da obra de Cristo na Terra, por isto ela é o corpo (Cl.
1: 24; I Co. 12: 27; Rm. 12: 1-5; Ef. 1: 15-23). Se a cabeça (Cl 1: 15-18)
é batizada (Lc. 3: 21,22; Cl. 1: 18,19), o corpo também é (Rm 12: 5).
Se o corpo é batizado certamente seus membros também o são (I Co.
12: 12-14; Gl 3: 27- 29; Atos 2: 1-4; Jl. 2: 19-32; Atos 2: 1-21; Ez. 37: 1-
10; II Co. 3: 3-8). Não tem como separar a cabeça do corpo (Cl. 1: 15-
19). Não têm como separar o corpo dos membros (I Co. 12: 12-14; Gl.
3: 26-29). A primeira igreja fez a sua parte, como deveria fazer;
confessaram arrependimento e passaram pelas águas (Mt 3: 1- 6)
obedeceram à ordem de Cristo; foram esperar em Jerusalém (Atos 1:
4- 5). Em Jerusalém no cenáculo eles esperaram orando (Atos 1: 12-
14). Quando oravam receberam a revelação; tinham que por a casa em
ordem (Atos 1: 15- 20) foi o que fizeram (Atos 1: 21- 26). A igreja estava
com a parte humana pronta, a espera do Divino (Atos 1: 8), como noiva
a espera do noivo (Jo 3: 29; Ct 4: 8- 16; Ap 22: 17; II Co 11: 1- 2). É
isto, O que acontece com aqueles que aceitam a Cristo como seu
Senhor e Salvador: (Rm 10: 8- 11), O Divino possui o humano (Ef 1: 13;
I Sm 10: 6- 7). , e o transforma em um novo homem (II Co 5: 17; Rm 8:
1- 2; Ef 2: 11- 22). João Batista veio apresentar o Noivo para a noiva
(Jo 3: 22- 29; Jo 1: 29 e 35- 42; Ml 4: 5; Mt 11: 1- 14) e o Espírito Santo
4. veio para cuidar da noiva (Jo 16: 7- 14; II Co 11: 2), até o Noivo voltar
(Jo 14: 1- 3 e 18; I Ts 4: 13- 17; Ap 19: 1- 9).
ATOS 2: 4 - E todos foram cheio do Espírito Santo e começaram a falar
em outras línguas, com forme o Espírito Santo lhes concedia que
falassem.
O Espírito Santo encheu todos, havia quase cento e vinte pessoas no
local. Diz o texto que todos foram cheio. O Espírito Santo alcançou
todos que estavam na casa por completo, espírito, alma e corpo (Lc 1:
46- 47; Is 26: 9; Hb 4: 12; Jó 12: 7- 10). Por isso o texto diz que todos
foram cheio. Quer ser cheio do Espírito Santo? Deixe o Espírito Santo
possuir o teu corpo, tua alma e teu espírito (I Co 6: 20; Ef 5: 17- 18; Lc
1: 46- 47). Vamos observar que antes do Espírito Santo encher aquele
povo, eles estavam ali há dez dias reunidos (Atos 2: 1), unidos em
oração (Atos 1: 13- 14) e comendo a Palavra (Atos 1: 15- 20). Só faltava
o espírito ser vivificado (vida em espírito) pela presença do Espírito de
Deus (Ef 2: 1- 22; Is 57: 15; Rm 8: 1- 16; Ef 1: 13), pois a alma e corpo
já estavam adorando (I Co 6: 20; Rm 12: 1- 2; Cl 3: 1- 11).
A igreja estava no começo e só existia em Jerusalém e a promessa era
para toda a igreja (Atos 2: 37- 39; I Co 12: 12- 13). À medida que a
igreja crescia a promessa se estendia para aqueles que iam sendo
acrescentado ao corpo (Atos 4: 1- 35; Atos 6: 1- 7; Atos 9: 1- 18; Atos
22: 1- 16; Atos 11: 1- 17; Ef 1: 13). Logo após ouvirem um barulho
semelhante ao barulho de um vento, e virem às línguas repartidas como
de fogo, eles começaram a falar em outras línguas (outros idiomas),
sem controle algum, com forme o Espírito Santo lhes concedia que
falassem (Atos 2: 5- 11; Mq 4: 1- 2; Ap 22: 17).
Todos foram cheio do Espírito Santo, completo, mergulhado, imergidos
totalmente possuídos pelo Espírito Santo (Is 10: 6- 7). Observamos que
eles falaram em outras línguas. O texto fala no plural diferente do texto
de Primeiro Coríntios que fala no singular (I Co. 14: 1- 2). As línguas
faladas no Dia de Pentecoste não é a mesma língua mencionada pelo
Apóstolo Paulo em Primeiro Coríntios (I Co. 14: 4ª; Atos 2: 8- 11). Outro
detalhe a observar: Estas línguas eram concedidas pelo Espírito Santo,
ou seja, era algo de Deus para os homens (Ef. 4: 1 – 8); ao contrário da
língua mencionada pelo Apóstolo Paulo em Primeiro Coríntios que é
dos homens para Deus (I Co. 14: 1- 2 e 13 – 20). As línguas faladas em
Atos no dia de Pentecoste tinham como objetivo edificar a Igreja, ou
seja, para a utilidade da Igreja (I Co. 12: 4 – 7; Ef. 4: 7 – 12); já a língua
falada em Primeiro Coríntios tinha como único objetivo a edificação do
crente (I Co. 14: 4). A língua falada na igreja de Corinto é o homem se
5. dirigindo a Deus em mistério ninguém entende (I Co. 14: 13). Neste
texto o Espírito Santo concede aos discípulos as línguas para serem
dirigidas aos homens, línguas que os homens entendem (Atos 2: 5 - 8;
I Co. 14: 18- 20; Gn 11: 6- 9).
ATOS 2: 5 – E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões
religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
Era festa de pentecoste, as ruas apertadas de Jerusalém estavam
tomadas por uma grande multidão (Dt 10: 22). Caravanas de judeus de
varias nações do mundo se dirigiam a Jerusalém para comemorar as
festas (Mq 4: 1- 2). A Festa do Pentecostes era um dos três festivais
anuais mais importantes entre o judaísmo daqueles dias (Ex 23: 14). As
outras duas eram: a Páscoa e a Festa dos tabernáculo (Ex 23: 15- 17).
Por esse motivo, milhares e milhares de peregrinos judeus e prosélitos
— gentios convertidos ao judaísmo — vinham de todos os cantos
adorarem a Deus em Jerusalém e participar das festividades (Jo 4: 19-
20; Zc 3: 10- 11; Ml 1: 11; Jo 4: 21- 23).
Lucas nos apresenta uma lista, relativamente extensa, das
nacionalidades desses visitantes: partos, medos, elamitas e os naturais
da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da
Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e
romanos que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, cretenses e
arábios (Atos 2: 9- 11).
ATOS 2: 6 – E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão, e estava
confusa. Porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
Até então ninguém tinha ouvido nada, a casa não era percebida, não
havia barulho algum, mas de repente começa uma gritaria e cento e
vinte pessoas falando ao mesmo tempo, o barulho era imenso (Atos 2:
4). E, correndo aquela voz, ou seja, o som da voz, e a língua que eles
falavam, e o que eles falavam penetraram pelas ruas de Jerusalém.
Jerusalém estava tomada pela multidão de seguidores do judaísmo de
todas as nações (Is 60: 3- 4). Era dia de festa, era dia de pentecoste
(Atos 2: 1). E, a multidão ao ouvir o som que vinha de uma daquelas
centenas de casas, identificou a casa e correu em direção a ela. A
multidão estava confusa, e perguntavam um ao outro: O que esta
acontecendo? O Espírito Santo sabendo das quais nações era
composto à multidão, tomava os discipulos e cada momento falava em
uma determinada língua ou idioma.
Como você sabe que os discipulos falavam na língua dos peregrinos e
não que peregrinos ouviam em sua língua natal? Porque era o Espírito
Santo que concedia a língua a ser falada e o momento a ser falado
6. (Atos 2: 4). Eles ouviam o que o Espírito Santo concedia aos discipulos
que falassem. Os discipulos falavam o idioma de cada um que ia se
achegando a casa (Jo 4: 31- 35; Tg 4: 8- 10). Era manhã de um dia de
festa, os religiosos seguidores do judaísmo já super lotava as ruas de
Jerusalém (Is 52: 9- 10). O que eles ouviram naquela manhã em
Jerusalém? (Atos 2: 14- 15). Qual foi a mensagem que Espírito Santo
concedeu que os discipulos falassem? Sim porque os judeus de outras
nações que ali se encontravam ouviram (Atos 2: 8- 11). O Que será que
eles ouviram? (I Co 1: 18- 25; Atos 4: 1- 20; I Co 2: 1- 5; Atos 16: 31).
ATOS 2: 7 – E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos
outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão
falando?
O que chama a atenção no texto e fato deles (os religiosos) valorizarem
mais o milagre do que propriamente a mensagem (Atos 2: 8- 12). Eles
não estavam nem prestando a atenção na mensagem, eles estavam
impressionados com o fato de que os que estavam falando serem
galileus. Eles queriam saber como aqueles homens sendo Galileus
poderiam falar em varias línguas. Os judeus Galiléia eram pessoas
rudes de poucas letras na sua maioria pescadores e falavam de forma
mais simples, diferente dos da Judéia (Mt 4: 13- 16). Aqui eles
valorizaram mais o milagre do que a mensagem. Não é diferente hoje:
A Palavra tem pouco espaço em nossos cultos (Mq 4: 1- 2). Os cultos
são tão cheios de coisas que foram sendo agregadas que não sobra
mais tempo para a palavra (Amós 8: 11). Valorizam mais as ofertas, os
milagres, os louvores, os grupos e oportunidades que a Palavra passa
despercebida. Ai alguém pergunta: O que falou o pregador? (Is 43: 8;
Is 6: 10; Is 42: 20).
ATOS 2: 8 a 11 – Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria
língua em que somos nascidos? Partos e medos, elamitas e os que
habitam na Mesopotâmia, e Judéia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia, e
Frígia, e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros
romanos, tantos judeus como prosélitos, E cretenses, e árabes, todos
os temos ouvidos em nossas próprias línguas falar das grandezas de
Deus.
O que nos deixa impressionado é fato de que muitos que trabalham na
área de ensino entendem e ensinam que estas línguas faladas neste
texto é a mesma falada na carta que o apóstolo Paulo escreveu aos
coríntios (Atos 2: 8; I Co 14: 1- 2; I Co 12: 7- 10). Pensar desta maneira
é erro de interpretação (Os 4: 6ª).
7. Era de se espantar, foi realmente poder de Deus. Eles estavam orando
e de repente tudo aconteceu: O barulho semelhante ao barulho de um
vento, as chamas repartidas como línguas de fogo que possuiu cada
um deles e agora eles se vêem falando as línguas nativas de varias
nações que ali se encontravam. A multidão que estava ali presente, que
vinha de diversas nações. Quem presenciou o milagre ficou espantado,
pois aqueles homens reconhecidamente judeus galileus, ou seja,
pessoas de uma determinada região que tinha sua língua, sotaques e
dialetos próprios, estavam falando palavras que elas conseguiam
entender sem a necessidade de qualquer intérprete, que é o modo
natural de conversar com alguém que fala outro idioma: “Estavam, pois,
atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus
todos esses que aí estão falando? E como os ouvimos falar, cada um
em nossa própria língua materna?” (Atos 2:7; I Co 14: 10- 11 e 21;
Gn11: 1- 10).
Para que não ficasse qualquer dúvida de que as línguas ali faladas
eram idiomas conhecidos à época e não línguas estranhas ininteligíveis
(I Co 14: 1- 2), o autor de Atos ainda destacou uma lista bastante
extensa de povos de nacionalidades diferentes que foram identificados
entre a multidão e que ouviram a primeira mensagem da igreja. “Somos
partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia,
Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões
da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, tanto
judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em
nossas próprias línguas as grandezas de Deus?” (Atos 2:9-11; Dt 5: 24;
Sl 145: 1- 11).
Sendo assim, fica claro que os acontecimentos daqueles dias em
Jerusalém foi sim um milagre do Espírito Santo. Esta manifestação que
aconteceu no dia de pentecoste não mais se repetiu nas Escrituras
(Atos 2: 1- 12). Batismo no Espírito Santo e derramar do Espírito Santo
têm o mesmo significado. Veja este texto (Atos 11: 15- 16), e agora veja
este (Atos 10: 44- 45). E para finalizar, fica claríssimo que as línguas ali
faladas devem ser entendidas como línguas (idiomas) e não como
línguas (falar em línguas estranhas) (I Co 14: 1- 2; I Co 13: 11; I Co 14:
20- 21). A manifestação do Espírito Santo não significa barulho, ficar
fechado entre quatro paredes ou formar uma religião, mas sim
testemunhar a Jesus, deve- se observar que testemunhar a Jesus é
diferente de dar testemunho (Mt 5: 23- 16). Testemunhar a Jesus é ser
revestido do Poder (Atos 1: 8; Lc 24: 49), fazer a obra movida por um
poder sobrenatural (Atos 5: 1 – 16; Atos 8: 1 – 13; Rm. 15: 14 – 19; Atos
2: 17 – 19).
8. ATOS 2: 12 e 13 – E todos se maravilhavam e estavam suspensos,
dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer? E outros, zombando,
diziam: Estão cheio de mosto.
Os sacerdotes e príncipes estavam liderando as festas, e vendo que a
multidão estava atônita e maravilhada com o poder de Deus,
provavelmente ficaram com inveja e excessivamente enraivecidos.
Neste dia não houve violência contra os discipulos, era dia de festa, e
Jerusalém estava super lotada. Os servos de Deus revestidos do poder
de Deus (Lc 24: 49), falavam livremente e em vários idiomas a
mensagem da cruz, muitos não entendiam nada e diziam: O que eles
estão dizendo, é loucura (I Co 1: 18- 25) estão bêbados (Ef 5: 18).
Muitos tomam este texto e distorcem para criarem doutrinas que
induzem ao erro (Ef 4: 7- 14). Alegam que os discipulos foram
confundidos com embriagados por estarem tontos e caindo (I Jo 4: 1; II
Co 11: 13- 15). A obra do Espírito Santo é derrubar as pessoas? (Jo 14:
26; Jo 16: 7- 14). Eles foram confundidos por alguns escarnecedores
enviados de Satanás para tumultuar. Confundiram com embriagados
por aquilo que eles falavam (Atos 2: 14- 21; Jl 2: 23- 32; II Co 4: 3- 4).
Já para os santarrões que acham que o povo no tempo da igreja
primitiva não bebia bebida fermentada, este texto serve de
esclarecimento (Gn 9: 20- 21), pois eles não diriam isto se não fosse
costume do povo beber vinho e se embriagar (I Co 11: 17- 21; Lc 5: 27-
30; Lc 12: 42- 45; Jo 2: 1- 10).
A pergunta é: Porque Deus escolheu o Dia de Pentecoste para
derramar sobre o seu povo o Espírito Santo? Por que Pentecoste era a
festa da colheita e esta festa acontecia cinqüenta dias depois da
Páscoa (Dt. 16: 1- 12). Nesta festa e neste dia o derramar do Espírito
Santo da inicio o tempo da colheita. Atos dos Apóstolos Cap. 2 mostra
a revelação de Deus: O tempo de colher (Jl 3: 23- 32; Jo. 4: 33 – 35; Jl.
3: 13 e 14; Mt. 9: 35 – 38. Ap. 22: 17).