1) O texto descreve a experiência de Pedro após negar Jesus, levando-o a sentir culpa e decepção.
2) No dia de Pentecostes, os apóstolos receberam o Espírito Santo, preenchendo-os e capacitando-os a testemunhar sobre Jesus.
3) A experiência de Pentecostes transformou Pedro de um apóstolo marcado pela negação em um que afirmava publicamente a fé em Jesus.
1. A FORÇA DO QUERER 2
O Pentecostes Nosso de Cada Dia
Você já se decepcionou com você mesmo? Essa é a pior forma de
desilusão que pode ocorrer com um ser humano. É um beco sem saída
que atrofia a volição e impede o desenvolvimento do potencial, trazendo
a reboque a síndrome da culpa, que nos leva a beco sem saída. Os
psicólogos, acostumados a tratar pessoas com depressão, intitula essa
doença da alma de: “demônio do meio dia.” Você não consegue
enxergar uma saída em plena luz do sol. A maioria dos seres humanos
acaba por caminhar por esse vale escuro. Uma das noites mais escura da
vida do apóstolo Pedro, foi quando ele negou a Cristo no pátio da casa de
Caifás. Pedro passa a sofrer a partir daquela experiência atroz, a
síndrome do do galo. Seu subconsciente gravou um dos momentos mais
decepcionantes de sua vida. Isso porque, ele nunca imaginou que a
negação fosse o ponto alto aonde Deus iria começar uma grande obra de
reconstrução psicológica e espiritual em sua vida. Todos os apóstolos
sofreram a ferroada dolorosa da culpa da negação; isso porque, não foi
apenas Judas que traiu Jesus... Todos de certa forma que O seguiam em
escala menor, mas que atingia a mesma proporção da negação; como
Pedro, ou por omissão como os demais, se sentiam como vermes a se
rastejar diante do impasse de sentirem-se culpados da condenação,
paixão e morte do Senhor. Três dias e três noites de intenso sofrimento,
antes da ressurreição. Sentiam-se culpados. Após a ressurreição de Cristo
um alivio na alma de todos... Ele superou a morte, venceu as dores. Um
misto de alegria e júbilo, mas ao mesmo tempo um sentimento de
decepção se instalara no coração dos apóstolos pelo fracasso da negação,
pois não entendiam a plenitude da revelação que aos poucos precisava
ser assimilada. No intervalo entre a ressurreição e o pentecostes há um
sentimento corrosivo que mutila a alma deles, por não se sentirem aptos
para o grande desafio da evangelização mundial, pois se sentem
nada... Fracassaram no momento em que deviam estar confiantes na
promessa do Senhor.
Jesus tinha dito “Ficai em Jerusalém, até que do alto sejais
revestidos de Poder...” Eles ficaram a aguardar num processo
doloroso de espera e expectativa. Ficaram confinados em um lugar num
processo de isolamento interior onde a dor da culpa latejava em suas
almas como uma ferida aberta. Um sentimento misto de frustração e
ansiedade se mesclava como um factor decepcionante até aquele
momento. Eles fracassaram, desse o nome que quisesse dar a aquela
atitude da negação e da omissão desunida. Eles falharam. Esse era o
2. ponto que deflagrara um processo depressivo de culpa. Jesus disse “...
Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque
se eu não for, o Consolador não virá a vós, mas se eu for,
enviar-vo-lo-ei.”
"E cumprindo-se o dia de pentecostes, estavam todos reunidos no
mesmo lugar. E de repente vem do céu um som, como de um vento
veemente e impetuoso, e encheu a casa em que estavam assentados.
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais
pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito
Santo... " (Atos 2:1-4).
A partir desse dia, surge a igreja. Homens e mulheres irão aprender
que doravante, Ele, assume o comando. Será o que serão, porque Deus é
quem Ele É. O preço foi pago. No momento em que aqueles homens e
mulheres se esvaziarem de si mesmos, foram cheios do Poder de Deus. O
verdadeiro Poder do pentecostes é a capacitação que Deus dá ao homem
para que testemunhe do poder de Sua ressurreição. Eu sou que sou,
porque Deus é quem É. Esse poder vem a partir de uma experiência única.
O Espírito vem em línguas de fogo e age de forma colectiva, mas na
individualidade de cada um. É uma experiência e tanto... Primeiro; há um
esvaziamento, um vácuo. Sem Ele nada, com Ele tudo. Não vale o carisma
nem a capacidade humana como factor determinante. Agora à abundante
graça de Deus ser quem É. Não é mais o Pedro submergido pela culpa. É
o Pedro do Pentecostes, absorvido e submergido no Espírito. Não é mais
o Apóstolo da negação, mas o apostolo da afirmação. Não é a negação do
pátio, mas sim a afirmação no Sinédrio.
Disse o Pedro da afirmação diante dos escribas:
“E em nenhum outro há salvação porque também debaixo do céu nenhum
outro nome há dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos”. (Atos
4:12)
Procure-o na experiência, no confinamento do seu mundo interior
de desilusões e O encontrará o seu dia de pentecostes, que te fortalecerá
e entenderás que o esvaziamento de si será a oportunidade para o
preenchimento Dele.