poesia

4. Chora-lhe a alma enquanto os olhos riem
É assim o palhaço original
Vertendo da existência o pior mal
No âmago de si, sem outros o sentirem

6. E na dor mergulhado finge ser
Da hilaridade o seu senhor
Mas fica-lhe a tristeza por penhor
Vergando-lhe ao desgosto o padecer

8. Na pobreza das vestes é grotesco
Desfigurada a face à alquimia
Que lhe acentua o esgar quase dantesco
Querendo tornar veraz a alegria

10. Mas se o cobre riqueza bijuteria
E a alvura lhe manda na aparência
Quase aflora a demência tal bobeira
Perante a contradição da evidência

12. Chora-lhe a alma enquanto os olhos riem
É assim o palhaço original
Vertendo da existência o pior mal
No âmago de si, sem outros o sentirem
E na dor mergulhado finge ser
Da hilaridade o seu senhor
Mas fica-lhe a tristeza por penhor
Vergando-lhe ao desgosto o padecer
Na pobreza das vestes é grotesco
Desfigurada a face à alquimia
Que lhe acentua o esgar quase dantesco
Querendo tornar veraz a alegria
Mas se o cobre riqueza bijuteria
E a alvura lhe manda na aparência
Quase aflora a demência tal bobeira
Perante a contradição da evidência
E O Palhaço Chora
Eugénio de Sá
Sintra-Portugal
2021

13. Formatação e Criação: Luzia Gabriele
E-mail: luziagabriele@hotmail.com
Texto: Eugénio de Sá
Imagens: Internet e Arquivo Pessoal
Música: Caravelli Only You Instrumental
http://www.slideshare.net/luziagabriele
https://www.youtube.com/channel/UCAdCeCGHGTxtxQskjl4zkow
Data: 13 de Novembro de 2021
Fortaleza-Ceará-Brasil