1. Ano novo,
vida nova
Tom Bueno troca de
tratamento e vive uma
nova experiência com
a bomba de insulina
Quadrinhos
Os super alimentos
entram em ação
Alimentação
saudável
Conheça diferentes
tipos de açúcar e
como usar cada
um deles
2. Editorial
Um novo ano começou, e com
ele muitas promessas, metas e
sonhos pela frente. Mas como
fazer da virada do ano também
uma virada de hábitos? Como
tirar do papel aquela listinha
que sempre fazemos à espera
de renovação? E as frustrações,
onde elas ficam?
Para evitar frustrações e ficar
o mais próximo possível das
realizações, se faça 3 perguntas
antes de estabelecer suas
metas e promessas: por que,
para quê e como. Assim,
você tem o ponto de partida,
mas também o essencial para
continuar, caso encontre
obstáculos ou dúvidas.
Listinha na mão, hora de
falarmos de inspiração, good
vibes e conteúdo embasado
para você começar o ano de
bem com você, de bem com
sua rotina e de bem com a vida.
E para inspirar você durante
o ano todo, selecionamos
temas especiais como pré-
diabetes, tipos de açúcar,
dicas de apps para monitorar
sua atividade física, o papel
das associações e quadrinhos
para os pequenos. Além do
depoimento do repórter Tom
Bueno, que depois de 12
anos de diagnóstico trocou o
tratamento e vive uma nova
experiência com ajuda da
bomba de insulina.
Boa leitura e Feliz Ano Novo!
Índice
LANÇAMENTO
Roche Diabetes Care anuncia o lançamento de Accu-Chek Guide®
.............................4
ALIMENTAÇÃO
Conheça diferentes tipos de açúcar ..............................................................................................8
ANO NOVO, VIDA NOVA
Tom Bueno e sua experiência com a bomba de insulina ..................................................10
ENTENDENDO O DIABETES
Você sabe qual é a atuação de uma associação de diabetes?........................................12
SAÚDE
Diabetes pode começar mais de 20 anos antes do diagnóstico, diz estudo..............14
TECNOLOGIA
Conheça 4 aplicativos para monitorar sua atividade física.................................................16
BEM-ESTAR
Hipertensão e diabetes: um “casamento” desastroso...........................................................17
QUADRINHOS
Os super alimentos entram em ação.............................................................................................18
3
3. Roche Diabetes
Care anuncia
o lançamento
de Accu-Chek
Guide®
O Sistema Accu-Chek Guide chega ao mercado
para facilitar a rotina de quem convive com Diabetes
com a medição precisa da glicose.
A Roche Diabetes Care, pioneira
no fornecimento de inovação em
tecnologia e serviços para o tratamento
do diabetes, com o intuito de agregar
ao seu portfólio um novo produto,
anuncia o lançamento Accu-Chek
Guide - o glicosímetro que veio
para contribuir com mais precisão e
acuracidade nas tomadas de decisão
de quem convive com o diabetes.
Considerado o monitor mais preciso
do mercado¹, o novo sistema oferece
mais praticidade para o dia a dia
com diferenciais que foram testados
por usuários, antes mesmo do seu
lançamento. “Antes de propor uma
nova solução de produto para o
paciente o mais valioso é a troca
de experiência, para garantir que a
nossa entrega esteja condizente com
a sua necessidade. E foipor meio
de uma pesquisa com usuários de
todas as idades que comprovamos
que o Accu-Chek Guide traria uma
inovação e garantiria a segurança que
a Roche Diabetes Care se preocupa
tanto”, afirma RafaelAlves, Gerente de
Produto da companhia. Veja ao lado
nos dados dessa pesquisa:
Testado e aprovado
pelos pacientes!
9acada10pacientesquetestaramoproduto
concordamqueoAccu-ChekGuideé
extremamentefácildeusar.1
8acada10pacientesquetestaram
oprodutoconcordamqueémaisfácilpegar
umatiradofrasco,quandocomparadoaos
demaisfrascosdomercado.2
9acada10pacientesquetestaram
oprodutoconcordamqueémaisfácil
erápidoaplicaragotadesanguenatira,
quandocomparadoàsdemaistiras
domercado.2
4 5
4. Ainterface do monitor é
de fácilnavegação e seus
recursos intuitivos suportam
ogerenciamento simples do
diabetes. A tira possuiuma ampla
área de aplicação de amostra
de sangue, permitindo que uma
absorção do sangue de maneira
mais rápida, diferencialque hoje
torna o único sistema com essa
característica no mercado. O
resultado do teste aparece em
menos de 4 segundos após a
dosagem, garantindo agilidade
de resposta para o usuário.
Além de ser rápido e prático, a
linha Accu-Chek Guide conta
com um sistema inteligente,
que oferece aos usuários a
possibilidade de visualizar quantos
dos seus testes se encontram
abaixo, acima ou dentro da faixa
alvo (faixa de resultado) desejada.
Adetecção de padrões de
eventos hipo e hiperglicêmicos,
Odestaquecomeçapelonovo
frasco,emformatooval,quefacilita
o manuseioeabertura,eum
case internodeajustesdatirade
teste queevitaaquedadastiras,
gerandomaiseconomiaemenos
desperdícioaosusuários.
Quandoatiraéinseridano
monitorumaluzacende
permitindoarealizaçãodetestes
de glicemiaatémesmoem
ambientesdebaixaluminosidade.
“Pode parecerbobo,maspara
quem convivecomdiabetessabe,
no meucasojásãomaisde10
anos,oquantoumglicosímetro
iluminadoeumfrascodetirasque
não caifazemtodaadiferençana
aferiçãodaglicemia.
Seja demadrugada,nocinema
ou no teatro,nãoprecisoterum
outro aparelhooupessoaspara
me ajudaraverificaraglicemia.
Isso megaranteindependência e
facilidadeparamediaraglicemia
na horacerta!”,afirma Daniel
Ramalho
Área de inserção de tiras
de teste iluminada:
seu teste a qualquer hora,
em qualquer lugar.
Botão ejetor de tiras:
mais higienização
no processo.
Nova embalagem: evita
que as tiras caiam durante
a manipulação.
Design inteligente:
menos desperdício e
mais praticidade na
utilização das tiras.
Fácil dosagem: uma pequena
gota de sangue, para uma
grande área
de aplicação.
com base no histórico dos
últimos 7 dias, também é uma
característica que oferece a
possibilidade de interpretar melhor
o resultado dos testes realizados e
buscar melhoras no controle
da patologia.
A solução vaitransformar a relação
dequembuscaasmaisavançadas
tecnologias de segurança para
viver melhor com o Diabetes,
assim como os pacientes que
testaram e aprovaram o Accu-
Chek Guide, esse produto vai
além da praticidade, atendendo
as normas internacionais ISO
15.197:2013/EN ISO 15.197:2015,
e também das normas exigidas
pelo Brasil.
Accu-Chek Guide®
não só
atende a ISO 15.197:2013, cuja
variação máxima permitida é de
15mg/dlse abaixo de 100mg/
dle no máximo 15% se acima
de 100mg/dl(conhecido como
“acuracidade15/15”)aocomparar
o resultado no glicosímetro do que
é dosado em laboratório central,
como apresenta resultados com
valores mais certeiros, ao garantir
variação de no máximo 10mg/dl
e 10% (“acuracidade 10/10”).
Rápido, prático, inteligente
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Referências bibliográficas: 1. Harvey C, KoubekR, BégatV, Jacob S. Usability Evaluation
of a Blood Glucose Monitoring System With a Spill-Resistant Vial, Easier Strip Handling, and
Connectivity to a Mobile App: Improvement of Patient Convenience and Satisfaction. J Diabetes
Sci Technol. 2016;10(5):1136-1141. 2. Dados internos Roche Diabetes Care - em publicação.
6 7
5. Os vários tipos de açúcar disponíveis
para o nosso consumo ainda geram
dúvidas e inseguranças para quem
convive com diabetes. Pensando
nisso, convidamos Maristela Strufaldi,
nutricionista e educadora em
diabetes, membro do Departamento
de Nutrição da Sociedade Brasileira
de Diabetes (SBD), para compartilhar
com você informações embasadas.
Quais são os tipos
de açúcar?
Açúcar refinado: é o açúcar
de mesa, proveniente da cana de
açúcar. No processo de fabricação
é polido, fazendo com que o torne
fininho. Devido a tal processo, há
perdas de vitaminas e sais minerais.
Açúcar cristal: possui como
característica os cristais grandes,
transparentes ou levemente
amarelados e praticamente as
mesmas propriedades do refinado,
com pouquíssimos minerais a mais.
Açúcar invertido: é similar a um
xarope, resultado da reação da
sacarose (açúcar refinado) com água
e calor, onde a molécula se quebra
e se divide em glicose e frutose – a
sacarose é adicionada à mistura. É
comumente usado pela indústria para
a confecção de balas e biscoitos, pois
ele impede a cristalização e funciona
como um “conservante”.
Açúcar orgânico: nesse tipo
de açúcar não são utilizados
ingredientes artificiais ou agrotóxicos
em nenhuma etapa do ciclo de
produção; é considerado natural
desde o plantio, sem adubos
e fertilizantes químicos, até a
embalagem é biodegradável.
Açúcar mascavo: é mais escuro e
menos processado, conservando o
ferro, cálcio e outros sais minerais.
Conheça os
diferentes tipos
de açúcar
Açúcar demerara: o seu processo
de fabricação é bem parecido ao do
cristal, com menor processamento
e sem acréscimo de aditivos
químicos. Os grãos têm aparência
marrom-clara ou caramelo e são
levemente mais úmidos, devido ao
alto teor de melaço de cana que
envolve o açúcar. Preserva uma
maior quantidade de vitaminas e sais
minerais, quando comparado aos
açúcares cristal e refinado.
Açúcar light: é uma mistura entre
açúcar refinado e adoçante. Por esse
motivo, apresenta um menor valor
calórico.
Para quem tem diabetes, nenhum
açúcar é proibido, sendo importante
consumir com moderação, tenha
a pessoa ou não a doença. O seu
consumo não pode ultrapassar 5%
do valor calórico total/dia. Contudo,
como já descrito anteriormente,
os açúcares mascavo, demerara e
orgânico são os que mais preservam
nutrientes e recebem menor
processamento. A mesma conduta
deve ser adotada por indivíduos
obesos.
Todos os açúcares impactam
na glicemia, tal como outros
carboidratos (pães, massas, cereais,
batatas). Mesmo o light, que possui
uma parcela de adoçantes, eleva
a glicemia e por isso, deve ser
consumido com moderação
em meio à alimentação
saudável.
Segundo a Organização Mundial de
Saúde e a Sociedade Brasileira de
Diabetes, o consumo de sacarose
não deve ultrapassar 5% do valor
calórico total/dia. Exemplificando,
para uma dieta alimentar de 2mil kcal,
o consumo máximo de açúcares não
deve passar de 50g por dia.
A Tabela Brasileira de Composição
de Alimentos da UNICAMP (https://
bit.ly/2GZj5RL) e da USP (https://
bit.ly/2SJcAUH) são as principais
referências para a consulta de
nutrientes e comparação desses
alimentos. Destaca-se que a
quantidade de carboidratos é a
mesma entre todos os tipos (exceto
do açúcar light que possui uma
quantidade discretamente menor,
devido à presença do adoçante).
A contagem de carboidratos desses
açúcares é feita da mesma forma
que os demais carboidratos, ou
seja, através da consulta de rótulos,
manuais de contagem
de carboidratos
e aplicativos.
98
6. Ano novo,
O poder que as mudanças têm de nos trazer
pertencimento e qualidade de vida
novasexperiências
É de costume começar o ano que
chega fazendo mudanças e correndo
atrás das metas e sonhos adicionados à
listinha feita geralmente no balanço final
na virada – e claro, com ajuda daquela
vibe poderosa que nos envolve com
novas possibilidades. Expectativa essa
que pode nos trazer mais alegria e mais
saúde do que a gente imagina.
No nosso papo com o jornalista
Tom Bueno sobre essa conexão
entre mudanças e possibilidades, ele
compartilhou suas impressões ao mudar
o tratamento do Diabetes após 12 anos
do diagnóstico para viver uma nova
experiência com a bomba de insulina.
Um desafio e tanto para alguém que
tem uma rotina agitada. Atualmente,
Tom é repórter especial da Record
TV e também atua como Diabetes
Influencer, levando conteúdo e gentileza
para quem, assim como ele, busca
informação para viver com qualidade.
1. Como descobriu que tinha
diabetes?
Eu fui diagnosticado com diabetes tipo
um aos 22 anos. Na época, eu não
sabia nada sobre a doença. Achava que
o diabetes era doença de pessoas mais
velhas e que era causado pelo consumo
exagerado do açúcar.”
2. Por que mudar o tratamento
depois de tanto tempo?
Meu primeiro tratamento foi com
a seringa. Eu sofria toda vez que
precisava fazer alguma aplicação.
Com o passar do tempo, eu fui me
acostumando. Mas fazia tudo por
obrigação. As canetas de insulinas
foram uma salvação na minha vida.
Boa parte do meu tratamento foi feita
com caneta. Eu sempre fui curioso em
entender como funcionava o tratamento
com a bomba de insulina e os benéficos
que essa terapia trazia para a maioria
das pessoas, mas nunca me senti
preparado para testar. No fim do ano
passado, de uma forma inesperada,
eu estava conversando com o meu
médico, Dr. Rodrigo Siqueira, e ele me
perguntou se eu não toparia fazer o
teste com a bomba. Pela primeira vez, eu
não titubeei na resposta. Prontamente
disse: sim, eu quero testar. Foi muito
natural. Decidi começar 2019 diferente.
3. Como está sendo sua
adaptação ao SICI (Sistema de
Infusão Contínua de Insulina)?
Melhor do que eu imaginava. (Risos)
Às vezes, fico perdido com o novo
membro do meu corpo. Mas acho
que daqui um tempo vou tirar de letra.
Tenho a sensação que comecei agora
o meu tratamento do diabetes. Tudo
ainda é muito novo. Mas olha, ter a
possibilidade de controlar as doses de
insulina por um controle remoto tem
sido uma experiência única para mim.
Eu chegava aplicar 10 injeções
de insulinas por dia.
4. Quais são os maiores
diferenciais e dificuldades nas
primeiras semanas de adaptação?
Acho que o fato de não precisar furar
o tempo todo para aplicar insulina.
Outra coisa que vale ressaltar é que
na bomba a gente consegue aplicar
doses fracionadas, e isso não é possível
na caneta. Acredito que isso tem um
impacto positivo na melhora
dos resultados.
5. Quais são os principais
desafios e possibilidades que
essa mudança trouxe para
sua rotina?
Acredito que a bomba de insulina vai
me trazer mais praticidade e melhor
controle glicêmico. O que toda pessoa
que convive com o diabetes busca, né?
E eu faço parte de milhões de pessoas
que só querem viver com
mais qualidade de vida.
6. Você é um Diabetes Influencer,
gostaria de deixar uma
mensagem para quem está na
dúvida sobre o tratamento?
Olha, eu acho que saber o que os
outros têm a dizer sobre determinado
tratamento é importante e enriquecedor,
mas nada substitui a sua própria
experiência. Cada uma sente de uma
forma, e vale a pena você testar e saber
como você vai se sentir. O diabetes não
tem cura, mas tem controle e o nosso
desafio é buscar, sem medo, o melhor
caminho para esse controle.
10
11
“Acho que a bomba
de insulina é uma
tecnologia muito
importante na vida de
milhares de pessoas
que convivem com
a doença.”
7. Na internet, muitas associações de
diabetes têm criado suas páginas,
colocado suas iniciativas, mas
muitos dos internautas não sabem
perfeitamente qual é o papel de uma
associação e como ela pode
ajudar a sociedade.
Para começarmos, é importante
saber que as associações são ONGs
(Organizações Não Governamentais)
que ganharam força no Brasil em
1992, quando governantes de 108
países e 9 mil ONGs se reuniram no
Rio de Janeiro para discutir os rumos
ecológicos do planeta. A Rio-92,
como foi batizado o encontro, entrou
para a história das organizações
não governamentais brasileiras.
Nunca elas haviam conseguido tanto
destaque e espaço para debater suas
posições, lado a lado com os mais
importantes chefes de Estado.
As ONGs são as ferramentas que
a população tem para participar da
sociedade. São pessoas que se unem
por uma causa comum, lutando por
ideais que consideram relevantes
e, até por isso, são focadas e
especializadas nesses temas. O
papel das ONGs atualmente é muito
abrangente, visto que elas podem
atuar em várias frentes, desde lidar
com as tensões e desigualdades
sociais, os problemas decorrentes
da superpopulação das grandes
metrópoles, até as questões
ecológicas. O contexto em que
vivemos exige uma atuação cada vez
maior e mais eficiente por parte das
organizações não governamentais.
Hoje, o envolvimento das pessoas em
diabetes, seja na tomada de decisões
clínicas que lhes digam respeito, seja
na sensibilização para as políticas
de saúde que as afetam, na partilha
de experiências com outras pessoas
com a mesma condição ou mesmo
no contributo ativo para a ciência e
investigação clínica – é visto como
uma mais-valia inquestionável para o
progresso da saúde.
Segundo Graça Camara, psicóloga e
coordenadora do Projeto Educando
Educadores, surgido a partir de
uma parceria entre a ADJ Diabetes
Brasil, a Sociedade Brasileira de
Diabetes e a Federação Internacional
de Diabetes, na educação em
diabetes, as associações fornecem
ferramentas que ajudam a entender
o que acontece com o seu
organismo quando estes recebem o
diagnóstico de diabetes, respeitando
as diferenças de compreensão e
hábitos de vida de paciente. Assim,
as pessoas poderão desenvolver
comportamentos de autocuidado e
alcançar resultados a curto
e a longo prazo.
Além disso, dentro das associações,
as pessoas podem adquirir educação
em diabetes também por meio de
grupos de apoio especializados, que
podem compartilhar experiências
com outras pessoas, que têm a
mesma condição. Esses grupos
facilitam também o compartilhamento
de ideias sobre as formas de cuidar
do diabetes, preparação de alimentos
e sobre a ação da atividade física
no organismo.
Outra função muito importante
é que muitas associações estão
ajudando as pessoas a conhecerem
seus direitos e batalhar pelo acesso
ao tratamento adequado. Isso é o
que chamamos de advocacy: meios
pelos quais as pessoas podem
lutar pelos seus direitos e ter sua
voz ouvida pelos formuladores de
políticas públicas e tomadores de
decisão. É na verdade um sinônimo
de defesa e argumentação em favor
de uma causa. É um processo de
reivindicação de direitos, que têm por
objetivo influenciar na formulação e
implementação de políticas públicas,
que atendam as necessidades
da população.
Voluntariado em ONG’s
Independentemente das áreas de
atuação das ONGs, muitas delas
têm dificuldade de encontrar
pessoas engajadas que queiram ser
voluntárias, para otimizar sua atuação
na sociedade.
Por isso, perguntamos: Por que não
inserir um trabalho voluntário no
nosso dia a dia? Sim, temos nossas
preocupações, agenda lotada de
compromissos e ainda precisamos
reservar um espaço para o descanso.
Realmente não é fácil. Mas, como
nós administramos o tempo e não
o contrário, é possível dedicar um
fim de semana por mês, um dia por
semana ou mesmo uma hora do dia
para uma atividade voluntária,
não é mesmo?
E não é tão difícil. Ser voluntário
é uma relação humana, rica e
solidária. É uma iniciativa que pode
ajudar tanta gente e, ao mesmo
tempo, ser tão recompensadora que
não nos damos conta de que nós
mesmos muitas vezes somos mais
beneficiados do que a pessoa que
recebe a ação.
Segundo as Nações Unidas, o
voluntário é o jovem ou o adulto que,
devido a seu interesse pessoal e
espírito cívico, dedica parte do seu
tempo, sem remuneração alguma,
a diversas formas de atividades,
organizadas ou não, de bem-estar
social, ou outros campos.
Por exemplo, na ADJ Diabetes
Brasil, o trabalho voluntário
pode ser realizado dentro das
possibilidades das pessoas e que,
com o gerenciamento do tempo,
os participantes têm a sensação
de dever cumprido. Além disso, o
voluntário tem a certeza que pode
abrir uma janela, que pode se tornar
muito recompensadora, ao sentir o
quanto pode se tornar útil e fazer a
diferença na vida de outra pessoa.
Se você ficou empolgado com este
texto e quer se tornar um voluntário,
o Portal Dem Bem Com a Vida
preparou um mapa das Associações
do Brasil. Veja: bit.ly/2E4s6Xl
Mas, caso você queira conhecer
outras ONG’s para se candidatar
ao trabalho voluntário, é só acessar
o site Atados (www.atados.com.
br), plataforma social online que
conecta pessoas a oportunidades de
voluntariado em causas sociais de
diversos segmentos.
Você sabe qual é
a atuação de uma
associação de
diabetes?
12 13
8. Os primeiros sinais de diabetes
mellitus tipo 2 podem ser
identificados mais de 20 anos antes
do diagnóstico, de acordo com
uma nova pesquisa apresentada
no Encontro Anual da Associação
Europeia para o Estudo do
Diabetes (EASD) em Berlim, na
Alemanha, publicado em outubro
pelo pesquisador japonês Hiroyuki
Sagesaka.
O estudo rastreou mais de 27 mil
adultos, que não tinham diabetes,
com idade média de 49 anos, entre
o período de 2005 a 2016, onde
foram analisados os índices de
massa corporal, de glicose e de
sensibilidade à insulina. Os resultados
foram surpreendentes! Descobriu-se
que o aumento da glicose em jejum,
maior índice de massa corporal
(IMC) e sensibilidade à insulina
foram detectados até 10 anos antes
do diagnóstico de diabetes, bem
como pré-diabetes.
Como a grande maioria das pessoas
com diabetes tipo 2 (DM2) passa
pelo estágio de pré-diabetes, nossos
achados sugerem que os marcadores
metabólicos elevados para a doença
são detectáveis mais de 20 anos
antes de seu diagnóstico, essa foi
a explicação do pesquisador no
estudo.
Buscando uma compreensão
maior da referida pesquisa,
a endocrinologista Andressa
Heimbecher explica com maiores
detalhes o período conhecido
como pré-diabetes. Segundo
ela, é a condição que antecede
o desenvolvimento do diabetes e
pode ser reversível. O diagnóstico é
feito com o exame de hemoglobina
glicada entre 5,8 (maior ou igual) e
6,4. A curva glicêmica entre 141mg/
dl e 199mg/dl de glicose, após
Diabetes pode
começar mais de
20 anos antes do
diagnóstico, diz
estudo
a segunda hora do teste oral de
tolerância à glicose (75g de glicose).
Ela concorda com os resultados do
estudo, pois o DM2 é uma doença
evolutiva, ou seja, ela começa com
uma discreta alteração na insulina,
elevação da resistência à insulina,
glicemia de jejum alterada para
então progredir para pré-diabetes e,
finalmente, diabetes. Raramente no
pré-diabetes, as pessoas apresentam
sintomas. Referem-se a queixas
vagas de cansaço, mal-estar e
desânimo.
A importância
do profissional
de assunto no
diagnóstico
O profissional de saúde precisa agir
preventivamente, através de uma
abordagem abrangente; conhecer os
hábitos de vida do seu paciente – se
ingere bebidas alcoólicas, se fuma, se
consome alimentos industrializados
ultraprocessados, que são
extremamente calóricos. É preciso
incentivá-lo a mudanças no estilo de
vida, estimulando a prática regular de
esportes e orientando na adoção de
uma dieta balanceada composta por
grãos integrais, verduras, legumes,
frutas, carnes magras, oleaginosas e
peixes ricos em ômega 3. Deve ainda
orientá-lo para evitar o consumo
de carboidratos simples, ou seja, os
refinados brancos e o consumo de
alimentos gordurosos, bem como os
embutidos e enlatados.
“Temos de levar em consideração
que, não somente os hábitos
deflagram o desenvolvimento
da doença, mas também há que
se ter um terreno fértil para que
ela ocorra, ou seja, a genética e
a suscetibilidade do indivíduo;
pessoas descendentes de orientais
têm chance de desenvolvimento
de alterações glicêmicas com
aumento de peso bem menores
que os afrodescendentes e hispano
descendentes. Famílias com histórico
de DM2 é fator de risco fundamental
e, pensando nisso, as mudanças de
hábitos devem ser definitivas”, alerta
a Dra. Andressa.
Para o maior esclarecimento dos
nossos leitores sobre o assunto em
questão, a endocrinologista pediu
que acrescentássemos um texto
explicativo sobre como o hábito de
acordar tarde pode aumentar o risco
de ter diabetes, assim intitulado:
“Acorda tarde? Isso pode estar
atrapalhando o seu metabolismo!”
Cada um tem o seu ritmo de sono.
Uns gostam de acordar bem cedinho,
outros nem tanto. Isso define o
que chamamos de cronotipo, uma
característica individual que se refere
ao comportamento da pessoa em
relação ao sono. Pesquisas sugerem
que indivíduos que tendem a ter
o cronotipo vespertino, ou seja,
dormem até mais tarde, tendem
a desenvolver diabetes, síndrome
metabólica e perda de massa
muscular. Quando comparados aos
madrugadores, os corujinhas são
mais propensos a ganho de peso.
A explicação para tal fato se deve
à liberação do hormônio cortisol.
Sabe-se que ele é disponibilizado
assim que despertamos e, para
quem acorda cedo, essa liberação
hormonal é feita de forma mais
harmônica ao longo do dia, o que
ajuda a controlar os níveis de açúcar
no sangue e regular o metabolismo.
Para os que acordam mais tarde,
a produção e liberação do cortisol
ocorrem no meio do dia, fazendo
com que o seu nível fique mais
elevado por mais tempo. Esse
desequilíbrio do hormônio somado
à melatonina podem explicar o
aumento do risco de doenças como
o diabetes e a síndrome metabólica.
Hiroyuki Sagesaka, Yuka Sato, Yuki Someya, Yoshifumi
Tamura, Masanori Shimodaira, Takahiro Miyakoshi,
Kazuko Hirabayashi, Hideo Koike, Koh Yamashita, Hirotaka
Watada, Toru Aizawa; Type 2 Diabetes: When Does It
Start?, Journal of the Endocrine Society, Volume 2, Issue
5, 1 May 2018, Pages 476–484, https://doi.org/10.1210/
js.2018-00071
1514
9. Cada ano que passa, muitos
aplicativos aparecem no nosso
dia a dia para facilitar a prática de
atividade física. Para as pessoas
que têm diabetes, eles podem
inclusive ajudar na performance e
na motivação da prática.
Para algumas pessoas, tão
importante quanto finalizar e
realizar as atividades físicas, é
essencial também promover a sua
divulgação imediata nas redes
sociais, e assim ter motivação
para ir cada vez mais longe.
Para nos ajudar na tarefa de
escolher os 4 aplicativos para
monitorar sua atividade física,
conversamos com o educador
físico Emerson Bisan, que tem
diabetes desde os 21 anos
de idade.
Melhore sua
performance na
atividade física
diária com
esses apps:
7 minutos: conta com
um programa de exercícios
personalizados de alta
intensidade e realizados sem
equipamento algum, normalmente
em alta intensidade. De acordo
com o aplicativo, os treinos são
baseados em estudos científicos
para oferecer o máximo de
benefícios no menor tempo
possível. Você precisa definir
seu objetivo e o nível de preparo
(leve, moderado ou intenso).
Disponível: Android e IOS
Strava: é a nova mania dos
corredores e ciclistas. Ele é
responsável por coletar e usar os
dados de saúde dos dispositivos,
como monitor de frequência
cardíaca, para oferecer uma
análise dos dados para uma
melhor performance. Além disso,
mostra a distância e a velocidade
que você percorreu durante
o trajeto.
Disponível: Android e IOS
Nike Run: tem
acompanhamento personalizado
e adaptável para ajudar a
correr melhor, com uma lista
de músicas desenvolvidas
para manter o ritmo no trajeto.
Para isso, a tecnologia oferece
cada detalhe sobre o ritmo, a
distância, as rotas e os recordes
pessoais, com precisão.
Também promove um plano
personalizado de acordo com
os objetivos e condicionamento
de cada pessoa. O aplicativo
também provê as conquistas e
troféus para todas as marcas de
superação do corredor.
Disponível: Android e IOS
Endomondo: consiste em
uma comunidade de esportes
que rastreia os treinos, analisa o
treinamento e interliga os amigos
do praticante. O aplicativo pode
ser utilizado em 58 modalidades
esportivas, dentre elas
caminhadas, badminton, cadeiras
de rodas, entre outras. A iniciativa
informa o tempo, a distância
percorrida, as condições para
tomada de decisões, a partir da
análise dos dados que mostram
como melhorar performance,
monitorar percurso e determinar
momentos de troca de percurso
(ida e volta), a fim de determinar
o ritmo a ser tomado em
momentos específicos.
Para pessoas com diabetes, o
Endomondo dá a estimativa de
gasto calórico e de necessidade
de consumo de água, calculado
pela ferramenta com base em
tempo, distância e localidade em
que a atividade física é realizada.
Isso facilita muito a avaliação pela
pessoa com diabetes acerca das
quantidades de insulina e/ou
medicamentos a serem utilizados,
bem como as quantidades de
alimentos/calorias a serem
ingeridas antes, durante e após a
realização das atividades físicas.
Disponível: Android e IOS
Se você já usou ou usa um
desses aplicativos, conta para
gente qual a sua experiência, e se
você ainda não pratica atividade
física, escolha o aplicativo que
mais atende suas necessidades
e vá longe para adquirir mais
qualidade de vida!
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para monitorar sua
atividade física
16
10. Sabe-se que as doenças
cardiovasculares avançam
em todo o mundo, sendo
responsáveis por mais de 300
mil mortes todos os anos no
Brasil. A despeito de todo esforço
para conter o avanço dessas
enfermidades, o que se observa
é apenas a mudança da forma de
morrer: antes mais de derrame
e hoje mais de enfarte. Isso
pode ser um sinalizador de que
estamos tratando de forma mais
agressiva a hipertensão.
Hipertensão e diabetes
atuando de forma isolada
e/ou em conjunto são as
maiores responsáveis por essa
mortalidade. Um outro problema
está ligado aos prejuízos à saúde,
a chamada morbidade, que leva
à incapacidade e ao custo social
exagerado. As pessoas que
sofrem agravos provocados por
essa doença representam um
custo social enorme ao país.
Essas duas prevalentes doenças
podem aparecer de forma
isolada, mas, no entanto, gostam
de caminhar juntas. Praticamente
a metade dos hipertensos são
diabéticos ou irão se tornar um
dia.
Cabe-nos antecipar o diagnóstico
para não ter que correr contra
o tempo. O diabetes quando
diagnosticado já provocou ao
menos cinco anos de agressões
aos vasos. A hipertensão arterial
também já começa bem antes
dos números da pressão subirem.
Por enquanto, convém dizer
que a melhor forma de evitar
os problemas é identificando
precocemente essas duas
enfermidades. Também, mesmo
nas pessoas que ainda não
são consideradas doentes,
considerar uma abordagem do
que costumamos chamar de
“entorno” (o que está em volta
do indivíduo e enxergamos).
Significa um olhar para os ditos
fatores de risco conhecidos
(tabaco, sedentarismo, sobrepeso
e obesidade, alterações no
colesterol, dieta rica em sódio e
pobre em frutas e vegetais).
Uma outra forma de antecipar
o diagnóstico da hipertensão
HIPERTENSÃO
E DIABETES:
UM “CASAMENTO”
DESASTROSO.
arterial é medindo a pressão
arterial. Para os valores medidos
em casa (valores médios e
medidos de forma sistematizada),
considerar como alterados
quando maiores ou iguais a
135 x 85 mmHg. Para o diabetes
o diagnóstico hoje baseia-se
em três marcadores: glicemia
de jejum maior que 125mg/dl;
glicemia a qualquer hora maior
que 200 mg/dl; e também a
denominada Hba1C maior que
6,5% (atentar que existem
métodos de avaliação desse
parâmetro com valores
diferentes).
Para a hipertensão arterial o sinal
denunciador (pressão elevada) é
mais simples de verificar, porque
é costume ter em casa um
equipamento de medir a pressão,
geralmente (eu recomendo)
oscilométrico digital.
Dr. Marco Mota - CRM-AL 718
Médico Cardiologista, Principal Investigador
do Centro de Pesquisas Clinicas Cesmac/
Hospital do Coração de Alagoas.
1918