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A Regra de São Bento e a Educação
Dom Tomás de Aquino
SANTOS E
FESTAS DO MÊS:
02– Santo Estevão, Rei da Hun-
gria;
03– São Pio X;
08– Natividade de Nossa Senho-
ra;
12– Festa do Santíssimo Nome
de Maria;
14– Exaltação da Santa Cruz;
15– Sete Dores de Nossa Senho-
ra;
18– São José de Cupertino;
21– São Mateus, Apóstolo e
Evangelista;
24– Nossa Senhora das Mercês;
29– Dedicação de São Miguel
Arcanjo;
30– São Jerônimo.
N E S T A
E D I Ç Ã O :
Regra de São Bento e a
Educação
1 a 3
Nosso dever de ouvir 3
Comentários Eleison 4, 5
O homem e a mulher 6
Setembro/2015Edição 28
A Família Católica
C A P E L A N O S S A S E N H O R A D A S A L E G R I A S
Introdução
Esta conferência foi feita nas jornadas Jean
Vaquié de 2014 que foram consagradas à edu-
cação. Seu objetivo é o de focalizar a formação
da humildade em toda educação. É uma expo-
sição não muito desenvolvida do tema que
necessita ser prolongado por uma reflexão
pessoal dos pais e mães de famílias.
***
O amor de si mesmo conduz ao desprezo de
Deus, manifestação suprema do orgulho. O
amor de Deus até o desprezo de si mesmo
resume a humildade. São Bento define o mos-
teiro como uma escola onde se aprende o
amor de Deus e o desprezo de si mesmo. Esse
ensinamento vale para todo o mundo, pois o
que procurava São Bento não era outra coisa
senão formar bons cristãos, como fazia notar
Mons. Lefebvre.
A piedade, virtude anexa da justiça, nos faz
honrar nossos pais e honrar aqueles dos quais
nós recebemos a vida sob todas suas formas.
Como Santo Tomás foi repleto da sabedoria de
todos os Padres da Igreja, por causa da sua
piedade em relação a eles, os estudando aten-
tamente; assim também São Bento foi repleto
da sabedoria dos Padres do deserto pela pie-
dade com a qual ele os honrou procurando
viver como eles e transmitir o essencial da sua
doutrina adaptando-a à fraqueza de um grande
número. São Bento é o herdeiro de um bem
precioso que ele soube fazer frutificar. Sob este
aspecto nós podemos aproximá-lo não somen-
te de Santo Tomás, mas podemos fazer tam-
bém uma aplicação à crise atual e dizer que
todo bem que fez Mons. Lefebvre ele o fez por
causa da sua piedade. Graças a ela ele guar-
dou o ensinamento recebido no Seminário
Francês, em Roma, aonde o Pe. Le Floc lhe
transmitiu o pensamento dos papas que con-
denaram os erros modernos. São Bento, Santo
Tomás e Dom Lefebvre, todos os três estiveram
na mesma escola, a escola da Tradição.
Os pais devem fazer o mesmo. Eles devem
transmitir o que eles receberam. Para isso eles
devem observar os antigos e conservar o
“depósito”, como diz São Paulo. Depósito, ou
seja, a herança das virtudes e de mil coisas
que fazem que uma casa de família ande bem
e aí se encontre as verdadeiras tradições fami-
liares que fizeram a grandeza da civilização
cristã. Por parte dos filhos, eles devem fazer o
mesmo. Aquilo que os pais fizeram em relação
aos que os precederam, os filhos devem fazer
em relação a seus pais e a seus mestres. É
assim que nós poderemos dizer com São Paulo
“eu transmiti o que eu recebi”. É o que Nosso
Senhor Ele mesmo fez: “Minha doutrina não é
minha, mas daquele que me enviou”. É a pie-
dade do Filho em relação ao Pai. É a Tradição.
Vejamos agora o que São Bento nos transmi-
tiu. Comecemos vendo o que se opõe à humil-
dade, antes de estudar a humildade em si
mesma.
1ª parte: O orgulho e os seus graus, segun-
do São Bernardo e Santo Tomás de Aquino
O Liberalismo não é outra coisa senão o
orgulho erigido em sistema. Ele é a oposi-
ção a mais contrária ao espírito católico.
Por esta razão é necessário estudar a fun-
do o que é o orgulho e considerá-lo no
âmbito da educação. A soberba, diz Santo
Tomás, tira o seu nome do fato que o orgu-
lhoso tende pela vontade ao que está aci-
ma do que ele é. Este pecado leva ao seu
máximo à aversão a Deus, porque procu-
rando a sua própria excelência de maneira
desordenada o orgulhoso se recusa a sub-
meter-se à Deus e à sua Lei: “Vós rompes-
tes o jugo, vós quebrastes os laços, vós
dissestes eu não servirei.” (IIª IIal q 122
a2). É o pecado da independência em rela-
ção a Deus. É o pecado de Lúcifer.
É necessário não confundir este pecado
com a virtude da esperança, à qual susten-
tada por um socorro de Deus visa ela tam-
bém o que está acima de nós, mas ela o
faz de maneira ordenada, pois Deus Ele
mesmo nos disse “sede perfeitos como
vosso Pai celeste é perfeito” e Ele nos
prometeu seu socorro nesta busca.
Toda diferença está no fato que o sober-
bo age com espírito de independência e de
revolta enquanto que o humilde age com
espírito de confiança e de submissão, con-
fiança no socorro de Deus e submissão
aos seus mandamentos.
Santa Joana d’Arc não seria senão uma
louca, cheia de soberba, se Deus não a
houvesse enviado para salvar o reino da
França. Mons. Lefebvre seria um soberbo
se o Concílio Vaticano II fosse um santo
Concílio como foram os concílios de Trento
e do Vaticano I.
Nossos primeiros pais pecaram por orgu-
lho. “O pecado do primeiro homem, diz
Santo Tomás, consistiu no fato que ele
desejou um certo bem espiritual acima da
sua medida”. É Deus que estabelece a
medida. Se alguém deseja um bem espiri-
tual, segundo a medida estabelecida por
Deus, tudo está em ordem e nisto consiste
a virtude. Se alguém deseja um bem, mes-
mo espiritual, contra a medida estabeleci-
da por Deus, ele peca pois recusa a sobe-
rania divina.
“Adão pecou principalmente, diz Santo
Tomás, pelo fato de querer a semelhança
com Deus em relação à ciência do bem e
do mal, como o demônio o sugeriu, de tal
P á g i n a 2 A F a m í l i a C a t ó l i c a
maneira que pela virtude própria de sua
natureza ele determinasse o que é bom ou
mau a fazer. Secundariamente ele pecou
desejando a semelhança com Deus de tal
maneira que por sua própria operação ele
pudesse obter a beatitude.” (IIª IIal q123
a2) Resumindo, Adão quis o que pertence
só à Deus e aquilo que só Deus pode nos
dar, se Ele o desejar.
O pecado do Liberalismo do mundo mo-
derno refaz diante de nossos olhos o peca-
do de Adão. O mundo moderno quer apa-
gar os dez mandamentos de Deus e quer
obter uma ilusória beatitude forjada por
ele mesmo. Gustavo Corção dizia que o
sonho do demônio é o de acrescentar ao
Pecado Original um outro pecado que con-
siste no Pecado Terminal, para fechar a
história da humanidade com a mesma
revolta que marcou o seu início. Mas a
fidelidade das almas humildes e fortes
fazem fracassar o seu sonho e essas al-
mas se formam antes de tudo no seio de
uma boa família católica. Pio XII dizia que
os pais podem muito para a salvação eter-
na de seus filhos. Então é necessário tra-
balhar para preservar os filhos contra o
orgulho do liberalismo que nos cerca de
todos os lados. Liberalismo insidioso pois
ele se apresenta sob a aparência de um
bem que é a liberdade. Mas a verdadeira
liberdade, a que convém às criaturas não é
aquela proposta pelo Liberalismo. O que
propõe o Liberalismo não é outra coisa
senão o orgulho.
São Bernardo discerniu doze graus do
orgulho. Este número ele tomou de São
Bento que enuncia doze graus da humilda-
de na sua Santa Regra.
Vejamos primeiro os graus do orgulho
estabelecidos por São Bernardo em oposi-
ção aos doze graus da humildade estabe-
lecidos por São Bento. Santo Tomás os
comenta na Suma, questão 162, artigo 5,
da IIª IIal.
1º grau - A curiosidade pela qual alguém
olha, curiosamente, em todas as direções
de maneira desordenada. É a tentação
dos olhos assim como da imaginação e do
pensamento.
São Pio X diz na Pascendi que a curiosi-
dade é uma das duas causas do modernis-
mo. Os modernistas do final do século XIX
e do século XX liam com curiosidade os
exegetas e os filósofos discípulos de Kant.
Eles amavam ler o que não era para ser
lido. Esta curiosidade desordenada e in-
submissa teve grande parte na sua queda.
O mesmo se dá hoje com os neo-
modernistas, progressistas e liberais.
Para as crianças é necessário ajudá-las a
reprimir a curiosidade dos olhos suprimin-
do a televisão, por exemplo, combatendo
também esta curiosidade em querer saber
o que outros estão dizendo ou fazendo.
2º grau – A leviandade da alma, pela qual
o homem se derrama em palavras insen-
satas.
3º grau – A alegria tola, pela qual o orgu-
lhoso ri de tudo sem razão. Defeito fre-
quente de certas idades.
4º grau – A jactância, pela qual se fala em
vez de se calar. São Bento diz aos monges
que falar pertence ao mestre e aos discí-
pulos compete calar. Os pais devem edu-
car seus filhos nesse sentido para que
aprendam a escutar em silêncio o que lhes
é dito e ensinado.
5º grau – A singularidade: não agir nunca
como os outros. Os modernistas não fazem
nunca como os antigos. Daí nova Teologia,
nova Missa, novos Ritos para todos os
sacramentos, novos Catecismos, novo
Direito Canônico, etc, etc.
Em casa é a criança que faz sempre
diferente dos outros. Algumas vezes isto
pode ser devido ao temperamento e mes-
mo a um bom espírito de iniciativa. Cabe
aos pais discernir a verdadeira razão de
algumas singularidades.
6º grau – A arrogância, pela qual alguém
se prefere aos outros. É a atitude do fari-
seu em relação ao publicano do Evange-
lho.
7º grau – A presunção, pela qual alguém
se crê capaz daquilo que não é. É o caso
do governo francês diante da Alemanha,
em 1940*.
8º grau – Defesa de seus pecados. No
mosteiro se aprende a não se desculpar
quando se é repreendido. Mesmo se se
tem justos motivos, deve-se esperar um
outro momento para apresentá-los. É um
reflexo da natureza humana, ferida pelo
Pecado Original, de se desculpar como
Adão o fez, pondo a culpa em Eva, e Eva,
pondo a culpa na serpente.
9º grau – Confissão simulada. É próprio
daqueles que não querem suportar a pena
devida por seus pecados, diz Santo Tomás.
É talvez a confissão mal feita. Parece-me
que é silenciar o principal de suas faltas e
assim passar por uma alma contrita sem o
ser, ou então confessar sem a menor in-
tenção de se corrigir.
10º grau – A rebelião. É desobedecer a autoridade legítima que se exerce em seu terreno próprio e à qual não se quer obedecer por
orgulho. É o motim a bordo que termina no naufrágio de um navio. São os soldados de 1914 que Petain foi obrigado a condenar à
morte em razão de sua rebelião. É Adão e Eva desobedecendo. É a desobediência dos judeus antes de entrar na Terra Prometida
sendo condenados a vagar por 40 anos no deserto.
A Resistência atual a Mons. Fellay pode parecer uma rebelião. As ordenações feitas por Mons. Lefebvre em 1976 e as sagrações de
1988 pareceram também a alguns ser uma rebelião. É então necessário bem discernir entre rebelião e resistência necessária a um
mau que vem do alto. São Miguel resistindo a Lúcifer, que lhe era superior, não fez ato de rebelião, mas sim de fidelidade.
11º grau – A liberdade de pecar, que faz que o homem se deleite no abuso da liberdade. É a Revolução Francesa e a atitude domi-
nante de muitos meios intelectuais e universitários de hoje. É o Liberalismo.
12º grau – O hábito do pecado, que consuma o desprezo de Deus, grau último do orgulho. É o desaparecimento de todo temor de
Deus. É também o que se vê cada dia mais no mundo atual, ou seja, o pecado aprovado e incentivado pela lei ela mesma dos Esta-
dos Modernos. Leis do divórcio, do aborto, dos anticoncepcionais, dos casamentos homossexuais, etc.
Continua na próxima edição!
Nota: *Diante da Alemanha de Hitler que se armara sem cessar, o governo socialista francês não se armou devidamente e mesmo assim
declarou guerra à Alemanha e foi rapidamente vencido, no início de 1940 e foi forçado a assinar um armistício, aliás, vantajoso naquela
ocasião, obtido pelo marechal Petain, herói da guerra de 1914 e grande chefe de estado que teve que assumir o poder e começou uma
bela restauração da França suprimindo o divórcio e fechando as lojas maçônicas. Infelizmente os Aliados, apoiaram De Gaule que lançou
a França na anarquia espiritual que perdura até hoje.
Nosso dever de ouvir
O Catecismo nos ensina que a Igreja está dividida em duas partes distintas: a docente e a discente,
ou seja, há aqueles que ensinam e aqueles que são ensinados. A Igreja docente é composta de todos os
Bispos unidos ao Romano Pontífice, pois estes possuem a autoridade de ensinar, assim como os outros mi-
nistros sagrados, que se encontram sob a dependência destes. Quanto a nós leigos, cabe ouvir a Igreja do-
cente e aprender dela tudo o que é necessário para nossa salvação. Vivemos uma crise terrível na Igreja, de
Fé e de moral, e já não podemos mais, sem colocar nossas almas em risco, nos submeter ao que ensinam
os Bispos, em sua quase totalidade, e o Papa atuais. Porém, Deus jamais abandona aos seus. Salvaguardou
uma pequena parcela de seus filhos e nos deu “verdadeiros servos da Santíssima Virgem, que, como outros
tantos São Domingos, vão por toda parte, com o facho lúcido e ardente do santo Evangelho na boca, e na
mão o santo Rosário, a ladrar, como cães fiéis, contra os lobos que só buscam estraçalhar o rebanho de
Jesus Cristo.” São Luís Maria Grignon de Montfort.
Temos hoje, nas figuras de Mons. Williamson e Faure e dos padres da Resistência, a voz da Igreja
docente a nos ensinar a doutrina e os costumes em toda sua pureza e magnificência. Grave negligência se-
ria a nossa se não déssemos atenção às suas palavras. É com este propósito que A Família Católica repro-
duz em suas edições os comentários eleison, entrevistas, artigos e escritos de nossos padres e bispos. Nes-
te nosso 28º número trazemos dois Comentários Eleison, que embora antigos não perderam sua atualidade,
que tratam sobre a educação de nossas crianças, assunto tema desta presente edição e um dos eixos de
nosso jornal, bem com a transcrição de uma homilia de Crisma, cuja gravação se encontra disponível na in-
ternet. Mons. Williamson em particular nos concede todas as semanas suas sábias palavras, que muito nos
esclarece principalmente quando trata dos males próprios do mundo moderno. Pais, mães aproximem-se
cada vez mais dos conselhos e exortações de nossos bispos e padres e Nosso Senhor com certeza lhes da-
rão as graças necessárias para bem conduzir suas famílias ao Céu.
A Família Católica
IRMÃS SITIADAS
ELEISON COMMENTS CXLVI (1.º de maio de 2010)
De duas irmãs religiosas que devem ensinar a meninas modernas, uma está amedrontada enquanto a outra
está esperançosa. Ambas tem razão.
Duas irmãs professoras que dão aulas na mesma escola de moças escreveram-me recentemente, uma
delas quase intimidada, a outra esperançosa. Não há dúvida de que a Irmã Amedrontada também tem espe-
rança, e de que a Irmã Esperançosa não deixa de ter temores, porque os católicos devem fechar seus olhos
para não tombarem amedrontados pela sutil apostasia que sorrateiramente se aproxima de todos nós cada
vez mais e mais, enquanto que perdem inevitavelmente a fé se a esperança que a acompanha também se
perde.
A Irmã Amedrontada escreve: “O mundo agarra nossas meninas fortemente”. Ausente de seu próprio país
por três anos, quando voltou descobriu que “a mudança de mentalidade de nossas meninas é notável. Nós
lutamos para manter os princípios e os bons costumes”. Acreditem, essa escola é cercada e mantida por
pais católicos ligados à Tradição, o valor de sua matrícula eleva-se constantemente e vários pais fazem
grandes sacrifícios para assegurar que suas filhas sejam educadas lá. Eis que mesmo assim há uma irmã
contando-nos, sob um ponto de vista interno, a respeito de um problema de “mentalidade” que cresce, e é a
mentalidade problemática das meninas.
Isso se deve ao fato de que toda a nossa sociedade ocidental está abandonando Deus, e porque o ho-
mem, como Aristóteles disse, é um animal social, não só individual ou familiar. Portanto, um rapaz ou uma
moça pode ter bons pais, uma boa família e mesmo uma boa escola, contudo, se a sociedade fora de casa e
da escola não compartilha os valores católicos pelos quais se luta no interior da família, esses rapazes e
moças irão, especialmente a partir da adolescência, sentir o impulso anti-católico, e sofrerão uma maior ou
menor pressão para “seguirem a corrente”. Hoje a pressão é severa, a ponto de atemorizar a boa irmã, por-
que hoje todo o verdadeiro educador se sente como alguém que, parado na costa, tenta impedir o avanço
da maré. Mas, ao menos, a irmã tem seus olhos bem abertos e não engana a si mesma pensando que so-
mente a educação das meninas resolveria todos os seus problemas, como os pais são tentados a achar.
Entretanto, sem dúvida ela compartilha também do relativo otimismo da Irmã Esperançosa, que me conta
em sua carta que quando as meninas encenam na escola uma peça de teatro, as pessoas do mundo “ficam
impressionadas como aquelas meninas conseguem decorar linhas e linhas de texto e como o resto das alu-
nas na platéia está ouvindo e assistindo ao ato, e não brincando com seus telefones celulares”. Ela continua
dizendo que “quando se escutam comentários como esse, percebe-se que, de alguma forma, realmente lo-
gramos sucesso, sem saber como, e que podemos dar graças por isso”.
Em resumo, como disse Santa Joana D´arc, pertence a nós batalhar e a Deus dar a vitória. A Providência
dá-nos certa mão de cartas de que nem sempre gostamos, mas cabe a nós jogá-las da melhor forma que
pudermos. Lembro-me também da resposta pouco medrosa de Evelyn Waugh a uma mulher que reclamou
de ser ele tão desagradável, apesar de ser católico. “Minha senhora”, respondeu, “você não tem idéia o
quanto mais desagradável eu seria se não fosse católico. Sem o auxílio do sobrenatural, dificilmente seria
um ser humano”.
Kyrie eleison.
PAIS SITIADOS
ELEISON COMMENTS CXLVII (8 de maio de 2010)
Quem pode não se compadecer dos pais de hoje em dia que tem que criar seus filhos? Sem dúvidas, eles
ainda assim, devem tomar muito a sério suas graves responsabilidades.
As palavras das irmãs que comentei nos “Comentários Eleison” da semana passada ainda permanecem
na minha mente: “O mundo tem um forte poder sobre as nossas meninas”. Em apenas três anos “a mudan-
ça de mentalidade é notável. Nós temos que lutar para manter os princípios e os bons costumes”. Hoje em
dia, dificilmente o mundo deixará de exercer esta pressão sobre essas moças, pelo contrário. Portanto, ou
nossa Fé Católica cessou de ser “a nossa vitória contra o mundo” (I Jo V, 4), ou as palavras das irmãs po-
dem ser uma luz vermelha alertando-nos de que a nossa Fé deve ser ativada, ou a Tradição Católica precisa
A F a m í l i a C a t ó l i c a — 2 8 ª E d i ç ã o
ser filtrada novamente?
Entre o lar e a escola, se a escola é responsável por, digamos, dois sétimos da formação da criança, o lar
é responsável pelo menos por cinco sétimos. Essa é a razão pela qual, como se sugeriu aqui na semana pas-
sada, é um grave erro dos pais pensarem que, se eles confiaram seus filhos a uma boa escola, o seu dever
está cumprido. A principal responsabilidade da formação das crianças sempre pertenceu ao lar. Certamente
a irmã não atribuiria ao lar aquilo que é de sua responsabilidade, mas, por outro lado, a sua principal espe-
rança deve estar, depois da misericórdia de Deus, na existência de bons lares.
Hoje em dia, nenhuma pessoa razoável pode não ter compaixão dos pais. Por exemplo, o pai pode estar
esgotado por longas horas de viagem para exercer um trabalho completamente insatisfatório, em um ambi-
ente cada vez mais anticatólico; enquanto a mãe pode estar exausta por todos os filhos que Deus talvez lhe
envie se ela e seu esposo são obedientes às leis do matrimônio católico, por ter de educá-los em casa, se as
escolas estão muito corrompidas, pela necessidade de trabalhar também fora de casa se, por exemplo, uma
boa escola for cara, e pelo rechaço das pessoas se ela fica em casa. Em qualquer dessas péssimas situa-
ções, Deus não espera de nenhum de nós que façamos o impossível, mas pede, sim, que carreguemos nos-
sa Cruz e que façamos o possível.
Pais, estão vocês agindo realmente como viris cabeças de família (não como tiranos) ? Vocês põem a famí-
lia antes do dinheiro, ou o dinheiro antes da família? Estão dando às suas meninas o exemplo de amar e
apoiar a sua mãe? Vocês as escutam? Vocês as encorajam a vestirem-se e comportarem-se conforme o pró-
prio agrado de vocês, de um modo que elas só possam dar maus exemplos às filhas? Estas seguirão aque-
las muito mais nas ações do que nas palavras. Vocês passam tempo com suas filhas? Vocês lhes dão aque-
la sábia atenção e o cuidado de que elas tanto precisam de seu pai? Mães, uma única pergunta: vocês dão
às suas filhas o exemplo de respeitar e obedecer ao seu pai (mesmo se ele nem sempre o mereça), ou vocês
usam da sua língua para fazê-lo pequeno na frente delas? Vocês dois dão a seus filhos o exemplo de respei-
to ao sacerdote?
Uma última questão para os pais e mães: escutaram alguma vez aos pais católicos da época do Vaticano II
que estavam adormecidos quando foi mudada a educação de seus filhos, que despertaram demasiadamen-
te tarde e agora não têm nada mais que lágrimas a derramar por eles, que vivem, e que se preparam para
morrer, fora da Fé? Joguem fora a televisão! Companheiros sacerdotes e irmãs, não tenhamos medo de nos
tornarmos impopulares! Ademais, cuidemos todos que nossa Tradição Católica não se torne tão confortável
a ponto de que, para o nosso próprio bem, o Senhor tenha de permitir algo como a repetição do desastre do
Vaticano II.
Kyrie Eleison.
Fonte: http://stmarcelinitiative.com
Mons. Richard Williamson
O homem e a mulher
[...] Muitos católicos não percebem que eles têm essa força. Se eles receberam o sacramento, eles têm essa força, que está sem-
pre lá. Assim como o casamento. Se o casamento se torna difícil, você pode ir à frente do Santíssimo Sacramento, mostrar seu anel
de casamento a Nosso Senhor: “Nosso Senhor! Querido Senhor! Eu preciso da graça do meu casamento! Aqui está o meu anel de
casamento, casei usando este anel, apropriadamente na Igreja. O casamento está difícil. Querido Senhor, você precisa me ajudar
com a graça do matrimônio. Você precisa reavivar a graça do matrimônio que recebi quando me casei na Igreja”.
Eu encontro, com relativa frequência, maridos e/ ou esposas que não sabem o “abc” da natureza humana, da natureza do homem
e da natureza da mulher. Porque hoje o mundo perverso está fingindo que não há nenhuma diferença real entre o homem e a mu-
lher. Mas as Escrituras impõem que as esposas obedeçam... “obedecei a vossos maridos”. “Maridos, amai vossas mulheres”. Isso é
muito importante! Por quê? Porque as mulheres funcionam com amor... Um carro funciona com gasolina. A mulher funciona com
amor. Ela é feita para amar e para ser amada. Precisa de amor. Ela precisa amar. Essa é a maneira como as mulheres são.
Os homens não são assim. Os homens funcionam com ego. Nós somos superiores... ou pensamos que somos. E, portanto, uma
mulher inteligente não confronta seu marido, ela não luta contra
ele, ela não o enfrenta. Ela provavelmente nem discute com ele.
Ela anda ao seu redor. Ela sempre o respeita. Ela sempre respei-
tará seu marido e nunca vai se comportar de tal maneira que não
seja respeitosa. Ela pode discordar dele, ela pode estar certa.
Muitas vezes, a intuição feminina está certa. Mas ela não vai en-
frentar seu marido porque sabe que está certa. Porque se ela se
chocar com seu ego, não vai dar certo, não vai funcionar. O ego
do homem resistirá, resistirá apenas para não ceder à sua esposa
“inferior”. Inferior entre aspas, porque nós pensamos que somos
superiores. Portanto, não enfrentem seus maridos, porque vocês
não conseguirão o que querem, não com frequência. E mesmo se
conseguirem, eles não te amarão.
Se vocês querem ser amadas, sejam esposas amáveis. Sejam
amáveis, se façam amáveis. Sejam gentis. Muitas vezes, o que
você não consegue por entrar em atrito com seu marido, você
conseguirá pela brandura, pela ternura, que é o que o homem
precisa em sua mulher: brandura e ternura. Um homem não preci-
sa ser gentil ou terno, não necessariamente. Um homem deve ser
forte, para que a esposa possa apoiar-se nele, e a esposa possa
depender dele, e as crianças possam apoiar-se nele. O homem é
como a estaca e a mulher é como um tomateiro que sobe pela
estaca. A estaca precisa ser forte e não ceder. Um homem deve
defender algo, não para esmagar sua esposa. Ele não deve esma-
gar sua esposa. A estaca não esmaga o tomateiro. A estaca deve
permitir que o tomateiro suba. E então o tomateiro produz todos
os frutos, produz os filhos, produz as flores, produz a cor, produz a
ternura. O tomateiro é terno, a estaca é dura.
O homem e a mulher se complementam um ao outro, eles pre-
enchem as lacunas um do outro de forma maravilhosa. Isso é o
que Deus projetou. E aí vem o estúpido mundo moderno e diz que
o homem e a mulher são a mesma coisa. “Se você quer respeito,
eu quero respeito”. E a mulher moderna se torna orgulhosa, difícil
e perde a feminilidade. É um desastre para ambos: para o marido
e para os filhos. Porque as crianças não tem a mãe gentil e terna.
A mãe não tem de ser mole e boba. Ela precisa ser forte, a mãe
de Deus foi extremamente forte quando Nosso senhor precisava
de força. Quando ela estava no pé da cruz, ele foi submetido a
torturas horríveis. Poderia Ele ter feito sem que a sua mãe esti-
vesse lá para apoiá-Lo? Por sua feminilidade, por sua maternida-
de, pela força, pela força maternal. Não é o mesmo que a força
masculina.
Os sexos são muito diferentes, e é muito necessário entender
isso. E, normalmente, as mulheres são mais inteligentes em rela-
ção às pessoas que os homens. Os homens são inteligentes em
relação às coisas, às ideias. As mulheres são inteligentes em rela-
ção às pessoas. Quando se trata da relação entre o marido e a
esposa, muitas vezes depende da esposa trabalhar em volta do
marido. Não é o marido que precisa trabalhar em torno da espo-
sa, embora um marido inteligente fará isto. O homem é para lide-
rar, a mulher para seguir. Hoje, o orgulho... todo mundo é orgulho-
so, as mulheres são orgulhosas e não querem seguir. E não que-
rem que o homem seja o chefe da casa, e elas não querem ser o
coração da casa. E quando a mãe não quer ser o coração da
casa, a casa é sem calor, é fria. É algo que se as crianças não
tiverem em casa, faltará pelo resto de suas vidas. A mãe é o co-
ração da casa. Ela tem um imenso poder sendo o coração da
casa. Um poder sobre seu marido se ela usa o poder inteligente-
mente, mas se ela tenta enfrentá-lo, não vai dar certo.
Então, meus queridos amigos, percebam realmente que, quan-
do você vai para a confissão, o mundo moderno tem legado a
vocês, possivelmente, muitas coisas que nunca foram ditas, ou
ditas incorretamente. Nos velhos tempos, vocês aprenderiam
todas essas coisas com suas avós. Hoje a avó é colocada em um
asilo e não pode mais dizer essas coisas para as filhas que preci-
sam ser capazes de fazer funcionar suas casas, para fazer um lar
feliz. O lar feliz depende da mãe, enormemente. Também do pai,
mas a mãe é o coração da casa. E, portanto, o que acontece com
a mãe será o que acontecerá com o marido e os filhos. Ela cir-
cundará seu marido e o fará feliz. Um provérbio russo diz “Um
homem sem uma esposa é como um jardim sem uma cerca”. A
cerca circunda o jardim e protege-o. Ela é a proteção, a boa pro-
teção que gira ao redor de seu marido e o protege.
Assim, meus queridos amigos, percebam que o mundo moder-
no está muito errado, está profundamente errado. E isto é o que
os líderes da nova sociedade (São Pio X) não veem. Eles nunca
entenderam o quão ruim o mundo moderno é. Eles acham que
não é realmente tão ruim, assim com o Vaticano II. “A Igreja pre-
cisa sair e abraçar o mundo moderno. O mundo moderno não é
tão ruim, não é contra a Igreja”. Completo erro! Erro profundo! O
mundo moderno está sendo moldado por ateus maçons, por
inimigos de Deus. Os inimigos de Deus fizeram este mundo mo-
derno. Não é totalmente surpreendente que eles se oponham à
Igreja e que dirigiram sua influência sobre a Igreja para mudá-la,
e a sua influência está agora sobre a FSSPX.
Portanto, agarrem firme o Rosário. Rezem cinco mistérios em
família todos os dias. Talvez na parte da manhã, em vez de noite,
porque à noite as pessoas estão cansadas. Talvez de manhã...
pode ser melhor começar o dia com os cinco mistérios. Toda a
família, o pai liderando a mãe e as crianças. Para os adultos é
mais fácil pensar em rezar quinze mistérios por dia. A maioria
das crianças não precisa de quinze mistérios por dia, pode ser
demais. Vocês não devem sobrecarregar as crianças com a reli-
gião. Usem o bom senso. Eles precisam correr e brincar, e assim
por diante. Rezem o Rosário, porque então, meus queridos ami-
gos, vocês alcançarão a mãe de Deus, para ajudar e proteger
suas famílias, para ajudá-los a ver claramente quão ruim é o
mundo, e quão necessário é fazer o que Deus quer, não mudar a
fim de obter o céu de Deus. Se nós mudamos a Religião de Deus
não vamos alcançar Seu Paraíso. E alcançar o céu de Deus, isso
tudo tem a ver com isso. Rezem o rosário meus caros amigos!
Edição:
Capela Nossa Senhora das Alegrias - Vitória, ES.
http:/www.nossasenhoradasalegrias.com.br
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jornalafamiliacatolica@gmail.com

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  • 1. A Regra de São Bento e a Educação Dom Tomás de Aquino SANTOS E FESTAS DO MÊS: 02– Santo Estevão, Rei da Hun- gria; 03– São Pio X; 08– Natividade de Nossa Senho- ra; 12– Festa do Santíssimo Nome de Maria; 14– Exaltação da Santa Cruz; 15– Sete Dores de Nossa Senho- ra; 18– São José de Cupertino; 21– São Mateus, Apóstolo e Evangelista; 24– Nossa Senhora das Mercês; 29– Dedicação de São Miguel Arcanjo; 30– São Jerônimo. N E S T A E D I Ç Ã O : Regra de São Bento e a Educação 1 a 3 Nosso dever de ouvir 3 Comentários Eleison 4, 5 O homem e a mulher 6 Setembro/2015Edição 28 A Família Católica C A P E L A N O S S A S E N H O R A D A S A L E G R I A S Introdução Esta conferência foi feita nas jornadas Jean Vaquié de 2014 que foram consagradas à edu- cação. Seu objetivo é o de focalizar a formação da humildade em toda educação. É uma expo- sição não muito desenvolvida do tema que necessita ser prolongado por uma reflexão pessoal dos pais e mães de famílias. *** O amor de si mesmo conduz ao desprezo de Deus, manifestação suprema do orgulho. O amor de Deus até o desprezo de si mesmo resume a humildade. São Bento define o mos- teiro como uma escola onde se aprende o amor de Deus e o desprezo de si mesmo. Esse ensinamento vale para todo o mundo, pois o que procurava São Bento não era outra coisa senão formar bons cristãos, como fazia notar Mons. Lefebvre. A piedade, virtude anexa da justiça, nos faz honrar nossos pais e honrar aqueles dos quais nós recebemos a vida sob todas suas formas. Como Santo Tomás foi repleto da sabedoria de todos os Padres da Igreja, por causa da sua piedade em relação a eles, os estudando aten- tamente; assim também São Bento foi repleto da sabedoria dos Padres do deserto pela pie- dade com a qual ele os honrou procurando viver como eles e transmitir o essencial da sua doutrina adaptando-a à fraqueza de um grande número. São Bento é o herdeiro de um bem precioso que ele soube fazer frutificar. Sob este aspecto nós podemos aproximá-lo não somen- te de Santo Tomás, mas podemos fazer tam- bém uma aplicação à crise atual e dizer que todo bem que fez Mons. Lefebvre ele o fez por causa da sua piedade. Graças a ela ele guar- dou o ensinamento recebido no Seminário Francês, em Roma, aonde o Pe. Le Floc lhe transmitiu o pensamento dos papas que con- denaram os erros modernos. São Bento, Santo Tomás e Dom Lefebvre, todos os três estiveram na mesma escola, a escola da Tradição. Os pais devem fazer o mesmo. Eles devem transmitir o que eles receberam. Para isso eles devem observar os antigos e conservar o “depósito”, como diz São Paulo. Depósito, ou seja, a herança das virtudes e de mil coisas que fazem que uma casa de família ande bem e aí se encontre as verdadeiras tradições fami- liares que fizeram a grandeza da civilização cristã. Por parte dos filhos, eles devem fazer o mesmo. Aquilo que os pais fizeram em relação aos que os precederam, os filhos devem fazer em relação a seus pais e a seus mestres. É assim que nós poderemos dizer com São Paulo “eu transmiti o que eu recebi”. É o que Nosso Senhor Ele mesmo fez: “Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou”. É a pie- dade do Filho em relação ao Pai. É a Tradição. Vejamos agora o que São Bento nos transmi- tiu. Comecemos vendo o que se opõe à humil-
  • 2. dade, antes de estudar a humildade em si mesma. 1ª parte: O orgulho e os seus graus, segun- do São Bernardo e Santo Tomás de Aquino O Liberalismo não é outra coisa senão o orgulho erigido em sistema. Ele é a oposi- ção a mais contrária ao espírito católico. Por esta razão é necessário estudar a fun- do o que é o orgulho e considerá-lo no âmbito da educação. A soberba, diz Santo Tomás, tira o seu nome do fato que o orgu- lhoso tende pela vontade ao que está aci- ma do que ele é. Este pecado leva ao seu máximo à aversão a Deus, porque procu- rando a sua própria excelência de maneira desordenada o orgulhoso se recusa a sub- meter-se à Deus e à sua Lei: “Vós rompes- tes o jugo, vós quebrastes os laços, vós dissestes eu não servirei.” (IIª IIal q 122 a2). É o pecado da independência em rela- ção a Deus. É o pecado de Lúcifer. É necessário não confundir este pecado com a virtude da esperança, à qual susten- tada por um socorro de Deus visa ela tam- bém o que está acima de nós, mas ela o faz de maneira ordenada, pois Deus Ele mesmo nos disse “sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” e Ele nos prometeu seu socorro nesta busca. Toda diferença está no fato que o sober- bo age com espírito de independência e de revolta enquanto que o humilde age com espírito de confiança e de submissão, con- fiança no socorro de Deus e submissão aos seus mandamentos. Santa Joana d’Arc não seria senão uma louca, cheia de soberba, se Deus não a houvesse enviado para salvar o reino da França. Mons. Lefebvre seria um soberbo se o Concílio Vaticano II fosse um santo Concílio como foram os concílios de Trento e do Vaticano I. Nossos primeiros pais pecaram por orgu- lho. “O pecado do primeiro homem, diz Santo Tomás, consistiu no fato que ele desejou um certo bem espiritual acima da sua medida”. É Deus que estabelece a medida. Se alguém deseja um bem espiri- tual, segundo a medida estabelecida por Deus, tudo está em ordem e nisto consiste a virtude. Se alguém deseja um bem, mes- mo espiritual, contra a medida estabeleci- da por Deus, ele peca pois recusa a sobe- rania divina. “Adão pecou principalmente, diz Santo Tomás, pelo fato de querer a semelhança com Deus em relação à ciência do bem e do mal, como o demônio o sugeriu, de tal P á g i n a 2 A F a m í l i a C a t ó l i c a maneira que pela virtude própria de sua natureza ele determinasse o que é bom ou mau a fazer. Secundariamente ele pecou desejando a semelhança com Deus de tal maneira que por sua própria operação ele pudesse obter a beatitude.” (IIª IIal q123 a2) Resumindo, Adão quis o que pertence só à Deus e aquilo que só Deus pode nos dar, se Ele o desejar. O pecado do Liberalismo do mundo mo- derno refaz diante de nossos olhos o peca- do de Adão. O mundo moderno quer apa- gar os dez mandamentos de Deus e quer obter uma ilusória beatitude forjada por ele mesmo. Gustavo Corção dizia que o sonho do demônio é o de acrescentar ao Pecado Original um outro pecado que con- siste no Pecado Terminal, para fechar a história da humanidade com a mesma revolta que marcou o seu início. Mas a fidelidade das almas humildes e fortes fazem fracassar o seu sonho e essas al- mas se formam antes de tudo no seio de uma boa família católica. Pio XII dizia que os pais podem muito para a salvação eter- na de seus filhos. Então é necessário tra- balhar para preservar os filhos contra o orgulho do liberalismo que nos cerca de todos os lados. Liberalismo insidioso pois ele se apresenta sob a aparência de um bem que é a liberdade. Mas a verdadeira liberdade, a que convém às criaturas não é aquela proposta pelo Liberalismo. O que propõe o Liberalismo não é outra coisa senão o orgulho. São Bernardo discerniu doze graus do orgulho. Este número ele tomou de São Bento que enuncia doze graus da humilda- de na sua Santa Regra. Vejamos primeiro os graus do orgulho estabelecidos por São Bernardo em oposi- ção aos doze graus da humildade estabe- lecidos por São Bento. Santo Tomás os comenta na Suma, questão 162, artigo 5, da IIª IIal. 1º grau - A curiosidade pela qual alguém olha, curiosamente, em todas as direções de maneira desordenada. É a tentação dos olhos assim como da imaginação e do pensamento. São Pio X diz na Pascendi que a curiosi- dade é uma das duas causas do modernis- mo. Os modernistas do final do século XIX e do século XX liam com curiosidade os exegetas e os filósofos discípulos de Kant. Eles amavam ler o que não era para ser lido. Esta curiosidade desordenada e in- submissa teve grande parte na sua queda. O mesmo se dá hoje com os neo- modernistas, progressistas e liberais. Para as crianças é necessário ajudá-las a reprimir a curiosidade dos olhos suprimin- do a televisão, por exemplo, combatendo também esta curiosidade em querer saber o que outros estão dizendo ou fazendo. 2º grau – A leviandade da alma, pela qual o homem se derrama em palavras insen- satas. 3º grau – A alegria tola, pela qual o orgu- lhoso ri de tudo sem razão. Defeito fre- quente de certas idades. 4º grau – A jactância, pela qual se fala em vez de se calar. São Bento diz aos monges que falar pertence ao mestre e aos discí- pulos compete calar. Os pais devem edu- car seus filhos nesse sentido para que aprendam a escutar em silêncio o que lhes é dito e ensinado. 5º grau – A singularidade: não agir nunca como os outros. Os modernistas não fazem nunca como os antigos. Daí nova Teologia, nova Missa, novos Ritos para todos os sacramentos, novos Catecismos, novo Direito Canônico, etc, etc. Em casa é a criança que faz sempre diferente dos outros. Algumas vezes isto pode ser devido ao temperamento e mes- mo a um bom espírito de iniciativa. Cabe aos pais discernir a verdadeira razão de algumas singularidades. 6º grau – A arrogância, pela qual alguém se prefere aos outros. É a atitude do fari- seu em relação ao publicano do Evange- lho. 7º grau – A presunção, pela qual alguém se crê capaz daquilo que não é. É o caso do governo francês diante da Alemanha, em 1940*. 8º grau – Defesa de seus pecados. No mosteiro se aprende a não se desculpar quando se é repreendido. Mesmo se se tem justos motivos, deve-se esperar um outro momento para apresentá-los. É um reflexo da natureza humana, ferida pelo Pecado Original, de se desculpar como Adão o fez, pondo a culpa em Eva, e Eva, pondo a culpa na serpente. 9º grau – Confissão simulada. É próprio daqueles que não querem suportar a pena devida por seus pecados, diz Santo Tomás. É talvez a confissão mal feita. Parece-me que é silenciar o principal de suas faltas e assim passar por uma alma contrita sem o ser, ou então confessar sem a menor in- tenção de se corrigir.
  • 3. 10º grau – A rebelião. É desobedecer a autoridade legítima que se exerce em seu terreno próprio e à qual não se quer obedecer por orgulho. É o motim a bordo que termina no naufrágio de um navio. São os soldados de 1914 que Petain foi obrigado a condenar à morte em razão de sua rebelião. É Adão e Eva desobedecendo. É a desobediência dos judeus antes de entrar na Terra Prometida sendo condenados a vagar por 40 anos no deserto. A Resistência atual a Mons. Fellay pode parecer uma rebelião. As ordenações feitas por Mons. Lefebvre em 1976 e as sagrações de 1988 pareceram também a alguns ser uma rebelião. É então necessário bem discernir entre rebelião e resistência necessária a um mau que vem do alto. São Miguel resistindo a Lúcifer, que lhe era superior, não fez ato de rebelião, mas sim de fidelidade. 11º grau – A liberdade de pecar, que faz que o homem se deleite no abuso da liberdade. É a Revolução Francesa e a atitude domi- nante de muitos meios intelectuais e universitários de hoje. É o Liberalismo. 12º grau – O hábito do pecado, que consuma o desprezo de Deus, grau último do orgulho. É o desaparecimento de todo temor de Deus. É também o que se vê cada dia mais no mundo atual, ou seja, o pecado aprovado e incentivado pela lei ela mesma dos Esta- dos Modernos. Leis do divórcio, do aborto, dos anticoncepcionais, dos casamentos homossexuais, etc. Continua na próxima edição! Nota: *Diante da Alemanha de Hitler que se armara sem cessar, o governo socialista francês não se armou devidamente e mesmo assim declarou guerra à Alemanha e foi rapidamente vencido, no início de 1940 e foi forçado a assinar um armistício, aliás, vantajoso naquela ocasião, obtido pelo marechal Petain, herói da guerra de 1914 e grande chefe de estado que teve que assumir o poder e começou uma bela restauração da França suprimindo o divórcio e fechando as lojas maçônicas. Infelizmente os Aliados, apoiaram De Gaule que lançou a França na anarquia espiritual que perdura até hoje. Nosso dever de ouvir O Catecismo nos ensina que a Igreja está dividida em duas partes distintas: a docente e a discente, ou seja, há aqueles que ensinam e aqueles que são ensinados. A Igreja docente é composta de todos os Bispos unidos ao Romano Pontífice, pois estes possuem a autoridade de ensinar, assim como os outros mi- nistros sagrados, que se encontram sob a dependência destes. Quanto a nós leigos, cabe ouvir a Igreja do- cente e aprender dela tudo o que é necessário para nossa salvação. Vivemos uma crise terrível na Igreja, de Fé e de moral, e já não podemos mais, sem colocar nossas almas em risco, nos submeter ao que ensinam os Bispos, em sua quase totalidade, e o Papa atuais. Porém, Deus jamais abandona aos seus. Salvaguardou uma pequena parcela de seus filhos e nos deu “verdadeiros servos da Santíssima Virgem, que, como outros tantos São Domingos, vão por toda parte, com o facho lúcido e ardente do santo Evangelho na boca, e na mão o santo Rosário, a ladrar, como cães fiéis, contra os lobos que só buscam estraçalhar o rebanho de Jesus Cristo.” São Luís Maria Grignon de Montfort. Temos hoje, nas figuras de Mons. Williamson e Faure e dos padres da Resistência, a voz da Igreja docente a nos ensinar a doutrina e os costumes em toda sua pureza e magnificência. Grave negligência se- ria a nossa se não déssemos atenção às suas palavras. É com este propósito que A Família Católica repro- duz em suas edições os comentários eleison, entrevistas, artigos e escritos de nossos padres e bispos. Nes- te nosso 28º número trazemos dois Comentários Eleison, que embora antigos não perderam sua atualidade, que tratam sobre a educação de nossas crianças, assunto tema desta presente edição e um dos eixos de nosso jornal, bem com a transcrição de uma homilia de Crisma, cuja gravação se encontra disponível na in- ternet. Mons. Williamson em particular nos concede todas as semanas suas sábias palavras, que muito nos esclarece principalmente quando trata dos males próprios do mundo moderno. Pais, mães aproximem-se cada vez mais dos conselhos e exortações de nossos bispos e padres e Nosso Senhor com certeza lhes da- rão as graças necessárias para bem conduzir suas famílias ao Céu. A Família Católica
  • 4. IRMÃS SITIADAS ELEISON COMMENTS CXLVI (1.º de maio de 2010) De duas irmãs religiosas que devem ensinar a meninas modernas, uma está amedrontada enquanto a outra está esperançosa. Ambas tem razão. Duas irmãs professoras que dão aulas na mesma escola de moças escreveram-me recentemente, uma delas quase intimidada, a outra esperançosa. Não há dúvida de que a Irmã Amedrontada também tem espe- rança, e de que a Irmã Esperançosa não deixa de ter temores, porque os católicos devem fechar seus olhos para não tombarem amedrontados pela sutil apostasia que sorrateiramente se aproxima de todos nós cada vez mais e mais, enquanto que perdem inevitavelmente a fé se a esperança que a acompanha também se perde. A Irmã Amedrontada escreve: “O mundo agarra nossas meninas fortemente”. Ausente de seu próprio país por três anos, quando voltou descobriu que “a mudança de mentalidade de nossas meninas é notável. Nós lutamos para manter os princípios e os bons costumes”. Acreditem, essa escola é cercada e mantida por pais católicos ligados à Tradição, o valor de sua matrícula eleva-se constantemente e vários pais fazem grandes sacrifícios para assegurar que suas filhas sejam educadas lá. Eis que mesmo assim há uma irmã contando-nos, sob um ponto de vista interno, a respeito de um problema de “mentalidade” que cresce, e é a mentalidade problemática das meninas. Isso se deve ao fato de que toda a nossa sociedade ocidental está abandonando Deus, e porque o ho- mem, como Aristóteles disse, é um animal social, não só individual ou familiar. Portanto, um rapaz ou uma moça pode ter bons pais, uma boa família e mesmo uma boa escola, contudo, se a sociedade fora de casa e da escola não compartilha os valores católicos pelos quais se luta no interior da família, esses rapazes e moças irão, especialmente a partir da adolescência, sentir o impulso anti-católico, e sofrerão uma maior ou menor pressão para “seguirem a corrente”. Hoje a pressão é severa, a ponto de atemorizar a boa irmã, por- que hoje todo o verdadeiro educador se sente como alguém que, parado na costa, tenta impedir o avanço da maré. Mas, ao menos, a irmã tem seus olhos bem abertos e não engana a si mesma pensando que so- mente a educação das meninas resolveria todos os seus problemas, como os pais são tentados a achar. Entretanto, sem dúvida ela compartilha também do relativo otimismo da Irmã Esperançosa, que me conta em sua carta que quando as meninas encenam na escola uma peça de teatro, as pessoas do mundo “ficam impressionadas como aquelas meninas conseguem decorar linhas e linhas de texto e como o resto das alu- nas na platéia está ouvindo e assistindo ao ato, e não brincando com seus telefones celulares”. Ela continua dizendo que “quando se escutam comentários como esse, percebe-se que, de alguma forma, realmente lo- gramos sucesso, sem saber como, e que podemos dar graças por isso”. Em resumo, como disse Santa Joana D´arc, pertence a nós batalhar e a Deus dar a vitória. A Providência dá-nos certa mão de cartas de que nem sempre gostamos, mas cabe a nós jogá-las da melhor forma que pudermos. Lembro-me também da resposta pouco medrosa de Evelyn Waugh a uma mulher que reclamou de ser ele tão desagradável, apesar de ser católico. “Minha senhora”, respondeu, “você não tem idéia o quanto mais desagradável eu seria se não fosse católico. Sem o auxílio do sobrenatural, dificilmente seria um ser humano”. Kyrie eleison. PAIS SITIADOS ELEISON COMMENTS CXLVII (8 de maio de 2010) Quem pode não se compadecer dos pais de hoje em dia que tem que criar seus filhos? Sem dúvidas, eles ainda assim, devem tomar muito a sério suas graves responsabilidades. As palavras das irmãs que comentei nos “Comentários Eleison” da semana passada ainda permanecem na minha mente: “O mundo tem um forte poder sobre as nossas meninas”. Em apenas três anos “a mudan- ça de mentalidade é notável. Nós temos que lutar para manter os princípios e os bons costumes”. Hoje em dia, dificilmente o mundo deixará de exercer esta pressão sobre essas moças, pelo contrário. Portanto, ou nossa Fé Católica cessou de ser “a nossa vitória contra o mundo” (I Jo V, 4), ou as palavras das irmãs po- dem ser uma luz vermelha alertando-nos de que a nossa Fé deve ser ativada, ou a Tradição Católica precisa A F a m í l i a C a t ó l i c a — 2 8 ª E d i ç ã o
  • 5. ser filtrada novamente? Entre o lar e a escola, se a escola é responsável por, digamos, dois sétimos da formação da criança, o lar é responsável pelo menos por cinco sétimos. Essa é a razão pela qual, como se sugeriu aqui na semana pas- sada, é um grave erro dos pais pensarem que, se eles confiaram seus filhos a uma boa escola, o seu dever está cumprido. A principal responsabilidade da formação das crianças sempre pertenceu ao lar. Certamente a irmã não atribuiria ao lar aquilo que é de sua responsabilidade, mas, por outro lado, a sua principal espe- rança deve estar, depois da misericórdia de Deus, na existência de bons lares. Hoje em dia, nenhuma pessoa razoável pode não ter compaixão dos pais. Por exemplo, o pai pode estar esgotado por longas horas de viagem para exercer um trabalho completamente insatisfatório, em um ambi- ente cada vez mais anticatólico; enquanto a mãe pode estar exausta por todos os filhos que Deus talvez lhe envie se ela e seu esposo são obedientes às leis do matrimônio católico, por ter de educá-los em casa, se as escolas estão muito corrompidas, pela necessidade de trabalhar também fora de casa se, por exemplo, uma boa escola for cara, e pelo rechaço das pessoas se ela fica em casa. Em qualquer dessas péssimas situa- ções, Deus não espera de nenhum de nós que façamos o impossível, mas pede, sim, que carreguemos nos- sa Cruz e que façamos o possível. Pais, estão vocês agindo realmente como viris cabeças de família (não como tiranos) ? Vocês põem a famí- lia antes do dinheiro, ou o dinheiro antes da família? Estão dando às suas meninas o exemplo de amar e apoiar a sua mãe? Vocês as escutam? Vocês as encorajam a vestirem-se e comportarem-se conforme o pró- prio agrado de vocês, de um modo que elas só possam dar maus exemplos às filhas? Estas seguirão aque- las muito mais nas ações do que nas palavras. Vocês passam tempo com suas filhas? Vocês lhes dão aque- la sábia atenção e o cuidado de que elas tanto precisam de seu pai? Mães, uma única pergunta: vocês dão às suas filhas o exemplo de respeitar e obedecer ao seu pai (mesmo se ele nem sempre o mereça), ou vocês usam da sua língua para fazê-lo pequeno na frente delas? Vocês dois dão a seus filhos o exemplo de respei- to ao sacerdote? Uma última questão para os pais e mães: escutaram alguma vez aos pais católicos da época do Vaticano II que estavam adormecidos quando foi mudada a educação de seus filhos, que despertaram demasiadamen- te tarde e agora não têm nada mais que lágrimas a derramar por eles, que vivem, e que se preparam para morrer, fora da Fé? Joguem fora a televisão! Companheiros sacerdotes e irmãs, não tenhamos medo de nos tornarmos impopulares! Ademais, cuidemos todos que nossa Tradição Católica não se torne tão confortável a ponto de que, para o nosso próprio bem, o Senhor tenha de permitir algo como a repetição do desastre do Vaticano II. Kyrie Eleison. Fonte: http://stmarcelinitiative.com Mons. Richard Williamson O homem e a mulher [...] Muitos católicos não percebem que eles têm essa força. Se eles receberam o sacramento, eles têm essa força, que está sem- pre lá. Assim como o casamento. Se o casamento se torna difícil, você pode ir à frente do Santíssimo Sacramento, mostrar seu anel de casamento a Nosso Senhor: “Nosso Senhor! Querido Senhor! Eu preciso da graça do meu casamento! Aqui está o meu anel de casamento, casei usando este anel, apropriadamente na Igreja. O casamento está difícil. Querido Senhor, você precisa me ajudar com a graça do matrimônio. Você precisa reavivar a graça do matrimônio que recebi quando me casei na Igreja”. Eu encontro, com relativa frequência, maridos e/ ou esposas que não sabem o “abc” da natureza humana, da natureza do homem e da natureza da mulher. Porque hoje o mundo perverso está fingindo que não há nenhuma diferença real entre o homem e a mu- lher. Mas as Escrituras impõem que as esposas obedeçam... “obedecei a vossos maridos”. “Maridos, amai vossas mulheres”. Isso é muito importante! Por quê? Porque as mulheres funcionam com amor... Um carro funciona com gasolina. A mulher funciona com amor. Ela é feita para amar e para ser amada. Precisa de amor. Ela precisa amar. Essa é a maneira como as mulheres são. Os homens não são assim. Os homens funcionam com ego. Nós somos superiores... ou pensamos que somos. E, portanto, uma
  • 6. mulher inteligente não confronta seu marido, ela não luta contra ele, ela não o enfrenta. Ela provavelmente nem discute com ele. Ela anda ao seu redor. Ela sempre o respeita. Ela sempre respei- tará seu marido e nunca vai se comportar de tal maneira que não seja respeitosa. Ela pode discordar dele, ela pode estar certa. Muitas vezes, a intuição feminina está certa. Mas ela não vai en- frentar seu marido porque sabe que está certa. Porque se ela se chocar com seu ego, não vai dar certo, não vai funcionar. O ego do homem resistirá, resistirá apenas para não ceder à sua esposa “inferior”. Inferior entre aspas, porque nós pensamos que somos superiores. Portanto, não enfrentem seus maridos, porque vocês não conseguirão o que querem, não com frequência. E mesmo se conseguirem, eles não te amarão. Se vocês querem ser amadas, sejam esposas amáveis. Sejam amáveis, se façam amáveis. Sejam gentis. Muitas vezes, o que você não consegue por entrar em atrito com seu marido, você conseguirá pela brandura, pela ternura, que é o que o homem precisa em sua mulher: brandura e ternura. Um homem não preci- sa ser gentil ou terno, não necessariamente. Um homem deve ser forte, para que a esposa possa apoiar-se nele, e a esposa possa depender dele, e as crianças possam apoiar-se nele. O homem é como a estaca e a mulher é como um tomateiro que sobe pela estaca. A estaca precisa ser forte e não ceder. Um homem deve defender algo, não para esmagar sua esposa. Ele não deve esma- gar sua esposa. A estaca não esmaga o tomateiro. A estaca deve permitir que o tomateiro suba. E então o tomateiro produz todos os frutos, produz os filhos, produz as flores, produz a cor, produz a ternura. O tomateiro é terno, a estaca é dura. O homem e a mulher se complementam um ao outro, eles pre- enchem as lacunas um do outro de forma maravilhosa. Isso é o que Deus projetou. E aí vem o estúpido mundo moderno e diz que o homem e a mulher são a mesma coisa. “Se você quer respeito, eu quero respeito”. E a mulher moderna se torna orgulhosa, difícil e perde a feminilidade. É um desastre para ambos: para o marido e para os filhos. Porque as crianças não tem a mãe gentil e terna. A mãe não tem de ser mole e boba. Ela precisa ser forte, a mãe de Deus foi extremamente forte quando Nosso senhor precisava de força. Quando ela estava no pé da cruz, ele foi submetido a torturas horríveis. Poderia Ele ter feito sem que a sua mãe esti- vesse lá para apoiá-Lo? Por sua feminilidade, por sua maternida- de, pela força, pela força maternal. Não é o mesmo que a força masculina. Os sexos são muito diferentes, e é muito necessário entender isso. E, normalmente, as mulheres são mais inteligentes em rela- ção às pessoas que os homens. Os homens são inteligentes em relação às coisas, às ideias. As mulheres são inteligentes em rela- ção às pessoas. Quando se trata da relação entre o marido e a esposa, muitas vezes depende da esposa trabalhar em volta do marido. Não é o marido que precisa trabalhar em torno da espo- sa, embora um marido inteligente fará isto. O homem é para lide- rar, a mulher para seguir. Hoje, o orgulho... todo mundo é orgulho- so, as mulheres são orgulhosas e não querem seguir. E não que- rem que o homem seja o chefe da casa, e elas não querem ser o coração da casa. E quando a mãe não quer ser o coração da casa, a casa é sem calor, é fria. É algo que se as crianças não tiverem em casa, faltará pelo resto de suas vidas. A mãe é o co- ração da casa. Ela tem um imenso poder sendo o coração da casa. Um poder sobre seu marido se ela usa o poder inteligente- mente, mas se ela tenta enfrentá-lo, não vai dar certo. Então, meus queridos amigos, percebam realmente que, quan- do você vai para a confissão, o mundo moderno tem legado a vocês, possivelmente, muitas coisas que nunca foram ditas, ou ditas incorretamente. Nos velhos tempos, vocês aprenderiam todas essas coisas com suas avós. Hoje a avó é colocada em um asilo e não pode mais dizer essas coisas para as filhas que preci- sam ser capazes de fazer funcionar suas casas, para fazer um lar feliz. O lar feliz depende da mãe, enormemente. Também do pai, mas a mãe é o coração da casa. E, portanto, o que acontece com a mãe será o que acontecerá com o marido e os filhos. Ela cir- cundará seu marido e o fará feliz. Um provérbio russo diz “Um homem sem uma esposa é como um jardim sem uma cerca”. A cerca circunda o jardim e protege-o. Ela é a proteção, a boa pro- teção que gira ao redor de seu marido e o protege. Assim, meus queridos amigos, percebam que o mundo moder- no está muito errado, está profundamente errado. E isto é o que os líderes da nova sociedade (São Pio X) não veem. Eles nunca entenderam o quão ruim o mundo moderno é. Eles acham que não é realmente tão ruim, assim com o Vaticano II. “A Igreja pre- cisa sair e abraçar o mundo moderno. O mundo moderno não é tão ruim, não é contra a Igreja”. Completo erro! Erro profundo! O mundo moderno está sendo moldado por ateus maçons, por inimigos de Deus. Os inimigos de Deus fizeram este mundo mo- derno. Não é totalmente surpreendente que eles se oponham à Igreja e que dirigiram sua influência sobre a Igreja para mudá-la, e a sua influência está agora sobre a FSSPX. Portanto, agarrem firme o Rosário. Rezem cinco mistérios em família todos os dias. Talvez na parte da manhã, em vez de noite, porque à noite as pessoas estão cansadas. Talvez de manhã... pode ser melhor começar o dia com os cinco mistérios. Toda a família, o pai liderando a mãe e as crianças. Para os adultos é mais fácil pensar em rezar quinze mistérios por dia. A maioria das crianças não precisa de quinze mistérios por dia, pode ser demais. Vocês não devem sobrecarregar as crianças com a reli- gião. Usem o bom senso. Eles precisam correr e brincar, e assim por diante. Rezem o Rosário, porque então, meus queridos ami- gos, vocês alcançarão a mãe de Deus, para ajudar e proteger suas famílias, para ajudá-los a ver claramente quão ruim é o mundo, e quão necessário é fazer o que Deus quer, não mudar a fim de obter o céu de Deus. Se nós mudamos a Religião de Deus não vamos alcançar Seu Paraíso. E alcançar o céu de Deus, isso tudo tem a ver com isso. Rezem o rosário meus caros amigos! Edição: Capela Nossa Senhora das Alegrias - Vitória, ES. http:/www.nossasenhoradasalegrias.com.br Entre em contato conosco pelo e-mail: jornalafamiliacatolica@gmail.com