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1
ESTUFA ECOLÓGICA
USO DO BAMBU EM BIOCONSTRUÇÕES
Curitiba, 2011
1
Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agroecossistemas, Especialista em Agroecologia e Desenvolvimento
Sustentável, Extensionista do Instituto Emater e Coordenador de Recursos Naturais e Produção Vegetal
Integrada do CPRA de 2006 a 2010.
2
Agente de Ciência e Tecnologia do IAPAR, equipe de bioconstruções do CPRA
3
Técnico em Meio-Ambiente, equipe de bioconstruções do CPRA
Julio Carlos Bittencourt Veiga Silva 1
Nailton de Lima 2
Voltair Martins de Oliveira 3
2
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Governador
Carlos Alberto Richa
Vice Governador
Flávio Arns
Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento
Norberto Anacleto Ortigara
SEAB – Diretoria Geral
Otamir César Martins
CENTRO PARANAENSE DE REFERÊNCIA EM AGROECOLOGIA – CPRA
Diretor Presidente – João Carlos Zandoná
Diretor Adjunto – Márcio Miranda
AUTOR:
Engenheiro Agrônomo Julio Carlos Bittencourt Veiga Silva, Mestre em
Agroecossistemas, Especialista em Agroecologia e Desenvolvimento Sus-
tentável, Extensionista do Instituto Emater e Coordenador de Recursos Na-
turais e Produção Vegetal Integrada do CPRA de 2006 a 2010.
CO-AUTORES:
Nailton de Lima, Agente de Ciência e Tecnologia do IAPAR, equipe de
bioconstruções do CPRA
Voltair Martins de Oliveira, Técnico em Meio-Ambiente, equipe de
bioconstruções do CPRA
S586 SILVA, Julio Carlos Bittencourt Veiga
Estufa Ecológica uso do Bambu em Bioconstruções / Julio
Carlos Bittencour Veiga; Nailton de Lima; Valtair Martins de
Oliveira. -- Curitiba: CPRA, 2011.
32 p. : il.
1. Bambu. 2. Espécie e Manejo. 3. Construção Estufa. I.
Silva, Julio Carlos Bittencourt Veiga. II. Lima, Nailton de.
III. Oliveira, Valtair Martins de. IV. Título.
CDU 633.584.5
Maria Sueli da Silva Rodrigues - 9/1.464
3
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .......................................................................... 5
1 INTRODUÇÃO............................................................................ 7
2 CONHECIMENTOS ESSENCIAIS SOBRE O BAMBU ........... 8
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE ESPÉCIES ..................................... 9
2.2 MANEJO ................................................................................... 11
3 CONHECIMENTOS ESSENCIAIS SOBRE ESTUFAS ............ 15
4 MONTAGEM DA ESTUFA ........................................................ 15
4.1 RELAÇÃO DE MATERIAIS.................................................... 16
4.2 RELAÇÃO DE FERRAMENTAS/EQUIPAMENTOS
UTILIZADOS ........................................................................... 17
4.3 PLANTA E MEDIDAS ............................................................. 18
4.4 ETAPAS DA CONSTRUÇÃO .................................................. 19
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................... 30
REFERÊNCIAS .............................................................................. 32
4
5
O bambu é uma planta que
traz junto aos povos que
tradicionalmente o utilizam,
muitos ensinamentos. Um
deles é a sua flexibilidade e
capacidade de curvar-se
sem se quebrar.
Mas, a analogia que mais
nos impressiona como
reflexão para a nossa vida,
é de que o bambu é cheio
de “nós” e não de “eus”,
cheio de
“entre-nós”, e por isso a sua
grande resistência. Penso
que essa é a grande
mensagem que o bambu
nos transmite. Trabalhar mais
por “Nós” e “Entre-nós”, e
menos pelo “Eu”.
Dedicamos este trabalho a
todos os agricultores,
técnicos e pessoas que
compartilharam sua
presença e conhecimento
nas oficinas que realizamos,
mas enaltecemos sobretudo
o bambu, essa fantástica
dádiva da natureza.
Julio Carlos Bittencourt Veiga Silva
6
7
1 INTRODUÇÃO
A utilização do bambu em bioconstruções, em especial na estrutura
de estufas ou cultivos protegidos é muito interessante sob o ponto de
vista econômico, pois os materiais utilizados nas estufas convencionais
atingem muitas vezes um valor inacessível para grande parte dos agri-
cultores familiares. Essa vantagem no custo menor é o que mais ressalta
aos olhos, mas a utilização do bambu nas propriedades deve ser amplia-
da pela visão da agroecologia, a qual não se atem apenas na viabilidade
econômica de uma atividade. Com o enfoque agroecológico entende-se
que uma agricultura sustentável deve ser complementada pela questão
ambiental e social na construção de processos de desenvolvimento rural
sustentável, nos quais o bambu que é considerado “a planta dos mil usos”
encaixa-se bem nessa filosofia.
O bambu, por se tratar de uma planta tropical e que produz colmos
anualmente sem necessidade de replantio, se apresenta como um grande
recurso natural com um imenso potencial agrícola, devido a sua versati-
lidade, resistência, vitalidade e beleza. Além de ser um eficiente
sequestrador de carbono, já que é a planta que cresce mais rápido do que
qualquer outra, necessitando de 3 a 6 meses, em média, para que um
broto atinja sua altura máxima, que chega a até 30 metros para as espé-
cies gigantes, também apresenta excelentes características físicas, quí-
micas e mecânicas.
Para o agricultor familiar, o bambu traz inúmeras vantagens, pois
pode ser utilizado em benefício do agroecossistema, protegendo manan-
ciais e encostas, evitando a erosão, e o condicionamento climático com
quebra-ventos favorecendo a fertilidade e sanidade do sistema. Pode trazer
benefícios diretos à família do agricultor, através do consumo dos bro-
tos, que são altamente nutritivos; da confecção de móveis, artesanatos e
construções rurais, como acontece nos países em que o bambu tem tra-
dição e constrói-se toda a casa do agricultor com os móveis e utensílios;
ou benefícios econômicos através da venda de colmos, cada vez mais
procurados por diversos setores. Enfim, as possibilidades são limitadas
pela criatividade humana, e com este pensamento iniciamos um projeto
de valorização do bambu, no qual a construção de estufas é um dos com-
ponentes.
8
O modelo de estufa desenvolvido nesta cartilha foi construído du-
rante curso realizado pelo CPRA em parceria com a SEED, SEMA,
SENAR e FETAEP, para professores dos colégios agrícolas do Estado
do Paraná e jovens agricultores. O tema do curso foi mais abrangente,
com o título de “Uso Sustentável do Bambu”, ministrado pelo bioarquiteto
Guillermo Gayo e seu ajudante Milciades Vera, ambos mestres bambu-
seiros. No curso foram discutidas as diversas possibilidades do uso do
bambu, culminando com a construção de forma participativa principal-
mente nas decisões quanto a tamanho e formato. Sendo assim, esse “mo-
delo CPRA”, idealizou-se a partir das condições climáticas do local (Pi-
nhais-PR), e da troca de conhecimentos dos participantes e técnicos que
atuam na área agrícola do CPRA. Portanto, como foi uma construção de
conhecimento conjunta, adaptada às condições e recursos locais dispo-
níveis, recomendamos não utilizar esse modelo como uma tecnologia
pronta ou adequada a qualquer local, e sim como uma proposta ou idéia
que estimule o uso do bambu e a criatividade dos agricultores e técnicos.
2 CONHECIMENTOS ESSENCIAIS SOBRE O BAMBU
Os bambus pertencem à família Graminae, como os capins, e
subfamília Bambusoideae, em alguns casos tratados como pertencentes
à família Bambusaceae, com aproximadamente 50 gêneros e 1.300 es-
pécies, com maior ocorrência nas zonas quentes e com chuvas abundan-
tes das regiões tropicais e subtropicais.
No Paraná as espécies mais encontradas nas propriedades rurais
são exóticas, não diferenciando muito dos outros estados do Brasil, onde
predominam as seguintes espécies: Bambusa vulgaris, Bambusa vulgaris
var. vittata, Bambusa tuldoides, Dendrocalamus giganteus e algumas
espécies do gênero Phyllostachys. Quanto às espécies nativas, encontra-
mos no estado espécies do gênero Guadua, principalmente nas margens
do rio Paraná e seus afluentes. Nesta região o CPRA coletou sementes e
mudas da espécie Guadua chacoaensis, conhecida na região como
taquaruçu, visando preservar e multiplicar esta espécie nativa, que é con-
siderada entre as melhores para construções.
Os vários tipos de bambu compreendem desde espécies de pequeno
9
porte, utilizadas principalmente em ornamentação; espécies com peque-
no a médio diâmetro de colmo, utilizadas na confecção de móveis, arte-
sanato e construções; e as espécies de grande diâmetro e altura de colmos,
utilizadas em construções, produção de brotos e indústria de laminados.
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE ESPÉCIES
ENTOUCEIRANTE OU DE MOITA
São os bambus do grupo paquimorfo ou simpodial, encontrando-se
distribuídos principalmente em regiões quentes e tropicais; consequen-
temente estas espécies não se desenvolvem bem em regiões frias. O for-
mato dos bambuzais desta espécie é compacto, pois seus rizomas são
curtos, desenvolvendo os brotos e novos colmos muito próximos dos já
existentes. O processo de formação de novos rizomas e colmos é contí-
nuo ano após ano, com os rizomas se desenvolvendo perifericamente,
resultando em um agrupamento de colmos na forma de touceira. A
brotação geralmente ocorre a partir de janeiro até março no Paraná. As
espécies mais encontradas no Paraná são do gênero Bambusa,
Dendrocalamus e Guadua
(figuras: site bambubrasileiro)
10
ALASTRANTE
São os bambus do grupo leptomorfo ou monopodial, com boa re-
sistência às baixas temperaturas, sendo mais encontrados em zonas tem-
peradas. Por apresentarem rizomas longos, além de lançarem colmos
próximos dos já existentes, desenvolvem seus brotos e colmos afasta-
dos, deixando o bambuzal com um aspecto menos compacto do que os
entouceirantes; permitindo inclusive que pessoas circulem facilmente
em seu interior. O crescimento do rizoma pode atingir entre 1 e 6 m por
ano, formando uma fantástica trama de raízes, excepcional na contenção
de encostas e na proteção contra a erosão. A época de brotação ocorre
geralmente a partir de setembro e este tipo de bambu apresenta ramos e
folhas nas partes altas do colmo bem antes que este atinja sua altura
final. As espécies deste grupo, mais encontradas são dos gêneros
Phyllostachys e Arundinaria.
Algumas características importantes observadas na tabela a seguir,
demonstram o potencial das espécies que o CPRA tem utilizado em cons-
truções.
(figuras: site bambubrasileiro)
11
2.2 MANEJO
Apesar do bambu ser uma planta muito rústica e de grande veloci-
dade de crescimento, após o fortalecimento da touceira e a sua estabili-
zação, que acontece aproximadamente no quarto ano após o plantio, é
que se recomenda iniciar o corte dos primeiros colmos. No caso de
bambuzais mais velhos o manejo também é essencial, pois se o corte for
realizado de forma incorreta por alguns anos seguidos, resulta no enfra-
Nome Compri- Diâmetro Espessura Internó Resistên-
Espécies comum mento (cm) cia ao ca-
útil (m) Colmo (cm) runcho*
Bambusa Bambu 11 6-15 0,7-1,5 25-35 baixa
vulgaris verde
Bambusa Bambu 10 6-15 0,7-1,5 25-35 baixa
vulgaris imperial
var.vittata
Bambusa - 10 5-12 0,7-1,5 30-40 média
oldhami
Bambusa Bambu 10 3-6 0,7-1,5 35-45 média
tuldoides comum
Dendrocalamus Bambu 14 8-20 1-2 20-45 média
asper gigante
Dendrocalamus Bambu 16 10-25 1-3 20-45 média
giganteus gigante,
bambu balde
Guadua Taquaruçú 12 10-15 1,5-3 10-26 boa
chacoaensis
Phyllostachys Bambu 6 3-6 0,7-1,2 9-25 boa
edulis Chinês
Phyllostachys Bambu 12 7-15 1-1,5 18-42 boa
pubescens mosso
Quadro 1 - Potencial das Espécies
12
quecimento do bambuzal e consequente queda da produção de colmos.
A época correta e a escolha do colmo adulto são de extrema importância
não só pela durabilidade maior do bambu, como pela influência direta
no desenvolvimento da touceira.
ÉPOCA ADEQUADA
A época mais adequada para o corte de colmos no Paraná, são os
meses em que o metabolismo da planta está menor, o que ocorre no final
do outono e parte do inverno. O conhecimento popular indica os meses
sem “r”, que são maio, junho, julho e agosto. Com um menor metabolis-
mo há uma menor circulação de seiva, tornando-os menos atrativos ao
ataque de insetos e fungos. O alto teor de amido é um ponto fraco do
bambu no que se refere ao ataque de insetos, pois o mesmo é o atrativo
do caruncho (Dinoderus minutus), considerado o maior problema na
durabilidade das construções e dos outros usos do bambu. O corte em
outros meses além de fornecer colmos com menor durabilidade, pode
prejudicar o desenvolvimento dos brotos, ou mesmo danificá-los se esti-
verem no período inicial de crescimento.
Outra época importante a observar é a fase em que se encontra a
lua. Apesar deste procedimento ainda ser questionado por parte do meio
científico, o fato é que observamos resultados melhores com o corte na
fase da lua quarto minguante em relação à infestação de caruncho, com
um menor grau de ataque. Em uma das primeiras construções de bambu
do CPRA, uma cobertura para arraçoamento de novilhas, para a qual foi
coletado bambu em diferentes fases da lua, observou-se a decomposição
pelo ataque de caruncho de algumas peças coletadas nas fases da lua
crescente e cheia, sendo necessária a sua reforma. Este menor ataque
pode ser explicado do mesmo modo que a questão dos meses com me-
nor metabolismo. Durante a lua minguante há uma tendência a maior
concentração de seiva nas raízes e menor concentração no colmo,
disponibilizando menos amido para o caruncho. Este também é um co-
nhecimento tradicional, em que os agricultores utilizam não só para o
bambu, mas para as podas de frutíferas e o corte de madeira, conforme a
sua utilização.
13
O esquema abaixo demonstra a predominância da planta (colmos e
folhas), conforme as fases da lua.
MINGUANTE NOVA CRESCENTE CHEIA
ÓTIMA BOA RUIM
ESCOLHA DO COLMO E CORTE CORRETO
A idade do colmo é outro ponto fundamental, pois colmos jovens
(um a dois anos) são considerados imaturos, para o uso em estruturas
que necessitam maior resistência mecânica. O corte deve ser feito em
colmos com no mínimo três anos, devido ao amadurecimento de seus
tecidos e o aumento da resistência de suas fibras. Os colmos maduros,
com idade superior a três anos, normalmente localizam-se no interior da
touceira, não apresentam mais brácteas aderidas (folhas falsas) e geral-
mente são observadas manchas provocadas por fungos, musgos e líquens
nos internos. A retirada dos galhos e ramos deve ser feita com uma
serrinha, com um corte de 45º do pé para a ponta, sem atingir o colmo.
No momento do corte, utilizar uma serra de poda e cortar rente e
sobre o primeiro nó acima do solo. Este procedimento evita que fique
um copo, no qual se acumularia água, gerando uma possível entrada de
doenças, enfraquecendo a moita.
14
TRATAMENTO
Os tratamentos mais utilizados são o fogo direto, com lança-cha-
mas ou fogo dentro de um tambor, limpando-se os resíduos e o açúcar
que é expelido na superfície do colmo, com um pano embebido em óleo
diesel. Outro tratamento que utilizamos bastante é a imersão total dos
colmos em água por um período de 20 a 30 dias e posterior secagem à
sombra. No tratamento com imersão em água pode ser utilizado tanino
em uma concentração de 5 a 10%, ou bórax (micronutriente) em uma
concentração de 5%, por 15 dias de imersão. Não utilizamos e nem reco-
mendamos a utilização de nenhum tipo de agrotóxico ou produto quími-
co que possa causar impacto ao ambiente ou intoxicar as pessoas que
venham a manusear os colmos.
Estamos testando também o cozimento de colmos em tambores de
metal, por cerca de duas horas; procedimento realizado por um mestre
bambuseiro de Curitiba, o “Zé do Bambu”, que vem obtendo bons resul-
tados.
MULTIPLICAÇÃO
A propagação do bambu através da produção de mudas por semen-
tes é mais difícil de realizar, visto que a floração e formação de sementes
é um fenômeno muito raro. A forma mais
utilizada é a propagação vegetativa, na qual
são utilizadas as partes aéreas, como o col-
mo e ramos laterais, e/ou a parte subterrâ-
nea, que são os rizomas. Aprincipal vanta-
gem da propagação vegetativa é a possibi-
lidade de obter clones com uniformidade
genética fenotípica, ou seja, exatamente
igual à touceira mãe. Em contrapartida, a
possibilidade de propagação através de se-
mentes é muito interessante, pois traz a va-
riabilidade genética tão importante sob o
ponto de vista da biodiversidade e estabili-
dade de ecossistemas.
(figuras: site bambubrasileiro)
15
3 CONHECIMENTOS ESSENCIAIS SOBRE ESTUFAS
A localização, o formato e as dimensões das estufas devem variar
de acordo com as condições climáticas de cada região, portanto, como já
foi dito, modelos ou pacotes prontos nem sempre são os mais adequa-
dos. No entanto, alguns pontos importantes devem ser considerados quan-
do vamos escolher o local de construção. São eles:
a) Para evitar problemas e maiores despesas, a estufa deve ser construída
sempre no sentido dos ventos predominantes, ou seja, a sua parte frontal
ou os fundos recebendo este vento e nunca as laterais da estufa, para
que o vento escoe sem causar danos ao plástico;
b) Quanto maior for o volume de uma estufa, ou seja, quanto maior a
altura na mesma área, mais facilitados serão os controles de tempera-
tura e umidade relativa do ar. Deve-se tomar cuidado com altura ex-
cessiva, pois a estrutura perde a resistência ao vento, quanto maior a
altura;
c) Dar preferência, quando possível, para a instalação em terrenos mais
planos. Facilita a construção, além de facilitar os plantios, irrigação e
tratos culturais;
d) Quando em regiões mais úmidas, a ventilação da estufa é muito im-
portante, portanto evitar construir em baixadas, dando preferência a
locais bem ventilados.
4 MONTAGEM DA ESTUFA
“ESTUFA MODELO CPRA”
Tamanho: 7,1 m x 12 m (84 m²)
Formato: ver planta baixa com as dimensões (pág. 18)
Obs: tomar o cuidado em identificar os bambus maduros (mais
de 3 anos) e o corte dos galhos conforme pg. 10. Tirar peças a
mais, e de preferência sempre mais longas.
16
4.1 RELAÇÃO DE MATERIAIS
- 14 toras ou vigas de 1,0 x 0,15m, para apoiar os pés-direitos de bam-
bu;
- 34 torinhas ou vigotas de 0,9m x 0,10m, para apoiar os arcos de bam-
bu da cobertura;
- 34 (ou mais) colmos ou varas de bambu de 7,5m x 0,06m, para os
arcos da cobertura (com as pontas finas);
- 18 (ou mais) peças de bambu de 3,0m x 0,12m, ou mais largas, para
os pés-direitos e suportes de portas;
- 05 (ou mais) peças de bambu de 4,5m x 0,10m, para as linhas das
tesouras (travessas no sentido da largura);
- 08 varas (ou mais) de bambu de 4,0m (ou 2 com o comprimento da
estufa) x 0,10m, para as travessas longitudinais (laterais);
- 04 (ou mais) varas de bambu de 4,0m x 0,10m, para a cumeeira;
- 05 (ou mais) peças de bambu de 1,5m x 0,10m para o pendural
(pontalete) da tesoura e 20 peças de 3,0m x 0,05m, para travamento
das tesouras, linhas laterais e cumeeira;
- Bambus com entrenó longo, parede grossa (diâmetro de 0,20-0,30m),
para fazer tabiques ou cavilhas, com broca de 8mm;
- 30 m de ripa de 1 pol x 2 pol e 30 m de matajunta ou sarrafo, para
fixação do plástico da cobertura, cortinas e sombrite;
- Filme agrícola AD 8,0m x 150 micra p/ estufa, com 20m de compri-
mento;
- Filme agrícola AD 2,0m x 100 micra p/ cortina, com 25m de compri-
mento;
- Faixa de fixação 0,20mm x 0,20m em plástico, com 40 m de compri-
mento (para revestir as pontas dos arcos);
- 12 peças de barra rosqueada 5/16” galvanizada, com 1,0m de compri-
mento;
- 60 porcas sextavadas galvanizadas 5/16”;
- 1 barra de ferro de construção de 4,2 mm (12m);
- 60 arruelas lisas 5/16”galvanizadas;
- 1 galão de betume (opcional);
- 1 galão de impermeabilizante asfáltico (se for colocar o bambu direto
no chão);
17
- 2 rolos ou 500 g de fio torcido de Poliamida, com espessura 210/072
e 210/096 (ou 210/144);
- 5 parafusos de telha de 6mm, com arruelas e porcas, para pendurar os
pontaletes.
Para as portas e janelas serão necessários:
- 05 peças de barra rosqueada 5/16” galvanizadas, com 1,0m de com-
primento;
- 40 porcas sextavadas galvanizadas 5/16”;
- 40 arruelas lisa 5/16”galvanizadas.
4.2 RELAÇÃO DE FERRAMENTAS/EQUIPAMENTOS
UTILIZADOS
- escadas de 3,5m e andaimes (ou 4 tambores de 200l com taboas);
- cavadeiras (“polaca”) ou trado;
- serrote;
- serrinha de cortar ferro;
- serra manual ou circular;
- serra “tico-tico”;
- furadeira 500 W ou mais, com broca de 8mm e 30 cm de comprimen-
to;
- moto-serra;
- facão;
- machadinha;
- chave de boca 5/16”;
- alicate;
- groza;
- torquez;
- canivetes ou facas para fazer tabiques;
- marreta de madeira;
- trena de 50 m;
- trena de 3 m;
- linha de pedreiro;
- mangueira transparente de água para nivelamento da estrutura.
18
4.3 PLANTA E MEDIDAS
Observação: os desenhos não estão em escala.
19
4.4 ETAPAS DA CONSTRUÇÃO
1° Passo
Reunir todos os materiais necessários.
2° Passo
Escolher e definir o local mais adequado.
3° Passo
Fazer a demarcação dos pés-direitos. Esta operação é relativamente
simples, mas requer cuidados porque um alinhamento bem feito irá
resultar em uma maior harmonia da forma final da estufa. Uma mar-
cação mal feita pode acarretar em consequências graves, prejudican-
do o esquadrejamento da estufa.
A demarcação pode ser através de duas formas muito fáceis, descritas
a seguir. Escolha uma delas.
A) Usando estacas, marca-se as larguras e o comprimento das linhas dos
pés-direitos e corrige-se o alinhamento esticando uma linha na diagonal
que, cruzada, deve ter o mesmo comprimento, conforme figura abai-
xo.
20
B) Outro método é o de demarcação de um triângulo retângulo. Para
demarcar um ângulo reto, através do triângulo retângulo, utiliza-se 12
metros da trena, dispostos com 3, 4 e 5 metros de lado (figura pág.
19). Após demarcar um canto (ângulo) dos pés-direitos da estufa, ali-
nha-se e facilmente se demarca os outros, podendo realizar este méto-
do do triângulo retângulo em outro canto para que a marcação fique
mais precisa.
Dica importante: No momento do corte e escolha dos colmos de
bambu, selecionar as peças mais retas. Com a prática do uso de bam-
bus ou a intervenção de pessoas com experiência, podem ser utiliza-
das peças levemente tortas, pois devido à maleabilidade do bambu,
consegue-se corrigir o alinhamento no momento do travamento com
outros pontos da estrutura.
4° Passo
Abrir os buracos com
aproximadamente 0,6 m
de profundidade, a distân-
cia de 3 m um do outro nas
linhas e 3,7m entre as li-
nhas, para a colocação dos
mourões ou vigotas de es-
pera dos pés-direitos cen-
trais, para que os bambus
não tenham contato com a
terra.
Dica importante: Depen-
dendo da umidade da re-
gião, pode acontecer de os
bambus reduzirem sua du-
rabilidade em contato di-
reto com a terra. Por este
motivo recomenda-se a
21
utilização de mourões de madeira para apoiar o bambu. Alguns agri-
cultores têm preferido utilizar produtos impermeabilizantes nos bam-
bus, mas ainda não temos dados sobre a durabilidade. Estes produtos
contaminam o ambiente, portanto não os recomendamos.
5° Passo
Marcar o nível dos pés-direitos das extremidades com um nível de
mangueira ou outro equipamento para, no momento da colocação dos
mourões, acertar a base dos pés-direitos todas no mesmo nível. Pode-
se utilizar uma linha ou um barbante nos mourões das extremidades,
esticado em nível, facilitando o nivelamento dos mourões intermedi-
ários.
Os mourões são cortados com cerca de 1,0 m de comprimento, mas
normalmente definimos o comprimento após observarmos a diferen-
ça de nível do terreno, pois em alguns casos uma linha de pés-direitos
com grande diferença de nível exige mourões com maior comprimen-
to.
6° Passo
Colocar os mourões nos
buracos e compactar
bem.
22
7° Passo
Chanfrar os mourões para o apoio dos
pés-direitos do bambu e cortá-los (no
máximo 70% de seu diâmetro), para
que quando forem enterrados, fique a
parte chanfrada a pelo menos 0,10 m
do solo.
8° Passo
Cortar os pés-direitos (col-
mos de bambu) com 2,5 m
de comprimento, tentando
deixar os nós fechados para
evitar a entrada de umidade
e assim aumentar a resistên-
cia do colmo. Em regiões
muito quentes este compri-
mento pode ser maior, para
que o teto fique mais alto e
haja maior circulação do ar
quente.
9º Passo
Fixar os pés-direitos nos mourões, fazendo dois orifícios a cerca de
0,15 m de distância, com uma furadeira, utilizando parafuso ou barra
rosqueada 5/16’’em um deles e, para reforçar, no outro orifício pren-
der com ferro de construção ou vergalhão com bitola de 4,2 mm. A
base do pé-direito de bambu (que vai ser apoiada no mourão) deve
ser sempre colocada rente a um nó para que tenha mais resistência.
23
10º Passo
Fixar as travessas longitudinais nas duas linhas de pés-direitos, tam-
bém com barra rosqueada, bem rente ao limite superior do pé-direito.
11º Passo
Realizar a confecção das tesouras, começando por fixar a linha da
tesoura, que é a peça ou colmo de 4,0 m, que se dispõe horizontal-
mente e se apóia na parte superior dos pés-direitos laterais da estufa.
Esta linha também é fixada com barra rosqueada, logo abaixo das
linhas longitudinais. Colocar em todos os cinco vãos.
24
12º Passo
Preparar o pendural, que é a peça central, que se dispõe verticalmente
na tesoura, que se apóia na linha e sustenta a cumeeira. O comprimen-
to desta peça varia de 0,8 a 1,2 m, dependendo das condições climáti-
cas da região. Em regiões mais quentes recomenda-se peças maiores
para que a circulação de ar na parte superior da estufa evite que a
temperatura se eleve demasiadamente em seu interior.Atentar ao fato
de que quanto mais alta a estrutura da estufa, menor a sua resistência
ao vento, devendo-se optar, nesses casos, à situação que for mais crí-
tica. Deve-se cortar as extremidades no formato de uma boca de pei-
xe, para facilitar o encaixe e fixação tanto na linha, quanto na cumeeira.
O bambu é fixado, passando-se o parafuso com um gancho por dentro
do pendural, que é preso a outro parafuso transversal. Este parafuso
que passa pelo interior do pendural irá atravessar a linha da tesoura,
na qual será fixado.
25
13º Passo
Fixar o pendural com travessas ou peças de bambu mais fino. Estas
peças podem ser fixadas com tabiques feitos do próprio bambu.
14º Passo
Fixar o pendural da tesoura da outra extremidade e utilizar uma linha
para alinhar os pendurais das tesouras centrais.
15º Passo
Fixar a cumeeira sobre os pendurais e travar todos os pendurais nas
mesmas.
26
16º Passo
Fazer o travamento da linha longitudinal nos pés-direitos com mãos
francesas.
17º Passo
Fazer os buracos onde irão ser colocados os palanquinhos de apoio
aos bambus que formarão os arcos, a uma distância de 0,75 m entre
eles. Serão 17 palanques em cada lateral da estufa. Enterrar cerca de
18º Passo
Em um gabarito que pode ser feito em uma superfície plana, para a
confecção dos arcos da cobertura, unir duas varas de bambu pelas
extremidades mais finas, sobrepondo 1,0m, amarrando e encapando
esta junção com plástico para não ficarem saliências ou pontas
perfurantes. O comprimento dos arcos deve ficar em torno de 10,5 m,
porém essa medida pode variar conforme a altura final da cumeeira.
0,5 m e deixar 0,4 m acima
do solo para a fixação dos
bambus. Utilizar um barban-
te para que a lateral fique
bem alinhada.
27
Coloca-se então o primeiro arco já unido pelas extremidades mais
finas, sem cortar as bases, nos palanques laterais para que seja feito o
ajuste final do tamanho do arco. Após acertado o tamanho, fixa-se os
bambus com ferro de construção 4,2 mm nos palanques, amarrando
com fio de poliamida ou arame.
19º Passo
Fixar o ripão na lateral, em toda a linha dos arcos a 1,0 m de altura,
também com ferro de 4,2 mm. Neste ripão será fixado o sombrite
(opcional), a cortina lateral (antes da cobertura) e o plástico da cober-
tura.
28
20º Passo
Confeccionar as portas e janelas com o próprio bambu e fixá-las na
estrutura.
21º Passo
Fixar o plástico em horários mais quentes, para que fique bem estica-
do, utilizando uma linha de mata-juntas (ripa fina), que será enrolada
no plástico e fixada no ripão. Prender primeiro uma lateral e esticar
bem o outro lado e as extremidades onde será a frente e o fundo da
estufa, utilizando várias pessoas (pelo menos cinco). Após bem esti-
cado, enrolar a outra lateral na mata-junta e fixar no ripão. Na frente e
no fundo da estufa deve-se fixar o plástico e depois recortar no local
da porta e das janelas.
29
30
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta de construção de estufas colocada neste manual, inclu-
sive chamada de “modelo CPRA”, não é uma proposta definitiva como
o nome “modelo” sugere. Ela é apenas uma das possíveis formas ou
formatos que devem ser adequados a cada local, cultura ou utilização
que a estufa for destinada.
NaAgroecologia não impomos modelos e sim colocamos possibili-
dades, que se constroem e se aperfeiçoam com os conhecimentos e rea-
lidades locais.
Além de possibilitar uma produção de alimentos em cultivo prote-
gido com baixo custo, melhorando a renda do agricultor familiar, que é
o principal objetivo deste manual; esperamos que através deste trabalho
os agricultores enxerguem o bambu como um fantástico recurso natural,
com inúmeras utilidades e benefícios para o meio rural.
Portanto, nunca esqueçamos de manejá-lo com racionalidade, im-
plantando diferentes espécies nas propriedades, sem torná-lo um
monocultivo, como é a tendência negativa da agricultura de escala, vol-
tada somente para o lado econômico.
31
Observação:
Ter cuidado com o sistema de irrigação, utilizando
preferencialmente o sistema de gotejamento, a fim de
aumentar a durabilidade da estrutura.
32
REFERÊNCIAS
AZZINI,A.; SANTOS, R. L. dos e PETTINELLI JUNIOR,A. Bambu:
material alternativo para construções rurais. Campinas: Instituto
Agronômico, 1997. (Boletim técnico, 171), 18 p.
GRAÇA, Vera L. Bambu: técnicas para o cultivo e suas aplicações.
São Paulo: Ícone, 1988, 2, ed., 124 p.
HIDALGO, LOPEZ O. Manual de construccion con bambu. Bogotá:
CIBAM, Universidad Nacional de Colômbia.
PEREIRA, Marco A. R. e BERALDO, Antonio L. Bambu de corpo e
alma. Bauru-SP: Canal6, 2007. 240 p.
SGANZERLA, Edílio. Nova agricultura: a fascinante arte de culti-
var com os plásticos. Guaíba: Agropecuária, 1997, 6. ed., 342 p.

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Estufa ecologica-feita-de-bambu

  • 1.
  • 2. 1 ESTUFA ECOLÓGICA USO DO BAMBU EM BIOCONSTRUÇÕES Curitiba, 2011 1 Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agroecossistemas, Especialista em Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Extensionista do Instituto Emater e Coordenador de Recursos Naturais e Produção Vegetal Integrada do CPRA de 2006 a 2010. 2 Agente de Ciência e Tecnologia do IAPAR, equipe de bioconstruções do CPRA 3 Técnico em Meio-Ambiente, equipe de bioconstruções do CPRA Julio Carlos Bittencourt Veiga Silva 1 Nailton de Lima 2 Voltair Martins de Oliveira 3
  • 3. 2 GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ Governador Carlos Alberto Richa Vice Governador Flávio Arns Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento Norberto Anacleto Ortigara SEAB – Diretoria Geral Otamir César Martins CENTRO PARANAENSE DE REFERÊNCIA EM AGROECOLOGIA – CPRA Diretor Presidente – João Carlos Zandoná Diretor Adjunto – Márcio Miranda AUTOR: Engenheiro Agrônomo Julio Carlos Bittencourt Veiga Silva, Mestre em Agroecossistemas, Especialista em Agroecologia e Desenvolvimento Sus- tentável, Extensionista do Instituto Emater e Coordenador de Recursos Na- turais e Produção Vegetal Integrada do CPRA de 2006 a 2010. CO-AUTORES: Nailton de Lima, Agente de Ciência e Tecnologia do IAPAR, equipe de bioconstruções do CPRA Voltair Martins de Oliveira, Técnico em Meio-Ambiente, equipe de bioconstruções do CPRA S586 SILVA, Julio Carlos Bittencourt Veiga Estufa Ecológica uso do Bambu em Bioconstruções / Julio Carlos Bittencour Veiga; Nailton de Lima; Valtair Martins de Oliveira. -- Curitiba: CPRA, 2011. 32 p. : il. 1. Bambu. 2. Espécie e Manejo. 3. Construção Estufa. I. Silva, Julio Carlos Bittencourt Veiga. II. Lima, Nailton de. III. Oliveira, Valtair Martins de. IV. Título. CDU 633.584.5 Maria Sueli da Silva Rodrigues - 9/1.464
  • 4. 3 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .......................................................................... 5 1 INTRODUÇÃO............................................................................ 7 2 CONHECIMENTOS ESSENCIAIS SOBRE O BAMBU ........... 8 2.1 CARACTERIZAÇÃO DE ESPÉCIES ..................................... 9 2.2 MANEJO ................................................................................... 11 3 CONHECIMENTOS ESSENCIAIS SOBRE ESTUFAS ............ 15 4 MONTAGEM DA ESTUFA ........................................................ 15 4.1 RELAÇÃO DE MATERIAIS.................................................... 16 4.2 RELAÇÃO DE FERRAMENTAS/EQUIPAMENTOS UTILIZADOS ........................................................................... 17 4.3 PLANTA E MEDIDAS ............................................................. 18 4.4 ETAPAS DA CONSTRUÇÃO .................................................. 19 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................... 30 REFERÊNCIAS .............................................................................. 32
  • 5. 4
  • 6. 5 O bambu é uma planta que traz junto aos povos que tradicionalmente o utilizam, muitos ensinamentos. Um deles é a sua flexibilidade e capacidade de curvar-se sem se quebrar. Mas, a analogia que mais nos impressiona como reflexão para a nossa vida, é de que o bambu é cheio de “nós” e não de “eus”, cheio de “entre-nós”, e por isso a sua grande resistência. Penso que essa é a grande mensagem que o bambu nos transmite. Trabalhar mais por “Nós” e “Entre-nós”, e menos pelo “Eu”. Dedicamos este trabalho a todos os agricultores, técnicos e pessoas que compartilharam sua presença e conhecimento nas oficinas que realizamos, mas enaltecemos sobretudo o bambu, essa fantástica dádiva da natureza. Julio Carlos Bittencourt Veiga Silva
  • 7. 6
  • 8. 7 1 INTRODUÇÃO A utilização do bambu em bioconstruções, em especial na estrutura de estufas ou cultivos protegidos é muito interessante sob o ponto de vista econômico, pois os materiais utilizados nas estufas convencionais atingem muitas vezes um valor inacessível para grande parte dos agri- cultores familiares. Essa vantagem no custo menor é o que mais ressalta aos olhos, mas a utilização do bambu nas propriedades deve ser amplia- da pela visão da agroecologia, a qual não se atem apenas na viabilidade econômica de uma atividade. Com o enfoque agroecológico entende-se que uma agricultura sustentável deve ser complementada pela questão ambiental e social na construção de processos de desenvolvimento rural sustentável, nos quais o bambu que é considerado “a planta dos mil usos” encaixa-se bem nessa filosofia. O bambu, por se tratar de uma planta tropical e que produz colmos anualmente sem necessidade de replantio, se apresenta como um grande recurso natural com um imenso potencial agrícola, devido a sua versati- lidade, resistência, vitalidade e beleza. Além de ser um eficiente sequestrador de carbono, já que é a planta que cresce mais rápido do que qualquer outra, necessitando de 3 a 6 meses, em média, para que um broto atinja sua altura máxima, que chega a até 30 metros para as espé- cies gigantes, também apresenta excelentes características físicas, quí- micas e mecânicas. Para o agricultor familiar, o bambu traz inúmeras vantagens, pois pode ser utilizado em benefício do agroecossistema, protegendo manan- ciais e encostas, evitando a erosão, e o condicionamento climático com quebra-ventos favorecendo a fertilidade e sanidade do sistema. Pode trazer benefícios diretos à família do agricultor, através do consumo dos bro- tos, que são altamente nutritivos; da confecção de móveis, artesanatos e construções rurais, como acontece nos países em que o bambu tem tra- dição e constrói-se toda a casa do agricultor com os móveis e utensílios; ou benefícios econômicos através da venda de colmos, cada vez mais procurados por diversos setores. Enfim, as possibilidades são limitadas pela criatividade humana, e com este pensamento iniciamos um projeto de valorização do bambu, no qual a construção de estufas é um dos com- ponentes.
  • 9. 8 O modelo de estufa desenvolvido nesta cartilha foi construído du- rante curso realizado pelo CPRA em parceria com a SEED, SEMA, SENAR e FETAEP, para professores dos colégios agrícolas do Estado do Paraná e jovens agricultores. O tema do curso foi mais abrangente, com o título de “Uso Sustentável do Bambu”, ministrado pelo bioarquiteto Guillermo Gayo e seu ajudante Milciades Vera, ambos mestres bambu- seiros. No curso foram discutidas as diversas possibilidades do uso do bambu, culminando com a construção de forma participativa principal- mente nas decisões quanto a tamanho e formato. Sendo assim, esse “mo- delo CPRA”, idealizou-se a partir das condições climáticas do local (Pi- nhais-PR), e da troca de conhecimentos dos participantes e técnicos que atuam na área agrícola do CPRA. Portanto, como foi uma construção de conhecimento conjunta, adaptada às condições e recursos locais dispo- níveis, recomendamos não utilizar esse modelo como uma tecnologia pronta ou adequada a qualquer local, e sim como uma proposta ou idéia que estimule o uso do bambu e a criatividade dos agricultores e técnicos. 2 CONHECIMENTOS ESSENCIAIS SOBRE O BAMBU Os bambus pertencem à família Graminae, como os capins, e subfamília Bambusoideae, em alguns casos tratados como pertencentes à família Bambusaceae, com aproximadamente 50 gêneros e 1.300 es- pécies, com maior ocorrência nas zonas quentes e com chuvas abundan- tes das regiões tropicais e subtropicais. No Paraná as espécies mais encontradas nas propriedades rurais são exóticas, não diferenciando muito dos outros estados do Brasil, onde predominam as seguintes espécies: Bambusa vulgaris, Bambusa vulgaris var. vittata, Bambusa tuldoides, Dendrocalamus giganteus e algumas espécies do gênero Phyllostachys. Quanto às espécies nativas, encontra- mos no estado espécies do gênero Guadua, principalmente nas margens do rio Paraná e seus afluentes. Nesta região o CPRA coletou sementes e mudas da espécie Guadua chacoaensis, conhecida na região como taquaruçu, visando preservar e multiplicar esta espécie nativa, que é con- siderada entre as melhores para construções. Os vários tipos de bambu compreendem desde espécies de pequeno
  • 10. 9 porte, utilizadas principalmente em ornamentação; espécies com peque- no a médio diâmetro de colmo, utilizadas na confecção de móveis, arte- sanato e construções; e as espécies de grande diâmetro e altura de colmos, utilizadas em construções, produção de brotos e indústria de laminados. 2.1 CARACTERIZAÇÃO DE ESPÉCIES ENTOUCEIRANTE OU DE MOITA São os bambus do grupo paquimorfo ou simpodial, encontrando-se distribuídos principalmente em regiões quentes e tropicais; consequen- temente estas espécies não se desenvolvem bem em regiões frias. O for- mato dos bambuzais desta espécie é compacto, pois seus rizomas são curtos, desenvolvendo os brotos e novos colmos muito próximos dos já existentes. O processo de formação de novos rizomas e colmos é contí- nuo ano após ano, com os rizomas se desenvolvendo perifericamente, resultando em um agrupamento de colmos na forma de touceira. A brotação geralmente ocorre a partir de janeiro até março no Paraná. As espécies mais encontradas no Paraná são do gênero Bambusa, Dendrocalamus e Guadua (figuras: site bambubrasileiro)
  • 11. 10 ALASTRANTE São os bambus do grupo leptomorfo ou monopodial, com boa re- sistência às baixas temperaturas, sendo mais encontrados em zonas tem- peradas. Por apresentarem rizomas longos, além de lançarem colmos próximos dos já existentes, desenvolvem seus brotos e colmos afasta- dos, deixando o bambuzal com um aspecto menos compacto do que os entouceirantes; permitindo inclusive que pessoas circulem facilmente em seu interior. O crescimento do rizoma pode atingir entre 1 e 6 m por ano, formando uma fantástica trama de raízes, excepcional na contenção de encostas e na proteção contra a erosão. A época de brotação ocorre geralmente a partir de setembro e este tipo de bambu apresenta ramos e folhas nas partes altas do colmo bem antes que este atinja sua altura final. As espécies deste grupo, mais encontradas são dos gêneros Phyllostachys e Arundinaria. Algumas características importantes observadas na tabela a seguir, demonstram o potencial das espécies que o CPRA tem utilizado em cons- truções. (figuras: site bambubrasileiro)
  • 12. 11 2.2 MANEJO Apesar do bambu ser uma planta muito rústica e de grande veloci- dade de crescimento, após o fortalecimento da touceira e a sua estabili- zação, que acontece aproximadamente no quarto ano após o plantio, é que se recomenda iniciar o corte dos primeiros colmos. No caso de bambuzais mais velhos o manejo também é essencial, pois se o corte for realizado de forma incorreta por alguns anos seguidos, resulta no enfra- Nome Compri- Diâmetro Espessura Internó Resistên- Espécies comum mento (cm) cia ao ca- útil (m) Colmo (cm) runcho* Bambusa Bambu 11 6-15 0,7-1,5 25-35 baixa vulgaris verde Bambusa Bambu 10 6-15 0,7-1,5 25-35 baixa vulgaris imperial var.vittata Bambusa - 10 5-12 0,7-1,5 30-40 média oldhami Bambusa Bambu 10 3-6 0,7-1,5 35-45 média tuldoides comum Dendrocalamus Bambu 14 8-20 1-2 20-45 média asper gigante Dendrocalamus Bambu 16 10-25 1-3 20-45 média giganteus gigante, bambu balde Guadua Taquaruçú 12 10-15 1,5-3 10-26 boa chacoaensis Phyllostachys Bambu 6 3-6 0,7-1,2 9-25 boa edulis Chinês Phyllostachys Bambu 12 7-15 1-1,5 18-42 boa pubescens mosso Quadro 1 - Potencial das Espécies
  • 13. 12 quecimento do bambuzal e consequente queda da produção de colmos. A época correta e a escolha do colmo adulto são de extrema importância não só pela durabilidade maior do bambu, como pela influência direta no desenvolvimento da touceira. ÉPOCA ADEQUADA A época mais adequada para o corte de colmos no Paraná, são os meses em que o metabolismo da planta está menor, o que ocorre no final do outono e parte do inverno. O conhecimento popular indica os meses sem “r”, que são maio, junho, julho e agosto. Com um menor metabolis- mo há uma menor circulação de seiva, tornando-os menos atrativos ao ataque de insetos e fungos. O alto teor de amido é um ponto fraco do bambu no que se refere ao ataque de insetos, pois o mesmo é o atrativo do caruncho (Dinoderus minutus), considerado o maior problema na durabilidade das construções e dos outros usos do bambu. O corte em outros meses além de fornecer colmos com menor durabilidade, pode prejudicar o desenvolvimento dos brotos, ou mesmo danificá-los se esti- verem no período inicial de crescimento. Outra época importante a observar é a fase em que se encontra a lua. Apesar deste procedimento ainda ser questionado por parte do meio científico, o fato é que observamos resultados melhores com o corte na fase da lua quarto minguante em relação à infestação de caruncho, com um menor grau de ataque. Em uma das primeiras construções de bambu do CPRA, uma cobertura para arraçoamento de novilhas, para a qual foi coletado bambu em diferentes fases da lua, observou-se a decomposição pelo ataque de caruncho de algumas peças coletadas nas fases da lua crescente e cheia, sendo necessária a sua reforma. Este menor ataque pode ser explicado do mesmo modo que a questão dos meses com me- nor metabolismo. Durante a lua minguante há uma tendência a maior concentração de seiva nas raízes e menor concentração no colmo, disponibilizando menos amido para o caruncho. Este também é um co- nhecimento tradicional, em que os agricultores utilizam não só para o bambu, mas para as podas de frutíferas e o corte de madeira, conforme a sua utilização.
  • 14. 13 O esquema abaixo demonstra a predominância da planta (colmos e folhas), conforme as fases da lua. MINGUANTE NOVA CRESCENTE CHEIA ÓTIMA BOA RUIM ESCOLHA DO COLMO E CORTE CORRETO A idade do colmo é outro ponto fundamental, pois colmos jovens (um a dois anos) são considerados imaturos, para o uso em estruturas que necessitam maior resistência mecânica. O corte deve ser feito em colmos com no mínimo três anos, devido ao amadurecimento de seus tecidos e o aumento da resistência de suas fibras. Os colmos maduros, com idade superior a três anos, normalmente localizam-se no interior da touceira, não apresentam mais brácteas aderidas (folhas falsas) e geral- mente são observadas manchas provocadas por fungos, musgos e líquens nos internos. A retirada dos galhos e ramos deve ser feita com uma serrinha, com um corte de 45º do pé para a ponta, sem atingir o colmo. No momento do corte, utilizar uma serra de poda e cortar rente e sobre o primeiro nó acima do solo. Este procedimento evita que fique um copo, no qual se acumularia água, gerando uma possível entrada de doenças, enfraquecendo a moita.
  • 15. 14 TRATAMENTO Os tratamentos mais utilizados são o fogo direto, com lança-cha- mas ou fogo dentro de um tambor, limpando-se os resíduos e o açúcar que é expelido na superfície do colmo, com um pano embebido em óleo diesel. Outro tratamento que utilizamos bastante é a imersão total dos colmos em água por um período de 20 a 30 dias e posterior secagem à sombra. No tratamento com imersão em água pode ser utilizado tanino em uma concentração de 5 a 10%, ou bórax (micronutriente) em uma concentração de 5%, por 15 dias de imersão. Não utilizamos e nem reco- mendamos a utilização de nenhum tipo de agrotóxico ou produto quími- co que possa causar impacto ao ambiente ou intoxicar as pessoas que venham a manusear os colmos. Estamos testando também o cozimento de colmos em tambores de metal, por cerca de duas horas; procedimento realizado por um mestre bambuseiro de Curitiba, o “Zé do Bambu”, que vem obtendo bons resul- tados. MULTIPLICAÇÃO A propagação do bambu através da produção de mudas por semen- tes é mais difícil de realizar, visto que a floração e formação de sementes é um fenômeno muito raro. A forma mais utilizada é a propagação vegetativa, na qual são utilizadas as partes aéreas, como o col- mo e ramos laterais, e/ou a parte subterrâ- nea, que são os rizomas. Aprincipal vanta- gem da propagação vegetativa é a possibi- lidade de obter clones com uniformidade genética fenotípica, ou seja, exatamente igual à touceira mãe. Em contrapartida, a possibilidade de propagação através de se- mentes é muito interessante, pois traz a va- riabilidade genética tão importante sob o ponto de vista da biodiversidade e estabili- dade de ecossistemas. (figuras: site bambubrasileiro)
  • 16. 15 3 CONHECIMENTOS ESSENCIAIS SOBRE ESTUFAS A localização, o formato e as dimensões das estufas devem variar de acordo com as condições climáticas de cada região, portanto, como já foi dito, modelos ou pacotes prontos nem sempre são os mais adequa- dos. No entanto, alguns pontos importantes devem ser considerados quan- do vamos escolher o local de construção. São eles: a) Para evitar problemas e maiores despesas, a estufa deve ser construída sempre no sentido dos ventos predominantes, ou seja, a sua parte frontal ou os fundos recebendo este vento e nunca as laterais da estufa, para que o vento escoe sem causar danos ao plástico; b) Quanto maior for o volume de uma estufa, ou seja, quanto maior a altura na mesma área, mais facilitados serão os controles de tempera- tura e umidade relativa do ar. Deve-se tomar cuidado com altura ex- cessiva, pois a estrutura perde a resistência ao vento, quanto maior a altura; c) Dar preferência, quando possível, para a instalação em terrenos mais planos. Facilita a construção, além de facilitar os plantios, irrigação e tratos culturais; d) Quando em regiões mais úmidas, a ventilação da estufa é muito im- portante, portanto evitar construir em baixadas, dando preferência a locais bem ventilados. 4 MONTAGEM DA ESTUFA “ESTUFA MODELO CPRA” Tamanho: 7,1 m x 12 m (84 m²) Formato: ver planta baixa com as dimensões (pág. 18) Obs: tomar o cuidado em identificar os bambus maduros (mais de 3 anos) e o corte dos galhos conforme pg. 10. Tirar peças a mais, e de preferência sempre mais longas.
  • 17. 16 4.1 RELAÇÃO DE MATERIAIS - 14 toras ou vigas de 1,0 x 0,15m, para apoiar os pés-direitos de bam- bu; - 34 torinhas ou vigotas de 0,9m x 0,10m, para apoiar os arcos de bam- bu da cobertura; - 34 (ou mais) colmos ou varas de bambu de 7,5m x 0,06m, para os arcos da cobertura (com as pontas finas); - 18 (ou mais) peças de bambu de 3,0m x 0,12m, ou mais largas, para os pés-direitos e suportes de portas; - 05 (ou mais) peças de bambu de 4,5m x 0,10m, para as linhas das tesouras (travessas no sentido da largura); - 08 varas (ou mais) de bambu de 4,0m (ou 2 com o comprimento da estufa) x 0,10m, para as travessas longitudinais (laterais); - 04 (ou mais) varas de bambu de 4,0m x 0,10m, para a cumeeira; - 05 (ou mais) peças de bambu de 1,5m x 0,10m para o pendural (pontalete) da tesoura e 20 peças de 3,0m x 0,05m, para travamento das tesouras, linhas laterais e cumeeira; - Bambus com entrenó longo, parede grossa (diâmetro de 0,20-0,30m), para fazer tabiques ou cavilhas, com broca de 8mm; - 30 m de ripa de 1 pol x 2 pol e 30 m de matajunta ou sarrafo, para fixação do plástico da cobertura, cortinas e sombrite; - Filme agrícola AD 8,0m x 150 micra p/ estufa, com 20m de compri- mento; - Filme agrícola AD 2,0m x 100 micra p/ cortina, com 25m de compri- mento; - Faixa de fixação 0,20mm x 0,20m em plástico, com 40 m de compri- mento (para revestir as pontas dos arcos); - 12 peças de barra rosqueada 5/16” galvanizada, com 1,0m de compri- mento; - 60 porcas sextavadas galvanizadas 5/16”; - 1 barra de ferro de construção de 4,2 mm (12m); - 60 arruelas lisas 5/16”galvanizadas; - 1 galão de betume (opcional); - 1 galão de impermeabilizante asfáltico (se for colocar o bambu direto no chão);
  • 18. 17 - 2 rolos ou 500 g de fio torcido de Poliamida, com espessura 210/072 e 210/096 (ou 210/144); - 5 parafusos de telha de 6mm, com arruelas e porcas, para pendurar os pontaletes. Para as portas e janelas serão necessários: - 05 peças de barra rosqueada 5/16” galvanizadas, com 1,0m de com- primento; - 40 porcas sextavadas galvanizadas 5/16”; - 40 arruelas lisa 5/16”galvanizadas. 4.2 RELAÇÃO DE FERRAMENTAS/EQUIPAMENTOS UTILIZADOS - escadas de 3,5m e andaimes (ou 4 tambores de 200l com taboas); - cavadeiras (“polaca”) ou trado; - serrote; - serrinha de cortar ferro; - serra manual ou circular; - serra “tico-tico”; - furadeira 500 W ou mais, com broca de 8mm e 30 cm de comprimen- to; - moto-serra; - facão; - machadinha; - chave de boca 5/16”; - alicate; - groza; - torquez; - canivetes ou facas para fazer tabiques; - marreta de madeira; - trena de 50 m; - trena de 3 m; - linha de pedreiro; - mangueira transparente de água para nivelamento da estrutura.
  • 19. 18 4.3 PLANTA E MEDIDAS Observação: os desenhos não estão em escala.
  • 20. 19 4.4 ETAPAS DA CONSTRUÇÃO 1° Passo Reunir todos os materiais necessários. 2° Passo Escolher e definir o local mais adequado. 3° Passo Fazer a demarcação dos pés-direitos. Esta operação é relativamente simples, mas requer cuidados porque um alinhamento bem feito irá resultar em uma maior harmonia da forma final da estufa. Uma mar- cação mal feita pode acarretar em consequências graves, prejudican- do o esquadrejamento da estufa. A demarcação pode ser através de duas formas muito fáceis, descritas a seguir. Escolha uma delas. A) Usando estacas, marca-se as larguras e o comprimento das linhas dos pés-direitos e corrige-se o alinhamento esticando uma linha na diagonal que, cruzada, deve ter o mesmo comprimento, conforme figura abai- xo.
  • 21. 20 B) Outro método é o de demarcação de um triângulo retângulo. Para demarcar um ângulo reto, através do triângulo retângulo, utiliza-se 12 metros da trena, dispostos com 3, 4 e 5 metros de lado (figura pág. 19). Após demarcar um canto (ângulo) dos pés-direitos da estufa, ali- nha-se e facilmente se demarca os outros, podendo realizar este méto- do do triângulo retângulo em outro canto para que a marcação fique mais precisa. Dica importante: No momento do corte e escolha dos colmos de bambu, selecionar as peças mais retas. Com a prática do uso de bam- bus ou a intervenção de pessoas com experiência, podem ser utiliza- das peças levemente tortas, pois devido à maleabilidade do bambu, consegue-se corrigir o alinhamento no momento do travamento com outros pontos da estrutura. 4° Passo Abrir os buracos com aproximadamente 0,6 m de profundidade, a distân- cia de 3 m um do outro nas linhas e 3,7m entre as li- nhas, para a colocação dos mourões ou vigotas de es- pera dos pés-direitos cen- trais, para que os bambus não tenham contato com a terra. Dica importante: Depen- dendo da umidade da re- gião, pode acontecer de os bambus reduzirem sua du- rabilidade em contato di- reto com a terra. Por este motivo recomenda-se a
  • 22. 21 utilização de mourões de madeira para apoiar o bambu. Alguns agri- cultores têm preferido utilizar produtos impermeabilizantes nos bam- bus, mas ainda não temos dados sobre a durabilidade. Estes produtos contaminam o ambiente, portanto não os recomendamos. 5° Passo Marcar o nível dos pés-direitos das extremidades com um nível de mangueira ou outro equipamento para, no momento da colocação dos mourões, acertar a base dos pés-direitos todas no mesmo nível. Pode- se utilizar uma linha ou um barbante nos mourões das extremidades, esticado em nível, facilitando o nivelamento dos mourões intermedi- ários. Os mourões são cortados com cerca de 1,0 m de comprimento, mas normalmente definimos o comprimento após observarmos a diferen- ça de nível do terreno, pois em alguns casos uma linha de pés-direitos com grande diferença de nível exige mourões com maior comprimen- to. 6° Passo Colocar os mourões nos buracos e compactar bem.
  • 23. 22 7° Passo Chanfrar os mourões para o apoio dos pés-direitos do bambu e cortá-los (no máximo 70% de seu diâmetro), para que quando forem enterrados, fique a parte chanfrada a pelo menos 0,10 m do solo. 8° Passo Cortar os pés-direitos (col- mos de bambu) com 2,5 m de comprimento, tentando deixar os nós fechados para evitar a entrada de umidade e assim aumentar a resistên- cia do colmo. Em regiões muito quentes este compri- mento pode ser maior, para que o teto fique mais alto e haja maior circulação do ar quente. 9º Passo Fixar os pés-direitos nos mourões, fazendo dois orifícios a cerca de 0,15 m de distância, com uma furadeira, utilizando parafuso ou barra rosqueada 5/16’’em um deles e, para reforçar, no outro orifício pren- der com ferro de construção ou vergalhão com bitola de 4,2 mm. A base do pé-direito de bambu (que vai ser apoiada no mourão) deve ser sempre colocada rente a um nó para que tenha mais resistência.
  • 24. 23 10º Passo Fixar as travessas longitudinais nas duas linhas de pés-direitos, tam- bém com barra rosqueada, bem rente ao limite superior do pé-direito. 11º Passo Realizar a confecção das tesouras, começando por fixar a linha da tesoura, que é a peça ou colmo de 4,0 m, que se dispõe horizontal- mente e se apóia na parte superior dos pés-direitos laterais da estufa. Esta linha também é fixada com barra rosqueada, logo abaixo das linhas longitudinais. Colocar em todos os cinco vãos.
  • 25. 24 12º Passo Preparar o pendural, que é a peça central, que se dispõe verticalmente na tesoura, que se apóia na linha e sustenta a cumeeira. O comprimen- to desta peça varia de 0,8 a 1,2 m, dependendo das condições climáti- cas da região. Em regiões mais quentes recomenda-se peças maiores para que a circulação de ar na parte superior da estufa evite que a temperatura se eleve demasiadamente em seu interior.Atentar ao fato de que quanto mais alta a estrutura da estufa, menor a sua resistência ao vento, devendo-se optar, nesses casos, à situação que for mais crí- tica. Deve-se cortar as extremidades no formato de uma boca de pei- xe, para facilitar o encaixe e fixação tanto na linha, quanto na cumeeira. O bambu é fixado, passando-se o parafuso com um gancho por dentro do pendural, que é preso a outro parafuso transversal. Este parafuso que passa pelo interior do pendural irá atravessar a linha da tesoura, na qual será fixado.
  • 26. 25 13º Passo Fixar o pendural com travessas ou peças de bambu mais fino. Estas peças podem ser fixadas com tabiques feitos do próprio bambu. 14º Passo Fixar o pendural da tesoura da outra extremidade e utilizar uma linha para alinhar os pendurais das tesouras centrais. 15º Passo Fixar a cumeeira sobre os pendurais e travar todos os pendurais nas mesmas.
  • 27. 26 16º Passo Fazer o travamento da linha longitudinal nos pés-direitos com mãos francesas. 17º Passo Fazer os buracos onde irão ser colocados os palanquinhos de apoio aos bambus que formarão os arcos, a uma distância de 0,75 m entre eles. Serão 17 palanques em cada lateral da estufa. Enterrar cerca de 18º Passo Em um gabarito que pode ser feito em uma superfície plana, para a confecção dos arcos da cobertura, unir duas varas de bambu pelas extremidades mais finas, sobrepondo 1,0m, amarrando e encapando esta junção com plástico para não ficarem saliências ou pontas perfurantes. O comprimento dos arcos deve ficar em torno de 10,5 m, porém essa medida pode variar conforme a altura final da cumeeira. 0,5 m e deixar 0,4 m acima do solo para a fixação dos bambus. Utilizar um barban- te para que a lateral fique bem alinhada.
  • 28. 27 Coloca-se então o primeiro arco já unido pelas extremidades mais finas, sem cortar as bases, nos palanques laterais para que seja feito o ajuste final do tamanho do arco. Após acertado o tamanho, fixa-se os bambus com ferro de construção 4,2 mm nos palanques, amarrando com fio de poliamida ou arame. 19º Passo Fixar o ripão na lateral, em toda a linha dos arcos a 1,0 m de altura, também com ferro de 4,2 mm. Neste ripão será fixado o sombrite (opcional), a cortina lateral (antes da cobertura) e o plástico da cober- tura.
  • 29. 28 20º Passo Confeccionar as portas e janelas com o próprio bambu e fixá-las na estrutura. 21º Passo Fixar o plástico em horários mais quentes, para que fique bem estica- do, utilizando uma linha de mata-juntas (ripa fina), que será enrolada no plástico e fixada no ripão. Prender primeiro uma lateral e esticar bem o outro lado e as extremidades onde será a frente e o fundo da estufa, utilizando várias pessoas (pelo menos cinco). Após bem esti- cado, enrolar a outra lateral na mata-junta e fixar no ripão. Na frente e no fundo da estufa deve-se fixar o plástico e depois recortar no local da porta e das janelas.
  • 30. 29
  • 31. 30 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A proposta de construção de estufas colocada neste manual, inclu- sive chamada de “modelo CPRA”, não é uma proposta definitiva como o nome “modelo” sugere. Ela é apenas uma das possíveis formas ou formatos que devem ser adequados a cada local, cultura ou utilização que a estufa for destinada. NaAgroecologia não impomos modelos e sim colocamos possibili- dades, que se constroem e se aperfeiçoam com os conhecimentos e rea- lidades locais. Além de possibilitar uma produção de alimentos em cultivo prote- gido com baixo custo, melhorando a renda do agricultor familiar, que é o principal objetivo deste manual; esperamos que através deste trabalho os agricultores enxerguem o bambu como um fantástico recurso natural, com inúmeras utilidades e benefícios para o meio rural. Portanto, nunca esqueçamos de manejá-lo com racionalidade, im- plantando diferentes espécies nas propriedades, sem torná-lo um monocultivo, como é a tendência negativa da agricultura de escala, vol- tada somente para o lado econômico.
  • 32. 31 Observação: Ter cuidado com o sistema de irrigação, utilizando preferencialmente o sistema de gotejamento, a fim de aumentar a durabilidade da estrutura.
  • 33. 32 REFERÊNCIAS AZZINI,A.; SANTOS, R. L. dos e PETTINELLI JUNIOR,A. Bambu: material alternativo para construções rurais. Campinas: Instituto Agronômico, 1997. (Boletim técnico, 171), 18 p. GRAÇA, Vera L. Bambu: técnicas para o cultivo e suas aplicações. São Paulo: Ícone, 1988, 2, ed., 124 p. HIDALGO, LOPEZ O. Manual de construccion con bambu. Bogotá: CIBAM, Universidad Nacional de Colômbia. PEREIRA, Marco A. R. e BERALDO, Antonio L. Bambu de corpo e alma. Bauru-SP: Canal6, 2007. 240 p. SGANZERLA, Edílio. Nova agricultura: a fascinante arte de culti- var com os plásticos. Guaíba: Agropecuária, 1997, 6. ed., 342 p.