1. O MODÃO DOS MANOS
FERNANDO E ZEZINHO FAZEM ARTE NOS CABELOS E NAS VIOLAS
MINHA
BRONCA
MEU
ORGULHO
MINHA
RECEITA
DESCARTE DE LIXO JÁ ATINGE
O CÓRREGO TANQUINHO
OS (QUASE) CEM
ANOS DO PALESTRA
ESSE NHOQUE DE CABOTIÁ
DA HELENA É UMA DELÍCIA!
SUPLEMENTOEXCLUSIVODOJORNALACIDADE
ZONA NORTEZONA NORTE
MEUBAIRRO
A CIDADE
SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
no
MASTRANGELO REINO / A CIDADE
2. 2 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016016
Amizade e família.
Tem coisa melhor?
Esta edição do A Cidade do Meu Bairro tem uma característica
bastante interessante: as suas principais matérias têm a ver com família,
amigo e os bons momentos que passamos uns com os outros.
Por exemplo, a reportagem de capa fala de dois Josés, barbeiros há
mais de 30 anos e que tocam uma moda de viola como ninguém. São
dois irmãos que todos os dias, se encontram para trabalhar e que nunca
negam nem uma boa história nem um sorriso.
Mas esta edição também tem a história de Helena, uma funcionária
pública que transforma amizade em pratos maravilhosos, daqueles de
passar a noite conversando e comendo. Um desses pratos é a nossa recei-
ta, um nhoque de cabotiá, uma coisa do outro mundo.
Por fim temos os cem anos do Palestra Itália.Tem alguma coisa que
resuma melhor a infância e adolescência de todos nós do que passar uma
tarde no clube? Nas páginas a seguir contamos essa história centenária.
NOSSA OPINIÃO
tá bom
BEM ESTAR ANIMAL
Você gosta de animais? A Coorde-
nadoria do Bem Estar Animal tem
uma feira permanente de adoção
de pets. No endereço
fb.com/BemEstarAnimalRP
você pode se informar melhor.
tá ruim
TRECHO CAÓTICO
No encontro das ruas Orunmilá
e Romano Coró, no Tanquinho, o
motorista precisa escolher entre
passar pelo asfalto fino e esbura-
cado ou por terra e mato. Morado-
res pedem socorro!
tá indo
UPA EM CONSTRUÇÃO
Inicialmente prometida para junho
de 2015, a previsão é de que a UPA
Norte seja entregue somente em
2017 – mas sem data oficial.
O centro médico atenderá
a cerca de 200 mil pessoas.
FOTOSF.L.PITON/ACIDADE
ZONA NORTE
NESTA EDIÇÃO
CENTRO
PRÓXIMA EDIÇÃO
EDIÇÃO
José Manuel Lourenço
e Angelo Davanço
REPORTAGEM
Jessica Ribeiro (colaboração)
EDITOR DE ARTE
Daniel Torrieri
EDIÇÃO DE FOTOGRAFIA
Mariana Martins
TRATAMENTO DE IMAGENS
Murilo Corazza/Especial
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Antonio Carlos Coutinho Nogueira
José Bonifácio Coutinho Nogueira Filho
André Coutinho Nogueira
José Bonifácio Coutinho Nogueira Neto
Marcos Frateschi
Fernando Corrêa da Silva
GERENTE DE PUBLICIDADE
Marco Vallim
marco.vallim@jornalacidade.com.br
DEPARTAMENTO COMERCIAL
comercial@jornalacidade.com.br
TELEFONE (16) 3977-2172
REDAÇÃO
Rua Javari, 3099, Ipiranga
Fone (16) 3977-2175
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JORNAL DO GRUPO
A CIDADEDESDE 1905
MEUBAIRRO
A CIDADE no
DIRETOR DE JORNAIS
E MÍDIAS DIGITAIS
Josué Suzuki
EDITOR-CHEFE
Thiago Roque
3. 3A CIDADESÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
fLAZER TOBOGÃ E PISCINA DO CLUBE PALESTRA ITÁLIA, FUNDADO EM 1º DE JANEIRO DE 1917
CEM ANOS
DE ALEGRIA!
As muitas
histórias de
um clube que
se tornou
referência na
região Norte
Palestra Itália é um exemplo
de longevidade e, também, de
adaptação aos novos tempos
F.L.PITON / A CIDADE
meuorgulho
riberfestas@riberfestas.com.br / www.riberfestas.com.br
Av. Antonio e Helena Zerrenner, 555 - Ribeirão Preto - SP
Telefone: 3633 1868 - 3633 3629
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EMBALAGENS E DESCARTÁVEIS
Linha completa para festas:
Doces, Chocolates, Artigos para cestas
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ATENDIMENTO PERSONALIZADO
FÁCIL ESTACIONAMENTO
CURSOS
VARIADOS
ATACADO
E VAREJO
4. 4 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
Cem anos e muita
história para contar
no coração dos
Campos Elíseos
Perto de comemorar o seu centenário, o clube
Palestra Itália tem personagens cujas histórias
pessoais se misturam com a do próprio clube
Recentemente, Ribeirão Preto com-
pletou 160 anos.Acompanhando o ritmo
da cidade e perto de entrar para o ‘clube
dos centenários’ está o Palestra Itália
Esporte Clube, que em 1º de janeiro de
2017 completa seus 100 anos. Sempre
na rua Padre Euclides, nos Campos
Elíseos, o clube viveu seus tempos áureos
na década de 1980 e hoje conta com
esporte e bailes como atrativos principais.
Parte dessa história é contada na
primeira pessoa por Sebastião Salvador
Missão, diretor social do clube há mais
30 anos.“Ganhei um título do Palestra
nos anos 1960 e comecei a frequentar.
Depois de um tempo me chamaram para
participar da diretoria”, conta. Hoje, aos
70 anos, ele lembra com carinho de mo-
mentos vividos dentro do clube.“Sempre
trabalhei na área de relações públicas.
Quando entrei foi o Durval Magnani – já
falecido – quem me deu o cargo e lá
fiquei”, conta.
O clube, quase centenário, carrega
também consigo as marcas da história re-
cente do mundo.“Houve um período da
guerra em que nós tivemos que mudar o
nome para Operários, por volta de 1932.
Depois pudemos voltar às tradições
italianas”. Ele se refere à Segunda Guerra
Mundial (1939-1945), quando o então
presidente do Brasil, Getúlio Vargas,
proibiu nomes que tivessem relação com
a Itália – a quem o país havia declarado
guerra.
Porém o período pós-conflito não
foi tão fácil assim.“Quando voltamos
ao nome original tinha muita gente que
ainda não aceitava, por relacionar com
a guerra. Mas, aos poucos, voltaram a
respeitar”, conta.
VIZINHO
Para algumas pessoas, a relação com
o Palestra é tão próxima, que a história
do clube se confunde com a própria his-
tória.“Sou de Ribeirão Preto e trabalhava
na Matarazzo (fábrica de tecidos, depois
Cianê). Quando me casei vim morar na
rua Paraíba, em frente ao clube”, conta
Alberto Saçilotto, de 86 anos. Hoje, ele
é o funcionário mais antigo do Palestra,
com 59 anos de casa, sempre na mesma
função: porteiro.“Pouco depois de me
mudar, a fábrica começou a dispensar
alguns funcionários e eu sabia que uma
hora ou outra ia chegar a minha. Então
fui ao Palestra, pedi um emprego e eles
me deram”, explica.
A partir daí o amor com o clube só
cresceu (e não faltaram motivos para
isso).“Eles me deram uma casa. Então,
morei dentro do Palestra por dez anos,
de 1957 a 1967.Tenho um filho que
nasceu lá”, revela.“Só saí porque o clube
começou a expandir, construíram a sede
social e não sei se ia dar certo continuar
por lá”, conta Alberto – que hoje mora
na Padre Euclides, ou seja, do outro lado
da rua.
meuorgulho
5. 5A CIDADESÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
Atualmente, o Palestra aposta as
suas fichas no futebol.“Nós temos
forte tradição na formação de atletas.
Algo que nos mantém firmes são
nossas escolinhas de futebol”, esclarece
Sebastião. Ele conta, com orgulho, dos
‘filhos’ do Palestra.“Passaram por
aqui o Leandro Lessa [ex-Corinthians],
o Doni Marangon [ex-Seleção
Brasileira], também o goleiro Marquito
[ex-Belenenses, de Portugal]. Eles
praticamente nasceram aqui”.
Outra aposta do clube são os bailes
e o aluguel do espaço.“O Palestra
hoje não conseguiria se manter só com
associados. Nosso forte são os bailes, de
quinta a domingo”. Sebastião afirma que
os eventos tradicionais do clube foram
perdendo espaço pela falta de público
e a saída foi tentar se reinventar.“A
gente tenta resgatar o clube no dia a dia,
buscando formas de fazer a diferença.
Como não temos muitos recursos, vamos
de jeito que dá”, desabafa.
Mesmo com as dificuldades, o
Palestra Itália segue forte, sendo um
dos mais tradicionais clubes da cidade e
não vai desistir tão fácil. E agora vamos
deixar o seu Alberto trabalhar, porque
sábado é o último dia da semana para
ele.“Domingo é minha folga, mas sabe
onde passo ela? No Palestra, lá é meu
lugar”, conta rindo.
Hoje, já um senhor quase centenário,
o Palestra caminha a passos mais lentos,
um momento de menos euforia do que
aqueles vividos na sua ‘época de glória’.
“O auge do clube foi na década de
1980, até mais ou menos 1995. Nessa
época chegamos a ter 20 mil sócios, que
era frequentadores assíduos”, conta
Sebastião Missão.“Tínhamos muitas
festas, juninas, o baile do Hula Hula, o
Carnaval, esses foram nossos melhores
dias”, confirma Alberto Saçilotto.
Nos tempos áureos havia filas e
disputa pelo título de associado.Todos
queriam o Palestra e o Palestra abraçava
a todos.“Entre as décadas de 1970
e 1990 tínhamos almoços todos os
domingos, sempre abertos ao público.
Também fazíamos eventos especiais em
datas comemorativas, era muito bonito
de se ver”, explica Missão.
Para ele, o aumento de condomínios
fechados na cidade acabou espantando
os sócios, impacto que atingiu não só
o Palestra, mas todos os outros clubes
recreativos da cidade.“As pessoas
passaram a ter piscina, churrasqueira,
academia, lazer completo.Também se
sentem mais seguras dentro da própria
residência. Para que vai querer sair de
casa?”, explica.
Futebol e bailes
são as apostas
para o futuro
Fase áurea do
clube foi entre
1970 e 1990
f HISTÓRIA NA FOTO
MAIOR,ALBERTO SAÇILOTTO, O
FUNCIONÁRIO MAIS ANTIGO DOP
PALESTRA ITÁLIA, COM 59 ANOS
DE CASA; À ESQUERDA, PARTE DA
ÁREA SOCIAL DO CLUBE, COM AS
PISCINAS E UMA GRANDE ÁREA
VERDE; POR FIM,ACIMA, PARTE
DOS TROFÉUS CONQUISTADOS
PELO CLUBE NOS SEUS QUASE
CEM ANOS DE VIDA.
AS DÉCADAS DE OUROENTRE AS DÉCADAS DE 1970 E 1990, O PALESTRA ITÁLIA
FOI UMA DAS REFERÊNCIAS DA CIDADE, QUANDO CHEGOU
A TER MAIS DE 20 MIL SÓCIOS, QUE FREQUENTAVAM OCLUBE DE FORMA ASSÍDUA
FOTO F. L. PITON / A CIDADE
DAMARIS REFEIÇÕESDeus é FielPrato feito e Marmitex
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Segunda a Domingo
11:00 às 15:00hs
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6. 6 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
NA
DOM PEDRO
SHOW
fZEZINHO (À FRENTE) E FERNANDO QUEM DISSE QUE CABELO NÃO COMBINA COM MODA DE VIOLA?
DE ALEGRIA
BBBARBA,
CABBBELO E
MOOODA DE
VIOLA
Para quem mora no Ipiranga ou nas proximidades, é difícil
não conhecer Fernando e Zezinho. Os dois irmãos têm uma
barbearia na avenida Dom Pedro I há mais de 30 anos e, como
dizem, não têm clientes, mas amigos.
Fernando é José Fernando da Silva, nascido em São
Joaquim da Barra há 60 anos. O irmão Zezinho é José Homero
da Silva, nascido dois anos depois em Guaíra. Quando não
estão envolvidos na tarefa de tornar mais vistosa a cabeleira
dos fregueses, eles são, também, a dupla Rio Grande e Taquari,
craques na viola e no modão de raiz. (Veja texto ao lado).
Fernando mora no Ipiranga ainda antes de ter o salão
com o irmão. Em 1973 e até um pouco depois, Ribeirão Preto
terminava ali, na Dom Pedro, junto com o asfalto. Depois dali,
só a terra roxa.“Eu me lembro que as mulheres vinham de
longe, muitas quadras a pé, de chinelo. Chegavam aqui, perto
do ponto de ônibus e trocavam por sapatos, só poeira”, conta.
As artes de dar jeito nos cabelos estão no sangue.A
principal influência foi o tio de São Joaquim da Barra, o Chico
Barbeiro, que lhes ensinou as primeiras lições de tesoura e
máquina (manual, naquela época). Mas o pai de Fernando e
Zezinho também sabia cortar cabelo.“Era ele que dava um jeito
no cabelo da peãozada”, conta.
Com as lições do pai e do tio, os dois abriram o salão, na
esquina da Dom Pedro com a Tapajós.“Naquela época foi uma
boa ideia porque só tínhamos nós por aqui”, conta Zezinho.
Hoje a concorrência é maior. Nas imediações existem, pelo
menos, doze profissionais.
O irmão mais novo conta o segredo para lidar com tanta
gente oferecendo os mesmos serviços que eles: fidelidade. É aí
que entra a tal história que não têm clientes, mas amigos.“Tem
gente que vinha aqui cortar o cabelo de criança e hoje traz os
filhos para cortar aqui. Gente que mora em outros bairros, mas
que continua vindo aqui, porque são amigos”, contam.
E, por falar em amizade, os dois irmãos dão a dica para se
conseguir manter um relacionamento tranquilo durante tanto
tempo.“Tem de ter respeito um pelo outro. Não há brigas, mas
quando aparecem os desentendimentos, a gente sempre chega
a um acordo”, contam.
Parece que a receita funciona de modo geral, porque
dizem que nunca tiveram qualquer problema com os vizinhos.
Mas aí entra um ingrediente especial: ser discreto.“As pessoas
vêm com problemas, a gente escuta e morre aqui. O que nos
contam aqui morre aqui, ninguém mais sabe”, dizem.
Como se não bastasse, de vez em quando ainda sobra um
presente para os fregueses: quando o movimento é menor, um
deles pega a viola e canta uma moda para alegrar o ambiente.
Um corte e
uma moda de
viola para os
fregueses
Há 30 anos, Fernando e Zezinho
cortam cabelo e encantam os
fregueses com sertanejo de raiz
minhahistória
MASTRANGELO REINO / A CIDADE
7. 7A CIDADESÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
fÀ FRENTE, RIO GRANDE (FERNANDO) ETAQUARI (ZEZINHO) NO SALÃO DA AVENIDA DOM PEDRO I
ACORDES
DO SERTÃO
A música está no sangue deles. Fernando aprendeu a tocar
pequeno, Zezinho foi um pouco mais tarde. Mas, há uns dez
anos resolveram transformar o amor pela música sertaneja em
uma parceria.Aos fins de semana, para os amigos, deixam de
ser Fernando e Zezinho para se transformarem em Rio Grande
e Taquari.
“É um hobby, uma forma de a gente relaxar.A gente toca
para os amigos, aos fins de semana, em churrascos, mas sem-
pre por amizade”, conta Fernando.
O amor pelo modão de raiz já começa no salão.Ao entrar,
um aparelho de som portátil toca - inevitavelmente - música
sertaneja. Mas não é qualquer música sertaneja.
“Aqui é modão de raiz, Pena Branca e Xavantinho,Tião
Carreiro e Pardinho, música da terra”, conta Fernando.“Nada
contra o que o pessoal chama de música sertaneja que toca
nas rádios, mas deviam chamar de música universitária. Música
sertaneja tem de falar de sertão.Tem coisa boa, sim, mas não
dá para dizer que é sertanejo”, completa.
E, no amor pelo modão, o próprio salão às vezes se
transforma em palco para os fregueses/clientes/amigos/público.
“De vez em quando, quando as coisas aqui no salão estão mais
tranquilas, a gente acaba tocando umas modinhas para passar
o tempo”, contam.
Fernando e
Zezinho? Não,
eles são Rio
Grande e Taquari
Irmãos transformam o amor pelo
modão de raiz em dupla sertaneja
minhahistória
MASTRANGELO REINO / A CIDADE
8. 8 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
CULTURA
LOCALUM
L
fSANDRA FUMAGALLI, COORDENADORA DO CENTRO CULTURAL CAMPOS ELÍSEOS
QUE RESPIRA
CEEENTRO
EXISTTTE HÁ
QUAAASE 20
ANOS
Um dos locais de convívio social mais
conhecidos da região Norte é o Centro
Cultural Campos Elíseos. Criado há quase
duas décadas, ele tem se tornado uma
referência de cultura e lazer em uma área
da cidade onde esse tipo de oferta é rara.
Entre as atividades desenvolvidas no
lugar estão ballet, música, teatro e artes
plásticas. (Veja, abaixo, uma relação de
cursos que serão oferecidos pelo Centro
neste semestre).
Quem conhece bem essa história de
perto é a coordenadora Sílvia Fumagalli,
que está no Centro há 16 anos, quase
desde a sua fundação.“Isso aqui é a
minha menina dos olhos. Depois de tanto
tempo, a gente acaba criando uma rela-
ção de amor muito grande com o lugar”,
conta.
Essa relação começou literalmente
do zero. Quando ela veio para o Cen-
tro, ainda em outra função, era a única
funcionária do local. Praticamente não
havia móveis ou a estrutura que existe
atualmente. Era um prédio enorme, vazio,
à espera de ser ocupado.
“Eu me lembro que no primeiro dia
em que cheguei, não havia nada. Era só
tijolo e cimento, precisando urgentemente
de uma faxina. Foi o que fiz”, conta.
Essa foi a primeira de muitas histó-
rias de Silvia Fumagalli no Centro. Nessa
década e meia, há casos de pessoas que
frequentavam o Centro desde o início,
ainda crianças, e hoje levam os filhos
para participar de algum tipo de oficina
cultural. Ou, ainda, de alunos que passa-
ram por ali e que hoje são músicos e têm
carreiras sólidas construídas no exterior.
Um dos momentos que ainda emo-
ciona Sandra aconteceu na primeira parte
da década de 2000, quando o lugar era
uma verdadeira fábrica de cultura.
O responsável por isso, segundo
Sandra, foi um verdadeiro exército de vo-
luntários, que conseguiram envolver mais
de 400 crianças em diversas atividades
culturais.
“Foi um período importante da
nossa história aqui dentro”, conta.“Com
certeza, teremos outros tão importantes
quanto esse pela frente”, completa.
OUTRAS ALTERNATIVAS
Na região Norte, além do Centro Cul-
tural Campos Elíseos, outros locais interes-
santes para se beber da fonte da cultura
são o Centro Cultural Vila Tecnológica e o
Centro Cultural do Quintino Facci II.
Com a unificação dos centros
culturais, ocorrida há cerca de um mês,
as programações entre esses locais serão
compartilhadas. Os endereços dos dois
centros culturais estão abaixo.
As muitas histórias
de Silvia e o Centro
Cultural Campos Elíseos
Atual coordenadora trabalha há 16 anos no local,
um dos principais pontos de cultura da região
meulugar
F.L.PITON / A CIDADE
CENTRO CULTURAL
CAMPOS ELÍSEOS
INSCRIÇÕES DIRETAMENTE
COM OS PROFESSORES NO
DIA E HORÁRIO DAS AULAS
MAIS INFORMAÇÕES E-MAIL
palace@cultura.pmrp.com.br
DANÇA
Dança doVentre
(Folclore Árabe)
Professora – Natalia
Fernandes B. Lopes
Proporcionar meios que
levem as alunas ao desenvol-
vimento de suas capacitardes
corporais, proporcionando
dessa forma o auto conhe-
cimento.
Dia: Segundas
Horário: das 19h30 às
20h30
Sala: Sala de dança - Térreo
Valor: R$ 30,00 mensal
Idade: a partir de 14 anos
Dança Circular dos
Povos
Professor- Cláudio Delfini
São danças, no geral muito
simples, que trabalham com
coreografias e músicas
étnicas, folclóricas e/ou
contemporâneas, identifi-
cando a simbologia de cada
movimento.
Dia: Quartas
Horário: das 20h às 21h30
Sala: Sala Primeiro andar
Valor: R$ 30,00 mensal
Idade: adulta
MÚSICA
Violão
Professor – Leandro Queiroz
Tem como objetivo o ensino
da música para crianças de 6
a 12 anos, abordando o tema
de uma forma mais lúdica,
com a utilização de jogos e
brincadeiras.
Dia: terças
Horário: das 16h às 17h
Sala: Sala de Música
Valor: R$ 30,00 mensal
Idade: crianças de 06 a
12 anos
Musicalização
Professor – Leandro Queiroz
Ensino da música para crian-
ças de 6 a 12 anos, abor-
dando o tema de uma forma
mais lúdica, com a utilização
de jogos e brincadeiras.
Dia: terças
Horário: das 15h às 16h
Sala: Sala de Oficinas –
Primeiro Pavimento
Valor: R$ 30,00 mensal
Idade: de 06 a 12 anos
Violão
Professor – Paulo Kelson
Dia: Quintas
Horário: das 9h às 10h e
das 10h às 11h
Sala: Sala de Música
Valor: R$ 30,00 mensal
Idade: a partir de 07 anos
Violão
Professora – Sirlene Alves
Dia: Segundas
Horário: das 9h 21h (agen-
dar horário diretamente com
a professora)
Sala: Sala de Música
Valor: R$ 30,00 mensal
Idade: a partir de 07 anos
DESENHO
A mão livre
Professora – Joyce Souza
Desenho artístico – A
proposta da oficina e acolher
um público jovem e incentivar
o talento daqueles que não
teriam oportunidades de
desenvolver suas habilidades
artísticas.Através do desenho
trabalharemos a imagem e
suas formas de representação
Dia:Terças
Horário: das 9h às 11h
Sala: Sala de Oficinas -
Térreo
Valor: R$ 30,00 mensal
Idade: a partir de 09 anos
ARTES PLÁSTICAS
Pintura a Óleo
Professor – Mario Jorge
Jordão
Aulas individuais de Pintura
sobre tela.
Dia: Quintas
Horário: das 10h às
17h (o horário deve ser
agendado diretamente com a
professora)
Sala: Térreo
Valor: R$ 30,00 mensal
Idade: a partir de 10 anos
ARTESANATO
Recursos lúdicos a
partir de materiais
recicláveis
Professora – Tania de Lima
Francisco ( Tania Zem)
Apenas o conhecimento
técnico-teórico não basta.
A importância do lúdico na
prática pedagógica durante
a confecção de objetos com
materiais recicláveis visam
aflorar aptidões, às vezes,
inertes na faixa etária especí-
fica e com o uso da temática
adequada pode abordar
o conteúdo de maneira
mais criativa e concretizar a
aprendizagem de forma mais
prazerosa.
Dia: Segundas
Horário: 10h às 12h
Sala: Sala Térreo
Valor: R$ 30,00 mensal
Idade: a partir de 07 anos
YOGA
Hatha YogaTradicional
para todos
Professora – Ivete Alves
de Lima
Sistema que integra posturas
psicofísicas, intenso trabalho
respiratório, relaxamento
consciente e técnicas de
meditação.
Dia:Terças
Horário: Ver o melhor
horário
Sala: Sala - Térreo
Valor: R$ 30,00 mensal
Idade: a partir de 16 anos
MEIO AMBIENTE
Arvores nossasAmigas
– aulas quinzenais
Professores - Adriana Rizzo
e Caco Corrêa Neves
Objetivos: incentivar a
aproximação do homem com
o meio ambiente estimulando
uma proposta de vida mais
saudável resgatando o prazer
pelo contato com a natureza,
Dia: quintas
Horário: das 16h às 17h30
Sala: Sala de Oficinas –
Térreo
Valor: R$ 30,00 mensal
Idade: a partir de 16 anos
MAIS
INFORMAÇÕES:
CENTRO
CULTURAL VILA
TECNOLÓGICA
Rua das Tecnologias s/nº
Jardim Alexandre Balbo
Fone: 3639-0490
CENTRO CULTURAL
QUINTINO FACCI II
Rua Ernesto Petersen, 36
Fone: 3638-2444
CENTRO CULTURAL
CAMPOS ELÍSEOS
Rua Capitão Salomão, 250
Telefone: 16 3635 5667
9. 9A CIDADESÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
meuguia
UBDS QUINTINO FACCI II
Rua Bruno Pelicani, 70
Telefones: 3974-8007 / 3974-
8009
UBS JARDIM AEROPORTO
Estrada Antônia Mugnato
Marinceck, 994
Telefone: 3626-7964
UBS MARINCEK
Rua Roberto Michellin, s/nº
Telefone: 3976-3030
UBS QUINTINO FACCI I
Rua César Montagnana, 35
Telefone: 3626-5588
UBS COMPLEXO RIBEIRÃO
VERDE
Rua João Toniolli, 3.461
Telefone: 3996-2100
UBS SIMIONI
Rua Antônio Augusto Carvalho,
672
Telefone: 3638-0015
UBS VILA MARIANA
Rua Ribeirão Preto, 1.070
Telefone: 3626-7400
UBS VALENTINA FIGUEIREDO
Rua Francisco Henrique Lino da
Rocha, 26
Telefone: 3976-3004
USF AVELINO ALVES PALMA
Rua Virgílio Antônio Simionato,
315
Telefone: 3638-2228
USF ESTAÇÃO DO ALTO
Rua João Delibo, 811
Telefone: 3638-2289
USF GERALDO CORREA DE
CARVALHO
Rua Jovino Campos, 40
Telefone: 3976-7101
USF JARDIM HEITOR RIGON
Av. Maestro Alfredo Pires, 391
Telefone: 3934-6403
PROTEÇÃO SOCIAL
BÁSICA
Ipiranga
Rua André Rebouças,
1.390
Responsável: Maria
Emília Fernandes da
Silva
Presidente Dutra
Rua Ângelo Romano,
186
Responsável: Jacira
Maria Coutinho
Casas de Betania
Rua André Rebouças,
1.390
Responsável:Ana
Lúcia Teixeira Goes
Vila Tecnológica
Rua Antônio Carlos
Pinho Santana, casa 5
Telefone: 3975-6714
Responsável: Joana
Sabino Vieira Semprini
CAIC
Rua Antônio Fornielles,
248
Telefone: 3639-0555
Responsável: Joana
Sabino Vieira Semprini
Silvia Maluf
Rua Eduardo Martins
Neto, s/nº
Telefone: 3626-7319
Responsável: Maristela
Silvino Franco
Valentina Figuei-
redo
Rua Francisco Henrique
Lino da Rocha, 107
Telefone: 3615-4820
Responsável: Maria
Lúcia Lima Jordão
Cynira Saud Said
Rua Pedro Colino, 271
Responsável: Izalete
Candida Neves
Vila Albertina
Rua Rio Xingu, 495
Responsável: Heloisa
Helena Zaccao
Adelino Simioni
Rua Geraldo Euclydes
de Figueiredo, 278
Responsável: Maira
Capato
Vila Mariana
Rua Itu, 1.120
Responsável: Irene
Fernandes da Silva
Melo
Eugênio Mendes
Lopes
Av. Ivo Pareschi, 1.270
Telefone: 3975-1700
Responsável: Ursulina
Caramori Guerra
Pinheiros
Antônio Marincek
Rua Roberto Michellin,
95
Responsável: Maria
Lúcia Lima Jordão
Campos Elíseos
Rua Silveira Martins,
1.296
Responsável: Renata
dos Santos Avila
Avelino Alves
Palma
Rua Virgílio Antônio
Simionato, 315
Responsável: Márcia
Regina Chiorato
CENTRO COMUNITÁRIO
•Avenida Brasil,444 -Vila Elisa
• Rua Capitão Salomão,2.277 -
Campos Elíseos
•Avenida João Bim,870 -Vila
Tamandaré
•Avenida da Saudade,s/nº - Cam-
pos Elíseos
•Avenida Octavio Golfeto,s/nº -
Jardim José Sampaio Junior
• RuaAntônio da Costa Lima,556 -
Quintino Facci I
•Avenida da Saudade,1.311 -
Campos Elíseos
•Avenida da Saudade,1.227 -
Campos Elíseos
• Rua Doutor Demétrio Chaguri,
1.183 - Quintino Facci II
•Avenida Coronel Quito Junqueira,
s/nº - Campos Elíseos
• Rua Manoel Cassiano Machado,
s/nº - Quintino Facci II
• Rua Carlos Chagas,766 - Jardim
Mosteiro
•Avenida Magid SimãoTrad,s/nº -
Adelino Simioni
CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS
UNIDADES DE SAÚDE
10. 10 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
A pequena Lívia é o (grande) milagre
da vida de Aurelenir e Antônio
Lívia chegou no dia 6 de janeiro,
Dia de Reis para os católicos. Para os
pais,Aurelenir Soares Martins eAntônio
Roberto Figueira Jr., a menina foi um
milagre.
“Em 2013 tive a MariaVitória, que
nasceu com Síndrome de Edwards, que
não é compatível com a vida, e não
sobreviveu”.Aurelenir conta que, nesse
momento, seu mundo desabou.“Entrei
em depressão, os médicos do Hospital
das Clínicas diziam que era genético e
que caso eu engravidasse, meu outro
bebê também teria algum problema”.
Por isso, uma nova gravidez estava
descartada. Quando entrou de férias
viajou com o marido para o Maranhão.
“Fui descansar na casa da minha mãe e
dois meses depois comecei a passar mal
e fui ao médico”.
Sem esperanças,Aurelenir já havia
desistido de ter sua tão sonhada meni-
na, quando descobriu que estava grá-
vida no ano passado.“No começo foi
um misto de alegria e medo. Só fiquei
mais calma depois do primeiro trimestre
quando realizamos todos os exames”.
Para ela o período da gravidez foi
de ansiedade e oração, até Lívia nascer.
“Realizamos todos os exames assim
que ela nasceu e ela é perfeita. Me tirou
da depressão, ela é meu milagre”.
A criança é uma surpresa até para
os médicos, que desacreditavam da boa
saúde da pequena.“A médica da Lívia
é a mesma que me acompanhou com
a MariaVitória e ela mesma falou que
minha bebê era uma benção de Deus.
Me aconselhou até a levá-la ao HC para
mostrar como ela é perfeita”.
vida nova
O dia em que o samba e a cultura
de Ribeirão Preto ficaram de luto
A região Norte e a cultura de Ribeirão
Preto estão de luto. Uma das figuras mais
importantes do Carnaval da cidade morreu
no dia 19 de abril, uma terça-feira, aos 87
anos. João Bento da Silva, mais conhecido
como “Seu Santo”, era o presidente
do Grêmio Recreativo Escola de Samba
Bambas, a mais antiga de Ribeirão Preto.
Aliás, em diversas entrevistas, Seu
Santo dizia que Os Bambas era a escola de
samba mais antiga do Brasil. Ele garantia
que a agremiação havia sido criada em
1927, um ano antes da Estação Primeira
de Mangueira, considerada oficialmente a
pioneira no país.
Seu Santo estava internado há dois
meses com sérios problemas de saúde e
morreu por falência múltipla dos órgãos.
Carismático, e um dos maiores
defensores dos desfiles de rua e da
cultura negra na cidade, foi um mestre e
conselheiro de gerações de carnavalescos
na cidade.
Crítico da administração atual,
lamentava o fato de a Prefeitura ter
cancelado os desfiles das escolas de
samba nos últimos dois anos.“Ele estava
muito triste com essa situação, mas
sempre propunha ações e participava dos
debates”, comenta Renata.
Entre os lugares que frequentava
estava o Centro Cultural Campos Elíseos
(ver matéria na página 8).“Parece até
que estou vendo ele chegando aqui,
com aquele sorrisinho no rosto e falando
‘Sandra, vamos tomar um cafezinho?”,
conta Sandra Fumagalli, coordenadora do
local.“Era uma pessoa que vai fazer muita
falta, não só para o Carnaval de Ribeirão
Preto, mas para a cultura, em geral”, disse.
memória
WEBER SIAN / A CIDADE
MATHEUS URENHA / A CIDADE - 13.DEZ.2011
11. 11A CIDADESÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
zoomzonanorte
CENAS URBANAS
Em meio à correria do dia a dia, ainda é possível encontrar
lugares que remetem a paz e tranquilidade. Na região Norte isso
não é diferente, conforme mostram as fotos de F. L. Piton.
ÁÁÁrvores esquisitasNa região Norte há o ipê como o da
qf
qo
qto acima, mas também
umas árvores esquisitas, de poucos galhos, mas bem altas. Minimalistas.
Pássaro de verdadeUm casal de pássaros observa o almoço tranquilo de um cavalo
eem uma das raras áreas verdes da região Norte. Será que vai sobrar?
Pássaro de mentiraA região Norte tem pasto para pássaro de verdade, mas também
tem um local de encontro de muitos pássaros de mentira, de ferro e aço.
ÁÁÁrvore lindaVer um ipê em flor é sempre um espetáculo
impressionante, em qualquer época do ano.
FOTOS F.L.PITON / A CIDADE
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12. 12 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
minhabronca
Terreno na Vila Brasil é usado
para descarte irregular de lixo
O descaso público na avenida Marechal Costa e Silva tem irritado os comerciantes daquela região,
que convivem com o mau cheiro e outros problemas decorrentes do acúmulo de entulho
Quem passa pela avenida Marechal
Costa e Silva, na Vila Brasil, zona Norte
de Ribeirão Preto, se espanta com a si-
tuação de um terreno baldio coberto de
lixo. E, se não fosse suficiente, o proble-
ma ainda se estende para a calçada e o
córrego Tanquinho, que margeia a via.
Por lá, o cenário muito semelhante a
um lixão tem irritado os comerciantes do
entorno, que apontam mais um agravan-
te para o foco de poluição: o descaso.
De acordo com Agnaldo Garcia, que
trabalha perto do “novo lixão”, a última
limpeza feita pela prefeitura no local foi
há mais de dois anos. Já a rotina dos
moradores de rua, que usam o terreno
como descarte irregular de entulho, dura
mais de uma década. “Esse é um trecho
conhecido pelos andarilhos que, além de
tudo, ainda colocam fogo à noite.Virou
uma bagunça”, destaca o empresário.
Israel dos Santos, que trabalha reco-
lhendo lixo reciclável, tem uma opinião
diferente. “Se existisse um lugar próprio
para a gente jogar os nossos materiais,
não precisaríamos usar esse mato.Tem
muitos moradores que jogam lixo aqui e
ainda reclamam dos que moram na rua,
como eu”, afirma.
CHUVA
Quando as águas caem, é outro
problema.Agnaldo Garcia diz que,
além da grande quantidade de entulho
acumulado no terreno e na calçada – o
que dificulta ainda mais a passagem
de pedestres –, as enchentes são um
problema com o qual os munícipes
convivem há muito tempo.
“Aqui não tem canalização da água
pluvial. Os bueiros são todos entupidos,
porque lixo é o que não falta”, diz. Uma
penalidade grave e, até então, sem espe-
ranças de ser resolvida para os comer-
ciantes da região e suas mercadorias.
fQUANTIDADE DE LIXO É UM PROBLEMA PARA OS MUNÍCIPES E PARA O CÓRREGO TANQUINHO
De acordo a assessoria de
imprensa da Prefeitura de Ribeirão
Preto, equipes da Coordenadoria
de Limpeza Urbana limpam perio-
dicamente o local. No entanto, a
administração municipal esclarece
que o local é um ponto de descarte
irregular de lixo e entulho e que a
sujeira é constantemente depositada
pelos próprios moradores e morado-
res de rua. No entanto, os serviços
já foram colocados na programação
e serão executados, no máximo, nas
próximas duas semanas.
A Coordenadoria de Limpeza
Urbana é o órgão responsável por
demandas como a do terreno baldio
da avenida Marechal Costa e Silva.
Limpeza do
terreno já tem
data marcada
OUTRO LADO
“Eu sempre morei na rua e
recolhi lixo reciclável, que é meu
trabalho, meu ganha-pão. Se
existisse um lugar próprio para
descartar o que não vou vender,
seria ótimo. Mas não tem e, por
isso, jogo o meu lixo aqui”.
ISRAEL DOS SANTOS
Catador de lixo reciclável
“Se não fosse algo tão ruim,
já teríamos até acostumado com
a situação, porque são mais de 10
anos convivendo com essa sujeira.
Tem mau cheiro, risco de aparecer
bichos perigosos e uma localiza-
ção horrível para o comércio”.
AGNALDO GARCIA
Comerciante
LOCAL DE DESCARTE IRREGULAR DE LIXO ATRAPALHA TODO MUNDO
FOTOS F.L.PITON / A CIDADE
PROMESSA
ANTIGA A existência de um local de descarte de lixo como o da
avenida Marechal Costa e Silva revela descaso da Prefeitura com
a limpeza pública, mas também o desrespeito de moradores e
moradores de rua com a cidade onde vivem.
CULPA COLETIVA
13. 13A CIDADESÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
Passar pela rua Martim Afonso de Souza tem
exigido bastante atenção dos motoristas: um
imenso buraco se abriu entre as ruas Japurá e
Tapajós e já causou acidentes.
No encontro da rua Rio Claro com a avenida
Brasil, buracos têm complicado a vida de motoristas.
Uma das mais movimentadas da zona Norte, a
avenida tem grande fluxo de veículos pesados.
Prometido como praça, um terreno na rua
Jaboatão está há mais de 20 anos juntando
lixo e entulho na Vila Albertina. Por lá, o maior
medo dos moradores são os possíveis focos
de dengue que a área pode abrigar.
A quantidade de buracos no asfalto da
avenida Lafayete Costa Couto, tem sido um desafio
para os motoristas. Há pouco tempo os moradores
pintaram as crateras para tentar sinalizar, mas
ainda assim é difícil evitar sustos ou acidentes.
Perigo no caminho
Cruzamento proibido
Era uma vez a praça
Desvio de risco
FALTA RESOLVER
FALTA RESOLVER FALTA RESOLVER
FALTA RESOLVER
minhabronca
No Ipiranga, inúmeras ruas foram recapeadas
recentemente. Pelo bairro o problema de buracos no asfalto
sempre foi motivo de dor de cabeça para os moradores.
Novo em folha
FOTOS F.L.PITON / A CIDADE
RESOLVIDO
156O Serviço de Atendimento ao
Munícipe (SAM) é o ponto de
partida para os muncícipes
que queiram informar a
existência de buracos ou
outras irregularidade nas ruas
de Riberão Preto
14. 14 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
zonanorte COMIDAS
CULTURA
CURTIÇÃO
VIA É DAS MAIS
IMPORTANTES
DA REGIÃO
O nome da rua é homena-
gem ao estado nordestino
e é palavra de origem tupi,
que significa “trecho de rio
que não pode ser navega-
do”.
IGREJA
A Santo Antônio de Pádua foi
fundada em 1947 e tem como
característica principal a abadia
e os vitrais que contam a história
do padroeiro. A Igreja ainda
abriga uma das poucas ordens de
monges Beneditinos Olivetanos
existentes no mundo.
CARTÓRIO
O 3º Registro Civil das Pessoas Naturais foi
criado em 1966 e, desde então, atende ao
município, registrando nascimentos, casamentos
e também óbitos. O cartório tem um arquivo
digital de todas as certidões emitidas desde sua
fundação.
Uma das principais
vias da região Norte, a
rua Paraíba é uma reta de
cerca de 1,5 mil metros
que tem início na avenida
Francisco Junqueira. É
um local conhecido pelo
pequeno comércio, mas
bastante tradicional, como
oficinas mecânicas, lojas de
móveis e muitos escritórios
de serviços.
Av.Cav.PaschoalInecchi
audade
Anel Viário Norte
Anel Viário Sul
Av. Bandeirantes
Av.D.PedroI
RodoviaAntonioMachadoSant’Anna
Av. Dr. Oscar de
Moura Lacerda
Av.Francisco
Junqueira
Av.Mal.CostaeSilva
Av. Pres. Castelo Branco
Av. Treze de Maio
Av.MaurílioBiagi
Av. Costábile Romano
Av. Pio XII Av. Nove
de Julho
Av. Caramuru
Av.Independência
areugnahnA.doR
Av.Pres.Vargas
CETREM
A Cetrem (Cen-
tral de Triagem e
Encaminhamento ao
Migrante/Itinerante
e Morador de Rua)
atende pessoas em
situação de vulnera-
bilidade ou exclusão
social, oferecendo
a elas acolhimento
temporário.
RUA
PARAÍBA
bardonei29@gmail.com | Bar do Nei
Rua Conde de Irajá, 235 - Ribeirão Preto/Sp
16 3610-5891 | 3632-9280
AvenidaSa
15. 15A CIDADESÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
minhareceita
O QUE VOCÊ ACHA DE UM NHOQUE
DE CABOTIÁ NESTE FIM DE SEMANA?
INGREDIENTES
• 1 abóbora cabotiá (pequena/média),
preferencialmente bem madura.
• 2 ovos
• 2 colheres de sopa de margarina
• 3 colheres de queijo parmesão ralado
• Farinha de trigo o suficiente para dar
o ponto de pingar.
• Sal a gosto.
MODO DE PREPARO
Dividir a abóbora ao meio e
retirar as sementes. Cozinhar com
casca.
Quando estiver bem cozida,
raspar a polpa da abóbora com
uma colher em um recipiente e
acrescentar todos os ingredientes.
A quantidade de farinha
necessária é para que a massa fique
consistente a ponto de pingar na
água fervendo e não desmanchar o
nhoque.A quantidade varia de uma
receita para outra, pois abóboras
mais maduras necessitam de menos
farinha para dar o ponto.
Para acompanhar, uma boa
alternativa sugerida pela Helena é
o molho à bolonhesa, mas também
pode-se utilizar ao sugo, branco ou
com pesto.
Prato é fácil de fazer, tem ingredientes baratos e serve um montão de gente
É só falar o nome de Helena Costa
para os amigos e um sorriso inevitável
surge nos rostos. O motivo, além da sim-
patia pessoal dessa funcionária pública
de 47 anos, são os pratos que ela faz.
“Quer me ver feliz é me pôr cozi-
nhando para os amigos.Adoro receber as
pessoas em casa, conversar e dividir uma
boa refeição”, conta.
O gosto por cozinhar começou cedo.
“Com 4 ou 5 anos eu punha uma cadeira
perto do fogão para ver a minha mãe co-
zinhando e ela foi me ensinando algumas
coisinhas”, conta.
O nhoque desta receita é um exem-
plo disso: quem lhe ensinou foi a mãe
que, por sua vez, aprendeu a receita com
uma vizinha.
PIZZA
Apesar do nhoque que deixa todo
mundo de queixo caído e com água na
boca, Helena garante que o seu forte é
mesmo a pizza.
“Faço pizza de acordo com o gosto
do freguês, com diversos sabores e com
as massas de diversos tamanhos. Pode ser
fininha ou mais grossa, mas dizem que o
resultado final costuma ser bom”, diz.
Deve ser mesmo, porque durante um
período ela passou a vender as pizzas
que fazia em casa. O acúmulo de trabalho
e o aumento dos pedidos fez com que ela
desistisse, por cansaço.“Teve um tempo
até que ganhei dinheiro com isso. O ne-
gócio começou a crescer e cheguei a fazer
cinquenta pizzas por noite. Era muito
cansativo e não conseguia conciliar com o
meu trabalho no HC e resolvi parar”, diz.
Além das pizzas, outras maravilhas
que ela faz são os caldos - especialmente
quando está mais friozinho - e os boli-
nhos de arroz, cada vez mais famosos.
“Ah, com eles eu vivo lançando
moda.Tem de parmesão, calabresa,
requeijão, já fiz até com carne de porco,
fica bom”, revela. Quem provou jura que
é verdade.
fAO LADO, O NHOQUE DE CABOTIÁ,
ACOMPANHADO DE MOLHO À BOLONHESA;
ABAIXO, RENATA COM A OBRA DE ARTE
6 PORÇÕES
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FOTOS MATHEUS URENHA / A CIDADE