1) O documento apresenta histórias de pessoas e lugares do Centro de Ribeirão Preto, incluindo um homem de 86 anos que frequenta a biblioteca semanalmente e um menino de 13 anos que vende cocadas para financiar sua carreira musical.
2) A reportagem também conta a história de um artista de rua de 56 anos que agora trabalha como estátua viva no Calçadão, onde entretém os visitantes com mensagens e presentes.
3) Além disso, o texto descreve os planos de um garoto de 13 anos para lan
1. SUPLEMENTOEXCLUSIVODOJORNALACIDADE
CENTROCENTRO
MEUBAIRRO
A CIDADE
SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
UMA VIDA
TRANSFORMADA
PELOS LIVROS
AOS 86 ANOS, OMAR BARBOSA VAI TODAS
AS SEMANAS À BIBLIOTECA ALTINO ARANTES
MINHA
HISTÓRIA
MEU
LUGAR
MINHA
BRONCA
GAROTO CANTOR VENDE
COCADAS PARA GRAVAR CD
O MANDARIM
DO CALÇADÃO
BURACOS ATRAPALHAM NA
RUA MARIANA JUNQUEIRA
no
MILENA AUREA / A CIDADE
2. 2 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
As muitas histórias
de um lugar único
O Centro é um lugar especial em qualquer cidade e, em Ribeirão
Preto não é diferente. É no Centro que se encontra a alma da cidade, as
suas origens, as suas referências históricas e, claro, personagens que o
tornam um local único.
Esta edição do A Cidade no Meu Bairro fala do Centro de Ribeirão
Preto e de pessoas fantásticas que você pode encontrar ao passar por
lá. São pessoas como Omar Garcia Barbosa, que fez da Biblioteca Altino
Arantes uma extensão da sua casa.Aliás, a própria biblioteca, em si, já é
um pedaço interessante da história de Ribeirão Preto.
Nesta edição mostramos também a história de um menino de 13
anos que tem um sonho e, todos os dias, está no Centro para realizá-lo.
Quer saber qual é? Nas páginas 6 e 7 contamos tudo. E, no resto do
caderno, mostramos porque o Centro de Ribeirão é, antes de mais nada,
um lugar único. Boa leitura!
NOSSA OPINIÃO
tá bom
MELHORIAS NA NOVE
A Coordenadoria de Limpeza
Urbana podou e recolheu os galhos
das árvores da avenida Nove de
Julho. Além disso, o canteiro cen-
tral recebeu manutenção e plantio,
dando uma nova aparência à via.
tá ruim
ASFALTO DANIFICADO
A rua Barão do Amazonas está
com o asfalto danificado em diver-
sos pontos. Próximo ao cruzamen-
to com a rua São Sebastião, moto-
ristas e pedestres têm que desviar
dos buracos para evitar acidentes.
tá indo
OBRA FAZ ANIVERSÁRIO
A obra do Calçadão completa
hoje quatro anos e está na fase de
retirada dos postes.Primeiro,serão
retirados 14 dos 50.O projeto prevê
fiação subterrânea em todo o trecho
que compreende a revitalização.
FOTOSF.L.PITON/ACIDADE
EDIÇÃO
José Manuel Lourenço
e Angelo Davanço
REPORTAGEM
Jacqueline Pioli
EDITOR DE ARTE
Daniel Torrieri
EDIÇÃO DE FOTOGRAFIA
Mariana Martins
TRATAMENTO DE IMAGENS
Francielly Flamarini
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Antonio Carlos Coutinho Nogueira
José Bonifácio Coutinho Nogueira Filho
André Coutinho Nogueira
José Bonifácio Coutinho Nogueira Neto
Marcos Frateschi
Fernando Corrêa da Silva
GERENTE DE PUBLICIDADE
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JORNAL DO GRUPO
A CIDADEDESDE 1905
MEUBAIRRO
A CIDADE no
DIRETOR DE JORNAIS
E MÍDIAS DIGITAIS
Josué Suzuki
EDITOR-CHEFE
Thiago Roque
CENTRO
NESTA EDIÇÃO
ZONA LESTE
PRÓXIMA EDIÇÃO
3. 3A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
meulugar
CALÇADÃO
DE RIBEIRÃO
ARTE DEA
RUA NO
TRABALHO DO ARTISTA
IMPRESSIONA O PÚBLICO
Após rodar o mundo, Eduardo
Martins de Souza, 56, se
transforma em estátua três vezes
por semana no Centro da cidade
F.L.PITON / A CIDADE
riberfestas@riberfestas.com.br / www.riberfestas.com.br
Av. Antonio e Helena Zerrenner, 555 - Ribeirão Preto - SP
Telefone: 3633 1868 - 3633 3629
ARTIGOS PARA FESTAS
EMBALAGENS E DESCARTÁVEIS
Linha completa para festas:
Doces, Chocolates, Artigos para cestas
MELHOR PREÇO DA REGIÃO
ATENDIMENTO PERSONALIZADO
FÁCIL ESTACIONAMENTO
CURSOS
VARIADOS
ATACADO
E VAREJO
4. 4 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
ESTÁTUA?
É OU NÃO É
UMA
O
CHINÊS
DO
CALÇADÃO
meulugar
fFANTASIA DE MANDARIM FOI
CONFECCIONADA POR EDUARDO MARTINS DE
SOUZA, QUE DESDE OS 20 ANOS TRABALHA
COMO ARTISTA DE RUA; HÁ DOIS MESES, ELE
RESOLVEU SER UMA ESTÁTUA VIVA
F.L.PITON / A CIDADE
5. 5A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
“Tive paralisia infantil aos oito meses
de idade e perdi o movimento da perna
esquerda. Mas, isso nunca me fez ficar
parado. Pelo contrário, foi um incentivo.
Sou artista de rua desde os 20 anos. Já
mostrei meu trabalho e distribuí exemplos
por esse mundão afora.
Nasci em Ribeirão Preto e comecei a
trabalhar fazendo bicos com 14 anos.Aos
20, surgiu a ideia de ser artista de rua.
Precisava ganhar dinheiro. Então, comecei
a fazer embaixadinhas com as muletas.
Fazendo isso, rodei o Brasil,América do
Sul e até Europa. Conheci Inglaterra, Áus-
tria, Luxemburgo, França,Alemanha, Suíça
e Itália. Fui no peito e na raça.
Fiz um curso básico de inglês aqui
e lá fui me aperfeiçoando. Hoje, falo um
pouco de alemão, italiano e francês, o
necessário para me comunicar. Só erro um
pouco no português. Fiquei quase 15 anos
fora do Brasil indo e voltando e há sete
anos voltei de vez.
Há pouco tempo, estava trabalhando
como porteiro aqui em Ribeirão. Mas,
houve redução do número de funcionários
e acabei voltando para a rua de novo. Faz
dois meses que resolvi trabalhar como
estátua viva no Calçadão.
Eu queria fazer algo diferente. Não
queria ser apenas uma estátua. Queria
que as pessoas tivessem curiosidade e a
surpresa. Por isso, sou uma estátua que
entrega mensagens de autoajuda e um
presentinho.
Eu mesmo fiz a fantasia de man-
darim.Vou adaptando de acordo com a
minha acessibilidade. Estou fazendo outro
tipo de cadeira, mais confortável e que
eu tenha apoio. Esse assento que uso era
um criado mudo que achei. Fiz uns efeitos
especiais com espuma, purpurina, plástico
e pano.
A concentração é técnica. Eu trabalho
o lado psicológico para deixar o povo na
dúvida se sou uma estátua ou não.Tem
gente que tenta me assustar, me dá beijo
na boca, me abraça, tira foto, uns me
chamam de capeta, outros de Deus.
Ser artista de rua sempre foi o meu
caminho e o calçadão de Ribeirão é o
lugar certo para esse trabalho.Aqui tenho
espaço e aglomeração de pessoas”.
fEDUARDO MARTINS DE SOUZA, 56 ANOS,
TRABALHA COMO ESTÁTUA VIVA NA RUA GENERAL
OSÓRIO, CALÇADÃO DE RIBEIRÃO PRETO.
Aos 20 anos, ele começou
fazendo embaixadinhas
com muletas e hoje é
‘estátua’ no Calçadão
Como artista, o ribeirão-pretano Eduardo
Martins de Souza já conheceu o mundo
F.L.PITON / A CIDADE
ACidadeON.com/ribeirao
Acesse o site e confira a transformação
de Eduardo de Souza em uma estátua
viva de mandarim
6. 6 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
CARREIRA
DE CANTOR
MENINO
fRODRIGO JUNIOR, 13 ANOS,VENDE COCADAS HÁ TRÊS ANOS NA RUA SALDANHA MARINHO
SONHA COM
DOM
MUSICAL
É DE
FAMÍLIA
Vendendo cocadas no Centro de Ribeirão Preto,Rodrigo Junior,
13,está prestes a realizar o sonho de lançar o seu primeiro CD.O
garoto canta desde os quatro anos de idade,aprendeu a tocar vio-
lão sozinho e,desde que chegou em Ribeirão,há três anos,decidiu
vender doces na rua para juntar dinheiro e começar a construir a
carreira profissional.
O dom da música era um sonho da mãe de Rodrigo.Após a
morte do irmão que era músico,a vendedora Flávia Cabral,35 anos,
desejou um dia ter um filho cantor.(Leia mais na página ao lado).
Rodrigo nasceu em Itápolis (SP).Aos quatro anos,o elogio de
uma amiga despertou o gosto pela música.“Minha mãe deu carona
pra uma amiga dela.No carro,estava tocando um CD do Daniel
e eu comecei a cantar junto.A moça ouviu e falou que eu cantava
muito bem.Depois disso,comecei a cantar mais e a pegar instru-
mentos para tocar”,conta o menino.
Com cinco anos,Rodrigo ganhou o primeiro violão da avó e
de um tio.Ele aprendeu a tocar sozinho e logo também começou a
compor suas próprias canções.
“Sou bem eclético.Gosto de rock,funk,mas meu estilo mesmo
é o sertanejo romântico.Me inspiro no CristianoAraújo,Luan Santa-
na e na dupla Edson e Hudson”.
Mesmo com a pouca idade,Rodrigo diz usar a própria experi-
ência de vida para escrever suas composições.“A música tem de ter
história,senão não tem sentido.A maioria das coisas que aconte-
cem comigo viram música.As letras são,geralmente,românticas.Sei
que ainda são poucas,mas já tenho histórias para contar”.
Quando se mudou para Ribeirão,em 2013,Rodrigo teve a
ideia de vender cocadas.O plano inicial era usar o dinheiro para
comprar jogos de videogame.Mas,ele percebeu que poderia come-
çar a construir sua carreira profissional com a venda dos doces.“Eu
estudo de manhã e,à tarde,vendo as cocadas.Geralmente,vendo
umas 30 em meia hora.Tenho um lucro de R$ 1,20 em cada uma”,
conta o cantor.
A simplicidade,a força de vontade e a voz de Rodrigo encan-
tam clientes,que não deixam de comprar os doces,e fizeram com
que as primeiras portas para o sucesso fossem abertas.
Na rua,ele conheceu produtores musicais,já gravou dois clipes
e,recentemente,conseguiu um patrocínio de R$ 15 mil para gravar
um CD com seis faixas.
“São músicas inéditas,mas não são minhas.Sou perfeccionista,
quero melhorar as minhas letras ainda,mas não queria gravar mú-
sicas de outros cantores,porque não quero ser‘cover’,quero ser o
Rodrigo Junior”.O garoto também foi convidado pela dupla Edson
e Hudson para gravar uma participação no próximo CD deles.
“Em breve,vou substituir as cocadas pela venda do meu
primeiro CD”.
minhahistória Garoto vende
cocadasnoCentro
para lançar seu
primeiro CD
Rodrigo Junior, 13 anos, sonha com
o reconhecimento no cenário da
música sertaneja romântica
MATHEUSURENHA/ACIDADE
7. 7A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
fFUTURO MUSICAL “ACREDITO QUE QUANDO ACABA UM
SONHO, COMEÇA UM NOVO”, DIZ RODRIGO JUNIOR
minhahistória
O sonho de Flávia de ter um filho cantor
surgiu muito antes do nascimento de Rodrigo. Em
1997, a vendedora perdeu o irmão Luciano, que
era o músico da família. Ele morreu aos 26 anos,
vítima do uso de drogas.“Quando ele faleceu ficou
um silêncio musical na família. No dia do enterro
dele, eu pedi a Deus que se um dia eu tivesse um
filho, seria para ele ser cantor, pois eu sempre fui
apaixonada pela música”, diz a mãe de Rodrigo.
Flávia conta que, apesar de ter esse desejo,
nunca forçou o filho a cantar. Segundo ela, o dom
surgiu naturalmente.“Se um dia ele não quiser mais
isso, vou apoiá-lo. Já sinto muito orgulho de tudo
que ele conquistou”.
Mas Rodrigo nem pensa em desistir de ser
cantor. Estudante do oitavo ano da Escola Estadual
Professor Rafael Leme Franco, ele diz que vai cursar
Faculdade de Música e pretende fazer cursos
para aperfeiçoar a voz e aprender a tocar mais
instrumentos.
“Sei tocar violão, já fiz dois anos de violoncelo,
e, agora, estou fazendo teclado pelo Projeto Guri.
Quero aprender a tocar também ukulele e fazer aula
de canto, mas ainda não temos dinheiro pra isso”.
O menino pretende conquistar esses objetivos
em breve para já pensar em próximos projetos.
“Acredito que quando acaba um sonho, começa um
novo”.
Após a morte do
irmão músico, mãe de
Rodrigo desejou ter
um filho cantor
MATHEUSURENHA/ACIDADE
ACidadeON.com/ribeirao
Assista ao vídeo de Rodrigo Junior
vendendo cocadas e cantando no
Centro de Ribeirão Preto
Av Presidente Vargas, 1442/1446
(16) 3443-4172 | 3446-8683
Segunda a sexta das 06:00 as 22:00
Sábado 06:00 as 20:00
Domigos e feriados 06:00 as 21:00
8. 8 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
Seu Omar, 86 anos,
aprendeu e fez
história na Biblioteca
Altino Arantes
Aposentado que estudou em escola por apenas
quatro anos deve seu conhecimento aos livros
Pelo menos duas vezes por sema-
na, Omar Garcia Barbosa, 86 anos, vai
à Biblioteca Altino Arantes para buscar
ou devolver um livro que pegou em-
prestado. Ele mantém essa rotina des-
de 1980. “A biblioteca é uma extensão
da minha casa”, diz o aposentado.
Com 84 anos de história, sendo
61 como biblioteca, o casarão da rua
Duque de Caxias faz parte da vida do
Seu Omar e de tantos outros amantes
da leitura. Por isso, a Fundação Edu-
candário, que hoje é responsável pelo
patrimônio, pretende reformar a antiga
residência da família Junqueira para
preservar essa memória e conquistar
novos públicos. (Leia mais nas páginas
a seguir).
Órfão de mãe aos cinco anos e
abandonado pelo pai, Omar viveu uma
infância triste e solitária em orfanatos
e casas de parentes. Aprendeu a ler
aos sete anos de idade e frequentou
a escola somente por quatro anos, até
concluir o ensino primário. O único
diploma que conquistou ainda é guar-
dado com orgulho.
“Quando minha tia disse que me
ensinaria a ler, eu nem sabia o que era
aquilo, sabia que era uma coisa boa.
Mas, quando eu descobri as letras, me
apaixonei pela leitura”.
O primeiro livro que Omar leu foi
“Reinações de Narizinho”, de Mon-
teiro Lobato. Hoje, ele diz que está
próximo de chegar à marca de três
mil livros lidos. “Leio de tudo, mas
biografia é o meu encanto. Apesar de
pouco tempo de escola, tenho muito
conhecimento da história e isso se
deve à leitura”. Em 2009, Omar lançou
um livro contando sua própria história.
O local escolhido para o lançamento
do “Disso eu me lembro” não poderia
ser outro local a não ser a Biblioteca
Altino Arantes.
Carinho de Noel
O Papai Noel José Franklin
Winston Teixeira de Andrade, 71 anos,
também tem um carinho especial pela
biblioteca. “Frequentei muito aqui nos
anos 60. Morava numa casa no calça-
dão e gostava de estudar aqui. Hoje,
venho menos porque tenho dinheiro
para comprar os livros. Mas, ainda gos-
to de fazer uma visita, pegar um livro e
sentar aqui para ler”, conta.
meuorgulho
BIBLIOTECA ALTINO ARANTES
LOCALIZADA NA RUA DUQUE DE CAXIAS, 547, O LOCAL FUNCIONA
DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA, DAS 8H ÀS 18H. PARA FAZER O CADAS-
TRO, BASTA LEVAR RG E COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA.
9. 9A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
Há um ano, a Fundação
Educandário, mantenedora da
biblioteca, protocolou na prefeitura o
pedido para realizar obras no prédio.
Com um investimento de R$ 12
milhões, o espaço passaria de 602
m2 para 1,5 mil m2, além de receber
melhorias como ar-condicionado e
computadores com acesso à internet.
Porém, o projeto ainda não saiu
do papel e agora aguarda parecer do
Ministério Público (MP).
“O projeto foi aprovado pelo
Conppac e agora vamos encaminhá-lo
ao Condephaat. Depois, ele voltará
para a Secretaria do Planejamento
para que a obra seja aprovada.
Esperamos que ao final desse processo
o promotor do Ministério Público
tenha se manifestado”, afirma o
presidente da Fundação Educandário,
Marcos Awad.
Marcos diz estar otimista, mas,
segundo ele, dificilmente a obra
começará antes de um ano.
“A ideia é que o espaço seja um
centro cultural na área central da
cidade. Com mais conforto e atrativos,
esperamos que a frequência se
multiplique”.
“A sociedade mudou, então, a
biblioteca precisa se transformar”,
ressalta José Carlos Gomes, 67
anos, encarregado administrativo da
Biblioteca.
Seu Omar também é a favor da
revitalização do espaço, mas ele não
gosta nem de imaginar como vai ser
a vida dele durante as obras. “Aqui,
eles têm prazer em me atender. Eu leio
uma crítica de livro no jornal, sugiro
o livro e eles compram. O dia que
fecharem a biblioteca para reforma, eu
não sei o que vou fazer”.
fPRÉDIO HISTÓRICO O CASARÃO ONDE HOJE FUNCIONA A BIBLIOTECA ALTINO ARANTES FOI
CONSTRUÍDO EM 1932 PARA SER RESIDÊNCIA DO CASAL FRANCISCO MAXIMIANO JUNQUEIRA, O
CORONEL QUITO JUNQUEIRA, E THEOLINDA DE ANDRADE JUNQUEIRA, CONHECIDA COMO SINHÁ
JUNQUEIRA (FOTOS ACIMA), QUE VIVERAM E MORRERAM NO LOCAL.A CASA SE TORNOU BIBLIOTECA EM
1955,APÓS A MORTE DE SINHÁ JUNQUEIRA
Fundaçãoaguarda
parecerdoMP
parainiciarobras
f AMANTE DOS LIVROS OMAR GARCIA
BARBOSA, 86 ANOS,APRENDEU A LER AOS
SETE ANOS DE IDADE. ÓRFÃO DE MÃE E
ABANDONADO PELO PAI,VIVEU UMA INFÂNCIA
TRISTE E NÃO TEVE OPORTUNIDADE DE
ESTUDAR. FREQUENTOU A ESCOLA POR APENAS
QUATRO ANOS, MAS NUNCA DEIXOU DE
APRENDER COM OS LIVROS
FOTOS MILENA AUREA / A CIDADE
Quando minha tia disse que me ensinaria a
ler, eu nem sabia o que era aquilo, sabia que
era uma coisa boa. Mas, quando eu descobri
as letras, me apaixonei pela leitura.
Omar Garcia Barbosa
86 anos, aposentado
Unidade 1: Rua Margarida, 26 |Jd. Macedo
Unidade 2: Rua Thomaz Nogueira Gaia, 1574
Jardim Irajá - Ribeirão Preto SP
margheritapizzaria.com.br
3103.0404 | 3102.0404
bardonei29@gmail.com | Bar do Nei
Rua Conde de Irajá, 235 - Ribeirão Preto/Sp
16 3610-5891 | 3632-9280
10. 10 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
Funcionário mais
antigo da biblioteca
quer conquistar
novos leitores
Há 53 anos trabalhando no prédio, José Carlos se
entristece ao ver número de frequentadores diminuir
Construído em 1932 para ser
tornar a residência do coronel Quito
Junqueira e de Sinhá Junqueira, o
casarão da rua Duque de Caxias se
tornou biblioteca em 1955 e desde
então passou a fazer parte da história
não só da família Junqueira mas dos
ribeirão-pretanos.
José Carlos Gomes, 67 anos, é o
funcionário mais antigo do local. Há
53 anos trabalhando no prédio, ele
vivenciou muitas transformações da
biblioteca e de seus frequentadores.
“Comecei a trabalhar aqui com 15
anos. A bibliotecária da época, a Regi-
na Helena, me chamou para organizar
as fichas dos leitores. Na época, não ti-
nha computador, eram fichas. Quando
o livro saía, eu tirava a ficha e marcava
o número do leitor. Quando o livro vol-
tava, eu tinha que dar baixa, colocar a
ficha no livro, separar por assunto para
depois colocá-lo nas estantes”, lembra
José Carlos.
Amante da leitura, trabalhar em
meio aos livros era como um sonho
para ele.
“Antes de eu entrar aqui eu tinha
uma estante na minha casa com livros
que eu ganhava de vizinhos. Eu lia de
tudo, até livros de medicina. Traba-
lhar aqui foi a melhor coisa da minha
vida”.
Mais do que gostar de ler, José
Carlos sente prazer em incentivar a
paixão pela leitura nos outros.
“Eu já orientei muitos trabalhos
escolares do pessoal que vinha aqui
estudar. Hoje, divulgo leituras, porque
acho importantíssimo ler. O ser huma-
no que não lê não se educa e sem a
educação, voltamos a ser primitivos”.
Mas José Carlos se entristece ao
ver que o movimento na Biblioteca
Altino Arantes já não é mais o mesmo.
Segundo ele, o número de pessoas
que ia ao prédio para fazer pesquisas
caiu 90%. Já o de livros circulantes
teve uma queda de 50%. Hoje, 1.500
leitores frequentam a biblioteca por
mês. “Felizmente, isso não significa
que as pessoas estão deixando de ler,
pois hoje temos a internet para pes-
quisa e os livros virtuais. Mas, eu ainda
acho que frequentar uma biblioteca
tem um diferencial. No dia que eu
parar de trabalhar aqui, voltarei como
leitor”, diz José Carlos.
f PARTE DA HISTÓRIA HÁ 53 ANOS COMO FUNCIONÁRIO DA BIBLIOTECA ALTINO ARANTES,
JOSÉ CARLOS GOMES, 67 ANOS,VIVENCIOU DIVERSAS TRANSFORMAÇÕES DO LOCAL E DE SEUS
FREQUENTADORES. HOJE, ELE BUSCA CONQUISTAR NOVOS LEITORES
meuorgulho
CASARÃO HISTÓRICO
O PRÉDIO SE TORNOU A BIBLIOTECA ALTINO ARANTES EM 1955 E
RECEBEU ESSE NOME PORQUE O EX-DEPUTADO ALTINO ARANTES
MARQUES ERA PARENTE DO CORONEL QUITO JUNQUEIRA
11. 11A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
A auxiliar administrativo Halanna
Oliveira, 41 anos, lembra com nos-
talgia o tempo que frequentava a
Biblioteca Altino Arantes.
“Era muito bom fazer os trabalhos
de escola lá. Um ambiente agradável,
organizado e um silêncio que chegava
a doer”, diz.
Halanna conta que as tarefas
escolares eram sinônimo de festa
quando tinham de ser realizadas na
biblioteca.
“Corríamos pra lá. O prédio sem-
pre foi grande, imponente, completo,
aconchegante. Fora os amigos que
fazíamos, porque os trabalhos eram
em grupo, então conversávamos e
discutíamos. Passávamos a manhã
toda lá”, lembra.
Com tantas boas recordações do
local, a auxiliar administrativo se diz
inconformada de saber que hoje os
jovens não têm o hábito de frequentar
bibliotecas.
“Acho um absurdo a geração da
minha afilhada que está com 18 anos
não ter sido apresentada a esta expe-
riência grandiosa”, afirma Halanna.
Mas, ela pretende que a filha
Alicya Maria, 5 anos, tenha o gosto
pela leitura e conheça espaços como a
Biblioteca Altino Arantes.
“Hoje minha filha está começando
a alfabetizar e quero apresentar a ela
este lugar. O primeiro presente dela foi
livro, vê se pode, não conseguia nem
segurar e ficava deslumbrada com as
cores e formas. Hoje, ainda sem saber
ler e começando a escrever, brinca de
escolinha, dá aula para as bonecas,
pega os livros e ‘lê’ histórias lindas,
mirabolantes, por isso, acho que vai
ficar maravilhada com as bibliotecas”,
conta Halanna.
fTRADIÇÃO NO CENTRO O CASARÃO IMPONENTE, REGISTRADO NA MAQUETE DA
FOTO DO ALTO, É UM DOS CARTÕES POSTAIS DA REGIÃO CENTRAL DE RIBEIRÃO PRETO.
QUEM ENTRA NA BIBLIOTECA NÃO DEIXA DE ADMIRAR A DIVERSIDADE DE LIVROS
DISPONÍVEIS E OS DETALHES ORIGINAIS DA CONSTRUÇÃO
Época de estudos
na biblioteca
deixou saudade
ACERVO
A BIBLIOTECA ALTINO ARANTES CONTA ATUALMENTE COM UM ACER-
VO DE 40 MIL VOLUMES À DISPOSIÇÃO DOS LEITORES,ALÉM DE 2
MIL EXEMPLARES EM BRAILE.
LOCAL DE ESTUDOS
ANTES DA INTERNET, OS TRABALHOS ESCOLARES ERAM REALIZA-
DOS NA BIBLIOTECA. SEGUNDO JOSÉ CARLOS, HOJE O NÚMERO DE
PESSOAS QUE FAZEM PESQUISA NO LOCAL CAIU 90%.
FOTOS MILENA AUREA / A CIDADE
12. 12 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
Benjamin é o reizinho na casa da
recém-vovó Ana Cláudia Germani
“O amor de vó é diferente,é mais
gostoso.Acho que tinha que começar primeiro
sendo avó,depois ser mãe”,diz a vovó de
primeira viagemAna Cláudia Germani,49
anos.Há um ano,teve festa na rua Bernardino
de Campos,quando a filha deAna,a
psicóloga Giovanna Sturari,25 anos,anunciou
a gravidez.
“Casei em março de 2015 e já estava
grávida de três meses,mas não sabia.Fui
para a lua de mel,em Porto de Galinhas,e lá
comecei a passar muito mal,com enjoo e dor
de estômago”,conta Giovanna.A psicóloga
nem pensou em gravidez,acreditava que era
uma crise de gastrite,devido ao estresse do
casamento.
Mas,quando voltou a Ribeirão,resolveu
fazer um teste de farmácia.“Deu positivo,mas
eu nem contei ao meu marido,porque nem
acreditava.Queria fazer um exame de sangue
para ter certeza.Contei para minha irmã e
pedi segredo.Mas,ela contou para minha avó
e para minha mãe”,diz Giovanna.
No dia seguinte,Ana comprou um novo
teste de farmácia para a filha e depois a levou
para fazer o exame de sangue.O resultado
foi aberto na sacada do apartamento da mais
nova vovó.“Foi uma festa”,lembraAna.
Mãe de três filhas,a vovó torcia para ser
uma netinha.“Fiquei chocada com a notícia
do menino.Achava que não saberia dar
banho,levá-lo ao banheiro.Mas,hoje estou
adorando.Menino é muito mais prático”.
Benjamin nasceu no dia 15 de
novembro do ano passado e,desde então,
é o reizinho da família.“Ele é lindo demais,
muito bonzinho.Eu o amo muito.O vovô
também está bobo.Quando a Giovanna vem
nos visitar,nem a cumprimentamos,é só o
Benjamin”,diz a vovó.
vida nova
Que saudade da risada, do humor de
Dona Violanda e, claro, da bacalhoada
Violanda Ferraz Picado teve uma vida
dedicada à família.Mesmo nos últimos
anos,sofrendo do Mal deAlzheimer e
sem reconhecer mais ninguém,ela ainda
demonstrava felicidade ao receber as visitas
dos filhos,netos e bisnetos.
Violanda morreu no dia 27 de dezembro
do ano passado,aos 88 anos,após sofrer um
acidente vascular cerebral (AVC).
Nascida em Ribeirão Preto,sempre
morou na cidade e aqui conheceu o marido
Hermínio Maia Picado,com quem foi casada
por mais de 60 anos.Hermínio morreu em
setembro de 2012.
Na infância e juventude,Violanda
morou por muitos anos naTravessa Moreira,
próximo à praça Sete de Setembro.“Ela
contava que brincava muito na praça e
adorava quando vinha uma banda tocar no
coreto.Ela também gostava de ir à Igreja
Metodista,na rua São Sebastião.Por muito
tempo,fez parte do grupo de mulheres da
igreja”,lembra a neta Camila Picado,37
anos.
Uma das paixões da avó,segundo
Camila,era cozinhar.“No almoço de Natal
sempre fazia uma bacalhoada portuguesa,
que virou tradição na família.Era muito
exagerada em relação à quantidade de
comida,o que era motivo de brincadeira para
nós.Sentia-se ofendida se não repetíssemos
o prato.O que não era nenhum problema”.
Violanda e Hermínio tiveram três filhos.
O sonho dela era ter uma menina,o que foi
compensado nos netos.São seis netas,um
neto,três bisnetos e uma bisneta.
“Ela era muito animada.Gostava de
conversar,passear,de tomar uma cervejinha
e de comer doce.Sinto falta da voz,da risada
e do humor dela”,diz Camila.
memória ARQUIVO PESSOAL
F.L.PITON / A CIDADE
13. 13A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
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CRAS – 2 (Norte)
Rua Marcondes Salgado, 253 – Centro
CEP 14013-150
Telefone: 3610-6495
Responsável: Nilva Maria Giolo Taverna
CENTRO DE REFERÊNCIA DA
ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS
FEIRA 1
Centro
Quando:Às terças-feiras
Onde: Rua Visconde do Rio Branco, entre
as ruas Barão do Amazonas e Marcon-
des Salgado
FEIRA 2
Centro
Quando:Às terças-feiras
Onde: Rua Marcondes Salgado, entre as
ruas Bernardino de Campos e Lafaiete
FEIRAS LIVRES
51º Batalhão de Polícia Militar do Interior
Bases Comunitárias de Segurança (BCS)
1ª CIA PM
Rua Florêncio de Abreu, 411, Centro
Telefone: 3904-9109
BASE DA POLÍCIA
UBDS “Dr. João Baptista Quartin”
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Telefones: 3605-5000 / 3605-5025
UBS “Profª Maria Herbênia O.
Duarte” – Vila Tibério
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Telefone: 3931-2325
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Telefone: 3961-4303
UBS “Prof. Jacob Renato Woiski” -
Jardim João Rossi
Avenida Independência, 4.315
Telefone: 3911-3616
UBS “Drª Teresinha Garcia José
Gradim” – Centro
Rua Amador Bueno, 237
Telefones: 3635-7477 / 3635-5956
UBS “Wilma Delphina de O.
Garotti” – Vila Tibério
Rua 21 de Abril, 779
Telefone: 3630-6964
UNIDADES
DE SAÚDE
meuguia
14. 14 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
zoomcentro
CENAS URBANAS
Um passeio pelo Centro de Ribeirão Preto é a certeza de
encontrar cenas inusitadas, personagens curiosos, diversos
aromas e sabores. Confira algumas das imagens clicadas por
nossa equipe de reportagem.
Super-heróisCapitão América e Homem de Ferro fazem performance no
Super-heróis
calçadão de Ribeirão Preto.
FloresO porteiro Camilo da Silva exibe as orquídeas que ele cuida no
prédio onde trabalha, na rua Bernardino de Campos.
Cão abajurCachorro passeia na rua São Sebastião com um
Cão abajur
cone na cabeça e chama a atenção pela semelhança
com um abajur.
F.L.PITON / A CIDADE
F.L.PITON / A CIDADE
MATHEUS URENHA / A CIDADE
15. 15A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
Dança na ruaWellington é o Michael Jackson do Centro de Ribeirão Preto.Todos os dias
Dança na rua
ele faz um show no calçadão.
F.L.PITON / A CIDADE
ManutençãoHomem faz manutenção de uma das câmeras Olhos de Águia
Manutenção
da Polícia Militar, na rua General Osório.
MATHEUS URENHA / A CIDADE
Dia de feiraÀs terças-feiras, a rua Marcondes Salgado se transforma em uma grande
feira livre, entre as ruas Bernardino de Campos e Lafaiete.
F.L.PITON / A CIDADE
16. 16 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
centro COMIDAS
CULTURA
CURTIÇÃO
UMA RUA,
DIVERSAS
OPÇÕES
A rua faz uma homenagem
a Prudente de Morais,
o terceiro presidente da
República brasileira, entre
os anos de 1894 e 1898
EDUCAÇÃO
O antigo Ginásio de Ribeirão Preto foi inaugurado em abril
de 1907. Foi o primeiro ginásio do interior de São Paulo. Em
1953, a unidade passou a ser a Escola Estadual Otoniel Mota.
A rua Prudente de
Morais é uma das princi-
pais da região central de
Ribeirão Preto, abrangendo
áreas da Vila Seixas, Centro
e até da região da Baixada.
A via oferece inúme-
ras opções de comércio,
como lojas de confecções,
serviços de saúde, bares,
restaurantes e prestadores
de serviços.
COMIDA BOA
O Bar e Restaurante do Nelson teve início em 1997,
quando Nelson e sua mulher Neusa abriram a primeira
casa. Funciona de terça a sexta, a partir das 18h; aos
sábados, das 11h às 15h30 e das 18h à 0h; domingos e
feriados, das 11h às 15h30.
Av.Cav.PaschoalInecchi
AvenidaSaudade
Anel Viário Norte
Anel Viário Sul
Av. Bandeirantes
Av.D.PedroI
RodoviaAntonioMachadoSant’Anna
Av. Dr. Oscar de
Moura Lacerda
Av.Francisco
Junqueira
Av.Mal.CostaeSilva
Av. Pres. Castelo Branco
Av. Treze de Maio
Av.MaurílioBiagi
Av. Costábile Romano
Av. Pio XII Av. Nove
de Julho
Av. Caramuru
Av.IndependênciaAv.Pres.Vargas
RUA
PRUDENTE
DE MORAIS
17. 17A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
RELIGIÃO
As missas na Igreja São Benedito ocorrem aos domingos, às 10h e
19h30, e de segunda a sábado, às 17h.Todos os dias, os fieis podem
adorar ao Santíssimo Sacramento, das 8h às 17h.A igreja, fundada
em 1920, está localizada na rua Prudente de Morais, 667.
v. Dr. Oscar de
ura Lacerda
o Branco
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PARA REFRESCAR
A Sorveteria Zero Grau oferece diversos sabores de sorvetes livres de
gordura hidrogenada.Tem também picolés especiais, tradicionais e
com cobertura de chocolate.Além disso, o local faz taças de sobre-
mesa, tortas e açaí. Está aberta das 9h às 23h.
COMPRAS E LAZER
Inauguradoem1999,oShoppingSantaÚrsulacontacomlojas,cinema,sa-
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18. 18 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
156
TODAS AS DEMANDAS RELATIVAS À PREFEITURA DEVEM
SER REGISTRADAS ATRAVÉS DO TELEFONE 156, SERVIÇO DE
ATENDIMENTO AO MUNÍCIPE, QUE ATENDE DE SEGUNDA A
SEXTA-FEIRA, DAS 7 ÀS 19 HORAS.
minhabronca
Trecho da
rua Mariana
Junqueira está
esburacado
Entre a avenida Jerônimo Gonçalves e a rua
Amador Bueno, a rua Mariana Junqueira está
tão danificada que em alguns locais há mais
paralelepípedos do que asfalto
Três quarteirões da rua Mariana
Junqueira estão esquecidos. O asfalto
da via a partir da avenida Jerônimo
Gonçalves até a rua Amador Bueno
está tão danificado que em alguns
locais há mais paralelepípedo do que a
massa asfáltica.
A prefeitura não prevê recapea-
mento da rua, mas afirma que enviará
equipes da Operação Tapa-Buracos ao
local. (Leia mais ao lado)
Logo que entram na rua Mariana
Junqueira, os motoristas já se deparam
com uma série de buracos e remendos
mal feitos no asfalto.
Em frente aos pontos de ônibus a
situação é ainda pior, pois nestes locais
a rua fica totalmente desnivelada.
No cruzamento com a rua José Bo-
nifácio, os pedestres também têm que
estar atentos, pois o buraco no asfalto
invadiu a calçada e em vez de uma
passagem segura para quem está a pé,
há pedras de concreto soltas.
O quarteirão entre as ruas José
Bonifácio e Saldanha Marinho também
está em situação crítica. Os paralelepí-
pedos já são maioria nessa parte.
Na faixa de pedestre da Mariana
Junqueira, na esquina com a Saldanha
Marinho, mais um obstáculo para os
pedestres: quem atravessa a rua ali têm
que desviar de um enorme buraco bem
no meio da passagem. “Eu ando com
cuidado, olhando para o chão, para
não cair”, conta a dona de casa Jucélia
Soares de Assis Matos, 57 anos.
Apesar disso, Jucélia consegue ver
uma vantagem da situação do asfalto
da rua. “As ruas com paralelepípedo
não inundam quando chove. Tanto
cimento deixa as galerias entupidas. Se
for para colocar asfalto tem que refor-
mular para ele ficar bom de verdade e
não ter enchente”, diz.
A pior parte da rua é o quarteirão
entre a Saldanha Marinho e a Amador
Bueno. Em frente à Escola Estadual
Fábio Barreto, há um buraco profun-
do, perigoso, principalmente, para os
motociclistas.
“Passar nessa rua exige bastante
atenção para não cair. Esses buracos
são uma armadilha para a gente. Eu
já estou com a roda da minha moto
amassada por causa desses buracos
da cidade. Tive sorte de ainda não ter
caído”, conta o mototaxista Luciano
Rodrigues, 38 anos.
Segundo ele, a rua Mariana Jun-
queira precisa ser recapeada. “Só tapar
os buracos não adianta. A situação está
muito feia aqui. Esse buraco mesmo
aqui em frente à escola já foi tapado
diversas vezes e é só dar uma chuva
para abrir de novo”.
PROMESSA
ANTIGA Pelo menos desde 2013, o A Cidade no Meu Bairro, edição
Centro, mostra os buracos no asfalto da rua Mariana Junqueira.
Alguns já foram tapados diversas vezes pela prefeitura, mas é só
chover para abrirem novamente.
MOTORISTAS PEDEM QUE RUA SEJA RECAPEADA
19. 19A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
fBURACO LOCALIZADO NA RUA MARIANA
JUNQUEIRA, EM FRENTE A ESCOLA ESTADUAL
FÁBIO BARRETO, OFERECE PERIGO A
MOTORISTAS, MOTOCICLISTAS E PEDESTRES
Questionada no dia 28 de
março sobre os problemas no
asfalto da rua Mariana Jun-
queira, a Secretaria Municipal
de Infraestrutura afirmou que
encaminhará uma equipe para
verificar as condições da via e
direcionar os serviços da Opera-
ção Tapa-Buracos ao local, com
urgência.
Entretanto, a pasta não
informou quando essa visto-
ria será realizada, tampouco
quando o serviço de reparo será
executado.
Apesar de ter sido questio-
nada pela reportagem, a Secre-
taria de Infraestrutura também
não informou se há projeto para
que a rua seja recapeada no
trecho entre a avenida Jerôni-
mo Gonçalves e a rua Amador
Bueno.
Prefeitura promete
tapar os buracos
com urgência
OUTRO LADO
FOTOS F.L.PITON / A CIDADE
“Eu ando com cuidado, olhando
para o chão, para não cair.A vanta-
gem das ruas com paralelepípedos é
que elas não inundam quando chove.
Se for para colocar asfalto tem que
reformular para ele ficar bom de
verdade”
JUCÉLIA SOARES DE ASSIS MATOS
57 anos, dona de casa
“Passar nessa rua [Mariana
Junqueira] exige bastante atenção
para não cair.Tive sorte de ainda
não ter caído. Esses buracos são uma
armadilha para a gente. Só tapar os
buracos não adianta.A situação está
muito feia aqui”.
LUCIANO RODRIGUES
38 anos, mototaxista
PEDESTRES E MOTOCICLISTAS
RECLAMAM DA SITUAÇÃO DA
MARIANA JUNQUEIRA
(16) 9.9117-7802
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20. 20 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
No cruzamento da rua Bernardino de Campos
com a Marcondes Salgado há um buraco profundo
com vazamento de água.O Daerp afirmou,no dia 30
de março,data do fechamento desta edição,que o
vazamento seria consertado naquele dia à noite e a
reposição asfáltica seria feita depois,com urgência.
Na rua Duque de Caxias, próximo ao
cruzamento com a rua Álvares Cabral, há um
enorme buraco no asfalto, onde a água da chuva
fica acumulada.A Secretaria de Infraestrutura
afirmou que uma equipe da Operação Tapa-
Buracos será direcionada ao local.
De uma lixeira localizada na calçada da rua
Américo Brasiliense, em frente ao número 661,
sobrou apenas o pé, que é um perigo para os
pedestres.A Secretaria de Infraestrutura afirmou
que tomará as providências necessárias para
solucionar o problema.
Na rua Florêncio deAbreu,em frente ao
número 591,o asfalto está danificado.Mas,o maior
problema é a calçada do local,que está quebrada.
A Fiscalização Geral enviará um fiscal para fazer a
vistoria.Quanto ao asfalto,a Infraestrutura incluirá o
serviço na programação da pasta.
Buraco e vazamento de água
Asfalto danificado
Perigo para pedestres
Calçada e rua com problemas
FALTA RESOLVER
FALTA RESOLVER FALTA RESOLVERFALTA RESOLVER
minhabronca
No dia 22 de março, a Coordenadoria de Limpeza Urbana
realizou a roçada na praça Sete de Setembro. Em fevereiro, foram
retirados 23 bancos quebrados do local e realizada a pintura nos
demais bancos que estavam em boas condições de utilização.Além
disso, foram instaladas 16 novas lixeiras e restauradas, com pintura,
26 já existentes. O coreto também foi pintado.
Praça Sete de Setembro revitalizada
MASTRANGELO REINO / A CIDADE
F.L.PITON / A CIDADEF.L.PITON / A CIDADE
F.L.PITON / A CIDADE
F.L.PITON / A CIDADE
RESOLVIDO
199ESTE É O NÚMERO DA DEFESA
CIVIL DO MUNICÍPIO, PARA QUE O
CIDADÃO DENUNCIE O DESCARTE
IRREGULAR DE LIXO
21. 21A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
A calçada da rua Visconde de Inhaúma,
próximo ao cruzamento com a rua São Sebastião,
está quebrada. Segundo a prefeitura, um fiscal
será encaminhado para vistoria e o proprietário
será notificado para que execute a regularização
do passeio.
O asfalto do ponto de ônibus da rua Visconde
de Inhaúma, em frente ao número 998, está
danificado. Quase não há mais massa asfáltica,
só paralelepípedos.A Secretaria de Infraestrutura
afirmou que enviará uma equipe da Operação
Tapa-Buracos ao local.
O coreto da praça das Bandeiras está
quebrado e as peças de concreto ficam
espalhadas pelo canteiro.A Secretaria de
Infraestrutura afirmou que enviará uma equipe
para avaliar o problema e tomar as providências
necessárias.
Calçada quebrada
Ponto de ônibus sem asfalto
Coreto destruído
FALTA RESOLVER FALTA RESOLVERFALTA RESOLVER
F.L.PITON / A CIDADE
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22. 22 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
minhareceita
UMA FAMÍLIA APAIXONADA
PELA CULINÁRIA
INGREDIENTES
• 1 kg de pernil
• 1 colher de sopa de sal
• 1 cebola média
• 2 dentes de alho
• Meio copo de vinho tinto
• Meio copo de suco de laranja
• Suco de dois limões
• 1 colher de sopa de salsinha picada
MODO DE PREPARO
Bata os ingredientes de tempero
no liquidificador e derrame sobre a
carne.Antes disso, faça furos na peça
para que o tempero penetre. Deixe
descansar por algumas horas, virando
de vez em quando. Cubra a carne com
papel alumínio e leve em forno médio
por aproximadamente 45 minutos.Vire
a peça algumas vezes para que toda a
carne tenha sabor.Após o cozimento,
retire o papel alumínio, dispense o
excesso de caldo, se necessário, deixe
dourar regando com o molho para não
ressecar. Bom apetite!
‘Tudo em minha casa se resolve em volta de uma
mesa farta e caprichada’, diz Isabel Faleiros Didier
A médica veterinária Isabel Faleiros Di-
dier,46 anos,vem de uma família apaixona-
da por comida.O pai faz,segundo ela,o me-
lhor cassoulet e a melhor feijoada do mundo.
A mãe prepara um bolo de fubá imbatível.
A sobrinha,de 9 anos,pediu de presente de
aniversário uma batedeira profissional e a
filha é especialista em doces e bolos.
“Tudo em minha casa se resolve em vol-
ta de uma mesa farta e caprichada”,conta a
moradora do Centro de Ribeirão Preto.
Até há três anos,a culinária era um ho-
bby para Isabel.Mas,desde 2013,ela decidiu
produzir alimentos de forma comercial.
“Uma amiga me convidou para nos
juntarmos e explorarmos os nossos dons
comercialmente.No princípio,produzíamos
macarons e alfajores,mas,com menos de um
ano,minha sócia mudou-se para São Paulo e
eu decidi continuar sozinha”.
Desde então,o carro-chefe de Isabel
passou a ser os chutneys de manga e maçã.
Isabel explica que o chutney é um acompa-
nhamento que fica entre um molho e uma
compota.A receita,segundo ela,é complexa
e leva mais de 15 ingredientes.“O chutney
tem origem indiana.Aprendi com minha
madrinha de casamento e essa receita man-
tenho em segredo”.
Isabel diz que o chutney é ótimo para
acompanhar o prato que ela ensina a prepa-
rar ao lado:o pernil ao vinho.
fEM 2013, ISABEL,
46 ANOS, DEIXOU A
CARREIRA DE MÉDICA
VETERINÁRIA DE LADO
PARA SE DEDICAR
À CULINÁRIA. ELA
ENSINA A PREPARAR O
PERNIL AO VINHO
4 PORÇÕES
Tem uma receita e quer compartilhar com a gente?
Mande para receita@jornalacidade.com.br
FOTOS MILENA AUREA / A CIDADE
23. 23A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
pontodeencontro
UM GIRO PELO CENTRO
Todos que moram, trabalham ou passam pela região central
de Ribeirão Preto podem aproveitar as inúmeras opções de bares,
restaurantes, lanchonetes, cafés e sorveterias. Confira quem estava
por lá nesta semana.
Aline Casalli Maria Aparecida de Almeida Fernanda Freitas
Antônio GuedesAndré da Silva e Vitória GabrieliMaira Guedes
Ana Cristina e Enrico Casaquia Isabela Bandeira Juliana Lima, da Sorveteria do Jô
FOTOS MILENA AUREA / A CIDADE