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1
VIVENDO NO CORAÇÃO
2
VIVENDO NO CORAÇÃO
Como entrar no espaço sagrado dentro do coração
Com dois capítulos da
relação entre o coração e
a Mer-Ka-Ba
Drunvalo Melchizedek
Light Technology Publishing
3
Dedicado ao meu Amor, minha esposa Claudette
Quando eu conheci minha esposa, sabia que ela mantinha uma tradição de
compreender o coração que tinha mais de quatro mil anos. Suas professoras
Catherine Shainberg e Kolette de Jerusalém a treinaram em Imagens do Coração.
A linhagem de Kolette vem das primeiras pessoas que escreveram sobre a Mer-Ka-Ba
(Merkavah em hebreu) neste ciclo da Terra. Porém, os homens da tribo que estavam
ensinando a Mer-Ka-Ba acharam que seu povo não estava pronto para uma
experiência interdimensional direta e tornaram-se emocionalmente perturbados, uma
vez que interagiram com outros mundos diretamente. Para resolver esse problema, as
mulheres desta tribo criaram um sistema de conhecimento para preparar as pessoas
para outros mundos utilizando o mistério feminino das Imagens do Coração.
Quando minha esposa me expôs pela primeira vez a estas imagens, eu não pude
achar nada que me explicasse o que elas eram ou como elas estavam trabalhando na
alma humana. Tudo o que sabia era que elas funcionavam.
Mais de oito anos estudando o trabalho de Claudette finalmente levou-me na direção
da pesquisa deste livro. Tenho a certeza que sem a influência dela eu ainda estaria
procurando por respostas dentro da mente. Então, eu sou grato a ela pelas Imagens
do Coração que finalmente me encaminharam para esta experiência que eu prestes a
compartilhar com você. Claudette, eu a amo e agradeço do fundo do meu coração.
Drunvalo
4
Se alguém lhe diz:
"Na cidade fortificada do imperecível,
Nosso corpo, há uma flor de lótus
e neste lótus existe um espaço minúsculo:
O que ele contém para que alguém
deva desejar conhecê-lo? "
Você deve responder:
"Tão vasto quanto este espaço exterior
é o espaço minúsculo dentro do seu coração:
o céu e a terra são lá encontrados,
fogo e ar, do sol e da lua,
iluminação e as constelações,
seja lá o que pertence a você aqui em baixo
e tudo o que não te pertence,
tudo isso está reunido nesse espaço minúsculo
dentro do seu coração. "
* Chandogya Upanishad 8.1.2-3
Dado a mim por Ron LaPlace um dia após o término deste livro.
Drunvalo
5
Prefácio
Desde 1971, eu tenho intensamente estudado meditação e o corpo de luz humano
chamado Mer-Ka-Ba e meu ser tem sido absorvido por esta antiga tradição na maior
parte da minha vida adulta. Para mim, isso sempre pareceu a tudo abranger e a
resposta para as inúmeras questões sobre a vida. Minha orientação interior ensinou-
me as sagradas geometrias que levaram à minha descoberta do corpo de luz e a
própria sagrada geometria pareceu estar completa e manter todo o conhecimento e
mistérios do universo. Foi realmente incrível.
Contudo, após tantos anos de experiência com esses campos de luz, aos poucos se
tornou claro para mim que havia mais, embora eu não conseguisse articular o que era
por muito tempo. Como normalmente acontece, Deus (a) Se revela de maneiras
inusitadas e frequentemente de formas crípticas. Em algum lugar dentro dos mundos
internos dos meus espaços, uma joia esotérica de imenso valor espiritual que vai além
da Mer-Ka-Ba fez gradualmente o caminho para dentro da minha vida. E por qual
razão? Eu só posso deduzir que era para ser usada.
Então, essas palavras são meu presente para você, pois na verdade sei quem você é
e eu o/a amo como a Terra ama o Sol. Eu acredito em você, e acredito que usará este
conhecimento sabiamente – eu também não estou preocupado que talvez faça mau
uso desta informação, pois ela não consegue ser mal utilizada.
Drunvalo Melchizedek
6
SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................................................................. ....................9.
Capítulo 1 – Começar com a Mente......................................................................................................... ..................12
Limpando o Ar com Tecnologia................................................................................................................... ..................13
Limpando o Ar com o Corpo de Luz Humano................................................................................................. ..............23
Encontrando o Mundo Interno no Coração.............................................................................................. .....................25
Capítulo 2 – Enxergar na Escuridão................................................................................................ .........................29
Uma mulher cega pode enxergar............................................................................................................. .....................30
Crianças psíquicas da China................................................................................................................... ......................34
Inge Bardor – Enxergando com as mãos e pés.................................................................................... ........................35
As crianças super-psíquicas na China........................................................................................................... ...............39
A Academia Internacional de Desenvolvimento Humano em Moscou...................................................... ....................41
Jimmy Twyman e as crianças superpsíquicas da Bulgária................................................................... .......................42
Capítulo 3 – Aprender com as tribos indígenas........................................................................ ...............................44
Anciães aborígines compartilham suas energias.............................................................................. ............................45
O Poder da Oração Maori vinda do coração ......................................................................................... ........................46
A experiência Kogi........................................................................................................................................ .................51
A mulher colombiana............................................................................................................................................... .......57
Tornando-se Um com os cavalos.............................................................................................................................. .....60
Levando outra pessoa para dentro do Espaço Sagrado................................................................... ..............................61
Capítulo 4 – O Espaço Sagrado do Coração...............................................................................................................65
Estudando e ensinando Vivendo no Coração.................................................................................................................68
A Vibração do coração – um jeito fácil de voltar....................................................................................... .......................69
7
Minha experiência pessoal do Sagrado Espaço do Coração................................................................. .......... ........ .70
Voltando para Casa................................................................................................................................ ........... ......... 74
O que é Tempo?.................................................................................................................................. ............ ............76
Outros Espaços Sagrados – Alguns exemplos.................................................................................... .. .....................78
O que pode pará-lo de ter essa experiência............................................................................................ .................. .80
Capítulo 5 –A Unidade do Céu e da Terra..................................................................................................................82
A respiração da Unidade................................................................................................................................................84
Entrando no Palco..........................................................................................................................................................87
É Tão Simples................................................................................................................................................................88
Capítulo 6 – Deixar a mente e entrar no Coração......................................................................................................89
Primeiro exercício – mover ao redor do Corpo...............................................................................................................92
Segundo exercício – Entrar no Coração.........................................................................................................................95
Terceiro exercício – A cabeça “Om” e o Coração “Aah”.................................................................................................96
Dois caminhos para dentro do Espaço Sagrado do Coração.........................................................................................97
Capítulo 7 – A meditação do Espaço Sagrado do Coração......................................................................................99
Preparando para a meditação.......................................................................................................................................100
O Sopro da Unidade.......................................................................................................................................................101
Escolha seu caminho para dentro do Coração..............................................................................................................102
Retornando ao Espaço Sagrado do Coração.................................................................................................................103
Capítulo 8 – A Mer-Ka-Ba e o Sagrado Espaço do Coração.....................................................................................105
Combinando o Espaço Sagrado do Coração com a Mer-Ka-Ba....................................................................................106
Os anjos explicam...........................................................................................................................................................109
Capítulo 9 – Cocriação consciente do Coração conectado com a Mente...............................................................111
Thoth fala.........................................................................................................................................................................112
Criando a partir do Coração............................................................................................................................................114
8
Criando a partir da Mente..............................................................................................................................................116
Lógica versus Sentimentos e Emoções.........................................................................................................................117
Sonhe um sonho do Novo Mundo..................................................................................................................................118
Quando nós criamos o Mundo – um Poema..................................................................................................................119
Para ler mais...................................................................................................................................................................120
.
9
Introdução
Há muito, muito tempo nós, humanos, éramos bastante diferentes. Nós podíamos nos
comunicar e experimentar maneiras que somente alguns começam a compreender no
mundo moderno atual. Nós podíamos utilizar uma forma de comunicação e percepção
que não envolve qualquer função cerebral, mas provém do espaço sagrado dentro do
coração humano.
Na Austrália, os aborígenes ainda estão conectados com a antiga trama da vida que
eles chamam de tempo do sonho. Neste sonho coletivo ou estado de consciência eles
continuam a existir dentro de seus corações, vivendo e respirando num mundo que se
tornou quase completamente perdido para mente ocidental de hoje. Próximo deles, na
Nova Zelândia, os Maoris podem ver através da vastidão do espaço até os Estados
Unidos em suas meditações. Desta forma, eles podem realizar a comunicação efetiva
com os Hopis para marcar reuniões de trocas de profecias. Sem enviar qualquer tipo
comunicação tecnológica, os arranjos são feitos. No Havaí, os Kahunas comungam
com a Mãe Terra para pedir pelo local onde os peixes estão nadando para alimentar
seu povo. As crescentes nuvens brancas no primitivo céu azul se transformam na
forma de uma mão humana que aponta para os abundantes peixes abaixo. No vale de
uma montanha de alta profundidade nas montanhas de Sierra Nevada da Colômbia,
América do Sul, mora uma tribo de pessoas indígenas que conhece a linguagem que
não há palavras. Esta linguagem vem do espaço sagrado de seus corações.
Se pelo menos pudéssemos lembrar! Antes da Babilônia, diz a Bíblia Sagrada, a
humanidade foi abençoada com uma única linguagem que todos os povos da terra
sabiam. Todavia, depois fomos divididos em centenas de línguas faladas criando
barreiras entre nós, mantendo-nos separados uns dos outros, cada um em seu próprio
pequeno mundo introvertido.
A desconfiança nascida do equívoco foi nosso destino involuntário. Desta maneira,
nós estávamos destinados a sermos confrontados uns pelos outros. Não
conseguíamos falar uns com os outros. Era a separação na sua forma mais fria. Ainda
que tivéssemos nascido da mesma Fonte cósmica, irmãos e irmãs estavam
impossibilitados de expressar seus pensamentos e sentimentos e logo se tornaram
inimigos. Conforme os séculos foram empilhando-se uns sobre os outros, o antigo
10
modo de entrar no coração para experimentar o sonho comum se perdeu na isolação
da mente humana.
Este é um livro de lembranças. Você sempre teve este local dentro do coração e ainda
está ali agora. Existiu antes da criação e ainda existirá após a última estrela reluzir sua
luz brilhante. À noite, quando você adentrar seus sonhos, você deixa sua mente e
entra no sagrado espaço do seu coração. Porém, você se lembra? Ou você apenas se
recorda do sonho?
Por que eu estou contando sobre “algo” que está apagando de nossas memórias?
Que benefício isso faria para encontrar este lugar novamente num mundo onde a
grande religião é a ciência e a lógica da mente? Eu não sei que este é um mundo
onde emoções e sentimentos são cidadãos de segunda classe?
Sim, eu sei. Mas meus professores pediram-me para recordá-lo de quem realmente é.
Você é mais do que somente um ser humano, muito mais. Para dentro do seu coração
é um lugar, um lugar sagrado onde o mundo pode literalmente ser refeito por meio da
co criação consciente. Se realmente deseja paz de espírito e quer retornar para casa,
eu o convido para dentro da beleza de seu próprio coração. Com sua permissão, eu
lhe apresentarei o que foi apresentado a mim. Eu lhe darei as instruções exatas para o
atalho para dentro do seu coração, onde você e Deus são intimamente um.
É uma escolha. Contudo, eu devo avisá-lo: dentro dessa experiência reside grande
responsabilidade. A vida sabe quando um espírito nasce para os mundos superiores e
ela o usará como todos os grandes mestres que já viveram foram usados. Se você ler
o livro e fizer a meditação e então espera que nada mude em sua vida, você pode ser
pego dormindo espiritualmente. Uma vez que você entrou na “Luz das Grandes
Trevas”, sua vida mudará – afinal, você lembrará quem realmente é e sua vida se
transformará uma vida de serviço à humanidade.
Nos últimos dois capítulos encontram-se uma surpresa e um vislumbre de grande
esperança. O corpo de luz humano que rodeia o corpo por volta de 16 a 18 metros de
diâmetro, e a Mer-Ka-Ba (sobre a qual eu escrevi nos meus primeiros dois livros, O
Antigo Segredo da Flor da Vida, volumes I e II), tem um segredo inerentemente
conectado a este sagrado espaço do coração. Se você está praticando a meditação
Mer-Ka-Ba em sua vida, eu acredito que achará primordial a informação contida nesse
livro para sua jornada de ascensão nos mundos superiores da luz. Se estiver apenas
11
interessado no sagrado espaço do coração, talvez essas palavras sejam uma dádiva
em sua vida e o auxilie a relembrar sua verdadeira natureza.
Um último comentário. Esse livro foi escrito com o mínimo de palavras possível para
transmitir o significado e manter a integridade da essência desta experiência. As
imagens são propositadamente simples. É escrito pelo coração, não pela mente.
12
Capítulo 1
Começar com a Mente
Limpando o Ar com Tecnologia
Limpando o Ar com o Corpo de Luz humano
Encontrando o Mundo Interno no Coração
13
Quase ao acaso, eu escolhi um ponto aparentemente arbitrário em minha vida para
começar minha história: não enquanto eu estava em meditação dos mundos
superiores da sagrada geometria da Mer-Ka-Ba, mas numa cena simples do cotidiano
onde eu tomei a decisão de ajudar a Terra curar seu meio-ambiente utilizando a
tecnologia da mente. Eu senti que todos nós temos esta responsabilidade e se eu
estava indo falar sobre isso como fiz em algumas das minhas palestras públicas, teria
que vivê-la. Então, eu me abri para todas as possibilidades que poderiam vir na minha
direção de como eu poderia pessoalmente auxiliar a curar as condições climáticas da
nossa querida Terra.
Porém, para que você compreenda – não é a temática de limpar o meio-ambiente em
si que é o motivo pelo qual eu estou contando-lhe essa história. É o que aconteceu a
mim e como minha vida se modificou enquanto estava experimentando uma máquina
chamada de R-2, que começou a abrir o meu espírito para uma nova e diferente
maneira de experimentar a vida.
Pouco eu sabia na época que esses experimentos tecnológicos poderiam conduzir-me
além da mente e para dentro de partes desconhecidas da minha consciência e em
profundidade no lugar secreto dentro do meu coração.
Limpando o Ar com Tecnologia
A história começa em maio de 1996, quando um velho amigo me telefonou e
perguntou se eu estava interessado em ajudar um projeto de limpeza da poluição
atmosférica que ele estava envolvido em Denver, Colorado. Eu manterei seu nome em
sigilo, pois acredito que ele gostaria que assim eu fizesse. Eu apenas o chamarei de
Jon. Esse homem era um cientista renegado que estudava todos os aspectos da vida
e o mundo físico num pequeno, mas sofisticado laboratório domestico.
Eu duvido que seu QI pudesse ser medido e, certamente, ele era um mestre genial.
Ele criou uma nova forma de “ver” a realidade usando emissões de micro-ondas, o que
deu ale uma vantagem tremenda na busca de respostas em nosso mundo. Mesmo
nosso governo, conhecendo o trabalho dele, não foi capaz de duplicá-lo até muito
recentemente.
14
Jon disse que ele e seus associados, um dos quais era Slim Spurling com suas
incríveis bobinas, descobriram a natureza que poderia curar os problemas ambientais
do planeta e ele queria que eu visse o que era. Ele disse que eles tinham limpado o ar
poluído de Denver e que o ar estava primitivo agora. Ele me convidou para ir e ver por
mim mesmo.
Eu dificilmente podia acreditar nisso, uma vez que eu costumava morar em Boulder,
Colorado, apenas algumas milhas de Denver, que no final da década de 70 tinha a
pior qualidade do ar na América – até pior que Los Angeles. Em primeiro lugar, foi um
dos motivos que me levou a sair de Boulder. Na realidade, eu achava que Jon estava
exagerando, porém conhecendo seu intelecto e genialidade, qualquer coisa era
possível. Então eu pensei, por que não? Eu precisava sair de qualquer maneira e isso
parecia algo que seria, no mínimo, interessante.
Eu decidi ir com a mente aberta e sem expectativas. Mesmo que ele dissesse algo que
não fosse verdadeiro, essa viagem me levaria mais próximo para as montanhas
cobertas de neve das Rockies, as quais sempre me fizeram sentir mais vivo.
Uma semana depois, eu saía de um avião em Denver para uma atmosfera virginal da
qual eu raramente vi na minha vida. Era quase como se não houvesse atmosfera. Eu
podia ver as árvores nas montanhas de uma grande distância, por volta de 32
quilômetros.
Eu apenas parei lá como um turista perdido em uma terra estranha, boquiaberto com a
pureza que eu nunca vi nos cinco anos nos quais morei em Denver. Dizer que meu
interesse foi despertado é muito pouco. Eu estava entusiasmado. Poderia Jon
realmente ter feito isso?
Um táxi do aeroporto rastejou-se para perto de mim, o motorista exalando um estado
mental leve e relaxado. Ele acenou para que eu sentasse no banco dianteiro como se
eu fosse seu velho amigo e dentro de alguns minutos nós estávamos silenciosamente
15
deslizando em direção da casa e laboratório de Slim Spurling, um local onde eu nunca
tinha visto antes, mas do qual já ouvira grandes histórias.
Eu me lembro de olhar dentro dos olhos do motorista de táxi e ele pareceu estar
completamente livre de estresse, uma qualidade incomum para um motorista de táxi.
Eu perguntei a ele se gostava de seu trabalho. Olhando para a estrada à frente, ele
disse que amava o que fazia. Para ele, as pessoas eram como livros abertos
contando-lhe histórias de suas experiências enquanto viajavam ao redor do mundo.
Ao dizer isso, ele me perguntou por que estava em Denver. Eu contei a ele que estava
ali para achar a resposta para os problemas da poluição mundial. Ele me olhou, dessa
vez com uma inocência infantil, e disse: “Acabou tudo, agora. Veja, não há poluição”.
Eu disse-lhe que podia ver o quanto o ar estava incrivelmente limpo. “Mais do que
isso”, ele disse. “Toda pessoa que conheço se sente tão bem! Você sabe o que
aconteceu?”
Eu não tinha resposta para a pergunta dele, então logo nós chegamos a uma série de
prédios antigos de dois andares na rua comprida que finalmente termina na Escola de
Minas do Colorado. Ali que eu encontraria Slim Spurling, um dos pesquisadores que
compilavam a informação experimental de um novo instrumento de redução da
poluição chamado de R-2.
Essa era uma invenção mágica que, de alguma maneira, capturava a forma de onda
da nuvem de chuva quando ela estava a ponto de clarear e a enviava para uma área
de 56 mil quilômetros, quebrando os hidrocarbonetos em moléculas inofensivas,
oxigênio e vapor de água. Isso era realmente verdadeiro? Eu definitivamente senti que
sim ao respirar o ar da rua de Slim.
Eu bati à porta e ouvi Slim gritar para que eu entrasse e então, eu entrei. Sua casa era
definitivamente um laboratório e não um lugar para morar, dormir ou comer. Tornou-se
logo evidente que sua casa era no andar superior, separado do seu mundo de
pesquisa.
Bobinas estranhas de cobre de diversos tamanhos estavam colocadas no chão e
havia outras coisas que somente Deus e Slim sabiam o que eram. Para esse homem,
que parecia um cruzamento entre Merlin com sua barba branca e longa e seu velho
16
cowboy procurando a vaca perdida do rebanho, essas velhas bobinas estavam
realmente fazendo algo para auxiliar limpar a poluição do ar de Denver.
Jon não estava ali no primeiro dia, porém estavam Slim, seu co-inventor, e outros dois
pesquisadores que estavam testando o equipamento. Logo os dois saíram e eu estava
sozinho com Slim e pude começar a compreender esse homem, tornando-se
rapidamente perceptível que se tratava de outro gênio. Eu fiquei com Slim e seus
colegas por alguns dias, aprendendo o que eles sentiram que podiam compartilhar
comigo.
Aqui está como um R-2 funciona – na verdade, há muito mais que isso, mas a
explicação seguinte é uma aproximação: A forma de onda que uma nuvem de chuva
emite exatamente quando ela está a ponto de descarregar relâmpago é duplicada
numa máquina especial (essa não é a R-2). Depois, ela é colocada num chip de
computador no R-2 cujo sistema de alto-falantes a envia para atmosfera por meio de
uma bobina chamada de um harmonizador. A forma de onda então cresce e expande-
se para a forma de campo toroidal (como um donut), afetando as ondas de gravidade
para limpar a poluição à distância. O R-2 tem quatro botões ligados no final das roscas
de hastes metálicas, formando um tetraedro. Esses botões podem ser girados para
sintonizar o campo toroidal até que ele “se torne vivo”.
O coração do R-2, duas da bobinas de Slim Spurling:
O Harmonizador (esquerda) e o Acu-Vac (direita)
Jon e Slim ambos consideraram que os campos energéticos toroidais estavam “vivos”
(e eu também após ter testemunhado como eles interagiam com a natureza). Eu tentei
manter a mente aberta, visto que tudo isso era novo para mim na época.
17
Primeiro, eu aprendi como sintonizar um R-2 com um sentimento no meu terceiro olho
enquanto eu girava os quatro botões da unidade. Isso era realmente muito fácil; como
eu já tinha muita experiência no campo da física, fazer isso parecia completamente
natural para mim. (Depois, eu percebi que somente alguns podiam fazer isso direito,
mas quase todo sensitivo pode ser treinado).
Eu continuei meu treinamento até chegar o dia no qual Slim e Jon sentiram que eu
estava pronto para testar minhas habilidades. Eu estava a sintonizar um R-2 na
natureza e trazer uma pequena área de Denver que estava “fora de sintonia” de volta
ao equilíbrio. (Se um R-2 sair de sintonia, a área no qual está trabalhando volta para
seu estado original de poluição muito rapidamente, normalmente dentro de duas
semanas). Até esse ponto, eu dificilmente podia acreditar que alguma área de Denver
pudesse ser suja, mas ambos me disseram que era verdade.
Nós dirigimos por volta de 32 quilômetros na parte sudeste de Denver, uma área a
qual não estava familiarizado e depois até o local mais distante da cidade;
estacionamos o carro um pouco antes da rodovia e começamos a caminhar para lado
de uma colina inclinada em direção ao cume. Conforme subíamos a colina, uma
pequena floresta emergiu em direção ao topo.
Eu jamais esquecerei o que eu vi quando alcancei o topo da colina e olhei para baixo o
vale amplo e de baixo nível do outro lado. O vale inteiro estava preenchido por uma
nuvem marrom-avermelhada de pura poluição que se estendia por muitos quilômetros.
Embaixo de um pequeno álamo, escondido da visão de qualquer que estivesse
apenas casualmente passando por ali, estava uma unidade R-2 operando
silenciosamente sua melodia da nuvem de chuva. O problema que ela estava fora de
sintonia.
Jon e Slim disseram-me para sentar em frente ao R-2 e eles veriam se eu havia
aprendido as minhas lições. Imbuído de interesse intenso e com um sentimento infantil
de admiração, eu sentei, cruzei as pernas em frente à unidade e fechei meus olhos,
começando a meditação e sentindo o que sintonizaria unidade.
Assim que eu comecei a girar os botões, Jon me pareou e disse: “Mantenha seus
olhos abertos e observe a nuvem de poluição.” Isso não era como eu havia sido
treinado, porém eu obedeci, observei a nuvem e mais uma vez iniciei a justar os
botões. Jon me parou novamente e disse: “Também escute os pássaros”.
18
Eu virei para ele e disse: “O quê?” Ninguém mencionara pássaros durante todo o
treinamento para mim.
Ele repetiu, “Apenas escute os pássaros. Você compreenderá.”
Eu não tinha ideia do que ele estava falando, mas comecei de qualquer maneira.
Assim que eu girei o primeiro botão, eu senti a mudança da área ao redor de
quilômetros – no entanto, nada acontecei com o mundo visível. Uma vez que ajustei o
quarto botão, contudo, duas coisas aconteceram simultaneamente – e ambas me
surpreenderam e me chocaram.
Instantaneamente, a nuvem marrom-avermelhada de poluição desapareceu, deixando
uma atmosfera clara e limpa. Era quase como um milagre. E, no mesmo momento que
a nuvem desapareceu, cerca de cem pássaros começaram a descontroladamente piar
e cantar em volta de mim. Eu nem sabia que eles estavam ali! Os dois eventos juntos
tiveram o efeito estranho sobre mim fisicamente. Eu tinha visto e sentido om pode do
R-2 e naquele instante eu soube que esta nova ciência era real e que eu
simplesmente tinha que aprender mais por experiência direta.
Durante esse tempo, especialmente em 1995 e no começo de 1996, o ar de Denver
tornou-se extremamente limpo enquanto o R-2 estava circulando, contudo a EPA
(Environmental Protection Agency) da cidade tomou todos os créditos por esse
fenômeno. A agência disse que as medidas que realizaram eram as razões pelas
quais o ar de Denver havia se tornado tão limpo. Contudo, como pude observar
diretamente diante de meus olhos grandes áreas de Denver serem instantaneamente
limpas, eu concluí que a EPA de Denver estava simplesmente levando o mérito por
algo que ela não tinha feito.
Além do mais, Jon e Slim tinham testado o R-2 num laboratório independente em Fort
Collins, Colorado, que comprovou que o R-2 estava fazendo exatamente o que eles
afirmavam que fazia. Os testadores tinham uma unidade que colocavam para
funcionar por um período de tempo e depois a desligavam. Eles fizeram isso diversas
vezes por um período, seu eu me lembro, de três meses. A Força Área dos Estados
Unidos da Base Área de Kirkland também estava observando esse experimento bem
como aquele que eu começara em Phoenix, do qual falarei em breve, e perguntaram
se nós cederíamos nossos equipamentos e nós mesmos para seu exame científico
19
minucioso. Nós concordamos e aqueles testes provaram conclusivamente que o R-2
realmente limpando a poluição do ar.
Quando nós voltamos para o laboratório, Jon e Slim sentaram-me e ofereceram-me
meu próprio R-2 para levara para minha casa no Arizona para experimentá-lo. Eu
tenho que admitir, eu me senti como uma criança a quem tinha sido dado um longo e
esperado brinquedo. Eu pacientemente esperei para estar em casa, sozinho, para
iniciar a explorar ainda mais essa máquina inacreditável.
Eu cheguei em casa para as manchetes do Arizona Republic de 30 de maio de 1996,
descrevendo o problema horrível da poluição atmosférica que havia se desenvolvido
em Phoenix. O governador do Arizona, Fife Symington, estava dizendo que a poluição
em Phoenix estava tão ruim que a classificação da cidade estava para ser elevada
para “grave”. Alertas eram emitidos com intervalo de poucos dias e a situação estava
piorando diariamente.
Em resposta, o governador Symington tinha criado uma força-tarefa “Estratégias de
Ozônio”, liderada pelo advogado Roger Ferland. Para encontrar uma solução para o
problema da poluição, o Sr. Ferland disse no artigo do Arizona Republic: “Quero dizer
tudo. Não há nada que nós não consideraremos, não importa quão radical ou maluco,
difícil ou caro. Nós consideraremos tudo”.
Sr. Ferland disse que eles tinham que, absolutamente, limpar Phoenix; a poluição
atmosférica estava destruindo o turismo e afetando quase todos os negócios, além de
todos os problemas de saúde que causariam.
Então eu escrevi uma carta para o Sr. Ferland pedindo auxílio para estabelecer a
unidade R-2 em Phoenix. Visto que nós tínhamos provas cientificas que isso
funcionava, ambas provindas de um laboratório independente e da Força Área e uma
vez que não estávamos solicitando por ajuda financeira, eu presumi que eles nos
escutariam. Rapaz, eu estava errado! Nessa carta que eu simplesmente pedi à cidade
de Phoenix dar-nos a oportunidade de demonstrar que podíamos fazê-lo. Pagaríamos
20
por todos os custos e tudo que eles precisavam fazer era admitir nossa presença e
monitorar o que nós estivéssemos fazendo.
Recebi uma ligação da Prefeitura de um homem chamado Joe Gibbs, que me contou
que eles não estavam interessados em nosso R-2 e não ajudariam de forma alguma
para fazer qualquer coisa. Você deve entender o quão perplexo eu estava com essa
resposta. Foi então que eu comecei a perceber que o artigo de jornal fora somente
para exposição e política e eles não tinham qualquer intenção de realmente limpar a
poluição atmosférica em Phoenix. Eles me rejeitaram em todos os níveis.
Felizmente, ninguém pode me interromper de pesquisar, porque o R-2 funciona com
uma bateria de nove volts e utiliza milivolt para operar e a lei federal diz que nada que
usa menos que um volt é desregulado.
Portanto, em 4 de junho de 1996, eu mesmo liguei o primeiro R-2 em Cave Creek,
extremo norte de Scottsdale. O ar estava tão sujo e seco naquele dia que estava
realmente difícil de respirar. Não chovia por meses e meses e até mesmo alguns
cactos estavam morrendo. Nada acontecera nos primeiros três dias. Então, no quarto
dia, uma pequena nuvem preta apareceu em cima da minha casa. Não havia uma
nuvem em todo o sudeste do Arizona, exceto por esta pequena em cima da minha
casa e pequena unidade R-2. Em seguida, a nuvem começou a expandir e cresceu de
tamanho.
Lá pelo décimo dia, uma nuvenzinha havia crescido por volta de 24 quilômetros de
diâmetro e pela primeira vez num longo período de espera, começou a chover e tinha
relâmpagos. E cara, tinha relâmpago – como eu apenas vi uma ou duas vezes antes
na minha vida. A tempestade continuou por horas a fio, com raios se movimentando
lateralmente pelo céu. O ar tinha um perfume sensível de ozônio. Lentamente, o céu
se abriu para um aguaceiro. Daquele momento em diante, continuou a chover quase
todos os dias, limpando a poluição do ar e enchendo os rios e lagos com água fresca.
Em 1º de Setembro de 1996, o campo em forma de onda criado pelo R-2 estava
estabelecido e desse dia em diante, não houve mais alertas de poluição atmosférica –
nenhuma até a Força Aérea americana nos solicitar o desligamento do R-2 para ver o
que aconteceria.
21
Nós desligamos a máquina em 12 de maio de 1998 e já pelo fim do mês a poluição do
ar retornou e a Prefeitura deu o primeiro alerta desde 1996. Durante o tempo do teste
(na verdade, nós tínhamos colocado um segundo R-2 na própria cidade de Phoenix
em março de 1997 e foi quando começou a demonstrar resultados), as medições de
hidrocarboneto na cidade de Phoenix ficaram quase sempre em um único digito. Às
vezes, no meio do centro de Phoenix, os hidrocarbonetos chegavam a zero. Não havia
absolutamente nada, nada de poluição de hidrocarboneto. Infelizmente, o R-2 não
parou os nitratos, que são aqueles que causam a poluição de ozônio, mas ele
realmente auxiliou com os hidrocarbonetos. Tudo isso é matéria de registro público.
No final desse teste, eu tinha certeza que o R-2 era um sucesso, porém a Força Aérea
– que estava monitorando minhas ações – entrou em cena e pediu-me para encerrar a
operação. Eles queriam ver o que aconteceria e ao mesmo tempo informaram-me que
a EPA americana jamais permitiria o que estava acontecendo; sugeriam que eu fosse
para fora dos Estados Unidos. Portanto, com as bênçãos da Força Aérea americana,
comecei a experimentar em terras estrangeiras.
De junho de 1996 a maio de 1998, eu tinha realizado um trabalho com R-2 e
alcançado resultados incríveis, nenhum dos quais a cidade de Phoenix reconheceria.
Finalmente, eu enviei outra carta para a cidade de Phoenix:
7 de Maio de 1998.
Cidade de Phoenix
Ao Senhor Prefeito Skip Rimsza
200 W. Washington
Phoenix, Arizona 85003
Prezado Prefeito Rimsza:
Em maio de 1996m um artigo foi escrito pelo Arizona Republic descrevendo o quanto estava péssima a poluição
atmosférica em Phoenix e como o futuro da cidade estava comprometido por esse problema. Nesse artigo, dizia-se que
o governador Fife Symington tinha criado uma força-tarefa chamada Estratégias de Ozônio, na qual foi liderada pelo
procurador Roger Ferland. Esse artigo está em anexo. O senhor Ferland disse, ao referir-se ao problema da poluição,
“Quero dizer tudo. Não há nada que nós não consideraremos, não importa quão radical ou maluco, difícil ou caro. Nós
consideraremos tudo”.
22
Naquele ponto, eu conversei com Sr. Joe Gibbs que estava na força-tarefa Estratégias de Ozônio sobre o sistema de
poluição atmosférica que estávamos utilizando em Denver, Colorado durante o ano de 1995. Como foi comprovado,
Denver, durante o tempo que estava usando nosso sistema, teve o ano mais limpo jamais registrado antes.
Sr.Gibbs contou-nos que ele não estava interessado em nosso sistema, porém porque ele utiliza menos que um watt
de energia, não havia leis que pudesse nos interromper de conduzir um teste se nós quiséssemos. Nós dissemos ao
Sr.Gibbs que faríamos esse teste inteiramente às nossas custas. Ainda assim ele disse não. Nós solicitamos se ele
poderia ao menos monitorar o que estávamos fazendo e ele recusou a proposta. Eu senti que não estava prestativo de
forma alguma. Eu notei uma postura do Sr.Gibbs muito diferente daquela que ele expressou no supramencionado
artigo. Meses depois, quando tentamos compartilhar com ele um teste científico de um laboratório independente de
Fort Collins em Colorado, ele estava muito ocupado. Mesmo quando a Força Aérea, que também esteve trabalhando
conosco, ligou para conversar com ele, ainda assim ele não estava interessado.
Em 4 de julho de 1996, nós criamos um sistema diminuto em Cave Creek que tem um alcance de quase 56 mil
quilômetros. Levou três dias para o sistema ligasse e depois, três meses para que se tornasse estável. Nós estávamos
plenamente operacionais em 1º de Setembro de 1996. Uma cidade como Phoenix deveria ter, pelo menos, dez
unidades operando, todavia não poderíamos pagar para fazer isso. Executar uma unidade é como ter um lindo carro
novo com força de apenas 25 cavalos, ainda que isso seja melhor do que nada.
Antes de 1º de Setembro de 1996, Phoenix estava tendo dias com um elevado número de alertas bem atípicos e
prestes a entrar na classificação “grave” da EPA. Porém, após 1º de Setembro de 1996, acredito que não tivemos
algum dia com algum alerta. E a poluição tem constantemente caído. Em março de 1997, outra unidade foi instalada
próxima ao aeroporto. Isso proporcionou um sistema mais forte e afetou profundamente Phoenix.
A base da Força Aérea de Kirkland no Novo México esteve interessada no que estávamos fazendo por um tempo. Eles
executaram testes em alguns dos nossos equipamentos e se vocês estiverem interessados no que eles sabem, podem
ligar. Coronel Pam Burr no telefone 505-XXXXXXXX.
O motivo que me fez escrever esta carta é informá-lo que estaremos desmontando nosso sistema em 12 de maio de
1998. Temos deixado nosso sistema sair de sintonia já faz três semanas agora. Nos próximos 90 a 120 dias ou mais,
a poluição do ar poderá retornar da maneira que estava antes de junho de 1996. Julgando pela forma que a cidade de
Phoenix respondeu a essa ciência até agora, não esperamos qualquer comunicação. Contudo, se acharem que talvez
nós possamos ajudá-los a manter nossa cidade limpa da poluição, por favor nos telefone.
Cuidando da terra,
Dru Melchizedek
Gerente Geral
Cc: Lt.Col.Pam Burr
Arizona Pam Burr
QED Research, lie
Giv.Jane Hull
23
Durante o período de testes, eu vagarosamente comecei a compreender o que estava
realmente acontecendo e como a consciência humana estava interagindo com o
campo do R-2. Descobri que o R-2 foi criado fisicamente na imagem do corpo de luz
humano ou a Mer-Ka-Ba. Por consequência, deve ser possível para uma pessoa que
conhece a meditação da Mer-Ka-Ba e também a vibração de uma nuvem de chuva,
combinar esses dois componentes e então duplicar a ação do R-2 utilizando somente
pura consciência sem o auxílio da máquina.
Eu pensei sobrei isso por horas a fio. E um ida, eu me encontrei na Austrália
ensinando sobre a Mer-Ka-Ba quando um dos alunos disse, “Bem, se o R-2 pode
modificar a atmosfera sobre uma área, por que uma pessoa que conhece a Mer-Ka-Ba
não pode modificá-la sozinha?” Meus próprios pensamentos...
Limpando o Ar com o Corpo de Luz Humano
Houve uma terrível seca na parte norte da costa leste da Austrália. Eu não me lembro
da época exata, mas deve ter sido em 97 ou 98. Incêndios florestais estavam em
todos os lugares sem qualquer intervalo e o ar estava muito pesado com as fumaças
dos vários incêndios. Estava tão inacreditavelmente seco!
Então, com esse aluno e outras pessoas testemunhando, eu comecei a meditação da
Mer-Ka-Ba e enviei o som de uma forma de onda da nuvem de chuva por meio da
Mer-Ka-Ba para os arredores atmosféricos de vários quilômetros.
Nada aconteceu naquela tarde, porém na manhã seguinte nós acordamos com o
barulho da chuva batendo no telhado metálico da nossa cabine e céu estava repleto
de neblina e nuvens altas. Eu pulei da cama e corri à janela para observar a força da
chuva caindo como uma cachoeira ao redor daquela pequena casa. O entusiasmo no
meu coração me fez sentir como uma criança.
Eu sabia que tinha funcionado, mas ao mesmo tempo era uma única vez – e uma vez
poderia ser simplesmente uma coincidência. A chuva continuou por três dias e não
parou quando eu voltei para a América. Depois, quando eu voltei para casa, eu recebi
uma ligação de um amigo na Austrália que disse ainda estava chovendo forte após
duas semanas. Ele disse que todos os incêndios nas florestas tinham apagado e o
governo declarou que a seca terminara.
24
Meu interesse tinha despertado. Seria realmente verdade? Poderia um ser humano
comum modificar o clima por meio da meditação? Dois meses depois, eu estava na
Cidade do México ensinando um grupo sobre a Mer-Ka-Ba quando eu contei a história
da chuva na Austrália. Um dos ouvintes disse, “Bem, se você pôde fazer isso na
Austrália, poderá fazer aqui na Cidade do México? Nosso ar está tão poluído que nós
mal podemos respirar”.
Tenho que admitir, eu estive ao redor do mundo e nunca vi um lugar onde o ar
estivesse tão poluído quanto estava naquela cidade. Eu podia ver não mais que dois
quarteirões antes dos edifícios desaparecerem. Na verdade, eu não podia ver sequer
o céu no meio do dia. Parecia que eu estava vivendo dentro de uma cúpula marrom e
cada respiração cheirava como se estivesse atrás de caminhão a diesel. Esse
definitivamente seria um bom teste.
Acompanhado por mais de quarenta testemunhas, eu fui para o meio da cidade, para
as antigas pirâmides que estavam localizadas próximas a diversas rodovias. Nós
subimos para o topo onde pudéssemos ver a cidade em todas as direções, porém
somente numa curta distância devido à espessura da poluição.
Nós sentamos em círculo, encarando um ao outro numa área coberta pela grama,
plana e grande que havia no alto da pirâmide. Todo mundo sabia o que eu estava
prestes a fazer: começar a meditação usando meu campo natural da Mer-Ka-Ba como
uma antena para enviar uma vibração na forma de onda de uma nuvem de chuva
exatamente como ela faz para enviar um relâmpago de seu ventre. Olhei para o meu
relógio, como outros também fizeram, e comecei a meditar.
A Pirâmide na Cidade do México
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Quinze minutos na meditação, um buraco azul abriu-se no céu, diretamente acima da
minha cabeça. Todos olharam para cima e apontaram. O buraco começou a crescer e
crescer. Após outros quinze minutos, ele se expandiu para cerca de 3 a 5 quilômetros
de diâmetro. Criou-se um buraco perfeitamente redondo na poluição atmosférica
acima da cidade que parecia como se alguém tivesse usado um cortador de cookies e
colocado para fora a poluição de cima e simplesmente a jogado fora.
Uma muralha de nuvem marrom foi deixada em todas as direções ao redor de nós,
mas onde nós estávamos, no meio, o ar estava limpo e claro. Cheirava a rosas e uma
bela nuvem rosa se formou no céu acima de nossas cabeças. Era impressionante.
Por três horas e quinze minutos, como nós registramos, a muralha não se moveu. O
governo mandou helicópteros acima do buraco para ver por que ele estava lá, porém
eu nunca ouvi que eles pensaram disso. Então, no final desse período, eu contei ao
grupo que eu pararia a meditação para observar o que aconteceria. Imediatamente
após ter interrompido a meditação, a muralha de poluição atmosférica começou a
correr em direção ao nosso grupo. Dentro de quinze minutos, ela nos alcançou,
fechando-nos novamente no fedor terrível dos gases que despejavam na Cidade do
México. Mais uma vez, nós estávamos na cúpula de poluição que escondia a cidade
de nossa visão.
Eu me lembrei como eu me senti no coração enquanto estava voltando de volta para
os Estados Unidos. Sabia, além de qualquer dúvida, que a consciência humana era a
resposta para todos os nossos problemas. Continha, com dificuldade, meu entusiasmo
durante o longo voo para casa. Depois disso, eu executei o mesmo feito novamente,
duas vezes na Inglaterra e duas na Holanda. Funcionou perfeitamente todas as vezes
e cada vez em frente a uma audiência de cinquenta pessoas ou mais, no mínimo. A
segunda vez na Inglaterra mudou a minha vida dramaticamente.
Encontrando o Mundo Interno no Coração
Não me lembro exatamente onde eu estava na Inglaterra, mas estávamos num
pântano onde o Sol não brilhava por mais de seis meses. Toda a paisagem estava
mergulhada em névoa interminável, que fez tudo ficar úmido e encharcado. Eu estava
ensinando a Mer-Ka-Ba à cinquenta e cinco pessoas e o último dia de um workshop
de quatro dias, eu sugeri que nós tentássemos a meditação para limpar a poluição
26
atmosférica – mas não havia poluição, apenas neblina. Minha orientação interna disse:
“Não se preocupe. Faça a meditação e observe o que acontecerá”.
O Pântano
Não era fácil convencer um grupo inglês para sair e entrar na neblina e na chuva para
criar um círculo de meditação no campo coberta de grama molhada, mas eles
finalmente concordaram. Acho que eles pensaram que eu era um pouco maluco,
porém, de alguma forma, acreditaram em mim.
Todos eles levaram seus guarda-chuvas e sacos de plástico preto para sentar.
Estávamos ali, cinquenta e cinco pessoas incluindo a mim mesmo, sentados num
circulo na neblina e na chuva, segurando nossos guarda-chuvas para repelir todos os
elementos, parecendo uns tolos.
Em silêncio, comecei a fazer a meditação, esperando completamente que algo
ocorresse, mas sem saber o quê. Após quinze minutos, um buraco azul se formou
acima de nossas cabeças e começou a se expandir como havia feito na Cidade do
México. Dessa vez, porém, ele se expandiu mais rápido e mais distante, continuando
até chegar por volta de 12 quilômetros de diâmetro. Estávamos agora sob um céu
claro e azul com o sol vespertino atrás da muralha de neblina que permaneceu como
uma cerca de quase um quilômetro ao redor do círculo. E então, aconteceu.
Um sentimento tomou conta de todos no círculo enquanto todos nós podíamos sentir a
presença de Deus. Isso causou arrepios nos meus braços. Nós olhamos para os céus,
e estava a Lua cheia brilhando vivamente à frente. Apenas era diferente. O céu estava
tão claro que, mais uma vez, parecia que não havia qualquer atmosfera. Ao redor da
27
Lua tinha alguma coisa que eu nunca vi, mas já tinha ouvido antes: estrelas...estrelas
ao redor da Lua, no meio do dia! Foi incrível.
Repentinamente, minha atenção estava voltada em direção à Terra e eu percebi que
havia pequenos animais – esquilos, roedores, cachorros – todos a nossa volta,
observando. Muitos e muitos pássaros estavam empoleirados nas arvores próximas,
cantando suavemente. Eu olhei para as pessoas no circulo e estava evidente que elas
estavam num estado alterado de consciência. Eu sorri, pensando em St. Francis e
observei os animais tentando todos se aproximarem o quanto podiam de nós,
humildes seres humanos.
Lembrei-me de um pensamento que pipocava na minha cabeça: “Queria que nós
estivéssemos na luz do sol; está um pouco frio”. Imediatamente, o círculo inteiro
estava iluminado. Eu rapidamente me virei em direção da fonte de luz e vi um pequeno
milagre em progresso. A muralha de neblina tinha escondido o Sol, mas no momento
que o meu desejo por calor veio à tona, um buraco se formou no banco de nevoeiro
exatamente onde o Sol estava, permitindo que um raio entrasse como uma lanterna na
noite de neblina. E o buraco manteve o ritmo do Sol por uma hora e meia. Nosso
pequenino círculo foi banhado pela luz brilhante enquanto rezávamos.
Finalmente, decidi que nós tínhamos visto o suficiente e o Sol estava indo se por em
vinte minutos de qualquer maneira. Disse a todos que eu iria interromper a meditação.
E quando eu fiz isso, o círculo de neblina densa imediatamente correu de volta para
onde estávamos. Dentro de minutos, nós estávamos fechados novamente na neblina e
chuva do pântano.
E enquanto levantávamos, um verdadeiro milagre pelo padrão de qualquer pessoa
ocorreu. Um homem tinha vindo ao workshop com sua esposa e estava numa cadeira
de rodas há mais de dez anos. Ele pôde se levantar, mas apenas por alguns
segundos, tempo bastante para mudar de posição ou de cadeira e sua esposa a
ajudou o tempo todo. Quando todos começaram a deixar o círculo, o homem levantou
de sua cadeira de rodas e começou a andar de volta para o alojamento com o grupo,
deixando a cadeira de rodas para trás! Ele estava andando! Era impossível! Ele estava
um pouco vacilante, mas estava andando.
Sua esposa estava praticamente atônita com a experiência, mas ela me contou depois
que não somente ele estava andando, como sua espinha tinha endireitado e ele
28
estava seis polegadas mais alto do que era antes. Alegria inundou nossos corações e
subjugou o que tinha acabado de acontecer no campo.
Como curador, eu tinha visto milagres por várias vezes na minha vida, mas
frequentemente a doença retorna no dia seguinte. Contudo, na manhã seguinte, o
homem entrou na sala do café da manhã com sua radiante esposa ao seu lado. Além
disso, eu conhecia uma senhora que amiga deles e todo ano ela me ligava e contava
as atualizações sobre o caso. Depois de cinco anos, ele ainda estava andando
normalmente.
Aqui está um caso de um homem que viu a verdadeira natureza da realidade como o
resultado de uma experiência nesse campo inglês. Eu acredito que ele percebeu que
tudo é somente luz e que o mundo é criado de dentro da alma humana; ele soube,
sem sombra de dúvida, que poderia curar sua doença com sua própria consciência e
assim o fez.
Essa experiência na Inglaterra mudou a minha vida também e deu uma guinada na
direção de um ainda desconhecido despertar. Eu comecei a perceber que dentro da
alma humana estava “algo” muito maior que nenhuma ciencia ou a mente lógica havia
jamais considerado. O mundo exterior é criado pelo mundo interno que eu, de alguma
maneira, sabia estar no coração humano – disso eu estava certo.
Eu sabia que esse “algo” estava no coração humanom porque assim que sentei em
meu campo da Mer-Ka-Ba enviando a vibração da nuvem de chuva, eu pude sentir o
local da fonte da vibração – e era o meu coração; era alcançado pelo amor que eu
tinha pela Mãe Terra. Aos poucos, eu estava sendo preparado para uma nova
compreensão de meu relacionamento com a vida.
29
Capítulo Dois
ENXERGAR NA ESCURIDÃO
Uma mulher cega pode enxergar.
Crianças psíquicas da China
Inge Bardor – Enxergando com as mãos e pés
As crianças superpsíquicas na China
A Academia Internacional de Desenvolvimento Humano em Moscou
Jimmy Twyman e as crianças superpsíquicas da Bulgária
30
Uma mulher cega pode enxergar
Há pouco anos, eu era amigo de Pete Carrol, que era o principal treinador dos New
YorkJets na época. Ele continuava a me dizer que eu precisava conhecer essa mulher
que sabia ser muito incomum, que ele sentia que tinha algo a compartilhar que eu
acharia importante. Eu estava muito ocupado e protelei por vários meses. Até que um
dia, ele pediu se poderia dar meu número de telefone para ela para que pudesse me
ligar. Eu concordei e foi assim que encontrei Mary Ann Schinfield, uma mulher
certamente incomum. (Eu a mencionei brevemente no primeiro volume do livro O
antigo segredo da Flor da Vida).
Mary Ann era completamente cega e tecnicamente não tinha olhos, podendo ver
absolutamente nada. Contudo, ela capaz de realizar as tarefas cotidianas normais –
ela podia até ler um livro ou assistir televisão sem qualquer assistência externa.
Cientistas da NASA realizaram testes extensos para determinar como ela era capaz
de “ver”. Eles perguntaram a ela o que estava vendo dentro de sua cabeça enquanto
estava sentada num cômodo e ela – assim como me relatou posteriormente – contou-
lhes que estava se moendo através do espaço e estava continuadamente assistindo o
que estava acontecendo no sistema solar. Até mais interessante foi que ela disse que
estava restringida a esse sistema solar e não podia sair dele.
Claro que a NASA não acreditou que ela estava “se movendo pelo espaço”, então
fizeram um teste para ver se estava dizendo a verdade. Pediram-lhe que se movesse
ao lado de um de seus satélites e dessem a eles algum tipo de leitura sobre ele, um
número de série ou alguma coisa semelhante. Não tenho certeza o que foi, porém o
fez precisamente e a partir desse momento, Mary Ann pertencia à NASA. Eles nunca
permitiam que ela partisse e continuavam usando-a para seus próprios propósitos.
Não acho que teria feito esse jogo com eles, mas ela fez.
De qualquer maneira, um dia ela me telefonou e nós começamos uma conversa
semanal que mantivemos por volta de quatro meses. Achei que ela era
inacreditavelmente interessante na sua abordagem à natureza da realidade em que
vivemos, a qual ela percebia como uma série de imagens que se originaram dentro de
sua mente. Ela nunca pensou nessa realidade como “verdadeira” na forma que a
maioria de nós pensa. Nós conversamos pelo telefone todo final de semana sobre
31
quase todos os assuntos que alguém pode pensar, sempre do ponto de vista de suas
“imagens”.
Um dia, após mais ou menos dois meses, Mary Ann me pediu se eu gostaria de “ver”
pelos seus olhos. Eu não hesitei e perguntei-lhe o que eu deveria fazer. Ela disse:
“Simplesmente deite na cama e torne o quarto o mais escuro possível.”
Minha esposa, Claudette, estava escutando nossa conversa, então ela abaixou as
persianas e desligou as luzes. Era tarde da noite, semana da Lua Nova, por isso, ficou
extremamente escuro de qualquer forma. Quando Claudette terminou, eu não
conseguia ver minha mão na frente do meu rosto.
Então, Mary Ann falou para pegar um travesseiro para apoiar o telefone e deixar
minhas mãos livres. Fiz como ela pediu. Eu estava agora completamente num espaço
escuro com meus olhos fechados, esperando para que algo acontecesse. Lembro de
sentir nervoso por antecipação, sabendo que eu estava prestes a experimentar algo
novo.
Depois de um minuto, ela me perguntou se eu via alguma coisa. Mas não havia nada;
estava simplesmente escuro como normalmente fica quando fecho meus olhos. Após
talvez de outros cinco minutos, ela perguntou novamente e não havia nada ainda.
Contudo, logo em seguida, como se uma luz tivesse sido ligada, uma imagem
apareceu de repente na minha visão interior. Era como uma tela de televisão e era tão
real que dificilmente podia acreditar.
Estava lá, e meus olhos internos continuaram explorando essa TV interna, porque era
algo que eu nunca tinha visto antes em toda a minha vida. De alguma forma, Mary Ann
sabia que eu havia me conectado à sua visão, pois ela disse: “Você pode ver agora,
não pode?” Tudo que conseguia responder era: “ Sim, o que é isso?” “Somente uma
outra maneira de ver. Você enxergar as pequenas telas ao redor da grande?”
No centro, eu vi uma grande trela que aparecia estar uns 36 centímetros dos meus
olhos. Muitas pequenas telas estavam enfileiradas ao longo do seu perímetro, talvez
sete pequenas telas ao longo da parte superior e inferior e seis de cada lado. As
pequenas telas tinham imagens que se moviam muito rapidamente, cada uma
fornecendo informação sobre a tela central.
32
A TV interna
Mary Ann me pediu para olhar para a tela no alto do lado direito e olhar somente para
essa. Fiz como ela solicitou. Essa tela mostrou imagens de seres vivos misturados
com formas geométricas. Ela continuou dessa maneira em tanta velocidade que minha
mente apenas escassamente decifrar as imagens.
Mary Ann me contou que essa pequena tela mostrava a ela o que estava na
proximidade imediata do seu corpo físico – ela permitia que “visse” mesmo que ela
fosse cega. Incrível!
Mary Ann convidou-me, então, para olhar para uma pequena tela embaixo do lado
esquerdo. Novamente, havia imagens que se moviam rapidamente, porém elas eram
muito estranhas. Elas mostravam pessoas que não pareciam humanas e algumas
vezes, golfinhos apareciam na tela. Mary Ann disse que esse era seu sistema de
comunicação com seus “irmãos e irmãs” do espaço e outras dimensões. O que ela
queria dizer era: Ets!
Antes que eu pudesse pensar sobre o que estava vendo, ela me pediu para olhar na
tela central e dizer o que eu enxergava. Eu me encontrei olhando pela janela – era
perfeitamente real, nada parecido como olhar para um monitor de TV – e vi o espaço
profundo e milhares e milhares de estrelas por todos os lugares. Eu nunca tinha visto
antes as estrelas dessa forma, eu podia sentir a profundidade extrema do espaço no
meu corpo. Era emocionante, divertido.
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Naquele momento, cientistas da NASA estavam trabalhando com Mary Ann. Eles a
tinham feito localizar os vinte e um fragmentos do cometa Shoemaker-Levy e 9
estavam prestes a colidir em Júpiter. Isso foi em 1994. Os fragmentos do cometa
estavam se movimentando atrás do Sol naquele momento e estavam prestes a ter o
encontro final com seu destino trágico na história astronômica pela colisão na
superfície de Júpiter.
Mary Ann me disse: “Drunvalo, nós estamos prestes a virar à direita. Nós sentiremos
isso no nosso corpo, mas não fique preocupado”. Instantaneamente, comecei a sentir
com se eu estivesse virando meu corpo, porém obviamente ainda estava deitado na
minha cama. A visão dentro da tela começou a mudar enquanto eu estava na cápsula
espacial que estava rodando no sentido horário.
E ali, diretamente na minha frente, estava um dos fragmentos do cometa que o mundo
inteiro estava assistindo de tão longe. Acho que não estávamos a mais de 12 metros
dessa bola de fogo brilhante de poeira e gelo. Era extremamente brilhante e parecia
permanecer imóvel. Eu apenas encarei essa “coisa” como se estivesse assistindo um
filme.
Finalmente, Mary Ann começou a falar. “Estou trabalhando para a NASA no momento.
Querem que eu responda algumas de suas perguntas sobre esses fragmentos de
cometa, mas agora mesmo eu gostaria que você visse como eu vejo. O que você
acha?”
Imediatamente, meu foco foi para outro nível dessa experiência. Eu percebi que Mary
Ann e eu estávamos enxergando da mesma maneira que todos os humanos fazem:
estávamos olhando para frente, porém não podíamos enxergar atrás de nós, a não ser
que nos virássemos. De experiências passadas com outras formas de vida, eu sabia
que algumas vezes ETs podiam ver esfericamente, em todas as direções de uma vez.
“Mary Ann, o que está atrás de você? Não na realidade que você está monitorando,
mas na realidade maior?” Ela não sabia. “Sabe, eu nunca olhei. Eu nunca pensei
sobre isso.” Eu perguntei-lhe se estaria tudo bem se eu olhasse e visse e ela não
colocou qualquer objeção. Ela me concedeu permissão e então, contei-lhe para
permanecer imóvel enquanto eu olhava para trás.
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Eu me virei para olhar para o que estava atrás dela e o que eu vi me chocou tanto que,
depois de todo esse tempo, eu me sinto estranho ao relatar essa experiência. Mary
Ann tinha uma consciência que não era humana; atrás dela estava a quarta dimensão
e na frente dela, a quinta. Ela tinha consciência que fazia a interface com ambas
dimensões. Até então, eu não sabia que isso era possível.
Para descrever essa experiência seria quase impossível a menos que alguém tivesse
tido a experiência com a quarta dimensão. Porém, tudo o que eu posso dizer é que
atrás de consciência dela era completamente única. Ali estava uma mulher que era
incomum de muitas maneiras além de ser uma pessoa cega que podia “enxergar”. Ela
definitivamente não vinha da Terra, isso estava muito claro. Eu senti a certeza que se
alguém tirasse uma amostra de seu DNA, anomalias surgiriam que apontariam para
suas origens fora da história biológica da Terra.
Eu continuei a conversar com Mary Ann por outros dois meses. Após ter
experimentado as telas, ela queria apenas conversar em imagens e símbolos, os quais
ela me pediu para escrever. Assim como a pequena tela no alto do lado direito da tela
central, suas comunicações eram imagens de seres vivos misturados com formas
geométricas. De alguma forma, eu sempre soube o que ela estava dizendo, embora
minha mente consciente estava encontrando problemas em compreender.
Até que um dia pareceu que nosso relacionamento estava completo e nós dois
dissemos adeus. Lembro-me de pensar que essa experiência não se encaixava com
qualquer outra coisa que eu conhecesse e então eu a arquivei no que eu chamo de
“arquivo estranho”, esperando para maiores informações que me permitissem
novamente adquirir conhecimento para conectar com outras informações.
Verdadeiramente, porém, eu não tinha quaisquer expectativas. Eu apenas adicionei
essa experiência a todas as outras coisas do meu arquivo estranho e continuei com a
minha vida.
As crianças psíquicas da China
Eu percebi que eu falei sobre isso nos livros da Flor da Vida, mas eu senti que isso é
importante relatar isso de novo para aqueles que não os leram. De volta a janeiro de
1985, eu encontrei um artigo da Omni Magazine falando sobre as crianças
superpsíquicas da China que possuem habilidades extraordinárias. Uma vez que o
artigo estava na Omni, eu escutei o que eles tinham a dizer.
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Aparentemente, o governo chinês tinha solicitado que os repórteres da Omni fossem e
estudasse algumas crianças psíquicas da China. A China estava afirmando que essas
crianças podiam ver com diferentes partes de seus corpos enquanto seus olhos
estavam vedados; que elas podiam enxergar com suas orelhas, a ponta de seus
narizes, suas bocas e às vezes com suas línguas, cabelos, axilas, mãos e pés.
Em 1947, a China descobriu que o primeiro rapazinho que podia “ver” com suas
orelhas. Quando os olhos do menino estavam hermeticamente cobertos, ele ainda
podia “enxergar” ao virar suas orelhas na direção que queria ver. Aos poucos, eles
começaram a encontrar outras crianças, a maioria abaixo dos quatorze anos, que
podiam ver com partes variadas de seus corpos.
Obviamente, isso intrigou os editores da Omni e em 1984, eles enviaram uma equipe
de pesquisadores para a China com a finalidade de estudarem essas crianças. O
governo chinês forneceu a eles um grupo de crianças para teste. O artigo da Omni
enfatizou que os testes eram conduzidos muito cuidadosamente para que não fossem
enganados enquanto o governo secretamente observava cada movimento deles.
Um dos testes que o grupo da Omni realizou foi levar uma pilha alta de livros e
selecionar um aleatoriamente. Então, novamente ao acaso, alguém rasgava uma
página e imediatamente a amassava em forma de uma bola antes que qualquer um
pudesse ver ou ler. Essa página amassada era colocada embaixo da axila de uma das
crianças, selecionada aleatoriamente. Várias vezes seguidas, as crianças chinesas
podiam ler cada palavra naquelas páginas perfeitamente! Como era possível? O
grupo da Omni não tinha ideia. Tudo que eles puderam dizer após testar as crianças
de muitas maneiras era que o fenômeno aparentava ser verdadeiro e não
prestidigitação.
Inge Bardor – Vendo com Mãos e Pés
No segundo volume do Antigo segredo da Flor da Vida, eu relatei como Inge Bardor
demonstrou sua habilidade em enxergar com suas mãos e pés durante a palestra que
eu realizei em Denver, Colorado, em 1999.
Eu tinha conhecido Inge durante uma aula de meditação da Mer-Ka-Ba que eu estava
ensinando no México. Era um workshop de quatro dias e no terceiro dia, eu me
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encontrei falando sobre as crianças chinesas que podiam ver com diferentes partes de
seus corpos.
Repentinamente, uma jovem de dezoito anos de idade levantou e disse: “Drunvalo, eu
posso fazer isso. Eu posso enxergar com minhas mãos e pés quando estou
completamente vendada. Você gostaria que eu mostrasse a vocês?” Isso era
completamente inesperado, mas é claro que eu queria que ela me mostrasse e a esse
grupo de quase cem pessoas.
Então Inge, toda vestida de branco e muito bonita, andou até área onde eu estava
ensinando. Ela imediatamente perguntou se havia algum cético no grupo que não
acreditasse que ela poderia ver quando seus olhos estivessem completamente
cobertos. Dois jovens se levantaram.
Inge convidou-os para ir ao palco com ela e mandou-lhes que dobrassem dois lenços
e os colocassem sobre seus olhos de certa maneira. Depois, ela embrulhou longos
cachecóis em volta de suas cabeças para selar completamente de qualquer luz e
ambos confirmaram que estava 100 por cento, totalmente escuro. Os dois homens
retiraram os cachecóis e lenços ao mesmo tempo que Inge fazia a mesma coisa em si
mesma, e ela os manteve ali tempo suficiente para que verificassem e tivessem
certeza que não estava trapaceando. Uma vez satisfeitos que Inge não poderia ver
nada, ela começou.
Ela sentou numa cadeira de costas retas com seus pés no chão e perguntou se
alguém no recinto tinha uma foto na carteira ou bolsa que ela poderia usar. Uma
mulher pegou uma foto da bolsa e a entregou a Inge.
Inge imediatamente virou a foto com o lado correto para cima. As pontas de seus
dedos correram a superfície da fotografia por uns três segundos e ela começou a
descrevê-la para o grupo como ela enxergava o que lhe era mostrado. Era uma foto de
uma sala de estar, onde quatro pessoas estavam sentadas num sofá. Um grande
quadro estava pendurado na parede atrás do sofá e não havia muito mais. Era uma
foto comum e simples.
Inge perguntou: “Você gostaria que eu contasse a você alguma coisa sobre as
pessoas ou a casa?” Isso também era algo inesperado. A mulher que deu a foto a Inge
perguntou sobre as pessoas e Inge elencou seus nomes e se me recordo
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perfeitamente, suas idades. A mulher estava surpresa que Inge pudesse saber tantas
coisas e então perguntou-lhe se ela poderia se mover pela sua casa.
“Eu estou indo para o final do corredor à direita. A primeira porta da esquerda é seu
quarto.” Inge “foi” para o quarto e descreveu exatamente o cômodo inteiro, até dizendo
à mulher o que estava no seu criado-mudo. Então, ela atravessou o corredor até o
banheiro e novamente descreveu-o perfeitamente. A mulher estava maravilhada e
verificou que tudo estava correto.
Nesse ponto, um dos dois céticos pulou de seu assento e começou a afirmar que a
coisa toda era um embuste e que ele iria provar. Ele colocou a mão em seu bolso
traseiro para pegar sua carteira, tirou sua carteira de motorista e passou-a na frente e
atrás de Inge e perguntou: “Muito bem, o que é isso?”
Sem hesitação, Inge virou a licença e colocou-a no lado correto. “Essa é sua carta de
motorista, o que você deseja saber?” O homem disse: “Leia o número”. E Inge leu o
número, seu endereço e outras informações básicas de sua licença. Ele ainda não
estava convencido.
Ele disse a Inge: “Diga algo que somente eu saiba e então eu acreditarei em você”.
Com um pequeno sorriso, Inge respondeu: “Você está aqui com sua namorada, mas
tem outra em casa e o nome dela é....” (Inge falou o nome para o auditório). “e você as
tem mantido secretamente separadas, então uma não sabe sobre a outra.” O jovem
arrancou a licença de motorista das mãos de Inge voltou para sua namorada que
estava chateada após essa revelação. Ele não disse nenhuma outra palavra.
Inge continuou a demonstrar suas habilidades até que se tornou francamente obvio
que suas habilidades iam muito além de simplesmente ver o que estava em fotos que
ela segurava nas mãos. Ela podia fornecer nomes das pessoas que tiraram as fotos e
o que elas estavam vestindo ou pensando no momento em que pressionaram o botão.
Nós todos nos perguntávamos sobre o que tínhamos presenciado. Era verdadeiro,
mas como poderia ser? O que estava acontecendo?
(Através da Inge, eu descobri que existiam duas escolas próximas da Cidade do
México, dedicadas a ensinar crianças como “ver” com partes diferentes de seus
corpos assim como outras habilidades psíquicas. Inge conhecia, pelo menos, mil
crianças mexicanas que podiam enxergar e conhecer da mesma maneira que ela.)
38
Inge e sua mãe, Emma, viajaram para visitar minha família e a mim no Arizona por
alguns poucos dias. Nós decidimos tentar alguns testes psíquicos e era divertido
explorar o potencial humano tão diretamente. O que muitas pessoas pensavam ser
fingimento, eu estava testemunhando e também minhas duas filhas, Mia e Marlee, que
tinham sete e oito anos de idade na época.
Mia estivera calmamente observando Inge “enxergar” sem seus olhos por diversas
horas. Finalmente, ela não podia segurar mais nem mais um momento e disse: “Eu
também quero fazer o que você está fazendo, por favor”. Inge virou-se para ela, olhou
em seus olhos e disse: “Mia, todo mundo pode fazer isso. Você gostaria de ver como
eu faço?”
Mia pulava para cima e para baixo, cheia de entusiasmo: “Sim, sim, sim!” Então, Inge
tirou os lenços dobrados que vendavam seus olhos e cuidadosamente os colocou em
Mia. Ela continuou perguntou-lhe se ela podia ver qualquer coisa e continuou
ajustando os lenções até que Mia dissesse que estava completamente escuro.
Então, Inge folheou uma pilha de revistas por alguns minutos até encontrar
exatamente a foto certa, uma página inteira repleta de rinocerontes cruzando um rio
azul que parecia ter sido tirada na África. Ela colocou a revista no colo de Mia e
colocou suas mãos na borda da foto para que ela soubesse onde estava. Então, ela
simplesmente disse a Mia para olhar dentro da escuridão.
Após alguns minutos, Inge perguntou-lhe o que ela via e Mia respondeu: “Eu não
consigo ver nada. Está tudo preto”. Inge pediu-lhe que continuasse olhando. Depois de
outros cinco minutos, ela aproximou-se de Mia e colocou seus dedos no ombro dela.
Instantaneamente, Mia exclamou: “Inge, eu posso ver. É uma fotografia de
rinocerontes cruzando um rio grande e azul!” Mia não conseguia falar direito, mas
todos nós sabíamos o que ela estava dizendo.
Estava claro que Mia podia agora “enxergar” como Inge. Perguntei a Inge se ela tinha
tocado o ombro de Mia num lugar específico. Ela confirmou isso e disse que
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acreditava ter se tornado um tipo de antena para que Mia conseguisse “ver”. Na escola
onde ela aprendeu a fazer isso, eles a tinham auxiliado a “enxergar” pela primeira vez
da mesma maneira.
Outra vez, quando Inge e eu estávamos apenas conversando, eu perguntei-lhe como
era dentro de sua cabeça quando estava “vendo”. Por alguma razão, ela hesitou, eu
continuei incitando-a, até que finalmente ela explicou: “Ok, mas é um pouco estranho e
era por isso que eu não queria falar. O que eu vejo é algo como uma tela de televisão
com pequenas telas todas em volta de uma tela no centro. As pequenas telas me
dizem que está na tela central”.
Essa era a última coisa que eu esperava que ela dissesse. Isso me atingiu como uma
frigideira de ferro fundido sobre a minha cabeça e a lembrança de Mary Ann voltou
inundando meus pensamentos. Eu sabia exatamente sobre o que Inge estava falando,
porém eu nunca tinha ligado a tela interna de Mary Ann às crianças superpsíquicas.
Eu não consegui falar por alguns minutos.
Isso significava que eu tinha que reanalisar tudo o que pensava que eu sabia sobre
essas crianças. Era verdade? Todas essas crianças superpsíquicas viam uma tela
interna de TV? De acordo com Inge, pelo menos mil crianças no México viam.
As crianças superpsíquicas na China
Durante o tempo que estava trabalhando com Inge Bardor, estava lendo uma pesquisa
de Paul Dong e Thomas E. Rafill, coautores do livro Superpsíquicos na China. De
acordo com eles, o governo chinês testou mais de cem mil crianças que acreditavam
ser superpsíquicas e podiam “ver” sem utilizar seus olhos.
O governo chinês tinha construído escolas para receber essas crianças quando elas
fossem encontradas para treinamento especial. Na verdade, eles tanto ensinavam
quanto estudavam as crianças para entender esse grande mistério que estava se
desdobrando diante de seus olhos.
O Sr.Dong reportou como essas crianças chinesas estavam realizando feitos
extraordinários de habilidades psíquicas enquanto os cientistas governamentais
estudavam e controlavam cada experimento para certificar que não havia nenhuma
fraude.
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Aqui está um exemplo de um desses experimentos: uma mesa descoberta foi montada
numa área aberta; câmeras de vídeo estavam prontas para gravar o experimento; e
cientistas treinados estavam lá para monitorar todo e qualquer movimento. Um dos
cientistas colocou um frasco de comprimidos selado e fechado, como vitaminas, no
centro da mesa e uma moeda ou algo pequeno como isso, talvez uma pedra, em
direção da borda da mesa. Uma criança pequena aproximaria-se da mesa, mas não
chegaria muito perto, para assegurar que ele ou ela não tocasse em nada. Com as
habilidades psíquicas da criança, os comprimidos passariam pela parede de vidro do
frasco e terminaria no tampo da mesa. Então o outro objeto, a moeda ou a pedrinha
que estava na borda da mesa, flutuaria para o vazio, mas frasco selado. Essa façanha
evidentemente não é tão difícil, uma vez que cinco mil crianças chinesas eram
capazes de realizar esse experimento sob o exame minucioso do governo.
Uma garotinha chinesa de seis anos deu uma demonstração incomum de suas
habilidades psíquicas, com milhares de pessoas no auditório. Antes de entrar no
anfiteatro, a cada pessoa foi dado um botão de rosa na haste com folhas. Então, a
garotinha entraria no palco, agitava suas mãoes e todos os botões de rosa do recinto
se abririam e tornariam-se completamente rosas maduras em apenas alguns minutos.
Isso era um truque, mas era realmente um dos bons.
Houve muitos diferentes tipos de demonstração dessas habilidades das crianças, mas
o fato era muito fácil de compreender: algo extraordinário estava acontecendo na
China e no México. Agora, eu tinha que descobrir se era um fenômeno planetário ou
restrito a esses dois países.
Visto que tanto Mary Ann e Inge utilizavam a mesma tela interna para enxergar, eu
tinha que perguntar para Paul Dong, que estudara essas crianças extensivamente,
sobre as crianças superpsíquicas na China. (Desde 1985, há uma pesquisa extensa
na China a cerca da ideia da consciência maior e o fenômeno psíquico nas crianças e
acabou encontrando caminho nas revistas científicas de prestígio como Nature Journal
e muitas outras. Isso é algo que foi bem pesquisado e documentado).
Eu liguei para Paul na Califórnia, onde ele estava morando. Nós conversamos por
duas horas e perto do final da conversa eu perguntei a ele a questão que estava tão
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ansioso para descobrir: “Paul, o que as crianças chinesas superpsíquicas veem
quando elas estão com os olhos fechados? Quero dizer, o que elas veem em suas
mentes?”
Paul começou agindo como a Inge quando eu a tinha interrogado, dizendo que era um
pouco estranho e mudando de assunto. Finalmente, após uns dez minutos de
estímulo, Paul aventurou-se a dizer: “Drunvalo, eu nuca vi o que elas veem, mas as
crianças me contaram que veem algum tipo de uma tela interna de TV na qual as
imagens vêm a elas.” Eu imediatamente perguntei se era havia umas telas menores
de TV em volta da borda de uma tela central. Paul disse que não sabia sobre isso; as
crianças nunca disseram contaram a ele.
Então, agora que sabia que as crianças chinesas superpsíquicas também viam algum
tipo de tela de TV, mas não estava certo se era o mesmo. Sim, isso era muito
emocionante. Talvez no que eu tivesse tropeçado fosse um fenômeno universal e
estava agora ainda mais determinado a encontrar a verdade.
A Academia Internacional de
Desenvolvimento Humano próxima a Moscou
Um dos repórteres russos e escritores da revista eletrônica The Spirit of Ma’at, Kostya
Kovalenko, tinha lido um dos artigos sobre as crianças superpsíquicas e a tela interna
e ele contou-me que havia uma escola psíquica próxima a Moscou onde as crianças
eram ensinadas a ver a tela interna e ir ainda mais além. A escola estava fazendo
algumas afirmações, que se verdadeiras, poderiam modificar o mundo para sempre,
em última instância.
Essas crianças não somente podiam ver a tela interna e ver sem usar seus olhos,
como podiam simplesmente segurar um livro por alguns minutos e o livro inteiro
aparecer na sua tela interna. Uma vez lá dentro, as crianças podiam rolar as páginas
como um computador e ler e ver todos os textos e fotografias que estavam no livro
original. Além disso, elas sabiam imediatamente o conteúdo do livro inteiro.
O homem que iniciou e dirige essa escola, chamada de Academia Internacional de
Desenvolvimento Humano, é Viacheslav Bronnikov. A fama e realizações da escola
evidentemente alcançaram Washington D.C. quando Hillary Clinton, durante o
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mandato de seu marido, viajou a Moscou para observar a escola em primeira mão. Ela
aprendeu alguma coisa? Talvez seja como ela tornou-se a Senadora de Nova York!
Ao longo dos meses seguintes, Kostya me contou que mais duas escolas na Rússia
estavam ensinando uma concepção psíquica similar, porém usando métodos
diferentes de ensino. Foi quando comecei a perceber que estava em algo muito maior
do que eu pensei originalmente.
Em 1999, eu mesmo fui à Moscou e fui levado para Kremlin para falar com a
Academia Russa de Ciências em Moscou sobre o corpo de luz humano, a Mer-Ka-Ba.
Enquanto eu perguntava das crianças superpsíquicas, os membros da Academia
admitiram que havia milhares dessas crianças na Rússia e que muitas estavam agora
com quase trinta anos de idade. O governo russo conheceu sobre os superpsíquicos
na mesma época que o governo chinês, desde o começo da década de 70. Que
despertar! E eu primeiramente havia pensado que Mary Ann era apenas uma
causalidade.
Jimmy Twyman e as crianças superpsíquicas da Bulgária
A maioria de vocês conhece James Twyman, frequentemente chamado de “Trovador
da Paz”. Ele estava viajando ao redor do mundo cantando canções de paz. Muitas
vezes quando Jimmy cantava suas canções de paz, movimentos maiores entre
governos para encontrar a paz começavam. Eu conheci James Twyman quando ele
veio para minha casa com Gregg Braden, um velho amigo, uns dois anos atrás. Nós
conversamos sobre as crianças superpsíquicas, mas Jimmy não tinha qualquer
conhecimento ou experiência com essas crianças na época. E o tempo passou.
Então, num único dia, Jimmy foi atraído para as vidas das crianças superpsíquicas.
Ele estava dando uma palestra para um grupo pequeno de pessoas na casa de
alguém. Somente adultos estava presentes no início, mas não demorou muito, um
garoto de doze anos apareceu no recinto e sentou em frente ao Jimmy enquanto ele
estava falando.
O garoto cativou a atenção de Jimmy e depois de um tempo, ele se viu dando sua
palestra diretamente para esse menino. Mais tarde, os dois tiveram uma conversa,
durante a qual Marcos, o garoto, fez algo com Jimmy e ele viu a tela interna. Jimmy
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nunca vira nada assim antes, contudo ele se lembrou do que eu tinha contado a ele e
me telefonou mais tarde naquela noite para discutir esse evento extraordinário.
Esse começo humilde levou Jimmy para uma aventura incrível, que ele descreve em
seu livro chamado Emissary of Love. Ele escreve sobre quando foi à Bulgária, de onde
veio o Marcos, e finalmente encontrou um monastério no alto das montanhas onde os
monges estavam treinando crianças para ver a tela interna e ver com diferentes partes
de seus corpos.
Essas crianças da Bulgária estão falando agora com Jimmy telepaticamente sobre
como o mundo chegar à paz. Sua mensagem primordial é que a paz reside dentro de
cada um de nós e que nós somos, na verdade, emissários do amor. Dessa
compreensão, eles querem nos fazer uma pergunta: “Se nós enxergamos a nós
mesmos como emissários de amor, então, como viveremos nossas vidas sabendo
dessa verdade?” E eles nos dizem: “Comecem agora”.
Aos poucos, foi tornando-se claro para mim que de alguma forma enxergar na
escuridão era um fato, embora eu ainda não tivesse compreendido. Eu estava
aprendendo que nós podíamos ver com a luz utilizando nossos olhos e nossa mente
ou podíamos ver com outra parte de nós mesmos usando a escuridão; estava
aprendendo que nós ainda conseguimos ver e conhecer muito mais que a superfície
das coisas. Onde isso estava nos guiando, eu realmente não sabia, mas eu sempre
confiei no Grande Espírito e sei que qualquer coisa é o todo, completo e perfeito como
tem Ele é. Eu sabia que eu apenas tinha que esperar e manter minha consciência
aberta e a verdade se revelaria por si só.
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Capítulo três
APRENDENDO COM AS TRIBOS INDÍGENAS
Anciães aborígines compartilham suas energias
O Poder da Oração Maori vinda do coração
A experiência Kogi
A mulher colombiana
Tornando-se Um com os cavalos
Levando outra pessoa para dentro do Espaço Sagrado
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Enquanto todas essas experiências em torno das crianças superpsíquicas estavam
ocorrendo na minha vida, outra vertente encontrou uma forma de estar nos meus
estudos sobre ver na escuridão. Ela foi muito sutil, mas de sobremaneira fundamental
para a experiência de onde tudo isso se direcionando - o lugar secreto, oculto dentro
do coração que gerou essas imagens incríveis que as crianças estavam vendo e deu-
lhes seus conhecimentos.
Vagarosamente, as tribos indígenas de todo mundo surgiram com outra parte do
grande mistério, cutucando-me para lembrar algo antigo sobre meu espírito. Membros
de muitas tribos contaram-me que eles estavam esperando que através de mim,
mudanças começassem dentro do mundo tecnológico que conduziria à paz mundial e
ao equilíbrio ambiental.
Anciães aborígines compartilham suas energias
Em meados de 1990, eu fui convidado para falar na Conferência de Golfinhos e
Baleias na Austrália. Cheguei a Queensland para ser imerso na beleza dessa terra
com sua grande barreira de recifes, que mede mais de mil milhas de comprimento.
Que lugar fantástico de se viver!
Centenas de pessoas de todo o mundo estavam lá para discutir sobre golfinhos e
baleias, mas também para falar sobre assuntos relacionados como o meio-ambiente
mundial. (Obviamente, os golfinhos, as baleias e o resto da vida não iam sobreviver a
não ser que nós humanos modificássemos o curso de como estávamos vivendo).
Na época, estava experimentando o R-2 e tinha finalmente descoberto que uma única
pessoa, conectada com a Mãe Terra, podia mudar o meio-ambiente ao utilizar seu
corpo de luz ou a Mer-Ka-Ba. Estava muito animado com esse conceito e quando foi
minha vez de subir no palco, sabendo quem era o público, eu falei sobre isso do ponto
de vista muito pessoal. Eu enfatizei que nossos pensamentos e emoções podiam criar
o mundo ao nosso redor e ao ficarmos conectados com a Mãe Terra dentro do
coração, todas as coisas eram possíveis – até limpar o meio-ambiente com apenas o
corpo de luz humano.
Ao final do meu discurso, eu saí do palco, voltei para o recinto e esperei para ouvir o
próximo palestrante. Contudo, fui interceptado por um grupo de cinco ou seis anciães
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aborígines. Eles gesticularam para eu fosse para o círculo deles, para o qual me dirigi
sem pensar muito sobre isso.
Esses homens idosos levaram-me para o meio deles e contaram-me que eu era o
primeiro homem branco que ouviram falar a verdade como a conheciam. Disseram-me
como a Mãe Terra fornecia-lhes tudo sem que tivessem que lutar, que o mundo era
somente luz e que a consciência humana era mais do que os brancos normalmente
compreendiam. (Eles nos consideram uma mutação de sua consciência, como bebês
que estão ainda aprendendo sobre o mundo exterior). O velho homem contou-me que
iriam me apoiar enquanto estivesse na Austrália se eu permitisse o auxílio deles. Não
compreendi verdadeiramente o que eles quiseram dizer por “apoio”, porém, é claro
que concordei – afinal, eram verdadeiramente nossos anciães.
Depois disso, decidi falar em outras cidades australianas, tais como Brisbane,
Melbourne e Sydney. E cada vez que iniciava meu discurso, eu olhava para o auditório
e lá estavam esses anciães sentados no final do recinto num círculo, cantando
baixinho. Algumas das minhas palestras consistiam numa audiência de mais de mil
pessoas, mas as energias provindas desses anciães eram tão fortes que eu podia
senti-las quase pulsando no local. Não sabia como eles me acharam ou mesmo com
eram capazes de viajar essas grandes distâncias - visto não possuírem carros - porém
sempre estavam lá.
Eles me disseram uma última coisa antes que eu deixasse o seu círculo na
Conferência dos Golfinhos e Baleias: “Lembre-se da escuridão e do coração quando
você criar”. Na época, isso nada significava para mim.
O Poder da Oração Maori vinda do coração
Logo após, retornei para minha casa e o líder espiritual de Waitaha Maori, um povo
indígena da Nova Zelândia, pediu-me permissão para vir à minha casa na América e
conversar comigo. Macki Ruka fez sua solicitação através de Mary Thunder, uma
anciã americana que me ligou e o trouxe até a minha casa. Isso era muito
interessante, uma vez que não tinha tido nenhum contato com esse povo; todavia, de
maneira alguma eu iria recusá-lo, embora não tivesse a mínima ideia do que ele queria
falar comigo. Mary Thunder trouxe Macki Ruka acompanhado de vários assistentes
para a minha casa. Mary é uma avó maravilhosa da tribo Cheyenne e nós
permanecemos amigos desde então.
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Macki Ruka era um homem impressionante que pesava por volta de cento e sessenta
quilos. Trouxe diversos rapazes de sua tribo consigo para que carregassem todos os
itens dos cerimoniais sagrados que sentiu serem necessários para a sua visita a mim.
Alguns desses itens pesavam mais de cinquenta quilos! Não consigo recordar
exatamente o que eles eram, exceto que eram tão pesados, às vezes precisando de
mais de uma pessoa para movê-los. Os artigos cerimoniais foram colocados todos ao
nosso redor assim que começamos a falar.
Nossa conversa logo levou a uma discussão sobre a sobrevivência do mundo e como
nós, membros da civilização moderna, precisávamos recordar a antiga sabedoria para
sobreviver. Ele disse claramente que havia formas de comunicação que, se
lembradas, poderiam modificar tudo no mundo. Por algum motivo, estava claro que
essa era sua mensagem primordial. Nós conversamos por quatro horas sobre muitos
assuntos, porém antes de partir, ele me contou que enviaria alguém de sua tribo para
mim e que eu esperasse essa pessoa. Não entendi porque ele faria isso, contudo eu
concordei.
Poucos anos depois, estava morando com minha família no Arizona e estávamos no
meio da mudança de Sedona para Cave Creek. Eu tinha alugado um furgão e estava
lutando para levantar uma caixa e colocá-la no furgão. (Você não acreditaria quanta
coisa eu adquiri desde que me casei. Quando nos conhecemos, Claudette tinha uma
casa repleta de tudo que é necessário para a vida e eu também).
Enquanto eu me arrastava indo e voltando entre nossa casa e o furgão, deslocando
mais e mais coisas fora da casa e colocando-as no veículo, um jovem eu que nunca vi
antes se aproximou de mim. “Oi”, ele me cumprimentou, “Você precisa de ajuda para
carregar seu caminhão?” Ele tinha uns vinte e oito anos de idade e falava com um
sotaque perfeitamente californiano. Vestia um velho jeans azul e uma camiseta branca
limpa, além de um grande sorriso. Na verdade, ele podia ser um dos meus vizinhos na
época que morava na Califórnia na minha infância e adolescência.
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Eu respondi: “Não, está tudo bem. Não falta muita coisa agora.” Na verdade, eu
realmente precisava da ajuda dele, mas não queria me aproveitar de sua amizade. Ele
me olhou diretamente nos olhos e de seu coração gentilmente insistiu: “ Na verdade,
eu não tenho nada para fazer e adoraria ajudá-lo.” Como eu poderia recusar?
Então começamos a trabalhar. Ele não tinha muito a dizer, mas parecia simplesmente
focar no trabalho e fazê-lo. E assim, quase em silêncio, trabalhamos juntos. Quando o
furgão estava completamente lotado, eu o agradeci e perguntei se havia alguma coisa
que poderia fazer por ele. Ele disse: “ Não, mas eu realmente gostaria de ajudá-lo a
descarregar o furgão na sua nossa casa. Tudo bem?”
Não podia acreditar em tanta generosidade. “Não, isto é pedir muito. Porém, obrigado
por tudo que fez.” Novamente, ele olhou diretamente nos meus olhos e disse: “ Por
favor, deixe-me ajudá-lo. Você precisa do meu auxílio e não tenho absolutamente
nada mais para fazer. É verdade mesmo, está tudo bem.” De alguma maneira,
comecei a sentir como se o conhecesse de algum lugar. Sentia, no meu coração,
como se ele fosse meu irmão, portanto cedi ao seu argumento. “Tá bom, sobe aí. Mas
você é louco.”
Era um percurso de duas horas e meia até minha nova casa e tive uma ampla
oportunidade de perguntar-lhe muitas coisas sobre si mesmo. Enquanto ele esteve me
ajudando a carregar as coisas, não disse quase nada sobre si mesmo, mas agora
estava preso nessa caminhonete velha e alugada.
Nós tínhamos acabado de sair de Sedona quando eu lhe perguntei de onde era.
Esperava que dissesse “Califórnia”, porém ao invés disso ele respondeu: “Da Nova
Zelândia”. Sem mais explicações. Olhei para ele, surpreso. “Achei que fosse da
Califórnia. Você morou lá por um tempo?” Sem me olhar, ele disse: “Não, essa é a
primeira vez que venho à América. Cheguei aqui há duas semanas”.
Imediatamente, virei para ele e o inqueri: “Bem, onde você aprendeu a falar inglês com
sotaque californiano tão perfeitamente?” Sua resposta me chocou até os ossos. “Oh,
Faz apenas três semanas que eu aprendi. Minha tribo me ensinou.” Minha curiosidade
transformou-se em consciência. “O quê? Você aprendeu um inglês perfeito em menos
de um mês?” “Sim, é fácil”.
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No entanto, antes que pudesse me recuperar de sua afirmação inacreditável, ele
disse: “Você se lembra de Macki Ruka? Foi ele que me enviou aqui.” Eu tinha me
esquecido completamente da promessa de Macki Ruka de enviar alguém a mim, então
isso me pegou completamente desprevenido. Não conseguia sequer dizer: “Você está
brincando comigo.” O que teria sido ridículo de qualquer maneira. Ninguém poderia
chegar e dizer essas palavras sobre ter sido enviado por Macki Ruka a não ser que
elas fossem verdadeiras. Ninguém sabia disso, somente eu.
Instantaneamente, percebi que estava no meio de uma profunda experiência espiritual;
a energia no meu corpo mudou. Virei para ele e perguntei: “Como você me
encontrou?” Sua resposta era tão óbvia: “Fácil, eu segui meu coração”.
Após uma pausa, ele continuou: “Na verdade, eu primeiro tive que ir aos Hopis. Fui
instruído que minha tribo e os Hopis iriam compartilhar profecias e fui eleito para ir até
eles. Depois, disseram-me para encontrá-lo. Fui direto aos Hopis. Posso te contar o
que aconteceu lá?” Como se eu fosse interrompê-lo! Ele me contou uma história que
poucos acreditariam, porém afirmo que isso é exatamente o que ele disse:
Ele se ajustou no assento da velha caminhonete e virou-se levemente na minha
direção. “Cheguei na Third Mesa tarde da noite. Eles (os Hopis) sabiam, de alguma
forma, que eu viria e um lugar foi preparado para que eu ficasse. No dia seguinte, eles
me levaram para dentro de uma de suas kivas e mantiveram-me ali por três dias e
noites. Estávamos em completa escuridão”.
Para transmitir pedidos simples, eles falavam em espanhol, que eu também sei, mas
na maioria das vezes eles falavam comigo por meio de visões e imagens, revelando
suas profecias. Em troca, revelei-lhes as nossas verdades sobre o que o futuro trará.
Então, na terceira noite, entregaram-me um pote de barro e perguntaram-me como eu
me sentia sobre ele.
“Na verdade, primeiramente ele nada significou para mim, porém depois de segurá-lo
por algumas horas, uma onda de conhecimento veio sobre mim e uma visão tremenda
se seguiu. Podia ver que eu fui um dos Hopis há centenas de anos e que tinha sido a
pessoa que fez aquele pote. Também recordei que havia colocado uma imagem
dentro dele para que eu me lembrasse centenas de anos no futuro”.
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“Nessa visão, lembrei-me de tudo sobre mim e minha vida com os Hopis. Era tão
satisfatório e incrível me lembrar de tudo. Instantaneamente, recordei como falar a
língua Hopi. Daquele momento em diante, nós falamos somente em Hopi. Isso
aconteceu há apenas três dias”.
O que você consegue dizer para algo assim? Depois de uma pausa, eu perguntei:
“Poderia me contar o que foi compartilhado nas profecias?” Ele me olhou como se
quisesse responder, mas respondeu: “Lamento, mas não estou autorizado a falar
sobre as profecias com ninguém”.
Então, a conversa mudou para suas experiências rotineiras nos Estados Unidos desde
sua chegada. Ele achava que era um local fora do comum para morar. Sentia que nós
estávamos distanciados demais da natureza e da realidade e considerava que a TV
era uma “masturbação mental”.
Logo chegamos ao nosso destino e estacionei a caminhonete até a parada da nossa
nova garagem. Novamente, pouco falamos e muito trabalhamos enquanto
descarregávamos nossas coisas. Quando terminamos, ele pediu permissão para
executar uma cerimônia no novo terreno antes de retornarmos para Sedona. Na
época, essa cerimônia tornou-se uma grande lição do poder da oração, especialmente
quando sua oração vem do coração.
O terreno que compramos tinha um formato quase perfeito de um pentágono. Meu
amigo Maori pediu se poderia rezar em cada uma de suas cinco pontas e claro que dei
minha permissão. Juntos, fomos a cada uma das pontas e ele orou com reverência
profunda: “Amado Criador, por favor ouça minha oração pelo meu amigo Drunvalo.”
Ele continuou pedindo que todos os animais encontrassem refúgio naquele terreno;
que todos que ali morassem seriam saudáveis, felizes e nunca se machucariam; e
finalmente, que ninguém jamais tiraria aquele terreno de mim. Havia mais em suas
palavras, mas essa era a essência.
Depois disso, voltamos para Sedona onde ele me deu um grande abraço, olhou dentro
dos meus olhos uma última vez e partiu. Eu nunca mais o vi novamente.
Quando nós mudamos para nossa nova casa, minha esposa e eu observamos que
animais estavam dormindo por todo nosso terreno. Nós tínhamos apenas um acre e
cerca de metade dele foi utilizado para construir a casa. Mesmo havendo tão pouco
51
espaço, animais que normalmente não ficam próximos um do outro, tais como veados,
javalis e chacais, dormiam em plena proximidade. De fato, chacais normalmente
dormem dentro da Terra, mas não ali – dormiam somente a poucos metros uns dos
outros. Nós frequentemente riamos sobre a oração maori que trouxe tantos tipos
diferentes de animais até nós. Ainda que houvesse um vasto número de escorpiões,
cascavéis e lagarto de Gila por todo o terreno, ninguém jamais foi picado ou
machucado.
Após três anos e meio, decidimos mudar para outra casa. Nossa casa estava
localizada numa área extremamente popular e o corretor de imóveis tinha certeza que
a venderíamos em duas semanas ou no máximo, num mês. Contudo, depois que
quase um ano e centenas de possíveis compradores, ainda não tínhamos vendido
nossa bela casa. Não sabíamos o que fazer.
Uma noite, Claudette acordou de um sonho e disse: “Drunvalo, lembra o que o Maori
disse que ninguém jamais tiraria nossa propriedade? Precisamos quebrar essa oração
ou nossa casa nunca será ouvida.” No dia seguinte, fomos juntos a cada uma das
cinco pontas do terreno e oramos para modificar as palavras do Maori. Nossa casa foi
vendida cinco dias depois.
A experiência Kogi
Foi com os Kogis que minhas experiências com os povos indígenas começaram a
manifestar mais do que lições na espiritualidade e no potencial humano. O que eles
ensinaram-me e mostraram-me iluminou a ideia espiritual de ser capaz de enxergar
dentro da escuridão. Sem o auxílio deles, talvez eu nunca tivesse achado esse espaço
secreto dentro do coração. Por sua assistência amorosa, serei estarei eternamente em
débito com eles.
Eu tinha acabado um workshop Earth/Sky em Maryland/EUA, quando um rapaz
branco aproximou-se de mim e disse que tinha sido enviado pelos maias da
Guatemala para me dar um recado da tribo Kogi da Sierra Nevada da Colômbia,
América do Sul. Eu lhe escutei, porém jamais ouvira sobre a tribo Kogi.
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A aldeia Koge
Ele explicou que os Kogis eram uma das poucas tribos que fugiu, a maioria, da
Inquisição Espanhola em 1500, mudando para o alto de Sierra Nevada de Santa
Marta. Eles estavam ali inacessíveis e, portanto, capazes de manter algumas de
culturas originais e crenças religiosas. Mesmo agora, eles moravam quase da mesma
forma que viviam muitos anos atrás.
Dentro de sua tribo, existe um grupo chamado os Mamas, a quem os Kogis acreditam
não serem realmente humanos, mas parte da consciência da Terra que mantem o
equilíbrio do sistema ecológico mundial. Os Kogis acreditam que sem os Mamas, a
Terra morreria.
Os Mamas são também líderes religiosos da tribo Kogi e são respeitados da mesma
maneira que Jesus é respeitado pelos cristãos ou Maomé pelos mulçumanos. De
acordo com esse jovem que me contava essa história, os Mamas eram capazes de ver
na escuridão completa e eles observavam o mundo inteiro pela sua visão interna e sua
conexão íntima com a Mãe Terra, a quem chamavam Aluna.
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  • 2. 2 VIVENDO NO CORAÇÃO Como entrar no espaço sagrado dentro do coração Com dois capítulos da relação entre o coração e a Mer-Ka-Ba Drunvalo Melchizedek Light Technology Publishing
  • 3. 3 Dedicado ao meu Amor, minha esposa Claudette Quando eu conheci minha esposa, sabia que ela mantinha uma tradição de compreender o coração que tinha mais de quatro mil anos. Suas professoras Catherine Shainberg e Kolette de Jerusalém a treinaram em Imagens do Coração. A linhagem de Kolette vem das primeiras pessoas que escreveram sobre a Mer-Ka-Ba (Merkavah em hebreu) neste ciclo da Terra. Porém, os homens da tribo que estavam ensinando a Mer-Ka-Ba acharam que seu povo não estava pronto para uma experiência interdimensional direta e tornaram-se emocionalmente perturbados, uma vez que interagiram com outros mundos diretamente. Para resolver esse problema, as mulheres desta tribo criaram um sistema de conhecimento para preparar as pessoas para outros mundos utilizando o mistério feminino das Imagens do Coração. Quando minha esposa me expôs pela primeira vez a estas imagens, eu não pude achar nada que me explicasse o que elas eram ou como elas estavam trabalhando na alma humana. Tudo o que sabia era que elas funcionavam. Mais de oito anos estudando o trabalho de Claudette finalmente levou-me na direção da pesquisa deste livro. Tenho a certeza que sem a influência dela eu ainda estaria procurando por respostas dentro da mente. Então, eu sou grato a ela pelas Imagens do Coração que finalmente me encaminharam para esta experiência que eu prestes a compartilhar com você. Claudette, eu a amo e agradeço do fundo do meu coração. Drunvalo
  • 4. 4 Se alguém lhe diz: "Na cidade fortificada do imperecível, Nosso corpo, há uma flor de lótus e neste lótus existe um espaço minúsculo: O que ele contém para que alguém deva desejar conhecê-lo? " Você deve responder: "Tão vasto quanto este espaço exterior é o espaço minúsculo dentro do seu coração: o céu e a terra são lá encontrados, fogo e ar, do sol e da lua, iluminação e as constelações, seja lá o que pertence a você aqui em baixo e tudo o que não te pertence, tudo isso está reunido nesse espaço minúsculo dentro do seu coração. " * Chandogya Upanishad 8.1.2-3 Dado a mim por Ron LaPlace um dia após o término deste livro. Drunvalo
  • 5. 5 Prefácio Desde 1971, eu tenho intensamente estudado meditação e o corpo de luz humano chamado Mer-Ka-Ba e meu ser tem sido absorvido por esta antiga tradição na maior parte da minha vida adulta. Para mim, isso sempre pareceu a tudo abranger e a resposta para as inúmeras questões sobre a vida. Minha orientação interior ensinou- me as sagradas geometrias que levaram à minha descoberta do corpo de luz e a própria sagrada geometria pareceu estar completa e manter todo o conhecimento e mistérios do universo. Foi realmente incrível. Contudo, após tantos anos de experiência com esses campos de luz, aos poucos se tornou claro para mim que havia mais, embora eu não conseguisse articular o que era por muito tempo. Como normalmente acontece, Deus (a) Se revela de maneiras inusitadas e frequentemente de formas crípticas. Em algum lugar dentro dos mundos internos dos meus espaços, uma joia esotérica de imenso valor espiritual que vai além da Mer-Ka-Ba fez gradualmente o caminho para dentro da minha vida. E por qual razão? Eu só posso deduzir que era para ser usada. Então, essas palavras são meu presente para você, pois na verdade sei quem você é e eu o/a amo como a Terra ama o Sol. Eu acredito em você, e acredito que usará este conhecimento sabiamente – eu também não estou preocupado que talvez faça mau uso desta informação, pois ela não consegue ser mal utilizada. Drunvalo Melchizedek
  • 6. 6 SUMÁRIO Introdução.................................................................................................................................................. ....................9. Capítulo 1 – Começar com a Mente......................................................................................................... ..................12 Limpando o Ar com Tecnologia................................................................................................................... ..................13 Limpando o Ar com o Corpo de Luz Humano................................................................................................. ..............23 Encontrando o Mundo Interno no Coração.............................................................................................. .....................25 Capítulo 2 – Enxergar na Escuridão................................................................................................ .........................29 Uma mulher cega pode enxergar............................................................................................................. .....................30 Crianças psíquicas da China................................................................................................................... ......................34 Inge Bardor – Enxergando com as mãos e pés.................................................................................... ........................35 As crianças super-psíquicas na China........................................................................................................... ...............39 A Academia Internacional de Desenvolvimento Humano em Moscou...................................................... ....................41 Jimmy Twyman e as crianças superpsíquicas da Bulgária................................................................... .......................42 Capítulo 3 – Aprender com as tribos indígenas........................................................................ ...............................44 Anciães aborígines compartilham suas energias.............................................................................. ............................45 O Poder da Oração Maori vinda do coração ......................................................................................... ........................46 A experiência Kogi........................................................................................................................................ .................51 A mulher colombiana............................................................................................................................................... .......57 Tornando-se Um com os cavalos.............................................................................................................................. .....60 Levando outra pessoa para dentro do Espaço Sagrado................................................................... ..............................61 Capítulo 4 – O Espaço Sagrado do Coração...............................................................................................................65 Estudando e ensinando Vivendo no Coração.................................................................................................................68 A Vibração do coração – um jeito fácil de voltar....................................................................................... .......................69
  • 7. 7 Minha experiência pessoal do Sagrado Espaço do Coração................................................................. .......... ........ .70 Voltando para Casa................................................................................................................................ ........... ......... 74 O que é Tempo?.................................................................................................................................. ............ ............76 Outros Espaços Sagrados – Alguns exemplos.................................................................................... .. .....................78 O que pode pará-lo de ter essa experiência............................................................................................ .................. .80 Capítulo 5 –A Unidade do Céu e da Terra..................................................................................................................82 A respiração da Unidade................................................................................................................................................84 Entrando no Palco..........................................................................................................................................................87 É Tão Simples................................................................................................................................................................88 Capítulo 6 – Deixar a mente e entrar no Coração......................................................................................................89 Primeiro exercício – mover ao redor do Corpo...............................................................................................................92 Segundo exercício – Entrar no Coração.........................................................................................................................95 Terceiro exercício – A cabeça “Om” e o Coração “Aah”.................................................................................................96 Dois caminhos para dentro do Espaço Sagrado do Coração.........................................................................................97 Capítulo 7 – A meditação do Espaço Sagrado do Coração......................................................................................99 Preparando para a meditação.......................................................................................................................................100 O Sopro da Unidade.......................................................................................................................................................101 Escolha seu caminho para dentro do Coração..............................................................................................................102 Retornando ao Espaço Sagrado do Coração.................................................................................................................103 Capítulo 8 – A Mer-Ka-Ba e o Sagrado Espaço do Coração.....................................................................................105 Combinando o Espaço Sagrado do Coração com a Mer-Ka-Ba....................................................................................106 Os anjos explicam...........................................................................................................................................................109 Capítulo 9 – Cocriação consciente do Coração conectado com a Mente...............................................................111 Thoth fala.........................................................................................................................................................................112 Criando a partir do Coração............................................................................................................................................114
  • 8. 8 Criando a partir da Mente..............................................................................................................................................116 Lógica versus Sentimentos e Emoções.........................................................................................................................117 Sonhe um sonho do Novo Mundo..................................................................................................................................118 Quando nós criamos o Mundo – um Poema..................................................................................................................119 Para ler mais...................................................................................................................................................................120 .
  • 9. 9 Introdução Há muito, muito tempo nós, humanos, éramos bastante diferentes. Nós podíamos nos comunicar e experimentar maneiras que somente alguns começam a compreender no mundo moderno atual. Nós podíamos utilizar uma forma de comunicação e percepção que não envolve qualquer função cerebral, mas provém do espaço sagrado dentro do coração humano. Na Austrália, os aborígenes ainda estão conectados com a antiga trama da vida que eles chamam de tempo do sonho. Neste sonho coletivo ou estado de consciência eles continuam a existir dentro de seus corações, vivendo e respirando num mundo que se tornou quase completamente perdido para mente ocidental de hoje. Próximo deles, na Nova Zelândia, os Maoris podem ver através da vastidão do espaço até os Estados Unidos em suas meditações. Desta forma, eles podem realizar a comunicação efetiva com os Hopis para marcar reuniões de trocas de profecias. Sem enviar qualquer tipo comunicação tecnológica, os arranjos são feitos. No Havaí, os Kahunas comungam com a Mãe Terra para pedir pelo local onde os peixes estão nadando para alimentar seu povo. As crescentes nuvens brancas no primitivo céu azul se transformam na forma de uma mão humana que aponta para os abundantes peixes abaixo. No vale de uma montanha de alta profundidade nas montanhas de Sierra Nevada da Colômbia, América do Sul, mora uma tribo de pessoas indígenas que conhece a linguagem que não há palavras. Esta linguagem vem do espaço sagrado de seus corações. Se pelo menos pudéssemos lembrar! Antes da Babilônia, diz a Bíblia Sagrada, a humanidade foi abençoada com uma única linguagem que todos os povos da terra sabiam. Todavia, depois fomos divididos em centenas de línguas faladas criando barreiras entre nós, mantendo-nos separados uns dos outros, cada um em seu próprio pequeno mundo introvertido. A desconfiança nascida do equívoco foi nosso destino involuntário. Desta maneira, nós estávamos destinados a sermos confrontados uns pelos outros. Não conseguíamos falar uns com os outros. Era a separação na sua forma mais fria. Ainda que tivéssemos nascido da mesma Fonte cósmica, irmãos e irmãs estavam impossibilitados de expressar seus pensamentos e sentimentos e logo se tornaram inimigos. Conforme os séculos foram empilhando-se uns sobre os outros, o antigo
  • 10. 10 modo de entrar no coração para experimentar o sonho comum se perdeu na isolação da mente humana. Este é um livro de lembranças. Você sempre teve este local dentro do coração e ainda está ali agora. Existiu antes da criação e ainda existirá após a última estrela reluzir sua luz brilhante. À noite, quando você adentrar seus sonhos, você deixa sua mente e entra no sagrado espaço do seu coração. Porém, você se lembra? Ou você apenas se recorda do sonho? Por que eu estou contando sobre “algo” que está apagando de nossas memórias? Que benefício isso faria para encontrar este lugar novamente num mundo onde a grande religião é a ciência e a lógica da mente? Eu não sei que este é um mundo onde emoções e sentimentos são cidadãos de segunda classe? Sim, eu sei. Mas meus professores pediram-me para recordá-lo de quem realmente é. Você é mais do que somente um ser humano, muito mais. Para dentro do seu coração é um lugar, um lugar sagrado onde o mundo pode literalmente ser refeito por meio da co criação consciente. Se realmente deseja paz de espírito e quer retornar para casa, eu o convido para dentro da beleza de seu próprio coração. Com sua permissão, eu lhe apresentarei o que foi apresentado a mim. Eu lhe darei as instruções exatas para o atalho para dentro do seu coração, onde você e Deus são intimamente um. É uma escolha. Contudo, eu devo avisá-lo: dentro dessa experiência reside grande responsabilidade. A vida sabe quando um espírito nasce para os mundos superiores e ela o usará como todos os grandes mestres que já viveram foram usados. Se você ler o livro e fizer a meditação e então espera que nada mude em sua vida, você pode ser pego dormindo espiritualmente. Uma vez que você entrou na “Luz das Grandes Trevas”, sua vida mudará – afinal, você lembrará quem realmente é e sua vida se transformará uma vida de serviço à humanidade. Nos últimos dois capítulos encontram-se uma surpresa e um vislumbre de grande esperança. O corpo de luz humano que rodeia o corpo por volta de 16 a 18 metros de diâmetro, e a Mer-Ka-Ba (sobre a qual eu escrevi nos meus primeiros dois livros, O Antigo Segredo da Flor da Vida, volumes I e II), tem um segredo inerentemente conectado a este sagrado espaço do coração. Se você está praticando a meditação Mer-Ka-Ba em sua vida, eu acredito que achará primordial a informação contida nesse livro para sua jornada de ascensão nos mundos superiores da luz. Se estiver apenas
  • 11. 11 interessado no sagrado espaço do coração, talvez essas palavras sejam uma dádiva em sua vida e o auxilie a relembrar sua verdadeira natureza. Um último comentário. Esse livro foi escrito com o mínimo de palavras possível para transmitir o significado e manter a integridade da essência desta experiência. As imagens são propositadamente simples. É escrito pelo coração, não pela mente.
  • 12. 12 Capítulo 1 Começar com a Mente Limpando o Ar com Tecnologia Limpando o Ar com o Corpo de Luz humano Encontrando o Mundo Interno no Coração
  • 13. 13 Quase ao acaso, eu escolhi um ponto aparentemente arbitrário em minha vida para começar minha história: não enquanto eu estava em meditação dos mundos superiores da sagrada geometria da Mer-Ka-Ba, mas numa cena simples do cotidiano onde eu tomei a decisão de ajudar a Terra curar seu meio-ambiente utilizando a tecnologia da mente. Eu senti que todos nós temos esta responsabilidade e se eu estava indo falar sobre isso como fiz em algumas das minhas palestras públicas, teria que vivê-la. Então, eu me abri para todas as possibilidades que poderiam vir na minha direção de como eu poderia pessoalmente auxiliar a curar as condições climáticas da nossa querida Terra. Porém, para que você compreenda – não é a temática de limpar o meio-ambiente em si que é o motivo pelo qual eu estou contando-lhe essa história. É o que aconteceu a mim e como minha vida se modificou enquanto estava experimentando uma máquina chamada de R-2, que começou a abrir o meu espírito para uma nova e diferente maneira de experimentar a vida. Pouco eu sabia na época que esses experimentos tecnológicos poderiam conduzir-me além da mente e para dentro de partes desconhecidas da minha consciência e em profundidade no lugar secreto dentro do meu coração. Limpando o Ar com Tecnologia A história começa em maio de 1996, quando um velho amigo me telefonou e perguntou se eu estava interessado em ajudar um projeto de limpeza da poluição atmosférica que ele estava envolvido em Denver, Colorado. Eu manterei seu nome em sigilo, pois acredito que ele gostaria que assim eu fizesse. Eu apenas o chamarei de Jon. Esse homem era um cientista renegado que estudava todos os aspectos da vida e o mundo físico num pequeno, mas sofisticado laboratório domestico. Eu duvido que seu QI pudesse ser medido e, certamente, ele era um mestre genial. Ele criou uma nova forma de “ver” a realidade usando emissões de micro-ondas, o que deu ale uma vantagem tremenda na busca de respostas em nosso mundo. Mesmo nosso governo, conhecendo o trabalho dele, não foi capaz de duplicá-lo até muito recentemente.
  • 14. 14 Jon disse que ele e seus associados, um dos quais era Slim Spurling com suas incríveis bobinas, descobriram a natureza que poderia curar os problemas ambientais do planeta e ele queria que eu visse o que era. Ele disse que eles tinham limpado o ar poluído de Denver e que o ar estava primitivo agora. Ele me convidou para ir e ver por mim mesmo. Eu dificilmente podia acreditar nisso, uma vez que eu costumava morar em Boulder, Colorado, apenas algumas milhas de Denver, que no final da década de 70 tinha a pior qualidade do ar na América – até pior que Los Angeles. Em primeiro lugar, foi um dos motivos que me levou a sair de Boulder. Na realidade, eu achava que Jon estava exagerando, porém conhecendo seu intelecto e genialidade, qualquer coisa era possível. Então eu pensei, por que não? Eu precisava sair de qualquer maneira e isso parecia algo que seria, no mínimo, interessante. Eu decidi ir com a mente aberta e sem expectativas. Mesmo que ele dissesse algo que não fosse verdadeiro, essa viagem me levaria mais próximo para as montanhas cobertas de neve das Rockies, as quais sempre me fizeram sentir mais vivo. Uma semana depois, eu saía de um avião em Denver para uma atmosfera virginal da qual eu raramente vi na minha vida. Era quase como se não houvesse atmosfera. Eu podia ver as árvores nas montanhas de uma grande distância, por volta de 32 quilômetros. Eu apenas parei lá como um turista perdido em uma terra estranha, boquiaberto com a pureza que eu nunca vi nos cinco anos nos quais morei em Denver. Dizer que meu interesse foi despertado é muito pouco. Eu estava entusiasmado. Poderia Jon realmente ter feito isso? Um táxi do aeroporto rastejou-se para perto de mim, o motorista exalando um estado mental leve e relaxado. Ele acenou para que eu sentasse no banco dianteiro como se eu fosse seu velho amigo e dentro de alguns minutos nós estávamos silenciosamente
  • 15. 15 deslizando em direção da casa e laboratório de Slim Spurling, um local onde eu nunca tinha visto antes, mas do qual já ouvira grandes histórias. Eu me lembro de olhar dentro dos olhos do motorista de táxi e ele pareceu estar completamente livre de estresse, uma qualidade incomum para um motorista de táxi. Eu perguntei a ele se gostava de seu trabalho. Olhando para a estrada à frente, ele disse que amava o que fazia. Para ele, as pessoas eram como livros abertos contando-lhe histórias de suas experiências enquanto viajavam ao redor do mundo. Ao dizer isso, ele me perguntou por que estava em Denver. Eu contei a ele que estava ali para achar a resposta para os problemas da poluição mundial. Ele me olhou, dessa vez com uma inocência infantil, e disse: “Acabou tudo, agora. Veja, não há poluição”. Eu disse-lhe que podia ver o quanto o ar estava incrivelmente limpo. “Mais do que isso”, ele disse. “Toda pessoa que conheço se sente tão bem! Você sabe o que aconteceu?” Eu não tinha resposta para a pergunta dele, então logo nós chegamos a uma série de prédios antigos de dois andares na rua comprida que finalmente termina na Escola de Minas do Colorado. Ali que eu encontraria Slim Spurling, um dos pesquisadores que compilavam a informação experimental de um novo instrumento de redução da poluição chamado de R-2. Essa era uma invenção mágica que, de alguma maneira, capturava a forma de onda da nuvem de chuva quando ela estava a ponto de clarear e a enviava para uma área de 56 mil quilômetros, quebrando os hidrocarbonetos em moléculas inofensivas, oxigênio e vapor de água. Isso era realmente verdadeiro? Eu definitivamente senti que sim ao respirar o ar da rua de Slim. Eu bati à porta e ouvi Slim gritar para que eu entrasse e então, eu entrei. Sua casa era definitivamente um laboratório e não um lugar para morar, dormir ou comer. Tornou-se logo evidente que sua casa era no andar superior, separado do seu mundo de pesquisa. Bobinas estranhas de cobre de diversos tamanhos estavam colocadas no chão e havia outras coisas que somente Deus e Slim sabiam o que eram. Para esse homem, que parecia um cruzamento entre Merlin com sua barba branca e longa e seu velho
  • 16. 16 cowboy procurando a vaca perdida do rebanho, essas velhas bobinas estavam realmente fazendo algo para auxiliar limpar a poluição do ar de Denver. Jon não estava ali no primeiro dia, porém estavam Slim, seu co-inventor, e outros dois pesquisadores que estavam testando o equipamento. Logo os dois saíram e eu estava sozinho com Slim e pude começar a compreender esse homem, tornando-se rapidamente perceptível que se tratava de outro gênio. Eu fiquei com Slim e seus colegas por alguns dias, aprendendo o que eles sentiram que podiam compartilhar comigo. Aqui está como um R-2 funciona – na verdade, há muito mais que isso, mas a explicação seguinte é uma aproximação: A forma de onda que uma nuvem de chuva emite exatamente quando ela está a ponto de descarregar relâmpago é duplicada numa máquina especial (essa não é a R-2). Depois, ela é colocada num chip de computador no R-2 cujo sistema de alto-falantes a envia para atmosfera por meio de uma bobina chamada de um harmonizador. A forma de onda então cresce e expande- se para a forma de campo toroidal (como um donut), afetando as ondas de gravidade para limpar a poluição à distância. O R-2 tem quatro botões ligados no final das roscas de hastes metálicas, formando um tetraedro. Esses botões podem ser girados para sintonizar o campo toroidal até que ele “se torne vivo”. O coração do R-2, duas da bobinas de Slim Spurling: O Harmonizador (esquerda) e o Acu-Vac (direita) Jon e Slim ambos consideraram que os campos energéticos toroidais estavam “vivos” (e eu também após ter testemunhado como eles interagiam com a natureza). Eu tentei manter a mente aberta, visto que tudo isso era novo para mim na época.
  • 17. 17 Primeiro, eu aprendi como sintonizar um R-2 com um sentimento no meu terceiro olho enquanto eu girava os quatro botões da unidade. Isso era realmente muito fácil; como eu já tinha muita experiência no campo da física, fazer isso parecia completamente natural para mim. (Depois, eu percebi que somente alguns podiam fazer isso direito, mas quase todo sensitivo pode ser treinado). Eu continuei meu treinamento até chegar o dia no qual Slim e Jon sentiram que eu estava pronto para testar minhas habilidades. Eu estava a sintonizar um R-2 na natureza e trazer uma pequena área de Denver que estava “fora de sintonia” de volta ao equilíbrio. (Se um R-2 sair de sintonia, a área no qual está trabalhando volta para seu estado original de poluição muito rapidamente, normalmente dentro de duas semanas). Até esse ponto, eu dificilmente podia acreditar que alguma área de Denver pudesse ser suja, mas ambos me disseram que era verdade. Nós dirigimos por volta de 32 quilômetros na parte sudeste de Denver, uma área a qual não estava familiarizado e depois até o local mais distante da cidade; estacionamos o carro um pouco antes da rodovia e começamos a caminhar para lado de uma colina inclinada em direção ao cume. Conforme subíamos a colina, uma pequena floresta emergiu em direção ao topo. Eu jamais esquecerei o que eu vi quando alcancei o topo da colina e olhei para baixo o vale amplo e de baixo nível do outro lado. O vale inteiro estava preenchido por uma nuvem marrom-avermelhada de pura poluição que se estendia por muitos quilômetros. Embaixo de um pequeno álamo, escondido da visão de qualquer que estivesse apenas casualmente passando por ali, estava uma unidade R-2 operando silenciosamente sua melodia da nuvem de chuva. O problema que ela estava fora de sintonia. Jon e Slim disseram-me para sentar em frente ao R-2 e eles veriam se eu havia aprendido as minhas lições. Imbuído de interesse intenso e com um sentimento infantil de admiração, eu sentei, cruzei as pernas em frente à unidade e fechei meus olhos, começando a meditação e sentindo o que sintonizaria unidade. Assim que eu comecei a girar os botões, Jon me pareou e disse: “Mantenha seus olhos abertos e observe a nuvem de poluição.” Isso não era como eu havia sido treinado, porém eu obedeci, observei a nuvem e mais uma vez iniciei a justar os botões. Jon me parou novamente e disse: “Também escute os pássaros”.
  • 18. 18 Eu virei para ele e disse: “O quê?” Ninguém mencionara pássaros durante todo o treinamento para mim. Ele repetiu, “Apenas escute os pássaros. Você compreenderá.” Eu não tinha ideia do que ele estava falando, mas comecei de qualquer maneira. Assim que eu girei o primeiro botão, eu senti a mudança da área ao redor de quilômetros – no entanto, nada acontecei com o mundo visível. Uma vez que ajustei o quarto botão, contudo, duas coisas aconteceram simultaneamente – e ambas me surpreenderam e me chocaram. Instantaneamente, a nuvem marrom-avermelhada de poluição desapareceu, deixando uma atmosfera clara e limpa. Era quase como um milagre. E, no mesmo momento que a nuvem desapareceu, cerca de cem pássaros começaram a descontroladamente piar e cantar em volta de mim. Eu nem sabia que eles estavam ali! Os dois eventos juntos tiveram o efeito estranho sobre mim fisicamente. Eu tinha visto e sentido om pode do R-2 e naquele instante eu soube que esta nova ciência era real e que eu simplesmente tinha que aprender mais por experiência direta. Durante esse tempo, especialmente em 1995 e no começo de 1996, o ar de Denver tornou-se extremamente limpo enquanto o R-2 estava circulando, contudo a EPA (Environmental Protection Agency) da cidade tomou todos os créditos por esse fenômeno. A agência disse que as medidas que realizaram eram as razões pelas quais o ar de Denver havia se tornado tão limpo. Contudo, como pude observar diretamente diante de meus olhos grandes áreas de Denver serem instantaneamente limpas, eu concluí que a EPA de Denver estava simplesmente levando o mérito por algo que ela não tinha feito. Além do mais, Jon e Slim tinham testado o R-2 num laboratório independente em Fort Collins, Colorado, que comprovou que o R-2 estava fazendo exatamente o que eles afirmavam que fazia. Os testadores tinham uma unidade que colocavam para funcionar por um período de tempo e depois a desligavam. Eles fizeram isso diversas vezes por um período, seu eu me lembro, de três meses. A Força Área dos Estados Unidos da Base Área de Kirkland também estava observando esse experimento bem como aquele que eu começara em Phoenix, do qual falarei em breve, e perguntaram se nós cederíamos nossos equipamentos e nós mesmos para seu exame científico
  • 19. 19 minucioso. Nós concordamos e aqueles testes provaram conclusivamente que o R-2 realmente limpando a poluição do ar. Quando nós voltamos para o laboratório, Jon e Slim sentaram-me e ofereceram-me meu próprio R-2 para levara para minha casa no Arizona para experimentá-lo. Eu tenho que admitir, eu me senti como uma criança a quem tinha sido dado um longo e esperado brinquedo. Eu pacientemente esperei para estar em casa, sozinho, para iniciar a explorar ainda mais essa máquina inacreditável. Eu cheguei em casa para as manchetes do Arizona Republic de 30 de maio de 1996, descrevendo o problema horrível da poluição atmosférica que havia se desenvolvido em Phoenix. O governador do Arizona, Fife Symington, estava dizendo que a poluição em Phoenix estava tão ruim que a classificação da cidade estava para ser elevada para “grave”. Alertas eram emitidos com intervalo de poucos dias e a situação estava piorando diariamente. Em resposta, o governador Symington tinha criado uma força-tarefa “Estratégias de Ozônio”, liderada pelo advogado Roger Ferland. Para encontrar uma solução para o problema da poluição, o Sr. Ferland disse no artigo do Arizona Republic: “Quero dizer tudo. Não há nada que nós não consideraremos, não importa quão radical ou maluco, difícil ou caro. Nós consideraremos tudo”. Sr. Ferland disse que eles tinham que, absolutamente, limpar Phoenix; a poluição atmosférica estava destruindo o turismo e afetando quase todos os negócios, além de todos os problemas de saúde que causariam. Então eu escrevi uma carta para o Sr. Ferland pedindo auxílio para estabelecer a unidade R-2 em Phoenix. Visto que nós tínhamos provas cientificas que isso funcionava, ambas provindas de um laboratório independente e da Força Área e uma vez que não estávamos solicitando por ajuda financeira, eu presumi que eles nos escutariam. Rapaz, eu estava errado! Nessa carta que eu simplesmente pedi à cidade de Phoenix dar-nos a oportunidade de demonstrar que podíamos fazê-lo. Pagaríamos
  • 20. 20 por todos os custos e tudo que eles precisavam fazer era admitir nossa presença e monitorar o que nós estivéssemos fazendo. Recebi uma ligação da Prefeitura de um homem chamado Joe Gibbs, que me contou que eles não estavam interessados em nosso R-2 e não ajudariam de forma alguma para fazer qualquer coisa. Você deve entender o quão perplexo eu estava com essa resposta. Foi então que eu comecei a perceber que o artigo de jornal fora somente para exposição e política e eles não tinham qualquer intenção de realmente limpar a poluição atmosférica em Phoenix. Eles me rejeitaram em todos os níveis. Felizmente, ninguém pode me interromper de pesquisar, porque o R-2 funciona com uma bateria de nove volts e utiliza milivolt para operar e a lei federal diz que nada que usa menos que um volt é desregulado. Portanto, em 4 de junho de 1996, eu mesmo liguei o primeiro R-2 em Cave Creek, extremo norte de Scottsdale. O ar estava tão sujo e seco naquele dia que estava realmente difícil de respirar. Não chovia por meses e meses e até mesmo alguns cactos estavam morrendo. Nada acontecera nos primeiros três dias. Então, no quarto dia, uma pequena nuvem preta apareceu em cima da minha casa. Não havia uma nuvem em todo o sudeste do Arizona, exceto por esta pequena em cima da minha casa e pequena unidade R-2. Em seguida, a nuvem começou a expandir e cresceu de tamanho. Lá pelo décimo dia, uma nuvenzinha havia crescido por volta de 24 quilômetros de diâmetro e pela primeira vez num longo período de espera, começou a chover e tinha relâmpagos. E cara, tinha relâmpago – como eu apenas vi uma ou duas vezes antes na minha vida. A tempestade continuou por horas a fio, com raios se movimentando lateralmente pelo céu. O ar tinha um perfume sensível de ozônio. Lentamente, o céu se abriu para um aguaceiro. Daquele momento em diante, continuou a chover quase todos os dias, limpando a poluição do ar e enchendo os rios e lagos com água fresca. Em 1º de Setembro de 1996, o campo em forma de onda criado pelo R-2 estava estabelecido e desse dia em diante, não houve mais alertas de poluição atmosférica – nenhuma até a Força Aérea americana nos solicitar o desligamento do R-2 para ver o que aconteceria.
  • 21. 21 Nós desligamos a máquina em 12 de maio de 1998 e já pelo fim do mês a poluição do ar retornou e a Prefeitura deu o primeiro alerta desde 1996. Durante o tempo do teste (na verdade, nós tínhamos colocado um segundo R-2 na própria cidade de Phoenix em março de 1997 e foi quando começou a demonstrar resultados), as medições de hidrocarboneto na cidade de Phoenix ficaram quase sempre em um único digito. Às vezes, no meio do centro de Phoenix, os hidrocarbonetos chegavam a zero. Não havia absolutamente nada, nada de poluição de hidrocarboneto. Infelizmente, o R-2 não parou os nitratos, que são aqueles que causam a poluição de ozônio, mas ele realmente auxiliou com os hidrocarbonetos. Tudo isso é matéria de registro público. No final desse teste, eu tinha certeza que o R-2 era um sucesso, porém a Força Aérea – que estava monitorando minhas ações – entrou em cena e pediu-me para encerrar a operação. Eles queriam ver o que aconteceria e ao mesmo tempo informaram-me que a EPA americana jamais permitiria o que estava acontecendo; sugeriam que eu fosse para fora dos Estados Unidos. Portanto, com as bênçãos da Força Aérea americana, comecei a experimentar em terras estrangeiras. De junho de 1996 a maio de 1998, eu tinha realizado um trabalho com R-2 e alcançado resultados incríveis, nenhum dos quais a cidade de Phoenix reconheceria. Finalmente, eu enviei outra carta para a cidade de Phoenix: 7 de Maio de 1998. Cidade de Phoenix Ao Senhor Prefeito Skip Rimsza 200 W. Washington Phoenix, Arizona 85003 Prezado Prefeito Rimsza: Em maio de 1996m um artigo foi escrito pelo Arizona Republic descrevendo o quanto estava péssima a poluição atmosférica em Phoenix e como o futuro da cidade estava comprometido por esse problema. Nesse artigo, dizia-se que o governador Fife Symington tinha criado uma força-tarefa chamada Estratégias de Ozônio, na qual foi liderada pelo procurador Roger Ferland. Esse artigo está em anexo. O senhor Ferland disse, ao referir-se ao problema da poluição, “Quero dizer tudo. Não há nada que nós não consideraremos, não importa quão radical ou maluco, difícil ou caro. Nós consideraremos tudo”.
  • 22. 22 Naquele ponto, eu conversei com Sr. Joe Gibbs que estava na força-tarefa Estratégias de Ozônio sobre o sistema de poluição atmosférica que estávamos utilizando em Denver, Colorado durante o ano de 1995. Como foi comprovado, Denver, durante o tempo que estava usando nosso sistema, teve o ano mais limpo jamais registrado antes. Sr.Gibbs contou-nos que ele não estava interessado em nosso sistema, porém porque ele utiliza menos que um watt de energia, não havia leis que pudesse nos interromper de conduzir um teste se nós quiséssemos. Nós dissemos ao Sr.Gibbs que faríamos esse teste inteiramente às nossas custas. Ainda assim ele disse não. Nós solicitamos se ele poderia ao menos monitorar o que estávamos fazendo e ele recusou a proposta. Eu senti que não estava prestativo de forma alguma. Eu notei uma postura do Sr.Gibbs muito diferente daquela que ele expressou no supramencionado artigo. Meses depois, quando tentamos compartilhar com ele um teste científico de um laboratório independente de Fort Collins em Colorado, ele estava muito ocupado. Mesmo quando a Força Aérea, que também esteve trabalhando conosco, ligou para conversar com ele, ainda assim ele não estava interessado. Em 4 de julho de 1996, nós criamos um sistema diminuto em Cave Creek que tem um alcance de quase 56 mil quilômetros. Levou três dias para o sistema ligasse e depois, três meses para que se tornasse estável. Nós estávamos plenamente operacionais em 1º de Setembro de 1996. Uma cidade como Phoenix deveria ter, pelo menos, dez unidades operando, todavia não poderíamos pagar para fazer isso. Executar uma unidade é como ter um lindo carro novo com força de apenas 25 cavalos, ainda que isso seja melhor do que nada. Antes de 1º de Setembro de 1996, Phoenix estava tendo dias com um elevado número de alertas bem atípicos e prestes a entrar na classificação “grave” da EPA. Porém, após 1º de Setembro de 1996, acredito que não tivemos algum dia com algum alerta. E a poluição tem constantemente caído. Em março de 1997, outra unidade foi instalada próxima ao aeroporto. Isso proporcionou um sistema mais forte e afetou profundamente Phoenix. A base da Força Aérea de Kirkland no Novo México esteve interessada no que estávamos fazendo por um tempo. Eles executaram testes em alguns dos nossos equipamentos e se vocês estiverem interessados no que eles sabem, podem ligar. Coronel Pam Burr no telefone 505-XXXXXXXX. O motivo que me fez escrever esta carta é informá-lo que estaremos desmontando nosso sistema em 12 de maio de 1998. Temos deixado nosso sistema sair de sintonia já faz três semanas agora. Nos próximos 90 a 120 dias ou mais, a poluição do ar poderá retornar da maneira que estava antes de junho de 1996. Julgando pela forma que a cidade de Phoenix respondeu a essa ciência até agora, não esperamos qualquer comunicação. Contudo, se acharem que talvez nós possamos ajudá-los a manter nossa cidade limpa da poluição, por favor nos telefone. Cuidando da terra, Dru Melchizedek Gerente Geral Cc: Lt.Col.Pam Burr Arizona Pam Burr QED Research, lie Giv.Jane Hull
  • 23. 23 Durante o período de testes, eu vagarosamente comecei a compreender o que estava realmente acontecendo e como a consciência humana estava interagindo com o campo do R-2. Descobri que o R-2 foi criado fisicamente na imagem do corpo de luz humano ou a Mer-Ka-Ba. Por consequência, deve ser possível para uma pessoa que conhece a meditação da Mer-Ka-Ba e também a vibração de uma nuvem de chuva, combinar esses dois componentes e então duplicar a ação do R-2 utilizando somente pura consciência sem o auxílio da máquina. Eu pensei sobrei isso por horas a fio. E um ida, eu me encontrei na Austrália ensinando sobre a Mer-Ka-Ba quando um dos alunos disse, “Bem, se o R-2 pode modificar a atmosfera sobre uma área, por que uma pessoa que conhece a Mer-Ka-Ba não pode modificá-la sozinha?” Meus próprios pensamentos... Limpando o Ar com o Corpo de Luz Humano Houve uma terrível seca na parte norte da costa leste da Austrália. Eu não me lembro da época exata, mas deve ter sido em 97 ou 98. Incêndios florestais estavam em todos os lugares sem qualquer intervalo e o ar estava muito pesado com as fumaças dos vários incêndios. Estava tão inacreditavelmente seco! Então, com esse aluno e outras pessoas testemunhando, eu comecei a meditação da Mer-Ka-Ba e enviei o som de uma forma de onda da nuvem de chuva por meio da Mer-Ka-Ba para os arredores atmosféricos de vários quilômetros. Nada aconteceu naquela tarde, porém na manhã seguinte nós acordamos com o barulho da chuva batendo no telhado metálico da nossa cabine e céu estava repleto de neblina e nuvens altas. Eu pulei da cama e corri à janela para observar a força da chuva caindo como uma cachoeira ao redor daquela pequena casa. O entusiasmo no meu coração me fez sentir como uma criança. Eu sabia que tinha funcionado, mas ao mesmo tempo era uma única vez – e uma vez poderia ser simplesmente uma coincidência. A chuva continuou por três dias e não parou quando eu voltei para a América. Depois, quando eu voltei para casa, eu recebi uma ligação de um amigo na Austrália que disse ainda estava chovendo forte após duas semanas. Ele disse que todos os incêndios nas florestas tinham apagado e o governo declarou que a seca terminara.
  • 24. 24 Meu interesse tinha despertado. Seria realmente verdade? Poderia um ser humano comum modificar o clima por meio da meditação? Dois meses depois, eu estava na Cidade do México ensinando um grupo sobre a Mer-Ka-Ba quando eu contei a história da chuva na Austrália. Um dos ouvintes disse, “Bem, se você pôde fazer isso na Austrália, poderá fazer aqui na Cidade do México? Nosso ar está tão poluído que nós mal podemos respirar”. Tenho que admitir, eu estive ao redor do mundo e nunca vi um lugar onde o ar estivesse tão poluído quanto estava naquela cidade. Eu podia ver não mais que dois quarteirões antes dos edifícios desaparecerem. Na verdade, eu não podia ver sequer o céu no meio do dia. Parecia que eu estava vivendo dentro de uma cúpula marrom e cada respiração cheirava como se estivesse atrás de caminhão a diesel. Esse definitivamente seria um bom teste. Acompanhado por mais de quarenta testemunhas, eu fui para o meio da cidade, para as antigas pirâmides que estavam localizadas próximas a diversas rodovias. Nós subimos para o topo onde pudéssemos ver a cidade em todas as direções, porém somente numa curta distância devido à espessura da poluição. Nós sentamos em círculo, encarando um ao outro numa área coberta pela grama, plana e grande que havia no alto da pirâmide. Todo mundo sabia o que eu estava prestes a fazer: começar a meditação usando meu campo natural da Mer-Ka-Ba como uma antena para enviar uma vibração na forma de onda de uma nuvem de chuva exatamente como ela faz para enviar um relâmpago de seu ventre. Olhei para o meu relógio, como outros também fizeram, e comecei a meditar. A Pirâmide na Cidade do México
  • 25. 25 Quinze minutos na meditação, um buraco azul abriu-se no céu, diretamente acima da minha cabeça. Todos olharam para cima e apontaram. O buraco começou a crescer e crescer. Após outros quinze minutos, ele se expandiu para cerca de 3 a 5 quilômetros de diâmetro. Criou-se um buraco perfeitamente redondo na poluição atmosférica acima da cidade que parecia como se alguém tivesse usado um cortador de cookies e colocado para fora a poluição de cima e simplesmente a jogado fora. Uma muralha de nuvem marrom foi deixada em todas as direções ao redor de nós, mas onde nós estávamos, no meio, o ar estava limpo e claro. Cheirava a rosas e uma bela nuvem rosa se formou no céu acima de nossas cabeças. Era impressionante. Por três horas e quinze minutos, como nós registramos, a muralha não se moveu. O governo mandou helicópteros acima do buraco para ver por que ele estava lá, porém eu nunca ouvi que eles pensaram disso. Então, no final desse período, eu contei ao grupo que eu pararia a meditação para observar o que aconteceria. Imediatamente após ter interrompido a meditação, a muralha de poluição atmosférica começou a correr em direção ao nosso grupo. Dentro de quinze minutos, ela nos alcançou, fechando-nos novamente no fedor terrível dos gases que despejavam na Cidade do México. Mais uma vez, nós estávamos na cúpula de poluição que escondia a cidade de nossa visão. Eu me lembrei como eu me senti no coração enquanto estava voltando de volta para os Estados Unidos. Sabia, além de qualquer dúvida, que a consciência humana era a resposta para todos os nossos problemas. Continha, com dificuldade, meu entusiasmo durante o longo voo para casa. Depois disso, eu executei o mesmo feito novamente, duas vezes na Inglaterra e duas na Holanda. Funcionou perfeitamente todas as vezes e cada vez em frente a uma audiência de cinquenta pessoas ou mais, no mínimo. A segunda vez na Inglaterra mudou a minha vida dramaticamente. Encontrando o Mundo Interno no Coração Não me lembro exatamente onde eu estava na Inglaterra, mas estávamos num pântano onde o Sol não brilhava por mais de seis meses. Toda a paisagem estava mergulhada em névoa interminável, que fez tudo ficar úmido e encharcado. Eu estava ensinando a Mer-Ka-Ba à cinquenta e cinco pessoas e o último dia de um workshop de quatro dias, eu sugeri que nós tentássemos a meditação para limpar a poluição
  • 26. 26 atmosférica – mas não havia poluição, apenas neblina. Minha orientação interna disse: “Não se preocupe. Faça a meditação e observe o que acontecerá”. O Pântano Não era fácil convencer um grupo inglês para sair e entrar na neblina e na chuva para criar um círculo de meditação no campo coberta de grama molhada, mas eles finalmente concordaram. Acho que eles pensaram que eu era um pouco maluco, porém, de alguma forma, acreditaram em mim. Todos eles levaram seus guarda-chuvas e sacos de plástico preto para sentar. Estávamos ali, cinquenta e cinco pessoas incluindo a mim mesmo, sentados num circulo na neblina e na chuva, segurando nossos guarda-chuvas para repelir todos os elementos, parecendo uns tolos. Em silêncio, comecei a fazer a meditação, esperando completamente que algo ocorresse, mas sem saber o quê. Após quinze minutos, um buraco azul se formou acima de nossas cabeças e começou a se expandir como havia feito na Cidade do México. Dessa vez, porém, ele se expandiu mais rápido e mais distante, continuando até chegar por volta de 12 quilômetros de diâmetro. Estávamos agora sob um céu claro e azul com o sol vespertino atrás da muralha de neblina que permaneceu como uma cerca de quase um quilômetro ao redor do círculo. E então, aconteceu. Um sentimento tomou conta de todos no círculo enquanto todos nós podíamos sentir a presença de Deus. Isso causou arrepios nos meus braços. Nós olhamos para os céus, e estava a Lua cheia brilhando vivamente à frente. Apenas era diferente. O céu estava tão claro que, mais uma vez, parecia que não havia qualquer atmosfera. Ao redor da
  • 27. 27 Lua tinha alguma coisa que eu nunca vi, mas já tinha ouvido antes: estrelas...estrelas ao redor da Lua, no meio do dia! Foi incrível. Repentinamente, minha atenção estava voltada em direção à Terra e eu percebi que havia pequenos animais – esquilos, roedores, cachorros – todos a nossa volta, observando. Muitos e muitos pássaros estavam empoleirados nas arvores próximas, cantando suavemente. Eu olhei para as pessoas no circulo e estava evidente que elas estavam num estado alterado de consciência. Eu sorri, pensando em St. Francis e observei os animais tentando todos se aproximarem o quanto podiam de nós, humildes seres humanos. Lembrei-me de um pensamento que pipocava na minha cabeça: “Queria que nós estivéssemos na luz do sol; está um pouco frio”. Imediatamente, o círculo inteiro estava iluminado. Eu rapidamente me virei em direção da fonte de luz e vi um pequeno milagre em progresso. A muralha de neblina tinha escondido o Sol, mas no momento que o meu desejo por calor veio à tona, um buraco se formou no banco de nevoeiro exatamente onde o Sol estava, permitindo que um raio entrasse como uma lanterna na noite de neblina. E o buraco manteve o ritmo do Sol por uma hora e meia. Nosso pequenino círculo foi banhado pela luz brilhante enquanto rezávamos. Finalmente, decidi que nós tínhamos visto o suficiente e o Sol estava indo se por em vinte minutos de qualquer maneira. Disse a todos que eu iria interromper a meditação. E quando eu fiz isso, o círculo de neblina densa imediatamente correu de volta para onde estávamos. Dentro de minutos, nós estávamos fechados novamente na neblina e chuva do pântano. E enquanto levantávamos, um verdadeiro milagre pelo padrão de qualquer pessoa ocorreu. Um homem tinha vindo ao workshop com sua esposa e estava numa cadeira de rodas há mais de dez anos. Ele pôde se levantar, mas apenas por alguns segundos, tempo bastante para mudar de posição ou de cadeira e sua esposa a ajudou o tempo todo. Quando todos começaram a deixar o círculo, o homem levantou de sua cadeira de rodas e começou a andar de volta para o alojamento com o grupo, deixando a cadeira de rodas para trás! Ele estava andando! Era impossível! Ele estava um pouco vacilante, mas estava andando. Sua esposa estava praticamente atônita com a experiência, mas ela me contou depois que não somente ele estava andando, como sua espinha tinha endireitado e ele
  • 28. 28 estava seis polegadas mais alto do que era antes. Alegria inundou nossos corações e subjugou o que tinha acabado de acontecer no campo. Como curador, eu tinha visto milagres por várias vezes na minha vida, mas frequentemente a doença retorna no dia seguinte. Contudo, na manhã seguinte, o homem entrou na sala do café da manhã com sua radiante esposa ao seu lado. Além disso, eu conhecia uma senhora que amiga deles e todo ano ela me ligava e contava as atualizações sobre o caso. Depois de cinco anos, ele ainda estava andando normalmente. Aqui está um caso de um homem que viu a verdadeira natureza da realidade como o resultado de uma experiência nesse campo inglês. Eu acredito que ele percebeu que tudo é somente luz e que o mundo é criado de dentro da alma humana; ele soube, sem sombra de dúvida, que poderia curar sua doença com sua própria consciência e assim o fez. Essa experiência na Inglaterra mudou a minha vida também e deu uma guinada na direção de um ainda desconhecido despertar. Eu comecei a perceber que dentro da alma humana estava “algo” muito maior que nenhuma ciencia ou a mente lógica havia jamais considerado. O mundo exterior é criado pelo mundo interno que eu, de alguma maneira, sabia estar no coração humano – disso eu estava certo. Eu sabia que esse “algo” estava no coração humanom porque assim que sentei em meu campo da Mer-Ka-Ba enviando a vibração da nuvem de chuva, eu pude sentir o local da fonte da vibração – e era o meu coração; era alcançado pelo amor que eu tinha pela Mãe Terra. Aos poucos, eu estava sendo preparado para uma nova compreensão de meu relacionamento com a vida.
  • 29. 29 Capítulo Dois ENXERGAR NA ESCURIDÃO Uma mulher cega pode enxergar. Crianças psíquicas da China Inge Bardor – Enxergando com as mãos e pés As crianças superpsíquicas na China A Academia Internacional de Desenvolvimento Humano em Moscou Jimmy Twyman e as crianças superpsíquicas da Bulgária
  • 30. 30 Uma mulher cega pode enxergar Há pouco anos, eu era amigo de Pete Carrol, que era o principal treinador dos New YorkJets na época. Ele continuava a me dizer que eu precisava conhecer essa mulher que sabia ser muito incomum, que ele sentia que tinha algo a compartilhar que eu acharia importante. Eu estava muito ocupado e protelei por vários meses. Até que um dia, ele pediu se poderia dar meu número de telefone para ela para que pudesse me ligar. Eu concordei e foi assim que encontrei Mary Ann Schinfield, uma mulher certamente incomum. (Eu a mencionei brevemente no primeiro volume do livro O antigo segredo da Flor da Vida). Mary Ann era completamente cega e tecnicamente não tinha olhos, podendo ver absolutamente nada. Contudo, ela capaz de realizar as tarefas cotidianas normais – ela podia até ler um livro ou assistir televisão sem qualquer assistência externa. Cientistas da NASA realizaram testes extensos para determinar como ela era capaz de “ver”. Eles perguntaram a ela o que estava vendo dentro de sua cabeça enquanto estava sentada num cômodo e ela – assim como me relatou posteriormente – contou- lhes que estava se moendo através do espaço e estava continuadamente assistindo o que estava acontecendo no sistema solar. Até mais interessante foi que ela disse que estava restringida a esse sistema solar e não podia sair dele. Claro que a NASA não acreditou que ela estava “se movendo pelo espaço”, então fizeram um teste para ver se estava dizendo a verdade. Pediram-lhe que se movesse ao lado de um de seus satélites e dessem a eles algum tipo de leitura sobre ele, um número de série ou alguma coisa semelhante. Não tenho certeza o que foi, porém o fez precisamente e a partir desse momento, Mary Ann pertencia à NASA. Eles nunca permitiam que ela partisse e continuavam usando-a para seus próprios propósitos. Não acho que teria feito esse jogo com eles, mas ela fez. De qualquer maneira, um dia ela me telefonou e nós começamos uma conversa semanal que mantivemos por volta de quatro meses. Achei que ela era inacreditavelmente interessante na sua abordagem à natureza da realidade em que vivemos, a qual ela percebia como uma série de imagens que se originaram dentro de sua mente. Ela nunca pensou nessa realidade como “verdadeira” na forma que a maioria de nós pensa. Nós conversamos pelo telefone todo final de semana sobre
  • 31. 31 quase todos os assuntos que alguém pode pensar, sempre do ponto de vista de suas “imagens”. Um dia, após mais ou menos dois meses, Mary Ann me pediu se eu gostaria de “ver” pelos seus olhos. Eu não hesitei e perguntei-lhe o que eu deveria fazer. Ela disse: “Simplesmente deite na cama e torne o quarto o mais escuro possível.” Minha esposa, Claudette, estava escutando nossa conversa, então ela abaixou as persianas e desligou as luzes. Era tarde da noite, semana da Lua Nova, por isso, ficou extremamente escuro de qualquer forma. Quando Claudette terminou, eu não conseguia ver minha mão na frente do meu rosto. Então, Mary Ann falou para pegar um travesseiro para apoiar o telefone e deixar minhas mãos livres. Fiz como ela pediu. Eu estava agora completamente num espaço escuro com meus olhos fechados, esperando para que algo acontecesse. Lembro de sentir nervoso por antecipação, sabendo que eu estava prestes a experimentar algo novo. Depois de um minuto, ela me perguntou se eu via alguma coisa. Mas não havia nada; estava simplesmente escuro como normalmente fica quando fecho meus olhos. Após talvez de outros cinco minutos, ela perguntou novamente e não havia nada ainda. Contudo, logo em seguida, como se uma luz tivesse sido ligada, uma imagem apareceu de repente na minha visão interior. Era como uma tela de televisão e era tão real que dificilmente podia acreditar. Estava lá, e meus olhos internos continuaram explorando essa TV interna, porque era algo que eu nunca tinha visto antes em toda a minha vida. De alguma forma, Mary Ann sabia que eu havia me conectado à sua visão, pois ela disse: “Você pode ver agora, não pode?” Tudo que conseguia responder era: “ Sim, o que é isso?” “Somente uma outra maneira de ver. Você enxergar as pequenas telas ao redor da grande?” No centro, eu vi uma grande trela que aparecia estar uns 36 centímetros dos meus olhos. Muitas pequenas telas estavam enfileiradas ao longo do seu perímetro, talvez sete pequenas telas ao longo da parte superior e inferior e seis de cada lado. As pequenas telas tinham imagens que se moviam muito rapidamente, cada uma fornecendo informação sobre a tela central.
  • 32. 32 A TV interna Mary Ann me pediu para olhar para a tela no alto do lado direito e olhar somente para essa. Fiz como ela solicitou. Essa tela mostrou imagens de seres vivos misturados com formas geométricas. Ela continuou dessa maneira em tanta velocidade que minha mente apenas escassamente decifrar as imagens. Mary Ann me contou que essa pequena tela mostrava a ela o que estava na proximidade imediata do seu corpo físico – ela permitia que “visse” mesmo que ela fosse cega. Incrível! Mary Ann convidou-me, então, para olhar para uma pequena tela embaixo do lado esquerdo. Novamente, havia imagens que se moviam rapidamente, porém elas eram muito estranhas. Elas mostravam pessoas que não pareciam humanas e algumas vezes, golfinhos apareciam na tela. Mary Ann disse que esse era seu sistema de comunicação com seus “irmãos e irmãs” do espaço e outras dimensões. O que ela queria dizer era: Ets! Antes que eu pudesse pensar sobre o que estava vendo, ela me pediu para olhar na tela central e dizer o que eu enxergava. Eu me encontrei olhando pela janela – era perfeitamente real, nada parecido como olhar para um monitor de TV – e vi o espaço profundo e milhares e milhares de estrelas por todos os lugares. Eu nunca tinha visto antes as estrelas dessa forma, eu podia sentir a profundidade extrema do espaço no meu corpo. Era emocionante, divertido.
  • 33. 33 Naquele momento, cientistas da NASA estavam trabalhando com Mary Ann. Eles a tinham feito localizar os vinte e um fragmentos do cometa Shoemaker-Levy e 9 estavam prestes a colidir em Júpiter. Isso foi em 1994. Os fragmentos do cometa estavam se movimentando atrás do Sol naquele momento e estavam prestes a ter o encontro final com seu destino trágico na história astronômica pela colisão na superfície de Júpiter. Mary Ann me disse: “Drunvalo, nós estamos prestes a virar à direita. Nós sentiremos isso no nosso corpo, mas não fique preocupado”. Instantaneamente, comecei a sentir com se eu estivesse virando meu corpo, porém obviamente ainda estava deitado na minha cama. A visão dentro da tela começou a mudar enquanto eu estava na cápsula espacial que estava rodando no sentido horário. E ali, diretamente na minha frente, estava um dos fragmentos do cometa que o mundo inteiro estava assistindo de tão longe. Acho que não estávamos a mais de 12 metros dessa bola de fogo brilhante de poeira e gelo. Era extremamente brilhante e parecia permanecer imóvel. Eu apenas encarei essa “coisa” como se estivesse assistindo um filme. Finalmente, Mary Ann começou a falar. “Estou trabalhando para a NASA no momento. Querem que eu responda algumas de suas perguntas sobre esses fragmentos de cometa, mas agora mesmo eu gostaria que você visse como eu vejo. O que você acha?” Imediatamente, meu foco foi para outro nível dessa experiência. Eu percebi que Mary Ann e eu estávamos enxergando da mesma maneira que todos os humanos fazem: estávamos olhando para frente, porém não podíamos enxergar atrás de nós, a não ser que nos virássemos. De experiências passadas com outras formas de vida, eu sabia que algumas vezes ETs podiam ver esfericamente, em todas as direções de uma vez. “Mary Ann, o que está atrás de você? Não na realidade que você está monitorando, mas na realidade maior?” Ela não sabia. “Sabe, eu nunca olhei. Eu nunca pensei sobre isso.” Eu perguntei-lhe se estaria tudo bem se eu olhasse e visse e ela não colocou qualquer objeção. Ela me concedeu permissão e então, contei-lhe para permanecer imóvel enquanto eu olhava para trás.
  • 34. 34 Eu me virei para olhar para o que estava atrás dela e o que eu vi me chocou tanto que, depois de todo esse tempo, eu me sinto estranho ao relatar essa experiência. Mary Ann tinha uma consciência que não era humana; atrás dela estava a quarta dimensão e na frente dela, a quinta. Ela tinha consciência que fazia a interface com ambas dimensões. Até então, eu não sabia que isso era possível. Para descrever essa experiência seria quase impossível a menos que alguém tivesse tido a experiência com a quarta dimensão. Porém, tudo o que eu posso dizer é que atrás de consciência dela era completamente única. Ali estava uma mulher que era incomum de muitas maneiras além de ser uma pessoa cega que podia “enxergar”. Ela definitivamente não vinha da Terra, isso estava muito claro. Eu senti a certeza que se alguém tirasse uma amostra de seu DNA, anomalias surgiriam que apontariam para suas origens fora da história biológica da Terra. Eu continuei a conversar com Mary Ann por outros dois meses. Após ter experimentado as telas, ela queria apenas conversar em imagens e símbolos, os quais ela me pediu para escrever. Assim como a pequena tela no alto do lado direito da tela central, suas comunicações eram imagens de seres vivos misturados com formas geométricas. De alguma forma, eu sempre soube o que ela estava dizendo, embora minha mente consciente estava encontrando problemas em compreender. Até que um dia pareceu que nosso relacionamento estava completo e nós dois dissemos adeus. Lembro-me de pensar que essa experiência não se encaixava com qualquer outra coisa que eu conhecesse e então eu a arquivei no que eu chamo de “arquivo estranho”, esperando para maiores informações que me permitissem novamente adquirir conhecimento para conectar com outras informações. Verdadeiramente, porém, eu não tinha quaisquer expectativas. Eu apenas adicionei essa experiência a todas as outras coisas do meu arquivo estranho e continuei com a minha vida. As crianças psíquicas da China Eu percebi que eu falei sobre isso nos livros da Flor da Vida, mas eu senti que isso é importante relatar isso de novo para aqueles que não os leram. De volta a janeiro de 1985, eu encontrei um artigo da Omni Magazine falando sobre as crianças superpsíquicas da China que possuem habilidades extraordinárias. Uma vez que o artigo estava na Omni, eu escutei o que eles tinham a dizer.
  • 35. 35 Aparentemente, o governo chinês tinha solicitado que os repórteres da Omni fossem e estudasse algumas crianças psíquicas da China. A China estava afirmando que essas crianças podiam ver com diferentes partes de seus corpos enquanto seus olhos estavam vedados; que elas podiam enxergar com suas orelhas, a ponta de seus narizes, suas bocas e às vezes com suas línguas, cabelos, axilas, mãos e pés. Em 1947, a China descobriu que o primeiro rapazinho que podia “ver” com suas orelhas. Quando os olhos do menino estavam hermeticamente cobertos, ele ainda podia “enxergar” ao virar suas orelhas na direção que queria ver. Aos poucos, eles começaram a encontrar outras crianças, a maioria abaixo dos quatorze anos, que podiam ver com partes variadas de seus corpos. Obviamente, isso intrigou os editores da Omni e em 1984, eles enviaram uma equipe de pesquisadores para a China com a finalidade de estudarem essas crianças. O governo chinês forneceu a eles um grupo de crianças para teste. O artigo da Omni enfatizou que os testes eram conduzidos muito cuidadosamente para que não fossem enganados enquanto o governo secretamente observava cada movimento deles. Um dos testes que o grupo da Omni realizou foi levar uma pilha alta de livros e selecionar um aleatoriamente. Então, novamente ao acaso, alguém rasgava uma página e imediatamente a amassava em forma de uma bola antes que qualquer um pudesse ver ou ler. Essa página amassada era colocada embaixo da axila de uma das crianças, selecionada aleatoriamente. Várias vezes seguidas, as crianças chinesas podiam ler cada palavra naquelas páginas perfeitamente! Como era possível? O grupo da Omni não tinha ideia. Tudo que eles puderam dizer após testar as crianças de muitas maneiras era que o fenômeno aparentava ser verdadeiro e não prestidigitação. Inge Bardor – Vendo com Mãos e Pés No segundo volume do Antigo segredo da Flor da Vida, eu relatei como Inge Bardor demonstrou sua habilidade em enxergar com suas mãos e pés durante a palestra que eu realizei em Denver, Colorado, em 1999. Eu tinha conhecido Inge durante uma aula de meditação da Mer-Ka-Ba que eu estava ensinando no México. Era um workshop de quatro dias e no terceiro dia, eu me
  • 36. 36 encontrei falando sobre as crianças chinesas que podiam ver com diferentes partes de seus corpos. Repentinamente, uma jovem de dezoito anos de idade levantou e disse: “Drunvalo, eu posso fazer isso. Eu posso enxergar com minhas mãos e pés quando estou completamente vendada. Você gostaria que eu mostrasse a vocês?” Isso era completamente inesperado, mas é claro que eu queria que ela me mostrasse e a esse grupo de quase cem pessoas. Então Inge, toda vestida de branco e muito bonita, andou até área onde eu estava ensinando. Ela imediatamente perguntou se havia algum cético no grupo que não acreditasse que ela poderia ver quando seus olhos estivessem completamente cobertos. Dois jovens se levantaram. Inge convidou-os para ir ao palco com ela e mandou-lhes que dobrassem dois lenços e os colocassem sobre seus olhos de certa maneira. Depois, ela embrulhou longos cachecóis em volta de suas cabeças para selar completamente de qualquer luz e ambos confirmaram que estava 100 por cento, totalmente escuro. Os dois homens retiraram os cachecóis e lenços ao mesmo tempo que Inge fazia a mesma coisa em si mesma, e ela os manteve ali tempo suficiente para que verificassem e tivessem certeza que não estava trapaceando. Uma vez satisfeitos que Inge não poderia ver nada, ela começou. Ela sentou numa cadeira de costas retas com seus pés no chão e perguntou se alguém no recinto tinha uma foto na carteira ou bolsa que ela poderia usar. Uma mulher pegou uma foto da bolsa e a entregou a Inge. Inge imediatamente virou a foto com o lado correto para cima. As pontas de seus dedos correram a superfície da fotografia por uns três segundos e ela começou a descrevê-la para o grupo como ela enxergava o que lhe era mostrado. Era uma foto de uma sala de estar, onde quatro pessoas estavam sentadas num sofá. Um grande quadro estava pendurado na parede atrás do sofá e não havia muito mais. Era uma foto comum e simples. Inge perguntou: “Você gostaria que eu contasse a você alguma coisa sobre as pessoas ou a casa?” Isso também era algo inesperado. A mulher que deu a foto a Inge perguntou sobre as pessoas e Inge elencou seus nomes e se me recordo
  • 37. 37 perfeitamente, suas idades. A mulher estava surpresa que Inge pudesse saber tantas coisas e então perguntou-lhe se ela poderia se mover pela sua casa. “Eu estou indo para o final do corredor à direita. A primeira porta da esquerda é seu quarto.” Inge “foi” para o quarto e descreveu exatamente o cômodo inteiro, até dizendo à mulher o que estava no seu criado-mudo. Então, ela atravessou o corredor até o banheiro e novamente descreveu-o perfeitamente. A mulher estava maravilhada e verificou que tudo estava correto. Nesse ponto, um dos dois céticos pulou de seu assento e começou a afirmar que a coisa toda era um embuste e que ele iria provar. Ele colocou a mão em seu bolso traseiro para pegar sua carteira, tirou sua carteira de motorista e passou-a na frente e atrás de Inge e perguntou: “Muito bem, o que é isso?” Sem hesitação, Inge virou a licença e colocou-a no lado correto. “Essa é sua carta de motorista, o que você deseja saber?” O homem disse: “Leia o número”. E Inge leu o número, seu endereço e outras informações básicas de sua licença. Ele ainda não estava convencido. Ele disse a Inge: “Diga algo que somente eu saiba e então eu acreditarei em você”. Com um pequeno sorriso, Inge respondeu: “Você está aqui com sua namorada, mas tem outra em casa e o nome dela é....” (Inge falou o nome para o auditório). “e você as tem mantido secretamente separadas, então uma não sabe sobre a outra.” O jovem arrancou a licença de motorista das mãos de Inge voltou para sua namorada que estava chateada após essa revelação. Ele não disse nenhuma outra palavra. Inge continuou a demonstrar suas habilidades até que se tornou francamente obvio que suas habilidades iam muito além de simplesmente ver o que estava em fotos que ela segurava nas mãos. Ela podia fornecer nomes das pessoas que tiraram as fotos e o que elas estavam vestindo ou pensando no momento em que pressionaram o botão. Nós todos nos perguntávamos sobre o que tínhamos presenciado. Era verdadeiro, mas como poderia ser? O que estava acontecendo? (Através da Inge, eu descobri que existiam duas escolas próximas da Cidade do México, dedicadas a ensinar crianças como “ver” com partes diferentes de seus corpos assim como outras habilidades psíquicas. Inge conhecia, pelo menos, mil crianças mexicanas que podiam enxergar e conhecer da mesma maneira que ela.)
  • 38. 38 Inge e sua mãe, Emma, viajaram para visitar minha família e a mim no Arizona por alguns poucos dias. Nós decidimos tentar alguns testes psíquicos e era divertido explorar o potencial humano tão diretamente. O que muitas pessoas pensavam ser fingimento, eu estava testemunhando e também minhas duas filhas, Mia e Marlee, que tinham sete e oito anos de idade na época. Mia estivera calmamente observando Inge “enxergar” sem seus olhos por diversas horas. Finalmente, ela não podia segurar mais nem mais um momento e disse: “Eu também quero fazer o que você está fazendo, por favor”. Inge virou-se para ela, olhou em seus olhos e disse: “Mia, todo mundo pode fazer isso. Você gostaria de ver como eu faço?” Mia pulava para cima e para baixo, cheia de entusiasmo: “Sim, sim, sim!” Então, Inge tirou os lenços dobrados que vendavam seus olhos e cuidadosamente os colocou em Mia. Ela continuou perguntou-lhe se ela podia ver qualquer coisa e continuou ajustando os lenções até que Mia dissesse que estava completamente escuro. Então, Inge folheou uma pilha de revistas por alguns minutos até encontrar exatamente a foto certa, uma página inteira repleta de rinocerontes cruzando um rio azul que parecia ter sido tirada na África. Ela colocou a revista no colo de Mia e colocou suas mãos na borda da foto para que ela soubesse onde estava. Então, ela simplesmente disse a Mia para olhar dentro da escuridão. Após alguns minutos, Inge perguntou-lhe o que ela via e Mia respondeu: “Eu não consigo ver nada. Está tudo preto”. Inge pediu-lhe que continuasse olhando. Depois de outros cinco minutos, ela aproximou-se de Mia e colocou seus dedos no ombro dela. Instantaneamente, Mia exclamou: “Inge, eu posso ver. É uma fotografia de rinocerontes cruzando um rio grande e azul!” Mia não conseguia falar direito, mas todos nós sabíamos o que ela estava dizendo. Estava claro que Mia podia agora “enxergar” como Inge. Perguntei a Inge se ela tinha tocado o ombro de Mia num lugar específico. Ela confirmou isso e disse que
  • 39. 39 acreditava ter se tornado um tipo de antena para que Mia conseguisse “ver”. Na escola onde ela aprendeu a fazer isso, eles a tinham auxiliado a “enxergar” pela primeira vez da mesma maneira. Outra vez, quando Inge e eu estávamos apenas conversando, eu perguntei-lhe como era dentro de sua cabeça quando estava “vendo”. Por alguma razão, ela hesitou, eu continuei incitando-a, até que finalmente ela explicou: “Ok, mas é um pouco estranho e era por isso que eu não queria falar. O que eu vejo é algo como uma tela de televisão com pequenas telas todas em volta de uma tela no centro. As pequenas telas me dizem que está na tela central”. Essa era a última coisa que eu esperava que ela dissesse. Isso me atingiu como uma frigideira de ferro fundido sobre a minha cabeça e a lembrança de Mary Ann voltou inundando meus pensamentos. Eu sabia exatamente sobre o que Inge estava falando, porém eu nunca tinha ligado a tela interna de Mary Ann às crianças superpsíquicas. Eu não consegui falar por alguns minutos. Isso significava que eu tinha que reanalisar tudo o que pensava que eu sabia sobre essas crianças. Era verdade? Todas essas crianças superpsíquicas viam uma tela interna de TV? De acordo com Inge, pelo menos mil crianças no México viam. As crianças superpsíquicas na China Durante o tempo que estava trabalhando com Inge Bardor, estava lendo uma pesquisa de Paul Dong e Thomas E. Rafill, coautores do livro Superpsíquicos na China. De acordo com eles, o governo chinês testou mais de cem mil crianças que acreditavam ser superpsíquicas e podiam “ver” sem utilizar seus olhos. O governo chinês tinha construído escolas para receber essas crianças quando elas fossem encontradas para treinamento especial. Na verdade, eles tanto ensinavam quanto estudavam as crianças para entender esse grande mistério que estava se desdobrando diante de seus olhos. O Sr.Dong reportou como essas crianças chinesas estavam realizando feitos extraordinários de habilidades psíquicas enquanto os cientistas governamentais estudavam e controlavam cada experimento para certificar que não havia nenhuma fraude.
  • 40. 40 Aqui está um exemplo de um desses experimentos: uma mesa descoberta foi montada numa área aberta; câmeras de vídeo estavam prontas para gravar o experimento; e cientistas treinados estavam lá para monitorar todo e qualquer movimento. Um dos cientistas colocou um frasco de comprimidos selado e fechado, como vitaminas, no centro da mesa e uma moeda ou algo pequeno como isso, talvez uma pedra, em direção da borda da mesa. Uma criança pequena aproximaria-se da mesa, mas não chegaria muito perto, para assegurar que ele ou ela não tocasse em nada. Com as habilidades psíquicas da criança, os comprimidos passariam pela parede de vidro do frasco e terminaria no tampo da mesa. Então o outro objeto, a moeda ou a pedrinha que estava na borda da mesa, flutuaria para o vazio, mas frasco selado. Essa façanha evidentemente não é tão difícil, uma vez que cinco mil crianças chinesas eram capazes de realizar esse experimento sob o exame minucioso do governo. Uma garotinha chinesa de seis anos deu uma demonstração incomum de suas habilidades psíquicas, com milhares de pessoas no auditório. Antes de entrar no anfiteatro, a cada pessoa foi dado um botão de rosa na haste com folhas. Então, a garotinha entraria no palco, agitava suas mãoes e todos os botões de rosa do recinto se abririam e tornariam-se completamente rosas maduras em apenas alguns minutos. Isso era um truque, mas era realmente um dos bons. Houve muitos diferentes tipos de demonstração dessas habilidades das crianças, mas o fato era muito fácil de compreender: algo extraordinário estava acontecendo na China e no México. Agora, eu tinha que descobrir se era um fenômeno planetário ou restrito a esses dois países. Visto que tanto Mary Ann e Inge utilizavam a mesma tela interna para enxergar, eu tinha que perguntar para Paul Dong, que estudara essas crianças extensivamente, sobre as crianças superpsíquicas na China. (Desde 1985, há uma pesquisa extensa na China a cerca da ideia da consciência maior e o fenômeno psíquico nas crianças e acabou encontrando caminho nas revistas científicas de prestígio como Nature Journal e muitas outras. Isso é algo que foi bem pesquisado e documentado). Eu liguei para Paul na Califórnia, onde ele estava morando. Nós conversamos por duas horas e perto do final da conversa eu perguntei a ele a questão que estava tão
  • 41. 41 ansioso para descobrir: “Paul, o que as crianças chinesas superpsíquicas veem quando elas estão com os olhos fechados? Quero dizer, o que elas veem em suas mentes?” Paul começou agindo como a Inge quando eu a tinha interrogado, dizendo que era um pouco estranho e mudando de assunto. Finalmente, após uns dez minutos de estímulo, Paul aventurou-se a dizer: “Drunvalo, eu nuca vi o que elas veem, mas as crianças me contaram que veem algum tipo de uma tela interna de TV na qual as imagens vêm a elas.” Eu imediatamente perguntei se era havia umas telas menores de TV em volta da borda de uma tela central. Paul disse que não sabia sobre isso; as crianças nunca disseram contaram a ele. Então, agora que sabia que as crianças chinesas superpsíquicas também viam algum tipo de tela de TV, mas não estava certo se era o mesmo. Sim, isso era muito emocionante. Talvez no que eu tivesse tropeçado fosse um fenômeno universal e estava agora ainda mais determinado a encontrar a verdade. A Academia Internacional de Desenvolvimento Humano próxima a Moscou Um dos repórteres russos e escritores da revista eletrônica The Spirit of Ma’at, Kostya Kovalenko, tinha lido um dos artigos sobre as crianças superpsíquicas e a tela interna e ele contou-me que havia uma escola psíquica próxima a Moscou onde as crianças eram ensinadas a ver a tela interna e ir ainda mais além. A escola estava fazendo algumas afirmações, que se verdadeiras, poderiam modificar o mundo para sempre, em última instância. Essas crianças não somente podiam ver a tela interna e ver sem usar seus olhos, como podiam simplesmente segurar um livro por alguns minutos e o livro inteiro aparecer na sua tela interna. Uma vez lá dentro, as crianças podiam rolar as páginas como um computador e ler e ver todos os textos e fotografias que estavam no livro original. Além disso, elas sabiam imediatamente o conteúdo do livro inteiro. O homem que iniciou e dirige essa escola, chamada de Academia Internacional de Desenvolvimento Humano, é Viacheslav Bronnikov. A fama e realizações da escola evidentemente alcançaram Washington D.C. quando Hillary Clinton, durante o
  • 42. 42 mandato de seu marido, viajou a Moscou para observar a escola em primeira mão. Ela aprendeu alguma coisa? Talvez seja como ela tornou-se a Senadora de Nova York! Ao longo dos meses seguintes, Kostya me contou que mais duas escolas na Rússia estavam ensinando uma concepção psíquica similar, porém usando métodos diferentes de ensino. Foi quando comecei a perceber que estava em algo muito maior do que eu pensei originalmente. Em 1999, eu mesmo fui à Moscou e fui levado para Kremlin para falar com a Academia Russa de Ciências em Moscou sobre o corpo de luz humano, a Mer-Ka-Ba. Enquanto eu perguntava das crianças superpsíquicas, os membros da Academia admitiram que havia milhares dessas crianças na Rússia e que muitas estavam agora com quase trinta anos de idade. O governo russo conheceu sobre os superpsíquicos na mesma época que o governo chinês, desde o começo da década de 70. Que despertar! E eu primeiramente havia pensado que Mary Ann era apenas uma causalidade. Jimmy Twyman e as crianças superpsíquicas da Bulgária A maioria de vocês conhece James Twyman, frequentemente chamado de “Trovador da Paz”. Ele estava viajando ao redor do mundo cantando canções de paz. Muitas vezes quando Jimmy cantava suas canções de paz, movimentos maiores entre governos para encontrar a paz começavam. Eu conheci James Twyman quando ele veio para minha casa com Gregg Braden, um velho amigo, uns dois anos atrás. Nós conversamos sobre as crianças superpsíquicas, mas Jimmy não tinha qualquer conhecimento ou experiência com essas crianças na época. E o tempo passou. Então, num único dia, Jimmy foi atraído para as vidas das crianças superpsíquicas. Ele estava dando uma palestra para um grupo pequeno de pessoas na casa de alguém. Somente adultos estava presentes no início, mas não demorou muito, um garoto de doze anos apareceu no recinto e sentou em frente ao Jimmy enquanto ele estava falando. O garoto cativou a atenção de Jimmy e depois de um tempo, ele se viu dando sua palestra diretamente para esse menino. Mais tarde, os dois tiveram uma conversa, durante a qual Marcos, o garoto, fez algo com Jimmy e ele viu a tela interna. Jimmy
  • 43. 43 nunca vira nada assim antes, contudo ele se lembrou do que eu tinha contado a ele e me telefonou mais tarde naquela noite para discutir esse evento extraordinário. Esse começo humilde levou Jimmy para uma aventura incrível, que ele descreve em seu livro chamado Emissary of Love. Ele escreve sobre quando foi à Bulgária, de onde veio o Marcos, e finalmente encontrou um monastério no alto das montanhas onde os monges estavam treinando crianças para ver a tela interna e ver com diferentes partes de seus corpos. Essas crianças da Bulgária estão falando agora com Jimmy telepaticamente sobre como o mundo chegar à paz. Sua mensagem primordial é que a paz reside dentro de cada um de nós e que nós somos, na verdade, emissários do amor. Dessa compreensão, eles querem nos fazer uma pergunta: “Se nós enxergamos a nós mesmos como emissários de amor, então, como viveremos nossas vidas sabendo dessa verdade?” E eles nos dizem: “Comecem agora”. Aos poucos, foi tornando-se claro para mim que de alguma forma enxergar na escuridão era um fato, embora eu ainda não tivesse compreendido. Eu estava aprendendo que nós podíamos ver com a luz utilizando nossos olhos e nossa mente ou podíamos ver com outra parte de nós mesmos usando a escuridão; estava aprendendo que nós ainda conseguimos ver e conhecer muito mais que a superfície das coisas. Onde isso estava nos guiando, eu realmente não sabia, mas eu sempre confiei no Grande Espírito e sei que qualquer coisa é o todo, completo e perfeito como tem Ele é. Eu sabia que eu apenas tinha que esperar e manter minha consciência aberta e a verdade se revelaria por si só.
  • 44. 44 Capítulo três APRENDENDO COM AS TRIBOS INDÍGENAS Anciães aborígines compartilham suas energias O Poder da Oração Maori vinda do coração A experiência Kogi A mulher colombiana Tornando-se Um com os cavalos Levando outra pessoa para dentro do Espaço Sagrado
  • 45. 45 Enquanto todas essas experiências em torno das crianças superpsíquicas estavam ocorrendo na minha vida, outra vertente encontrou uma forma de estar nos meus estudos sobre ver na escuridão. Ela foi muito sutil, mas de sobremaneira fundamental para a experiência de onde tudo isso se direcionando - o lugar secreto, oculto dentro do coração que gerou essas imagens incríveis que as crianças estavam vendo e deu- lhes seus conhecimentos. Vagarosamente, as tribos indígenas de todo mundo surgiram com outra parte do grande mistério, cutucando-me para lembrar algo antigo sobre meu espírito. Membros de muitas tribos contaram-me que eles estavam esperando que através de mim, mudanças começassem dentro do mundo tecnológico que conduziria à paz mundial e ao equilíbrio ambiental. Anciães aborígines compartilham suas energias Em meados de 1990, eu fui convidado para falar na Conferência de Golfinhos e Baleias na Austrália. Cheguei a Queensland para ser imerso na beleza dessa terra com sua grande barreira de recifes, que mede mais de mil milhas de comprimento. Que lugar fantástico de se viver! Centenas de pessoas de todo o mundo estavam lá para discutir sobre golfinhos e baleias, mas também para falar sobre assuntos relacionados como o meio-ambiente mundial. (Obviamente, os golfinhos, as baleias e o resto da vida não iam sobreviver a não ser que nós humanos modificássemos o curso de como estávamos vivendo). Na época, estava experimentando o R-2 e tinha finalmente descoberto que uma única pessoa, conectada com a Mãe Terra, podia mudar o meio-ambiente ao utilizar seu corpo de luz ou a Mer-Ka-Ba. Estava muito animado com esse conceito e quando foi minha vez de subir no palco, sabendo quem era o público, eu falei sobre isso do ponto de vista muito pessoal. Eu enfatizei que nossos pensamentos e emoções podiam criar o mundo ao nosso redor e ao ficarmos conectados com a Mãe Terra dentro do coração, todas as coisas eram possíveis – até limpar o meio-ambiente com apenas o corpo de luz humano. Ao final do meu discurso, eu saí do palco, voltei para o recinto e esperei para ouvir o próximo palestrante. Contudo, fui interceptado por um grupo de cinco ou seis anciães
  • 46. 46 aborígines. Eles gesticularam para eu fosse para o círculo deles, para o qual me dirigi sem pensar muito sobre isso. Esses homens idosos levaram-me para o meio deles e contaram-me que eu era o primeiro homem branco que ouviram falar a verdade como a conheciam. Disseram-me como a Mãe Terra fornecia-lhes tudo sem que tivessem que lutar, que o mundo era somente luz e que a consciência humana era mais do que os brancos normalmente compreendiam. (Eles nos consideram uma mutação de sua consciência, como bebês que estão ainda aprendendo sobre o mundo exterior). O velho homem contou-me que iriam me apoiar enquanto estivesse na Austrália se eu permitisse o auxílio deles. Não compreendi verdadeiramente o que eles quiseram dizer por “apoio”, porém, é claro que concordei – afinal, eram verdadeiramente nossos anciães. Depois disso, decidi falar em outras cidades australianas, tais como Brisbane, Melbourne e Sydney. E cada vez que iniciava meu discurso, eu olhava para o auditório e lá estavam esses anciães sentados no final do recinto num círculo, cantando baixinho. Algumas das minhas palestras consistiam numa audiência de mais de mil pessoas, mas as energias provindas desses anciães eram tão fortes que eu podia senti-las quase pulsando no local. Não sabia como eles me acharam ou mesmo com eram capazes de viajar essas grandes distâncias - visto não possuírem carros - porém sempre estavam lá. Eles me disseram uma última coisa antes que eu deixasse o seu círculo na Conferência dos Golfinhos e Baleias: “Lembre-se da escuridão e do coração quando você criar”. Na época, isso nada significava para mim. O Poder da Oração Maori vinda do coração Logo após, retornei para minha casa e o líder espiritual de Waitaha Maori, um povo indígena da Nova Zelândia, pediu-me permissão para vir à minha casa na América e conversar comigo. Macki Ruka fez sua solicitação através de Mary Thunder, uma anciã americana que me ligou e o trouxe até a minha casa. Isso era muito interessante, uma vez que não tinha tido nenhum contato com esse povo; todavia, de maneira alguma eu iria recusá-lo, embora não tivesse a mínima ideia do que ele queria falar comigo. Mary Thunder trouxe Macki Ruka acompanhado de vários assistentes para a minha casa. Mary é uma avó maravilhosa da tribo Cheyenne e nós permanecemos amigos desde então.
  • 47. 47 Macki Ruka era um homem impressionante que pesava por volta de cento e sessenta quilos. Trouxe diversos rapazes de sua tribo consigo para que carregassem todos os itens dos cerimoniais sagrados que sentiu serem necessários para a sua visita a mim. Alguns desses itens pesavam mais de cinquenta quilos! Não consigo recordar exatamente o que eles eram, exceto que eram tão pesados, às vezes precisando de mais de uma pessoa para movê-los. Os artigos cerimoniais foram colocados todos ao nosso redor assim que começamos a falar. Nossa conversa logo levou a uma discussão sobre a sobrevivência do mundo e como nós, membros da civilização moderna, precisávamos recordar a antiga sabedoria para sobreviver. Ele disse claramente que havia formas de comunicação que, se lembradas, poderiam modificar tudo no mundo. Por algum motivo, estava claro que essa era sua mensagem primordial. Nós conversamos por quatro horas sobre muitos assuntos, porém antes de partir, ele me contou que enviaria alguém de sua tribo para mim e que eu esperasse essa pessoa. Não entendi porque ele faria isso, contudo eu concordei. Poucos anos depois, estava morando com minha família no Arizona e estávamos no meio da mudança de Sedona para Cave Creek. Eu tinha alugado um furgão e estava lutando para levantar uma caixa e colocá-la no furgão. (Você não acreditaria quanta coisa eu adquiri desde que me casei. Quando nos conhecemos, Claudette tinha uma casa repleta de tudo que é necessário para a vida e eu também). Enquanto eu me arrastava indo e voltando entre nossa casa e o furgão, deslocando mais e mais coisas fora da casa e colocando-as no veículo, um jovem eu que nunca vi antes se aproximou de mim. “Oi”, ele me cumprimentou, “Você precisa de ajuda para carregar seu caminhão?” Ele tinha uns vinte e oito anos de idade e falava com um sotaque perfeitamente californiano. Vestia um velho jeans azul e uma camiseta branca limpa, além de um grande sorriso. Na verdade, ele podia ser um dos meus vizinhos na época que morava na Califórnia na minha infância e adolescência.
  • 48. 48 Eu respondi: “Não, está tudo bem. Não falta muita coisa agora.” Na verdade, eu realmente precisava da ajuda dele, mas não queria me aproveitar de sua amizade. Ele me olhou diretamente nos olhos e de seu coração gentilmente insistiu: “ Na verdade, eu não tenho nada para fazer e adoraria ajudá-lo.” Como eu poderia recusar? Então começamos a trabalhar. Ele não tinha muito a dizer, mas parecia simplesmente focar no trabalho e fazê-lo. E assim, quase em silêncio, trabalhamos juntos. Quando o furgão estava completamente lotado, eu o agradeci e perguntei se havia alguma coisa que poderia fazer por ele. Ele disse: “ Não, mas eu realmente gostaria de ajudá-lo a descarregar o furgão na sua nossa casa. Tudo bem?” Não podia acreditar em tanta generosidade. “Não, isto é pedir muito. Porém, obrigado por tudo que fez.” Novamente, ele olhou diretamente nos meus olhos e disse: “ Por favor, deixe-me ajudá-lo. Você precisa do meu auxílio e não tenho absolutamente nada mais para fazer. É verdade mesmo, está tudo bem.” De alguma maneira, comecei a sentir como se o conhecesse de algum lugar. Sentia, no meu coração, como se ele fosse meu irmão, portanto cedi ao seu argumento. “Tá bom, sobe aí. Mas você é louco.” Era um percurso de duas horas e meia até minha nova casa e tive uma ampla oportunidade de perguntar-lhe muitas coisas sobre si mesmo. Enquanto ele esteve me ajudando a carregar as coisas, não disse quase nada sobre si mesmo, mas agora estava preso nessa caminhonete velha e alugada. Nós tínhamos acabado de sair de Sedona quando eu lhe perguntei de onde era. Esperava que dissesse “Califórnia”, porém ao invés disso ele respondeu: “Da Nova Zelândia”. Sem mais explicações. Olhei para ele, surpreso. “Achei que fosse da Califórnia. Você morou lá por um tempo?” Sem me olhar, ele disse: “Não, essa é a primeira vez que venho à América. Cheguei aqui há duas semanas”. Imediatamente, virei para ele e o inqueri: “Bem, onde você aprendeu a falar inglês com sotaque californiano tão perfeitamente?” Sua resposta me chocou até os ossos. “Oh, Faz apenas três semanas que eu aprendi. Minha tribo me ensinou.” Minha curiosidade transformou-se em consciência. “O quê? Você aprendeu um inglês perfeito em menos de um mês?” “Sim, é fácil”.
  • 49. 49 No entanto, antes que pudesse me recuperar de sua afirmação inacreditável, ele disse: “Você se lembra de Macki Ruka? Foi ele que me enviou aqui.” Eu tinha me esquecido completamente da promessa de Macki Ruka de enviar alguém a mim, então isso me pegou completamente desprevenido. Não conseguia sequer dizer: “Você está brincando comigo.” O que teria sido ridículo de qualquer maneira. Ninguém poderia chegar e dizer essas palavras sobre ter sido enviado por Macki Ruka a não ser que elas fossem verdadeiras. Ninguém sabia disso, somente eu. Instantaneamente, percebi que estava no meio de uma profunda experiência espiritual; a energia no meu corpo mudou. Virei para ele e perguntei: “Como você me encontrou?” Sua resposta era tão óbvia: “Fácil, eu segui meu coração”. Após uma pausa, ele continuou: “Na verdade, eu primeiro tive que ir aos Hopis. Fui instruído que minha tribo e os Hopis iriam compartilhar profecias e fui eleito para ir até eles. Depois, disseram-me para encontrá-lo. Fui direto aos Hopis. Posso te contar o que aconteceu lá?” Como se eu fosse interrompê-lo! Ele me contou uma história que poucos acreditariam, porém afirmo que isso é exatamente o que ele disse: Ele se ajustou no assento da velha caminhonete e virou-se levemente na minha direção. “Cheguei na Third Mesa tarde da noite. Eles (os Hopis) sabiam, de alguma forma, que eu viria e um lugar foi preparado para que eu ficasse. No dia seguinte, eles me levaram para dentro de uma de suas kivas e mantiveram-me ali por três dias e noites. Estávamos em completa escuridão”. Para transmitir pedidos simples, eles falavam em espanhol, que eu também sei, mas na maioria das vezes eles falavam comigo por meio de visões e imagens, revelando suas profecias. Em troca, revelei-lhes as nossas verdades sobre o que o futuro trará. Então, na terceira noite, entregaram-me um pote de barro e perguntaram-me como eu me sentia sobre ele. “Na verdade, primeiramente ele nada significou para mim, porém depois de segurá-lo por algumas horas, uma onda de conhecimento veio sobre mim e uma visão tremenda se seguiu. Podia ver que eu fui um dos Hopis há centenas de anos e que tinha sido a pessoa que fez aquele pote. Também recordei que havia colocado uma imagem dentro dele para que eu me lembrasse centenas de anos no futuro”.
  • 50. 50 “Nessa visão, lembrei-me de tudo sobre mim e minha vida com os Hopis. Era tão satisfatório e incrível me lembrar de tudo. Instantaneamente, recordei como falar a língua Hopi. Daquele momento em diante, nós falamos somente em Hopi. Isso aconteceu há apenas três dias”. O que você consegue dizer para algo assim? Depois de uma pausa, eu perguntei: “Poderia me contar o que foi compartilhado nas profecias?” Ele me olhou como se quisesse responder, mas respondeu: “Lamento, mas não estou autorizado a falar sobre as profecias com ninguém”. Então, a conversa mudou para suas experiências rotineiras nos Estados Unidos desde sua chegada. Ele achava que era um local fora do comum para morar. Sentia que nós estávamos distanciados demais da natureza e da realidade e considerava que a TV era uma “masturbação mental”. Logo chegamos ao nosso destino e estacionei a caminhonete até a parada da nossa nova garagem. Novamente, pouco falamos e muito trabalhamos enquanto descarregávamos nossas coisas. Quando terminamos, ele pediu permissão para executar uma cerimônia no novo terreno antes de retornarmos para Sedona. Na época, essa cerimônia tornou-se uma grande lição do poder da oração, especialmente quando sua oração vem do coração. O terreno que compramos tinha um formato quase perfeito de um pentágono. Meu amigo Maori pediu se poderia rezar em cada uma de suas cinco pontas e claro que dei minha permissão. Juntos, fomos a cada uma das pontas e ele orou com reverência profunda: “Amado Criador, por favor ouça minha oração pelo meu amigo Drunvalo.” Ele continuou pedindo que todos os animais encontrassem refúgio naquele terreno; que todos que ali morassem seriam saudáveis, felizes e nunca se machucariam; e finalmente, que ninguém jamais tiraria aquele terreno de mim. Havia mais em suas palavras, mas essa era a essência. Depois disso, voltamos para Sedona onde ele me deu um grande abraço, olhou dentro dos meus olhos uma última vez e partiu. Eu nunca mais o vi novamente. Quando nós mudamos para nossa nova casa, minha esposa e eu observamos que animais estavam dormindo por todo nosso terreno. Nós tínhamos apenas um acre e cerca de metade dele foi utilizado para construir a casa. Mesmo havendo tão pouco
  • 51. 51 espaço, animais que normalmente não ficam próximos um do outro, tais como veados, javalis e chacais, dormiam em plena proximidade. De fato, chacais normalmente dormem dentro da Terra, mas não ali – dormiam somente a poucos metros uns dos outros. Nós frequentemente riamos sobre a oração maori que trouxe tantos tipos diferentes de animais até nós. Ainda que houvesse um vasto número de escorpiões, cascavéis e lagarto de Gila por todo o terreno, ninguém jamais foi picado ou machucado. Após três anos e meio, decidimos mudar para outra casa. Nossa casa estava localizada numa área extremamente popular e o corretor de imóveis tinha certeza que a venderíamos em duas semanas ou no máximo, num mês. Contudo, depois que quase um ano e centenas de possíveis compradores, ainda não tínhamos vendido nossa bela casa. Não sabíamos o que fazer. Uma noite, Claudette acordou de um sonho e disse: “Drunvalo, lembra o que o Maori disse que ninguém jamais tiraria nossa propriedade? Precisamos quebrar essa oração ou nossa casa nunca será ouvida.” No dia seguinte, fomos juntos a cada uma das cinco pontas do terreno e oramos para modificar as palavras do Maori. Nossa casa foi vendida cinco dias depois. A experiência Kogi Foi com os Kogis que minhas experiências com os povos indígenas começaram a manifestar mais do que lições na espiritualidade e no potencial humano. O que eles ensinaram-me e mostraram-me iluminou a ideia espiritual de ser capaz de enxergar dentro da escuridão. Sem o auxílio deles, talvez eu nunca tivesse achado esse espaço secreto dentro do coração. Por sua assistência amorosa, serei estarei eternamente em débito com eles. Eu tinha acabado um workshop Earth/Sky em Maryland/EUA, quando um rapaz branco aproximou-se de mim e disse que tinha sido enviado pelos maias da Guatemala para me dar um recado da tribo Kogi da Sierra Nevada da Colômbia, América do Sul. Eu lhe escutei, porém jamais ouvira sobre a tribo Kogi.
  • 52. 52 A aldeia Koge Ele explicou que os Kogis eram uma das poucas tribos que fugiu, a maioria, da Inquisição Espanhola em 1500, mudando para o alto de Sierra Nevada de Santa Marta. Eles estavam ali inacessíveis e, portanto, capazes de manter algumas de culturas originais e crenças religiosas. Mesmo agora, eles moravam quase da mesma forma que viviam muitos anos atrás. Dentro de sua tribo, existe um grupo chamado os Mamas, a quem os Kogis acreditam não serem realmente humanos, mas parte da consciência da Terra que mantem o equilíbrio do sistema ecológico mundial. Os Kogis acreditam que sem os Mamas, a Terra morreria. Os Mamas são também líderes religiosos da tribo Kogi e são respeitados da mesma maneira que Jesus é respeitado pelos cristãos ou Maomé pelos mulçumanos. De acordo com esse jovem que me contava essa história, os Mamas eram capazes de ver na escuridão completa e eles observavam o mundo inteiro pela sua visão interna e sua conexão íntima com a Mãe Terra, a quem chamavam Aluna.