1. O Gênero Nonsense como ferramenta do desenvolvimento da criatividade
A união de todos os aspectos que fazem da atividade escolar uma paródia da leitura encontra-
se numa concepção autoritária de leitura, que parte do pressuposto de que há apenas uma
maneira de abordar o texto e uma interpretação a ser alcançada. (Angela Kleiman-1992).O
presente trabalho faz parte do projeto PIBID-Língua Materna, promovido pela CAPES na
Unipampa, campus Jaguarão e tem como objetivo discutir a desconstrução desta ótica de
interpretação rígida de texto, tendo como auxílio para tanto, o gênero Nonsense, e alguns de
seus autores mais conhecidos, como Lewis Carroll, Lord Dunsany e Edward Lear entre outros.
Este experiemento será realizado em uma escola municipal da cidade de Jaguarão, com 10
alunos com idades entre 14 e 16 anos. Através do trabalho com material (textos, vídeos,
fanzines e imagens) cuja interpretação seja livre, e que por vezes até cause certo
estranhamento num primeiro contato, os alunos serão estimulados a atribuir um significado
próprio ao que é visto. E encorajados a debater e questionar sobre isso, pois dentro da arte
nonsense não existe a concepção de certo e errado, apenas a interpretação individual. Ainda
dentro desta desconstrução de verdades absolutas, utilizaremos algumas atividades de criação
de textos e posterior leitura para reforçar a imaginação e criatividade dos alunos. A hipótese é
de que o aluno ao descobrir que pode encontrar sentido em algo aparentemente absurdo, e
sem ter um modelo pronto a seguir, ou seja, tendo ele próprio que criar a sua versão a
respeito do assunto, expanda a sua visão critica sobre a própria realidade que o cerca, ficando
assim mais receptivo a novos conceitos e aprendizagens e comece a interagir mais em sala de
aula, e consequentemente fora dela, formando e expressando sua opinião.
Palavras chave: criatividade, gênero nonsense, visão crítica.