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SUSTENTABILIDADE NA REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS TRADICIONAIS
                                  Joaquim António de Moura Flores
Arquitecto, Research Student, Department of Architecture - Oxford Brookes University, Oxford, Reino Unido,
                                         jflores@brookes.ac.uk

 Contexto
 Este texto refere-se a um projecto de investigação que se encontra a ser desenvolvido no Department of Architecture - School of the Built Environment da
 Oxford Brookes University, Reino Unido, cujo objectivo principal é a avaliação da possibilidade de introduzir soluções de desenho sustentável na
 reabilitação de edifícios tradicionais nas cidades históricas portuguesas, de modo a reduzir o seu impacto ambiental, sem adulterar o respectivo valor
 patrimonial.
                                                                                                                                                                                         Consumo total de energia por sector (IEA,1993)




 Cidades e Sustentabilidade                                                                                                                                                                 Indústria          Edifícios        Transportes               Outras




 As aglomerações citadinas são, a nível mundial, as                                                                                                       100%


                                                                                                                                                           90%

 maiores consumidoras de recursos naturais e as                                                                                                            80%


 maiores produtoras de poluição e resíduos.                                                                                                                70%


                                                                                                                                                           60%


 Assim, se fosse possível desenhar e gerir as cidades de                                                                                                   50%



 modo a reduzir o consumo de recursos naturais e a                                                                                                         40%


                                                                                                                                                           30%

 produção de poluição e resíduos, obtinha-se uma                                                                                                           20%


 contribuição    decisiva     para   a    redução     da                                                                                                   10%



 insustentabilidade global [1].                                                                                                                              0%


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 O Papel dos Edifícios na Sustentabilidade
 30 % das emissões totais de CO2 são atribuídas directa ou indirectamente aos edifícios [2]                                                                                         1999 Consuo energético final em Portugal


 Uma questão fulcral é então como lidar com esta massa de edifícios existentes, que necessitam de ser
 remodelados para atingir uma maior eficiência energética [1].                                                                                             33%
                                                                                                                                                                                                              29%

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 Vários ganhos potenciais em termos de sustentabilidade podem ser apontados na estratégia da
                                                                                                                                                                                                                                 Sector dos transportes
 reabilitação de edifícios (ex. conservação de solo não construído, reutilização de materiais, poupança
                                                                                                                                                                                      38%
                                                                                                                                                                                                                                 Sector industrial
 energética na construção e transporte, redução de resíduos e estímulo da economia local).
 Outro aspecto crucial é a mais valia cultural que representa a preservação do valor patrimonial dos
 edifícios tradicionais urbanos, sublinhada como um acto de sustentabilidade [3].
                                                                                                                                                                                Emissões de CO2 devidas ao consumo energético - Portugal



  O Potencial do Edifícios Tradicionais                                                                                                                    70

                                                                                                                                                           60
  A relação de senso comum entre arquitectura tradicional e a sua adaptação às condições bioclimáticas
                                                                                                                                                           50
  é validada por vários autores [3, 4, 5 e 6], que sublinham a necessidade que os seus construtores tinham de
                                                                                                                                                           40
  optimizar os edifícios relativamente às condições locais para atingir níveis superiores de conforto. Assim,
                                                                                                                                                           30
  pode-se estabelecer uma relação potencial entre as formas edificadas tradicionais e a arquitectura
                                                                                                                                                           20
  sustentável.
                                                                                                                                                           10

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                                                                                                                                                                  1971   1990     1993       1994         1995       1996      1997      1998      1999       2000       2001    2002

                                                                                                                                                                                    emissões de dióxido de carbono (milhões de toneladas)



                                                                                                                                                                                                  Edifícios construídos antes de 1919




                                                                                                                                                           100%

                                                                                                                                                            90%
                                                                                                                                                            80%
                                                                                                                                                            70%

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                                                                                                                                                                                                                                                                   40%
                                                                                                                                                            50%
                                                                                                                                                            40%
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  Caso de Estudo - Porto
  Em Portugal, o sector dos edifícios soma 29% do consumo de energia final [7]. A análise da informação disponível em Concelhos como o do Porto, revela
  que 30% dos edifícios tradicionais (construídos antes de 1919) [8] necessitam de grandes reparações na sua estrutura. Por outro lado, os edifícios
  tradicionais são em número considerável no universo total dos edifícios.


  Argumentos da Investigação
  As cidades são as maiores fontes de insustentabilidade
  Os edifícios urbanos são os maiores consumidores de energia
  Os edifícios estão entre os maiores emissores de CO2
  Os edifícios tradicionais na cidade histórica possuem valor patrimonial e necessitam de ser preservados
  Os edifícios tradicionais têm potencial para serem mais eficientes em termos do seu impacto ambiental (principalmente na redução
  do consumo energético e consequente redução nas emissões de CO2)

 Referências bibliográficas
 [1] - BREHENY, M.J. - Sustainable Development and Urban Form: an introduction. In BREHENY, M.J. [ed.] Sustainable Development and Urban Form. London: PION, p. 1-23. [2] - OECD - Working Party on
    National Environmental Policy – Design of Sustainable Building Policies: Scope for Improvement and Barriers. Paris: OECD, 2002. [3] - Ordem dos Arquitectos - A Green Vitruvius: Princípios e práticas para uma
    arquitectura sustentável, Lisboa: Ordem dos Arquitectos, 2001. Original: European Commission [et.al.] - A green vitruvius: principles and practice of sustainable architectural design. London: James & James,
    1999. [4] - OLGYAY, V. - Arquitectura Y Clima – Manual de diseño bioclimático para arquitectos y urbanistas, Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2002. Original: Design with Climate – Bioclimatic approach to
    architectural regionalism. New Jersey: Princeton University Press, 1963. [5] - GOULDING, J. [et al.] - Bioclimatic Architecture. Hoeilaart: European Commission / Energy Research Group – University College
    Dublin, 1997. [6] - BROPHY, V. [et.al.] - Sustainable Urban Design. Dublin: European Commission / Energy Research Group – University College Dublin, 2000. [7] - EUROSTAT - Eurostat Yearbook 2002: the
    statistical guide to Europe. Data 1990-2000. Luxembourg: European Communities, 2002. [8] - Instituto Nacional de Estatística - Censos 2001: resultados definitivos. Vol.1-2. Lisboa: INE, 2001.

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Sustentabilidade na reabilitação de edifícios tradicionais

  • 1. SUSTENTABILIDADE NA REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS TRADICIONAIS Joaquim António de Moura Flores Arquitecto, Research Student, Department of Architecture - Oxford Brookes University, Oxford, Reino Unido, jflores@brookes.ac.uk Contexto Este texto refere-se a um projecto de investigação que se encontra a ser desenvolvido no Department of Architecture - School of the Built Environment da Oxford Brookes University, Reino Unido, cujo objectivo principal é a avaliação da possibilidade de introduzir soluções de desenho sustentável na reabilitação de edifícios tradicionais nas cidades históricas portuguesas, de modo a reduzir o seu impacto ambiental, sem adulterar o respectivo valor patrimonial. Consumo total de energia por sector (IEA,1993) Cidades e Sustentabilidade Indústria Edifícios Transportes Outras As aglomerações citadinas são, a nível mundial, as 100% 90% maiores consumidoras de recursos naturais e as 80% maiores produtoras de poluição e resíduos. 70% 60% Assim, se fosse possível desenhar e gerir as cidades de 50% modo a reduzir o consumo de recursos naturais e a 40% 30% produção de poluição e resíduos, obtinha-se uma 20% contribuição decisiva para a redução da 10% insustentabilidade global [1]. 0% OCDE América do Norte Europa Pacífico O Papel dos Edifícios na Sustentabilidade 30 % das emissões totais de CO2 são atribuídas directa ou indirectamente aos edifícios [2] 1999 Consuo energético final em Portugal Uma questão fulcral é então como lidar com esta massa de edifícios existentes, que necessitam de ser remodelados para atingir uma maior eficiência energética [1]. 33% 29% Sector doméstico, comércio e serviços Vários ganhos potenciais em termos de sustentabilidade podem ser apontados na estratégia da Sector dos transportes reabilitação de edifícios (ex. conservação de solo não construído, reutilização de materiais, poupança 38% Sector industrial energética na construção e transporte, redução de resíduos e estímulo da economia local). Outro aspecto crucial é a mais valia cultural que representa a preservação do valor patrimonial dos edifícios tradicionais urbanos, sublinhada como um acto de sustentabilidade [3]. Emissões de CO2 devidas ao consumo energético - Portugal O Potencial do Edifícios Tradicionais 70 60 A relação de senso comum entre arquitectura tradicional e a sua adaptação às condições bioclimáticas 50 é validada por vários autores [3, 4, 5 e 6], que sublinham a necessidade que os seus construtores tinham de 40 optimizar os edifícios relativamente às condições locais para atingir níveis superiores de conforto. Assim, 30 pode-se estabelecer uma relação potencial entre as formas edificadas tradicionais e a arquitectura 20 sustentável. 10 0 1971 1990 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 emissões de dióxido de carbono (milhões de toneladas) Edifícios construídos antes de 1919 100% 90% 80% 70% 60% 40% 50% 40% 19% 30% 8% 20% 10% Edifício Tradicional isolado – Edifício Tradicional em frente Clarabóia - «Poço de luz natural» 0% Factor Forma 0,42 urbana – Factor Forma 0,15 Portugal Porto Centro Histórico do Porto Caso de Estudo - Porto Em Portugal, o sector dos edifícios soma 29% do consumo de energia final [7]. A análise da informação disponível em Concelhos como o do Porto, revela que 30% dos edifícios tradicionais (construídos antes de 1919) [8] necessitam de grandes reparações na sua estrutura. Por outro lado, os edifícios tradicionais são em número considerável no universo total dos edifícios. Argumentos da Investigação As cidades são as maiores fontes de insustentabilidade Os edifícios urbanos são os maiores consumidores de energia Os edifícios estão entre os maiores emissores de CO2 Os edifícios tradicionais na cidade histórica possuem valor patrimonial e necessitam de ser preservados Os edifícios tradicionais têm potencial para serem mais eficientes em termos do seu impacto ambiental (principalmente na redução do consumo energético e consequente redução nas emissões de CO2) Referências bibliográficas [1] - BREHENY, M.J. - Sustainable Development and Urban Form: an introduction. In BREHENY, M.J. [ed.] Sustainable Development and Urban Form. London: PION, p. 1-23. [2] - OECD - Working Party on National Environmental Policy – Design of Sustainable Building Policies: Scope for Improvement and Barriers. Paris: OECD, 2002. [3] - Ordem dos Arquitectos - A Green Vitruvius: Princípios e práticas para uma arquitectura sustentável, Lisboa: Ordem dos Arquitectos, 2001. Original: European Commission [et.al.] - A green vitruvius: principles and practice of sustainable architectural design. London: James & James, 1999. [4] - OLGYAY, V. - Arquitectura Y Clima – Manual de diseño bioclimático para arquitectos y urbanistas, Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2002. Original: Design with Climate – Bioclimatic approach to architectural regionalism. New Jersey: Princeton University Press, 1963. [5] - GOULDING, J. [et al.] - Bioclimatic Architecture. Hoeilaart: European Commission / Energy Research Group – University College Dublin, 1997. [6] - BROPHY, V. [et.al.] - Sustainable Urban Design. Dublin: European Commission / Energy Research Group – University College Dublin, 2000. [7] - EUROSTAT - Eurostat Yearbook 2002: the statistical guide to Europe. Data 1990-2000. Luxembourg: European Communities, 2002. [8] - Instituto Nacional de Estatística - Censos 2001: resultados definitivos. Vol.1-2. Lisboa: INE, 2001.