O documento discute métodos de dosagem do concreto, incluindo o Método ABCP. Ele explica como a dosagem influencia as propriedades do concreto fresco e endurecido e fatores como relação água/cimento, tipo e teor de agregados, consistência desejada. O Método ABCP é baseado na correlação entre agregado/cimento e relação água/cimento para determinar os traços unitários considerando esses fatores.
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Importância
A dosagem do concreto:
É o processo de obtenção da combinação correta
de cimento, agregados, águas, adições e aditivos
Os efeitos da dosagem influência no custo do
concreto e nas propriedades:
Estado fresco
Estado endurecido
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Objetivo
Obter um produto que atenda certos
requisitos pré determinados
Trabalhabilidade do concreto no estado fresco
A resistência do concreto no estado endurecido
Obter uma mistura de concreto que satisfaça
os requisitos de desempenho ao menor custo
possível
Materiais adequado, disponíveis e preços
razoáveis.
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Objetivo
A tarefa de dosagem se complica pelo fato de
que certas propriedades desejadas do
concreto podem ser afetadas de maneira
oposta pela alteração de uma variável
Adição de água
Influencia na trabalhabilidade
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Fatores intervenientes na
dosagem
Dimensão máxima do agregado
Agregado miúdo
Quanto maior o seu consumo maior será o
consumo de cimento.
Cimento e água
> relação a/c proporciona > plasticidade
> consumo de cimento para um mesmo fator a/c o
que favorece a plasticidade, > coesão e <
segregação
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Fatores intervenientes na
dosagem
Cimento e água
> consumo de cimento corrige a consistência
defeituosa do concreto
Cimentos com adições favorecem a plasticidade
Concreto endurecido
Resistência mecânica
f (resistência da pasta, do agregado e da zona de
transição)
Resistência da pasta depende do grau de hidratação e
porosidade
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Fatores intervenientes na
dosagem
Concreto endurecido
Durabilidade
Classe de
agressividade
ambiental (CAA)
Agressividade
Classificação geral
do tipo de ambiente
para efeito de
projeto
Risco de
deterioração da
estrutura
I Fraca
Rural
Insignificante
Submersa
II Moderada Urbana (1, 2) Pequeno
III Forte
Marinha (1)
Grande
Industrial (1, 2)
IV Muito forte
Industrial (1,3)
Elevado
Respingos de mares
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Fatores intervenientes na
dosagem
Concreto endurecido
Durabilidade
1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de
agressividade mais branda (um nível acima) para
ambientes internos secos (salas, dormitórios,
banheiros, cozinhas e áreas de serviço de
apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou
ambientes com concreto revestido com argamassa e
pintura).
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Fatores intervenientes na
dosagem
Concreto endurecido
Durabilidade
2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais
branda (um nível acima) em: obras em regiões de
clima seco, com umidade relativa do ar menor ou
igual a 65%, partes da estrutura protegidas da chuva
em ambientes predominantemente secos, ou
regiões onde chove raramente.
3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques
industriais, galvanoplastia, branqueamento em
indústrias de celulose e papel, armazéns de
fertilizantes, indústrias químicas.
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Resistência da dosagem
Resistência da dosagem do concreto
fcdj= fckj + 1,65 * Sd, onde:
fcdj= resistência à compressão de dosagem a “j” dias
de idade
fckj= resistência característica do concreto a “j” dias
de idade
Sd= desvio padrão de dosagem
Sd (MPa) Condições de execução do concreto
4,0 Produção do concreto em massa com controle rigoroso da umidade dos
agregados e com equipe bem treinada
5,5 Produção do concreto em volume, com controle rigoroso da umidade dos
agregados e com equipe bem treinada
7,0 Produção do concreto em volume, não houver controle da umidade dos
agregados e com equipe nova em fase de adaptação
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Método ABCP
Adaptação do método do ACI para a realidade
brasileira
Baseado na correlação linear entre a proporção
de agregado/cimento(m) e a relação a/c
Fundamentos do método
Usado para concretos com trabalhabilidade
variando de semi-plástica à fluida
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Método ABCP
Fundamentos do método
Não é aplicado à concretos com agregados leves
Características dos materiais
Tipo, massa específica e nível de resistência aos 28
dias do cimento utilizado
Análise granulométrica, massa unitária e massa
específica dos agregados
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Método ABCP
Concreto
Dmax admissível
Consistência desejada do concreto fresco
Condições de exposição ou finalidade da obra
Consistência
Abatimento
(mm)
Tolerâncias
(mm)
Tipo de obra – energia de vibração
Seca 0 a 20 ± 5
Pré-fabricados,CCR, Pavimentos, Estruturas
armadas ou protendidas – vibração muito
enérgica a enérgica
Rija 30 a 50 ± 10 Estruturas correntes –Vibração normal
Plástica 60 a 90 ± 10 Estruturas correntes –Adensamento manual
Fluida 100 a 150 ± 20 ± 30 Estruturas correntes –Adensamento manual
Líquida ≥ 160 ± 30 Auto-adensável
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Método ABCP
Procedimentos da dosagem
Fixação da relação a/c
1. Critérios de durabilidade
Concreto Tipo
Classe de agressividade (tabela 1)
I II III IV
Relação água/aglomerante
CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45
CP ≤ 0,60 ≤ 0,65 ≤ o,50 ≤ 0,45
NOTAS:
CA:Componentes e elementos estruturais de concreto armado
CP:Componentes e elementos estruturais de concreto protendido
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Método ABCP
Procedimentos da dosagem
Consumo de água do concreto “Ca” (L)
f (agregado graúdo britado, areia de rio, consumo de
cimento, abatimento)
Agregado seixo rolado reduzir de 5 a 15% os
consumos de água
Abatimento do tronco
de cone (mm)
Dimensões máxima característica do agregado graúdo (mm)
9,5 19,0 25,0 32,0 38,0
40 a 60 220 195 190 185 180
60 a 80 225 200 195 190 185
80 a 100 230 205 200 195 190
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Método ABCP
Procedimentos da dosagem
Consumo de cimento (C) C= Ca
a/c
Determinação do consumo de agregados
Teor ótimo de agregado graúdo/miúdo
Dmáx da brita e módulo de finura da areia
Consumo de areia
ƒ(teores de pasta e agregado graúdo do concreto)
Determinação do consumo de agregado graúdo
(Cb)
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Método ABCP
Procedimentos da dosagem
Determinação do consumo de agregados
Determinação do consumo de agregado miúdo (Cm)
adotando-se:
águabritaareiacimentoconcreto VVVVV ++++++++++++====
)VVV(VV águabritacimentoconcretoareia ++++++++−−−−====
mmm VC γ*=
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Método ABCP
Apresentação do traço unitário
Cimento (1):areia:brita:água
Em relação a massa de cimento
Recomendações
Tentar reproduzir as condições de obra em
laboratório para evitar erros de dosagem
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Método ABCP
Recomendações
A água de amassamento deve ser colocada
sempre aos poucos
Corrigir o traço, caso haja necessidade:
Falta de argamassa adicionar areia, mantendo
constante a relação a/c e o consumo de cimento
Excesso de argamassa adicionar brita, mantendo
constante a relação a/c e o consumo de cimento
Exsudação falta de finos na mistura
Compensar a absorção de agregados caso seja
necessário
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Método ABCP
A (%)= teor de água/materiais secos
m= soma dos agregados
α= teor de argamassa seca
a= areia
100x
m1
c/a
(%)A
++++
====
m1
a1
++++
++++
====αααα