1. Ecumenismo
Se pensar em ecumenismo cristão é pensar na busca do diálogo mútuo e fraterno entre as religiões cristãs, certamente esta busca na
realidade se restringe muito mais a pensamentos, não a atos sinceros, pois a própria maneira que tem se pensado ecumenismo
desvirtualiza o real significado de fraternidade, deixando na mente de seus agregados apenas uma realidade de aparências e anseios
irreais.Não é difícil entender isto, basta lembrar que para tal diálogo e cooperação tão desejados, tais ecumênicos usam a
argumentação de que o diálogo se concentra no que existe de comum entre as religiões, não no que as diferencia. Ora, visto que a
busca plena da verdade ideológica se realiza pela argumentação e análise de todos os fatos inserido ao que se discute e se pesquisa,
concluímos desta forma que a exclusão do diferencial, do diferente, mas a sua aceitação/omissão, não apenas é um ato deficiente e
precário incluso a este tipo de argumentação e busca, como vai de encontro ao verdadeiro ideal de fraternidade onde a clareza e
sinceridade de argumentação crítica, constituem o verdadeiro elo de ligação para com a verdade e unidade almejadas. A aceitação
do diferente deve existir sim, mas resumindo-se a fatos aparentes externos ao conteúdo bíblico, questões doutrinárias e pensamentos
claramente irrelevantes não prejudiciais para com os ensinamentos de Cristo. Fatos burocráticos, administrativos, políticos, todas
estas questões sendo diferentes em aspectos, não só apresentam futilidade para com a kerigma cristã, como podem, (se necessário! )
serem excluídas do diálogo religioso, visto que a perfeita unidade se concretiza na essência de Cristo e não na burocracia dos dizeres
humanos.Deve-se a amplitude do extremo religioso liberal ( revestido de cunho social ) a exclusão do diálogo ecumênico de
questões cruciais a vida cristã, pois a idéia de não se argumentar questões irrelevantes acaba por camufladamente excluir também,
questões de considerável importância a descrição do cristianismo prático. Se a busca da verdade, do conhecimento, dos passos de
Cristo, é a verificação e a análise dos pensamentos e registros deixados inseridos a grande bíblia, que sejam os ecumênicos fiéis para
com tal verificação e análises. Caso contrário unidade e concelebração, só poderá existir no campo do social, político, burocrático, e
desta forma, o ecumenismo servirá apenas como instituição de politicagens humanas, uma perfeita vitrine aos de aparência
“piedosa”, e não como verdadeiro ato de unidade e cooperação cristã, porque estes só existem através da definição, compreensão e
busca absoluta da essência Cristo Jesus, no qual os passos para tais desejos se mostram claramente aos olhos de quem realmente o
entende em conteúdo e em atitudes.Ser ecumênico é muito mais que ser e estar numa mesma terra, mais do que concelebrar e aceitar
as diferenças inclusas ao sistema seguido pelo próximo. Ser ecumênico é (pelo menos deve!) ser sincero e crítico o bastante para
buscar a verdade em todas as questões referentes a vida cristã, e através desta busca estabelecer pelo diálogo religioso o que
realmente for comum a todos, de forma que o diferente, devido a sua possível significância não exclua a verdadeira unidade
essênciática do cristianismo. Ou seja, se o diferente não condiz com a verdade encontrada através das Escrituras Sagradas, deve ser
ele excluído e entendido como falso, não a Verdade que deve ser amoldada ou excluída em prol do diferente!