A Mata Atlântica originalmente cobria 16% do território brasileiro, mas atualmente está reduzida a menos de 7% de sua extensão original. Isso ocorreu principalmente devido à derrubada da floresta para agricultura, urbanização e indústria, levando a fragmentação do habitat e risco de extinção de muitas espécies vegetais e animais. Apesar disso, cerca de 100 milhões de brasileiros dependem dos serviços ecossistêmicos da Mata Atlântica.
Carta dia 22 de maio - dia da biodiversidade e ameaças ao rs
Impactos ambientais da destruição da Mata Atlântica
1. Impactos Ambientais causados pelo
homem
A destruição da Mata Atlântica começou no início da colonização européia, com a extração do
pau-brasil (Caesalpiniaechinata) e continua até os dias atuais, principalmente pela pressão
urbana.
A Mata Atlântica originalmente ocupava 16% do território brasileiro, distribuída por 17
Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio
de Janeiro, Minas gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio
Grande do Norte, Ceará, e Piauí. Atualmente este ecossistema está reduzido a menos de 7%
de sua extensão original, dispostos de forma fragmentada ao longo da costa brasileira, no
interior das regiões Sul e Sudeste, além de trechos nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e
no interior dos estados nordestinos. (MMA, 2000). Do que se perdeu, pouco se sabe, milhares,
ou talvez milhões, de espécies não puderam ser conhecidas.
Das espécies vegetais, muitas correm risco de extinção por terem seu ecossistema reduzido,
por serem retiradas da mata para comercialização ilegal ou por serem extraídas de forma
irracional como ocorreu com o pau-brasil e atualmente ocorre com o palmito juçara (Euterpe
edulis), entre muitas outras espécies.
Para a fauna, observa-se um número elevado de espécies ameaçadas de extinção, sendo a
fragmentação deste ecossistema, uma das principais causas. A fragmentação do habitat de
algumas espécies, principalmente de mamíferos de médio e grande porte, faz com que as
populações remanescentes, em geral, estejam subdivididas e representadas por um número
consideravelmente pequeno de indivíduos (Câmara, 1991).
Apesar de toda a destruição que o ecossistema vem sofrendo, aproximadamente 100 milhões
de brasileiros dependem desta floresta para a produção de água, manutenção do equilíbrio
climático e controle da erosão e enchentes. Em 1985, em Cubatão, no litoral do estado de
São Paulo, devido à poluição intensa das indústrias da cidade (conhecida, no passado, como
Vale da Morte) e às chuvas fortes do mês de fevereiro, houve um enorme deslizamento da
Serra do Mar sobre esta cidade, gerando uma situação de calamidade pública. Comunidades
tradicionais que habitam áreas costeiras, vem sendo "empurradas" para o interior ou para as
grandes capitais por conta do avanço imobiliário nestas regiões.
Principais agressões à Mata Atlântica:
Está sendo derrubada para:
Extração de madeira;
Moradia, construção de cidades;
Agricultura;
Industrialização, e conseqüentemente poluição;
Construção de rodovias
Além de derrubada sofre:
2. Pesca predatória em seus rios;
Turismo desordenado;
Comércio ilegal de plantas e animais nativos;
Exportação ilegal de material genético;
Fragmentação das áreas preservadas.