2. O que é Logística Reversa?
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) Lei nº 12.305 de
2010 – Define Logística Reversa como:
“Instrumento de desenvolvimento econômico e
social caracterizado por um conjunto de
ações, procedimentos e meios destinados a
viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros
ciclos produtivos, ou outra destinação final
ambientalmente adequada”.
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3. O que é logística Reversa?
A logística reversa é o processo de planejar, implementar e controlar fluxos
reversos de matéria-prima. Isso acontece em processos de estocagem,
embalagem e produtos finais, das fases de produção, distribuição e consumo
para sua recuperação ou disposição apropriada.
Ela pode ser entendida como a área da logística empresarial que objetiva
gerenciar, de modo interligado, todos os pontos logísticos do retorno dos bens
ao ciclo produtivo, acrescentando-lhes valor econômico e ambiental.
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4. Finalidade da Logística Reversa
A finalidade de Logística Reversa é definida em 5R:
Recuperação de produtos;
Redução do consumo de matérias-primas;
Reciclagem, substituição;
Reparação de produtos.
Reutilização de Materiais
A finalidade da Lei 12305 foi de resolver a problemática
da geração e tratamento dos resíduos e proibir o descarte
incorreto ou indiscriminado no meio ambiente. Além disso,
também foi criada a fim de incentivar a prática da
reciclagem.
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5. Conceitos de Logística Reversa
Em muitos casos, a Logística Reversa é ligada apenas a assuntos
ambientais e ecológicos, e isso ocorre, pelo fato da reciclagem ser um dos
tópicos abordados e ser a grande tendência do mercado e mundo atual.
Entretanto, cada vez mais a Logística Reversa está sendo vinculada a questão
econômica, isso porque as empresas estão procurando a competitividade
através da agregação de valores ao cliente, com o objetivo de atingir lucros ou
diminuir prejuízos
7. As principais atividades, na logística
reversa
retorno do produto à origem;
revenda do produto retornado;
venda do produto num mercado secundário;
venda do produto via outlet;
venda do produto com desconto;
remanufatura; reciclagem;
reparação ou reabilitação;
doação;
8. Funções básicas da Logística Reversa
A. Planejamento, implantação e controle do fluxo de materiais e do fluxo de
informações do ponto de consumo ao ponto de origem;
B. Movimentação de produtos na cadeia produtiva, na direção do consumidor
para o produtor;
C. Busca de uma melhor utilização de recursos, seja reduzindo o consumo de
energia, seja diminuindo a quantidade de materiais empregada, seja
reaproveitando, reutilizando ou reciclando resíduos;
D. Recuperação de valor;
E. Segurança na destinação após utilização.
9. Como fazer Logística Reversa
A legislação determina que:
1. Os estabelecimentos precisam ter um local externo para resíduos;
2. Precisam realizar a segregação dos resíduos em grupos;
3. Acondicionar os resíduos em recipientes próprios e fornecer a destinação adequada
• O consumidor devolve o produto ou embalagem a quem o comercializa ou distribui;
• O produto é devolvido ao fabricante ou importador;
• Por fim, o produto é encaminhado para o descarte correto para reinserção no ciclo
produtivo.
10. Como Funciona a Logística Reversa lei
(12.305)
1. MAPEAMENTO COMPLETO DE TODO O PROCESSO ENVOLVIDO NA CADEIA
2. OBTER PARCERIAS ESTRATÉGICAS COM A EMPRESAS QUE FARÃO PARTE
3. DEFINIR MEDIDAS E INDICADORES DE DESEMPENHO
4. ENVOLVER TODAS AS ÁREAS E TODOS OS DEPARTAMENTOS DA EMPRESA
5. ESTAR ATENTO E UTILIZAR AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
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11. Sistemas de Logística Reversa
Até o momento, há 12 sistemas de logística reversa estabelecidos nacionalmente:
1. Agrotóxicos, seus Resíduos e Embalagens
2. Baterias de Chumbo Ácido
3. Eletroeletrônicos e seus componentes de uso doméstico
4. Embalagens de Aço
5. Embalagens Plásticas de Óleos Lubrificantes
6. Embalagens em Geral
7. Lâmpadas Fluorescentes, de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista
8. Medicamentos, seus Resíduos e Embalagens
9. Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados (OLUC)
10. Pilhas e Baterias
11. Pneus Inservíveis
12. Latas de Alumínio para Bebidas
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12. A Logística Reversa deve atender os 4R
em ingles
1. Responsividade (responsiveness): capacidade de atender às demandas dos
clientes com agilidade e eficiência. Os clientes, de maneira geral, buscam mais
flexibilidade e soluções mais customizadas.
2. Confiabilidade (reliability): com objetivo de gerar mais confiança entre os
integrantes da operação logística, recomenda-se aumentar a visibilidade de
ponta a ponta do processo.
3. Resiliência (resilience): o mercado atual é marcado por alta volatilidade.
Portanto, é necessário ter resiliência para administrar com consciência e
qualidade essas mudanças e novas demandas dos clientes.
4. Relacionamentos (relationships): para que as relações comerciais obtenham
sucesso, a sugestão é que se estabeleça uma parceria focada em
relacionamentos de longo prazo.
13. Logística reversa na economia
Reaproveitamento de todos os materiais
Descarte adequado de insumos, embalagens e etc
Economia rotativa
Bem avaliada, recomendada
Recursos sustentáveis e rendáveis
Evita a produção desnecessária
Compartilha a responsabilidade pela gestão de resíduos entre a sociedade, o
setor público e o privado
Aumento significativo na eficiência na utilização de recursos naturais
Aumenta a oferta de produtos ambientalmente corretos, incentivando a
geração de novos negócios, ao emprego e renda
14. Tecnologias da Logística Reversa
Uma das bases para o funcionamento da tecnologia embarcada é a comunicação entre
dispositivos e softwares. Isto é, os dados coletados pelo dispositivo instalado no
veículo são enviados simultaneamente ao sistema de gestão de frotas.
Este sistema registra as informações enviadas e exibe em painéis inteligentes, podendo
gerar relatório e emitir alerta para ocorrências. Os dados coletados são divididos em
duas categorias: informações mecânicas e dados da viagem.
TMS (Transportation Management System) – Controle de Transportes
WMS( Warehouse Management System) – Controle de Estoques
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15. 3 Principais tipos de Tecnologias
Embarcadas
Telemetria
A telemetria é a principal e mais utilizada tecnologia embarcada, pois também é um conjunto de
sistemas que permite o monitoramento da frota de forma remota. Para isso, são utilizados
dispositivos que coletam os dados em tempo real, que acontece por meio da integração da rede
CAN (Controller Area Network) com o software de gestão de frota.
Rastreamento
O sistema de rastreamento é outro tipo de tecnologia embarcada, mas se refere especificamente
ao dispositivo instalado nos veículos e sua integração ao software de gestão. Existem diferentes
tipos de rastreadores no mercado, dos mais simples (que coletam apenas a localização do veículo)
até os mais completos, que trazem outras informações — muito semelhante à telemetria.
Software de gestão de frotas
Por fim, o software de gestão de frotas é o ponto focal da tecnologia embarcada. É por meio do
software que todas as informações geradas pela telemetria e pelo rastreador ficam armazenadas.
16. Tecnologia ERP (Enterprise Resorse
Planning)
Um software completo consegue oferecer
funções como:
Sistemas de comunicação entre central de
monitoramento e motoristas;
Relatórios personalizados;
Calendário de manutenções e revisões de
veículos;
Geração de dados inteligentes;
Controle de consumo de combustível;
Painéis de visualização de rotas;
Cadastro de veículos e motoristas.
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17. Etapas de aplicação
1. Incentivos ao consumidor
2. Rotas de entrega acessíveis
3. Parcerias
4. Políticas de Devolução
5. SAC
18. Exemplo: Pilhas
Até setembro de
2020, 1.755,79 toneladas de pilhas
foram coletadas.
Atualmente, existem 4.453 pontos de
coleta no Brasil.
Fonte: Green Eletron
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19. Logística reversa na Saúde
Descarte Correto das Embalagens:
Embalagens 1º: a maior parte delas têm contato direto com o produto e, portanto, são contaminadas.
Exemplos: blisters e frascos de vidro;
Embalagens 2º: protegem a embalagem primária. Exemplo: cartuchos;
Embalagens 3º: protegem as embalagens primárias e secundárias. Exemplo: caixas de papelão.
Apenas as embalagens secundárias que não tiveram contato com o medicamente podem ser recicladas;
Potes de vidro, de plástico, blisters, bisnagas de gel e creme devem ser descartados separadamente para a
incineração;
Comprimidos devem ser destinados a postos de coleta específicos para que sejam posteriormente
incinerados;
Blisters usados em pilhas, embalagens de alimentos ou brinquedos podem ser destinados a depósitos de
lixos recicláveis
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20. Os tipos de Resíduos de Serviços de
Saúde (RSS)
A Anvisa, por meio da RDC 306/04, e o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama), a partir da Resolução Conama 358/05, regulamentam o
gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde em 5 Categorias. : Anvisa
(RDC 222/2018)
A. Grupo A – resíduos infectantes devido à presença de agentes
biológicos
B. Grupo B – resíduos químicos (inflamáveis, corrosivos,
reativos e tóxicos)
C. Grupo C – resíduos radioativos em quantidades superiores aos
limites estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEN)
D. Grupo D – resíduos comuns que não oferecem risco biológico,
químico ou radiológico (equivalentes aos resíduos domésticos)
E. Grupo E – resíduos perfurocortantes (lâminas, agulhas,
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21. Simbolos Resíduos de Serviços de Saúde
(RSS)
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Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E
22. Logística Reversa de Medicamentos
Decreto nº 10.388 que estabeleceu o sistema de “Logística Reversa de Medicamentos”
domiciliares vencidos ou em desuso.
o descarte ambientalmente correto das sobras de medicamentos nas residências
Descartar medicamentos vencidos na própria farmácia
Não está previsto o recolhimento de produtos de home care, material de uso hospitalar, de
clínicas, de ambulatórios médicos etc
Um ponto de recebimento para cada 10 mil habitantes nos municípios e Estados
contemplados pelo decreto
Os fabricantes e importadores de medicamentos domiciliares ficam obrigados a custear a
destinação ambientalmente adequada dos medicamentos domiciliares vencidos ou em
desuso descartados pelos consumidores
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23. Logística Reversa Hospitalar
Os produtos manufaturados e depois descartados por toda a cadeia farmacêutica estão
enquadrados na Classe I da NBR 10004, da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) que descreve e lista os resíduos perigosos com potencial de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
A incineração é a solução indicada, segura e definitiva para companhias que precisam
fazer o tratamento de lotes de produtos com essas características.
tratamento térmico de resíduos, conforme estabelecido pela resolução CONAMA 316 de
2002, alterada e complementada pela resolução CONAMA nº 386 de 2006.
24. Incineração Hospitalar
E as vantagens da Incineração de
resíduos, você conhece?
• Destruição total dos patógenos e
parcelas orgânicas presentes;
• Redução de praticamente 90% do
resíduo inicial;
• Segurança e Rastreabilidade...e
Emissões atmosféricas controladas;
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Agora, quais resíduos podem ser incinerados?
• Resíduos industriais;
• Resíduos Industriais não perigosos (Classe II);
• Resíduos Líquidos (Classe I e Classe II);
• RSS – Resíduo de Serviço de Saúde, dos Grupos A, B e E,
• Defensivos Agrícolas, como Praguicidas, Pesticidas e
Agrotóxicos,
• Solo contaminado por organoclorados e Bifenilas
Policloradas;
• Óleo Ascarel;
• Produtos Controlados pela Polícia Civil, Federal e Exército,
• Resíduos e reagentes químicos (incluindo vidrarias);
• Entre outros.
25. Incineração Hospitalar
O incinerador é constituído por duas câmaras:
A primeira onde ocorre a incineração de
resíduos e a segunda (afterburner), onde
ocorre a pós-combustão dos gases.
O tratamento dos gases gerados no processo
de incineração é realizado por sistema
constituído de torre de resfriamento, torre de
mistura (onde será adicionada cal hidratada e
o carvão ativado), filtro manga e chaminé de
emissão dos gases já tratados.
temperaturas superiores a 800º C (Celsius)
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Video
27. Coprocessamento de Resíduos
Neste processo, os resíduos industriais (como solventes, graxas, pneus, catalisadores e
borras) são selecionados, descaracterizados e misturados para formar um “blend” –
mistura de grande poder calorífico que, posteriormente, será reaproveitada para
alimentar fornos para a produção de cimento.
o Lodo Industrial de Estações de Tratamento de Efluentes Industriais poderá ser
adequado para destinação final através do processo de Incineração
Com a reutilização de resíduos, o método de coprocessamento é uma alternativa que
gera vários benefícios ambientais, sociais e corporativos. Entre eles podemos listar: a
preservação de recursos naturais/energéticos; a redução da emissão de CO2 na
atmosfera; a diminuição do volume de material descartado em aterros sanitários; o
transtorno de armazenar resíduos na fábrica; e a completa destruição térmica do
blend (resíduos), entre outros.
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28. Conclusão
Em Logística Reversa, podemos concluir que de fato é bastante benéfico para a
empresa e para o meio ambiente, gerando mais lucros, economias e menos impacto
na natureza.
Sendo assim, ela torna-se cada vez mais utilizada e uma tendência no meio
empresarial, pois não terão gastos com o descarte da mercadoria, e não há ocupação
de espaço dentro do ambiente fabril, seus dejetos não serão lançados no solo ou rios,
sendo assim não haverá contaminação ou perda total de materiais que ainda dariam
para ser reutilizados.
Materiais como pilhas, pneus, eletrônicos, são lixos que demoram anos para ser
decompostos na natureza, fazendo com que prejudiquem o meio ambiente. Fazendo a
Logística Reversa isso não acontecerá.
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