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PROF. GISLAINE RAPOSO
Assistência de Enfermagem a
Saúde da Mulher: Prevenção do
Cancer de Colo Uterino e do
Cancer Mama / CLIMATÉRIO e
Planejamento Familiar
LINHA DO TEMPO
O Programa de Assistência
Integral à Saúde da Mulher foi
criado em 1983 no contexto da
redemocratização do país e na
esteira da Conferência de Alma-Ata
(1978). Os movimentos sociais e
os movimentos de mulheres,
principalmente o movimento
feminista, influenciaram a
construção do Programa
Em 2004, o Programa foi transformada na
Política Nacional de Atenção Integral a
Saúde da Mulher. O objetivo da Política é
promover a melhoria das condições de vida e
saúde das mulheres por meio da: (i) garantia
de direitos; e (ii) ampliação do acesso aos
meios e serviços de promoção, prevenção,
assistência e recuperação da saúde
Paralelamente, no âmbito do
Movimento Sanitário, se concebia
o SUS. A implementação do
Programa nos anos 90 foi
influenciada pelas características
dessa nova política de saúde:
integralidade e equidade da
atenção
Fonte: ATSM/DAPES/SAS/MS
Direitos sexuais e direitos
reprodutivos são parte integrante
dos DIREITOS HUMANOS
Necessidade de revelar as desigualdades nas condições de vida e
nas relações entre homens e mulheres, os problemas associados à
sexualidade e à reprodução, à anticoncepção e à prevenção das
DST, à sobrecarga de trabalho das mulheres.
Padrões hegemônicos de masculinidade e feminilidade são
produtores de sofrimento, adoecimento e morte (OPAS,2000)
A Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde da Mulher visa atender à população
feminina brasileira acima de 10 anos de
idade, em suas necessidades de saúde, em
todas as fases de sua vida, de acordo com
as características apresentadas em cada
fase.
A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL
À SAÚDE DA MULHER
INCLUSIVE NOS CASOS DE ATENÇÃO À VIOLÊNCIA SEXUAL
CONTRA AS MULHERES E ADOLESCENTES
Saúde Sexual e Saúde
Reprodutiva, incluindo
o Planejamento
Reprodutivo
e as DST/HIV/Aids
SAÚDE INTEGRAL
DA MULHER
Câncer de colo de útero
e mama
Atenção às
Mulheres e
Adolescentes em
Situação de
Violência
LINHAS DE CUIDADO PRIORITÁRIAS
Atenção à Saúde de
Segmentos
Específicos da População
Feminina
Atenção Clínico
Ginecológica
Menopausa
Atenção Obstétrica
CÂNCER DE COLO DO ÚTERO E ABORDAGEM SINDRÔMICA
MAGNITUDE
O câncer do colo do útero é um problema de saúde
pública no Brasil
Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, é o 3º tumor maligno
mais frequente na população feminina (atrás do CA de mama e
colorretal), e a 4ª causa de morte de mulheres por câncer no Brasil
Atinge principalmente mulheres com maior dificuldade de acesso aos
serviços de saúde
É causado pela infecção persistente por alguns tipos do HPV
(oncogênicos), especialmente ao HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por
cerca de 70% dos cânceres cervicais
HPV – PAPILOMAVÍRUS HUMANO
A infecção pelo HPV é muito comum: estima-se que cerca de
80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo
de suas vidas |não causa doença na maioria das vezes
Na maioria das vezes a infecção cervical pelo HPV é transitória
e regride espontaneamente, entre seis meses a dois anos após a
exposição
Em alguns casos, ocorrem alterações celulares
precursoras que podem evoluir para o câncer
FATORES DE RISCO
Início precoce da atividade parceiros SEXUAL E
MÚLTIPLOS
Tabagismo (diretamente relacionada à quantidade)
Uso prolongado de anticoncepcionais
Idade (a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos
de 30 anos regride espontaneamente, ao passo que acima dessa
idade a persistência é mais frequente)
Imunossupressão
SINAIS E SINTOMAS
O câncer do colo do útero é
uma doença de
desenvolvimento lento, que
pode não apresentar
sintomas em fase inicial
Nos casos mais avançados,
pode evoluir para
sangramento vaginal
intermitente ou após a
relação sexual, secreção
vaginal anormal e dor
abdominal associada a
queixas urinárias ou
intestinais
AÇÕES DE CONTROLE
Promoção da saúde
Prevenção
Detecção Precoce
T
ratamento
Cuidados paliativos
O controle do câncer do colo do útero requer
ações articuladas em todos os
níveis de atenção
LEGISLAÇÃO – CONTROLE DO CÂNCER DO COLO UTERINO
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
GM Portaria nº 94 /21 de jan 2016: Altera a Portaria nº 3.388/GM/MS, de 30 de dezembro de 2013, que trata da Qualificação Nacional em Citopatologia na prevenção do câncer do colo do útero (QualiCito).
MS/GM Portaria nº 483 /1º abril 2014: Redefine a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e estabelece diretrizes para a organização das suas linhas de cuidado.
MS/GM Portaria nº 1220 / 03 jun 2014: Altera o art. 3º da Portaria nº 876/GM/MS, de 16 de maio de 2013, que dispõe sobre a aplicação da Lei nº 12.732, de 22 de novembro de 2012, que versa a respeito do primeiro tratamento do paciente com neoplasia maligna comprovada, no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
MS/GM Portaria nº 140 / 27 fev 2014: Redefine os critérios e parâmetros para organização,planejamento, monitoramento, controle e avaliação dos estabelecimentos de saúde habilitados na atenção especializada em oncologia e define as condições estruturais,de funcionamento e de
recursos humanos para a habilitação destes estabelecimentos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
MS/GM Portaria nº 189 /31 jan 2014: Institui o Serviço de Referência para Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer do Colo de Útero (SRC), o Serviço de Referência para Diagnóstico de Câncer de Mama (SDM) e os respectivos incentivos financeiros de custeio e de
investimento para a sua implantação.
MS/GM Portaria nº 176 / 29 jan 2014: Altera dispositivos à Portaria nº 3.388/GM/MS, de 30 de dezembro de 2013,que redefine a Qualificação Nacional em Citopatologia na prevenção do câncer do colo do útero (Qualicito)no âmbito da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com
Doenças Crônicas.
MS/GM Portaria nº 3388 /30 dez 2013: Redefine a Qualificação Nacional em Citopatologia na prevenção do câncer do colo do útero (QualiCito), no âmbito da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas. Anexos
MS/GM Portaria nº 874 /16 mai 2013: Institui a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas
com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
MS/GM Portaria nº 252 /19 fev 2013: Institui a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Revogada pela Portaria nº 483, de 1º de abril de 2014.
MS/GM Portaria nº 1504 /23 jul 2013: Institui a Qualificação Nacional em Citopatologia na prevenção do câncer do
colo do útero, no âmbito da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas Portadoras de DoençasCrônicas.
MS/GM Portaria nº 931 /10 mai 2012: Institui o Plano de Expansão da Radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS).
MS/GM Portaria nº 2.012 /23 ago 2011: Estabelece recursos adicionais para o fortalecimento das ações de rastreamento e diagnóstico precoce dos cânceres do colo uterino e de mama.
MS/GM Portaria nº 1.682 /21 jul 2011: Institui o Grupo Coordenador Nacional da Força-Tarefa para aAvaliação dos
laboratórios de citopatologia no âmbito do SUS.
MS/MS Portaria nº 558 /24 mar 2011: Constitui o Comitê Técnico Assessor para acompanhamento da política de prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres de colo de útero e de mama.
GM/MS n° 310 /2010: Institui Grupo de Trabalho com a finalidade de avaliar o Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero.
GM/MS n° 2918 /2007: Exclui e altera procedimentos da tabela SIA/SUS e SIH/SUS relativos ao controle do câncer de
colo do útero e de mama.
GM/MS n° 3212/2007: Em vigor desde dezembro de 2007, institui um Comitê Permanente para acompanhar e monitorar a implementação de ações relativas à vacina contra o HPV.
SAS/MS n° 287/2006: Estabelece fluxo para envio, avaliação e atualização da base nacional de dados do Siscolo.
GM/MS n.788/1999:Transfere ao INCA a coordenação do Programa Nacional de Combate ao Câncer de Colo Uterino.
GM/MS n° 3041/1998: Institui, sob a supervisão da Secretaria de Políticas de Saúde, o Comitê Executivo do Programa
Nacional de Combate ao Câncer de Colo Uterino.
Art. 1° No âmbito da equipe de Enfermagem, a coleta de material para colpocitologia oncótica pelo método de Papanicolau é privativa do
Enfermeiro, observadas as disposições legais da profissão.
Considerando que o exame de coleta de material para Colpocitologia deve ser realizado durante a Consulta de Enfermagem, e que a Consulta de
Enfermagem é privativa do Enfermeiro, o auxiliar e/ou técnico de enfermagem não podem realizar tal procedimento.
O auxiliar e o técnico de enfermagem participam do procedimento desde a orientação e preparo da paciente para o exame, quanto no preparo da sala
de exames, quanto nos cuidados para o correto acondicionamento e transporte desse material biológico até que este seja enviado ao laboratório para
serem feitas as análises do material.
AÇÕES NA ATENÇÃO
BÁSICA
Uso de preservativos
Realização do exame preventivo
Vacinação contra o HPV (não protegem contra
todos os tipos oncogênicos)
Orientações/estilo de vida
VACINA HPV
Vacina quadrivalente (tipos 6, 11, 16 e 18)
Indicada para meninas de 9 -14a e meninos de 11-14a
Esquema composto por duas doses |intervalo de 6 meses
Para PVHIV, pessoas transplantadas de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos, a faixa
etária indicada para imunização é de 9 a 26 anos, sendo o esquema de vacinação composto por três
doses (0, 2 e 6 meses)
O exame preventivo de colo uterino segue indicado, conforme as diretrizes brasileiras para o
rastreamento do CA do colo
A meta é vacinar pelo menos 80% da população alvo para reduzir a incidência no país nas próximas
décadas
DIAGNÓSTICO
Exame clínico, Preventivo
(Papanicolau)
Colposcopia – exame que permite visualizar a vagina e
o colo de útero com um aparelho chamado
colposcópio, capaz de detectar lesões anormais nessas
regiões
Biópsia – retirada de pequena amostra de tecido para
análise no microscópio
O intervalo entre os exames deve ser de 3 anos, após dois exames negativos, com
intervalo anual
O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade (para quem já iniciou atividade
sexual) – a incidência em adolescentes e mulheres mais jovens é mínimo. O início
mais precoce representaria um significativo aumento de diagnósticos de lesões de
baixo grau, que têm grande probabilidade de regressão, resultando num aumento
significativo de colposcopias e na possibilidade de tratamentos desnecessários > maior
risco de morbidade obstétrica em futura gestação > os riscos do rastreamento
indiscriminado em mulheres até 24 anos superam os possíveis benefícios
Os exames devem seguir até os 64 anos e serem interrompidos quando, após essa
idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos
últimos cinco anos > cuidados pós- menopausa
A mulher deve retornar ao local onde foi realizado o exame para saber o resultado e
receber instruções
COLO DO ÚTEROAO
LONGO DAVIDA E DO
CICLO
COLETA DE MATERIAL DA ECTOCÉRVICE E ENDOCÉRVICE
ESCOVA DE COLETA EM MEIO LÍQUIDO
ECTOPIA CERVICAL
CLASSIFICAÇÕES
A história natural do câncer do colo do útero geralmente apresenta um longo período de lesões
precursoras, assintomáticas, curáveis na quase totalidade dos casos quando tratadas
adequadamente, conhecidas como NIC II/III (ou lesões de alto grau) e AIS (adenocarcinoma in
situ). Já a NIC I representa a expressão citomorfológica de uma infecção transitória produzida
pelo HPV e têm alta probabilidade de regredir, de tal forma que atualmente não é considerada
como lesão precursora do câncer do colo do útero
NOMENCLATURA CITOLÓGICA BRASILEIRA
RESUMO DAS RECOMENDAÇÕES PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA
ADEQUABILIDADE DAAMOSTRA
Amostra insatisfatória para avaliação
Amostra cuja leitura esteja prejudicada (material acelular ou hipocelular (75% do esfregaço) por presença de sangue, piócitos, artefatos de dessecamento,
contaminantes externos ou intensa superposição celular) > repetir em 6 a 12 semanas com correção do problema que motivou o resultado insatisfatório
Amostra satisfatória para avaliação
Amostra que apresenta células em quantidade representativa, bem distribuídas de tal modo que sua observação permita uma conclusão diagnóstica.
Células presentes na amostra > células representativas dos epitélios do colo do útero
Células escamosas
Células colunares
Células metaplásicas – representativas da junção escamocolunar (JEC) > sua presença na amostra tem sido considerada como indicador da qualidade da
coleta, pelo fato de essa coleta buscar obter elementos celulares representativos do local onde se situa a quase totalidade dos cânceres do colo do
útero
FACILITANDO AVIDA...
Negativo para câncer: se for o primeiro exame, realizar novo preventivo em 1 ano. No caso de
resultado negativo no ano anterior, deverá fazer o próximo preventivo daqui a 3 anos
Infecção pelo HPV ou lesão de baixo grau (NIC I): repetir o exame em 6 meses
Lesão dealto grau (NIC II/III): necessidade de exames complementares>
colposcopia
Amostra insatisfatória: a quantidade de materialinsuficiente para adequada análise
laboratorial. Repetir o exame o quanto antes
Não coletar se <25 ou >64 anos, a não ser que haja fator de risco
RETORNO
Interpretação do resultado do exame e conduta
Orientação sobre periodicidade de realização do exame
Comunicação da alteração detectada no exame para a mulher e realização de apoio emocional e
esclarecimento de suas dúvidas. Abordar, a depender do resultado, sobre a necessidade de acompanhamento
por meio de exame citopatológico, colposcopia ou outros procedimentos. É comum a remissão espontânea
de lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau
Garantia da continuidade do cuidado em momento oportuno e encaminhamento para serviços de referência
em diagnóstico e/ou tratamento do câncer de colo do útero, conforme necessidade
ACOMPANHAMENTO
Realizar encaminhamento dos casos que necessitam de avaliação nos serviços de referência de acordo com
os critérios estabelecidos
Contato contínuo com mulheres com resultado alterado, para estimular a adesão ao tratamento e detectar as
faltosas
Realização de busca ativa de mulheres dentro da população-alvo e com exame em atraso
Seguimento de casos alterados
(VUNESP/UNESP 2013)
Segundo o Ministério da Saúde, o exame citopatológico deve
ser disponibilizado às mulheres definidas como população-alvo.
A rotina preconizada é realizar o exame
(A) anualmente, para mulheres com vida sexual ativa.
(B) a cada dois anos, após dois exames normais consecutivos
no intervalo de um ano.
(C) a cada três anos, após dois exames normais consecutivos
no intervalo de um ano.
(D) a cada dois anos, para mulheres sem vida sexual ativa.
(E) semestralmente, para mulheres com diabetes tipo 2
(VUNESP/UNIFESP/2014)
Por ser hipertensa, M. P, 56 anos, sexo feminino, múltiplos companheiros, XI gesta,
IX para, último parto há 15 anos, menopausa há 5 anos, compareceu à unidade de
saúde da família (USF) para consulta de enfermagem de rotina. Ao analisar o
prontuário da usuária, a enfermeira verificou que M. P. havia feito seu último exame
preventivo para o câncer de colo uterino há dois anos. Observou ainda que os três
exames realizados anteriormente, com intervalos de 12 a 14 meses, estavam todos
normais. Atendendo ao protocolo do Ministério da Saúde, no que diz respeito à
realização do exame de Papanicolaou, a enfermeira deve
(A) orientar a usuária que deverá fazer novo exame em 1 ano.
(B) agendar consulta para a coleta do exame, que deve ser realizado anualmente.
(C) esclarecer a usuária que devido à idade e por ter entrado na menopausa não
mais necessita realizar o exame.
(D) agendar consulta para coleta de material para o exame que, em grande
multípara, deve ser realizado semestralmente.
(E) aproveitar a oportunidade e colher material para a realização do exame pois
este deve ser realizado a cada seis meses em mulheres com histórico de atividade
sexual com múltiplos companheiros.
6.
(VUNESP/ TJ2019) Durante consulta de enfermagem, A.A., 59 anos, sexo feminino,
divorciada, informou, entre outros itens, que entrará na menopausa há cinco anos e
que, desde a separação de seu ex-marido, não mais havia mantido relações sexuais.
Ao analisar resultados dos exames que constavam no prontuário, o enfermeiro
constatou que os últimos exames citopatológicos para a prevenção do câncer de colo
do útero haviam sido realizados, respectivamente, há dois anos e três anos e
apresentavam resultados considerados normais. Nesse caso, de acordo com o
preconizado pelo Ministério da Saúde, o enfermeiro deve
(A) solicitar o exame, orientando a funcionária que, para obtenção de uma amostra
de material com boa qualidade, deve realizar ducha vaginal quatro horas antes do
procedimento.
(B) explicar para A.A. que, por ter entrado na menopausa há mais de dois anos, não
necessita mais realizar esse exame.
(C) explicar para a funcionária que mulheres com mais de 50 anos, sem vida sexual
ativa, estão dispensadas de realizar esse exame.
(D) orientar A.A. que só deverá repetir o exame em um ano, pois os dois exames
anteriores apresentavam resultado normal.
(E) aproveitar a oportunidade e proceder à coleta de material para a realização do
exame preventivo do câncer de colo.
VUNESP / 2020 / EBSERH
T.T.P. 45 anos, passa em consulta com a Enfermeira na UBS que comunica o resultado do
Exame de Papanicolaou: “Lesão intraepitelial de alto grau”. Diante desse resultado, o próximo
passo no seguimento de T.T.P. é
Alternativas
A encaminhar para colposcopia.
B orientar repetir o Papanicolaou em 6 meses.
C solicitar Ultrassom transvaginal.
D prescrever creme vaginal reepitelizante.
E encaminhar para um serviço de referência.
VUNESP / 2020 / PREFEITURA
O câncer de colo de útero, apesar de prevenível, é um dos cânceres mais frequentes em mulheres no Brasil, com
altas taxas de incidência e de mortalidade. Uma importante medida para sua prevenção é a coleta de exame
Papanicolaou que, segundo o Ministério da Saúde, deve ser realizado em mulheres
Alternativas
A a partir do início da sua vida sexual ativa, independentemente de sua idade.
B dos 14 aos 50 anos, sem qualquer interferência com a vida sexual.
C que tenham ou tiveram vida sexual e que estão entre 25 e 64 anos de idade.
D até os 45 anos de idade, desde que tenham apresentado 3 exames consecutivos normais.
E que apresentam corrimento vaginal, independentemente da idade ou vida sexual ativa.
VUNESP 2020
Considere os aspectos relacionados ao controle do câncer de colo uterino e assinale a alternativa correta.
Alternativas
A A realização periódica do exame citopatológico continua sendo a estratégia mais adotada para o
rastreamento do câncer do colo do útero e deve ser realizado por todas as mulheres a partir dos 18 anos
de idade.
B Em gestantes, devido ao risco de parto prematuro, a coleta de material para o exame citopatológico
deve ser adiada até o final do período de puerpério.
C A coleta de material para o exame citopatológico deve ser realizada anualmente até que a mulher entre
em menopausa e, após esse evento, deve ser realizada a cada dois anos, até que complete 65 anos de
idade.
D O início da coleta de material do colo uterino para a realização do exame de Papanicolaou deve ser aos
21 anos, independentemente de a mulher já ter ou não iniciado atividade sexual.
E A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo
HPV.
VUNESP / VALINHOS/ 2019
Para as atividades preventivas do câncer de colo de útero, o enfermeiro recorre aos conhecimentos
da história natural desse agravo, que contribui para a identificação de determinantes, manifestações
da doença e orientação de condutas. Nesse contexto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
A O fumo é um determinante direto desse tipo de câncer, agindo com maior intensidade quanto
maior for o consumo diário.
B A infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente para o desenvolvimento do câncer
do colo do útero.
C A infecção pelo HPV, um fator indireto, é prevenível por meio da vacinação. Em mulheres já
infectadas, não é tratável, mas pode curar espontaneamente.
D As lesões precursoras do câncer do colo do útero são sempre sintomáticas, tendo como
principais sintomas sangramento vaginal, leucorreia e dor pélvica.
E A vacinação de mulheres com pelo menos duas doses de vacinas anti-HPV elimina a
necessidade da prevenção secundária por meio dos exames de citologia oncótica.
Câncer de Mama
Câncer de mama
De acordo com o INCA (2014) O câncer de mama é o câncer mais comum entre
as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Tendo um bom
diagnóstico se tratado oportunamente.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas,
muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios
avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de
61%.
Etiologia:
Não há uma causa única e específica, mas uma série de eventos genéticos, hormonais e ambientais.
Manifestações clínicas:
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um nódulo, geralmente indolor, duro
e irregular.
Saída de secreção pelo mamilo – especialmente quando é unilateral e espontânea, endurecimento da
mama, coloração avermelhada da pele da mama, edema cutâneo semelhante à casca de laranja,
retração ou abaulamento cutâneo, dor ou inversão no mamilo, descamação ou ulceração do mamilo,
linfonodos axilares palpáveis.
Saúdeda Mulher • Profa. Dra. Carla Marins
Manifestações clínicas:
A presençade dor e sensibilidade mamária pode estar associada à uma condição
benigna:
-Cisto mamário: mais frequente, são tumores de conteúdo líquido.
-Fibroadenoma:nódulos firmes, móveis e bem delimitados, característicos de mulheres jovens
entre 15-30 anos.
-Processos inflamatórios: mais frequentes durante a amamentação.
Lesões precursoras do câncer de mama
-hiperplasia ductal atípica,
-carcinoma ductal in situ
Lesões precursoras do câncer de mama
- a neoplasia lobular situ
Saúdeda Mulher • Profa. Dra. Carla Marins
OBS: Nem todas as lesões proliferativas epiteliais são precursoras, como as hiperplasias usuais, por exemplo. Entretanto lesões não proliferativas como as
alterações colunares, são, de fato, precursoras do câncer.
Tipos de Câncer de Mama:
• Carcinoma Ductal Invasivo:
• Carcinoma Lobular Invasivo:
Saúdeda Mulher • Profa. Dra. Carla Marins
Tumor Filoide:
- muito raro,
- se desenvolve no estroma (tecido conjuntivo) da mama,
- geralmente benignos,mas em raras ocasiões podem ser malignos.
CÂNCER DE MAMA
Fatores de risco:
- Idade
- História familiar,
- menarca precoce (menor que 12 anos),
- menopausa tardia (após os 50 anos de idade),
- primeira gravidez após os 30 anos,
- nuliparidade,
- terapia de reposição hormonal,
- exposição a radiação,
- obesidade,
- ingestão regular de álcool,
- sedentarismo.
CÂNCER DE MAMA
Fatores de risco muito elevado:
1Mulheres com história familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau com
diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade;
2Mulheres com história familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau com
diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária;
3Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino;
4 Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária
proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ.
Saúdeda Mulher • Profa. Dra. Carla Marins
CÂNCER DE MAMA
Diagnóstico:
- Exame clínico das mamas,
- métodosde imagem (USG, mamografia e ressonância
magnética)
- e métodos invasivos (biópsia e punções).
Saúde da Mulher • Profa. Dra. Carla Marins
E o Auto exame das mamas?
As evidências científicas sugerem que o autoexame das mamas não é eficiente para o rastreamento e não contribui para a redução da mortalidade por câncer de mama.
Tratamentos:
Cirúrgico (mastectomia radical, radical modificada, total e lumpectomia – cirurgia conservadora da mama), radioterapia,
quimioterapia e terapia hormonal.
Cirurgia conservadora da mama (ou lumpectomia, ou parcial ou mastectomia segmentar): remove o câncer, um pouco
do tecido normal ao redor e normalmente alguns dos linfonodos na axila. Mastectomia total (ou simples): remove a
mama inteira Mastectomia radical modificada: remove a mama, a parte acima dos músculos peitorais e alguns dos
linfonodos axilares.
Mastectomia radical: remove a mama, músculos peitorais e a
maioria dos linfonodos inferiores, médios e superiores.
LINFEDEMA
Prevenção, diagnóstico e tratamento do Linfedema
•Considera-se linfedema a diferença de pelo menos 2 cm entre os membros, em um ou mais pontos,
obtidos através da perimetria ou volume residual de 200 ml obtido de forma direta (volume de água
deslocada) ou indireta (perimetria).
LINFEDEMA
Prevenção, diagnóstico e tratamento do Linfedema
- Evitar micoses nas unhas e no braço;
- traumatismos cutâneos (cortes, arranhões, picadas de inseto, queimaduras, retirar cutícula e depilação da axila);
- banheiras e compressas quentes; saunas;
- exposição solar;
- apertar o braço do lado operado (blusas com elástico; relógios, anéis e pulseiras apertadas; aferir a pressão arterial);
- receber medicações por via subcutânea, intramuscular e endovenosa e coleta de sangue;
- movimentos bruscos, repetidos e de longa duração;
- carregar objetos pesados no lado da cirurgia e deitar sobre o lado operado.
Saúde da Mulher • Profa. Dra. Carla Marins
Prevenção, diagnóstico e tratamento do Linfedema
• Logo após a cirurgia, a mobilização do braço deve ser limitada a 90º de flexão e a abdução de ombro e a rotação externa até o limite de tolerância da paciente, para prevenir
complicações relacionadas à restrição articular e linfedema, sem aumentar o risco da formação do seroma.
• Após a retirada dos pontos e do dreno, não havendo intercorrências proibitivas, a mobilização do braço deve ser realizada com amplitude completa. As pacientes devem ser
orientadas a adotar uma postura confortável, com o membro superior levemente elevado quando estiverem restritas ao leito
LINFEDEMA
Prevenção, diagnóstico e tratamento do Linfedema
Preconiza-se:
- pele hidratada e limpa;
- uso de luvas de proteção ao fazer as atividades do lar (cozinhar,
jardinagem, lavar louça e contato com produtos químicos);
- intervalos para descanso durante a execução de atividades de vida diária;
- utilização de removedor de cutículas ao fazer a unha do lado operado;
- usar cremes depilatórios, tesoura ou máquina de cortar cabelo na retirada de pelo da axila do lado operado;
- atenção aos sinais de infecção no braço (vermelhidão, inchaço, calor local);
- e uso de malhas compressivas durante viagens aéreas.
Saúde da Mulher • Profa. Dra. Carla Marins
Prevenção, diagnóstico e tratamento do Linfedema
Deve-se tomar o cuidado para não provocar sensação de incapacidade e impotência funcional.
As pacientes devem ser encorajadas a retornarem as atividades de vida diária e devem ser informadas sobre
as opções para os cuidados pessoais.
(RESIDENCIA MULTIPROFISSIONAL 2015 –
ENFERMAGEM) As mulheres que fazem parte dos grupos populacionais com risco mais elevado para o desenvolvimento do câncer de mama
são aquelas que:
A) engravidaram após os 30 anos.
B) tiveram história familiar de câncer de mama masculino.
C) tiveram menopausa precoce e menarca tardia.
D) nunca tiveram filhos.
(RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL 2012 –
ENFERMAGEM) A recomendação do Ministério da Saúde para mulheres acima de 35 anos e pertencentes ao grupo com risco elevado para o desenvolvimento
do câncer de mama é:
a) mamografia e ultrassonografia de mama anual
b) ultrassonografia de mama anual e mamografia bianual
c) exame clínico das mamas semestral e ultrassonografia anual
d) exame clínico das mamas e mamografia anual
(RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL 2016 –
ENFERMAGEM) Os principais fatores de risco para câncer de mama são:
A)história familiar, tabagismo, nuliparidade e hipertensão arterial
B)idade, menopausa tardia, multiparidade e não ter amamentado
C)idade, história familiar, menarca precoce e obesidade
D)primeira gravidez após os 35 anos, exposição a radiação, diabetes e história familiar
(RESIDENCIA MULTIPROFISSIONAL 2014 –
ENFERMAGEM) As principais indicações para o exame de Ultrassonografia (USG) de mama são:
a) exame complementar a mamografia na mulher acima de
40 anos e diagnóstico de coleções
b)nas doenças inflamatórias e abcessos e para diagnosticar displasia mamária
c)nas alterações do exame clínico no ciclo gravídico puerperal e mulheres com história de câncer
d)diagnóstico diferencial das lesões sólidas e císticas e na jovem com lesão palpável
(RESIDENCIA MULTIPROFISSIONAL 2015 –
ENFERMAGEM) As mulheres que fazem parte dos grupos populacionais com risco mais elevado para o desenvolvimento do câncer de mama são aquelas que:
A) engravidaram após os 30 anos.
B) tiveram história familiar de câncer de mama masculino.
C) tiveram menopausa precoce e menarca tardia.
D) nunca tiveram filhos.
(VUNESP/SJCAMPOS/2015)
O exame clínico das mamas – ECM – possibilita identificar anormalidades
que contribuem para a detecção precoce do câncer de mama. A seu
respeito, está correto afirmar que
(A) o ECM tem alta sensibilidade para detecção de tumores de mama em
todas as fases de desenvolvimento.
(B) o exame é composto por dois tipos de inspeção: a estática ou
inspeção visual e a dinâmica, em que ocorre a palpação.
(C) a pele com aspecto de casca de laranja e a proeminência venosa
constituem achados de normalidade anatômica.
(D) a palpação das mamas abrange o exame de linfonodos axilares, supra
e infraclaviculares, preferentemente com a mulher em decúbito lateral e os
braços estendidos ao lado do corpo.
(E) a detecção de linfonodos duros e pouco móveis ou descarga papilar
espontânea e unilateral, aquosa ou não, constitui sinal de alerta para
prosseguimento da investigação.
VUNESP/PREFEITURA/2020
O Ministério da Saúde recomenda que o seguinte sinal/ sintoma seja considerado como de referência
urgente para serviços de diagnóstico mamário:
Alternativas
A retração na pele da mama.
B mastalgia no período pré-menstrual.
C ausência de descarga papilar.
D lesão eczematosa sensível a tratamento tópico.
E escurecimento dos mamilos.
CLIMATÉRIO E MENOPAUSA
± 40 anos
C L I M A T É R I O
± 65 anos
menopausa
menarca
± 12 anos ± 49 anos
nascimento
Climatério e sua relação com os principais eventos ao longo da vida
Ciclos de vida da mulher
INÍCIO DO PERÍODO REPRODUTIVO FINAL DO PERÍODO REPRODUTIVO
senectude
Fogachos e sudorese
Distúrbios do sono
Palpitações, tonturas, fadiga e cefaleia
Transtornos humorais: irritabilidade, ansiedade, labilidade, melancolia
Transtornos da libido e da sexualidade
Alterações menstruais
Sintomas depressivos
Sintomas e sinais associados com a redução dos níveis de estradiol
Climatério
CONTRA-INDICAÇÃO TH:
(ebserh 2018)
O climatério corresponde ao período de transição da mulher entre o ciclo
reprodutivo para o não reprodutivo, manifestado, habitualmente, entre os 40
e 65 anos de idade.
Sobre as alterações que ocorrem nas mulheres no período do climatério,
assinale a alternativa INCORRETA.
A. Trata-se de uma fase biológica, na qual a mulher atravessa um período de
mudanças psicossociais, de ordem afetiva, sexual, familiar, ocupacional, o que
pode levar a um impacto negativo em sua qualidade de vida.
B. Na consulta de enfermagem, o(a) enfermeiro(a) deve avaliar o risco
cardiovascular das mulheres com queixas típicas do climatério.
C. Alteração não transitória, como ganho de peso e modificação no padrão de
distribuição de gordura corporal, com tendência ao acúmulo de gordura na
região abdominal, pode manifestar-se no período do climatério.
D. A confirmação do climatério e menopausa é eminentemente clínica, sendo
desnecessárias dosagens hormonais em todos os casos.
(CESP/TRT/2013)
No que concerne às mudanças que costumam ocorrer no período de
climatério e menopausa, assinale a opção correta.
A. Não há relação entre as alterações hormonais e os sintomas
considerados psicofísicos, como ansiedade, depressão, irritabilidade,
choro fácil, nervosismo e angústia.
B. A mulher não possui nenhuma proteção hormonal na pré-
menopausa contra doenças cardiovasculares.
C. Não há evidência científica de que as mulheres sejam as mais
atingidas pela osteoporose.
D. A atrofia urogenital e o envelhecimento da pele não são queixas
significativas no período de climatério e menopausa.
E. A estática pélvica pode ser afetada com as mudanças hormonais
durante a menopausa, causando incontinência urinária.
•MÉTODOS
CONTRACEPTIVOS
PLANEJAMENTO FAMILIAR
74
PLANEJAMENTO FAMILIAR
Conjunto de ações e estratégias realizadas de acordo com a
necessidade reprodutiva de cada indivíduo, com o objetivo de
auxiliar aqueles que desejam engravidar ou fornecer informações a
respeito dos métodos contraceptivos utilizados a fim de evitar uma
gravidez indesejada.
(KAUNITZ, 2016; BARBIERI; ECKLER, 2016)
Planejamento Familiar - Marcos Legais
●Constituição Federal, 1988
•Art. 226 a responsabilidade do Estado no que se refere ao
Planejamento Familiar :
•“Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da
paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão
do casal, competindo ao Estado propiciar recursos para o
exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por
parte de instituições oficiais ou privadas.”
●Lei Nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996
•Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do
planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras
providências.
100% da população sexualmente ativa (10 a 49 anos)
Levonogestrel
(Pílula de Emergência)
• Distribuição para todos
os municípios
brasileiros
• Desnecessária
apresentação da receita
médica nas UBS
Oferta de Métodos Contraceptivos e Preservativos
Fonte: Ministério da Saúde , Brasil
77
77
PLANEJAMENTO FAMILIAR
Direitos reprodutivos e sexuais
Os direitos reprodutivos englobam o direito de decisão sobre o número de filhos
que cada indivíduo deseja ter ou não e o direito de acesso à informação e
métodos para ter filhos ou não.
Os direitos sexuais envolvem os direitos de viver plenamente a sexualidade, de ter
relação sexual independentemente da reprodução, de ter educação sexual e
reprodutiva, bem como direito ao sexo seguro, entre outros direitos (BRASIL,
2013).
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde
reprodutiva – Brasília : Ministério da Saúde, 300 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26), 2013.
78
78
78
PLANEJAMENTO FAMILIAR
Profissional de saúde e usuário do sistema de saúde
O profissional de saúde deve considerar as condições econômicas e estado de
saúde de cada pessoa, suas características pessoais, fase da vida, padrão de
comportamento sexual e fatores culturais e religiosos.
(BRASIL, 2013)
O usuário vai opção por um método satisfatório, de acordo com a fase reprodutiva
em que se encontra, através de orientações a respeito de todos os métodos
contraceptivos existentes, formas de acesso, eficácia, modo de uso e efeitos
colaterais de cada método, além da prevenção de infecções sexualmente
transmissíveis. (KAUNITZ,
2016)
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde
reprodutiva – Brasília : Ministério da Saúde, 300 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26), 2013.
Fertilidade
FEMININA
• Desenvolvimento e Liberação gametas
viáveis
• Ciclo Ovariano
• MASCULINA
• Produção espermatozóides viáveis
Fecundação: fusão de gametas viáveis:
União Ovócito e espermatozóide
ANTICONCEPÇÃO
Tipos de Métodos
1) Métodos Comportamentais
2) Métodos de Barreira
3) Métodos Químicos
4) Métodos Definitivos
ANTICONCEPÇÃO
1) Métodos Comportamentais
Objetivo: evitar relações sexuais completas no período fértil
–Método Rítmico: Tabelinha
–Temperatura basal
– Método do Muco Cervical (Billings)
ANTICONCEPÇÃO
2) Métodos de Barreira
Objetivo: Impedir progressão gametas masculinos no trato reprodutivo feminino
• Codom ou preservativo
•Masculino
•Feminino
• Diafragma
• Esponjas e Espermicidas
• DIU (sem hormônios)
ANTICONCEPÇÃO
3) Métodos Químicos
Objetivo: Inibir ovulação, modificar contratilidade trompas falópio ou útero
–Anticoncepcional Hormonal Combinado
•Oral
•Injetáveis
–Adesivos transdérmicos
–Implantes Intradérmicos
–Anel vaginal
–DIU
ANTICONCEPÇÃO
4) Métodos Definitivos
Objetivos: esterilização
–Vasectomia
–Laqueadura Tubária
1) Métodos Comportamentais
Os métodos comportamentais, ou de abstinência periódica, são métodos que requerem
que a mulher tenha ciclos regulares e conheça seu período fértil.
Métodos requerem a cooperação de ambos os parceiros.
Abstinência periódica
Falha: 2-30 %
Não protege de DST e AIDS
Calendário (tabelinha): O início e o término do período fértil (número de
dias) depende da duração dos ciclos menstruais.
Muco cervical (Billings): Presença de muco cervical, corresponde ao
período fértil.
Temperatura corporal basal: a temperatura corpórea, em repouso, sobe
levemente no período após a ovulação.
Sintotérmicos: consiste no uso dos três métodos descritos acima de forma
combinada, além de outros sinais que podem contribuir para detectar a
ovulação de maneira mais precisa.
Mecanismo de Ação
Para anticoncepção
–Evitar a relação sexual com ejaculação durante o período fértil do ciclo menstrual quando
a concepção é mais provável.
Para concepção:
–Planejar a relação sexual com ejaculação próximo da metade do ciclo (geralmente dias
10-15) quando a concepção é mais provável.
Tabelinha
Temperatura basal
Mudanças da
Temperatura Basal
Muco Cervical (Billing )
2) MÉTODO DE BARREIRA
O condom, ou preservativo, método anticoncepcional utilizado por aproximadamente
45 milhões de casais em idade reprodutiva em todo o mundo. Previne a gravidez e
as doenças sexualmente transmissíveis (DST), inclusive HIV/AIDS.
Falha
Condom 2-12 %
Condom feminino 5-21 %
A) CONDOM MASCULINO E FEMININO
93
Mecanismos de Ação
Evita que o esperma tenha acesso
ao aparelho reprodutor feminino
Evita que os microorganismos
(ISTs) passem de um parceiro
para outro (somente com
camisinhas de latex ou vinil)
94
Camisinha Masculina: Benefícios Anticoncepcionais
• Eficácia imediata
• Não interfere com a amamentação
• Pode ser usado como método de apoio para outros anticoncepcionais
• Sem efeitos colaterais sistêmicos
• Baixo custo (a curto prazo)
Benefícios Não Anticoncepcionais
• Único método de planejamento familiar que confere proteção contra ISTs (somente as camisinhas de látex e vinil)
• Pode prolongar a ereção e retardar a ejaculação
• Pode ajudar na prevenção do câncer cervical
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Camisinha Feminina Benefícios Anticoncepcionais
• Imediatamente eficaz
• Não afeta a amamentação
• Pode ser usada como apoio para outros métodos
• Sem efeitos colaterais sistêmicos
• Dispensa prescrição e avaliação médica
• Pode conferir proteção contra ISTs
• Pode ajudar na prevenção do câncer cervical
Camisinha Feminina Limitações
• Custo elevado (na atualidade)
• Eficácia média (5-21 gravidezes por 100 mulheres durante o 1º ano de uso*)
• A eficácia anticoncepcional depende da usuária (requer contínua motivação e deve ser usada em todos os coitos)
B) Diafragma
Falha
Diafragma + espermicidas4-18 %
O diafragma e capuz são métodos vaginais de anticoncepção, que consistem em
material de borracha côncavo com borda flexível, que recobre o colo uterino. É
colocado na vagina antes da relação sexual. Deve ser utilizado com geléia ou creme
espermicida.
97
Diafragma: Mecanismo de Ação
Evita que o esperma tenha
acesso ao trato genital
superior (útero e trompas)
98
Benefícios Anticoncepcionais
• Imediatamente eficaz
• Não interfere com a amamentação
• Não interfere com o coito (pode ser inserido até 6 horas antes)
• Sem riscos de saúde relacionados com o método
• Sem efeitos colaterais sistêmicos
• Deve permanecer no local durante 6 horas após a relação sexual
Benefícios Não Anticoncepcionais
• Oferece certa proteção contra DSTs (p. ex., HBV, HIV/AIDS), especialmente quando usado com espermaticida
• Impede o fluxo do sangue quando usado durante as menstruações
Esponja 4-18%
Dispositivo de poliuretano contendo nonoxinol-9, não hormonal que é introduzido no canal
vaginal antes do intercurso sexual, podendo permanecer no canal vaginal por 24 horas.
C) Esponja
D) Espermicidas
Diafragma + espermicida 4-18 %
espermicida 6-36%
Outros métodos de barreiras: espumas, geleias, ou filmes vaginais, todos contendo
substancia espermicida - nonoxinol-9
O dispositivo intra-uterino (DIU), método anticoncepcionais mais utilizado em todo o
mundo, com aproximadamente 100 milhões de usuárias.
Tipos:
o DIU com cobre -TCu 380A e MLCu-375
o DIU que libera progestágeno;
DIU inerte, não medicado - alça de Lippes
Dispositivo intra uterino 0.4-2.5 %
D) DIU
102
DIU: Mecanismos de Ação
Interfere com o processo
reprodutivo antes de que os
ovos cheguem à cavidade
uterina
Tornam mais espesso o
muco cervical (somente com
progestágeno)
Interfere com a
capacidade do esperma em
atravessar a cavidade
uterina
Modificam o
endométrio
103
DIU: Benefícios Anticoncepcionais
• Alta eficácia (0,6-0,81 gravidezes por 100 mulheres durante o primeiro ano de uso do cobre T380A)
• Método para uso a longo prazo (até 10 anos de proteção com o cobre T380A)
• Retorno imediato da fertilidade após a remoção
• Não interfere com a amamentação
DIU: Efeitos Não
Anticoncepcionais
• Diminui as cólicas menstruais (DIUs de progestágeno)
• Diminui o sangramento menstrual (DIUs de progestágeno)
• Diminui a incidência de gravidez ectópica (exceto o Progestasert)
104
DIUs: Efeitos Colaterais Comuns
Liberadores de cobre
– Menstruações mais intensas
– Sangramento vaginal irregular ou mais intenso
– Cólicas inter-menstruais
– Aumento das cólicas menstruais ou dor
– Corrimento vaginal
Liberadores de progestágeno
– Amenorréia ou sangramento menstrual/manchas leves
3) Métodos Químicos
Mecanismos de Ação
Suprimem a ovulação
Alteram o endométrio e
dificultam a nidação
Tornam mais espesso o muco
cervical (evitando a penetração
dos espermatozóides)
Reduzem o transporte
ovular nas trompas
A) Anticoncepcionais Orais Combinados
Os anticoncepcionais orais combinados (AOCs), mais conhecidos como pílula, são
usados por cerca de 20% das mulheres em idade fértil (15-49 anos) no Brasil.
Método anticoncepcional reversível mais utilizado no país.
3) Métodos Químicos
Falha 0.1-0.8%
§ Monofásicas - mais comuns, cartelas com 21 comprimidos. Comprimidos ativos (mesma
composição e dose), alguns com 6 ou 7 de placebo para completar 28 comprimidos
§ Bifásicas - contêm dois tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com hormônios em
proporções diferentes.
§ Trifásicas - contêm três tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com hormônios
em proporções diferentes.
§ Pílulas para uso vaginal - é uma pílula monofásica, contendo 21 comprimidos ativos na
embalagem.
108
AOCs: Benefícios Não Anticoncepcionais
• Diminuem o fluxo menstrual e cólicas menstruais, melhorando anemia
• Protegem contra o câncer ovariano e endometrial
• Diminuem a incidência das doenças mamárias benignas e dos cistos ovarianos
• Evitam a gravidez ectópica
AOCs: Limitações
• Podem causar um pouco de náusea, tonturas, leve mastalgia, dores de cabeça ou manchas
• A eficácia pode diminuir quando certas drogas são tomadas
• O esquecimento aumenta as falhas do método
• Não protegem contra ISTs
B)Minipílulas: Progesterona
Os anticoncepcionais orais de progestogênio contêm dose muito baixa de progestogênio, em torno
da 1/2 a 1/10 da quantidade dos AOC.
Não contêm estrogênio.
São conhecidos como pílulas progestínicas (PP) e minipílula.
Utilizada na amamentação e também adolescência. Porém, mulheres que não estão amamentando
também podem usá-los.
Noretisterona
0,35mg
Micronor
Norestin
35 ativas
Levonorgestrel
0,030mg
Nortrel 35 ativas
Linestrenol
0,5mg
Exluton 28 ativas
111
PPs: Benefícios Anticoncepcionais
• Eficazes quando tomadas diariamente à mesma hora (0,05-5 gravidezes por 100 mulheres no 1º ano de uso)
• Eficácia imediata (menos de 24 horas)
• Não afetam a amamentação
• Retorno imediato da fertilidade quando suspenso o uso
• Poucos efeitos colaterais
PPs: Benefícios Não Anticoncepcionais
• Podem diminuir as cólicas menstruais
• Podem reduzir o sangramento menstrual
• Podem melhorar a anemia
• Protegem contra o câncer do endométrio
• Diminuem as doenças benignas das mamas
• Diminuem a incidência de gravidez ectópica
112
PPs: Limitações
• Alteram o padrão do sangramento menstrual
• Pode ocorrer certo aumento ou perda de peso
• Devem ser tomadas diariamente à mesma hora
• O esquecimento aumenta a falha do método
C) Anticoncepção Oral de Emergência
Anualmente, a OMS estima que 585.000 mortes maternas ocorrem em todo o mundo, muitas
secundárias ao aborto.
A anticoncepção oral de emergência pode ajudar a prevenir gestações indesejadas e conseqüente
aborto clandestino, após uma relação sexual sem proteção.
É também conhecida como anticoncepção pós-coital ou pílula do dia seguinte.
Não deve ser utilizada de rotina como método anticoncepcional, mas apenas em situações de
emergência.
Importante ! A anticoncepção oral de
emergência NÃO tem nenhum efeito após a
implantação ter se completado.
Falha 2%
D) Anticoncepcional Injetável Mensal e Trimestral
- Falha Injetáveis combinados 0,2-0,4%
- Falha Injetáveis apenas de progesterona 0.1-0.6 %
Os anticoncepcionais injetáveis mensais, de uso relativamente recente.
As diferentes formulações contém estradiol, e um progestogênio sintético,
diferentemente dos anticoncepcionais orais combinados, nos quais ambos os
hormônios são sintéticos.
Anticoncepcionais Injetáveis Mensais
Aprovados no Brasil
50 mg de enantato de noretisterona
5 mg de valerato de estradiol
Mesigyna
25 mg de acetato de medroxiprogesterona
5mg de cipionato de estradiol
Cyclofemina
150 mg de acetofenido de
dihidroxiprogesterona
10 mg de enantato de estradiol
Perlutan
Ciclovular
Unociclo
Somente de progsterona: O acetato de medroxiprogesterona é método anticoncepcional
injetável apenas de progestogênio, utilizado por aproximadamente 14 milhões de mulheres em
todo o mundo. É um progestogênio semelhante ao produzido pelo organismo feminino, que é
liberado lentamente na circulação sanguínea.
- Injetáveis combinados 0.2-0.4%
- Injetáveis de progestágenos 0.1-0.6 %
E) Adesivos Transdérmicos
Equivalente à pílula combinada.
Combinação de progestogênio e estrogênio, liberado de forma contínua (ex. sete dias,
embalagens com três unidades), através de adesivos cutâneos.
A absorção cutânea é muito eficiente e garante nível contínuo de hormônios com alta eficácia.
F) DIU - Mirena
Mirena, endoceptivo, ou seja, um sistema intra-uterino que libera hormônio (levonorgestrel)
diretamente no útero.
Utilizado como método anticoncepcional, no tratamento de distúrbios menstruais e na
terapia de reposição hormonal.
Falha 0 - 0,2 %
F) Implantes Subdérmicos
O implante subdérmico é dispositivo contendo hormônio, no formato de bastonete, que deve ser
inserido sob a pele na parte superior do braço. O bastonete contém progestogênio, muito parecido com
o hormônio natural, que é liberado lentamente em doses constantes.
Método recentemente aprovado para uso pelo Ministério da Saúde no Brasil.
Falha 0 - 0,2 %
121
Benefícios Anticoncepcionais
• Alta eficácia (0.05–1* gravidez por 100 mulheres durante o primeiro ano de uso)
• Rapidamente eficaz (< 24 horas)
• Método para uso a longo prazo (até 5 anos de proteção)
• Não requer exame pélvico antes do uso
• Não afeta a amamentação
Benefícios Não Anticoncepcionais
• Redução da incidência de gravidez ectópica
• Pode reduzir as cólicas menstruais
• Pode reduzir o sangramento menstrual
• Pode melhorar a anemia
• Protege contra o câncer de endométrio
• Diminui a incidência de doenças mamárias benignas
122
Limitações
• Modifica o padrão do sangramento menstrual (sangramento irregular/manchas de início) na
maioria das mulheres
• A mulher deve retornar ao provedor ou à clínica para a inserção de um novo jogo de cápsulas ou
para sua retirada
• A mulher não pode interromper seu uso se desejar (dependente do provedor)
• A eficácia pode ser diminuida quando certos medicamentos para epilepsia
(Fenitoina e barbitúricos) ou tuberculose (rifampicina) são tomadas
• Não protege contra ISTs.
MÉTODOS DEFINITIVOS
Lei do Planejamento Familiar
A Lei sobre o planejamento familiar, nº9.263, de 12 de
janeiro de 1996, Regula o § 7º do art. 226 da Constituição
Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece
penalidades e dá outras providências.
MÉTODOS DEFINITIVOS
• Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: (Artigo vetado e
mantido pelo Congresso Nacional – Mensagem nº 928, de 19.8.1997)
• I – em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou,
pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a
manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada
acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar,
visando desencorajar a esterilização precoce;
• II – risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e
assinado por dois médicos.
• § 1º É condição para que se realize a esterilização o registro de expressa manifestação da vontade em
documento escrito e firmado, após a informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos
colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes.
• § 2º É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de parto ou aborto, exceto nos
casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores.
• § 3º Não será considerada a manifestação de vontade, na forma do § 1º, expressa durante ocorrência
de alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais
alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente.
§ 4º A esterilização cirúrgica como método contraceptivo somente será executada através da
laqueadura tubária, vasectomia ou de outro método cientificamente aceito, sendo vedada através da
histerectomia e ooforectomia.
§ 5º Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de
ambos os cônjuges.
§ 6º A esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente poderá ocorrer
mediante autorização judicial, regulamentada na forma da Lei.
Art. 11. Toda esterilização cirúrgica será objeto de notificação compulsória à direção do Sistema
Único de Saúde. (Artigo vetado e mantido pelo Congresso Nacional) Mensagem nº 928, de
19.8.1997
Art. 12. É vedada a indução ou instigamento individual ou coletivo à prática da esterilização
cirúrgica.
Art. 13. É vedada a exigência de atestado de esterilização ou de teste de gravidez para quaisquer
fins.
Art. 14. Cabe à instância gestora do Sistema Único de Saúde, guardado o seu nível de
competência e atribuições, cadastrar, fiscalizar e controlar as instituições e serviços que realizam
ações e pesquisas na área do planejamento familiar.
Parágrafo único. Só podem ser autorizadas a realizar esterilização cirúrgica as instituições que
ofereçam todas as opções de meios e métodos de contracepção reversíveis. (Parágrafo vetado e
mantido pelo Congresso Nacional) Mensagem nº 928, de 19.8.1997
126
Método permanente de contracepção no qual as trompas são
seccionadas, ligadas ou ocluídas.
O método requer procedimento cirúrgico simples, que pode ser feito via
laparoscopia .
MÉTODOS DEFINITIVOS
LAQUEADURA TUBÁRIA
Método muito eficaz, mas depende de como as
trompas foram bloqueadas.
127
Muito eficaz;
Permanente;
Não há necessidade da mulher lembrar-se do uso do método;
Não interfere nas relações sexuais;
Maior prazer sexual, pois não há preocupação;
Não apresenta efeitos colaterais ao longo do tempo.
MÉTODOS DEFINITIVOS
LAQUEADURA TUBÁRIA
VANTAGENS
128
A reversão é difícil e cara;
Não protege contra DST/AIDS;
Causa dor nos primeiros dias;
Causa muito arrependimento.
MÉTODOS DEFINITIVOS
LAQUEADURA TUBÁRIA
DESVANTAGENS
129
Oferece anticoncepção permanente para homens que não desejam ter
mais filhos.
Procedimento cirúrgico simples, seguro e rápido.
Não é castração, não afeta os testículos e não afeta
o desempenho sexual
MÉTODOS DEFINITIVOS
VASECTOMIA
Método muito eficaz, mas depende de como as
trompas foram bloqueadas.
130
Após a vasectomia o homem deve usar preservativo ou outro método pelo
menos nas primeiras 20 ejaculações ou nos primeiros três meses, o que
ocorrer primeiro.
MÉTODOS DEFINITIVOS
VASECTOMIA
131
Muito eficaz;
Permanente;
Não há necessidade do homem lembrar-se de contracepção;
Não interfere nas relações sexuais;
Não afeta o desempenho sexual do homem;
Não há riscos para a saúde a longo prazo;
Maior prazer sexual, pois não há preocupação
com gravidez.
MÉTODOS DEFINITIVOS
VASECTOMIA
VANTAGENS
132
Desconforto por dois ou três dias;
Requer cirurgia de pequeno porte;
Não é imediatamente eficaz;
Procedimento de reversão é trabalhoso e caro
Não protege contra DST/AIDS.
MÉTODOS DEFINITIVOS
VASECTOMIA
DESVANTAGENS
(VUNESP/FUND.CASA/2010)
A anticoncepção de emergência é um uso alternativo da
anticoncepção hormonal oral para evitar uma gravidez depois da
relação sexual. É correto afirmar que:
(A) o uso deverá ser no máximo até 72 horas após a relação
sexual desprotegida para a sua maior eficácia.
(B) atua basicamente no endométrio favorecendo a contração.
(C) o anticoncepcional hormonal oral indicado deverá ser
administrado em uma única dose.
(D) esse método de anticoncepção não deverá ser iniciado nos
primeiros 4 dias do ciclo menstrual.
(E) esse método de anticoncepção não é indicado para
adolescentes devido à alta concentração de hormônios.
(VUNESP/SJCAMPOS/2015)
Relacione, no quadro a seguir, os métodos contraceptivos e as
características descritas.
Está correta a relação estabelecida entre
(A) Diafragma e as características descritas em A e C.
(B) Diafragma e as características descritas em B.
(C) Geleia espermicida e as características descritas em B.
(D) DIU e as características descritas em C.
(E) DIU e as características descritas em A.
(VUNESP/UNESP 2013)
A anticoncepção hormonal de emergência (AE) está inserida no contexto da
Rede Cegonha (Ministério da Saúde, 2011). Assinale a alternativa que
contém um dos ítens do protocolo da AE.
(A) Para a dispensação da AE não será exigida a receita médica, podendo
os enfermeiros disponibilizarem o medicamento na ausência do médico.
(B) Está contraindicado o uso da AE quando ocorrer esquecimento
prolongado do anticonceptivo oral ou atraso do injetável.
(C) Está indicado o uso da AE até no máximo 2 dias após a relação sexual.
(D) Será disponibilizada a AE para todas as mulheres acima de 21 anos de
idade que desejarem.
(E) O medicamento de escolha para a anticoncepção hormonal de
emergência é o Etinilestradiol.
(VUNESP/TJ - 2019)
Face a uma realidade global de índices elevados de infecções transmissíveis por via
sexual (IST), torna-se fundamental que os profissionais de saúde aproveitem todas
as oportunidades para orientar sobre a importância de se pensar em opção
contraceptiva que proporcione uma dupla proteção exemplificada pelo uso
combinado:
(A) da camisinha masculina e da camisinha feminina.
(B) do anticoncepcional injetável e do diafragma.
(C) do gel espermicida e do anticoncepcional oral.
(D) do diafragma e do dispositivo intrauterino.
(E) da camisinha feminina e do anticoncepcional oral.
(VUNESP/TJ/2019)
No ambulatório, M.J., 42 anos, sexo masculino, escrevente técnico judiciário, procurou o enfermeiro
para esclarecer dúvidas a respeito da vasectomia, pois ele e a esposa desejavam adotar esse método
anticoncepcional. Frente a essa situação, o enfermeiro deve esclarecer que
(A) entre as complicações crônicas, destacam-se: a persistência de espermatozoides no ejaculado e a
possibilidade de ocorrer impotência sexual nas primeiras quatro semanas após a cirurgia.
(B) pode ser realizada em ambiente ambulatorial, com anestesia local, sem necessidade de
internação e consiste na retirada da vesícula seminal.
(C) é necessário o uso de condons ou outro método de planejamento familiar eficaz pelo menos nas
primeiras 20 ejaculações ou por três meses após o procedimento.
(D) se trata de um procedimento cirúrgico simples, de pequeno porte, seguro e rápido, que consiste
na ligadura dos ductos deferentes.
(E) em caso de arrependimento, a reversão da vasectomia é possível e o sucesso do procedimento
está assegurado em 95% dos casos.
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Saúde da Mulher: Prevenção do Câncer de Colo Uterino

  • 1. www.unicursoscampinas.com.br PROF. GISLAINE RAPOSO Assistência de Enfermagem a Saúde da Mulher: Prevenção do Cancer de Colo Uterino e do Cancer Mama / CLIMATÉRIO e Planejamento Familiar
  • 2. LINHA DO TEMPO O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher foi criado em 1983 no contexto da redemocratização do país e na esteira da Conferência de Alma-Ata (1978). Os movimentos sociais e os movimentos de mulheres, principalmente o movimento feminista, influenciaram a construção do Programa Em 2004, o Programa foi transformada na Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher. O objetivo da Política é promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres por meio da: (i) garantia de direitos; e (ii) ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde Paralelamente, no âmbito do Movimento Sanitário, se concebia o SUS. A implementação do Programa nos anos 90 foi influenciada pelas características dessa nova política de saúde: integralidade e equidade da atenção Fonte: ATSM/DAPES/SAS/MS
  • 3. Direitos sexuais e direitos reprodutivos são parte integrante dos DIREITOS HUMANOS Necessidade de revelar as desigualdades nas condições de vida e nas relações entre homens e mulheres, os problemas associados à sexualidade e à reprodução, à anticoncepção e à prevenção das DST, à sobrecarga de trabalho das mulheres. Padrões hegemônicos de masculinidade e feminilidade são produtores de sofrimento, adoecimento e morte (OPAS,2000)
  • 4. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher visa atender à população feminina brasileira acima de 10 anos de idade, em suas necessidades de saúde, em todas as fases de sua vida, de acordo com as características apresentadas em cada fase. A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER INCLUSIVE NOS CASOS DE ATENÇÃO À VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA AS MULHERES E ADOLESCENTES
  • 5. Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva, incluindo o Planejamento Reprodutivo e as DST/HIV/Aids SAÚDE INTEGRAL DA MULHER Câncer de colo de útero e mama Atenção às Mulheres e Adolescentes em Situação de Violência LINHAS DE CUIDADO PRIORITÁRIAS Atenção à Saúde de Segmentos Específicos da População Feminina Atenção Clínico Ginecológica Menopausa Atenção Obstétrica
  • 6. CÂNCER DE COLO DO ÚTERO E ABORDAGEM SINDRÔMICA
  • 7. MAGNITUDE O câncer do colo do útero é um problema de saúde pública no Brasil Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, é o 3º tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do CA de mama e colorretal), e a 4ª causa de morte de mulheres por câncer no Brasil Atinge principalmente mulheres com maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde É causado pela infecção persistente por alguns tipos do HPV (oncogênicos), especialmente ao HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais
  • 8. HPV – PAPILOMAVÍRUS HUMANO A infecção pelo HPV é muito comum: estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas |não causa doença na maioria das vezes Na maioria das vezes a infecção cervical pelo HPV é transitória e regride espontaneamente, entre seis meses a dois anos após a exposição Em alguns casos, ocorrem alterações celulares precursoras que podem evoluir para o câncer
  • 9. FATORES DE RISCO Início precoce da atividade parceiros SEXUAL E MÚLTIPLOS Tabagismo (diretamente relacionada à quantidade) Uso prolongado de anticoncepcionais Idade (a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente, ao passo que acima dessa idade a persistência é mais frequente) Imunossupressão
  • 10. SINAIS E SINTOMAS O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais
  • 11. AÇÕES DE CONTROLE Promoção da saúde Prevenção Detecção Precoce T ratamento Cuidados paliativos O controle do câncer do colo do útero requer ações articuladas em todos os níveis de atenção
  • 12. LEGISLAÇÃO – CONTROLE DO CÂNCER DO COLO UTERINO dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. GM Portaria nº 94 /21 de jan 2016: Altera a Portaria nº 3.388/GM/MS, de 30 de dezembro de 2013, que trata da Qualificação Nacional em Citopatologia na prevenção do câncer do colo do útero (QualiCito). MS/GM Portaria nº 483 /1º abril 2014: Redefine a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e estabelece diretrizes para a organização das suas linhas de cuidado. MS/GM Portaria nº 1220 / 03 jun 2014: Altera o art. 3º da Portaria nº 876/GM/MS, de 16 de maio de 2013, que dispõe sobre a aplicação da Lei nº 12.732, de 22 de novembro de 2012, que versa a respeito do primeiro tratamento do paciente com neoplasia maligna comprovada, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). MS/GM Portaria nº 140 / 27 fev 2014: Redefine os critérios e parâmetros para organização,planejamento, monitoramento, controle e avaliação dos estabelecimentos de saúde habilitados na atenção especializada em oncologia e define as condições estruturais,de funcionamento e de recursos humanos para a habilitação destes estabelecimentos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). MS/GM Portaria nº 189 /31 jan 2014: Institui o Serviço de Referência para Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer do Colo de Útero (SRC), o Serviço de Referência para Diagnóstico de Câncer de Mama (SDM) e os respectivos incentivos financeiros de custeio e de investimento para a sua implantação. MS/GM Portaria nº 176 / 29 jan 2014: Altera dispositivos à Portaria nº 3.388/GM/MS, de 30 de dezembro de 2013,que redefine a Qualificação Nacional em Citopatologia na prevenção do câncer do colo do útero (Qualicito)no âmbito da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas. MS/GM Portaria nº 3388 /30 dez 2013: Redefine a Qualificação Nacional em Citopatologia na prevenção do câncer do colo do útero (QualiCito), no âmbito da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas. Anexos MS/GM Portaria nº 874 /16 mai 2013: Institui a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). MS/GM Portaria nº 252 /19 fev 2013: Institui a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Revogada pela Portaria nº 483, de 1º de abril de 2014. MS/GM Portaria nº 1504 /23 jul 2013: Institui a Qualificação Nacional em Citopatologia na prevenção do câncer do colo do útero, no âmbito da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas Portadoras de DoençasCrônicas. MS/GM Portaria nº 931 /10 mai 2012: Institui o Plano de Expansão da Radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS). MS/GM Portaria nº 2.012 /23 ago 2011: Estabelece recursos adicionais para o fortalecimento das ações de rastreamento e diagnóstico precoce dos cânceres do colo uterino e de mama. MS/GM Portaria nº 1.682 /21 jul 2011: Institui o Grupo Coordenador Nacional da Força-Tarefa para aAvaliação dos laboratórios de citopatologia no âmbito do SUS. MS/MS Portaria nº 558 /24 mar 2011: Constitui o Comitê Técnico Assessor para acompanhamento da política de prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres de colo de útero e de mama. GM/MS n° 310 /2010: Institui Grupo de Trabalho com a finalidade de avaliar o Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero. GM/MS n° 2918 /2007: Exclui e altera procedimentos da tabela SIA/SUS e SIH/SUS relativos ao controle do câncer de colo do útero e de mama. GM/MS n° 3212/2007: Em vigor desde dezembro de 2007, institui um Comitê Permanente para acompanhar e monitorar a implementação de ações relativas à vacina contra o HPV. SAS/MS n° 287/2006: Estabelece fluxo para envio, avaliação e atualização da base nacional de dados do Siscolo. GM/MS n.788/1999:Transfere ao INCA a coordenação do Programa Nacional de Combate ao Câncer de Colo Uterino. GM/MS n° 3041/1998: Institui, sob a supervisão da Secretaria de Políticas de Saúde, o Comitê Executivo do Programa Nacional de Combate ao Câncer de Colo Uterino.
  • 13. Art. 1° No âmbito da equipe de Enfermagem, a coleta de material para colpocitologia oncótica pelo método de Papanicolau é privativa do Enfermeiro, observadas as disposições legais da profissão. Considerando que o exame de coleta de material para Colpocitologia deve ser realizado durante a Consulta de Enfermagem, e que a Consulta de Enfermagem é privativa do Enfermeiro, o auxiliar e/ou técnico de enfermagem não podem realizar tal procedimento. O auxiliar e o técnico de enfermagem participam do procedimento desde a orientação e preparo da paciente para o exame, quanto no preparo da sala de exames, quanto nos cuidados para o correto acondicionamento e transporte desse material biológico até que este seja enviado ao laboratório para serem feitas as análises do material.
  • 14. AÇÕES NA ATENÇÃO BÁSICA Uso de preservativos Realização do exame preventivo Vacinação contra o HPV (não protegem contra todos os tipos oncogênicos) Orientações/estilo de vida VACINA HPV Vacina quadrivalente (tipos 6, 11, 16 e 18) Indicada para meninas de 9 -14a e meninos de 11-14a Esquema composto por duas doses |intervalo de 6 meses Para PVHIV, pessoas transplantadas de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos, a faixa etária indicada para imunização é de 9 a 26 anos, sendo o esquema de vacinação composto por três doses (0, 2 e 6 meses) O exame preventivo de colo uterino segue indicado, conforme as diretrizes brasileiras para o rastreamento do CA do colo A meta é vacinar pelo menos 80% da população alvo para reduzir a incidência no país nas próximas décadas
  • 15. DIAGNÓSTICO Exame clínico, Preventivo (Papanicolau) Colposcopia – exame que permite visualizar a vagina e o colo de útero com um aparelho chamado colposcópio, capaz de detectar lesões anormais nessas regiões Biópsia – retirada de pequena amostra de tecido para análise no microscópio
  • 16.
  • 17. O intervalo entre os exames deve ser de 3 anos, após dois exames negativos, com intervalo anual O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade (para quem já iniciou atividade sexual) – a incidência em adolescentes e mulheres mais jovens é mínimo. O início mais precoce representaria um significativo aumento de diagnósticos de lesões de baixo grau, que têm grande probabilidade de regressão, resultando num aumento significativo de colposcopias e na possibilidade de tratamentos desnecessários > maior risco de morbidade obstétrica em futura gestação > os riscos do rastreamento indiscriminado em mulheres até 24 anos superam os possíveis benefícios Os exames devem seguir até os 64 anos e serem interrompidos quando, após essa idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos > cuidados pós- menopausa A mulher deve retornar ao local onde foi realizado o exame para saber o resultado e receber instruções
  • 18.
  • 19.
  • 20. COLO DO ÚTEROAO LONGO DAVIDA E DO CICLO
  • 21.
  • 22. COLETA DE MATERIAL DA ECTOCÉRVICE E ENDOCÉRVICE
  • 23. ESCOVA DE COLETA EM MEIO LÍQUIDO
  • 24.
  • 26.
  • 27.
  • 28. CLASSIFICAÇÕES A história natural do câncer do colo do útero geralmente apresenta um longo período de lesões precursoras, assintomáticas, curáveis na quase totalidade dos casos quando tratadas adequadamente, conhecidas como NIC II/III (ou lesões de alto grau) e AIS (adenocarcinoma in situ). Já a NIC I representa a expressão citomorfológica de uma infecção transitória produzida pelo HPV e têm alta probabilidade de regredir, de tal forma que atualmente não é considerada como lesão precursora do câncer do colo do útero
  • 30. RESUMO DAS RECOMENDAÇÕES PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA
  • 31. ADEQUABILIDADE DAAMOSTRA Amostra insatisfatória para avaliação Amostra cuja leitura esteja prejudicada (material acelular ou hipocelular (75% do esfregaço) por presença de sangue, piócitos, artefatos de dessecamento, contaminantes externos ou intensa superposição celular) > repetir em 6 a 12 semanas com correção do problema que motivou o resultado insatisfatório Amostra satisfatória para avaliação Amostra que apresenta células em quantidade representativa, bem distribuídas de tal modo que sua observação permita uma conclusão diagnóstica. Células presentes na amostra > células representativas dos epitélios do colo do útero Células escamosas Células colunares Células metaplásicas – representativas da junção escamocolunar (JEC) > sua presença na amostra tem sido considerada como indicador da qualidade da coleta, pelo fato de essa coleta buscar obter elementos celulares representativos do local onde se situa a quase totalidade dos cânceres do colo do útero
  • 32. FACILITANDO AVIDA... Negativo para câncer: se for o primeiro exame, realizar novo preventivo em 1 ano. No caso de resultado negativo no ano anterior, deverá fazer o próximo preventivo daqui a 3 anos Infecção pelo HPV ou lesão de baixo grau (NIC I): repetir o exame em 6 meses Lesão dealto grau (NIC II/III): necessidade de exames complementares> colposcopia Amostra insatisfatória: a quantidade de materialinsuficiente para adequada análise laboratorial. Repetir o exame o quanto antes Não coletar se <25 ou >64 anos, a não ser que haja fator de risco
  • 33. RETORNO Interpretação do resultado do exame e conduta Orientação sobre periodicidade de realização do exame Comunicação da alteração detectada no exame para a mulher e realização de apoio emocional e esclarecimento de suas dúvidas. Abordar, a depender do resultado, sobre a necessidade de acompanhamento por meio de exame citopatológico, colposcopia ou outros procedimentos. É comum a remissão espontânea de lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau Garantia da continuidade do cuidado em momento oportuno e encaminhamento para serviços de referência em diagnóstico e/ou tratamento do câncer de colo do útero, conforme necessidade
  • 34. ACOMPANHAMENTO Realizar encaminhamento dos casos que necessitam de avaliação nos serviços de referência de acordo com os critérios estabelecidos Contato contínuo com mulheres com resultado alterado, para estimular a adesão ao tratamento e detectar as faltosas Realização de busca ativa de mulheres dentro da população-alvo e com exame em atraso Seguimento de casos alterados
  • 35. (VUNESP/UNESP 2013) Segundo o Ministério da Saúde, o exame citopatológico deve ser disponibilizado às mulheres definidas como população-alvo. A rotina preconizada é realizar o exame (A) anualmente, para mulheres com vida sexual ativa. (B) a cada dois anos, após dois exames normais consecutivos no intervalo de um ano. (C) a cada três anos, após dois exames normais consecutivos no intervalo de um ano. (D) a cada dois anos, para mulheres sem vida sexual ativa. (E) semestralmente, para mulheres com diabetes tipo 2
  • 36. (VUNESP/UNIFESP/2014) Por ser hipertensa, M. P, 56 anos, sexo feminino, múltiplos companheiros, XI gesta, IX para, último parto há 15 anos, menopausa há 5 anos, compareceu à unidade de saúde da família (USF) para consulta de enfermagem de rotina. Ao analisar o prontuário da usuária, a enfermeira verificou que M. P. havia feito seu último exame preventivo para o câncer de colo uterino há dois anos. Observou ainda que os três exames realizados anteriormente, com intervalos de 12 a 14 meses, estavam todos normais. Atendendo ao protocolo do Ministério da Saúde, no que diz respeito à realização do exame de Papanicolaou, a enfermeira deve (A) orientar a usuária que deverá fazer novo exame em 1 ano. (B) agendar consulta para a coleta do exame, que deve ser realizado anualmente. (C) esclarecer a usuária que devido à idade e por ter entrado na menopausa não mais necessita realizar o exame. (D) agendar consulta para coleta de material para o exame que, em grande multípara, deve ser realizado semestralmente. (E) aproveitar a oportunidade e colher material para a realização do exame pois este deve ser realizado a cada seis meses em mulheres com histórico de atividade sexual com múltiplos companheiros.
  • 37. 6. (VUNESP/ TJ2019) Durante consulta de enfermagem, A.A., 59 anos, sexo feminino, divorciada, informou, entre outros itens, que entrará na menopausa há cinco anos e que, desde a separação de seu ex-marido, não mais havia mantido relações sexuais. Ao analisar resultados dos exames que constavam no prontuário, o enfermeiro constatou que os últimos exames citopatológicos para a prevenção do câncer de colo do útero haviam sido realizados, respectivamente, há dois anos e três anos e apresentavam resultados considerados normais. Nesse caso, de acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde, o enfermeiro deve (A) solicitar o exame, orientando a funcionária que, para obtenção de uma amostra de material com boa qualidade, deve realizar ducha vaginal quatro horas antes do procedimento. (B) explicar para A.A. que, por ter entrado na menopausa há mais de dois anos, não necessita mais realizar esse exame. (C) explicar para a funcionária que mulheres com mais de 50 anos, sem vida sexual ativa, estão dispensadas de realizar esse exame. (D) orientar A.A. que só deverá repetir o exame em um ano, pois os dois exames anteriores apresentavam resultado normal. (E) aproveitar a oportunidade e proceder à coleta de material para a realização do exame preventivo do câncer de colo.
  • 38. VUNESP / 2020 / EBSERH T.T.P. 45 anos, passa em consulta com a Enfermeira na UBS que comunica o resultado do Exame de Papanicolaou: “Lesão intraepitelial de alto grau”. Diante desse resultado, o próximo passo no seguimento de T.T.P. é Alternativas A encaminhar para colposcopia. B orientar repetir o Papanicolaou em 6 meses. C solicitar Ultrassom transvaginal. D prescrever creme vaginal reepitelizante. E encaminhar para um serviço de referência. VUNESP / 2020 / PREFEITURA O câncer de colo de útero, apesar de prevenível, é um dos cânceres mais frequentes em mulheres no Brasil, com altas taxas de incidência e de mortalidade. Uma importante medida para sua prevenção é a coleta de exame Papanicolaou que, segundo o Ministério da Saúde, deve ser realizado em mulheres Alternativas A a partir do início da sua vida sexual ativa, independentemente de sua idade. B dos 14 aos 50 anos, sem qualquer interferência com a vida sexual. C que tenham ou tiveram vida sexual e que estão entre 25 e 64 anos de idade. D até os 45 anos de idade, desde que tenham apresentado 3 exames consecutivos normais. E que apresentam corrimento vaginal, independentemente da idade ou vida sexual ativa.
  • 39. VUNESP 2020 Considere os aspectos relacionados ao controle do câncer de colo uterino e assinale a alternativa correta. Alternativas A A realização periódica do exame citopatológico continua sendo a estratégia mais adotada para o rastreamento do câncer do colo do útero e deve ser realizado por todas as mulheres a partir dos 18 anos de idade. B Em gestantes, devido ao risco de parto prematuro, a coleta de material para o exame citopatológico deve ser adiada até o final do período de puerpério. C A coleta de material para o exame citopatológico deve ser realizada anualmente até que a mulher entre em menopausa e, após esse evento, deve ser realizada a cada dois anos, até que complete 65 anos de idade. D O início da coleta de material do colo uterino para a realização do exame de Papanicolaou deve ser aos 21 anos, independentemente de a mulher já ter ou não iniciado atividade sexual. E A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV.
  • 40. VUNESP / VALINHOS/ 2019 Para as atividades preventivas do câncer de colo de útero, o enfermeiro recorre aos conhecimentos da história natural desse agravo, que contribui para a identificação de determinantes, manifestações da doença e orientação de condutas. Nesse contexto, assinale a alternativa correta. Alternativas A O fumo é um determinante direto desse tipo de câncer, agindo com maior intensidade quanto maior for o consumo diário. B A infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. C A infecção pelo HPV, um fator indireto, é prevenível por meio da vacinação. Em mulheres já infectadas, não é tratável, mas pode curar espontaneamente. D As lesões precursoras do câncer do colo do útero são sempre sintomáticas, tendo como principais sintomas sangramento vaginal, leucorreia e dor pélvica. E A vacinação de mulheres com pelo menos duas doses de vacinas anti-HPV elimina a necessidade da prevenção secundária por meio dos exames de citologia oncótica.
  • 42. Câncer de mama De acordo com o INCA (2014) O câncer de mama é o câncer mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Tendo um bom diagnóstico se tratado oportunamente. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. Etiologia: Não há uma causa única e específica, mas uma série de eventos genéticos, hormonais e ambientais.
  • 43. Manifestações clínicas: O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um nódulo, geralmente indolor, duro e irregular. Saída de secreção pelo mamilo – especialmente quando é unilateral e espontânea, endurecimento da mama, coloração avermelhada da pele da mama, edema cutâneo semelhante à casca de laranja, retração ou abaulamento cutâneo, dor ou inversão no mamilo, descamação ou ulceração do mamilo, linfonodos axilares palpáveis. Saúdeda Mulher • Profa. Dra. Carla Marins
  • 44. Manifestações clínicas: A presençade dor e sensibilidade mamária pode estar associada à uma condição benigna: -Cisto mamário: mais frequente, são tumores de conteúdo líquido. -Fibroadenoma:nódulos firmes, móveis e bem delimitados, característicos de mulheres jovens entre 15-30 anos. -Processos inflamatórios: mais frequentes durante a amamentação.
  • 45. Lesões precursoras do câncer de mama -hiperplasia ductal atípica, -carcinoma ductal in situ
  • 46. Lesões precursoras do câncer de mama - a neoplasia lobular situ Saúdeda Mulher • Profa. Dra. Carla Marins OBS: Nem todas as lesões proliferativas epiteliais são precursoras, como as hiperplasias usuais, por exemplo. Entretanto lesões não proliferativas como as alterações colunares, são, de fato, precursoras do câncer.
  • 47. Tipos de Câncer de Mama: • Carcinoma Ductal Invasivo: • Carcinoma Lobular Invasivo: Saúdeda Mulher • Profa. Dra. Carla Marins Tumor Filoide: - muito raro, - se desenvolve no estroma (tecido conjuntivo) da mama, - geralmente benignos,mas em raras ocasiões podem ser malignos.
  • 48. CÂNCER DE MAMA Fatores de risco: - Idade - História familiar, - menarca precoce (menor que 12 anos), - menopausa tardia (após os 50 anos de idade), - primeira gravidez após os 30 anos, - nuliparidade, - terapia de reposição hormonal, - exposição a radiação, - obesidade, - ingestão regular de álcool, - sedentarismo.
  • 49. CÂNCER DE MAMA Fatores de risco muito elevado: 1Mulheres com história familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau com diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade; 2Mulheres com história familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária; 3Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino; 4 Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ. Saúdeda Mulher • Profa. Dra. Carla Marins
  • 50. CÂNCER DE MAMA Diagnóstico: - Exame clínico das mamas, - métodosde imagem (USG, mamografia e ressonância magnética) - e métodos invasivos (biópsia e punções). Saúde da Mulher • Profa. Dra. Carla Marins E o Auto exame das mamas? As evidências científicas sugerem que o autoexame das mamas não é eficiente para o rastreamento e não contribui para a redução da mortalidade por câncer de mama.
  • 51.
  • 52.
  • 53. Tratamentos: Cirúrgico (mastectomia radical, radical modificada, total e lumpectomia – cirurgia conservadora da mama), radioterapia, quimioterapia e terapia hormonal. Cirurgia conservadora da mama (ou lumpectomia, ou parcial ou mastectomia segmentar): remove o câncer, um pouco do tecido normal ao redor e normalmente alguns dos linfonodos na axila. Mastectomia total (ou simples): remove a mama inteira Mastectomia radical modificada: remove a mama, a parte acima dos músculos peitorais e alguns dos linfonodos axilares. Mastectomia radical: remove a mama, músculos peitorais e a maioria dos linfonodos inferiores, médios e superiores.
  • 54. LINFEDEMA Prevenção, diagnóstico e tratamento do Linfedema •Considera-se linfedema a diferença de pelo menos 2 cm entre os membros, em um ou mais pontos, obtidos através da perimetria ou volume residual de 200 ml obtido de forma direta (volume de água deslocada) ou indireta (perimetria).
  • 55. LINFEDEMA Prevenção, diagnóstico e tratamento do Linfedema - Evitar micoses nas unhas e no braço; - traumatismos cutâneos (cortes, arranhões, picadas de inseto, queimaduras, retirar cutícula e depilação da axila); - banheiras e compressas quentes; saunas; - exposição solar; - apertar o braço do lado operado (blusas com elástico; relógios, anéis e pulseiras apertadas; aferir a pressão arterial); - receber medicações por via subcutânea, intramuscular e endovenosa e coleta de sangue; - movimentos bruscos, repetidos e de longa duração; - carregar objetos pesados no lado da cirurgia e deitar sobre o lado operado. Saúde da Mulher • Profa. Dra. Carla Marins Prevenção, diagnóstico e tratamento do Linfedema • Logo após a cirurgia, a mobilização do braço deve ser limitada a 90º de flexão e a abdução de ombro e a rotação externa até o limite de tolerância da paciente, para prevenir complicações relacionadas à restrição articular e linfedema, sem aumentar o risco da formação do seroma. • Após a retirada dos pontos e do dreno, não havendo intercorrências proibitivas, a mobilização do braço deve ser realizada com amplitude completa. As pacientes devem ser orientadas a adotar uma postura confortável, com o membro superior levemente elevado quando estiverem restritas ao leito
  • 56. LINFEDEMA Prevenção, diagnóstico e tratamento do Linfedema Preconiza-se: - pele hidratada e limpa; - uso de luvas de proteção ao fazer as atividades do lar (cozinhar, jardinagem, lavar louça e contato com produtos químicos); - intervalos para descanso durante a execução de atividades de vida diária; - utilização de removedor de cutículas ao fazer a unha do lado operado; - usar cremes depilatórios, tesoura ou máquina de cortar cabelo na retirada de pelo da axila do lado operado; - atenção aos sinais de infecção no braço (vermelhidão, inchaço, calor local); - e uso de malhas compressivas durante viagens aéreas. Saúde da Mulher • Profa. Dra. Carla Marins Prevenção, diagnóstico e tratamento do Linfedema Deve-se tomar o cuidado para não provocar sensação de incapacidade e impotência funcional. As pacientes devem ser encorajadas a retornarem as atividades de vida diária e devem ser informadas sobre as opções para os cuidados pessoais.
  • 57. (RESIDENCIA MULTIPROFISSIONAL 2015 – ENFERMAGEM) As mulheres que fazem parte dos grupos populacionais com risco mais elevado para o desenvolvimento do câncer de mama são aquelas que: A) engravidaram após os 30 anos. B) tiveram história familiar de câncer de mama masculino. C) tiveram menopausa precoce e menarca tardia. D) nunca tiveram filhos. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL 2012 – ENFERMAGEM) A recomendação do Ministério da Saúde para mulheres acima de 35 anos e pertencentes ao grupo com risco elevado para o desenvolvimento do câncer de mama é: a) mamografia e ultrassonografia de mama anual b) ultrassonografia de mama anual e mamografia bianual c) exame clínico das mamas semestral e ultrassonografia anual d) exame clínico das mamas e mamografia anual
  • 58. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL 2016 – ENFERMAGEM) Os principais fatores de risco para câncer de mama são: A)história familiar, tabagismo, nuliparidade e hipertensão arterial B)idade, menopausa tardia, multiparidade e não ter amamentado C)idade, história familiar, menarca precoce e obesidade D)primeira gravidez após os 35 anos, exposição a radiação, diabetes e história familiar (RESIDENCIA MULTIPROFISSIONAL 2014 – ENFERMAGEM) As principais indicações para o exame de Ultrassonografia (USG) de mama são: a) exame complementar a mamografia na mulher acima de 40 anos e diagnóstico de coleções b)nas doenças inflamatórias e abcessos e para diagnosticar displasia mamária c)nas alterações do exame clínico no ciclo gravídico puerperal e mulheres com história de câncer d)diagnóstico diferencial das lesões sólidas e císticas e na jovem com lesão palpável (RESIDENCIA MULTIPROFISSIONAL 2015 – ENFERMAGEM) As mulheres que fazem parte dos grupos populacionais com risco mais elevado para o desenvolvimento do câncer de mama são aquelas que: A) engravidaram após os 30 anos. B) tiveram história familiar de câncer de mama masculino. C) tiveram menopausa precoce e menarca tardia. D) nunca tiveram filhos.
  • 59. (VUNESP/SJCAMPOS/2015) O exame clínico das mamas – ECM – possibilita identificar anormalidades que contribuem para a detecção precoce do câncer de mama. A seu respeito, está correto afirmar que (A) o ECM tem alta sensibilidade para detecção de tumores de mama em todas as fases de desenvolvimento. (B) o exame é composto por dois tipos de inspeção: a estática ou inspeção visual e a dinâmica, em que ocorre a palpação. (C) a pele com aspecto de casca de laranja e a proeminência venosa constituem achados de normalidade anatômica. (D) a palpação das mamas abrange o exame de linfonodos axilares, supra e infraclaviculares, preferentemente com a mulher em decúbito lateral e os braços estendidos ao lado do corpo. (E) a detecção de linfonodos duros e pouco móveis ou descarga papilar espontânea e unilateral, aquosa ou não, constitui sinal de alerta para prosseguimento da investigação.
  • 60. VUNESP/PREFEITURA/2020 O Ministério da Saúde recomenda que o seguinte sinal/ sintoma seja considerado como de referência urgente para serviços de diagnóstico mamário: Alternativas A retração na pele da mama. B mastalgia no período pré-menstrual. C ausência de descarga papilar. D lesão eczematosa sensível a tratamento tópico. E escurecimento dos mamilos.
  • 62.
  • 63. ± 40 anos C L I M A T É R I O ± 65 anos menopausa menarca ± 12 anos ± 49 anos nascimento Climatério e sua relação com os principais eventos ao longo da vida Ciclos de vida da mulher INÍCIO DO PERÍODO REPRODUTIVO FINAL DO PERÍODO REPRODUTIVO senectude
  • 64.
  • 65. Fogachos e sudorese Distúrbios do sono Palpitações, tonturas, fadiga e cefaleia Transtornos humorais: irritabilidade, ansiedade, labilidade, melancolia Transtornos da libido e da sexualidade Alterações menstruais Sintomas depressivos Sintomas e sinais associados com a redução dos níveis de estradiol Climatério
  • 66.
  • 67.
  • 68.
  • 69.
  • 71. (ebserh 2018) O climatério corresponde ao período de transição da mulher entre o ciclo reprodutivo para o não reprodutivo, manifestado, habitualmente, entre os 40 e 65 anos de idade. Sobre as alterações que ocorrem nas mulheres no período do climatério, assinale a alternativa INCORRETA. A. Trata-se de uma fase biológica, na qual a mulher atravessa um período de mudanças psicossociais, de ordem afetiva, sexual, familiar, ocupacional, o que pode levar a um impacto negativo em sua qualidade de vida. B. Na consulta de enfermagem, o(a) enfermeiro(a) deve avaliar o risco cardiovascular das mulheres com queixas típicas do climatério. C. Alteração não transitória, como ganho de peso e modificação no padrão de distribuição de gordura corporal, com tendência ao acúmulo de gordura na região abdominal, pode manifestar-se no período do climatério. D. A confirmação do climatério e menopausa é eminentemente clínica, sendo desnecessárias dosagens hormonais em todos os casos.
  • 72. (CESP/TRT/2013) No que concerne às mudanças que costumam ocorrer no período de climatério e menopausa, assinale a opção correta. A. Não há relação entre as alterações hormonais e os sintomas considerados psicofísicos, como ansiedade, depressão, irritabilidade, choro fácil, nervosismo e angústia. B. A mulher não possui nenhuma proteção hormonal na pré- menopausa contra doenças cardiovasculares. C. Não há evidência científica de que as mulheres sejam as mais atingidas pela osteoporose. D. A atrofia urogenital e o envelhecimento da pele não são queixas significativas no período de climatério e menopausa. E. A estática pélvica pode ser afetada com as mudanças hormonais durante a menopausa, causando incontinência urinária.
  • 74. 74 PLANEJAMENTO FAMILIAR Conjunto de ações e estratégias realizadas de acordo com a necessidade reprodutiva de cada indivíduo, com o objetivo de auxiliar aqueles que desejam engravidar ou fornecer informações a respeito dos métodos contraceptivos utilizados a fim de evitar uma gravidez indesejada. (KAUNITZ, 2016; BARBIERI; ECKLER, 2016)
  • 75. Planejamento Familiar - Marcos Legais ●Constituição Federal, 1988 •Art. 226 a responsabilidade do Estado no que se refere ao Planejamento Familiar : •“Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.” ●Lei Nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996 •Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências.
  • 76. 100% da população sexualmente ativa (10 a 49 anos) Levonogestrel (Pílula de Emergência) • Distribuição para todos os municípios brasileiros • Desnecessária apresentação da receita médica nas UBS Oferta de Métodos Contraceptivos e Preservativos Fonte: Ministério da Saúde , Brasil
  • 77. 77 77 PLANEJAMENTO FAMILIAR Direitos reprodutivos e sexuais Os direitos reprodutivos englobam o direito de decisão sobre o número de filhos que cada indivíduo deseja ter ou não e o direito de acesso à informação e métodos para ter filhos ou não. Os direitos sexuais envolvem os direitos de viver plenamente a sexualidade, de ter relação sexual independentemente da reprodução, de ter educação sexual e reprodutiva, bem como direito ao sexo seguro, entre outros direitos (BRASIL, 2013). BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva – Brasília : Ministério da Saúde, 300 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26), 2013.
  • 78. 78 78 78 PLANEJAMENTO FAMILIAR Profissional de saúde e usuário do sistema de saúde O profissional de saúde deve considerar as condições econômicas e estado de saúde de cada pessoa, suas características pessoais, fase da vida, padrão de comportamento sexual e fatores culturais e religiosos. (BRASIL, 2013) O usuário vai opção por um método satisfatório, de acordo com a fase reprodutiva em que se encontra, através de orientações a respeito de todos os métodos contraceptivos existentes, formas de acesso, eficácia, modo de uso e efeitos colaterais de cada método, além da prevenção de infecções sexualmente transmissíveis. (KAUNITZ, 2016) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva – Brasília : Ministério da Saúde, 300 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26), 2013.
  • 79. Fertilidade FEMININA • Desenvolvimento e Liberação gametas viáveis • Ciclo Ovariano • MASCULINA • Produção espermatozóides viáveis Fecundação: fusão de gametas viáveis: União Ovócito e espermatozóide
  • 80. ANTICONCEPÇÃO Tipos de Métodos 1) Métodos Comportamentais 2) Métodos de Barreira 3) Métodos Químicos 4) Métodos Definitivos
  • 81. ANTICONCEPÇÃO 1) Métodos Comportamentais Objetivo: evitar relações sexuais completas no período fértil –Método Rítmico: Tabelinha –Temperatura basal – Método do Muco Cervical (Billings)
  • 82. ANTICONCEPÇÃO 2) Métodos de Barreira Objetivo: Impedir progressão gametas masculinos no trato reprodutivo feminino • Codom ou preservativo •Masculino •Feminino • Diafragma • Esponjas e Espermicidas • DIU (sem hormônios)
  • 83. ANTICONCEPÇÃO 3) Métodos Químicos Objetivo: Inibir ovulação, modificar contratilidade trompas falópio ou útero –Anticoncepcional Hormonal Combinado •Oral •Injetáveis –Adesivos transdérmicos –Implantes Intradérmicos –Anel vaginal –DIU
  • 84. ANTICONCEPÇÃO 4) Métodos Definitivos Objetivos: esterilização –Vasectomia –Laqueadura Tubária
  • 85. 1) Métodos Comportamentais Os métodos comportamentais, ou de abstinência periódica, são métodos que requerem que a mulher tenha ciclos regulares e conheça seu período fértil. Métodos requerem a cooperação de ambos os parceiros. Abstinência periódica Falha: 2-30 % Não protege de DST e AIDS
  • 86. Calendário (tabelinha): O início e o término do período fértil (número de dias) depende da duração dos ciclos menstruais. Muco cervical (Billings): Presença de muco cervical, corresponde ao período fértil. Temperatura corporal basal: a temperatura corpórea, em repouso, sobe levemente no período após a ovulação. Sintotérmicos: consiste no uso dos três métodos descritos acima de forma combinada, além de outros sinais que podem contribuir para detectar a ovulação de maneira mais precisa.
  • 87. Mecanismo de Ação Para anticoncepção –Evitar a relação sexual com ejaculação durante o período fértil do ciclo menstrual quando a concepção é mais provável. Para concepção: –Planejar a relação sexual com ejaculação próximo da metade do ciclo (geralmente dias 10-15) quando a concepção é mais provável.
  • 92. 2) MÉTODO DE BARREIRA O condom, ou preservativo, método anticoncepcional utilizado por aproximadamente 45 milhões de casais em idade reprodutiva em todo o mundo. Previne a gravidez e as doenças sexualmente transmissíveis (DST), inclusive HIV/AIDS. Falha Condom 2-12 % Condom feminino 5-21 % A) CONDOM MASCULINO E FEMININO
  • 93. 93 Mecanismos de Ação Evita que o esperma tenha acesso ao aparelho reprodutor feminino Evita que os microorganismos (ISTs) passem de um parceiro para outro (somente com camisinhas de latex ou vinil)
  • 94. 94 Camisinha Masculina: Benefícios Anticoncepcionais • Eficácia imediata • Não interfere com a amamentação • Pode ser usado como método de apoio para outros anticoncepcionais • Sem efeitos colaterais sistêmicos • Baixo custo (a curto prazo) Benefícios Não Anticoncepcionais • Único método de planejamento familiar que confere proteção contra ISTs (somente as camisinhas de látex e vinil) • Pode prolongar a ereção e retardar a ejaculação • Pode ajudar na prevenção do câncer cervical
  • 95. 95 Camisinha Feminina Benefícios Anticoncepcionais • Imediatamente eficaz • Não afeta a amamentação • Pode ser usada como apoio para outros métodos • Sem efeitos colaterais sistêmicos • Dispensa prescrição e avaliação médica • Pode conferir proteção contra ISTs • Pode ajudar na prevenção do câncer cervical Camisinha Feminina Limitações • Custo elevado (na atualidade) • Eficácia média (5-21 gravidezes por 100 mulheres durante o 1º ano de uso*) • A eficácia anticoncepcional depende da usuária (requer contínua motivação e deve ser usada em todos os coitos)
  • 96. B) Diafragma Falha Diafragma + espermicidas4-18 % O diafragma e capuz são métodos vaginais de anticoncepção, que consistem em material de borracha côncavo com borda flexível, que recobre o colo uterino. É colocado na vagina antes da relação sexual. Deve ser utilizado com geléia ou creme espermicida.
  • 97. 97 Diafragma: Mecanismo de Ação Evita que o esperma tenha acesso ao trato genital superior (útero e trompas)
  • 98. 98 Benefícios Anticoncepcionais • Imediatamente eficaz • Não interfere com a amamentação • Não interfere com o coito (pode ser inserido até 6 horas antes) • Sem riscos de saúde relacionados com o método • Sem efeitos colaterais sistêmicos • Deve permanecer no local durante 6 horas após a relação sexual Benefícios Não Anticoncepcionais • Oferece certa proteção contra DSTs (p. ex., HBV, HIV/AIDS), especialmente quando usado com espermaticida • Impede o fluxo do sangue quando usado durante as menstruações
  • 99. Esponja 4-18% Dispositivo de poliuretano contendo nonoxinol-9, não hormonal que é introduzido no canal vaginal antes do intercurso sexual, podendo permanecer no canal vaginal por 24 horas. C) Esponja
  • 100. D) Espermicidas Diafragma + espermicida 4-18 % espermicida 6-36% Outros métodos de barreiras: espumas, geleias, ou filmes vaginais, todos contendo substancia espermicida - nonoxinol-9
  • 101. O dispositivo intra-uterino (DIU), método anticoncepcionais mais utilizado em todo o mundo, com aproximadamente 100 milhões de usuárias. Tipos: o DIU com cobre -TCu 380A e MLCu-375 o DIU que libera progestágeno; DIU inerte, não medicado - alça de Lippes Dispositivo intra uterino 0.4-2.5 % D) DIU
  • 102. 102 DIU: Mecanismos de Ação Interfere com o processo reprodutivo antes de que os ovos cheguem à cavidade uterina Tornam mais espesso o muco cervical (somente com progestágeno) Interfere com a capacidade do esperma em atravessar a cavidade uterina Modificam o endométrio
  • 103. 103 DIU: Benefícios Anticoncepcionais • Alta eficácia (0,6-0,81 gravidezes por 100 mulheres durante o primeiro ano de uso do cobre T380A) • Método para uso a longo prazo (até 10 anos de proteção com o cobre T380A) • Retorno imediato da fertilidade após a remoção • Não interfere com a amamentação DIU: Efeitos Não Anticoncepcionais • Diminui as cólicas menstruais (DIUs de progestágeno) • Diminui o sangramento menstrual (DIUs de progestágeno) • Diminui a incidência de gravidez ectópica (exceto o Progestasert)
  • 104. 104 DIUs: Efeitos Colaterais Comuns Liberadores de cobre – Menstruações mais intensas – Sangramento vaginal irregular ou mais intenso – Cólicas inter-menstruais – Aumento das cólicas menstruais ou dor – Corrimento vaginal Liberadores de progestágeno – Amenorréia ou sangramento menstrual/manchas leves
  • 105. 3) Métodos Químicos Mecanismos de Ação Suprimem a ovulação Alteram o endométrio e dificultam a nidação Tornam mais espesso o muco cervical (evitando a penetração dos espermatozóides) Reduzem o transporte ovular nas trompas
  • 106. A) Anticoncepcionais Orais Combinados Os anticoncepcionais orais combinados (AOCs), mais conhecidos como pílula, são usados por cerca de 20% das mulheres em idade fértil (15-49 anos) no Brasil. Método anticoncepcional reversível mais utilizado no país. 3) Métodos Químicos Falha 0.1-0.8%
  • 107. § Monofásicas - mais comuns, cartelas com 21 comprimidos. Comprimidos ativos (mesma composição e dose), alguns com 6 ou 7 de placebo para completar 28 comprimidos § Bifásicas - contêm dois tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com hormônios em proporções diferentes. § Trifásicas - contêm três tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com hormônios em proporções diferentes. § Pílulas para uso vaginal - é uma pílula monofásica, contendo 21 comprimidos ativos na embalagem.
  • 108. 108 AOCs: Benefícios Não Anticoncepcionais • Diminuem o fluxo menstrual e cólicas menstruais, melhorando anemia • Protegem contra o câncer ovariano e endometrial • Diminuem a incidência das doenças mamárias benignas e dos cistos ovarianos • Evitam a gravidez ectópica AOCs: Limitações • Podem causar um pouco de náusea, tonturas, leve mastalgia, dores de cabeça ou manchas • A eficácia pode diminuir quando certas drogas são tomadas • O esquecimento aumenta as falhas do método • Não protegem contra ISTs
  • 109. B)Minipílulas: Progesterona Os anticoncepcionais orais de progestogênio contêm dose muito baixa de progestogênio, em torno da 1/2 a 1/10 da quantidade dos AOC. Não contêm estrogênio. São conhecidos como pílulas progestínicas (PP) e minipílula. Utilizada na amamentação e também adolescência. Porém, mulheres que não estão amamentando também podem usá-los.
  • 111. 111 PPs: Benefícios Anticoncepcionais • Eficazes quando tomadas diariamente à mesma hora (0,05-5 gravidezes por 100 mulheres no 1º ano de uso) • Eficácia imediata (menos de 24 horas) • Não afetam a amamentação • Retorno imediato da fertilidade quando suspenso o uso • Poucos efeitos colaterais PPs: Benefícios Não Anticoncepcionais • Podem diminuir as cólicas menstruais • Podem reduzir o sangramento menstrual • Podem melhorar a anemia • Protegem contra o câncer do endométrio • Diminuem as doenças benignas das mamas • Diminuem a incidência de gravidez ectópica
  • 112. 112 PPs: Limitações • Alteram o padrão do sangramento menstrual • Pode ocorrer certo aumento ou perda de peso • Devem ser tomadas diariamente à mesma hora • O esquecimento aumenta a falha do método
  • 113. C) Anticoncepção Oral de Emergência Anualmente, a OMS estima que 585.000 mortes maternas ocorrem em todo o mundo, muitas secundárias ao aborto. A anticoncepção oral de emergência pode ajudar a prevenir gestações indesejadas e conseqüente aborto clandestino, após uma relação sexual sem proteção. É também conhecida como anticoncepção pós-coital ou pílula do dia seguinte. Não deve ser utilizada de rotina como método anticoncepcional, mas apenas em situações de emergência.
  • 114. Importante ! A anticoncepção oral de emergência NÃO tem nenhum efeito após a implantação ter se completado. Falha 2%
  • 115. D) Anticoncepcional Injetável Mensal e Trimestral - Falha Injetáveis combinados 0,2-0,4% - Falha Injetáveis apenas de progesterona 0.1-0.6 % Os anticoncepcionais injetáveis mensais, de uso relativamente recente. As diferentes formulações contém estradiol, e um progestogênio sintético, diferentemente dos anticoncepcionais orais combinados, nos quais ambos os hormônios são sintéticos.
  • 116. Anticoncepcionais Injetáveis Mensais Aprovados no Brasil 50 mg de enantato de noretisterona 5 mg de valerato de estradiol Mesigyna 25 mg de acetato de medroxiprogesterona 5mg de cipionato de estradiol Cyclofemina 150 mg de acetofenido de dihidroxiprogesterona 10 mg de enantato de estradiol Perlutan Ciclovular Unociclo
  • 117. Somente de progsterona: O acetato de medroxiprogesterona é método anticoncepcional injetável apenas de progestogênio, utilizado por aproximadamente 14 milhões de mulheres em todo o mundo. É um progestogênio semelhante ao produzido pelo organismo feminino, que é liberado lentamente na circulação sanguínea. - Injetáveis combinados 0.2-0.4% - Injetáveis de progestágenos 0.1-0.6 %
  • 118. E) Adesivos Transdérmicos Equivalente à pílula combinada. Combinação de progestogênio e estrogênio, liberado de forma contínua (ex. sete dias, embalagens com três unidades), através de adesivos cutâneos. A absorção cutânea é muito eficiente e garante nível contínuo de hormônios com alta eficácia.
  • 119. F) DIU - Mirena Mirena, endoceptivo, ou seja, um sistema intra-uterino que libera hormônio (levonorgestrel) diretamente no útero. Utilizado como método anticoncepcional, no tratamento de distúrbios menstruais e na terapia de reposição hormonal. Falha 0 - 0,2 %
  • 120. F) Implantes Subdérmicos O implante subdérmico é dispositivo contendo hormônio, no formato de bastonete, que deve ser inserido sob a pele na parte superior do braço. O bastonete contém progestogênio, muito parecido com o hormônio natural, que é liberado lentamente em doses constantes. Método recentemente aprovado para uso pelo Ministério da Saúde no Brasil. Falha 0 - 0,2 %
  • 121. 121 Benefícios Anticoncepcionais • Alta eficácia (0.05–1* gravidez por 100 mulheres durante o primeiro ano de uso) • Rapidamente eficaz (< 24 horas) • Método para uso a longo prazo (até 5 anos de proteção) • Não requer exame pélvico antes do uso • Não afeta a amamentação Benefícios Não Anticoncepcionais • Redução da incidência de gravidez ectópica • Pode reduzir as cólicas menstruais • Pode reduzir o sangramento menstrual • Pode melhorar a anemia • Protege contra o câncer de endométrio • Diminui a incidência de doenças mamárias benignas
  • 122. 122 Limitações • Modifica o padrão do sangramento menstrual (sangramento irregular/manchas de início) na maioria das mulheres • A mulher deve retornar ao provedor ou à clínica para a inserção de um novo jogo de cápsulas ou para sua retirada • A mulher não pode interromper seu uso se desejar (dependente do provedor) • A eficácia pode ser diminuida quando certos medicamentos para epilepsia (Fenitoina e barbitúricos) ou tuberculose (rifampicina) são tomadas • Não protege contra ISTs.
  • 123. MÉTODOS DEFINITIVOS Lei do Planejamento Familiar A Lei sobre o planejamento familiar, nº9.263, de 12 de janeiro de 1996, Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências.
  • 124. MÉTODOS DEFINITIVOS • Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: (Artigo vetado e mantido pelo Congresso Nacional – Mensagem nº 928, de 19.8.1997) • I – em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce; • II – risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos. • § 1º É condição para que se realize a esterilização o registro de expressa manifestação da vontade em documento escrito e firmado, após a informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes. • § 2º É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores. • § 3º Não será considerada a manifestação de vontade, na forma do § 1º, expressa durante ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente.
  • 125. § 4º A esterilização cirúrgica como método contraceptivo somente será executada através da laqueadura tubária, vasectomia ou de outro método cientificamente aceito, sendo vedada através da histerectomia e ooforectomia. § 5º Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges. § 6º A esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente poderá ocorrer mediante autorização judicial, regulamentada na forma da Lei. Art. 11. Toda esterilização cirúrgica será objeto de notificação compulsória à direção do Sistema Único de Saúde. (Artigo vetado e mantido pelo Congresso Nacional) Mensagem nº 928, de 19.8.1997 Art. 12. É vedada a indução ou instigamento individual ou coletivo à prática da esterilização cirúrgica. Art. 13. É vedada a exigência de atestado de esterilização ou de teste de gravidez para quaisquer fins. Art. 14. Cabe à instância gestora do Sistema Único de Saúde, guardado o seu nível de competência e atribuições, cadastrar, fiscalizar e controlar as instituições e serviços que realizam ações e pesquisas na área do planejamento familiar. Parágrafo único. Só podem ser autorizadas a realizar esterilização cirúrgica as instituições que ofereçam todas as opções de meios e métodos de contracepção reversíveis. (Parágrafo vetado e mantido pelo Congresso Nacional) Mensagem nº 928, de 19.8.1997
  • 126. 126 Método permanente de contracepção no qual as trompas são seccionadas, ligadas ou ocluídas. O método requer procedimento cirúrgico simples, que pode ser feito via laparoscopia . MÉTODOS DEFINITIVOS LAQUEADURA TUBÁRIA Método muito eficaz, mas depende de como as trompas foram bloqueadas.
  • 127. 127 Muito eficaz; Permanente; Não há necessidade da mulher lembrar-se do uso do método; Não interfere nas relações sexuais; Maior prazer sexual, pois não há preocupação; Não apresenta efeitos colaterais ao longo do tempo. MÉTODOS DEFINITIVOS LAQUEADURA TUBÁRIA VANTAGENS
  • 128. 128 A reversão é difícil e cara; Não protege contra DST/AIDS; Causa dor nos primeiros dias; Causa muito arrependimento. MÉTODOS DEFINITIVOS LAQUEADURA TUBÁRIA DESVANTAGENS
  • 129. 129 Oferece anticoncepção permanente para homens que não desejam ter mais filhos. Procedimento cirúrgico simples, seguro e rápido. Não é castração, não afeta os testículos e não afeta o desempenho sexual MÉTODOS DEFINITIVOS VASECTOMIA Método muito eficaz, mas depende de como as trompas foram bloqueadas.
  • 130. 130 Após a vasectomia o homem deve usar preservativo ou outro método pelo menos nas primeiras 20 ejaculações ou nos primeiros três meses, o que ocorrer primeiro. MÉTODOS DEFINITIVOS VASECTOMIA
  • 131. 131 Muito eficaz; Permanente; Não há necessidade do homem lembrar-se de contracepção; Não interfere nas relações sexuais; Não afeta o desempenho sexual do homem; Não há riscos para a saúde a longo prazo; Maior prazer sexual, pois não há preocupação com gravidez. MÉTODOS DEFINITIVOS VASECTOMIA VANTAGENS
  • 132. 132 Desconforto por dois ou três dias; Requer cirurgia de pequeno porte; Não é imediatamente eficaz; Procedimento de reversão é trabalhoso e caro Não protege contra DST/AIDS. MÉTODOS DEFINITIVOS VASECTOMIA DESVANTAGENS
  • 133. (VUNESP/FUND.CASA/2010) A anticoncepção de emergência é um uso alternativo da anticoncepção hormonal oral para evitar uma gravidez depois da relação sexual. É correto afirmar que: (A) o uso deverá ser no máximo até 72 horas após a relação sexual desprotegida para a sua maior eficácia. (B) atua basicamente no endométrio favorecendo a contração. (C) o anticoncepcional hormonal oral indicado deverá ser administrado em uma única dose. (D) esse método de anticoncepção não deverá ser iniciado nos primeiros 4 dias do ciclo menstrual. (E) esse método de anticoncepção não é indicado para adolescentes devido à alta concentração de hormônios.
  • 134. (VUNESP/SJCAMPOS/2015) Relacione, no quadro a seguir, os métodos contraceptivos e as características descritas. Está correta a relação estabelecida entre (A) Diafragma e as características descritas em A e C. (B) Diafragma e as características descritas em B. (C) Geleia espermicida e as características descritas em B. (D) DIU e as características descritas em C. (E) DIU e as características descritas em A.
  • 135. (VUNESP/UNESP 2013) A anticoncepção hormonal de emergência (AE) está inserida no contexto da Rede Cegonha (Ministério da Saúde, 2011). Assinale a alternativa que contém um dos ítens do protocolo da AE. (A) Para a dispensação da AE não será exigida a receita médica, podendo os enfermeiros disponibilizarem o medicamento na ausência do médico. (B) Está contraindicado o uso da AE quando ocorrer esquecimento prolongado do anticonceptivo oral ou atraso do injetável. (C) Está indicado o uso da AE até no máximo 2 dias após a relação sexual. (D) Será disponibilizada a AE para todas as mulheres acima de 21 anos de idade que desejarem. (E) O medicamento de escolha para a anticoncepção hormonal de emergência é o Etinilestradiol.
  • 136. (VUNESP/TJ - 2019) Face a uma realidade global de índices elevados de infecções transmissíveis por via sexual (IST), torna-se fundamental que os profissionais de saúde aproveitem todas as oportunidades para orientar sobre a importância de se pensar em opção contraceptiva que proporcione uma dupla proteção exemplificada pelo uso combinado: (A) da camisinha masculina e da camisinha feminina. (B) do anticoncepcional injetável e do diafragma. (C) do gel espermicida e do anticoncepcional oral. (D) do diafragma e do dispositivo intrauterino. (E) da camisinha feminina e do anticoncepcional oral.
  • 137. (VUNESP/TJ/2019) No ambulatório, M.J., 42 anos, sexo masculino, escrevente técnico judiciário, procurou o enfermeiro para esclarecer dúvidas a respeito da vasectomia, pois ele e a esposa desejavam adotar esse método anticoncepcional. Frente a essa situação, o enfermeiro deve esclarecer que (A) entre as complicações crônicas, destacam-se: a persistência de espermatozoides no ejaculado e a possibilidade de ocorrer impotência sexual nas primeiras quatro semanas após a cirurgia. (B) pode ser realizada em ambiente ambulatorial, com anestesia local, sem necessidade de internação e consiste na retirada da vesícula seminal. (C) é necessário o uso de condons ou outro método de planejamento familiar eficaz pelo menos nas primeiras 20 ejaculações ou por três meses após o procedimento. (D) se trata de um procedimento cirúrgico simples, de pequeno porte, seguro e rápido, que consiste na ligadura dos ductos deferentes. (E) em caso de arrependimento, a reversão da vasectomia é possível e o sucesso do procedimento está assegurado em 95% dos casos.