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MANUAL DO VOLUNTÁRIO
   Ajudar uma criança é tornar o mundo melhor.
Apresentação

      No decorrer do ano de 2010, muitas mudanças estruturais ocorreram na Casa do Bom Menino. Podemos colher alguns frutos positivos destas
mudanças, como a melhora nas relações de convivência no abrigo, a diminuição em 80% do índice de evasão escolar e o aumento da
responsabilização e autonomia das crianças e adolescentes.
      Contudo, acreditamos que há ainda muito trabalho a ser feito, tanto no trabalho direto com os atendidos, quanto na organização institucional.
Neste sentido, temos muito a agradecer aos voluntários que permaneceram pacientemente conosco durante este intenso período de transições!


                                                      O papel do voluntário no abrigo

       Sabemos que o trabalho voluntário é essencial para o abrigo. Afinal, mesmo se houvesse um quadro ideal de funcionários, é certo que o
voluntariado pode realizar um trabalho complementar muito bem-vindo. A presença dos voluntários pode ser revitalizante, uma vez que são pessoas
diferentes, de diferentes faixas etárias, que contribuem com diferentes oportunidades, experiências e aumentam o repertório de relações e ações
vividas pelas crianças.
       Este manual é um passo inicial para que possamos organizar e planejar o trabalho voluntário na Casa do Bom Menino. De forma que a
comunicação e o acompanhamento sejam cada vez mais qualificados e os voluntários não se sintam solitários em sua importante trajetória.
       Entendemos que o voluntário deve ter uma ação bem planejada e acompanhada pelo abrigo, deve ter um projeto de trabalho e estar envolvido
com ele. O voluntário precisa estar informado das ações e objetivos da equipe técnica devendo passar por uma preparação e ter acompanhamento,
além de ter constância nas suas ações e postura de educador.
       A Casa do Bom Menino pretende formar cidadãos, com autonomia, responsabilidade, ética, felizes e com vontade própria, ou seja, com
vontade de construir um Projeto de Vida. A atitude assistencialista, ou condutas baseadas em sentimentos como dó ou pena, apenas reforçam nas
crianças e adolescentes a ideia de que são vítimas, incapacitando-as para cuidar de si com autonomia e responsabilidade. As crianças e
adolescentes devem ser tratadas como pessoas capazes de lidar com as adversidades da vida e de visualizar novos horizontes e perspectivas.
       Nesta perspectiva o trabalho que contribua para a construção da autonomia e responsabilização das crianças e adolescentes, assim como
para a construção de um ambiente mais feliz e saudável será sempre muito bem vindo!

      Aos voluntários, nossos sinceros agradecimentos por esta importante parceria!

                                                                                                                   Comissão de Voluntariado
Dúvidas frequentes, trazidas pelos voluntários

        O que é a Casa do Bom Menino?
É um Serviço de Acolhimento Institucional que oferece acolhimento provisório para crianças e adolescentes de ambos os sexos, afastados do convívio familiar por
meio de medida protetiva de abrigo (ECA, Art. 101).
Muitas pessoas confundem o Abrigo como medida de punição e isso é um engano. Na Casa do Bom Menino, as crianças e adolescentes estão sob medida de
proteção.
O atendimento deverá garantir privacidade, o respeito aos costumes, às tradições e à diversidade de: ciclos de vida, arranjos familiares, raça/etnia, religião, gênero
e orientação sexual. Deverá também ser personalizado e em pequenos grupos e favorecer o convívio familiar e comunitário, bem como a utilização dos
equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local.

      Por que as crianças ou adolescentes vieram pra cá?
Por motivo de abandono ou quando a família encontra-se temporariamente impossibilitada de cumprir sua função de cuidado e proteção.

      Como eles vem parar aqui?
São encaminhados pela Vara da Infância e da Juventude ou pelo Conselho Tutelar.

        Quando eles chegam, como são recebidos?
As crianças e adolescentes devem ser recebidas da forma mais acolhedora possível, com cuidado e sigilo. São apresentadas aos companheiros e à equipe que
será responsável pelo seu atendimento e conhecem o espaço físico do abrigo.
A partir dos dados levantados no momento do acolhimento e conhecimento pleno das determinações judiciais, a equipe do abrigo deverá iniciar uma série de
levantamentos de dados a partir de atendimentos individualizados à criança e/ou adolescente e à família de origem e família extensa.

      Até quando eles ficarão por aqui?
Após este período de acolhimento, a equipe do abrigo passa a construir o Plano de Atendimento Individual de cada criança. Este plano deve contemplar a
educação, convivência familiar e comunitária, saúde, convivência no abrigo e a profissionalização.
Com este Plano em ação, a criança/ adolescente permanecerá aqui até que seja viabilizado o retorno ao convívio com a família de origem ou, na sua
impossibilidade, encaminhamento para família substituta (adoção).

      O que a Casa do Bom Menino oferece pra eles?
Oferecemos condições adequadas de habitação, vestuário, alimentação, escolaridade, preparação e encaminhamento para o mercado de trabalho. Também
promovemos a participação em atividades culturais e esportivas, conforme normas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.

       E quando completam 18 anos? Para onde eles vão?
O atendimento é personalizado, ou seja, trabalhamos com cada adolescente de forma individualizada. Esperamos que quando chegar aos 18 anos, já teremos
trabalhado junto com eles o vínculo familiar, a socialização, maior participação na comunidade, a autonomia, a responsabilidade e a profissionalização. Desta
forma, o que importa não é meramente a questão da idade, mas o acompanhamento e a preparação para que eles possam ser autônomos e capazes de realizar
seu Projeto de Vida.
Procedimentos iniciais para Voluntariado

1.     Inscrição – Os interessados deverão entrar em contato por telefone ou pessoalmente para inscrever-se como interessados em trabalho
voluntário nesta instituição;

2.     Apresentação e avaliação do um projeto ou plano de trabalho - Para que o voluntário inicie sua contribuição na instituição, é importante que
ele tenha um projeto em mente que se adeque às necessidades da instituição e de seus atendidos.
Este projeto poderá ser entregue no momento da inscrição e deverá conter: descrição da atividade, público-alvo (ex: crianças ou funcionários, sexo,
idade), objetivos, metodologia, recursos físicos e materiais necessários, assim como os horários disponíveis para a realização da atividade.
Caso não houver um projeto, o voluntário poderá realizar um projeto ou atividade indicado pela instituição.

3.     Agendamento de Entrevista – Os Profissionais de Serviço Social agendarão semanalmente entrevistas com os voluntários inscritos. Nesta
entrevista o candidato a voluntário deverá ser esclarecido sobre a missão, princípios e normas desta instituição assim como seu funcionamento e
organização.

4.    Cadastro – após a entrevista, o voluntario deverá preencher corretamente a ficha de cadastro de voluntários com seus dados pessoais;

5.    Avaliação da proposta e inserção do voluntário na rotina institucional – Com estes dados em mãos, os projetos inscritos e os cadastros serão
levados à reunião da Comissão de Voluntariado que avaliará a pertinência dos projetos, bem como as possibilidades da Casa em recebê-los,
adequando-os à Grade de Atividades e à rotina institucional;

6.     Reuniões e capacitação individual ou em grupo – os voluntários deverão ter disponibilidade para participar ocasionalmente de supervisões
(estagiários) encontros ou reuniões de voluntários. Tais encontros servirão para informá-los dos projetos e para que possam sanar suas dúvidas e
tecer críticas e comentários sobre o trabalho desenvolvido na instituição. Essas reuniões são enriquecedoras para nosso processo de trabalho,
considerando que o voluntário traz para a instituição uma visão diferenciada do cotidiano e das ações que vem sendo desenvolvidas. Além disso o
voluntário passa a sentir-se mais integrado ao projeto


                                Orientação para atuação do Voluntariado no Serviço de Acolhimento

Sempre que necessário solicitar orientações aos Educadores Sociais, pois estão aptos a prestar esclarecimentos e conhecem a rotina da casa. São
os Educadores Sociais que convivem com as crianças e adolescentes, portanto sabem de suas necessidades, horários e alterações
comportamentais, bem como hábitos alimentares e quais alimentos são permitidos a cada criança e adolescente, de acordo com orientações da
profissional de Nutrição do Serviço de Acolhimento.
O Serviço de Acolhimento é uma medida protetiva, sendo assim toda criança e adolescente tem direito a sua individualidade e privacidade, desta
forma o ambiente das casas devem ser rigorosamente privados de entrada/visitas indevidas.
Requisitos para uma boa parceria:

Ÿ     Promessas e perguntas sobre a vida das crianças e adolescentes, mexem com o emocional das mesmas, sendo assim são condutas
inadequadas;

Ÿ     Por se tratar de um serviço de proteção, não é permitido qualquer tipo de registro de imagens da criança e do adolescente (fotos e filmagens);

Ÿ     O voluntário deve sempre respeitar o dia e horário de sua atividade. Não será permitida a entrada em horários indevidos;

Ÿ     Não é permitida a entrada de acompanhantes que não estejam cadastrados;

Ÿ     As guloseimas devem ser evitadas, pois podem comprometer os horários de refeição. Na dúvida consultar os educadores que são orientados
pela nutricionista;

Ÿ     A saída de crianças e adolescentes do interior do abrigo deve ser feita somente com autorização prévia de um dos técnicos. Importante
lembrar que as crianças/ adolescentes estão sobre tutela judicial, sendo assim, passeios, saídas e intervenções com os mesmos deverão ser
comunicadas ao Juiz ou equipe técnica da Vara da Infância e Juventude;

Ÿ     O voluntário deve estar atento a unidade em que atua não interferindo nas outras casas, pois cada Casa possui características diferentes;

Ÿ     A constância e regularidade nas atividades são muito importantes para estas crianças e adolescentes que já vivenciaram intensamente a
quebra de vínculos. Eles frequentemente questionam a equipe sobre voluntários com os quais se vincularam e não tiveram mais contato. Por isso
pedimos que em caso de ausência da atividade, o voluntário deve entrar em contato com o serviço de acolhimento com antecedência;

Ÿ     Três faltas consecutivas sem justificativa acarretaram no desligamento do voluntário;

Ÿ     Não será permitido presentear as crianças e adolescentes com objetos pessoais. Esta conduta resulta em vários conflitos entre as crianças e
adolescentes. A equipe do abrigo tem a obrigação de saber sobre as necessidades de cada criança/ adolescente. Caso a criança lhe faça pedidos,
procurem se informar com a equipe, desta forma você estará contribuindo para a construção do Planos de Atendimento Individual;

Ÿ     Os assuntos relacionados à rotina do serviço de acolhimento devem ser preservados, mantendo sigilo para garantir a proteção das crianças e
adolescentes.
Requisitos para uma boa parceria:


Ÿ       Em hipótese alguma deverão ser discutidos os motivos de abrigamento ou dados sobre a vida das crianças/ adolescentes e suas famílias. O
voluntário deve ter uma postura ética e responsável. Devemos evitar situações que possam constranger a criança/ adolescente, evitando a
proliferação de informações inverídicas.

Ÿ     As atividades realizadas durante a semana devem respeitar a rotina estabelecida pela instituição, tais como os horários de alimentação,
escola, tarefas escolares, cuidados com a casa, banho e descanso.

Ÿ     Os voluntários deverão aguardar na recepção até que sua entrada na unidade em que estará realizando atividade seja anunciada. Desta
forma ele poderá ser melhor recebido, de forma mais organizada.

Ÿ      A participação dos voluntários nas reuniões são muito importantes para a organização das atividades e eventos em datas festivas (festa
junina, natal, dia das crianças, aniversários).

Ÿ     As atividades devem estar de acordo com o interesse e faixa etária dos participantes.

Ÿ      Estamos combatendo o desperdício nas suas mais diversas formas, nos alimentos, brinquedos, roupas, artigos de higiene pessoal etc. O
grande número de doações e falta da valorização dos recursos físicos e materiais resultou em atitudes de desperdício, falta de consciência dos
valores e realidade, além da falta consciência ambiental. Aos poucos, as crianças e adolescentes tem aprendido a valorizar o que possuem e
passaram a ter mais responsabilidade pelo espaço físico do abrigo.


      Pedimos aos voluntários que colaborem com este projeto, sempre informando-se com os educadores e equipe
técnica sobre as necessidades da instituição e das crianças e adolescentes. Muitas vezes o empenho e as doações
podem ser direcionadas para objetivos importantes e efetivos, e que atendam às reais necessidades das crianças e da
instituição como um todo.
Comissão de Voluntariado

            Ana Paula Santana – Educadora – Casa Raquel
 Carmélia Ap de Almeida da Costa- Educadora – Casa do Bom Menino
Fernanda Oste Silva Caldorin – Assistente Social – Casa do Bom Menino
  Keide Cristiane Silva – Assistente Social – Centro Educacional Infantil
             Patricia H. D. da Matta – Coordenadora Técnica

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Manual do voluntário

  • 1. MANUAL DO VOLUNTÁRIO Ajudar uma criança é tornar o mundo melhor.
  • 2. Apresentação No decorrer do ano de 2010, muitas mudanças estruturais ocorreram na Casa do Bom Menino. Podemos colher alguns frutos positivos destas mudanças, como a melhora nas relações de convivência no abrigo, a diminuição em 80% do índice de evasão escolar e o aumento da responsabilização e autonomia das crianças e adolescentes. Contudo, acreditamos que há ainda muito trabalho a ser feito, tanto no trabalho direto com os atendidos, quanto na organização institucional. Neste sentido, temos muito a agradecer aos voluntários que permaneceram pacientemente conosco durante este intenso período de transições! O papel do voluntário no abrigo Sabemos que o trabalho voluntário é essencial para o abrigo. Afinal, mesmo se houvesse um quadro ideal de funcionários, é certo que o voluntariado pode realizar um trabalho complementar muito bem-vindo. A presença dos voluntários pode ser revitalizante, uma vez que são pessoas diferentes, de diferentes faixas etárias, que contribuem com diferentes oportunidades, experiências e aumentam o repertório de relações e ações vividas pelas crianças. Este manual é um passo inicial para que possamos organizar e planejar o trabalho voluntário na Casa do Bom Menino. De forma que a comunicação e o acompanhamento sejam cada vez mais qualificados e os voluntários não se sintam solitários em sua importante trajetória. Entendemos que o voluntário deve ter uma ação bem planejada e acompanhada pelo abrigo, deve ter um projeto de trabalho e estar envolvido com ele. O voluntário precisa estar informado das ações e objetivos da equipe técnica devendo passar por uma preparação e ter acompanhamento, além de ter constância nas suas ações e postura de educador. A Casa do Bom Menino pretende formar cidadãos, com autonomia, responsabilidade, ética, felizes e com vontade própria, ou seja, com vontade de construir um Projeto de Vida. A atitude assistencialista, ou condutas baseadas em sentimentos como dó ou pena, apenas reforçam nas crianças e adolescentes a ideia de que são vítimas, incapacitando-as para cuidar de si com autonomia e responsabilidade. As crianças e adolescentes devem ser tratadas como pessoas capazes de lidar com as adversidades da vida e de visualizar novos horizontes e perspectivas. Nesta perspectiva o trabalho que contribua para a construção da autonomia e responsabilização das crianças e adolescentes, assim como para a construção de um ambiente mais feliz e saudável será sempre muito bem vindo! Aos voluntários, nossos sinceros agradecimentos por esta importante parceria! Comissão de Voluntariado
  • 3. Dúvidas frequentes, trazidas pelos voluntários O que é a Casa do Bom Menino? É um Serviço de Acolhimento Institucional que oferece acolhimento provisório para crianças e adolescentes de ambos os sexos, afastados do convívio familiar por meio de medida protetiva de abrigo (ECA, Art. 101). Muitas pessoas confundem o Abrigo como medida de punição e isso é um engano. Na Casa do Bom Menino, as crianças e adolescentes estão sob medida de proteção. O atendimento deverá garantir privacidade, o respeito aos costumes, às tradições e à diversidade de: ciclos de vida, arranjos familiares, raça/etnia, religião, gênero e orientação sexual. Deverá também ser personalizado e em pequenos grupos e favorecer o convívio familiar e comunitário, bem como a utilização dos equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local. Por que as crianças ou adolescentes vieram pra cá? Por motivo de abandono ou quando a família encontra-se temporariamente impossibilitada de cumprir sua função de cuidado e proteção. Como eles vem parar aqui? São encaminhados pela Vara da Infância e da Juventude ou pelo Conselho Tutelar. Quando eles chegam, como são recebidos? As crianças e adolescentes devem ser recebidas da forma mais acolhedora possível, com cuidado e sigilo. São apresentadas aos companheiros e à equipe que será responsável pelo seu atendimento e conhecem o espaço físico do abrigo. A partir dos dados levantados no momento do acolhimento e conhecimento pleno das determinações judiciais, a equipe do abrigo deverá iniciar uma série de levantamentos de dados a partir de atendimentos individualizados à criança e/ou adolescente e à família de origem e família extensa. Até quando eles ficarão por aqui? Após este período de acolhimento, a equipe do abrigo passa a construir o Plano de Atendimento Individual de cada criança. Este plano deve contemplar a educação, convivência familiar e comunitária, saúde, convivência no abrigo e a profissionalização. Com este Plano em ação, a criança/ adolescente permanecerá aqui até que seja viabilizado o retorno ao convívio com a família de origem ou, na sua impossibilidade, encaminhamento para família substituta (adoção). O que a Casa do Bom Menino oferece pra eles? Oferecemos condições adequadas de habitação, vestuário, alimentação, escolaridade, preparação e encaminhamento para o mercado de trabalho. Também promovemos a participação em atividades culturais e esportivas, conforme normas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. E quando completam 18 anos? Para onde eles vão? O atendimento é personalizado, ou seja, trabalhamos com cada adolescente de forma individualizada. Esperamos que quando chegar aos 18 anos, já teremos trabalhado junto com eles o vínculo familiar, a socialização, maior participação na comunidade, a autonomia, a responsabilidade e a profissionalização. Desta forma, o que importa não é meramente a questão da idade, mas o acompanhamento e a preparação para que eles possam ser autônomos e capazes de realizar seu Projeto de Vida.
  • 4. Procedimentos iniciais para Voluntariado 1. Inscrição – Os interessados deverão entrar em contato por telefone ou pessoalmente para inscrever-se como interessados em trabalho voluntário nesta instituição; 2. Apresentação e avaliação do um projeto ou plano de trabalho - Para que o voluntário inicie sua contribuição na instituição, é importante que ele tenha um projeto em mente que se adeque às necessidades da instituição e de seus atendidos. Este projeto poderá ser entregue no momento da inscrição e deverá conter: descrição da atividade, público-alvo (ex: crianças ou funcionários, sexo, idade), objetivos, metodologia, recursos físicos e materiais necessários, assim como os horários disponíveis para a realização da atividade. Caso não houver um projeto, o voluntário poderá realizar um projeto ou atividade indicado pela instituição. 3. Agendamento de Entrevista – Os Profissionais de Serviço Social agendarão semanalmente entrevistas com os voluntários inscritos. Nesta entrevista o candidato a voluntário deverá ser esclarecido sobre a missão, princípios e normas desta instituição assim como seu funcionamento e organização. 4. Cadastro – após a entrevista, o voluntario deverá preencher corretamente a ficha de cadastro de voluntários com seus dados pessoais; 5. Avaliação da proposta e inserção do voluntário na rotina institucional – Com estes dados em mãos, os projetos inscritos e os cadastros serão levados à reunião da Comissão de Voluntariado que avaliará a pertinência dos projetos, bem como as possibilidades da Casa em recebê-los, adequando-os à Grade de Atividades e à rotina institucional; 6. Reuniões e capacitação individual ou em grupo – os voluntários deverão ter disponibilidade para participar ocasionalmente de supervisões (estagiários) encontros ou reuniões de voluntários. Tais encontros servirão para informá-los dos projetos e para que possam sanar suas dúvidas e tecer críticas e comentários sobre o trabalho desenvolvido na instituição. Essas reuniões são enriquecedoras para nosso processo de trabalho, considerando que o voluntário traz para a instituição uma visão diferenciada do cotidiano e das ações que vem sendo desenvolvidas. Além disso o voluntário passa a sentir-se mais integrado ao projeto Orientação para atuação do Voluntariado no Serviço de Acolhimento Sempre que necessário solicitar orientações aos Educadores Sociais, pois estão aptos a prestar esclarecimentos e conhecem a rotina da casa. São os Educadores Sociais que convivem com as crianças e adolescentes, portanto sabem de suas necessidades, horários e alterações comportamentais, bem como hábitos alimentares e quais alimentos são permitidos a cada criança e adolescente, de acordo com orientações da profissional de Nutrição do Serviço de Acolhimento. O Serviço de Acolhimento é uma medida protetiva, sendo assim toda criança e adolescente tem direito a sua individualidade e privacidade, desta forma o ambiente das casas devem ser rigorosamente privados de entrada/visitas indevidas.
  • 5. Requisitos para uma boa parceria: Ÿ Promessas e perguntas sobre a vida das crianças e adolescentes, mexem com o emocional das mesmas, sendo assim são condutas inadequadas; Ÿ Por se tratar de um serviço de proteção, não é permitido qualquer tipo de registro de imagens da criança e do adolescente (fotos e filmagens); Ÿ O voluntário deve sempre respeitar o dia e horário de sua atividade. Não será permitida a entrada em horários indevidos; Ÿ Não é permitida a entrada de acompanhantes que não estejam cadastrados; Ÿ As guloseimas devem ser evitadas, pois podem comprometer os horários de refeição. Na dúvida consultar os educadores que são orientados pela nutricionista; Ÿ A saída de crianças e adolescentes do interior do abrigo deve ser feita somente com autorização prévia de um dos técnicos. Importante lembrar que as crianças/ adolescentes estão sobre tutela judicial, sendo assim, passeios, saídas e intervenções com os mesmos deverão ser comunicadas ao Juiz ou equipe técnica da Vara da Infância e Juventude; Ÿ O voluntário deve estar atento a unidade em que atua não interferindo nas outras casas, pois cada Casa possui características diferentes; Ÿ A constância e regularidade nas atividades são muito importantes para estas crianças e adolescentes que já vivenciaram intensamente a quebra de vínculos. Eles frequentemente questionam a equipe sobre voluntários com os quais se vincularam e não tiveram mais contato. Por isso pedimos que em caso de ausência da atividade, o voluntário deve entrar em contato com o serviço de acolhimento com antecedência; Ÿ Três faltas consecutivas sem justificativa acarretaram no desligamento do voluntário; Ÿ Não será permitido presentear as crianças e adolescentes com objetos pessoais. Esta conduta resulta em vários conflitos entre as crianças e adolescentes. A equipe do abrigo tem a obrigação de saber sobre as necessidades de cada criança/ adolescente. Caso a criança lhe faça pedidos, procurem se informar com a equipe, desta forma você estará contribuindo para a construção do Planos de Atendimento Individual; Ÿ Os assuntos relacionados à rotina do serviço de acolhimento devem ser preservados, mantendo sigilo para garantir a proteção das crianças e adolescentes.
  • 6. Requisitos para uma boa parceria: Ÿ Em hipótese alguma deverão ser discutidos os motivos de abrigamento ou dados sobre a vida das crianças/ adolescentes e suas famílias. O voluntário deve ter uma postura ética e responsável. Devemos evitar situações que possam constranger a criança/ adolescente, evitando a proliferação de informações inverídicas. Ÿ As atividades realizadas durante a semana devem respeitar a rotina estabelecida pela instituição, tais como os horários de alimentação, escola, tarefas escolares, cuidados com a casa, banho e descanso. Ÿ Os voluntários deverão aguardar na recepção até que sua entrada na unidade em que estará realizando atividade seja anunciada. Desta forma ele poderá ser melhor recebido, de forma mais organizada. Ÿ A participação dos voluntários nas reuniões são muito importantes para a organização das atividades e eventos em datas festivas (festa junina, natal, dia das crianças, aniversários). Ÿ As atividades devem estar de acordo com o interesse e faixa etária dos participantes. Ÿ Estamos combatendo o desperdício nas suas mais diversas formas, nos alimentos, brinquedos, roupas, artigos de higiene pessoal etc. O grande número de doações e falta da valorização dos recursos físicos e materiais resultou em atitudes de desperdício, falta de consciência dos valores e realidade, além da falta consciência ambiental. Aos poucos, as crianças e adolescentes tem aprendido a valorizar o que possuem e passaram a ter mais responsabilidade pelo espaço físico do abrigo. Pedimos aos voluntários que colaborem com este projeto, sempre informando-se com os educadores e equipe técnica sobre as necessidades da instituição e das crianças e adolescentes. Muitas vezes o empenho e as doações podem ser direcionadas para objetivos importantes e efetivos, e que atendam às reais necessidades das crianças e da instituição como um todo.
  • 7. Comissão de Voluntariado Ana Paula Santana – Educadora – Casa Raquel Carmélia Ap de Almeida da Costa- Educadora – Casa do Bom Menino Fernanda Oste Silva Caldorin – Assistente Social – Casa do Bom Menino Keide Cristiane Silva – Assistente Social – Centro Educacional Infantil Patricia H. D. da Matta – Coordenadora Técnica