1. Vamos reflectir… DEZEMBRO – JANEIRO
(PALAVRAS-CHAVE: Natal, Ano Novo, Esperança)
Quantos obrigados disse hoje? Dois ou
três? Acho que não houve ocasião para mais? Nasceu assim: de um sim gritado
Só agradeço as coisas que me fazem e me aju- em silêncio, de um amor-entrega
dam ou me agradam? Não seria bom agradecer total de uma mulher por Deus. O
a própria existência e a dos outros? Agradecer segredo. O anjo. José. A estrela.
até os sofrimentos e as contrariedades, que, bem Compõe-se o Natal na humildade
vistas as coisas, são ocasiões de crescimento e do presépio, de um Menino que
de solidariedade com os outros. Quando man- nasce pobre, de uma pobreza que
temos os olhos abertos, estamos sempre a agradecer. enternece mas que dói, de um
É agradecer e ser-se agradecido que faz a qualidade de vida. Deus que se fez homem na bele-
za pura de Maria.
Vasco Pinto de Magalhães Compõe-se o Natal na recusa de
in “Onde há crise há esperança” hospedagem, nas portas fechadas
(adaptado) das casas e dos corações. E o frio. O frio de um inverno que pre-
cisa de abraços.
Manjedoura Mas o Natal compõe-se, também, do caminho que os pastores
desenharam, no trilho da estrela, à procura do Lugar onde o amor
Senhor, de todas as perguntas com tinha nascido.
que Tu me deixas, há uma que cresce dentro Aos poucos, Dezembro vai-se iluminando com a ternura dos o-
de mim: “que fazes do meu tempo?” lhos de Jesus, com o beijo dos olhos da Mãe, com a segurança dos
Sabes, perco- me nas tarefas, nas voltas a olhos de José. E vai crescendo até ser Ano Novo e consolidar a
dar, nesta e naquela responsabilidade, num esperança que Janeiro sempre acende.
imprevisto…E no meio disso tudo, confesso, A luz é mais luz, no princípio do ano. Porque nasceu um Menino.
o tempo da minha vida assemelha-se mais a E o Menino é Deus. E traz aquilo que toda a humanidade procura:
uma fuga do que a uma sementeira. Neste a felicidade.
Advento queria pedir-te luz, para o modo de Vamos precisar de amanhãs em 2012.Em cada dia, vamos pedir
viver e de repartir o meu tempo. Ajuda-me a coragem para incendiar o mundo com aquilo que mais for neces-
realizar o meu trabalho e o meu lazer, o meu esforço e a minha pausa sário: um bocadinho de paz, um sorriso, a solidariedade, um abra-
como tempos de dádiva e de encontro. Como tempos que não sejam ço amigo que sossegue a angústia, uma estrela, a estrela, aquela
apenas tempo, mas circulação de entusiasmo e afecto, circulação de estrela que conhece o caminho que leva a Deus.
vida. Peço-te que a minha mão aberta se torne muitas vezes manjedou-
ra.
Pe. J.Tolentino Mendonça (adaptado) Graça Alves
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