SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
Glândulas endócrinas: hipotálamo e hipófise - Fisiologia
                               Actividade do hipotálamo

texto extraído do site: http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=248

        O hipotálamo desempenha muitas funções - é nesta estrutura, por exemplo, que se
situam os centros nervosos reguladores da sede, do apetite, da temperatura corporal e do
sono. É preciso referir que o hipotálamo encontra-se numa zona privilegiada do cérebro, pois
está ligado a imensas estruturas encefálicas, a partir das quais recebe informação sobre o
meio interno, e também ao córtex cerebral, o centro das funções intelectuais, enviando em
simultâneo estímulos para as mesmas.
        O hipotálamo constitui uma ponte entre o sistema nervoso e o endócrino. Por um
lado, elabora duas hormonas libertadas ao nível da neuro-hipófise - a oxitocina e a hormona
antidiurética. Por outro lado, o hipotálamo segrega inúmeras hormonas estimulantes ou
inibidoras da produção de diversas hormonas por parte da adeno-hipófise. Conhecem-se,
entre outros, vários factores hipotalâmicos, que estimulam a libertação de adrenocorticotropina
(ACTH), de tirotropina (TRH), de somatotropina (GRH), de gonadotropinas (LH/FSH-RH),
de prolactina (PRH) e de hormona melanocitoestimulante (MSH), e factores que inibem a
libertação de somatotropina (GIH), de prolactina (PIH) e de hormona melanocitoestimulante
(MSHIH).

Actividade da hiptófise

        A hipófise segrega um total de nove hormonas, sete elaboradas pela adeno-hipófise
outras duas que, embora sejam elaboradas pelo hipotálamo, são armazenadas na neuro-
hipófise, de forma a serem libertadas para o sangue. Algumas destas hormonas têm a missão
de estimular a actividade de outras glândulas do sistema endócrino ou agir sobre determinados
órgãos do corpo, com vista a controlar alguma das suas funções, enquanto outras têm efeitos
sobre praticamente todos os tecidos do organismo.
Hormônio do crescimento. Igualmente conhecida pela sua abreviatura HC ou GH (do inglês,
growth hormone), também designada como somatotropina ou STH, esta hormona actua sobre
todo o organismo, tendo uma função anabólica, ou seja, favorece a formação dos tecidos.
A sua acção é fundamental ao longo da infância e da puberdade, pois regula o processo de
desenvolvimento corporal, particularmente no que diz respeito ao crescimento dos ossos e à
formação de proteínas. A sua produção, controlada pelo hipotálamo, é especialmente intensa
durante as duas primeiras décadas de vida, embora se mantenha ao longo de toda a vida,
através de uma pulsação intermitente.
Hormônio melanocitoestimulante. Igualmente conhecida como MSH, actua ao nível da pele,
nomeadamente sobre os melanócitos, as células cutâneas responsáveis pela elaboração
do pigmento escuro denominado melanina - por isso, a acção desta hormona tem uma
considerável contribuição para a coloração da pele de cada indivíduo.
Adrenocorticotropina. Habitualmente denominada ACTH, esta hormona actua sobre o
córtex das glândulas supra-renais, cujas secreções desempenham várias e importantes
funções, sobretudo ao provocarem um aumento da produção de glucocorticóides, como
o cortisol, que intervêm no metabolismo dos lípidos, glúcidos e proteínas. Ainda que
menos significativamente, também provoca a secreção de mineralocorticóides, como a
aldosterona, que intervêm na regulação do equilíbrio hidrossalino, e de androgénios, como a
deidroepiandrosterona, hormonas sexuais masculinas.
Tirotropina. De forma abreviada TRH. Esta hormona controla a tiróide, regulando a quantidade
de hormonas produzida por esta glândula. As hormonas tiróideas desempenham uma
importantíssima função na regulação do metabolismo orgânico.
Gonadotropinas. São assim denominadas as duas hormonas que actuam sobre as gónadas
masculinas (testículos) ou femininas (ovários). Uma é a hormona foliculoestimulante, ou
FSH, que nas mulheres estimula a maturação dos folículos ováricos que contêm os óvulos
e produzem os estrogénios (hormonas sexuais femininas), enquanto que nos homens actua
sobre os testículos ao estimular a elaboração de testosterona (hormona sexual masculina).
A outra é a hormona luteinizante, ou LH, igualmente denominada hormona estimulante das
células intersticiais, ou ICSH, que nas mulheres intervém na ovulação e estimula a progressão
dos folículos, após a ovulação, no corpo lúteo ou amarelo, encarregue de produzir a hormona
progesterona, enquanto que nos homens actua sobre as células testiculares situadas entre os
tubos seminíferos, estimulando a produção de hormonas masculinas.
Prolactina. Conhecida pelas abreviaturas PRH ou LTH, esta hormona estimula o
desenvolvimento das glândulas mamárias, sendo responsável pela secreção de leite após o
parto.
Oxitocina. Esta hormona, produzida no hipotálamo e libertada na neuro-hipófise, desempenha
uma importante função durante o parto, pois é responsável pelas contracções uterinas.
Intervém igualmente no processo de lactação, estimulando a contracção das pequenas células
musculares existentes nas glândulas mamárias, o que facilita a saída do leite.

Mecanismo de retroalimentaçäo

        A actividade do sistema endócrino é muito complexa, sendo submetida a inúmeras
influencias, pois tem que se adaptar às diferentes necessidades do organismo e ter em conta
que as hormonas desempenham a sua função com níveis sanguíneos muito reduzidos. Por
isso, existem diversos mecanismos de controlo das secreções hormonais, entre os quais se
destaca um denominado de "retroalimentação" ou, em inglês, feedback, pois os próprios níveis
sanguíneos de algumas hormonas constituem um factor decisivo no aumento ou diminuição
da sua produção. De facto, quando os níveis de uma determinada hormona (por exemplo, o
cortisol ou a tiroxina) aumentam, são detectados pelo hipotálamo e pela hipófise, que alteram
a sua actividade para reduzir a estimulação da glândula que a produz (como, por exemplo,
o córtex supra-renal ou a tiróide). Pelo contrário, quando os níveis da hormona em questão
diminuem abaixo de um determinado limite, o eixo hipotálamo-hipofisário responde com uma
maior estimulação da glândula produtora.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Sistema Endocrino
Sistema EndocrinoSistema Endocrino
Sistema Endocrino
 
Sistema endócrino
Sistema endócrinoSistema endócrino
Sistema endócrino
 
Aula sobre sistema endócrino
Aula sobre sistema endócrinoAula sobre sistema endócrino
Aula sobre sistema endócrino
 
Sistema endocrino
Sistema endocrinoSistema endocrino
Sistema endocrino
 
Sistema Hormonal
Sistema HormonalSistema Hormonal
Sistema Hormonal
 
Sistema endocrino
Sistema endocrinoSistema endocrino
Sistema endocrino
 
Sistema endócrino
Sistema endócrino Sistema endócrino
Sistema endócrino
 
Hormônios
HormôniosHormônios
Hormônios
 
Endócrino hormônios-interactive
Endócrino hormônios-interactiveEndócrino hormônios-interactive
Endócrino hormônios-interactive
 
Sistema EndóCrino
Sistema EndóCrinoSistema EndóCrino
Sistema EndóCrino
 
Aula 8º ano - O sistema endócrino
Aula 8º ano - O sistema endócrinoAula 8º ano - O sistema endócrino
Aula 8º ano - O sistema endócrino
 
Hipófise anatofisiologia
Hipófise anatofisiologiaHipófise anatofisiologia
Hipófise anatofisiologia
 
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS
GLÂNDULAS ENDÓCRINASGLÂNDULAS ENDÓCRINAS
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS
 
Sistema endócrino
Sistema endócrinoSistema endócrino
Sistema endócrino
 
Sistema endócrino pablo
Sistema endócrino pabloSistema endócrino pablo
Sistema endócrino pablo
 
1 sistema endócrino
1 sistema endócrino1 sistema endócrino
1 sistema endócrino
 
Sistema Endócrino
Sistema EndócrinoSistema Endócrino
Sistema Endócrino
 
Sistema endócrino
Sistema endócrinoSistema endócrino
Sistema endócrino
 
Sistema Endocrino - Resumo
Sistema Endocrino - ResumoSistema Endocrino - Resumo
Sistema Endocrino - Resumo
 
Sistema endocrino
Sistema endocrinoSistema endocrino
Sistema endocrino
 

Destaque

Aula 10 endocrino
Aula 10   endocrinoAula 10   endocrino
Aula 10 endocrinoAdele Janie
 
Aula de Patologia do Sistema Endócrino
Aula de Patologia do Sistema EndócrinoAula de Patologia do Sistema Endócrino
Aula de Patologia do Sistema EndócrinoRaimundo Tostes
 
Fisiología de la glándula tiroides
Fisiología de la glándula tiroidesFisiología de la glándula tiroides
Fisiología de la glándula tiroidesLalo J. C. Sanchez
 
Presentación glándula tiroides
Presentación glándula tiroidesPresentación glándula tiroides
Presentación glándula tiroidesJuliana Caicedo
 
Aula: Sistema Endócrino (Power Point)
Aula: Sistema Endócrino (Power Point)Aula: Sistema Endócrino (Power Point)
Aula: Sistema Endócrino (Power Point)Bio
 
Glándula tiroides
Glándula tiroidesGlándula tiroides
Glándula tiroidesXavier
 
Selfridges: Schaufenster ins Web – TWT Trendradar
Selfridges: Schaufenster ins Web – TWT TrendradarSelfridges: Schaufenster ins Web – TWT Trendradar
Selfridges: Schaufenster ins Web – TWT TrendradarTWT
 
Cold Snap
Cold SnapCold Snap
Cold Snapcamoweb
 
Condiciones Torneo Rápido "Máximo González 2011"
Condiciones Torneo Rápido "Máximo González 2011"Condiciones Torneo Rápido "Máximo González 2011"
Condiciones Torneo Rápido "Máximo González 2011"radarvinotinto
 

Destaque (16)

Gh
GhGh
Gh
 
Aula 10 endocrino
Aula 10   endocrinoAula 10   endocrino
Aula 10 endocrino
 
Aula de Patologia do Sistema Endócrino
Aula de Patologia do Sistema EndócrinoAula de Patologia do Sistema Endócrino
Aula de Patologia do Sistema Endócrino
 
Glandula Tiroidea
Glandula TiroideaGlandula Tiroidea
Glandula Tiroidea
 
Fisiología de la glándula tiroides
Fisiología de la glándula tiroidesFisiología de la glándula tiroides
Fisiología de la glándula tiroides
 
Presentación glándula tiroides
Presentación glándula tiroidesPresentación glándula tiroides
Presentación glándula tiroides
 
Aula: Sistema Endócrino (Power Point)
Aula: Sistema Endócrino (Power Point)Aula: Sistema Endócrino (Power Point)
Aula: Sistema Endócrino (Power Point)
 
Glándula tiroides
Glándula tiroidesGlándula tiroides
Glándula tiroides
 
PM 22 2010.pdf
PM 22 2010.pdfPM 22 2010.pdf
PM 22 2010.pdf
 
Öffnungszeiten 1.pdf
Öffnungszeiten 1.pdfÖffnungszeiten 1.pdf
Öffnungszeiten 1.pdf
 
Selfridges: Schaufenster ins Web – TWT Trendradar
Selfridges: Schaufenster ins Web – TWT TrendradarSelfridges: Schaufenster ins Web – TWT Trendradar
Selfridges: Schaufenster ins Web – TWT Trendradar
 
Cold Snap
Cold SnapCold Snap
Cold Snap
 
Grafik_Top 5_Sachsen.pdf
Grafik_Top 5_Sachsen.pdfGrafik_Top 5_Sachsen.pdf
Grafik_Top 5_Sachsen.pdf
 
Susana Gomez
Susana  GomezSusana  Gomez
Susana Gomez
 
Medicross
MedicrossMedicross
Medicross
 
Condiciones Torneo Rápido "Máximo González 2011"
Condiciones Torneo Rápido "Máximo González 2011"Condiciones Torneo Rápido "Máximo González 2011"
Condiciones Torneo Rápido "Máximo González 2011"
 

Semelhante a Hipófise

AULA 11 - SISTEMA ENDÓCRINO DO CORPO HUMANO
AULA 11 - SISTEMA ENDÓCRINO DO CORPO HUMANOAULA 11 - SISTEMA ENDÓCRINO DO CORPO HUMANO
AULA 11 - SISTEMA ENDÓCRINO DO CORPO HUMANORodrigoSousa736857
 
Estatura deficiente em criança infantil juvenil e conexão gh e hormônios tire...
Estatura deficiente em criança infantil juvenil e conexão gh e hormônios tire...Estatura deficiente em criança infantil juvenil e conexão gh e hormônios tire...
Estatura deficiente em criança infantil juvenil e conexão gh e hormônios tire...Van Der Häägen Brazil
 
Sistema Endocrino
Sistema EndocrinoSistema Endocrino
Sistema EndocrinoDigux
 
Apostila Glândulas Endócrinas-2016
Apostila Glândulas Endócrinas-2016Apostila Glândulas Endócrinas-2016
Apostila Glândulas Endócrinas-2016arn4ldo
 
Sistema endocrino-primeiro
Sistema endocrino-primeiroSistema endocrino-primeiro
Sistema endocrino-primeiroNatasha Muzyka
 
Crianças com Baixa Estatura e Edultos com Suspeita de Hipopituitarismo
Crianças com Baixa Estatura e Edultos com Suspeita de HipopituitarismoCrianças com Baixa Estatura e Edultos com Suspeita de Hipopituitarismo
Crianças com Baixa Estatura e Edultos com Suspeita de HipopituitarismoVan Der Häägen Brazil
 
Acup apostila oficial endócrino-pdf
Acup apostila oficial endócrino-pdfAcup apostila oficial endócrino-pdf
Acup apostila oficial endócrino-pdfEnfermare Home Care
 
Sistema Endócrino - Prof. Arlei
Sistema Endócrino - Prof. ArleiSistema Endócrino - Prof. Arlei
Sistema Endócrino - Prof. ArleiCarmina Monteiro
 
Gerenciar o crescer linear para resultados melhores em criança, adolescente
Gerenciar o crescer linear para resultados melhores em criança, adolescenteGerenciar o crescer linear para resultados melhores em criança, adolescente
Gerenciar o crescer linear para resultados melhores em criança, adolescenteVan Der Häägen Brazil
 
Glândulas e hormônios
Glândulas e hormôniosGlândulas e hormônios
Glândulas e hormôniosSâmara Mends
 
Aula 06 fisiologia do sistema endócrino - atualizado
Aula 06   fisiologia do sistema endócrino - atualizadoAula 06   fisiologia do sistema endócrino - atualizado
Aula 06 fisiologia do sistema endócrino - atualizadoHamilton Nobrega
 
CRESCER INFANTIL/JUVENIL;RELAÇÃO METABÓLICA E BIOLÓGICA ENTRE HORMÔNIO DE CRE...
CRESCER INFANTIL/JUVENIL;RELAÇÃO METABÓLICA E BIOLÓGICA ENTRE HORMÔNIO DE CRE...CRESCER INFANTIL/JUVENIL;RELAÇÃO METABÓLICA E BIOLÓGICA ENTRE HORMÔNIO DE CRE...
CRESCER INFANTIL/JUVENIL;RELAÇÃO METABÓLICA E BIOLÓGICA ENTRE HORMÔNIO DE CRE...Van Der Häägen Brazil
 

Semelhante a Hipófise (20)

AULA 11 - SISTEMA ENDÓCRINO DO CORPO HUMANO
AULA 11 - SISTEMA ENDÓCRINO DO CORPO HUMANOAULA 11 - SISTEMA ENDÓCRINO DO CORPO HUMANO
AULA 11 - SISTEMA ENDÓCRINO DO CORPO HUMANO
 
Estatura deficiente em criança infantil juvenil e conexão gh e hormônios tire...
Estatura deficiente em criança infantil juvenil e conexão gh e hormônios tire...Estatura deficiente em criança infantil juvenil e conexão gh e hormônios tire...
Estatura deficiente em criança infantil juvenil e conexão gh e hormônios tire...
 
Sistema Endocrino
Sistema EndocrinoSistema Endocrino
Sistema Endocrino
 
Sistema endócrino
Sistema endócrinoSistema endócrino
Sistema endócrino
 
Apostila Glândulas Endócrinas-2016
Apostila Glândulas Endócrinas-2016Apostila Glândulas Endócrinas-2016
Apostila Glândulas Endócrinas-2016
 
Hipofise
HipofiseHipofise
Hipofise
 
Sistema endócrino
Sistema endócrinoSistema endócrino
Sistema endócrino
 
Sistema endocrino-primeiro
Sistema endocrino-primeiroSistema endocrino-primeiro
Sistema endocrino-primeiro
 
Sistema endócrino
Sistema endócrinoSistema endócrino
Sistema endócrino
 
Sistema hormonal
Sistema hormonalSistema hormonal
Sistema hormonal
 
Crianças com Baixa Estatura e Edultos com Suspeita de Hipopituitarismo
Crianças com Baixa Estatura e Edultos com Suspeita de HipopituitarismoCrianças com Baixa Estatura e Edultos com Suspeita de Hipopituitarismo
Crianças com Baixa Estatura e Edultos com Suspeita de Hipopituitarismo
 
Acup apostila oficial endócrino-pdf
Acup apostila oficial endócrino-pdfAcup apostila oficial endócrino-pdf
Acup apostila oficial endócrino-pdf
 
Controle Hormonal
Controle HormonalControle Hormonal
Controle Hormonal
 
Sistema Endócrino - Prof. Arlei
Sistema Endócrino - Prof. ArleiSistema Endócrino - Prof. Arlei
Sistema Endócrino - Prof. Arlei
 
Gerenciar o crescer linear para resultados melhores em criança, adolescente
Gerenciar o crescer linear para resultados melhores em criança, adolescenteGerenciar o crescer linear para resultados melhores em criança, adolescente
Gerenciar o crescer linear para resultados melhores em criança, adolescente
 
Sistema endócrino
Sistema endócrinoSistema endócrino
Sistema endócrino
 
Glândulas e hormônios
Glândulas e hormôniosGlândulas e hormônios
Glândulas e hormônios
 
Sistema endócrino
Sistema endócrinoSistema endócrino
Sistema endócrino
 
Aula 06 fisiologia do sistema endócrino - atualizado
Aula 06   fisiologia do sistema endócrino - atualizadoAula 06   fisiologia do sistema endócrino - atualizado
Aula 06 fisiologia do sistema endócrino - atualizado
 
CRESCER INFANTIL/JUVENIL;RELAÇÃO METABÓLICA E BIOLÓGICA ENTRE HORMÔNIO DE CRE...
CRESCER INFANTIL/JUVENIL;RELAÇÃO METABÓLICA E BIOLÓGICA ENTRE HORMÔNIO DE CRE...CRESCER INFANTIL/JUVENIL;RELAÇÃO METABÓLICA E BIOLÓGICA ENTRE HORMÔNIO DE CRE...
CRESCER INFANTIL/JUVENIL;RELAÇÃO METABÓLICA E BIOLÓGICA ENTRE HORMÔNIO DE CRE...
 

Mais de Simone Regina Grando

Vi diretrizes bras_hipertens_rdha_6485
Vi diretrizes bras_hipertens_rdha_6485Vi diretrizes bras_hipertens_rdha_6485
Vi diretrizes bras_hipertens_rdha_6485Simone Regina Grando
 
Insuficiência venosa crônica. uma atualização
Insuficiência venosa crônica. uma atualizaçãoInsuficiência venosa crônica. uma atualização
Insuficiência venosa crônica. uma atualizaçãoSimone Regina Grando
 
Hipertensao arterial como_fator_de_risco
Hipertensao arterial como_fator_de_riscoHipertensao arterial como_fator_de_risco
Hipertensao arterial como_fator_de_riscoSimone Regina Grando
 
Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia
Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologiaAbordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia
Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologiaSimone Regina Grando
 
Receptores de glicocorticóides e depressão
Receptores de glicocorticóides e depressãoReceptores de glicocorticóides e depressão
Receptores de glicocorticóides e depressãoSimone Regina Grando
 

Mais de Simone Regina Grando (20)

Cronograma fisiologia 2013 1
Cronograma fisiologia 2013 1Cronograma fisiologia 2013 1
Cronograma fisiologia 2013 1
 
Aspectos gerais do dm
Aspectos gerais do dmAspectos gerais do dm
Aspectos gerais do dm
 
Pé diabético aspectos clínicos
Pé diabético  aspectos clínicosPé diabético  aspectos clínicos
Pé diabético aspectos clínicos
 
Modulação da pa
Modulação da paModulação da pa
Modulação da pa
 
Vi diretrizes bras_hipertens_rdha_6485
Vi diretrizes bras_hipertens_rdha_6485Vi diretrizes bras_hipertens_rdha_6485
Vi diretrizes bras_hipertens_rdha_6485
 
Isquemia critica de mmii
Isquemia critica de mmiiIsquemia critica de mmii
Isquemia critica de mmii
 
Insuficiência venosa crônica. uma atualização
Insuficiência venosa crônica. uma atualizaçãoInsuficiência venosa crônica. uma atualização
Insuficiência venosa crônica. uma atualização
 
Insuficiência vascular venosa
Insuficiência vascular venosaInsuficiência vascular venosa
Insuficiência vascular venosa
 
Hipertensao arterial como_fator_de_risco
Hipertensao arterial como_fator_de_riscoHipertensao arterial como_fator_de_risco
Hipertensao arterial como_fator_de_risco
 
Has artigo[2006]
Has artigo[2006]Has artigo[2006]
Has artigo[2006]
 
Has artigo
Has artigoHas artigo
Has artigo
 
Doença vascular e pé diabético
Doença vascular e pé diabéticoDoença vascular e pé diabético
Doença vascular e pé diabético
 
Diretrizes sbd 09_final
Diretrizes sbd 09_finalDiretrizes sbd 09_final
Diretrizes sbd 09_final
 
Diretrizes sbd 09_final
Diretrizes sbd 09_finalDiretrizes sbd 09_final
Diretrizes sbd 09_final
 
Diretriz hipertensao errata
Diretriz hipertensao errataDiretriz hipertensao errata
Diretriz hipertensao errata
 
Cad. hipertensão
Cad. hipertensãoCad. hipertensão
Cad. hipertensão
 
Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia
Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologiaAbordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia
Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia
 
Fisiologia dor2
Fisiologia dor2Fisiologia dor2
Fisiologia dor2
 
Fisiologia da dor
Fisiologia da dorFisiologia da dor
Fisiologia da dor
 
Receptores de glicocorticóides e depressão
Receptores de glicocorticóides e depressãoReceptores de glicocorticóides e depressão
Receptores de glicocorticóides e depressão
 

Hipófise

  • 1. Glândulas endócrinas: hipotálamo e hipófise - Fisiologia Actividade do hipotálamo texto extraído do site: http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=248 O hipotálamo desempenha muitas funções - é nesta estrutura, por exemplo, que se situam os centros nervosos reguladores da sede, do apetite, da temperatura corporal e do sono. É preciso referir que o hipotálamo encontra-se numa zona privilegiada do cérebro, pois está ligado a imensas estruturas encefálicas, a partir das quais recebe informação sobre o meio interno, e também ao córtex cerebral, o centro das funções intelectuais, enviando em simultâneo estímulos para as mesmas. O hipotálamo constitui uma ponte entre o sistema nervoso e o endócrino. Por um lado, elabora duas hormonas libertadas ao nível da neuro-hipófise - a oxitocina e a hormona antidiurética. Por outro lado, o hipotálamo segrega inúmeras hormonas estimulantes ou inibidoras da produção de diversas hormonas por parte da adeno-hipófise. Conhecem-se, entre outros, vários factores hipotalâmicos, que estimulam a libertação de adrenocorticotropina (ACTH), de tirotropina (TRH), de somatotropina (GRH), de gonadotropinas (LH/FSH-RH), de prolactina (PRH) e de hormona melanocitoestimulante (MSH), e factores que inibem a libertação de somatotropina (GIH), de prolactina (PIH) e de hormona melanocitoestimulante (MSHIH). Actividade da hiptófise A hipófise segrega um total de nove hormonas, sete elaboradas pela adeno-hipófise outras duas que, embora sejam elaboradas pelo hipotálamo, são armazenadas na neuro- hipófise, de forma a serem libertadas para o sangue. Algumas destas hormonas têm a missão de estimular a actividade de outras glândulas do sistema endócrino ou agir sobre determinados órgãos do corpo, com vista a controlar alguma das suas funções, enquanto outras têm efeitos sobre praticamente todos os tecidos do organismo. Hormônio do crescimento. Igualmente conhecida pela sua abreviatura HC ou GH (do inglês, growth hormone), também designada como somatotropina ou STH, esta hormona actua sobre todo o organismo, tendo uma função anabólica, ou seja, favorece a formação dos tecidos. A sua acção é fundamental ao longo da infância e da puberdade, pois regula o processo de desenvolvimento corporal, particularmente no que diz respeito ao crescimento dos ossos e à formação de proteínas. A sua produção, controlada pelo hipotálamo, é especialmente intensa durante as duas primeiras décadas de vida, embora se mantenha ao longo de toda a vida, através de uma pulsação intermitente. Hormônio melanocitoestimulante. Igualmente conhecida como MSH, actua ao nível da pele, nomeadamente sobre os melanócitos, as células cutâneas responsáveis pela elaboração do pigmento escuro denominado melanina - por isso, a acção desta hormona tem uma considerável contribuição para a coloração da pele de cada indivíduo. Adrenocorticotropina. Habitualmente denominada ACTH, esta hormona actua sobre o córtex das glândulas supra-renais, cujas secreções desempenham várias e importantes funções, sobretudo ao provocarem um aumento da produção de glucocorticóides, como o cortisol, que intervêm no metabolismo dos lípidos, glúcidos e proteínas. Ainda que menos significativamente, também provoca a secreção de mineralocorticóides, como a aldosterona, que intervêm na regulação do equilíbrio hidrossalino, e de androgénios, como a deidroepiandrosterona, hormonas sexuais masculinas. Tirotropina. De forma abreviada TRH. Esta hormona controla a tiróide, regulando a quantidade de hormonas produzida por esta glândula. As hormonas tiróideas desempenham uma importantíssima função na regulação do metabolismo orgânico.
  • 2. Gonadotropinas. São assim denominadas as duas hormonas que actuam sobre as gónadas masculinas (testículos) ou femininas (ovários). Uma é a hormona foliculoestimulante, ou FSH, que nas mulheres estimula a maturação dos folículos ováricos que contêm os óvulos e produzem os estrogénios (hormonas sexuais femininas), enquanto que nos homens actua sobre os testículos ao estimular a elaboração de testosterona (hormona sexual masculina). A outra é a hormona luteinizante, ou LH, igualmente denominada hormona estimulante das células intersticiais, ou ICSH, que nas mulheres intervém na ovulação e estimula a progressão dos folículos, após a ovulação, no corpo lúteo ou amarelo, encarregue de produzir a hormona progesterona, enquanto que nos homens actua sobre as células testiculares situadas entre os tubos seminíferos, estimulando a produção de hormonas masculinas. Prolactina. Conhecida pelas abreviaturas PRH ou LTH, esta hormona estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias, sendo responsável pela secreção de leite após o parto. Oxitocina. Esta hormona, produzida no hipotálamo e libertada na neuro-hipófise, desempenha uma importante função durante o parto, pois é responsável pelas contracções uterinas. Intervém igualmente no processo de lactação, estimulando a contracção das pequenas células musculares existentes nas glândulas mamárias, o que facilita a saída do leite. Mecanismo de retroalimentaçäo A actividade do sistema endócrino é muito complexa, sendo submetida a inúmeras influencias, pois tem que se adaptar às diferentes necessidades do organismo e ter em conta que as hormonas desempenham a sua função com níveis sanguíneos muito reduzidos. Por isso, existem diversos mecanismos de controlo das secreções hormonais, entre os quais se destaca um denominado de "retroalimentação" ou, em inglês, feedback, pois os próprios níveis sanguíneos de algumas hormonas constituem um factor decisivo no aumento ou diminuição da sua produção. De facto, quando os níveis de uma determinada hormona (por exemplo, o cortisol ou a tiroxina) aumentam, são detectados pelo hipotálamo e pela hipófise, que alteram a sua actividade para reduzir a estimulação da glândula que a produz (como, por exemplo, o córtex supra-renal ou a tiróide). Pelo contrário, quando os níveis da hormona em questão diminuem abaixo de um determinado limite, o eixo hipotálamo-hipofisário responde com uma maior estimulação da glândula produtora.