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1 de 32
Baixar para ler offline
“É ter um conjunto de sensações,
sentimentos e realizações em
harmonia, que te permitam ter uma
melhor qualidade de vida.”
Flávia Cuzziol,
esteticista
A nova revista Bem-Estar está mais gos-
tosa, isso você não pode negar. Mais gosto-
sa em todos os sentidos. Na semana passa-
da, trouxemos uma reportagem para mos-
trar que algumas delícias, como pizza, pipoca,
que acabamos comendo até com um pouco de
culpa, estão liberadas, desde que preparadas da
maneira correta (mostramos como). Neste do-
mingo, aproveitando que estamos no outono,
rumo ao inverno, apostamos em uma reporta-
gem sobre... feijoada. Sentiu a boca salivar?
Pois é. Apesar do “peso” do prato, é difícil en-
contrar quem não se derreta por uma feijoada,
esse prato que faz nossa fama dentro e fora do
Brasil.Temosfeitoissoparareforçarumconcei-
to importante: bem-estar também é sentir pra-
zernahoradecomer!
Blues, jazz,
new age,
world music,
erudito
contemporâneo, vintage...
escolha o tipo de música
que mais acalma você
Urologista
Rui Nogueira
Barbosa
fala sobre
reposição hormonal
masculina, indicada para
regularizar a testosterona
Desvende a
Baviera, na
Alemanha,
região onde se
encontra algumas das
marcas mais conhecidas de
cerveja do país
Conheça o
Reiki, terapia
japonesa de
imposição das
mãos que ajuda a
reequilibrar a energia
circulante pelo corpo
Quem exercita
o desapego
consegue
retomar o
controle das próprias
emoções e se tornar uma
pessoa mais espiritualizada
Feijoada do restaurante
do Hotel Nacional é
servida há 40 anos
Guilherme Baffi 11/4/2015
EDITORIAL t
GRUPO
DIÁRIO DA REGIÃO
Editor-chefe
Fabrício Carareto
fabricio.carareto@diariodaregiao.com.br
Editor-Executivo
Marcelo Moreira
marcelo.moreira@diariodaregiao.com.br
Coordenação
Ligia Ottoboni
ligia.ottoboni@diariodaregiao.com.br
Editor de Bem-Estar
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Editora de Turismo
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Editor de Arte
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Pesquisa de fotos
Mara Lúcia de Sousa
Diagramação
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Tratamento de Imagens
Luciana Nardelli
e Igor Soares
Matérias
Agência O Globo
O prazer
de comer
Compartilhe com a gente o que significa bem-estar para você
Escreva para gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br. Participe!
Artes
Saúde
20
Turismo
24
8
Terapia Holística
14
Espiritualidade
18
O que é bem-estar para você?
“É contribuir para a aprendizagem dos
meus alunos, valorizando o potencial
de cada um, motivando-os sempre na
busca pelo conhecimento.”
Andressa Stefani,
empresária
Domingo, 19 de
abril de 2015
2
PROTEÇÃO
A integrante do Big Brother Brasil 15, Amanda, chamou atenção para
duas questões de saúde que envolvem bem-estar e autoestima: olheiras
e bolsas de gordura debaixo dos olhos. A boa notícia é que o problema
pode ser solucionado com um procedimento cirúrgico chamado
blefaroplastia. Na intervenção, o oftalmologista retira o excesso de pele
e reduz o volume das bolsas de gordura. Ela é realizada por meio de
pequenas incisões, resultando em cicatrizes pouco perceptíveis. Em
Rio Preto, o Hospital de Olhos Redentora é um dos centros médicos
que realizam o procedimento.
A voz também tem seu dia. Comemorada no último dia 16, a
data reforça a importância da voz no dia a dia como
instrumento de trabalho. Bob Floriano, locutor, especialista em
comunicação e coaching, revela que uma boa comunicação
interpessoal traz muitos ganhos em todas as áreas, seja dentro
das empresas, em reuniões, entrevistas, palestras ou no
cotidiano. Para manter a saúde vocal, o especialista sugere beber
bastante água, ter uma alimentação equilibrada, e comer maçã,
pois a fruta é adstringente e limpa o trato vocal. É importante
também respirar corretamente, levando ar até o abdômen e
expandindo as costelas.
CINEMA
DICAS DO BEM t
Fotos:Divulgação
CIRURGIA
VOZ
O Sesc vai sediar a
atividade formativa
“Encontro com o
Cinema
Independente”, no dia
25 de abril, às 14h30,
na sala de uso
múltiplo. A partir da
reflexão sobre o
cinema independente,
o encontro busca
trazer novos
horizontes ao olhar do
observador comum e
foca na produção atual
sem deixar de relatar
as origens. O
orientador Eduardo
Raccah traz trechos de
filmes que produziu
para análise coletiva e
estímulo da
imaginação do
participante no
sentido criativo, ao
mesmo tempo em que
dialoga sobre
definições do cinema
independente. A
atividade é gratuita.
A Mustela
reformulou sua linha
Solares e apresenta
produtos infantis para
cuidados com o corpo
e o rosto. Os protetores
são formulados com
um sistema de filtros
de alta proteção e
tolerância, aliado ao
ativo natural
patenteado Perseose de
Abacate, que protege
as células-tronco de
forma eficaz contra os
raios UV. Os produtos,
que contam com itens
de proteção para
corpo, rosto e pós-sol,
apresentam fórmulas a
partir de 85% de
ingredientes naturais,
livres de perfume,
álcool e substâncias
como parabenos,
cinamatos,
fenoxietanol, corantes,
entre outros
conservantes de risco.
Domingo, 19 de
abril de 2015
3
Francine Moreno
francine.moreno@diariodaregiao.com.br
O que acha de voltar a ser criança e pintar dese-
nhos com lápis de cor? Vários adultos têm feito isso. O
passatempo“decriança”viroumaniaentreosgrandinhos
etemlimpadoasprateleirasdaslivrarias.NaEspaço,loca-
lizadanaRuaRubiãoJr,emRioPreto,porexemplo,asdu-
asobrasmaispopulares, “JardimSecreto” e“FlorestaEn-
cantada” (Sextante), da ilustradora britânica Johnanna
Basford, estão esgotadas.
Maria José, funcionária da livraria, afirma que os li-
vros surgiram com a forte propaganda de serem deses-
tressantes. E esse slogan chamou atenção do público.
“Muitagentenuncaviu,masquer.Aquinalivraria,exis-
te uma lista de espera. A previsão é de que as obras che-
guem na sexta-feira e acabem novamente”, afirma.
Quem já garantiu e coloriu alguns desenhos é
a jornalista e socióloga Karina Fávaro. Aos 29
anos, ela trabalha cerca de 50 horas por semana e,
nos momentos livres, faz questão de pintar. Para
isso, comprou uma caixa de lápis de cor de 48 co-
res e conta que volta à infância toda vez que abre
as páginas do “Floresta Encantada”.
“Quando criança, eu tinha aqueles passatempos
da Turma da Mônica e agora comprei o livro por cu-
riosidade. Antes, a minha distração era leitura. Ago-
ra, tenho limpado minha mente pintando. Tem sido
um experiência ótima”, conta.
A funcionária pública Fernanda Haveiro, 33
anos, conta que colorir tem servido de canal para ela
se expressar melhor, já que é muito nervosa. “Se fico
muito estressada com al-
guém, corro para pintar
e depois converso. Além
disso, colorir tem ajudado
a exercitar minha criativi-
dade. Como sou muito co-
brada no trabalho, pintar
tem sido uma forma de me
sentir livre e sem pressão”,
revela.
No livro “Jardim secreto”,
Johanna Basford convida homens e
mulheres a fazer um passeio por lindosjar-
dinseseaventuraremumacaçaaotesouro.
Outro livro bastante procurado é o
“Mandalas Mágicas 1”, de Nina Corbi, lançado
pela editora Vergara & Riba. Confira nesta página os
10 mais e saia pintando.
BRINCADEIRA DE
GENTE GRANDE
ARTE-TERAPIA
ANTI-STRESS -
JARDINS - 100
IMAGENS
PARA COLORIR
De Ana Bjezancevic
Editora Editorial Presença
t Obra traz desenhos com
padrões para todos os gostos,
desde folhas e flores a
desenhos abstratos e
gráficos, para que todos
possam divertir-se a
colori-los. Proposta é
relaxante e inspiradora
“FLORESTA
ENCANTADA”
Johanna Basford
Editora Sextante
t Enquanto colore
os desenhos de
flores, casas na
árvore, animais e
objetos mágicos, seu
desafio é encontrar
símbolos especiais
ocultos ao longo das
páginas, que
destravam o portão
do castelo
MANDALAS MÁGICAS 1
JARDIM
SECRETO
Johanna Basford
Editora Sextante
t Além de completar
os espaços em branco
e escolher suas cores
preferidas, o livro
incentiva os leitores a
procurar criaturas
escondidas nas
páginas, fazer seus
próprios esboços e
criar um universo
Livros de colorir para adultos são a mais nova aposta do mercado
editorial para acabar com o estresse do cotidiano. Reportagem
lista alguns dos títulos mais procurados do momento
FANTASIA CELTA. LIVRO
DE COLORIR ANTIESTRESSE
Michel Solliec
Editora Alaúde
tApresenta labirintos e curiosas
figuras inspiradas no universo celta,
mais especificamente nas iluminuras do
“Livro de Kells”, figuras de linguagem
simbólica, e nas terras da antiga Irlanda
Nina Corbi
Editora Vergara & Riba
t Ao pintar mandalas, as pessoas
trabalham os aspectos físicos, emocionais
e energéticos. Representação geométrica,
a mandala é uma palavra originária do
sânscrito que significa círculo
HOBBY t
Domingo, 19 de
abril de 2015
4
JARDIM
ENCANTADO -
LIVRO DE COLORIR
ANTIESTRESSE
De Sophie Leblanc
Editora Alaude
t Volume da série
Arteterapia, o livro
apresenta diversos
universos e paisagens
naturais para você
reinventar conforme sua
criatividade, seja com
lápis de cor, giz de cer
a ou canetinha
MINDFULNESS:
O LIVRO DE
COLORIR
Emma Farrarons
Grupo Editorial
Record
t Obra convida o
público a meditar
sobre uma obra de
arte enquanto
preenche as páginas
com cores. A editora
afirma que o leitor
acabará com a
ansiedade e o
estresse pelo simples
ato de colorir
De Mel Elliott
Editora I Love Mel
t Livro que contém 16 páginas
para colorir para colorir, bem como
alguns jogos divertidos. É impresso
em papel 150 gramas ecoplex, feito
a partir de papel reciclado
LIVRO DE COLORIR -
DESENHOS DE ANDY WARHOL
GuilhermeBaffi14/4/2015
COLOUR ME
GOOD BENEDICT
CUMBERBATCH
Karina Fávaro eKarina Fávaro e
Marcos Takeda nãoMarcos Takeda não
abrem mão de passarabrem mão de passar
umas boas horasumas boas horas
colorindo figuras.colorindo figuras.
Assim como eles,Assim como eles,
outros adultos têmoutros adultos têm
adotado essa atividadeadotado essa atividade
como hobbycomo hobby
MÃE, TE AMO COM TODAS AS CORES
De Christina Rose
Editora Record
t Cada uma das cinquenta ilustrações traz
no verso uma frase especial, possibilitando
que a página seja recortada e emoldurada.
Temática é voltada para o amor de mãe
Andy Warhol
Editora DBA
t Autor propõe uma reflexão sobre as formas
que compõem o universo infantil por meio de
12 ilustrações em preto e branco, dentre elas
figuras como uma serpente e um jacaré
Domingo, 19 de
abril de 2015
5
Instrumentos são
uma ótima forma de
aproximar a família.
Em Rio Preto,
há exemplos de
sucesso nesse
tipo de parceria
em diferentes
estilos musicais
UNIDOS PELA MÚSICAFrancine Moreno
francine.moreno@diariodaregiao.com.br
Quem canta, não só seus males es-
panta. Quando canta junto, garante be-
nefícios ainda maiores. Quem admite
esse poder do ditado popular são músi-
cos de Rio Preto que escolheram ter
ao lado parceiros mais íntimos no
palco. São pais e filhos e irmãos que
decidiram se unir para cantar e tocar
instrumentos musicais juntos e levar
a alegria proporcionada pela música
por onde passam.
O maestro Jonas Schneck Ferreira,
que lidera o Instituto Amadeus Mo-
zart, em Rio Preto, é parceiro e uma es-
pécie de mentor musical das filhas Na-
talia, de 29 anos, e Camila, de 24. A pri-
mogênita mora em Campinas, é forma-
da em música pela USP e está sempre
em Rio Preto, onde divide os instru-
mentos com o pai e a irmã. A mais no-
va, Camila, é professora de violino no
instituto e integrante do Quarteto Rio-
pretense, primeiro conjunto com qua-
tro instrumentos de cordas oficialmen-
te formado na cidade.
Com 40 anos de profissão, o maestro
conta que as filhas acompanharam to-
das as atividades da carreira dele. “Por
escolha própria, elas também estuda-
ram e se formaram em música.” Além
dos três, a família contava com outro
apaixonado por música, o maestro Sau-
lo Schneck, irmão de Jonas. idealizador
do Projeto Escola Jovem de Rio Preto,
ele morreu em 2012, aos 46 anos, víti-
ma de complicações de cirrose hepática
e parada cardíaca.
“Ele morreu cedo, mas deixou um
legado musical na cidade”, diz Jonas.
“Além de profissão, a música é uma ati-
vidade que preenche a vida da gente em
um nível pessoal, e nos faz mais felizes
e unidos”, completa.
O maestro Jonas
Schneck Ferreira,
40 anos de profissão,
é parceiro e mentor
não só de Camila,
24 anos de idade
(foto), mas de sua
outra filha, Natália:
família reunida pela
música instrumental
JohnnyTorres13/4/2015
COMPORTAMENTO t
Domingo, 19 de
abril de 2015
6
Já na casa de Jonatas e William Fro-
es, a música também sempre esteve pre-
sente.Comtios,primoseamãequeforam
ou ainda são músicos profissionais, bem
pequenos eles pegavam instrumentos e os
tocavam automaticamente. Um pouco de-
poisdos10anosdeidade,foramdiagnosti-
cados com ouvido absoluto, a capacidade
deperceberedarnomeacadaumadasno-
tasquechegamaosseusouvidos.Umaem
cada 10 mil pessoas tem essa habilidade.
Juntos, eles criaram a banda Célu-
la. No entanto, o grupo acabou e cada
um seguiu em conjuntos diferentes.
Jonatas toca estilos variados e como
“freelancer”, e William nas bandas
Eletro Rock e Falling Flowers. Mas
na primeira oportunidade que apare-
ce eles se juntam para fazer um som
ou produzir e se divertir no estúdio.
“Tem muita genética envolvida.
Nossa mãe era cantora gospel, tá no san-
gue.Temosumgostomusicalmuitopare-
cido. É bacana viver e trabalhar com
música”, conta William. Recentemente,
osdois foramatrações, cadacom suaban-
da, em um cruzeiro. “Quando fui entrar
no navio, descobri que meu irmão já ti-
nhaembarcado.Sãocoincidências da vi-
da e que fazem muito bem.” (FM)
Os irmãos do ouvido absoluto
Pai e filho formam a Caco de Telha
Jonatas e William Fróes
seguiram carreiras independentes,
mas na primeira oportunidade que
aparece eles se encontram para
“se divertir” no estúdio
Thalles, o filho, e Alessandro
Dalmiglio, o pai, do grupo Caco de
Telha, estão unidos pelo pop rock:
“Resolvemos qualquer problema
por meio da música”, diz o pai
O estilo pop rock uniu os músicos Alessandro
e Thalles Ribeiro Dalmiglio, pai e filho, que for-
mamaCacodeTelhaAcústico,bandabastanteco-
nhecidananoiterio-pretense.Comrepertórioque
reúneclássicosdopoprocknacionaletambémin-
ternacional, eles mantém ainda a Caco de Telha
Rock Band, e atuam como educadores musicais
do Projeto Guri, no polo de Icém.
Alessandro teve Thalles muito jovem, aos 18
anos, e o garoto cresceu em meio aos bastidores
dos shows do pai. Com 8 anos, Thalles começou a
estudarpercussãoebateria,eaos11jáacompanha-
vaAlessandronas apresentações.“Chegamosa ter
problemascomo Conselho Tutelar”,revelao pai.
Hoje, Alessandro tem 45 anos e o filho 27, e
além de serem profissionais, são muito amigos.
“Temos nossos atritos, mas resolvemos tudo com
muita cumplicidade, humildade e respeito, além
de muita música”, revela.
Alessandro conta que seu avô era seresteiro e
levavaamãeparacantarcomele.Efoicomsuage-
nitoraqueelecomeçouatocarembarzinhosepiz-
zariasdeSãoPaulo,aos20anos.Agora,afilhaAle-
xiaRibeiro,de17anos,tambémestácomeçandoa
seinteressar pelamúsica. “Ela é tímida,mas canta
em casa durante as festas e tem se interessado em
aprender a tocar violão. Tem futuro”, revela o
pai-coruja. (FM)
SidneiCosta8/4/2015
GuilhermeBaffi10/4/2015
Domingo, 19 de
abril de 2015
7
Com o poder de relaxar a mente, a música é
uma arma poderosa para manter a ‘sanidade’
em um mundo cada diz mais acelerado
Cora Soares
cora.soares@diariodaregiao.com.br
Quem nunca saiu daquele looongo dia de trabalho e resolveu ligar o som
para se desligar um pouco? Ou praticar meditação em casa, ouvindo um som
contagiante, ainda que calmo, que nos leva para um lugar favorito apenas fe-
chando os olhos?
A música tem esse poder, especialmente as que estabelecem esse clima
mais intimista e relaxante.
Seja um bom blues ou jazz, um erudito contemporâneo ou vintage, um ins-
trumental ou o estilo new age. Todas as músicas com efeito musical calman-
te agem no cérebro produzindo esse efeito de bem-estar.
No livro “Como a mente funciona”, o psicólogo Steven Pinker, da Univer-
sidade Harvard, compara a música a uma “guloseima auditiva”, feita para
“pinicar” áreas cerebrais envolvidas em funções importantes. Como resulta-
do desse acaso, os sons harmoniosos oferecem um novo sistema de comuni-
cação, com base mais em percepções sutis que em significados. E são essas
percepções que nos atraem, especialmente os sons mais amenos, nos mo-
mentos de introspecção.
Salvador Hernandes, profundo conhecedor quando o assunto é medita-
ção, indica que para relaxamento existem várias opções: de música instru-
mental, new age à world music. “Gosto muito da música de Kenio Fuke, um
piano bem suave, e bom também é o som de Aeoliah ou Mike Rowland.”
Entre os queridinhos dos que buscam se desligar estão também Enya, Ki-
taro e Loreena McKennitt, de estilo new age e world music.
GULOSEIMA
AUDITIVA
StockImages/Divulgação
ARTES t
Domingo, 19 de
abril de 2015
8
Trânsito lotado, chefe que pega no pé, filhos
comnotasbaixas,contasatrasadas?Éclaroqueamúsi-
ca não vai resolver seus problemas, mas vai ajudar a se
desligarporalguns minutosda rotinaestressante.
Isso porque a música fala de sentimentos de uma
forma vibrante. Relaxa! E ela é capaz de mover nossos
sentimentos de uma forma ampla, conforme diz a psicó-
loga Karina Younan.
Karina ainda reforça que, onde existe música, exis-
te um clima mais ameno ou alegre, pois uma música
tem a tendência de aproximar as pessoas: “Indico
uma orquestrada suave para quem precisa de re-
pouso e relaxamento, e opções alegres para
quem precisa dar um ‘up’ no ânimo!”.
Escolha sua trilha e prepare-se
para relaxar! (CS)
Música
antiestresse
Já ouviu falar em “streaming”? Essa
é uma tecnologia que envia informa-
ções multimídia através da transferên-
cia de dados utilizando redes de compu-
tadores, especialmente a internet, e foi
criada para tornar as conexões mais
rápidas. Nesse ambiente, existem al-
guns serviços disponíveis. Um dos mais
conhecidos e utilizados é o Spotfy, mas
existem também o Deezer, Groo-
veshark, Rara, Rdio, Sonora ou Xbox
Music, que permitem escutar sua músi-
ca pesquisando por artista, álbum ou lis-
tas de reprodução criadas pelos pró-
prios usuários.
Essas listas podem ser personaliza-
das de acordo com o gosto musical, e
o mais interessante: pelo estado de es-
pírito do usuário. Além disso, podem
ser baixadas para diferentes tipos de
dispositivos.
Existem listas para dias de chuva,
para se ouvir na estrada, durante uma
viagem, para cantar no chuveiro... Uma
das mais reproduzidas é a lista de inspi-
ração, ideal para se desligar das pres-
sões do dia a dia. (CS)
Monte sua
própria ‘playlist’
Domingo, 19 de
abril de 2015
9
Feijão-preto, linguiça, carne-seca... as
delícias brasileiras se encontram na
feijoada, prato que já ganhou até uma
variação light, mas, para muita
gente,o sabor da versão tradicional
ainda é imbatível
Francine Moreno
francine.moreno@diariodaregiao.com.br
Falar de feijoada é falar de reunião fa-
miliar, festa e samba. Um dos pratos mais
famosos da culinária brasileira, a receita
se originou dos costumes dos escravos afri-
canos e, hoje, é presença obrigatória em
encontros e festas, principalmente em Rio
Preto. No período de temperaturas mais
baixas, é fácil encontrar um evento que sir-
va feijoada acompanhada de bebida gela-
da e atrações musicais.
Mas não preciso esperar o tempo esfri-
ar para consumir a feijoada. Váriosestabele-
cimentos a oferecem em seu cardápio em ou-
tras épocas do ano.
Umdospontosmaistradicionais,orestau-
rante do Hotel Nacional, prepara a receita há
40anos.Aossábados,das12às15horas,o res-
taurantereceberio-pretensesemuitosvisitan-
tes de fora para comer feijoada, que é servida
com os ingredientes separados. “Tudo vai em
panelaindividualecadaclientecolocanopra-
to aquilo que gosta”, afirma Maria Aparecida
Rodrigues, chef de cozinha.
Conhecida como Cidinha, ela trabalha
no hotel há 25 anos e conta que a feijoada
é um prato demorado para fazer. “Começa-
mos a produção na quinta-feira, tirando o
sal da carne, e terminamos apenas no sába-
do”, revela. Arnaldo Cesar Donizete Da-
mião, maître do restaurante, afirma que o
cliente pode consumir, além da feijoada,
nove guarnições, saladas e batidas. “O di-
ferencial está no tempero”, diz.
SergioIsso10/6/2014
PRAZERES DA MESA t
PREFERÊNCIA NACIONAL
Domingo, 19 de
abril de 2015
10
DULCE RESTAURANTE
E DOCERIA
t (Rua General Glicério, 3.786)
Aos sábados, das 11h às 14h30
Informações: (17) 3231-1421 e
3211-7100
ONDINA COMIDARIA
t (Rua Ondina, 8)
Aos sábados, das 12h às 15h
Informações: (17) 3212-7931
RESTAURANTE DO HOTEL
NACIONAL
t (Rua Professor Carlos
Ibanhez, 35)
Aos sábados, das 12h às 15h
Telefone: (17) 2136-7400
RESTAURANTE AEROPORTO
t (Avenida dos Estudantes, 3.505)
Todos os dias, a
partir das 11h30
Informações: (17) 3232-4620
RESTAURANTE SAMAMBAIA
t (Rua Presciliano Pinto, 2.324)
Às quartas-feiras e aos sábado, das
12h às 14h30
Informações: (17) 3301-4668
Numa boa feijoada, não podem faltar
as melhores e mais saborosas partes do
porco, que possui menor teor de gordura,
afirma Rodrigo Bueno, chef consultor e
professor do Senac.
“Estamos falando da orelha, do rabo e
da costela que fica mais próxima do osso
e, por isso, tem mais sabor. Porém, uma
feijoada deve ser acompanhada de cou-
ve-manteiga refogada, uma boa farofa e
frutas mais ácidas para combater a untuo-
sidade da própria feijoada”, explica.
O chef gosta da feijoada tradicional,
feita com paciência e no tempo certo.
“Não adianta tentar fazer a feijoada em du-
as horas. Ela vai ficar sem a potência de sa-
bor que poderia ter quando é preparada
no tempo correto. Além do amor pelo que
se está fazendo, eu gosto muito de substi-
tuir a couve-manteiga pela taioba, uma
verdura que hoje está quase esquecida. Pi-
cadinha e frita na manteiga com alho, ela
combina muito bem com feijoada, pois
tem sabor mais semelhante ao espinafre”,
diz Bueno.
O chef Alexandre Villela Carvalho, do
Nhô Botequim, afirma que o ingrediente
principal de uma saborosa feijoada é o fei-
jão. “Vejo muita gente reclamando que
quando vai fazer uma feijoada ela fica ra-
la, com caldo fino, aguado. Eu sempre per-
gunto: ‘Quanto você colocou de feijão?’
Uma parte de feijão para oito do resto, por
exemplo, nunca vai engrossar.”
Carvalho, também conhecido como
Badaró, confessa que não gosta de feijoada
light. “Para mim, feijoada tem que ter pé,
orelha e rabo. Ser completa até nos acom-
panhamentos. Não abro mão da farofa, do
torresmo, da laranja, da couve, do caldo
de feijão, do vinagrete feito com caldo do
feijão apimentado, de uma boa pimenta e
de uma caipirinha feita com boa cachaça.
Durante o preparo, coloco uma ou duas la-
ranjas com casca para cozinhar junto, e
uma boa dose de cachaça.” (FM)
Loja Mundo Verde, localizada na
Bernardino de Campos, oferece
feijoada preparada pela
nutricionista Aline Moreno
O que não pode faltar
ONDE CONSUMIR EM RIO PRETO
Hamilton Pavam 10/4/2015
Domingo, 19 de
abril de 2015
11
t Antes de iniciar a
caminhada, é necessário
fazer alongamento. A própria
caminhada já é um leve
aquecimento. Após a
caminhada, o alongamento
auxilia a relaxar e voltar para
a rotina do dia. Além disso, é
preciso hidratar-se. “Uns 20
minutos antes, a pessoa pode
consumir 200 ml de água para
uma atividade com mais de 30
minutos”, afirma Ronaldo Parra
PASSO A
PASSO
DICAS
EXERCÍCIO t
A caminhada é uma atividade física
acessível e eficaz para condicionar
o corpo, desde que realizada de
forma correta. Especialistas
ensinam o ‘caminho das pedras’
Francine Moreno
francine.moreno@diariodaregiao.com.br
Caminhar é uma das atividades físicas mais populares en-
tre homens e mulheres de Rio Preto. É fácil ver, diariamen-
te, centenas de pessoas caminhando na Represa, na pista do
Aeroporto, na Praça do Vivendas e na Avenida José Munia.
Entretanto, será que todas essas pessoas estão fazendo a ativi-
dade de forma correta?
De acordo com especialistas, caminhada não é apenas co-
locar o tênis no pé e sair andando.
É preciso, por exemplo, calcular a frequência cardíaca.
Essa avaliação ajuda a pessoa a determinar os limites do cor-
po durante a atividade. E, para isso, você pode contar com a
ajuda de um professor ou personal trainer.
Uma pessoa de 30 anos deve fazer a conta 220 – 30 = 180.
O resultado corresponde a sua frequência cardíaca (bpm -
batimentos por minuto). E, para potencializar a queima
de gordura, por exemplo, a frequência cardíaca deve fi-
car entre 65% a 70% da frequência máxima da pessoa.
“Para o leigo, a conta pode parecer complicada, mas
não é. Ao fazermos o cálculo, a pessoa vai caminhar no
ritmo certo e obter o resultado desejado”, afirma Daniel
Nunes Junior, proprietário da D&L Nunes Assessoria
Esportiva. Caso contrário, o aluno não consegue ficar na
“zona de treinamento”, nome dado às faixas referentes a
cada batimento cardíaco.
Outra alternativa para caminhar corretamente é ter um
condicionamento físico adequado. “Tenho alunos de 25 a
78 anos e cada um é direcionado para um treino personaliza-
do. Muitos caminham ou correm, mas vão à academia para
ter uma avaliação e treinam para conseguir o condiciona-
mento correto, só depois vão para a rua”, explica.
Daniel Nunes Junior com as
alunas Luciana Mendonça e
Pâmela Gonçalves.
Caminhada é uma atividade
relativamente simples,
mas com a orientação
correta é possível melhorar
muito mais a performance
GuilhermeBaffi14/4/2015
Domingo, 19 de
abril de 2015
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Daniel Nunes explica que é importante o
praticante de caminhada condicionar-se
bem fisicamente para obter melhor resultado
Educador físico Ronaldo Parra faz teste individualizado e
avaliação de postura e flexibilidade em Camile Nascimento
t A caminhada oferece
muitos benefícios para o corpo
todo, como o combate ao
colesterol ruim, aumento da
capacidade cardiorrespiratória
e da densidade óssea, assim
como ajuda no controle de
doenças como diabetes
e hipertensão
t Como aumenta o gasto
calórico, a caminhada trabalha
no músculo que estava parado
e ajuda a emagrecer, aliado a
uma boa alimentação. Além
disso, deixa bumbum, pernas,
braços e abdome em forma.
Quem caminha tem menos
chance de ter pressão
sanguínea alta, colesterol
pouco ruim, diabetes e
doenças cardíacas
O educador físico Ronaldo Parra,
da TR3 Assessoria, conta que, antes
de correr, para os iniciantes, direciona
os alunos para um teste individualiza-
do, em que são avaliados postura, ins-
tabilidade articular, grau de flexibili-
dade, entre outros itens. Após uma
análise completa, o aluno recebe anota-
ções de possíveis erros a serem corri-
dos, que vão desde a forma como ater-
rissa o pé para realizar a passada até o
alinhamento do quadril, para ver se há
exagero de movimento.
Um material baseado nos resulta-
dos é apresentando ao aluno e coloca-
do em prática. “O aluno, quando faz a
atividade de forma correta, tem uma
resposta rápida, circulação sanguínea,
aumento do gasto calórico e melhora
da pressão arterial”, revela Parra.
Para ajudar, o aluno acessa de for-
ma on-line essa planilha e tem um
noção do processo e da evolução.
“Muitos começam caminhando com
dificuldade e depois já estão até cor-
rendo maratonas”, diz. (FM)
Preparação individualizada
Hamilton Pavam 14/4/2015
Guilherme Baffi 14/4/2015
BENEFÍCIOS
Domingo, 19 de
abril de 2015
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TERAPIAS HOLÍSTICAS t
Por meio da imposição das
mãos, o Reiki, uma técnica
de origem japonesa,
restaura a energia
vital do corpo
ENERGIAENERGIA
CANALIZADACANALIZADA
StockImages/DivulgaçãoDomingo, 19 de
abril de 2015
14
Cora Soares
cora.soares@diariodaregiao.com.br
A palavra Reiki significa Energia Vital Universal,
portanto, é uma terapia complementar de captação da
Energia Cósmica pelo terapeuta Reiki, passada pela
imposição das mãos ao recebedor, que permite revita-
lizar e equilibrar a pessoa fisicamente, emocionalmen-
te, mentalmente e espiritualmente.
O Reiki é dividido em três níveis de iniciação, em
que o terapeutapassaporumprocessodeautoconhecimen-
to até a integração, explica o terapeuta naturopata Dorivan
Nascimento,doEspaço IntiHuasi, deRioPreto.
É uma técnica japonesa de cura, que consiste na ca-
nalização das energias universal (Rei) e vital (Ki), di-
recionando-as através das mãos para o corpo e os cha-
cras, e trazendo, com isso, ressonância e equilíbrio no
aspecto físico, energético, emocional, mental e espiri-
tual. Desde 1960, o Reiki passou a ser reconhecido pe-
la organização mundial de saúde, segundo o terapeu-
ta reikiano Thiago Guimarães.
A técnica trabalha diretamente no equilíbrio das
funções imunológicas e hormonais do paciente e apre-
senta resultado visível logo na primeira sessão. O tra-
tamento visa a pessoa como um todo, busca a causa e
não trata apenas os sintomas, a fim de oferecer mais
qualidade de vida, saúde e bem-estar, pois equilibra a
energia de todo o corpo, a partir dos órgãos e sistemas
em geral. “É como se o canal energético fosse desobs-
truído”, explica Guimarães.
Dia a dia corrido, pressão no tra-
balho, estresse familiar e “zilhões”
de operações para fazer todos os dias
são alguns dos motivos, hoje, pelos
quais muitos procuram o Reiki.
Qualquer pessoa pode receber a
“energia reiki”, não tendo, pois, ne-
nhuma contraindicação, uma vez
que o processo é biofísico e não bio-
químico, afirma Wesley Ricardo
Faim, terapeuta especializado na téc-
nica, também do Inti Huasi.
As principais indicações são para
quem passa por problemas como do-
res físicas, estresse, fobias, ansieda-
de, angústia, insônia, hipersensibili-
dade, excitação nervosa, irritabilida-
de, agressividade e preocupação,
pois atua de forma integral nos cor-
pos físico, emocional, mental e espi-
ritual.
O terapeuta Thiago Guimarães
completa dizendo que emoções de-
salinhadas, pensamentos turbulen-
tos e repetitivos, vícios, maus hábi-
tos, morbidez, negatividade, deses-
perança, crenças limitantes, raiva
e compulsões também são alvo da
técnica. (CS)
Quem pode fazer?
Algumas pessoas ainda relutam
em buscar terapias alternativas por
medo ou por preferir apenas a medi-
cina tradicional. No livro “Reiki -
Amor, saúde e transformação”, de
Johnny de Carli, o autor cita que o
Reiki não se confronta nem com a
medicina tradicional, nem com as
diferentes religiões praticadas pelo
ser humano, e sim as complementa.
Segundo especialistas, o Reiki é
uma técnica que consiste apenas
em captar e transmitir energia Uni-
versal por meio das mãos e não tem
nenhum sistema filosófico, esotéri-
co ou religioso.
“Atualmente, a técnica do Reiki
encontra respaldo nos princípios da
físicaquânticaenaTeoriadaRelativi-
dade de Einstein. Ela parte do princí-
pio de que as moléculas bioquímicas
queformam nosso corpo físicosão, na
verdade,umaespéciedeenergiavibra-
tória, e que a doença se manifesta pri-
meiramente em um nível energético
mais sutil para depois atingir nosso
corpo físico ou psíquico”, afirma o te-
rapeuta Thiago Guimarães. (CS)
Curiosidades sobre o Reiki
Domingo, 19 de
abril de 2015
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À PROCURA DE
UM NOVO AMOR
Cora Soares
cora.soares@diariodaregiao.com.br
Anos de casados e, daí, vem a separa-
ção. Cada um para seu lado, é hora de se-
guir em frente. Para muitos, o desenlace
significa também recomeçar.
Antigamente, para homens e mu-
lheres, casar era uma vez só. Os tem-
pos mudaram.
Alguns homens já afirmam não con-
seguir ficar sozinhos e, por isso, logo
buscam por novos parceiros. Será que
isso é verdade?
“Homens também ficam deprimidos
com términos de relacionamentos amo-
rosos, perdem peso, ficam desiludidos,
sentem-se fracassados e responsáveis e,
para piorar, a sociedade cobra que os ho-
mens sejam fortes, não chorem, não so-
fram, não errem, não sintam e nem pe-
çam ajuda profissional. A cobrança mas-
culina é muito alta, assim, muitos ho-
mens optam pelo silêncio, por ocultar a
dor, ficando mais desamparados e vulne-
ráveis, sentindo-se envergonhados, frus-
trados e fracos.” É o que afirma Cristia-
ne Francisco Alves Lorga, psicóloga es-
pecialista em família.
Porém, será que eles realmente são
os mais predispostos a entrar em uma re-
lação após o fim de uma união de anos?
Para a psicóloga, não existem pesquisas
quanto a ser mais fácil para o homem en-
trar em um novo relacionamento do
que para a mulher. Ela diz que, em mui-
tos casos, não generalizando, após o
término do relacionamento amoroso, as
mulheres procuram afeto, comparti-
lham o sofrimento e desabafam com
amigas, já os homens, que não foram
“treinados” para falar sobre isso, nem
para ouvir, tentam se distrair com espor-
tes, amigos, baladas e paqueras.
NECESSIDADE NÃO É UMA REGRA
Os homens do século 21 estão mais dispostos a
abrir o coração e até se casar de novo na busca
da felicidade a dois? Especialistas respondem
tCom o fim do casamento, as pessoas podem procurar se esquivar da
melancolia e de pensamentos depressivos buscando um novo
relacionamento. Essa necessidade, porém, não é uma regra. Os homens
possuem mais dificuldade de lidar com suas emoções do que as mulheres.
Esse fator cultural contribui para que pessoas do sexo masculino discutam
menos seus sentimentos e acabem agindo de forma impulsiva. Por isso,
pode parecer mais fácil para o homem entrar e sair de relacionamentos
quando, na verdade, ele continua fazendo escolhas supérfluas e repetindo
as mesmas experiências ruins
Fonte: Alexandre Caprio, psicólogo cognitivo-comportamental
RELACIONAMENTO t
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abril de 2015
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A cultura sugere que eles devam
sair àcaça,certo?Errado.“Naverdade,is-
soébemaparente,dependerámuitodafor-
macomorelacionamentochegouaofim.O
quemuitasvezesaconteceéqueoshomens
enxergam em novas relações amorosas
umamaneiradeafogarasmágoasemostrar
queméomachoalfa,masnemsempreserá
assim. Para alguns homens, o ferimento da
separação,emseueventualpapeldedomi-
nador, poderá ser profundo e ele apresen-
taráhumordeprimidoporumtempoere-
ceio em assumir novos relacionamen-
tos, com medo de um novo sofrimen-
to,permanecendoemrelacionamen-
tos superficiais”, afirma o psicólo-
goRafael Pierini.
Portanto, não é tão sim-
ples assim, alerta Pierini.
O medo de assumir
um amor e fa-
lhar na
condução deste gera uma desconfiança
em abrir novamente o coração e seguir
um relacionamento.
Paraisso,éimportanteteracompanha-
mento terapêutico/psicológico para saber
o momento ideal de se envolver novamen-
te. Precisam entender que a busca por um
novoamoréporque“seramadonosmove,
nos alimenta, nos energiza, nos motiva,
nosrejuvenesce.Busca-serespeito,consi-
deração mútua, amizade, prazer na com-
panhia um do outro, cumplicidade e
afeição. Todos precisamos nos sen-
tir especiais, amados, compreen-
didos, e a parceria nos comple-
ta. É difícil a vida sozinho,
quando compartilhada, ela
se completa”, acrescenta
a psicóloga Cristiane
Francisco Alves
Lorga. (CS)
Macho alfa?
O que mais se ouve dos amigos é:
“Você precisa se desligar do passado
se quiser viver algo novo.” Mas se-
gundo a psicóloga Cristiane Francis-
co Alves Lorga, é importante não se
desligar, principalmente se tem fi-
lhos envolvidos.
Ela ressalta que, ao querer esse des-
ligamento, aquilo que deu errado não é
descoberto. “É preciso repensar o últi-
mo relacionamento, entender qual a
responsabilidade de cada um para o
término, só assim será possível entrar
em outro relacionamento fortalecido,
para que velhos fantasmas não interfi-
ram no novo par”, completa ela.
Rafael Pierini acrescenta que a me-
lhor maneira de se desligar do passado
é fazendo um balanço, observando o
que houve de bom e de ruim, e o uni-
verso de possibilidades que existem pe-
la frente. “Se lamentar não é o melhor
negócio, o melhor mesmo é fazer uma
análise bem centrada e racional no que
ocorreu e seguir o caminho, ver que
pessoas diferentes existem, nem sem-
pre melhores ou piores, mas que talvez
possibilitarão o nascimento de uma no-
va história. E é isso que somos, um con-
junto de histórias que no final resumi-
rá o que fomos e o que vivemos.”
Portanto, não há segredo para aque-
les que querem se casar novamente:
os ideais dos relacionamento ten-
dem a permanecer na busca até en-
contrar e entender que companheiro
perfeito nem sempre existe, e a graça
está na diferença. (CS)
Vozes do passado
StockImages/Divulgação
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abril de 2015
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O apego a pessoas e coisas é nocivo quando
não devolve nada de bom em troca.
Livre-se disso para ser realmente feliz
Francine Moreno
francine.moreno@diariodaregiao.com.br
O que acha de desapegar-se daque-
le vestido que você usou no casamento
da sua prima há 10 anos? Sabemos que
ele é bonito e você pagou caro. Agora,
imagine também afastar-se daquele
amigo sugador de energia? Que pisou
na bola várias vezes e você sempre deu
mais uma chance?
As duas atitudes não significam
que você esteja jogando fora, mas reve-
lam que está se desapegando daquilo
que está acumulando há um bom tem-
po e não está te trazendo nada de bom
em troca.
O exercício de desapego não é fácil.
Mas, por outro lado, é capaz de fazer você
retomar o controle das suas emoções.
Éo quegaranteaescritora norte-ame-
ricana Gail Blanke em “Jogue Fora 50
Coisas”.Compilandodicaspráticaseidei-
as úteis, a especialista explica que, quan-
do aplicado à sua casa, à sua carreira, à
sua mente ou ao seu negócio, o desapego
faz com que você se livre da bagunça que
impede seu sucesso.
Para haver uma mudança radical, a
escritora propõe o exercício de desape-
gar-se de 50 coisas desnecessárias. Segun-
do Gail, duas semanas é o tempo necessá-
rio para adquirir novos hábitos e recupe-
rar o senso de organização.
Mara Lucia Madureira, psicóloga
comportamental, explica que é impor-
tante desapegar-se do que é inútil, in-
sustentável, nocivo, como necessidade
de poder, consumo irracional e rela-
ções desarmônicas. “É sensato desafei-
çoar-se de pessoas com as quais não
conseguimos estabelecer relações har-
moniosas, desprender-se de conceitos
ultrapassados para nos sentirmos mais
livres, atualizados, e menos oprimidos
e escravizados.”
Nem tão desapegado assim
Segundo a psicóloga, o absoluto
desprendimento também é ruim. “Tor-
naria a pessoa descomprometida, irres-
ponsável, miserável e, nem por isso,
mais espiritualizada, como propõem
muitas religiões.”
O desapego pelo consumo irracio-
nal, segundo Mara, é fundamental pa-
ra a sustentabilidade do planeta, a re-
dução dos desmatamentos, do confi-
namento de animais, da exploração
do solo. A consequência disso se re-
fletiria usar por muito mais tempo
uma bolsa, jaqueta ou sapato de cou-
ro, abrir mão de joias, comer menos
carne, comprar menos carros, usar
mais transporte público, apegar-se,
afinal a novos conceitos.
t Faça uma lista por escrito de todas as
características negativas que você identifica na
pessoa. Enumere todas as situações em que
você se frustrou, se chateou ou se machucou
durante a relação. Mantenha uma cópia à mão,
com um espaço em branco para quando se
lembrar de novas desvantagens. Leia-a sempre
que se sentir triste, supondo ter perdido uma
divindade, não uma relação nociva
NOVOS CAMINHOS
SE ABREM QUANDO
VOCÊ SE DESAPEGA
PARA DESAPEGAR-SE DE ALGUÉM
SidneiCosta9/4/2015
ESPIRITUALIDADE t
Domingo, 19 de
abril de 2015
18
Aos 29 anos, Yuri Gregório Polvora Vi-
nharskideuumareviravoltaemsuavida,desape-
gando-sedepessoas,coisasebensmateriais,eho-
je se sente mais feliz com suas escolhas.
Apósdeixarafaculdadedeteologiaeumcasa-
mento, ele engordou muito e foi morar novamen-
te com a mãe, em Peruíbe, no litoral paulista. Lá,
entrou num processo de autoconhecimento, que
incluiu refletir sobre sua própria sexualidade.
Nesta fase, Vinharski entrou numprocesso de
eliminação de peso, com reeducação alimentar e
dieta mais restritiva. Descobriu que aquele peso
que ganhou era uma forma de camuflar seus me-
dos e se autoproteger do mundo. Começou a ler o
livro “Você Pode Curar Sua Vida”, de Louise
Hay,eentendeumelhorsuadepressão,seusrelaci-
onamentosdestrutivosepadrõesdepensamentos.
E decidiu mudar pra valer.
Chegou ao peso ideal, começou a colocar em
prática alguns exercícios ensinados por Louise
Hay, depois passou a ler outros escritores e desco-
briu que queria um relacionamento novo, com
umapessoaqueoamasseerespeitasse suahomoa-
fetividade. Pouco tempo depois, conheceu uma
pessoa de Rio Preto.
Decidiu então se mudar para a cidade.
Vendeu um notebook e, com o dinheiro, com-
prou o bilhete de viagem e trouxe para Rio
Preto apenas uma mala e uma bolsa, deixando
todo o resto na casa da mãe.
No mês que vem, ele completa um ano na ci-
dade nova. “Sou a favor de experiências novas. O
máximo que pode acontecer é a experiência não
darcertoevocêaprendercomaquilo.Soudesape-
gado com coisas, no entanto, sou apegado à mi-
nha família e aos meus valores”. (FM)
Tirando o peso do mundo das costas
PARA DESAPEGAR-SE
DE COISAS MATERIAIS
t Olhe para o objeto de seu
apego, pergunte-se o que há de
verdadeiramente fantástico
naquilo para você dar-lhe tanta
importância? Responda-se com
total honestidade, de
preferência em voz alta.
Questione-se quem é que está
para servir quem em suas
relações materiais. O objeto é
para servir ao sujeito ou o
contrário
Fonte: Mara Lucia Madureira, psicóloga
comportamental
“Sou a favor de experiências
novas. O máximo que pode
acontecer é a experiência
não dar certo e você
aprender com aquilo. Sou
apegado à minha família e
aos meus valores”
Yuri Gregório Polvora Vinharski, 29 anos
Após deixar a faculdade
de teologia e um
casamento, Yuri
redirecionou sua vida em
vários aspectos, e hoje
se sente leve e feliz
Domingo, 19 de
abril de 2015
19
ARTIGO t
Reposição hormonal
masculinaRui Nogueira Barbosa
Com o envelhecimento masculi-
no, há o decréscimo de 20 a 30% dos
níveis de testosterona. Dá-se o nome
de Distúrbio Androgênico do Enve-
lhecimento Masculino (DAEM) ao
conjunto de sinais e sintomas experi-
mentados por parte dos homens co-
mo consequência dos baixos níveis
de testosterona.
Normalizar as concentrações de
testosterona objetiva restaurar e man-
ter a libido e funções sexuais, propor-
cionar o desenvolvimento de massa
muscular, melhorando a composição
corporal e mantendo ou aumentando
a massa óssea.
A terapia de reposição hormonal
no homem é utilizada para o trata-
mento do hipogonadismo masculino
e baseia-se na administração de testos-
terona, salvo se o paciente desejar fer-
tilidade. Temos hoje disponíveis no
Brasil duas administrações orais de
testosterona: a metiltestosterona (Ga-
bormon) e o undecilato de testostero-
na (Androxon), duas formulações in-
jetáveis de curta duração: cipionato
(Deposteron) e propionato, isocaproa-
to e caproato (Durateston) e uma de
longa duração: undecilato (Nebido)
e, atualmente, foi lançado o gel trans-
dérmico com testosterona bioidênti-
ca (Axeron).
Apenas a testosterona de longa du-
ração é capaz de manter níveis fisioló-
gicos e estáveis por mais tempo. As
testosteronas de curta ação promo-
vem picos de elevação e diminuição
para níveis não fisiológicos, o que
acarreta pobre resposta clínica ao tra-
tamento. Já a administração oral apre-
senta absorção bastante irregular, sen-
do abandonada.
São efeitos adversos da reposição
de testosterona reações cutâneas (pru-
rido e eritema), atrofia testicular,
agravamento ou precipitação da ap-
neia do sono, grande comprometi-
mento da fertilidade, policitemia e au-
mento do volume prostático, ocasio-
nando sintomas urinários baixos.
Sabemos ser necessária a monitori-
zação prostática durante a reposição,
com dosagem de PSA e testosterona,
exame digital da próstata, US e, se ne-
cessário, biópsia prostática.
A relação entre câncer de próstata
e testosterona é controversa. No pas-
sado, essa associação foi amplamente
divulgada, mas sem estabelecimento
consistente. Vários estudos demons-
traram uma relação inversa, ou seja,
homens com câncer de próstata apre-
sentaram níveis séricos de testostero-
na mais baixos do que aqueles sem es-
se diagnóstico. Hoje, apenas sabemos
a necessidade real de mantermos uma
apropriada monitorização no que con-
cerne aos efeitos da terapia de reposi-
ção com testosterona e, em particular,
com a próstata; pois não existem ain-
da estudos prospectivos e de longo
tempo para estimar o real risco de cân-
cer de próstata na reposição hormo-
nal masculina.
A monitorização laboratorial deve
ser realizada a cada 3 ou 6 meses, com
testosterona, PSA, hematócrito e he-
moglobina. Exames de função hepáti-
ca só são necessários em pacientes
com reposição oral.
Em discussão clara com seu paci-
ente, cabe ao médico pesar o uso da
testosterona exógena, o controle sin-
tomatológico e os riscos e benefícios a
serem ofertados neste tratamento. Na
dúvida, procure seu urologista.
Edvaldo Santos/Arquivo
Normalizar as concentrações de testosterona
visa, entre outras coisas, a restaurar e manter
a libido e as funções sexuais no homem
Rui Nogueira Barbosa é médico
urologista, chefe da Clínica
Urológica do Hospital Beneficência
Portuguesa, mestre e doutor em
Cirurgia pela Unicamp e professor
de Medicina da Unilago
QUEM É
Stock Images/Divulgação
Domingo, 19 de
abril de 2015
20
Lucinda Riley
Págs.: 560
R$ 44,90
Editora Novo Conceito
Louise L. Hay
Págs.: 104
R$ 24,90
Editora Intrínseca
Págs.: 304
R$ 39,90 (livro);
R$ 24,90 (e-book)
Editora Intrínseca
A sabedoria
que existe
em mim
Para Sempre
Alice
Alice Howland sempre foi uma mulher de certezas. Professora e
pesquisadora bem-sucedida, não havia referência bibliográfica que não
guardasse de cor. Alice sempre acreditou que poderia estar no controle de tudo,
e se vê, aos 50 anos, esquecendo algumas coisas. No início, parecem ser coisas
sem importância, até que ela se perde na volta para casa. Estresse,
provavelmente, talvez a menopausa, nada que um médico não dê jeito. Mas não
é isso. A professora com a memória mais afiada de Harvard é diagnosticada
com um caso precoce de mal de Alzheimer, uma doença degenerativa
incurável. Enquanto tenta aprender a lidar com as dificuldades, Alice começa a
enxergar a si própria, o marido, os filhos e o mundo de forma diferente.
As Sete Irmãs
Lucinda Riley exibe seu talento de contadora de histórias como
nunca antes se viu no primeiro romance da série “As sete irmãs”.
De forma encantadora, neste conto épico, a escritora fala sobre o
amor e a perda. A personagem principal é Maia D’Apliése,
adotada, assim como suas outras cinco irmãs, por um misterioso
bilionário. Assim que seu pai de criação morre, Maia e suas irmãs
recebem uma carta dando as coordenadas para descobrir, se
quiserem, seu passado. Neste mergulho, em busca do
desconhecido, a personagem atravessa o mundo a fim de conhecer
sua história.
Às vezes, precisamos de uma mensagem e de uma motivação para cada dia.
Precisamos falar sobre amor, outras vezes precisamos de um consolo ou quem
sabe até de uma mudança repentina para melhorar a vida. O livro “A Sabedoria
Que Existe em Mim” traz essas mensagens para todos nós. Louise Hay nos
ensina: “Uma boa maneira de usar este livro é abri-lo ao acaso na primeira hora
do dia. Saiba que a meditação escolhida é a mensagem perfeita para as aflições
das próximas horas”. Segundo Hay, todas as soluções para os problemas podem
ser encontradas dentro de nós mesmos. Somos seres capazes, complexos e
precisamos aprender a utilizar essa força interior. “Lembre-se: na infinita
vastidão da vida, tudo é perfeito, pleno e completo... E você também é!”
DICAS DE LIVROS t Fotos: Divulgação
Aos 86 anos, Betty Halbreich é uma figura única no mundo da moda. Há quase
quatro décadas, comanda o departamento de compras personalizadas da loja
Bergdorf Goodman, ícone do consumo de luxo de Nova York. Conhecida por não
ter medo de abrir o jogo com as clientes, Betty já vestiu de primeira-dama dos
Estados Unidos a personagens de séries de TVs. Em “Um Brinde a Isso”, ela fala
não só da tão atraente carreira, mas também do momento mais difícil, em que
precisou se encarar no espelho: separada e com dois filhos, entrou em depressão e
tentou o suicídio. Combinando memórias, moda e celebridades fashion, Betty
mostra que o verdadeiro estilo de uma mulher não está impresso nos cortes, tecidos
e etiquetas que ela veste, mas na história que tem para contar.
Lisa Genova
Tradução: Vera Ribeiro
Págs.: 288
R$ 29,90
Ediouro Publicações
Um Brinde a Isso
- Uma Vida
Dedicada
ao Estilo
Domingo, 19 de
abril de 2015
21
Agência O Globo
Dizem que a “verdadeira”
Alemanha fica na Baviera, no
sudeste do país.
Ressalvas à parte, a im-
pressão que o visitante tem
ao colocar os pés na região é
que, ao menos em sua ima-
gem folclórica, a do alemão
vestindo lederhose (as típicas
calças de couro) com um cane-
co de cerveja na mão mora
por ali. Isso porque muito da
cultura alemã tem origem na
Baviera, o que inclui a produ-
ção da cerveja.
Cada região produz um ti-
po da bebida, mas é nesse esta-
do que talvez se encontre a
maior variedade e onde este-
jam as marcas mais conheci-
das.
Caminhos da BavieraRoteiro para apreciadores de cerveja parte de Nuremberg e Bamberg, na Alemanha, e segue rumo a
Plzen, na República Tcheca
TURISMO tTURISMO t
Roteiro para apreciadores de
cerveja parte de Nuremberg e
Bamberg, na Alemanha, e segue
rumo a Plzen, na República Tcheca
CAMINHOSCAMINHOS
DA BAVIERADA BAVIERA
Agência O Globo
Dizem que a “verdadeira” Alemanha fica na Bavie-
ra, no sudeste do país.
Ressalvas à parte, a impressão que o visitante tem
ao colocar os pés na região é que, ao menos em sua ima-
gem folclórica, a do alemão vestindo lederhose (as típi-
cas calças de couro) com um caneco de cerveja na mão
mora por ali. Isso porque muito da cultura alemã tem
origem na Baviera, o que inclui a produção da cerveja.
Cada região produz um tipo da bebida, mas é nesse
estado que talvez se encontre a maior variedade e onde
estejam as marcas mais conhecidas.
Domingo, 19 de
abril de 2015
22
AgênciaOGlobo
Estilo enxaimel e
torres de palácio
são as construções
típicas da Baviera
Domingo, 19 de
abril de 2015
23
Agência O Globo
Nuremberg é a principal
cidade da região da Francô-
nia. Quem vê as casas na par-
te murada, algumas com a
típica fachada de enxaimel,
nem imagina que durante a
2ª Guerra Mundial, a cidade
praticamente foi ao chão.
Pouco foi poupado pelos
ataques das forças aliadas,
que deixaram apenas os mu-
ros e o castelo como teste-
munhas.
Após a guerra, Nurem-
berg foi reconstruída, ga-
nhando de volta a aparência
do período anterior ao confli-
to, mas alguns marcos da épo-
ca foram conservados e aju-
dam a contar essa história.
Um dos mais interessan-
tes fica no subsolo da cidade,
onde ficam os túneis usados
para armazenar bebidas. An-
tes mesmo da Reinheitsge-
bot, a “lei da Pureza”, entrar
em vigor em 1516, algumas ci-
dades da Alemanha já possuí-
am suas próprias leis de pure-
za, entre elas Nuremberg.
A produção de cerveja era
levada a sério pelos morado-
res, tanto que uma lei criada
em 1338 determinava que to-
dos os produtores deveriam
fazer uma adega subterrânea
para conservar o produto.
Ao longo dos anos, foi
construído um emaranhado
de túneis sob a terra, que du-
rante a Segunda Guerra Mun-
dial serviram de bunker para
os moradores, além de depósi-
to de obras de arte.
Atualmente, a cervejaria
local Hausbrauerei Altstad-
thof utiliza parte desses tú-
neis para armazenar cervejas
e uísque. O local, que fica den-
tro do Centro Antigo da cida-
de, pode ser visitado em
tours guiados (a maioria em
alemão, mas com versões de
áudio em inglês), que come-
çam num dos acessos do
bunker, na praça próxima à
entrada da cervejaria.
Depois de descer as esca-
das estreitas, a primeira visão
é de uma das bombas que
atingiu a cidade. A peça foi
conservada e fica presa ao
teto. Após passar por uma
grande porta de metal, a pri-
meira parada é numa sala
com teto baixo e imagens
de Nuremberg antes e após
os bombardeios.
O grupo segue pelos corre-
dores de pedra gelados. Ao to-
do são mais de 24 mil m² de
extensão, mas apenas uma pe-
quena parte é aberta aos tu-
ristas. O passeio de 75 mi-
nutos termina no antigo pá-
tio da Hausbrauerei Alts-
tadthof, onde estão a peque-
na fábrica e o pub onde ser-
vem a deliciosa cerveja ver-
melha maltada da casa.
O tíquete do passeio no pa-
cote de degustação inclui
provas de cerveja. E a loji-
nha da fábrica vende desde
garrafas ao malte para pro-
duzir a bebida.
Pouco foi poupado pelos ataques das forças aliadas, que deixaram
apenas os muros e o castelo como testemunhas
Nuremberg foi
reerguida após
bombardeios da
Segunda Guerra
Agência O Globo
BAVIERA t
Adegas subterrâneas de Nuremberg
foram bunker na guerra
Domingo, 19 de
abril de 2015
24
Por sua ligação com o regime nazista,
não é difícil entender o motivo pelo qual
Nuremberg foi escolhida para o julgamen-
to dos líderes do partido.
A sala 600 do Palácio de Justiça (Justiz-
gebäude), transformada no Tribunal Mili-
tar Internacional em 1945, faz parte do
Memorial do Julgamento de Nuremberg.
A sala nem sempre é aberta à visitação,
pois ainda é usada. Quem tem sorte, e con-
segue entrar, vê de perto - com a ajuda de
monitores - o local onde Hermann Gö-
ring, Martin Bormann e Alfred Jodl, en-
tre outros, foram condenados após quase
um ano de audiências.
No segundo andar do memorial, ficam
gravações, fotos, audios e recortes de jor-
nais. Uma pequena janela dá a visão do al-
to da sala de audiência 600 e detalha as
transformações feitas nela para abrigar os
juízes (vários de nacionalidades diferen-
tes), promotores, advogados de defesa e
jornalistas, como a sua ampliação. Um
grande painel lista os acusados e as respec-
tivas sentenças.
Outro marco de Nuremberg garantiu à
cidade, em 2001, o prêmio de Direitos Hu-
manos da Educação da Unesco.
É o Caminho dos Direitos Humanos
(Straße der Menschenrechte), que faz par-
te do Germanisches Nationalmuseum, de-
dicado à cultura alemã.
Criada em 1993 por um artista israelen-
se, a obra é um grande portal que traz os
artigos da Declaração Universal dos Direi-
tos Humanos e que foi erguida numa ten-
tativa da cidade de mostrar seu repúdio
aos crimes do passado.
Desde 1995, a cidade realiza uma ceri-
mônia no local, a cada doisanos,paraofere-
cer um prêmio internacional de direitos hu-
manos.Ovencedordoprêmioem2015éAmi-
rulHaqueAmin,presidentedaFederaçãoNa-
cional de Trabalhadores da Indústria de
Vestimentas de Bangladesh. (AG)
Repúdio a crimes passados
Outro importante marco da
guerra é o Dokumentationzen-
trum Reichsparteitagsgelände, um
complexo militar que Adolf Hitler
planejava utilizar para as reuniões
e comícios do partido, mas que aca-
bou não sendo concluído.
No local, foi construído um mu-
seu que documenta o período nazis-
ta. Uma das áreas do complexo foi
inundada e virou um lago.
Outra parte do complexo, co-
nhecida como Kongresshalle (Sa-
lão do Congresso), tem forma de
arena e lembra o Coliseu. Em seus
arredores, próximo ao Dokumenta-
tionzentrum, acontece duas vezes
por ano a Nürnberger Volksfeste,
que anima o lugar com atrações co-
mo o carrossel (chapéu mexicano).
A feira acontece este mês e no
segundo semestre, de 28 de agosto
a 13 de setembro. Essa é a segunda
maior feira popular da região da
Francônia, e o segundo evento
mais importante da cidade depois
do mercado de Natal, que ocupa a
sempre movimentada praça Haupt-
markt, onde fica a réplica da torre
gótica Schöner Brunnen. (AG)
Em frente ao Kongresshale,
carrossel anima festa popular na cidade
Réplica da fonte gótica Schöner
Brunnen, em Nuremberg
Bunker: adegas subterrâneas
serviram de esconderijo
Museu documenta período negro
Domingo, 19 de
abril de 2015
25
Dois dias são suficientes para
quem pretende conhecer tanto
os pontos turísticos da cidade
quanto provar as marcas locais
Bamberg - bebida defumada
na caça ao tesouro
Agência O Globo
A cerca de 30 minutos de trem de Nurem-
berg, Bamberg é um verdadeiro paraíso para os
amantes de cerveja. Só no centro há ao menos
dez cervejarias.
A pequena cidade, que em 1993 teve seu cen-
tro histórico (Altstadt) reconhecido como Patri-
mônio da Humanidade pela Unesco, ainda está
longe do radar de grande parte dos turistas.
Melhor para quem se aventura a conhecer a
área, pois garante lugar mais fácil nas concorri-
das fábricas artesanais da deliciosa e típica cer-
veja defumada.
Dois dias são suficientes para quem preten-
de conhecer tanto os pontos turísticos da cida-
de quanto provar as marcas locais. E dá para
unir os dois programas em uma espécie de “ca-
ça ao tesouro”. Basta ir até o serviço de informa-
ções aos turistas, no centro histórico, e com-
prar o “kit cervejeiro”, que inclui mochila, ca-
neco, cinco descansos de copo e um mapa com
cinco tíquetes que dão direito a trocar por co-
pos de cervejas.
Quem preferir pode simplesmente pegar o
mapa da cidade - de graça - e sair explorando.
Devidamente equipado, comece a peregrina-
ção etílica pela região. A cidade é cercada pelo
rio Regnitz, que forma uma espécie de ilha
que divide as três regiões da cidade: Gärt-
nerstadt (área mais residencial), Inselstadt
(cidade velha, como uma ilha cercada pelo
rio) e Bergstadt (área das colinas). O centro
de informações, ponto de partida do passeio,
fica no centro de Inselstadt. De lá são pou-
cos passos até a Obere Brucke (ponte superi-
or), que leva a Bergstadt.
Nessa ponte fica o antigo prédio da Prefeitu-
ra, a Altes Rathaus. O prédio, erguido no sécu-
lo 14 com madeira na fachada, lembra um bar-
co. A ponte que fica ao lado, Untere Brucke,
tem o melhor ângulo para avistá-la e à sua entra-
da fica a escultura Centurion I, de Igor Mitoraj.
Antigo prédio da
prefeitura de
Bamberg, em
Inselstadt
Fotos:AgênciaOGlobo
BAVIERA t
Domingo, 19 de
abril de 2015
26
A trilha dos cervejeiros
Adiante há mais um ponto do tour
cervejeiro. A igreja de São Michel, on-
de antes funcionava um monastério, fi-
ca em Michaelsberg, uma área mais eleva-
da, com bela vista para Bamberg. Ali, há
um enorme jardim e um museu da cerve-
ja no interior da igreja.
No local, onde funcionava a cerveja-
ria dos monges, agora há uma exposição
permanente dedicada ao processo de
produção da bebida. Prove outra marca
local, ou siga a região de Gartnerstadt.
Há ao menos quatro das principais
cervejarias na área, todas próximas do
rio. Comece pela Fässla, uma das
mais tradicionais, que mantém o
mesmo sistema de produção
adotado há cem anos, quan-
do os clientes levavam su-
ascanecas até uma pe-
quena janela pa-
ra com-
prara bebida. Quem não tem uma cane-
ca pode sentar numa das mesas do sa-
lão, onde é servida comida.
O rótulo mais popular é Echtes Bam-
berger Zwergla, de tom amadeirado e aro-
ma de malte e nozes. Do outro lado da
rua, a Spezial, especializada em cerveja de-
fumada, é a mais antiga da cidade. O sa-
lão, assim como na Fässla, é amplo, e tem
grandes mesas comunitárias. A cerveja
mais pedida é a defumada da casa: Rau-
chbier.
Para cerveja com aroma mais leve, a
alguns quarteirões dali, a Brauerei
Keesmann é especializada em pil-
sen. A Bamberg Herren Pils é a
mais popular, mas também há
cervejas de trigo e bock. Para
os que valorizam a pilsen,
o roteiro segue até
Plzen, na Repú-
b l i c a
Tcheca, berço dessa variedade de cerveja.
(AG)
Na cidade velha, estão os primeiros ende-
reços da trilha dos cervejeiros: Gasthausbrau-
rei Ambräusianum, Schlenkerla e Braue-
rei-Gaststätte Klosterbräu.
A mais nova é a Ambräusianum, famosa
pela cerveja clara mais leve e não filtrada, Am-
bräusianum Hell. Já a Klosterbräu, mais
próxima ao rio, na área conhecida como
Klein-Venedig (Pequena Veneza), tem um bi-
ergärten e, entre suas especialidades, a cerve-
ja preta Klosterbräu Schwärzla.
A cervejaria mais interessante, no entan-
to, é a Brauerei Schlenkerla, ao lado da Am-
bräusianum. O prédio é antigo, e na entra-
da há mesas para quem não consegue lugar
no salão principal.
Lá dentro, o pequeno restaurante com
grandes mesas (geralmente cheias) serve
pratos típicos. Mas se encontrar um lugar
vazio e só sentar. Poucos falam inglês, en-
tão saber algumas palavras básicas em ale-
mão ajuda. Mas as pessoas têm boa vontade
e todos acabam se entendendo.
O cardápio não é muito extenso, mas ofere-
ce boas opções da gastronomia local: joelho
de porco (eisbein), embutidos (wurst) e sala-
da de batata (kartoffelsalat).
Além de saborosos, todos combinam
com a cerveja defumada, o carro-chefe da
Schlenkerla.
A mais pedida é a Aecht Schlenkerla
Rauchbier (cerveja da casa), cujo aroma
lembra bacon defumado. Tem cor escura,
mas não é amarga, e é tirada direto de bar-
ris de madeira envelhecidos. Outra opção -
deliciosa - é a Rauchwaeizen, cerveja de tri-
go defumada.
Depois, siga até a Domplatz, a bela pra-
ça onde fica a Catedral de São Pedro e São
Jorge. Dentro da basílica, está o túmulo
do único Papa enterrado na Alemanha,
Clemente 2º.
As quatro torres, que combinam estilo
romântico tardio e gótico francês, domi-
nam a paisagem e podem ser vistas de diver-
sos pontos.
O interior, com abóbadas em estilo gótico,
tem dois coros - de São Jorge e de São Pedro -
em lados opostos. Ganha destaque na coluna
próxima ao coro de São Jorge a escultura do
cavaleiro de Bamberg (Bamberger reiter), fei-
ta em 1230 e cuja identidade é um mistério.
Ao lado da catedral há o museu de história
da região, construído no chamado Antigo Tri-
bunal (Alte Hofhaltung), que abrigava um an-
tigo palácio dos príncipes construído por
Henrique 2º (cuja tumba está na catedral).
Aentradadopátio,comváriasárvoresecons-
truções com o típico enxaimel, fica num grande
portal de pedra, decorado com estátuas.
Também na Domplatz fica o antigo palá-
cio dos bispos (Neue Residenz), aberto à vi-
sitação entre março e outubro. As paredes
e os pilares exibem a árvore genealógica
dos Habsburgos.
Há ainda um acervo de pinturas de mes-
tres alemães como Hans Baldung e Lucas
Cranach. (AG) Cerveja de trigo da Special, a mais antiga da cidade
Pontes levam ao centro
histórico de Bamberg
Museu de cerveja dentro de igreja
Domingo, 19 de
abril de 2015
27
Vista de Plzen,
uma das capitais
da cultura europeia
em 2015
Fotos:AgênciaOGlobo
Nessa pequena
cidade surgiu, em
meados do século
19, a famosa
Pilsner Urquell,
primeira cerveja do
tipo produzida no
mundo
PLZEN - CULTURA NO
BERÇO DA PILSEN
Agência O Globo
Se o objetivo é seguir a tri-
lha da cerveja, que tal fechar
o passeio no berço da pilsen -
uma das variedades mais
apreciadas?
A duas horas de Nurem-
berg, no caminho para Pra-
ga, fica Plzen, uma das duas
capitais europeias da cultura
de 2015 (além de Mons, na
Bélgica).
Foi nessa pequena cidade
tcheca que surgiu, em meados
do século 19, a famosa Pilsner
Urquell, primeira cerveja do ti-
po produzida no mundo.
A cidade acaba de passar
por uma série de renovações pa-
ra receber a programação que
comemora o título de capital
da cultura.
O calendário inclui mais de
600 eventos ao longo do ano,
entre festivais de música, insta-
lações na rua e exposições.
Entre as mudanças, está a
reposição dos sinos da Cate-
dral de São Bartolomeu, con-
siderada a maior do país. Os
sinos anteriores foram usa-
dos para a produção de arma-
mento durante a ocupação na-
zista, na Segunda Guerra
Mundial.
REPÚBLICA TCHECA t
Domingo, 19 de
abril de 2015
28
A maior atração da cidade
A proeminente construção
em estilo gótico chama atenção
do visitante logo na chegada.
Fica na praça principal, a
Námëstí Republiky, e é difícil
encontrar um ponto da cidade
de onde não seja vista.
O maior símbolo de renova-
ção, no entanto, é o novo teatro
da cidade, sede da filarmônica,
inaugurado em setembro de
2014, no Centro.
Outro espaço que passa por
uma reforma é o antigo anfitea-
tro Lochotín, considerado o
maior da República Tcheca.
Com capacidade para 20 mil
pessoas, foi construído em
1950. A obra está prevista para
acabar em junho.
Mas é a cerveja sem dúvida
a maior atração da cidade. No
centro, o Pivovarsk, museu da
cerveja, conta a história da pro-
dução da bebida em Plzen, exi-
be o maquinário antigo e fala
sobre a produção atual.
No museu também fica a en-
trada para a parte subterrânea
da cidade. São 19 quilômetros
de túneis (o tour só passa por
cerca de 800 metros) que eram
usados como depósito de bebi-
das e gelo, passagem de água e
também como esconderijo du-
rante as guerras.
O passeio de cerca de 50 mi-
nutos termina de volta no mu-
seu, onde os visitantes recebem
um selo para trocar por um co-
po de cerveja escura.
Não muito longe, fica a
fábrica da Pilsner Urquell, visi-
ta indispensável durante um
passeio pela cidade. Bem próxi-
ma do estádio do FC Viktoria,
time de futebol local, a fábrica
oferece tours guiados por suas
instalações. Quem conhece a
cerveja reconhece de cara o por-
tão da fábrica com seus dois ar-
cos, reproduzido no rótulo da
garrafa. Na entrada do prédio
principal, antes do percurso, as
instalações mostram o maqui-
nário antigo usado na fabrica-
ção da bebida.
O tour começa ao lado de
uma antiga estação de trem
construída pela cervejaria. Dali
as cervejas saíam para distribui-
ção. Ali o guia explica a origem
do nome da cerveja e conta que
desde que foi criada, imediata-
mente passou a ser copiada em
diversas partes do mundo. Para
identificar a pilsen original, foi
adotada a palavra urquell, que
do alemão pode ser traduzido
como fonte original.
O grupo segue de ônibus
até o prédio onde a cerveja é en-
garrafada. Após explicação so-
bre o processo, os visitantes po-
dem ver a linha de produção por
um corredor envidraçado. O pas-
seio segue até os tanques de fer-
mentação. O destaque é o tanque
usado para fabricar a primeira le-
vadaPilsnerUrquell,em5deou-
tubro de 1842. Em 2004 novos
tanquesforaminstaladosnafábri-
ca, mas os antigos ainda hoje
são mantidos. (AG)
COMO CHEGAR
t As empresas aéreas Air France/KLM e Lufthansa têm
tarifas a partir de R$ 2.758. Os valores pesquisados incluem
taxas e são válidos para a primeira quinzena de maio.
ONDE FICAR
t Hotel Victoria: Bem no centro da cidade, oferece diárias em
quarto para casal, com café da manhã, por 92 euros. Königstrasse
80. hotelvictoria.de
t Sorat Hotel Saxx: Próximo ao castelo de Nuremberg, tem diária
em quarto para casal por 97 euros. Hauptmarkt 17. sorat-hotels.com
t Hotel Rous: Próximo à praça principal, tem diárias a
2.190 coroas tchecas (R$ 271). Zbrojnická 7. rous.hotel.cz
PASSEIOS
t Tour pelos subterrâneos: Ingressos custam desde 6 euros e
podem ser comprados no site historische-felsengaenge.de.
t Kit cervejeiro: O escritório de turismo de Bamberg fica em
Inselstadt (Geyerswörthstrasse 5). O kit custa 22 euros.
t Pilsner Urquell: O tour pela fábrica da Pilsner Urquell, feito em
inglês, custa 199 coroas tchecas (R$ 24,70) por pessoa e inclui
degustação ao final. U Prazdroje 7, 304 97. prazdrojvisit.cz/en
Degustação de
cerveja durante
visita à fábrica da
Pilsner Urquell
Tanques de fermentação de
pilsen na República Tcheca
PROGRAME-SE
Domingo, 19 de
abril de 2015
29
Eterno feriado em Tiradentes
Agência O Globo
O clima de eterno feriado rara-
mente é quebrado na rua Direita.
Três séculos já correram sobre as pe-
dras do calçamento, mas caminhando
sobre elas, parece que na próxima es-
quina surgirá algum alferes com cara
de quem logo será traído, sem haver
traído jamais.
Esse é o clima de Tiradentes, a ci-
dade histórica onde todo dia é 21 de
abril e data de celebrar o passado.
Com direito à arquitetura bem preser-
vada e alguns dos melhores restauran-
tes de Minas Gerais.
Fica na rua Direita a atração mais
recente da cidade: o Museu de Sant’A-
na, aberto no último mês de setembro
na antiga Cadeia Pública.
No lugar dos presos, as celas agora
exibem um vasto acervo de arte sacra,
com um incomum foco. São quase
300 imagens de Sant’Ana.
A avó de Jesus aparece retratada
por artistas, populares e eruditos
de diversas partes do país, nos sécu-
los 17, 18 e 19.
O principal mérito da coleção -
que foi reunida durante 40 anos pela
empresária Ângela Gutierrez e doada
ao Iphan - é mostrar como a arte
brasileira se desenvolveu ao longo
do tempo e as diferenças de uma re-
gião para a outra.
Enquanto as imagens feitas na
Bahia se destacam por suas cores for-
tes, as que foram criadas no Rio de Ja-
neiro da corte real exibem mais deta-
lhes, por exemplo.
Entre as imagens da santa, sempre
retratada ao lado da filha, Maria, e às ve-
zescomo netoilustre,hátambémexem-
plos de traços africanos. Para entender
melhoramostra,painéistouchscreenes-
tão espalhados pelas salas.
O espaço dá nova vida a um dos
prédios mais importantes da cidade.
Construído em 1730 para abrigar os
prisioneiros da cidade, foi reformado
cem anos depois, após um grande in-
cêndio.
Por isso, é um exemplo de constru-
ção no coração colonial da cidade,
que exibe fachadas neoclássicas, co-
mo era moda na primeira metade do
século 19, quando a inspiração france-
sa começou a tomar o lugar da alma
portuguesa na arquitetura brasileira.
A visita ao Museu de Sant’Ana po-
de ser combinada com outro impor-
tante centro de preservação da histó-
ria local. A Casa Padre Toledo, na rua
que leva o nome do clérigo inconfiden-
te, coloca o visitante no palco da primei-
ra reunião dos conjurados mineiros, em
1788. Depois de dois anos de restaura-
ção, a casa foi reaberta em 2013 como
um interessante museu. O destaque é a
sala Espelhos, onde um arranjo com
18 espelhos reflete o teto, ricamente
ornamentado com afrescos originais.
O casario da preservada rua
Direita, a mais importante
do centro histórico
Fotos: Agência O Globo
MINAS GERAIS t
Além de todo o clima histórico e cultural, a cidade ganha museu com quase 300 imagens de Sant’Ana
Domingo, 19 de
abril de 2015
30
Algumas das
quase 300
imagens do
Museu de
Sant’Ana
Os camarões V.G,
com arroz de
castanha
A riqueza de padre Toledo era
contrastante com a miséria dos es-
cravos, que frequentavam a Igreja
de Nossa Senhora do Rosário dos
Pretos, a mais antiga da cidade, da-
tada de 1708.
Com os santos negros São Bene-
dito e Santo Antônio de Categeró
em lugar de destaque, a igreja cha-
ma a atenção pelo belo forro pinta-
do por Manoel Victor de Jesus, ar-
tista mulato que também pintou o
órgão da Matriz de Santo Antônio.
No alto de uma colina, a igreja
da matriz é um dos principais car-
tões-postais de Tiradentes. Sua fa-
chada em branco e amarelo, repleta
de figuras atribuídas a Aleijadi-
nho, se destaca no fim da ladeira
da rua da Câmara.
Quem quiser apreciar essa bele-
za de longe precisa subir até a Igre-
ja de São Francisco de Paula, de on-
de se tem a melhor vista panorâmi-
ca da cidade, com a Serra de São Jo-
sé ao fundo.
O melhor, no entanto, é ver a
Matriz por dentro. A quantidade
de ouro e os detalhes do altar e dos
coros não deixam dúvida: este é
um dos tesouros do barroco brasi-
leiro. Ir a Tiradentes e não visitá-la
é um ‘pecado’.
Se a gula é mesmo pecado, me-
lhor nem chegar perto do restau-
rante da chef Nancy Souza e sua
sócia, Lú Cordovil. Em seu San-
tíssima Gula, a carioca Nancy dá
aquele sabor tipicamente minei-
ro mesmo a pratos que nada têm
a ver com as Gerais, como os ca-
marões V.G. no molho de brie
com damasco, servidos com ar-
roz de castanhas.
Já a costela de leitoa, marinada
no limão rosa, acompanhada de ri-
soto de ora-pro-nobis, uma folha
típica da região, é o supra sumo da
mineirice.
A pressa também não harmoni-
za com o Maneco sem Jaleco, o car-
ro-chefe da Estalagem do Sabor,
um restaurante tipicamente minei-
ro, localizado no centro histórico.
Quando chega à mesa o lombinho
de porco acompanhado com bana-
na, couve e um mexidão de arroz,
feijão, ovo e bacon, sabemos que a
espera valeu a pena. (AG)
Serviço
Museu de Sant’Ana: Quarta a segunda, de 10h às 19h. R$ 5.
Rua Direita 93. museudesantana.org.br
Casa Padre Toledo: Terça a sábado, das 10h às 16h; domingo,
das 9h às 15h. R$ 10. Rua Padre Toledo 190. Tel. (32) 3355-1549.
Igreja N. S. do Rosário: Quarta a domingo, das 9h às 18h. R$ 3.
Matriz de Santo Antônio: Todo dia, das 9h às 17h. R$ 5.
Igrejas barrocas
Domingo, 19 de
abril de 2015
31
Cultive o que há de bom em seu parceiro. E o que
não consegue mudar, suporta, pelo bem comum
SEMPRE SE VAI
ERRAR NO AMOR
Karina Younan é
psicóloga pela
Puccamp e Mestre
em Ciências da Saúde
pela Famerp
Quem é
Guilherme Baffi/Arquivo
ARTIGO t
Karina Younan
Quantas vezes se vai errar em um relacionamento? Uma ou duas?
No máximo... três? Vamos errar todos os dias em um relacionamento.
Todos os dias. Todos. E a necessidade da união tem que ser maior, o
objetivo em comum deve ser observado com fé, o perdão praticado com
disposição.
Desculpar a si mesmo é fácil e prática comum, todo mundo
aprendeu a olhar o que faz pela relação (tem gente que tem a lista
pronta, e não tem medo de usá-la). Difícil é perdoar a falha, o não
entender, o não querer, o não sentir assim, do outro. Misericór-
dia... Tem gente que conta o número de erros do parceiro e coloca
do lado da lista do “tudo o que eu fiz pela relação”!! Nem o Beabá
se completa assim, que dirá vida feliz.
Observe esta questão: quanto pode uma pessoa, por estar ferida,
machucar? As pessoas se autorizam a machucar o outro “porque ele
me machucou também” e acabam percebendo, com dor, que “olho
por olho e terminamos todos cegos”. As pessoas não sabem porque
o relacionamento acabou, e quando sabem é porque a culpa está
bem estabelecida no outro.
Só muito chá, Fernando Pessoa e doses de uma verdade cavalar para
progredirmos, olharmos nossas covardias, nossa insensatez, nossa medi-
ocridade gritante com o outro. Não chegamos nem perto do esforço ne-
cessário, e choramos em demasia. Não deu certo? Você não olhou, não
ouviu ou não acreditou no que o outro te disse, o tempo todo. E essa ce-
gueira, ou estupidez, acaba castigada.
Cultive o que há de bom em seu parceiro, seja namorado, amigo, só-
cio, filho, pai. E o que não consegue mudar, suporta, pelo bem
comum. Família todo mundo quer ter, mas não existe como
manter uma família se o bem comum não for maior que as neces-
sidades individuais. Então tolera ou pratica sua tolerância todos
os dias, fortalece o caráter no sacrifício, planta felicidade na sua
casa sempre que puder.
E se, depois de praticado tudo isso, ou você não mais puder...
se sua vida não estiver boa, pare com tudo. Observe que o resul-
tado precisa ser uma boa relação, porque o exercício é para os
dois. Reciprocidade total não existe, mas são duas pessoas que
levam o relacionamento adiante. Por esses lapsos de entendi-
mento acerca de nossa capacidade individual, fica aqui registra-
do e para reflexão a grande questão levantada por Freud: qual
sua responsabilidade na desordem da qual se queixa?
Domingo, 19 de
abril de 2015
32

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Revista bem estar-20150419

  • 1.
  • 2. “É ter um conjunto de sensações, sentimentos e realizações em harmonia, que te permitam ter uma melhor qualidade de vida.” Flávia Cuzziol, esteticista A nova revista Bem-Estar está mais gos- tosa, isso você não pode negar. Mais gosto- sa em todos os sentidos. Na semana passa- da, trouxemos uma reportagem para mos- trar que algumas delícias, como pizza, pipoca, que acabamos comendo até com um pouco de culpa, estão liberadas, desde que preparadas da maneira correta (mostramos como). Neste do- mingo, aproveitando que estamos no outono, rumo ao inverno, apostamos em uma reporta- gem sobre... feijoada. Sentiu a boca salivar? Pois é. Apesar do “peso” do prato, é difícil en- contrar quem não se derreta por uma feijoada, esse prato que faz nossa fama dentro e fora do Brasil.Temosfeitoissoparareforçarumconcei- to importante: bem-estar também é sentir pra- zernahoradecomer! Blues, jazz, new age, world music, erudito contemporâneo, vintage... escolha o tipo de música que mais acalma você Urologista Rui Nogueira Barbosa fala sobre reposição hormonal masculina, indicada para regularizar a testosterona Desvende a Baviera, na Alemanha, região onde se encontra algumas das marcas mais conhecidas de cerveja do país Conheça o Reiki, terapia japonesa de imposição das mãos que ajuda a reequilibrar a energia circulante pelo corpo Quem exercita o desapego consegue retomar o controle das próprias emoções e se tornar uma pessoa mais espiritualizada Feijoada do restaurante do Hotel Nacional é servida há 40 anos Guilherme Baffi 11/4/2015 EDITORIAL t GRUPO DIÁRIO DA REGIÃO Editor-chefe Fabrício Carareto fabricio.carareto@diariodaregiao.com.br Editor-Executivo Marcelo Moreira marcelo.moreira@diariodaregiao.com.br Coordenação Ligia Ottoboni ligia.ottoboni@diariodaregiao.com.br Editor de Bem-Estar Igor Galante igor.galante@diariodaregiao.com.br Editora de Turismo Cecília Demian cecilia.demian@diariodaregiao.com.br Editor de Arte César A. Belisário cesar.belisario@diariodaregiao.com.br Pesquisa de fotos Mara Lúcia de Sousa Diagramação Cristiane Magalhães Tratamento de Imagens Luciana Nardelli e Igor Soares Matérias Agência O Globo O prazer de comer Compartilhe com a gente o que significa bem-estar para você Escreva para gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br. Participe! Artes Saúde 20 Turismo 24 8 Terapia Holística 14 Espiritualidade 18 O que é bem-estar para você? “É contribuir para a aprendizagem dos meus alunos, valorizando o potencial de cada um, motivando-os sempre na busca pelo conhecimento.” Andressa Stefani, empresária Domingo, 19 de abril de 2015 2
  • 3. PROTEÇÃO A integrante do Big Brother Brasil 15, Amanda, chamou atenção para duas questões de saúde que envolvem bem-estar e autoestima: olheiras e bolsas de gordura debaixo dos olhos. A boa notícia é que o problema pode ser solucionado com um procedimento cirúrgico chamado blefaroplastia. Na intervenção, o oftalmologista retira o excesso de pele e reduz o volume das bolsas de gordura. Ela é realizada por meio de pequenas incisões, resultando em cicatrizes pouco perceptíveis. Em Rio Preto, o Hospital de Olhos Redentora é um dos centros médicos que realizam o procedimento. A voz também tem seu dia. Comemorada no último dia 16, a data reforça a importância da voz no dia a dia como instrumento de trabalho. Bob Floriano, locutor, especialista em comunicação e coaching, revela que uma boa comunicação interpessoal traz muitos ganhos em todas as áreas, seja dentro das empresas, em reuniões, entrevistas, palestras ou no cotidiano. Para manter a saúde vocal, o especialista sugere beber bastante água, ter uma alimentação equilibrada, e comer maçã, pois a fruta é adstringente e limpa o trato vocal. É importante também respirar corretamente, levando ar até o abdômen e expandindo as costelas. CINEMA DICAS DO BEM t Fotos:Divulgação CIRURGIA VOZ O Sesc vai sediar a atividade formativa “Encontro com o Cinema Independente”, no dia 25 de abril, às 14h30, na sala de uso múltiplo. A partir da reflexão sobre o cinema independente, o encontro busca trazer novos horizontes ao olhar do observador comum e foca na produção atual sem deixar de relatar as origens. O orientador Eduardo Raccah traz trechos de filmes que produziu para análise coletiva e estímulo da imaginação do participante no sentido criativo, ao mesmo tempo em que dialoga sobre definições do cinema independente. A atividade é gratuita. A Mustela reformulou sua linha Solares e apresenta produtos infantis para cuidados com o corpo e o rosto. Os protetores são formulados com um sistema de filtros de alta proteção e tolerância, aliado ao ativo natural patenteado Perseose de Abacate, que protege as células-tronco de forma eficaz contra os raios UV. Os produtos, que contam com itens de proteção para corpo, rosto e pós-sol, apresentam fórmulas a partir de 85% de ingredientes naturais, livres de perfume, álcool e substâncias como parabenos, cinamatos, fenoxietanol, corantes, entre outros conservantes de risco. Domingo, 19 de abril de 2015 3
  • 4. Francine Moreno francine.moreno@diariodaregiao.com.br O que acha de voltar a ser criança e pintar dese- nhos com lápis de cor? Vários adultos têm feito isso. O passatempo“decriança”viroumaniaentreosgrandinhos etemlimpadoasprateleirasdaslivrarias.NaEspaço,loca- lizadanaRuaRubiãoJr,emRioPreto,porexemplo,asdu- asobrasmaispopulares, “JardimSecreto” e“FlorestaEn- cantada” (Sextante), da ilustradora britânica Johnanna Basford, estão esgotadas. Maria José, funcionária da livraria, afirma que os li- vros surgiram com a forte propaganda de serem deses- tressantes. E esse slogan chamou atenção do público. “Muitagentenuncaviu,masquer.Aquinalivraria,exis- te uma lista de espera. A previsão é de que as obras che- guem na sexta-feira e acabem novamente”, afirma. Quem já garantiu e coloriu alguns desenhos é a jornalista e socióloga Karina Fávaro. Aos 29 anos, ela trabalha cerca de 50 horas por semana e, nos momentos livres, faz questão de pintar. Para isso, comprou uma caixa de lápis de cor de 48 co- res e conta que volta à infância toda vez que abre as páginas do “Floresta Encantada”. “Quando criança, eu tinha aqueles passatempos da Turma da Mônica e agora comprei o livro por cu- riosidade. Antes, a minha distração era leitura. Ago- ra, tenho limpado minha mente pintando. Tem sido um experiência ótima”, conta. A funcionária pública Fernanda Haveiro, 33 anos, conta que colorir tem servido de canal para ela se expressar melhor, já que é muito nervosa. “Se fico muito estressada com al- guém, corro para pintar e depois converso. Além disso, colorir tem ajudado a exercitar minha criativi- dade. Como sou muito co- brada no trabalho, pintar tem sido uma forma de me sentir livre e sem pressão”, revela. No livro “Jardim secreto”, Johanna Basford convida homens e mulheres a fazer um passeio por lindosjar- dinseseaventuraremumacaçaaotesouro. Outro livro bastante procurado é o “Mandalas Mágicas 1”, de Nina Corbi, lançado pela editora Vergara & Riba. Confira nesta página os 10 mais e saia pintando. BRINCADEIRA DE GENTE GRANDE ARTE-TERAPIA ANTI-STRESS - JARDINS - 100 IMAGENS PARA COLORIR De Ana Bjezancevic Editora Editorial Presença t Obra traz desenhos com padrões para todos os gostos, desde folhas e flores a desenhos abstratos e gráficos, para que todos possam divertir-se a colori-los. Proposta é relaxante e inspiradora “FLORESTA ENCANTADA” Johanna Basford Editora Sextante t Enquanto colore os desenhos de flores, casas na árvore, animais e objetos mágicos, seu desafio é encontrar símbolos especiais ocultos ao longo das páginas, que destravam o portão do castelo MANDALAS MÁGICAS 1 JARDIM SECRETO Johanna Basford Editora Sextante t Além de completar os espaços em branco e escolher suas cores preferidas, o livro incentiva os leitores a procurar criaturas escondidas nas páginas, fazer seus próprios esboços e criar um universo Livros de colorir para adultos são a mais nova aposta do mercado editorial para acabar com o estresse do cotidiano. Reportagem lista alguns dos títulos mais procurados do momento FANTASIA CELTA. LIVRO DE COLORIR ANTIESTRESSE Michel Solliec Editora Alaúde tApresenta labirintos e curiosas figuras inspiradas no universo celta, mais especificamente nas iluminuras do “Livro de Kells”, figuras de linguagem simbólica, e nas terras da antiga Irlanda Nina Corbi Editora Vergara & Riba t Ao pintar mandalas, as pessoas trabalham os aspectos físicos, emocionais e energéticos. Representação geométrica, a mandala é uma palavra originária do sânscrito que significa círculo HOBBY t Domingo, 19 de abril de 2015 4
  • 5. JARDIM ENCANTADO - LIVRO DE COLORIR ANTIESTRESSE De Sophie Leblanc Editora Alaude t Volume da série Arteterapia, o livro apresenta diversos universos e paisagens naturais para você reinventar conforme sua criatividade, seja com lápis de cor, giz de cer a ou canetinha MINDFULNESS: O LIVRO DE COLORIR Emma Farrarons Grupo Editorial Record t Obra convida o público a meditar sobre uma obra de arte enquanto preenche as páginas com cores. A editora afirma que o leitor acabará com a ansiedade e o estresse pelo simples ato de colorir De Mel Elliott Editora I Love Mel t Livro que contém 16 páginas para colorir para colorir, bem como alguns jogos divertidos. É impresso em papel 150 gramas ecoplex, feito a partir de papel reciclado LIVRO DE COLORIR - DESENHOS DE ANDY WARHOL GuilhermeBaffi14/4/2015 COLOUR ME GOOD BENEDICT CUMBERBATCH Karina Fávaro eKarina Fávaro e Marcos Takeda nãoMarcos Takeda não abrem mão de passarabrem mão de passar umas boas horasumas boas horas colorindo figuras.colorindo figuras. Assim como eles,Assim como eles, outros adultos têmoutros adultos têm adotado essa atividadeadotado essa atividade como hobbycomo hobby MÃE, TE AMO COM TODAS AS CORES De Christina Rose Editora Record t Cada uma das cinquenta ilustrações traz no verso uma frase especial, possibilitando que a página seja recortada e emoldurada. Temática é voltada para o amor de mãe Andy Warhol Editora DBA t Autor propõe uma reflexão sobre as formas que compõem o universo infantil por meio de 12 ilustrações em preto e branco, dentre elas figuras como uma serpente e um jacaré Domingo, 19 de abril de 2015 5
  • 6. Instrumentos são uma ótima forma de aproximar a família. Em Rio Preto, há exemplos de sucesso nesse tipo de parceria em diferentes estilos musicais UNIDOS PELA MÚSICAFrancine Moreno francine.moreno@diariodaregiao.com.br Quem canta, não só seus males es- panta. Quando canta junto, garante be- nefícios ainda maiores. Quem admite esse poder do ditado popular são músi- cos de Rio Preto que escolheram ter ao lado parceiros mais íntimos no palco. São pais e filhos e irmãos que decidiram se unir para cantar e tocar instrumentos musicais juntos e levar a alegria proporcionada pela música por onde passam. O maestro Jonas Schneck Ferreira, que lidera o Instituto Amadeus Mo- zart, em Rio Preto, é parceiro e uma es- pécie de mentor musical das filhas Na- talia, de 29 anos, e Camila, de 24. A pri- mogênita mora em Campinas, é forma- da em música pela USP e está sempre em Rio Preto, onde divide os instru- mentos com o pai e a irmã. A mais no- va, Camila, é professora de violino no instituto e integrante do Quarteto Rio- pretense, primeiro conjunto com qua- tro instrumentos de cordas oficialmen- te formado na cidade. Com 40 anos de profissão, o maestro conta que as filhas acompanharam to- das as atividades da carreira dele. “Por escolha própria, elas também estuda- ram e se formaram em música.” Além dos três, a família contava com outro apaixonado por música, o maestro Sau- lo Schneck, irmão de Jonas. idealizador do Projeto Escola Jovem de Rio Preto, ele morreu em 2012, aos 46 anos, víti- ma de complicações de cirrose hepática e parada cardíaca. “Ele morreu cedo, mas deixou um legado musical na cidade”, diz Jonas. “Além de profissão, a música é uma ati- vidade que preenche a vida da gente em um nível pessoal, e nos faz mais felizes e unidos”, completa. O maestro Jonas Schneck Ferreira, 40 anos de profissão, é parceiro e mentor não só de Camila, 24 anos de idade (foto), mas de sua outra filha, Natália: família reunida pela música instrumental JohnnyTorres13/4/2015 COMPORTAMENTO t Domingo, 19 de abril de 2015 6
  • 7. Já na casa de Jonatas e William Fro- es, a música também sempre esteve pre- sente.Comtios,primoseamãequeforam ou ainda são músicos profissionais, bem pequenos eles pegavam instrumentos e os tocavam automaticamente. Um pouco de- poisdos10anosdeidade,foramdiagnosti- cados com ouvido absoluto, a capacidade deperceberedarnomeacadaumadasno- tasquechegamaosseusouvidos.Umaem cada 10 mil pessoas tem essa habilidade. Juntos, eles criaram a banda Célu- la. No entanto, o grupo acabou e cada um seguiu em conjuntos diferentes. Jonatas toca estilos variados e como “freelancer”, e William nas bandas Eletro Rock e Falling Flowers. Mas na primeira oportunidade que apare- ce eles se juntam para fazer um som ou produzir e se divertir no estúdio. “Tem muita genética envolvida. Nossa mãe era cantora gospel, tá no san- gue.Temosumgostomusicalmuitopare- cido. É bacana viver e trabalhar com música”, conta William. Recentemente, osdois foramatrações, cadacom suaban- da, em um cruzeiro. “Quando fui entrar no navio, descobri que meu irmão já ti- nhaembarcado.Sãocoincidências da vi- da e que fazem muito bem.” (FM) Os irmãos do ouvido absoluto Pai e filho formam a Caco de Telha Jonatas e William Fróes seguiram carreiras independentes, mas na primeira oportunidade que aparece eles se encontram para “se divertir” no estúdio Thalles, o filho, e Alessandro Dalmiglio, o pai, do grupo Caco de Telha, estão unidos pelo pop rock: “Resolvemos qualquer problema por meio da música”, diz o pai O estilo pop rock uniu os músicos Alessandro e Thalles Ribeiro Dalmiglio, pai e filho, que for- mamaCacodeTelhaAcústico,bandabastanteco- nhecidananoiterio-pretense.Comrepertórioque reúneclássicosdopoprocknacionaletambémin- ternacional, eles mantém ainda a Caco de Telha Rock Band, e atuam como educadores musicais do Projeto Guri, no polo de Icém. Alessandro teve Thalles muito jovem, aos 18 anos, e o garoto cresceu em meio aos bastidores dos shows do pai. Com 8 anos, Thalles começou a estudarpercussãoebateria,eaos11jáacompanha- vaAlessandronas apresentações.“Chegamosa ter problemascomo Conselho Tutelar”,revelao pai. Hoje, Alessandro tem 45 anos e o filho 27, e além de serem profissionais, são muito amigos. “Temos nossos atritos, mas resolvemos tudo com muita cumplicidade, humildade e respeito, além de muita música”, revela. Alessandro conta que seu avô era seresteiro e levavaamãeparacantarcomele.Efoicomsuage- nitoraqueelecomeçouatocarembarzinhosepiz- zariasdeSãoPaulo,aos20anos.Agora,afilhaAle- xiaRibeiro,de17anos,tambémestácomeçandoa seinteressar pelamúsica. “Ela é tímida,mas canta em casa durante as festas e tem se interessado em aprender a tocar violão. Tem futuro”, revela o pai-coruja. (FM) SidneiCosta8/4/2015 GuilhermeBaffi10/4/2015 Domingo, 19 de abril de 2015 7
  • 8. Com o poder de relaxar a mente, a música é uma arma poderosa para manter a ‘sanidade’ em um mundo cada diz mais acelerado Cora Soares cora.soares@diariodaregiao.com.br Quem nunca saiu daquele looongo dia de trabalho e resolveu ligar o som para se desligar um pouco? Ou praticar meditação em casa, ouvindo um som contagiante, ainda que calmo, que nos leva para um lugar favorito apenas fe- chando os olhos? A música tem esse poder, especialmente as que estabelecem esse clima mais intimista e relaxante. Seja um bom blues ou jazz, um erudito contemporâneo ou vintage, um ins- trumental ou o estilo new age. Todas as músicas com efeito musical calman- te agem no cérebro produzindo esse efeito de bem-estar. No livro “Como a mente funciona”, o psicólogo Steven Pinker, da Univer- sidade Harvard, compara a música a uma “guloseima auditiva”, feita para “pinicar” áreas cerebrais envolvidas em funções importantes. Como resulta- do desse acaso, os sons harmoniosos oferecem um novo sistema de comuni- cação, com base mais em percepções sutis que em significados. E são essas percepções que nos atraem, especialmente os sons mais amenos, nos mo- mentos de introspecção. Salvador Hernandes, profundo conhecedor quando o assunto é medita- ção, indica que para relaxamento existem várias opções: de música instru- mental, new age à world music. “Gosto muito da música de Kenio Fuke, um piano bem suave, e bom também é o som de Aeoliah ou Mike Rowland.” Entre os queridinhos dos que buscam se desligar estão também Enya, Ki- taro e Loreena McKennitt, de estilo new age e world music. GULOSEIMA AUDITIVA StockImages/Divulgação ARTES t Domingo, 19 de abril de 2015 8
  • 9. Trânsito lotado, chefe que pega no pé, filhos comnotasbaixas,contasatrasadas?Éclaroqueamúsi- ca não vai resolver seus problemas, mas vai ajudar a se desligarporalguns minutosda rotinaestressante. Isso porque a música fala de sentimentos de uma forma vibrante. Relaxa! E ela é capaz de mover nossos sentimentos de uma forma ampla, conforme diz a psicó- loga Karina Younan. Karina ainda reforça que, onde existe música, exis- te um clima mais ameno ou alegre, pois uma música tem a tendência de aproximar as pessoas: “Indico uma orquestrada suave para quem precisa de re- pouso e relaxamento, e opções alegres para quem precisa dar um ‘up’ no ânimo!”. Escolha sua trilha e prepare-se para relaxar! (CS) Música antiestresse Já ouviu falar em “streaming”? Essa é uma tecnologia que envia informa- ções multimídia através da transferên- cia de dados utilizando redes de compu- tadores, especialmente a internet, e foi criada para tornar as conexões mais rápidas. Nesse ambiente, existem al- guns serviços disponíveis. Um dos mais conhecidos e utilizados é o Spotfy, mas existem também o Deezer, Groo- veshark, Rara, Rdio, Sonora ou Xbox Music, que permitem escutar sua músi- ca pesquisando por artista, álbum ou lis- tas de reprodução criadas pelos pró- prios usuários. Essas listas podem ser personaliza- das de acordo com o gosto musical, e o mais interessante: pelo estado de es- pírito do usuário. Além disso, podem ser baixadas para diferentes tipos de dispositivos. Existem listas para dias de chuva, para se ouvir na estrada, durante uma viagem, para cantar no chuveiro... Uma das mais reproduzidas é a lista de inspi- ração, ideal para se desligar das pres- sões do dia a dia. (CS) Monte sua própria ‘playlist’ Domingo, 19 de abril de 2015 9
  • 10. Feijão-preto, linguiça, carne-seca... as delícias brasileiras se encontram na feijoada, prato que já ganhou até uma variação light, mas, para muita gente,o sabor da versão tradicional ainda é imbatível Francine Moreno francine.moreno@diariodaregiao.com.br Falar de feijoada é falar de reunião fa- miliar, festa e samba. Um dos pratos mais famosos da culinária brasileira, a receita se originou dos costumes dos escravos afri- canos e, hoje, é presença obrigatória em encontros e festas, principalmente em Rio Preto. No período de temperaturas mais baixas, é fácil encontrar um evento que sir- va feijoada acompanhada de bebida gela- da e atrações musicais. Mas não preciso esperar o tempo esfri- ar para consumir a feijoada. Váriosestabele- cimentos a oferecem em seu cardápio em ou- tras épocas do ano. Umdospontosmaistradicionais,orestau- rante do Hotel Nacional, prepara a receita há 40anos.Aossábados,das12às15horas,o res- taurantereceberio-pretensesemuitosvisitan- tes de fora para comer feijoada, que é servida com os ingredientes separados. “Tudo vai em panelaindividualecadaclientecolocanopra- to aquilo que gosta”, afirma Maria Aparecida Rodrigues, chef de cozinha. Conhecida como Cidinha, ela trabalha no hotel há 25 anos e conta que a feijoada é um prato demorado para fazer. “Começa- mos a produção na quinta-feira, tirando o sal da carne, e terminamos apenas no sába- do”, revela. Arnaldo Cesar Donizete Da- mião, maître do restaurante, afirma que o cliente pode consumir, além da feijoada, nove guarnições, saladas e batidas. “O di- ferencial está no tempero”, diz. SergioIsso10/6/2014 PRAZERES DA MESA t PREFERÊNCIA NACIONAL Domingo, 19 de abril de 2015 10
  • 11. DULCE RESTAURANTE E DOCERIA t (Rua General Glicério, 3.786) Aos sábados, das 11h às 14h30 Informações: (17) 3231-1421 e 3211-7100 ONDINA COMIDARIA t (Rua Ondina, 8) Aos sábados, das 12h às 15h Informações: (17) 3212-7931 RESTAURANTE DO HOTEL NACIONAL t (Rua Professor Carlos Ibanhez, 35) Aos sábados, das 12h às 15h Telefone: (17) 2136-7400 RESTAURANTE AEROPORTO t (Avenida dos Estudantes, 3.505) Todos os dias, a partir das 11h30 Informações: (17) 3232-4620 RESTAURANTE SAMAMBAIA t (Rua Presciliano Pinto, 2.324) Às quartas-feiras e aos sábado, das 12h às 14h30 Informações: (17) 3301-4668 Numa boa feijoada, não podem faltar as melhores e mais saborosas partes do porco, que possui menor teor de gordura, afirma Rodrigo Bueno, chef consultor e professor do Senac. “Estamos falando da orelha, do rabo e da costela que fica mais próxima do osso e, por isso, tem mais sabor. Porém, uma feijoada deve ser acompanhada de cou- ve-manteiga refogada, uma boa farofa e frutas mais ácidas para combater a untuo- sidade da própria feijoada”, explica. O chef gosta da feijoada tradicional, feita com paciência e no tempo certo. “Não adianta tentar fazer a feijoada em du- as horas. Ela vai ficar sem a potência de sa- bor que poderia ter quando é preparada no tempo correto. Além do amor pelo que se está fazendo, eu gosto muito de substi- tuir a couve-manteiga pela taioba, uma verdura que hoje está quase esquecida. Pi- cadinha e frita na manteiga com alho, ela combina muito bem com feijoada, pois tem sabor mais semelhante ao espinafre”, diz Bueno. O chef Alexandre Villela Carvalho, do Nhô Botequim, afirma que o ingrediente principal de uma saborosa feijoada é o fei- jão. “Vejo muita gente reclamando que quando vai fazer uma feijoada ela fica ra- la, com caldo fino, aguado. Eu sempre per- gunto: ‘Quanto você colocou de feijão?’ Uma parte de feijão para oito do resto, por exemplo, nunca vai engrossar.” Carvalho, também conhecido como Badaró, confessa que não gosta de feijoada light. “Para mim, feijoada tem que ter pé, orelha e rabo. Ser completa até nos acom- panhamentos. Não abro mão da farofa, do torresmo, da laranja, da couve, do caldo de feijão, do vinagrete feito com caldo do feijão apimentado, de uma boa pimenta e de uma caipirinha feita com boa cachaça. Durante o preparo, coloco uma ou duas la- ranjas com casca para cozinhar junto, e uma boa dose de cachaça.” (FM) Loja Mundo Verde, localizada na Bernardino de Campos, oferece feijoada preparada pela nutricionista Aline Moreno O que não pode faltar ONDE CONSUMIR EM RIO PRETO Hamilton Pavam 10/4/2015 Domingo, 19 de abril de 2015 11
  • 12. t Antes de iniciar a caminhada, é necessário fazer alongamento. A própria caminhada já é um leve aquecimento. Após a caminhada, o alongamento auxilia a relaxar e voltar para a rotina do dia. Além disso, é preciso hidratar-se. “Uns 20 minutos antes, a pessoa pode consumir 200 ml de água para uma atividade com mais de 30 minutos”, afirma Ronaldo Parra PASSO A PASSO DICAS EXERCÍCIO t A caminhada é uma atividade física acessível e eficaz para condicionar o corpo, desde que realizada de forma correta. Especialistas ensinam o ‘caminho das pedras’ Francine Moreno francine.moreno@diariodaregiao.com.br Caminhar é uma das atividades físicas mais populares en- tre homens e mulheres de Rio Preto. É fácil ver, diariamen- te, centenas de pessoas caminhando na Represa, na pista do Aeroporto, na Praça do Vivendas e na Avenida José Munia. Entretanto, será que todas essas pessoas estão fazendo a ativi- dade de forma correta? De acordo com especialistas, caminhada não é apenas co- locar o tênis no pé e sair andando. É preciso, por exemplo, calcular a frequência cardíaca. Essa avaliação ajuda a pessoa a determinar os limites do cor- po durante a atividade. E, para isso, você pode contar com a ajuda de um professor ou personal trainer. Uma pessoa de 30 anos deve fazer a conta 220 – 30 = 180. O resultado corresponde a sua frequência cardíaca (bpm - batimentos por minuto). E, para potencializar a queima de gordura, por exemplo, a frequência cardíaca deve fi- car entre 65% a 70% da frequência máxima da pessoa. “Para o leigo, a conta pode parecer complicada, mas não é. Ao fazermos o cálculo, a pessoa vai caminhar no ritmo certo e obter o resultado desejado”, afirma Daniel Nunes Junior, proprietário da D&L Nunes Assessoria Esportiva. Caso contrário, o aluno não consegue ficar na “zona de treinamento”, nome dado às faixas referentes a cada batimento cardíaco. Outra alternativa para caminhar corretamente é ter um condicionamento físico adequado. “Tenho alunos de 25 a 78 anos e cada um é direcionado para um treino personaliza- do. Muitos caminham ou correm, mas vão à academia para ter uma avaliação e treinam para conseguir o condiciona- mento correto, só depois vão para a rua”, explica. Daniel Nunes Junior com as alunas Luciana Mendonça e Pâmela Gonçalves. Caminhada é uma atividade relativamente simples, mas com a orientação correta é possível melhorar muito mais a performance GuilhermeBaffi14/4/2015 Domingo, 19 de abril de 2015 12
  • 13. Daniel Nunes explica que é importante o praticante de caminhada condicionar-se bem fisicamente para obter melhor resultado Educador físico Ronaldo Parra faz teste individualizado e avaliação de postura e flexibilidade em Camile Nascimento t A caminhada oferece muitos benefícios para o corpo todo, como o combate ao colesterol ruim, aumento da capacidade cardiorrespiratória e da densidade óssea, assim como ajuda no controle de doenças como diabetes e hipertensão t Como aumenta o gasto calórico, a caminhada trabalha no músculo que estava parado e ajuda a emagrecer, aliado a uma boa alimentação. Além disso, deixa bumbum, pernas, braços e abdome em forma. Quem caminha tem menos chance de ter pressão sanguínea alta, colesterol pouco ruim, diabetes e doenças cardíacas O educador físico Ronaldo Parra, da TR3 Assessoria, conta que, antes de correr, para os iniciantes, direciona os alunos para um teste individualiza- do, em que são avaliados postura, ins- tabilidade articular, grau de flexibili- dade, entre outros itens. Após uma análise completa, o aluno recebe anota- ções de possíveis erros a serem corri- dos, que vão desde a forma como ater- rissa o pé para realizar a passada até o alinhamento do quadril, para ver se há exagero de movimento. Um material baseado nos resulta- dos é apresentando ao aluno e coloca- do em prática. “O aluno, quando faz a atividade de forma correta, tem uma resposta rápida, circulação sanguínea, aumento do gasto calórico e melhora da pressão arterial”, revela Parra. Para ajudar, o aluno acessa de for- ma on-line essa planilha e tem um noção do processo e da evolução. “Muitos começam caminhando com dificuldade e depois já estão até cor- rendo maratonas”, diz. (FM) Preparação individualizada Hamilton Pavam 14/4/2015 Guilherme Baffi 14/4/2015 BENEFÍCIOS Domingo, 19 de abril de 2015 13
  • 14. TERAPIAS HOLÍSTICAS t Por meio da imposição das mãos, o Reiki, uma técnica de origem japonesa, restaura a energia vital do corpo ENERGIAENERGIA CANALIZADACANALIZADA StockImages/DivulgaçãoDomingo, 19 de abril de 2015 14
  • 15. Cora Soares cora.soares@diariodaregiao.com.br A palavra Reiki significa Energia Vital Universal, portanto, é uma terapia complementar de captação da Energia Cósmica pelo terapeuta Reiki, passada pela imposição das mãos ao recebedor, que permite revita- lizar e equilibrar a pessoa fisicamente, emocionalmen- te, mentalmente e espiritualmente. O Reiki é dividido em três níveis de iniciação, em que o terapeutapassaporumprocessodeautoconhecimen- to até a integração, explica o terapeuta naturopata Dorivan Nascimento,doEspaço IntiHuasi, deRioPreto. É uma técnica japonesa de cura, que consiste na ca- nalização das energias universal (Rei) e vital (Ki), di- recionando-as através das mãos para o corpo e os cha- cras, e trazendo, com isso, ressonância e equilíbrio no aspecto físico, energético, emocional, mental e espiri- tual. Desde 1960, o Reiki passou a ser reconhecido pe- la organização mundial de saúde, segundo o terapeu- ta reikiano Thiago Guimarães. A técnica trabalha diretamente no equilíbrio das funções imunológicas e hormonais do paciente e apre- senta resultado visível logo na primeira sessão. O tra- tamento visa a pessoa como um todo, busca a causa e não trata apenas os sintomas, a fim de oferecer mais qualidade de vida, saúde e bem-estar, pois equilibra a energia de todo o corpo, a partir dos órgãos e sistemas em geral. “É como se o canal energético fosse desobs- truído”, explica Guimarães. Dia a dia corrido, pressão no tra- balho, estresse familiar e “zilhões” de operações para fazer todos os dias são alguns dos motivos, hoje, pelos quais muitos procuram o Reiki. Qualquer pessoa pode receber a “energia reiki”, não tendo, pois, ne- nhuma contraindicação, uma vez que o processo é biofísico e não bio- químico, afirma Wesley Ricardo Faim, terapeuta especializado na téc- nica, também do Inti Huasi. As principais indicações são para quem passa por problemas como do- res físicas, estresse, fobias, ansieda- de, angústia, insônia, hipersensibili- dade, excitação nervosa, irritabilida- de, agressividade e preocupação, pois atua de forma integral nos cor- pos físico, emocional, mental e espi- ritual. O terapeuta Thiago Guimarães completa dizendo que emoções de- salinhadas, pensamentos turbulen- tos e repetitivos, vícios, maus hábi- tos, morbidez, negatividade, deses- perança, crenças limitantes, raiva e compulsões também são alvo da técnica. (CS) Quem pode fazer? Algumas pessoas ainda relutam em buscar terapias alternativas por medo ou por preferir apenas a medi- cina tradicional. No livro “Reiki - Amor, saúde e transformação”, de Johnny de Carli, o autor cita que o Reiki não se confronta nem com a medicina tradicional, nem com as diferentes religiões praticadas pelo ser humano, e sim as complementa. Segundo especialistas, o Reiki é uma técnica que consiste apenas em captar e transmitir energia Uni- versal por meio das mãos e não tem nenhum sistema filosófico, esotéri- co ou religioso. “Atualmente, a técnica do Reiki encontra respaldo nos princípios da físicaquânticaenaTeoriadaRelativi- dade de Einstein. Ela parte do princí- pio de que as moléculas bioquímicas queformam nosso corpo físicosão, na verdade,umaespéciedeenergiavibra- tória, e que a doença se manifesta pri- meiramente em um nível energético mais sutil para depois atingir nosso corpo físico ou psíquico”, afirma o te- rapeuta Thiago Guimarães. (CS) Curiosidades sobre o Reiki Domingo, 19 de abril de 2015 15
  • 16. À PROCURA DE UM NOVO AMOR Cora Soares cora.soares@diariodaregiao.com.br Anos de casados e, daí, vem a separa- ção. Cada um para seu lado, é hora de se- guir em frente. Para muitos, o desenlace significa também recomeçar. Antigamente, para homens e mu- lheres, casar era uma vez só. Os tem- pos mudaram. Alguns homens já afirmam não con- seguir ficar sozinhos e, por isso, logo buscam por novos parceiros. Será que isso é verdade? “Homens também ficam deprimidos com términos de relacionamentos amo- rosos, perdem peso, ficam desiludidos, sentem-se fracassados e responsáveis e, para piorar, a sociedade cobra que os ho- mens sejam fortes, não chorem, não so- fram, não errem, não sintam e nem pe- çam ajuda profissional. A cobrança mas- culina é muito alta, assim, muitos ho- mens optam pelo silêncio, por ocultar a dor, ficando mais desamparados e vulne- ráveis, sentindo-se envergonhados, frus- trados e fracos.” É o que afirma Cristia- ne Francisco Alves Lorga, psicóloga es- pecialista em família. Porém, será que eles realmente são os mais predispostos a entrar em uma re- lação após o fim de uma união de anos? Para a psicóloga, não existem pesquisas quanto a ser mais fácil para o homem en- trar em um novo relacionamento do que para a mulher. Ela diz que, em mui- tos casos, não generalizando, após o término do relacionamento amoroso, as mulheres procuram afeto, comparti- lham o sofrimento e desabafam com amigas, já os homens, que não foram “treinados” para falar sobre isso, nem para ouvir, tentam se distrair com espor- tes, amigos, baladas e paqueras. NECESSIDADE NÃO É UMA REGRA Os homens do século 21 estão mais dispostos a abrir o coração e até se casar de novo na busca da felicidade a dois? Especialistas respondem tCom o fim do casamento, as pessoas podem procurar se esquivar da melancolia e de pensamentos depressivos buscando um novo relacionamento. Essa necessidade, porém, não é uma regra. Os homens possuem mais dificuldade de lidar com suas emoções do que as mulheres. Esse fator cultural contribui para que pessoas do sexo masculino discutam menos seus sentimentos e acabem agindo de forma impulsiva. Por isso, pode parecer mais fácil para o homem entrar e sair de relacionamentos quando, na verdade, ele continua fazendo escolhas supérfluas e repetindo as mesmas experiências ruins Fonte: Alexandre Caprio, psicólogo cognitivo-comportamental RELACIONAMENTO t Domingo, 19 de abril de 2015 16
  • 17. A cultura sugere que eles devam sair àcaça,certo?Errado.“Naverdade,is- soébemaparente,dependerámuitodafor- macomorelacionamentochegouaofim.O quemuitasvezesaconteceéqueoshomens enxergam em novas relações amorosas umamaneiradeafogarasmágoasemostrar queméomachoalfa,masnemsempreserá assim. Para alguns homens, o ferimento da separação,emseueventualpapeldedomi- nador, poderá ser profundo e ele apresen- taráhumordeprimidoporumtempoere- ceio em assumir novos relacionamen- tos, com medo de um novo sofrimen- to,permanecendoemrelacionamen- tos superficiais”, afirma o psicólo- goRafael Pierini. Portanto, não é tão sim- ples assim, alerta Pierini. O medo de assumir um amor e fa- lhar na condução deste gera uma desconfiança em abrir novamente o coração e seguir um relacionamento. Paraisso,éimportanteteracompanha- mento terapêutico/psicológico para saber o momento ideal de se envolver novamen- te. Precisam entender que a busca por um novoamoréporque“seramadonosmove, nos alimenta, nos energiza, nos motiva, nosrejuvenesce.Busca-serespeito,consi- deração mútua, amizade, prazer na com- panhia um do outro, cumplicidade e afeição. Todos precisamos nos sen- tir especiais, amados, compreen- didos, e a parceria nos comple- ta. É difícil a vida sozinho, quando compartilhada, ela se completa”, acrescenta a psicóloga Cristiane Francisco Alves Lorga. (CS) Macho alfa? O que mais se ouve dos amigos é: “Você precisa se desligar do passado se quiser viver algo novo.” Mas se- gundo a psicóloga Cristiane Francis- co Alves Lorga, é importante não se desligar, principalmente se tem fi- lhos envolvidos. Ela ressalta que, ao querer esse des- ligamento, aquilo que deu errado não é descoberto. “É preciso repensar o últi- mo relacionamento, entender qual a responsabilidade de cada um para o término, só assim será possível entrar em outro relacionamento fortalecido, para que velhos fantasmas não interfi- ram no novo par”, completa ela. Rafael Pierini acrescenta que a me- lhor maneira de se desligar do passado é fazendo um balanço, observando o que houve de bom e de ruim, e o uni- verso de possibilidades que existem pe- la frente. “Se lamentar não é o melhor negócio, o melhor mesmo é fazer uma análise bem centrada e racional no que ocorreu e seguir o caminho, ver que pessoas diferentes existem, nem sem- pre melhores ou piores, mas que talvez possibilitarão o nascimento de uma no- va história. E é isso que somos, um con- junto de histórias que no final resumi- rá o que fomos e o que vivemos.” Portanto, não há segredo para aque- les que querem se casar novamente: os ideais dos relacionamento ten- dem a permanecer na busca até en- contrar e entender que companheiro perfeito nem sempre existe, e a graça está na diferença. (CS) Vozes do passado StockImages/Divulgação Domingo, 19 de abril de 2015 17
  • 18. O apego a pessoas e coisas é nocivo quando não devolve nada de bom em troca. Livre-se disso para ser realmente feliz Francine Moreno francine.moreno@diariodaregiao.com.br O que acha de desapegar-se daque- le vestido que você usou no casamento da sua prima há 10 anos? Sabemos que ele é bonito e você pagou caro. Agora, imagine também afastar-se daquele amigo sugador de energia? Que pisou na bola várias vezes e você sempre deu mais uma chance? As duas atitudes não significam que você esteja jogando fora, mas reve- lam que está se desapegando daquilo que está acumulando há um bom tem- po e não está te trazendo nada de bom em troca. O exercício de desapego não é fácil. Mas, por outro lado, é capaz de fazer você retomar o controle das suas emoções. Éo quegaranteaescritora norte-ame- ricana Gail Blanke em “Jogue Fora 50 Coisas”.Compilandodicaspráticaseidei- as úteis, a especialista explica que, quan- do aplicado à sua casa, à sua carreira, à sua mente ou ao seu negócio, o desapego faz com que você se livre da bagunça que impede seu sucesso. Para haver uma mudança radical, a escritora propõe o exercício de desape- gar-se de 50 coisas desnecessárias. Segun- do Gail, duas semanas é o tempo necessá- rio para adquirir novos hábitos e recupe- rar o senso de organização. Mara Lucia Madureira, psicóloga comportamental, explica que é impor- tante desapegar-se do que é inútil, in- sustentável, nocivo, como necessidade de poder, consumo irracional e rela- ções desarmônicas. “É sensato desafei- çoar-se de pessoas com as quais não conseguimos estabelecer relações har- moniosas, desprender-se de conceitos ultrapassados para nos sentirmos mais livres, atualizados, e menos oprimidos e escravizados.” Nem tão desapegado assim Segundo a psicóloga, o absoluto desprendimento também é ruim. “Tor- naria a pessoa descomprometida, irres- ponsável, miserável e, nem por isso, mais espiritualizada, como propõem muitas religiões.” O desapego pelo consumo irracio- nal, segundo Mara, é fundamental pa- ra a sustentabilidade do planeta, a re- dução dos desmatamentos, do confi- namento de animais, da exploração do solo. A consequência disso se re- fletiria usar por muito mais tempo uma bolsa, jaqueta ou sapato de cou- ro, abrir mão de joias, comer menos carne, comprar menos carros, usar mais transporte público, apegar-se, afinal a novos conceitos. t Faça uma lista por escrito de todas as características negativas que você identifica na pessoa. Enumere todas as situações em que você se frustrou, se chateou ou se machucou durante a relação. Mantenha uma cópia à mão, com um espaço em branco para quando se lembrar de novas desvantagens. Leia-a sempre que se sentir triste, supondo ter perdido uma divindade, não uma relação nociva NOVOS CAMINHOS SE ABREM QUANDO VOCÊ SE DESAPEGA PARA DESAPEGAR-SE DE ALGUÉM SidneiCosta9/4/2015 ESPIRITUALIDADE t Domingo, 19 de abril de 2015 18
  • 19. Aos 29 anos, Yuri Gregório Polvora Vi- nharskideuumareviravoltaemsuavida,desape- gando-sedepessoas,coisasebensmateriais,eho- je se sente mais feliz com suas escolhas. Apósdeixarafaculdadedeteologiaeumcasa- mento, ele engordou muito e foi morar novamen- te com a mãe, em Peruíbe, no litoral paulista. Lá, entrou num processo de autoconhecimento, que incluiu refletir sobre sua própria sexualidade. Nesta fase, Vinharski entrou numprocesso de eliminação de peso, com reeducação alimentar e dieta mais restritiva. Descobriu que aquele peso que ganhou era uma forma de camuflar seus me- dos e se autoproteger do mundo. Começou a ler o livro “Você Pode Curar Sua Vida”, de Louise Hay,eentendeumelhorsuadepressão,seusrelaci- onamentosdestrutivosepadrõesdepensamentos. E decidiu mudar pra valer. Chegou ao peso ideal, começou a colocar em prática alguns exercícios ensinados por Louise Hay, depois passou a ler outros escritores e desco- briu que queria um relacionamento novo, com umapessoaqueoamasseerespeitasse suahomoa- fetividade. Pouco tempo depois, conheceu uma pessoa de Rio Preto. Decidiu então se mudar para a cidade. Vendeu um notebook e, com o dinheiro, com- prou o bilhete de viagem e trouxe para Rio Preto apenas uma mala e uma bolsa, deixando todo o resto na casa da mãe. No mês que vem, ele completa um ano na ci- dade nova. “Sou a favor de experiências novas. O máximo que pode acontecer é a experiência não darcertoevocêaprendercomaquilo.Soudesape- gado com coisas, no entanto, sou apegado à mi- nha família e aos meus valores”. (FM) Tirando o peso do mundo das costas PARA DESAPEGAR-SE DE COISAS MATERIAIS t Olhe para o objeto de seu apego, pergunte-se o que há de verdadeiramente fantástico naquilo para você dar-lhe tanta importância? Responda-se com total honestidade, de preferência em voz alta. Questione-se quem é que está para servir quem em suas relações materiais. O objeto é para servir ao sujeito ou o contrário Fonte: Mara Lucia Madureira, psicóloga comportamental “Sou a favor de experiências novas. O máximo que pode acontecer é a experiência não dar certo e você aprender com aquilo. Sou apegado à minha família e aos meus valores” Yuri Gregório Polvora Vinharski, 29 anos Após deixar a faculdade de teologia e um casamento, Yuri redirecionou sua vida em vários aspectos, e hoje se sente leve e feliz Domingo, 19 de abril de 2015 19
  • 20. ARTIGO t Reposição hormonal masculinaRui Nogueira Barbosa Com o envelhecimento masculi- no, há o decréscimo de 20 a 30% dos níveis de testosterona. Dá-se o nome de Distúrbio Androgênico do Enve- lhecimento Masculino (DAEM) ao conjunto de sinais e sintomas experi- mentados por parte dos homens co- mo consequência dos baixos níveis de testosterona. Normalizar as concentrações de testosterona objetiva restaurar e man- ter a libido e funções sexuais, propor- cionar o desenvolvimento de massa muscular, melhorando a composição corporal e mantendo ou aumentando a massa óssea. A terapia de reposição hormonal no homem é utilizada para o trata- mento do hipogonadismo masculino e baseia-se na administração de testos- terona, salvo se o paciente desejar fer- tilidade. Temos hoje disponíveis no Brasil duas administrações orais de testosterona: a metiltestosterona (Ga- bormon) e o undecilato de testostero- na (Androxon), duas formulações in- jetáveis de curta duração: cipionato (Deposteron) e propionato, isocaproa- to e caproato (Durateston) e uma de longa duração: undecilato (Nebido) e, atualmente, foi lançado o gel trans- dérmico com testosterona bioidênti- ca (Axeron). Apenas a testosterona de longa du- ração é capaz de manter níveis fisioló- gicos e estáveis por mais tempo. As testosteronas de curta ação promo- vem picos de elevação e diminuição para níveis não fisiológicos, o que acarreta pobre resposta clínica ao tra- tamento. Já a administração oral apre- senta absorção bastante irregular, sen- do abandonada. São efeitos adversos da reposição de testosterona reações cutâneas (pru- rido e eritema), atrofia testicular, agravamento ou precipitação da ap- neia do sono, grande comprometi- mento da fertilidade, policitemia e au- mento do volume prostático, ocasio- nando sintomas urinários baixos. Sabemos ser necessária a monitori- zação prostática durante a reposição, com dosagem de PSA e testosterona, exame digital da próstata, US e, se ne- cessário, biópsia prostática. A relação entre câncer de próstata e testosterona é controversa. No pas- sado, essa associação foi amplamente divulgada, mas sem estabelecimento consistente. Vários estudos demons- traram uma relação inversa, ou seja, homens com câncer de próstata apre- sentaram níveis séricos de testostero- na mais baixos do que aqueles sem es- se diagnóstico. Hoje, apenas sabemos a necessidade real de mantermos uma apropriada monitorização no que con- cerne aos efeitos da terapia de reposi- ção com testosterona e, em particular, com a próstata; pois não existem ain- da estudos prospectivos e de longo tempo para estimar o real risco de cân- cer de próstata na reposição hormo- nal masculina. A monitorização laboratorial deve ser realizada a cada 3 ou 6 meses, com testosterona, PSA, hematócrito e he- moglobina. Exames de função hepáti- ca só são necessários em pacientes com reposição oral. Em discussão clara com seu paci- ente, cabe ao médico pesar o uso da testosterona exógena, o controle sin- tomatológico e os riscos e benefícios a serem ofertados neste tratamento. Na dúvida, procure seu urologista. Edvaldo Santos/Arquivo Normalizar as concentrações de testosterona visa, entre outras coisas, a restaurar e manter a libido e as funções sexuais no homem Rui Nogueira Barbosa é médico urologista, chefe da Clínica Urológica do Hospital Beneficência Portuguesa, mestre e doutor em Cirurgia pela Unicamp e professor de Medicina da Unilago QUEM É Stock Images/Divulgação Domingo, 19 de abril de 2015 20
  • 21. Lucinda Riley Págs.: 560 R$ 44,90 Editora Novo Conceito Louise L. Hay Págs.: 104 R$ 24,90 Editora Intrínseca Págs.: 304 R$ 39,90 (livro); R$ 24,90 (e-book) Editora Intrínseca A sabedoria que existe em mim Para Sempre Alice Alice Howland sempre foi uma mulher de certezas. Professora e pesquisadora bem-sucedida, não havia referência bibliográfica que não guardasse de cor. Alice sempre acreditou que poderia estar no controle de tudo, e se vê, aos 50 anos, esquecendo algumas coisas. No início, parecem ser coisas sem importância, até que ela se perde na volta para casa. Estresse, provavelmente, talvez a menopausa, nada que um médico não dê jeito. Mas não é isso. A professora com a memória mais afiada de Harvard é diagnosticada com um caso precoce de mal de Alzheimer, uma doença degenerativa incurável. Enquanto tenta aprender a lidar com as dificuldades, Alice começa a enxergar a si própria, o marido, os filhos e o mundo de forma diferente. As Sete Irmãs Lucinda Riley exibe seu talento de contadora de histórias como nunca antes se viu no primeiro romance da série “As sete irmãs”. De forma encantadora, neste conto épico, a escritora fala sobre o amor e a perda. A personagem principal é Maia D’Apliése, adotada, assim como suas outras cinco irmãs, por um misterioso bilionário. Assim que seu pai de criação morre, Maia e suas irmãs recebem uma carta dando as coordenadas para descobrir, se quiserem, seu passado. Neste mergulho, em busca do desconhecido, a personagem atravessa o mundo a fim de conhecer sua história. Às vezes, precisamos de uma mensagem e de uma motivação para cada dia. Precisamos falar sobre amor, outras vezes precisamos de um consolo ou quem sabe até de uma mudança repentina para melhorar a vida. O livro “A Sabedoria Que Existe em Mim” traz essas mensagens para todos nós. Louise Hay nos ensina: “Uma boa maneira de usar este livro é abri-lo ao acaso na primeira hora do dia. Saiba que a meditação escolhida é a mensagem perfeita para as aflições das próximas horas”. Segundo Hay, todas as soluções para os problemas podem ser encontradas dentro de nós mesmos. Somos seres capazes, complexos e precisamos aprender a utilizar essa força interior. “Lembre-se: na infinita vastidão da vida, tudo é perfeito, pleno e completo... E você também é!” DICAS DE LIVROS t Fotos: Divulgação Aos 86 anos, Betty Halbreich é uma figura única no mundo da moda. Há quase quatro décadas, comanda o departamento de compras personalizadas da loja Bergdorf Goodman, ícone do consumo de luxo de Nova York. Conhecida por não ter medo de abrir o jogo com as clientes, Betty já vestiu de primeira-dama dos Estados Unidos a personagens de séries de TVs. Em “Um Brinde a Isso”, ela fala não só da tão atraente carreira, mas também do momento mais difícil, em que precisou se encarar no espelho: separada e com dois filhos, entrou em depressão e tentou o suicídio. Combinando memórias, moda e celebridades fashion, Betty mostra que o verdadeiro estilo de uma mulher não está impresso nos cortes, tecidos e etiquetas que ela veste, mas na história que tem para contar. Lisa Genova Tradução: Vera Ribeiro Págs.: 288 R$ 29,90 Ediouro Publicações Um Brinde a Isso - Uma Vida Dedicada ao Estilo Domingo, 19 de abril de 2015 21
  • 22. Agência O Globo Dizem que a “verdadeira” Alemanha fica na Baviera, no sudeste do país. Ressalvas à parte, a im- pressão que o visitante tem ao colocar os pés na região é que, ao menos em sua ima- gem folclórica, a do alemão vestindo lederhose (as típicas calças de couro) com um cane- co de cerveja na mão mora por ali. Isso porque muito da cultura alemã tem origem na Baviera, o que inclui a produ- ção da cerveja. Cada região produz um ti- po da bebida, mas é nesse esta- do que talvez se encontre a maior variedade e onde este- jam as marcas mais conheci- das. Caminhos da BavieraRoteiro para apreciadores de cerveja parte de Nuremberg e Bamberg, na Alemanha, e segue rumo a Plzen, na República Tcheca TURISMO tTURISMO t Roteiro para apreciadores de cerveja parte de Nuremberg e Bamberg, na Alemanha, e segue rumo a Plzen, na República Tcheca CAMINHOSCAMINHOS DA BAVIERADA BAVIERA Agência O Globo Dizem que a “verdadeira” Alemanha fica na Bavie- ra, no sudeste do país. Ressalvas à parte, a impressão que o visitante tem ao colocar os pés na região é que, ao menos em sua ima- gem folclórica, a do alemão vestindo lederhose (as típi- cas calças de couro) com um caneco de cerveja na mão mora por ali. Isso porque muito da cultura alemã tem origem na Baviera, o que inclui a produção da cerveja. Cada região produz um tipo da bebida, mas é nesse estado que talvez se encontre a maior variedade e onde estejam as marcas mais conhecidas. Domingo, 19 de abril de 2015 22
  • 23. AgênciaOGlobo Estilo enxaimel e torres de palácio são as construções típicas da Baviera Domingo, 19 de abril de 2015 23
  • 24. Agência O Globo Nuremberg é a principal cidade da região da Francô- nia. Quem vê as casas na par- te murada, algumas com a típica fachada de enxaimel, nem imagina que durante a 2ª Guerra Mundial, a cidade praticamente foi ao chão. Pouco foi poupado pelos ataques das forças aliadas, que deixaram apenas os mu- ros e o castelo como teste- munhas. Após a guerra, Nurem- berg foi reconstruída, ga- nhando de volta a aparência do período anterior ao confli- to, mas alguns marcos da épo- ca foram conservados e aju- dam a contar essa história. Um dos mais interessan- tes fica no subsolo da cidade, onde ficam os túneis usados para armazenar bebidas. An- tes mesmo da Reinheitsge- bot, a “lei da Pureza”, entrar em vigor em 1516, algumas ci- dades da Alemanha já possuí- am suas próprias leis de pure- za, entre elas Nuremberg. A produção de cerveja era levada a sério pelos morado- res, tanto que uma lei criada em 1338 determinava que to- dos os produtores deveriam fazer uma adega subterrânea para conservar o produto. Ao longo dos anos, foi construído um emaranhado de túneis sob a terra, que du- rante a Segunda Guerra Mun- dial serviram de bunker para os moradores, além de depósi- to de obras de arte. Atualmente, a cervejaria local Hausbrauerei Altstad- thof utiliza parte desses tú- neis para armazenar cervejas e uísque. O local, que fica den- tro do Centro Antigo da cida- de, pode ser visitado em tours guiados (a maioria em alemão, mas com versões de áudio em inglês), que come- çam num dos acessos do bunker, na praça próxima à entrada da cervejaria. Depois de descer as esca- das estreitas, a primeira visão é de uma das bombas que atingiu a cidade. A peça foi conservada e fica presa ao teto. Após passar por uma grande porta de metal, a pri- meira parada é numa sala com teto baixo e imagens de Nuremberg antes e após os bombardeios. O grupo segue pelos corre- dores de pedra gelados. Ao to- do são mais de 24 mil m² de extensão, mas apenas uma pe- quena parte é aberta aos tu- ristas. O passeio de 75 mi- nutos termina no antigo pá- tio da Hausbrauerei Alts- tadthof, onde estão a peque- na fábrica e o pub onde ser- vem a deliciosa cerveja ver- melha maltada da casa. O tíquete do passeio no pa- cote de degustação inclui provas de cerveja. E a loji- nha da fábrica vende desde garrafas ao malte para pro- duzir a bebida. Pouco foi poupado pelos ataques das forças aliadas, que deixaram apenas os muros e o castelo como testemunhas Nuremberg foi reerguida após bombardeios da Segunda Guerra Agência O Globo BAVIERA t Adegas subterrâneas de Nuremberg foram bunker na guerra Domingo, 19 de abril de 2015 24
  • 25. Por sua ligação com o regime nazista, não é difícil entender o motivo pelo qual Nuremberg foi escolhida para o julgamen- to dos líderes do partido. A sala 600 do Palácio de Justiça (Justiz- gebäude), transformada no Tribunal Mili- tar Internacional em 1945, faz parte do Memorial do Julgamento de Nuremberg. A sala nem sempre é aberta à visitação, pois ainda é usada. Quem tem sorte, e con- segue entrar, vê de perto - com a ajuda de monitores - o local onde Hermann Gö- ring, Martin Bormann e Alfred Jodl, en- tre outros, foram condenados após quase um ano de audiências. No segundo andar do memorial, ficam gravações, fotos, audios e recortes de jor- nais. Uma pequena janela dá a visão do al- to da sala de audiência 600 e detalha as transformações feitas nela para abrigar os juízes (vários de nacionalidades diferen- tes), promotores, advogados de defesa e jornalistas, como a sua ampliação. Um grande painel lista os acusados e as respec- tivas sentenças. Outro marco de Nuremberg garantiu à cidade, em 2001, o prêmio de Direitos Hu- manos da Educação da Unesco. É o Caminho dos Direitos Humanos (Straße der Menschenrechte), que faz par- te do Germanisches Nationalmuseum, de- dicado à cultura alemã. Criada em 1993 por um artista israelen- se, a obra é um grande portal que traz os artigos da Declaração Universal dos Direi- tos Humanos e que foi erguida numa ten- tativa da cidade de mostrar seu repúdio aos crimes do passado. Desde 1995, a cidade realiza uma ceri- mônia no local, a cada doisanos,paraofere- cer um prêmio internacional de direitos hu- manos.Ovencedordoprêmioem2015éAmi- rulHaqueAmin,presidentedaFederaçãoNa- cional de Trabalhadores da Indústria de Vestimentas de Bangladesh. (AG) Repúdio a crimes passados Outro importante marco da guerra é o Dokumentationzen- trum Reichsparteitagsgelände, um complexo militar que Adolf Hitler planejava utilizar para as reuniões e comícios do partido, mas que aca- bou não sendo concluído. No local, foi construído um mu- seu que documenta o período nazis- ta. Uma das áreas do complexo foi inundada e virou um lago. Outra parte do complexo, co- nhecida como Kongresshalle (Sa- lão do Congresso), tem forma de arena e lembra o Coliseu. Em seus arredores, próximo ao Dokumenta- tionzentrum, acontece duas vezes por ano a Nürnberger Volksfeste, que anima o lugar com atrações co- mo o carrossel (chapéu mexicano). A feira acontece este mês e no segundo semestre, de 28 de agosto a 13 de setembro. Essa é a segunda maior feira popular da região da Francônia, e o segundo evento mais importante da cidade depois do mercado de Natal, que ocupa a sempre movimentada praça Haupt- markt, onde fica a réplica da torre gótica Schöner Brunnen. (AG) Em frente ao Kongresshale, carrossel anima festa popular na cidade Réplica da fonte gótica Schöner Brunnen, em Nuremberg Bunker: adegas subterrâneas serviram de esconderijo Museu documenta período negro Domingo, 19 de abril de 2015 25
  • 26. Dois dias são suficientes para quem pretende conhecer tanto os pontos turísticos da cidade quanto provar as marcas locais Bamberg - bebida defumada na caça ao tesouro Agência O Globo A cerca de 30 minutos de trem de Nurem- berg, Bamberg é um verdadeiro paraíso para os amantes de cerveja. Só no centro há ao menos dez cervejarias. A pequena cidade, que em 1993 teve seu cen- tro histórico (Altstadt) reconhecido como Patri- mônio da Humanidade pela Unesco, ainda está longe do radar de grande parte dos turistas. Melhor para quem se aventura a conhecer a área, pois garante lugar mais fácil nas concorri- das fábricas artesanais da deliciosa e típica cer- veja defumada. Dois dias são suficientes para quem preten- de conhecer tanto os pontos turísticos da cida- de quanto provar as marcas locais. E dá para unir os dois programas em uma espécie de “ca- ça ao tesouro”. Basta ir até o serviço de informa- ções aos turistas, no centro histórico, e com- prar o “kit cervejeiro”, que inclui mochila, ca- neco, cinco descansos de copo e um mapa com cinco tíquetes que dão direito a trocar por co- pos de cervejas. Quem preferir pode simplesmente pegar o mapa da cidade - de graça - e sair explorando. Devidamente equipado, comece a peregrina- ção etílica pela região. A cidade é cercada pelo rio Regnitz, que forma uma espécie de ilha que divide as três regiões da cidade: Gärt- nerstadt (área mais residencial), Inselstadt (cidade velha, como uma ilha cercada pelo rio) e Bergstadt (área das colinas). O centro de informações, ponto de partida do passeio, fica no centro de Inselstadt. De lá são pou- cos passos até a Obere Brucke (ponte superi- or), que leva a Bergstadt. Nessa ponte fica o antigo prédio da Prefeitu- ra, a Altes Rathaus. O prédio, erguido no sécu- lo 14 com madeira na fachada, lembra um bar- co. A ponte que fica ao lado, Untere Brucke, tem o melhor ângulo para avistá-la e à sua entra- da fica a escultura Centurion I, de Igor Mitoraj. Antigo prédio da prefeitura de Bamberg, em Inselstadt Fotos:AgênciaOGlobo BAVIERA t Domingo, 19 de abril de 2015 26
  • 27. A trilha dos cervejeiros Adiante há mais um ponto do tour cervejeiro. A igreja de São Michel, on- de antes funcionava um monastério, fi- ca em Michaelsberg, uma área mais eleva- da, com bela vista para Bamberg. Ali, há um enorme jardim e um museu da cerve- ja no interior da igreja. No local, onde funcionava a cerveja- ria dos monges, agora há uma exposição permanente dedicada ao processo de produção da bebida. Prove outra marca local, ou siga a região de Gartnerstadt. Há ao menos quatro das principais cervejarias na área, todas próximas do rio. Comece pela Fässla, uma das mais tradicionais, que mantém o mesmo sistema de produção adotado há cem anos, quan- do os clientes levavam su- ascanecas até uma pe- quena janela pa- ra com- prara bebida. Quem não tem uma cane- ca pode sentar numa das mesas do sa- lão, onde é servida comida. O rótulo mais popular é Echtes Bam- berger Zwergla, de tom amadeirado e aro- ma de malte e nozes. Do outro lado da rua, a Spezial, especializada em cerveja de- fumada, é a mais antiga da cidade. O sa- lão, assim como na Fässla, é amplo, e tem grandes mesas comunitárias. A cerveja mais pedida é a defumada da casa: Rau- chbier. Para cerveja com aroma mais leve, a alguns quarteirões dali, a Brauerei Keesmann é especializada em pil- sen. A Bamberg Herren Pils é a mais popular, mas também há cervejas de trigo e bock. Para os que valorizam a pilsen, o roteiro segue até Plzen, na Repú- b l i c a Tcheca, berço dessa variedade de cerveja. (AG) Na cidade velha, estão os primeiros ende- reços da trilha dos cervejeiros: Gasthausbrau- rei Ambräusianum, Schlenkerla e Braue- rei-Gaststätte Klosterbräu. A mais nova é a Ambräusianum, famosa pela cerveja clara mais leve e não filtrada, Am- bräusianum Hell. Já a Klosterbräu, mais próxima ao rio, na área conhecida como Klein-Venedig (Pequena Veneza), tem um bi- ergärten e, entre suas especialidades, a cerve- ja preta Klosterbräu Schwärzla. A cervejaria mais interessante, no entan- to, é a Brauerei Schlenkerla, ao lado da Am- bräusianum. O prédio é antigo, e na entra- da há mesas para quem não consegue lugar no salão principal. Lá dentro, o pequeno restaurante com grandes mesas (geralmente cheias) serve pratos típicos. Mas se encontrar um lugar vazio e só sentar. Poucos falam inglês, en- tão saber algumas palavras básicas em ale- mão ajuda. Mas as pessoas têm boa vontade e todos acabam se entendendo. O cardápio não é muito extenso, mas ofere- ce boas opções da gastronomia local: joelho de porco (eisbein), embutidos (wurst) e sala- da de batata (kartoffelsalat). Além de saborosos, todos combinam com a cerveja defumada, o carro-chefe da Schlenkerla. A mais pedida é a Aecht Schlenkerla Rauchbier (cerveja da casa), cujo aroma lembra bacon defumado. Tem cor escura, mas não é amarga, e é tirada direto de bar- ris de madeira envelhecidos. Outra opção - deliciosa - é a Rauchwaeizen, cerveja de tri- go defumada. Depois, siga até a Domplatz, a bela pra- ça onde fica a Catedral de São Pedro e São Jorge. Dentro da basílica, está o túmulo do único Papa enterrado na Alemanha, Clemente 2º. As quatro torres, que combinam estilo romântico tardio e gótico francês, domi- nam a paisagem e podem ser vistas de diver- sos pontos. O interior, com abóbadas em estilo gótico, tem dois coros - de São Jorge e de São Pedro - em lados opostos. Ganha destaque na coluna próxima ao coro de São Jorge a escultura do cavaleiro de Bamberg (Bamberger reiter), fei- ta em 1230 e cuja identidade é um mistério. Ao lado da catedral há o museu de história da região, construído no chamado Antigo Tri- bunal (Alte Hofhaltung), que abrigava um an- tigo palácio dos príncipes construído por Henrique 2º (cuja tumba está na catedral). Aentradadopátio,comváriasárvoresecons- truções com o típico enxaimel, fica num grande portal de pedra, decorado com estátuas. Também na Domplatz fica o antigo palá- cio dos bispos (Neue Residenz), aberto à vi- sitação entre março e outubro. As paredes e os pilares exibem a árvore genealógica dos Habsburgos. Há ainda um acervo de pinturas de mes- tres alemães como Hans Baldung e Lucas Cranach. (AG) Cerveja de trigo da Special, a mais antiga da cidade Pontes levam ao centro histórico de Bamberg Museu de cerveja dentro de igreja Domingo, 19 de abril de 2015 27
  • 28. Vista de Plzen, uma das capitais da cultura europeia em 2015 Fotos:AgênciaOGlobo Nessa pequena cidade surgiu, em meados do século 19, a famosa Pilsner Urquell, primeira cerveja do tipo produzida no mundo PLZEN - CULTURA NO BERÇO DA PILSEN Agência O Globo Se o objetivo é seguir a tri- lha da cerveja, que tal fechar o passeio no berço da pilsen - uma das variedades mais apreciadas? A duas horas de Nurem- berg, no caminho para Pra- ga, fica Plzen, uma das duas capitais europeias da cultura de 2015 (além de Mons, na Bélgica). Foi nessa pequena cidade tcheca que surgiu, em meados do século 19, a famosa Pilsner Urquell, primeira cerveja do ti- po produzida no mundo. A cidade acaba de passar por uma série de renovações pa- ra receber a programação que comemora o título de capital da cultura. O calendário inclui mais de 600 eventos ao longo do ano, entre festivais de música, insta- lações na rua e exposições. Entre as mudanças, está a reposição dos sinos da Cate- dral de São Bartolomeu, con- siderada a maior do país. Os sinos anteriores foram usa- dos para a produção de arma- mento durante a ocupação na- zista, na Segunda Guerra Mundial. REPÚBLICA TCHECA t Domingo, 19 de abril de 2015 28
  • 29. A maior atração da cidade A proeminente construção em estilo gótico chama atenção do visitante logo na chegada. Fica na praça principal, a Námëstí Republiky, e é difícil encontrar um ponto da cidade de onde não seja vista. O maior símbolo de renova- ção, no entanto, é o novo teatro da cidade, sede da filarmônica, inaugurado em setembro de 2014, no Centro. Outro espaço que passa por uma reforma é o antigo anfitea- tro Lochotín, considerado o maior da República Tcheca. Com capacidade para 20 mil pessoas, foi construído em 1950. A obra está prevista para acabar em junho. Mas é a cerveja sem dúvida a maior atração da cidade. No centro, o Pivovarsk, museu da cerveja, conta a história da pro- dução da bebida em Plzen, exi- be o maquinário antigo e fala sobre a produção atual. No museu também fica a en- trada para a parte subterrânea da cidade. São 19 quilômetros de túneis (o tour só passa por cerca de 800 metros) que eram usados como depósito de bebi- das e gelo, passagem de água e também como esconderijo du- rante as guerras. O passeio de cerca de 50 mi- nutos termina de volta no mu- seu, onde os visitantes recebem um selo para trocar por um co- po de cerveja escura. Não muito longe, fica a fábrica da Pilsner Urquell, visi- ta indispensável durante um passeio pela cidade. Bem próxi- ma do estádio do FC Viktoria, time de futebol local, a fábrica oferece tours guiados por suas instalações. Quem conhece a cerveja reconhece de cara o por- tão da fábrica com seus dois ar- cos, reproduzido no rótulo da garrafa. Na entrada do prédio principal, antes do percurso, as instalações mostram o maqui- nário antigo usado na fabrica- ção da bebida. O tour começa ao lado de uma antiga estação de trem construída pela cervejaria. Dali as cervejas saíam para distribui- ção. Ali o guia explica a origem do nome da cerveja e conta que desde que foi criada, imediata- mente passou a ser copiada em diversas partes do mundo. Para identificar a pilsen original, foi adotada a palavra urquell, que do alemão pode ser traduzido como fonte original. O grupo segue de ônibus até o prédio onde a cerveja é en- garrafada. Após explicação so- bre o processo, os visitantes po- dem ver a linha de produção por um corredor envidraçado. O pas- seio segue até os tanques de fer- mentação. O destaque é o tanque usado para fabricar a primeira le- vadaPilsnerUrquell,em5deou- tubro de 1842. Em 2004 novos tanquesforaminstaladosnafábri- ca, mas os antigos ainda hoje são mantidos. (AG) COMO CHEGAR t As empresas aéreas Air France/KLM e Lufthansa têm tarifas a partir de R$ 2.758. Os valores pesquisados incluem taxas e são válidos para a primeira quinzena de maio. ONDE FICAR t Hotel Victoria: Bem no centro da cidade, oferece diárias em quarto para casal, com café da manhã, por 92 euros. Königstrasse 80. hotelvictoria.de t Sorat Hotel Saxx: Próximo ao castelo de Nuremberg, tem diária em quarto para casal por 97 euros. Hauptmarkt 17. sorat-hotels.com t Hotel Rous: Próximo à praça principal, tem diárias a 2.190 coroas tchecas (R$ 271). Zbrojnická 7. rous.hotel.cz PASSEIOS t Tour pelos subterrâneos: Ingressos custam desde 6 euros e podem ser comprados no site historische-felsengaenge.de. t Kit cervejeiro: O escritório de turismo de Bamberg fica em Inselstadt (Geyerswörthstrasse 5). O kit custa 22 euros. t Pilsner Urquell: O tour pela fábrica da Pilsner Urquell, feito em inglês, custa 199 coroas tchecas (R$ 24,70) por pessoa e inclui degustação ao final. U Prazdroje 7, 304 97. prazdrojvisit.cz/en Degustação de cerveja durante visita à fábrica da Pilsner Urquell Tanques de fermentação de pilsen na República Tcheca PROGRAME-SE Domingo, 19 de abril de 2015 29
  • 30. Eterno feriado em Tiradentes Agência O Globo O clima de eterno feriado rara- mente é quebrado na rua Direita. Três séculos já correram sobre as pe- dras do calçamento, mas caminhando sobre elas, parece que na próxima es- quina surgirá algum alferes com cara de quem logo será traído, sem haver traído jamais. Esse é o clima de Tiradentes, a ci- dade histórica onde todo dia é 21 de abril e data de celebrar o passado. Com direito à arquitetura bem preser- vada e alguns dos melhores restauran- tes de Minas Gerais. Fica na rua Direita a atração mais recente da cidade: o Museu de Sant’A- na, aberto no último mês de setembro na antiga Cadeia Pública. No lugar dos presos, as celas agora exibem um vasto acervo de arte sacra, com um incomum foco. São quase 300 imagens de Sant’Ana. A avó de Jesus aparece retratada por artistas, populares e eruditos de diversas partes do país, nos sécu- los 17, 18 e 19. O principal mérito da coleção - que foi reunida durante 40 anos pela empresária Ângela Gutierrez e doada ao Iphan - é mostrar como a arte brasileira se desenvolveu ao longo do tempo e as diferenças de uma re- gião para a outra. Enquanto as imagens feitas na Bahia se destacam por suas cores for- tes, as que foram criadas no Rio de Ja- neiro da corte real exibem mais deta- lhes, por exemplo. Entre as imagens da santa, sempre retratada ao lado da filha, Maria, e às ve- zescomo netoilustre,hátambémexem- plos de traços africanos. Para entender melhoramostra,painéistouchscreenes- tão espalhados pelas salas. O espaço dá nova vida a um dos prédios mais importantes da cidade. Construído em 1730 para abrigar os prisioneiros da cidade, foi reformado cem anos depois, após um grande in- cêndio. Por isso, é um exemplo de constru- ção no coração colonial da cidade, que exibe fachadas neoclássicas, co- mo era moda na primeira metade do século 19, quando a inspiração france- sa começou a tomar o lugar da alma portuguesa na arquitetura brasileira. A visita ao Museu de Sant’Ana po- de ser combinada com outro impor- tante centro de preservação da histó- ria local. A Casa Padre Toledo, na rua que leva o nome do clérigo inconfiden- te, coloca o visitante no palco da primei- ra reunião dos conjurados mineiros, em 1788. Depois de dois anos de restaura- ção, a casa foi reaberta em 2013 como um interessante museu. O destaque é a sala Espelhos, onde um arranjo com 18 espelhos reflete o teto, ricamente ornamentado com afrescos originais. O casario da preservada rua Direita, a mais importante do centro histórico Fotos: Agência O Globo MINAS GERAIS t Além de todo o clima histórico e cultural, a cidade ganha museu com quase 300 imagens de Sant’Ana Domingo, 19 de abril de 2015 30
  • 31. Algumas das quase 300 imagens do Museu de Sant’Ana Os camarões V.G, com arroz de castanha A riqueza de padre Toledo era contrastante com a miséria dos es- cravos, que frequentavam a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, a mais antiga da cidade, da- tada de 1708. Com os santos negros São Bene- dito e Santo Antônio de Categeró em lugar de destaque, a igreja cha- ma a atenção pelo belo forro pinta- do por Manoel Victor de Jesus, ar- tista mulato que também pintou o órgão da Matriz de Santo Antônio. No alto de uma colina, a igreja da matriz é um dos principais car- tões-postais de Tiradentes. Sua fa- chada em branco e amarelo, repleta de figuras atribuídas a Aleijadi- nho, se destaca no fim da ladeira da rua da Câmara. Quem quiser apreciar essa bele- za de longe precisa subir até a Igre- ja de São Francisco de Paula, de on- de se tem a melhor vista panorâmi- ca da cidade, com a Serra de São Jo- sé ao fundo. O melhor, no entanto, é ver a Matriz por dentro. A quantidade de ouro e os detalhes do altar e dos coros não deixam dúvida: este é um dos tesouros do barroco brasi- leiro. Ir a Tiradentes e não visitá-la é um ‘pecado’. Se a gula é mesmo pecado, me- lhor nem chegar perto do restau- rante da chef Nancy Souza e sua sócia, Lú Cordovil. Em seu San- tíssima Gula, a carioca Nancy dá aquele sabor tipicamente minei- ro mesmo a pratos que nada têm a ver com as Gerais, como os ca- marões V.G. no molho de brie com damasco, servidos com ar- roz de castanhas. Já a costela de leitoa, marinada no limão rosa, acompanhada de ri- soto de ora-pro-nobis, uma folha típica da região, é o supra sumo da mineirice. A pressa também não harmoni- za com o Maneco sem Jaleco, o car- ro-chefe da Estalagem do Sabor, um restaurante tipicamente minei- ro, localizado no centro histórico. Quando chega à mesa o lombinho de porco acompanhado com bana- na, couve e um mexidão de arroz, feijão, ovo e bacon, sabemos que a espera valeu a pena. (AG) Serviço Museu de Sant’Ana: Quarta a segunda, de 10h às 19h. R$ 5. Rua Direita 93. museudesantana.org.br Casa Padre Toledo: Terça a sábado, das 10h às 16h; domingo, das 9h às 15h. R$ 10. Rua Padre Toledo 190. Tel. (32) 3355-1549. Igreja N. S. do Rosário: Quarta a domingo, das 9h às 18h. R$ 3. Matriz de Santo Antônio: Todo dia, das 9h às 17h. R$ 5. Igrejas barrocas Domingo, 19 de abril de 2015 31
  • 32. Cultive o que há de bom em seu parceiro. E o que não consegue mudar, suporta, pelo bem comum SEMPRE SE VAI ERRAR NO AMOR Karina Younan é psicóloga pela Puccamp e Mestre em Ciências da Saúde pela Famerp Quem é Guilherme Baffi/Arquivo ARTIGO t Karina Younan Quantas vezes se vai errar em um relacionamento? Uma ou duas? No máximo... três? Vamos errar todos os dias em um relacionamento. Todos os dias. Todos. E a necessidade da união tem que ser maior, o objetivo em comum deve ser observado com fé, o perdão praticado com disposição. Desculpar a si mesmo é fácil e prática comum, todo mundo aprendeu a olhar o que faz pela relação (tem gente que tem a lista pronta, e não tem medo de usá-la). Difícil é perdoar a falha, o não entender, o não querer, o não sentir assim, do outro. Misericór- dia... Tem gente que conta o número de erros do parceiro e coloca do lado da lista do “tudo o que eu fiz pela relação”!! Nem o Beabá se completa assim, que dirá vida feliz. Observe esta questão: quanto pode uma pessoa, por estar ferida, machucar? As pessoas se autorizam a machucar o outro “porque ele me machucou também” e acabam percebendo, com dor, que “olho por olho e terminamos todos cegos”. As pessoas não sabem porque o relacionamento acabou, e quando sabem é porque a culpa está bem estabelecida no outro. Só muito chá, Fernando Pessoa e doses de uma verdade cavalar para progredirmos, olharmos nossas covardias, nossa insensatez, nossa medi- ocridade gritante com o outro. Não chegamos nem perto do esforço ne- cessário, e choramos em demasia. Não deu certo? Você não olhou, não ouviu ou não acreditou no que o outro te disse, o tempo todo. E essa ce- gueira, ou estupidez, acaba castigada. Cultive o que há de bom em seu parceiro, seja namorado, amigo, só- cio, filho, pai. E o que não consegue mudar, suporta, pelo bem comum. Família todo mundo quer ter, mas não existe como manter uma família se o bem comum não for maior que as neces- sidades individuais. Então tolera ou pratica sua tolerância todos os dias, fortalece o caráter no sacrifício, planta felicidade na sua casa sempre que puder. E se, depois de praticado tudo isso, ou você não mais puder... se sua vida não estiver boa, pare com tudo. Observe que o resul- tado precisa ser uma boa relação, porque o exercício é para os dois. Reciprocidade total não existe, mas são duas pessoas que levam o relacionamento adiante. Por esses lapsos de entendi- mento acerca de nossa capacidade individual, fica aqui registra- do e para reflexão a grande questão levantada por Freud: qual sua responsabilidade na desordem da qual se queixa? Domingo, 19 de abril de 2015 32