1) Uma assembleia extraordinária das associações filiadas à FEBRASGO encontrou inconsistências no relatório financeiro de 2009, com pagamentos não comprovados de mais de R$ 1,7 milhão.
2) A diretoria da FEBRASGO alega que uma funcionária desviou R$ 140 mil por mês, mas se recusa a fornecer detalhes sobre como o desvio ocorreu.
3) A assembleia votou contra a aprovação das contas de 2009, alegando que a diretoria e o conselho fiscal foram omissos em
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Carta dr. washington 23 02 2011
1. Caros Colegas,
Foi realizada no dia 12 de fevereiro de 2011, em São Paulo, a Assembleia
Geral Extraordinária (AGE) das Associações, com a presença dos 26 presidentes das
federadas, membros da Diretoria e do Conselho fiscal.
A mesma foi convocada de forma abrupta e sem seguir as normativas do
estatuto social e regimento interno da FEBRASGO. O tema único e exclusivo da pauta foi o
Relatório Financeiro de 2009 e Parecer do Conselho Fiscal .
O atual presidente da FEBRASGO, Nilson Roberto de Melo, inicialmente falou
da constatação de inconsistências no relatório contábil do ano de 2009 e o ex-presidente do
Conselho Fiscal e atual candidato à Presidência da entidade, Dr. Etevilno Souza Trindade,
foi convidado pela diretoria a esclarecer os fatos.
As incongruências constatadas estão relacionadas a pagamentos efetuados
sem comprovação dos mesmos por documentação idônea, no valor superior a R$
1.700.000,00 reais (um milhão e setecentos mil reais). É importante lembrar aqui que,
oficialmente, foi relatado pela atual diretoria da FEBRASGO que a diferença no caixa seria
de pouco mais de R$1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) de despesas
realizadas sem comprovação através de documentos contábeis.
Os membros presentes à assembléia não tiveram acesso, em momento
algum, a qualquer documento que comprovasse os resultados e valores demonstrados em
PowerPoint pela empresa internacional de auditoria ICTS, contratada pela FEBRASGO
para auditar o balancete contábil.
Após a apresentação dos dados, o Conselho Fiscal sugeriu que as contas
deviam ser aprovadas como estavam, pois a não aprovação levaria a importantes
repercussões negativas para a FEBRASGO.
Foi relatado ainda que 5 pessoas foram beneficiadas com o esquema
fraudulento instalado dentro da FEBRASGO e que tais nomes não podiam ser revelados
para não prejudicar as investigações.
Questionei a Diretoria com relação à funcionária que tinha superpoderes para
desviar o equivalente a R$ 140.000,00 (cento e quarenta mil reais) por mês, sem qualquer
conhecimento da Diretoria, pois o Estatuto da FEBRASGO reza em seus artigos 14 (inciso
VI), 17 (inciso XIII), 21 (inciso IV) e 22 (inciso IV) que somente a Diretoria pode autorizar
despesas, cabendo ao Presidente firmar os documentos financeiros e cheques em conjunto
com o Diretor Administrativo ou o Diretor Financeiro.
2. Em resposta, o Diretor Financeiro, Dr. Ricardo, respondeu que não podia
revelar como a superfuncionária desviou o dinheiro, pois foi orientado pelo advogado que
tal fato atrapalharia as investigações.
Portanto, caro associado, votamos pela não aprovação das contas,
juntamente com as outras federadas, pois entendemos que os maiores responsáveis pela
existência de diferenças apontadas no caixa da FEBRASGO em relação ao exercício
financeiro de 2009 são da atual Diretoria e do Conselho Fiscal, porque não zelaram pelo
patrimônio da FEBRASGO e permitiram que alguém desviasse mais de R$ 1.700.000,00
(um milhão e setecentos mil reais) do nosso dinheiro. O pior é que, segundo estudos
preliminares da ICTS, esta diferença irá aumentar.
A atual Diretoria da FEBRASGO foi, no mínimo, omissa em permitir que quase
50% dos gastos anuais saíssem de seus cofres sem o conhecimento dos diretores e sem
qualquer documento comprobatório que justificasse tal saída.
A FEBRASGO tem gastos anuais próximos a 4 milhões de reais, segundo a
atual Diretoria da entidade. Como deixar que 1,7 milhões de reais saiam sem
comprovação?
Tudo isto é muito grave! Pior ainda é colocar como responsável uma única
pessoa que, junto com mais quatro, todas não diretores da entidade, possivelmente foram
beneficiadas em esquema ilícito.
Além disso, vale ressaltar que não fomos informados sequer quais foram as
formas de desvio do dinheiro. Se foi com cheque, quem assinou? Se foi transferência,
quem autorizou? Se foi em dinheiro, quem recebeu ou autorizou o saque? Ou seja, quem
desviou cerca de 140 mil mensais da FEBRASGO?
Os questionamentos permanecem. Necessitamos e aguardamos que a
diretoria nos esclareça sobre tais fatos.
Goiânia, 23 de fevereiro de 2011.
Washington Luiz Ferreira Rios
Presidente da SGGO