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Produção de Açúcar
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Gestão do Setor Sucroalcooleiro
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
CONCEITOS GERAIS
CONCEITOS GERAIS
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Caldo Clarificado
Caldo Misto após o processo de clarificação.
Caldo Misto
Caldo obtido no processo de extração das moendas e enviado
para a fabricação.
Caldo Sulfitado
Caldo que contém certa quantidade de anidrido sulfuroso (SO2)
integrado ao caldo misto, após passagem pela coluna de sulfitação.
Caldo Filtrado
Caldo obtido nos filtros como resultado da filtração do lodo.
Conceitos Básicos
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Conteúdo de cristais % Massa Cozida
A porcentagem em peso de açúcar cristalizada presente em uma
massa cozida.
Lodo
Fração mais densa obtida da decantação do lodo, constituída de
material insolúvel sedimentado.
Massa Cozida
Produto resultante da concentração do xarope ou do mel constituído
de cristais de açúcar envoltos no mel.
Magma
Mistura de cristais de açúcar proveniente da centrifugação da massa
“B” com xarope, caldo clarificado, água, para ser usada como pé de
cozimento.
Conceitos Básicos
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Mel
Solução resultante da centrifugação da massa cozida
Mel Final ou Melaço
Mel obtido da massa cozida final destinado à produção de álcool.
Semente para granagem
Suspensão em álcool de partículas de açúcar moído, utilizada para
a granagem.
Torta
Resíduo obtido da filtração do lodo dos decantadores.
Conceitos Básicos
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Xarope
Líquido resultante da evaporação parcial do caldo de cana clarificado
de concentração cerca de 65°Brix.
Açúcar
Sólido cristalino, orgânico, constituído basicamente por cristais de
sacarose envolvidos, ou não, por película de mel de alta ou baixa
pureza.
Brix
Porcentagem em massa de sólidos solúveis contidas em uma solução
de sacarose.
Pol
Porcentagem de sacarose contida numa solução açucarada.
Conceitos Básicos
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Pureza (%) =
POL
x 100
BRIX
Pureza
É a relação entre POL e BRIX
Exemplo
x 100
POL
BRIX
58,5
65,0
x 100 = 90,0
Conceitos Básicos
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
C
A
L
D
O
M
I
S
T
O
SÓLIDOS SOLÚVEIS 16%
SÓLIDOS INSOLÚVEIS 0,2%
ÁGUA 83,8%
SACAROSE 14,0 %
GLICOSE 0,4%
FRUTOSE 0,3%
NÃO AÇUCARES 1,3%
AREIA 0,04%
BAGACILHO 0,16%
Composição do caldo
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Fluxograma de Processo – Produção de Açúcar
Cana
Extração
Tratamento Caldo
caldo misto
Concentração Caldo
Fábrica de Açúcar
Ensaque/Armazen.
Açúcar
caldo clarificado
xarope
Utilidades
lodo
bagaço
En. Elétrica
Filtração Caldo Filtrado
Mel Fermentação
Vapor Vegetal
Torta
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
TRATAMENTO DO CALDO
TRATAMENTO DO CALDO
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Fluxograma de Processo – Tratamento do caldo
Caldo Misto
Pré-Aquecimento
Sulfitação
Calagem
Aquecimento
Flasheamento
Decantação
Peneiramento Caldo Clarificado
Filtração Caldo Filtrado
Torta
lodo
caldo
Rejeito
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
hAção do SO2 sobre o caldo de cana:
Ação Fluidificante
Como o SO2 age sobre o caldo de cana precipitando certos colóides
faz-se então reduzir a viscosidade proporcionando maior fluidez.
Ação Descorante
Através da propriedade redutora que o SO2 possui, transforma os sais
férricos (coloridos) em ferrosos (incolores).
Ação Preceptiva
Esta ação é produzida logo após a calagem onde há a formação de
sulfito de cálcio (CaSO3 ) que sendo insolúvel ao precipitar-se arrasta
muitas impurezas coloridas.
Sulfitação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
SAÍDA DE GASES
VÁLVULA
DE
ALIMENTAÇÃO
DO
CALDO
CÂMARA DE GASES
BOCAL VERIFICAÇÃO
ENTRADA DE GASES
ENTRADA DE AR
ALIMENTAÇÃO DO
ENXOFRE
Sulfitação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Assim, tem-se :
 Redução do pH
 Diminuição da viscosidade
 Precipitação
 Inibição de formadores de cor
Sulfitação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
15
 O SULFITO DE CÁLCIO FORMADO DURANTE A
SULFITAÇÃO DO CALDO É INSOLÚVEL ACIMA DE
50°
C.
 A SULFITAÇÃO FAVORECE A DESNATURAÇÃO E
COAGULAÇÃO DE PROTEÍNAS DO CALDO
Sulfitação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Cuidados na operação :
•Corrosão das partes metálicas dos equipamentos  Forma ácido
Sulfúrico
• Reage com a Cal aumentando o consumo  Formando Sulfato de
Cálcio que causa incrustações nos evaporadores.
• Aumento do consumo de Enxofre.
• Aumento dos teores de sais 


 Cinzas no açúcar.
Sulfitação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
A calagem é realizada para auxiliar na purificação do caldo. É feita uma
adição de leite de cal ao caldo, e tem como funções:
- Neutralização da acidez do caldo;
- Corrigir o pH até o valor desejado: 7,0 à 7,2;
- Reação com os ácidos orgânicos presentes no caldo;
- Precipitação dos colóides presentes no caldo;
- Formação de Ca3(PO4)2 e de CaSO3, quando o caldo é sulfitado;
- Floculação e arraste de partículas em suspensão.
Calagem
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 pH ACIMA DE 8,0 APÓS A CALAGEM PODE
LEVAR Á FORMAÇÃO DE COR NO AÇUCAR,
PRECIPITAÇÃO DE SAIS EM EXCESSO E
INCRUSTAÇÕES.
 TEOR DE P2O5 NO CALDO CLARIFICADO
DEVE FICAR EM TORNO DE 250 Á 300 PPM.
Calagem
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
O aquecimento é feito em trocador de calor, geralmente do tipo
casco e tubos, do tipo vertical / horizontal ou trocadores de placas.
Tem como funções:
• Acelerar as reações químicas.
• Facilitar as reações do caldo.
• Promover a coagulação das proteínas.
• Diminuir a densidade e viscosidade.
• Provocar a floculação.
• Elimina e impede o desenvolvimento de bactérias.
Aquecimento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
20
CORPO : É formado por
um cilindro de chapa em
aço carbono que forma a
parte externa do
aquecedor.
Aquecimento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
ESPELHO : É uma
circunferência de
chapa com furos
onde são fixados os
tubos de cobre.
Tubos de cobre / inox
Aquecimento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
TUBOS : As duas
extremidades dos tubos
são fixadas através de
mandril nos espelhos.
O tubo de cobre
possibilita maior troca
térmica que os demais
tubos.
Já o inox é mais
resistente com vida útil
maior, porém tem custo
elevado.
Tubos
de cobre
ou inox
Aquecimento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Cada aquecedor possui duas tampas
as quais possuem divisões que servem
para distribuir o fluxo de caldo.
Entre a tampa e o corpo existe
uma borracha com a finalidade
de vedar o fluxo de caldo.
Aquecimento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Deve-se observar a temperatura de
aquecimento pois se esta for baixa a
clarificação será inadequada, já se a
temperatura utilizada for alta haverá
a destruição de açúcar e formação
de cor.
Aquecimento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Aquecimento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Após o aquecimento o caldo vai para o balão flash, que tem a função
de liberar todas as partículas em suspensão das bolhas de ar que ali
estão agregadas e que comprometeriam a decantação e clarificação, se
não fossem retiradas.
O flasheamento consiste na expansão brusca do caldo de sua pressão
na tubulação para a pressão atmosférica. Esta ebulição explosiva e
violenta elimina o ar e os gases dissolvidos contidos no caldo, inclusive
aquele adsorvido na superfície das partículas de bagacilho.
Flasheamento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
- a aglomeração dos flocos;
- o aumento da velocidade de sedimentação;
- a compactação e redução do volume de lodo;
- a diminuição da turbidez do caldo clarificado.
O polímero, na forma como é recebido, precisa ter sua molécula
distendida, por dissolução em água, para que então possa
desempenhar bem sua função.
Após a passagem pelo balão flash o caldo passa pelos decantadores
que separam as impurezas do caldo. Para auxiliar na decantação são
adicionados polímeros para promover:
Decantação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Decantador SRI
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Decantador Convencional
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Parâmetros de desempenho :
 pH do caldo após calagem
 Temperatura do caldo
 Vazão do caldo uniforme
 Dosagem adequada de polímero
 Característica da cana
Decantação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Quantidade de polímero :
 Baixa : fraca precipitação
 Recomendada : melhor eficiência
precipitação
 Excesso : Repulsão e não floculação
Decantação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
CUIDADOS COM O POLÍMERO :
 Marca do polímero
 Preparo do polímero
 Cuidados na flor de adição
 Cuidados com a dosagem na entrada do decantador
Decantação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
POLÍMERO - DOSAGEM CORRETA
Polímero Sólidos em Suspensão Floculação
+
Decantação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
POLÍMERO - DOSAGEM INCORRETA
Sólidos em Suspensão
+
Excesso de polímero
provoca o fenômeno da repulsão
Decantação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
CARACTERÍSTICAS DO POLÍMERO :
a - Grau de hidrólise
b - Carga elétrica
c - Peso molecular
d - Testes em laboratório para seleção
Decantação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
CUIDADOS COM A DECANTAÇÃO :
•Deve-se acompanhar atentamente todos os decantadores,
afim de que não apresentem caneca com caldo sujo.
•Monitorar a concentração do lodo.
• Monitorar amostras “sujas”
Decantação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Função
Garantir a
remoção da maior
parte dos
insolúveis
presentes no
caldo.
Peneiramento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Peneiras
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
1840
A A
D
G
H
B
I
B
E
F
F
C
1050
2082
2700
2340
3276
4221
613
291
250
Ø10
956
250
Turbo filtro
Peneiramento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Turbo filtro
Peneiramento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Do processo de decantação obtém-se o caldo
clarificado e o lodo (impurezas retiradas do caldo).
O caldo clarificado é enviado para a evaporação e o
lodo para o sistema de filtração, para recuperação
de parte de seu conteúdo de açúcar.
Filtração
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Filtro rotativo à vácuo
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Filtro Vaccum Press
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Filtro Vaccum Press
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
CONCENTRAÇÃO DO CALDO
CONCENTRAÇÃO DO CALDO
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Fluxograma de Processo – Concentração do caldo
Caldo Clarificado
Pré-Evaporação
Evaporação
Xarope
Flotação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Pré-evaporação
Tem a finalidade de elevar o Brix do caldo
clarificado a ± 25°Brix e gerar vapor vegetal
a partir da água existente no caldo. A
concentração final do caldo é realizada na
evaporação.
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Vapor de
Escape
• Robert
(Convencional)
• Falling film.
Pré-evaporação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Pré-evaporação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
LIMPEZA :
•Limpeza mecânica; efetuada
com rasquete ou roseta rotativo;
• Limpeza com jato de água sob
alta pressão;
• Limpeza química, CIP –
(Cleam In Place)
Pré-evaporação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
AUMENTO DAS INCRUSTRAÇÕES :
 Oscilação na vazão do caldo
 Descontrole no nível dos prés
 Descontrole da correção do pH na dosagem.
Pré-evaporação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 A presença de grande formação de incrustação em
determinadas regiões da calandra, é um dos
sintomas característicos de má circulação do caldo.
 É importante que o nível do caldo seja mantido em
aproximadamente um terço da altura dos tubos, para
proporcionar uma boa circulação do caldo.
 Se a tubulação da evaporação não estiver limpa, a
incrustação se formará rapidamente;se estiver com a
superfície dos tubos lisa,não ocorrerá depósito.
Pré-evaporação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
NÍVEL DO CALDO :
Em todos os corpos deve-se manter cerca de 1/3 da
altura dos tubos, reduzindo o efeito da pressão
hidrostática no ponto de ebulição do caldo,
aumentando a circulação do caldo e obtendo uma
máxima taxa de evaporação.
Pré-evaporação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Fatores que influenciam a Pré Evaporação :
 Composição do caldo
 Peneiragem do caldo;
 Características dos insumos da clarificação
 Processos de clarificação;
 Nível de caldo nas calandras dos evaporadores;
 Velocidade de circulação de caldo nos vasos
Pré-evaporação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
O caldo pré-evaporado é enviado à evaporação
para eliminar o excesso de água do caldo,
transformando-o no xarope, com cerca de 65°
Brix, no qual ainda não existem cristais de
açúcar.
Evaporação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Evaporação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Formação da cor :
 É maior no primeiro corpo onde a temperatura é
mais alta.
 É também causada pela deficiente circulação do
caldo na calandra e altos tempos de retenção
 Quando o vácuo é baixo, a temperatura de sistema
sofre uma elevação, aumentando a formação de cor.
Evaporação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Diminuição do pH :
 Durante a evaporação é comum um decréscimo no
pH de valores próximos a 0,3.
 Este decréscimo é proporcional ao tempo de
retenção na evaporação.
Evaporação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Pureza :
Quando há uma queda na pureza, é uma indicação
de inversão de sacarose, causando perdas
indesejáveis.
Evaporação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Utilizado para diminuir a turbidez do xarope (~ 50 %) e
conseguindo adicionalmente diminuir a cor do mesmo (~20%).
Processo :
 Aquecimento do xarope temperatura entre 80 e 85ºC;
O xarope aquecido misturado com produtos químicos que são
usados para clarificar a mesma.
Após passar pelo tanque de reação é dissolvido ar no xarope
de forma de ocluir as impurezas dentro dos flóculos formados
ou em formação.
As impurezas saem do tanque flotador pela parte superior
como espuma, e voltam para o início do processo,
O xarope clarificado que sai pelos coletores colocados na
parte inferior do flotador está em condições de alimentar os
tachos de cozimentos
Flotação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
COZIMENTO,
CENTRIFUGAÇÃO E
SECAGEM DO AÇÚCAR
COZIMENTO,
CENTRIFUGAÇÃO E
SECAGEM DO AÇÚCAR
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Fluxograma de Processo – Fábrica de açúcar
Xarope
Cozimento
Cristalização
Açúcar
Centrifugação
Secagem
Ensaque Armazenamento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Sistema de 2 massas 287,9 ton/h
Dia : 66,0 87,6 Brix Pureza
72,3 ton/h 48,5 ton/h
255,8 ton/h 32,1 ton/h
66,0 87,6 66,0 87,6
244,5 ton/h 133,3 ton/h
91,0 87,4 90,0 79,6
79,8 ton/h
28,8 ton/h 149,7 ton/h 7,6 ton/h 83,0 64,8
66,0 77,9
61,0 ton/h
88,0 98,0 RI = 74,2 %
123,7 ton/h
59.381 sc/dia
99,97 99,8
Corrente
Vazão
Massa A Massa B
Xarope
Xarope A Xarope B
Água evap. Água evap.
17/7/2005
Água adic.
Mel final
Açúcar
Mel A
Magma B
Água adic.
Cozedor
A
Cozedor
B
Centrífuga
Massa A
Centrífuga
Massa B
Balanço para 2 massas
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Vista dos Equipamentos
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Produzida no laboratório, pela moagem de
açúcar com álcool em moinhos de bola;
 A semente é preparada usando a proporção de
2 litros de álcool anidro para 1 Kg de açúcar;
 Tamanho do cristal de cerca de 5 a 12 um;
 Entregue aos operadores para utilização nos
cozimentos em embalagens pequenas;
 O tempo de moagem entre 8 a 10 horas;
 A pasta de semente não deve ser armazenada
por um período superior a 30 dias;
Semente de Granagem
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Ponto de semeamento (ponto de fio – fio estável com
os dedos afastados 1 a 2 cm, ou comportamento do
mel escorrendo na lâmina seca de vidro). Este é o
ponto de supersaturação. Na prática este ponto deve
estar em torno de 84oBrix;
 Lavagem dos cristais por cerca de 5 a 10 minutos;
 Homogeneização da pasta ao ser introduzida no
vácuo;
 Introduzida sempre a mesma quantidade no vácuo,
com volume calculado em função do tipo do açúcar e
da capacidade dos equipamentos existentes ( cerca de
100 a 200 ml de pasta de semente / 100 hl de massa
cozida final);
Granagem
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Zonas de Cristalização
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Se jogássemos 1000 cristais pequenos de açúcar e
não deixássemos nenhum deles se dissolver,
teríamos, após um certo tempo, exatamente 1000
cristais grandes de açúcar;
 Vantagens :
• Operação de fácil reprodução;
• Reprodutibilidade do tamanho do cristal;
• Homogeneidade dos cristais;
• Homogeneidade na quantidade de açúcar;
• Esgotamento dos méis.
Granagem
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Chamamos de cozimento às operações
desenvolvidas na fábrica de açúcar para obtenção
do cristal de sacarose com valor comercial.
 O cozimento propriamente dito é feito sob vácuo
(22-25 pol Hg), por evaporação, a baixa
temperatura (65-70 oC), para que não ocorra
prejuízo da qualidade do açúcar ou até degradação
térmica da sacarose .
 No cozimento, estaremos evaporando a água e,
portanto, supersaturando a solução, fazendo com
que o açúcar se deposite nas sementes ou nos cristais
já existentes, fazendo-os crescer.
Cozimento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Vemos, portanto, que os cristais devem ser obtidos
e o cozimento deve ser conduzido, até o final, na
zona metaestável, para que haja controle sobre o
crescimento dos cristais;
 Se a concentração cair, cristais se dissolverão,
levando inclusive a acréscimo de cor, quando
voltarem a crescer;
 Se a concentração subir, ela pode invadir a zona
intermediária, ocasionando o aparecimento de
falsos grãos.
Cozimento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Curvas de Supersaturação - Sacarose Pura
240
260
280
300
320
340
360
380
400
420
440
460
480
500
50 60 70 80 90 100
Temperatura (C)
partes
de
Sacarose
/
100
partes
de
agua
1,0 SS
1,2 SS
1,3 SS
INSATURADO
ZONA
METAESTÁVEL
ZONA
DE SUPERSATURAÇAO
ZONA
INTER.
Brix
80
75
Cozimento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Vácuo #1 Xarope
Vácuo # 2 Vácuo # 2
Vácuo # 3
Vácuo # 3
Vácuo #4
Vácuo # 2
1/3
1/2
1/2
1/3
1/3
Vácuo #5 Vácuo # 2 Vácuo # 4
1/2
Mel Pobre Mel Pobre
Mel Pobre
Semente
Esquema de 6 cortes – massa B
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Xarope ou mel muito diluídos, variações na
pressão do vapor ou do vácuo podem favorecer a
diluição de cristais existentes, aumentando o tempo
de cozimento, aumentando o consumo de vapor e
sujeitando a uma maior degradação de açúcares e
formação de cor;
 Para diluição de méis e magma não basta
simplesmente misturar água. É preciso que se
garanta a diluição adequada, a agitação adequada,
aquecimento e tempo de retenção.
Cozimento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Operação de cortes de massa entre dois vácuos
para a obtenção do tamanho desejado de cristal;
 Ao se cortar um vácuo, deve-se ter o cuidado de
que as calandras dos equipamentos fiquem
cobertas de massa cozida;
 A tubulação de corte deve ser sempre limpa após
cada corte.
Cozimento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Para o aperto, fecha-se a alimentação e continua-
se a concentrar a massa até se atingir o Brix
desejado (92o Brix) para final do cozimento. O
objetivo aqui é obter uma massa com o máximo
teor de cristais permitido, buscando um mel o
mais pobre possível;
 A existência de uma pequena camada de mel
envolvendo os cristais, vai protegê-los das
agressões durante sua centrifugação e ensaque,
reduzindo as quebras;
Cozimento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Após a descarga, é normal ficar uma certa
quantidade de cristais retida no interior do
equipamento (corpo, espelho superior, fundo,
lunetas etc). Estes cristais devem ser removidos
ou dissolvidos antes de se iniciar um novo
cozimento.
 Vaporização do cozedor para dissolver e arrastar
os cristais de açúcar retidos no interior do
equipamento. Deve ser realizado com vapor de
baixa pressão (ocorrência de pontos pretos).
Cozimento
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Tipo 1 e 2 : sem cortes - tamanho cristal 0,60 - 0,65 mm
Tipo VVHP : com cortes - tamanho cristal - 0,90 mm
Vácuo # 1 Vácuo # n
Magma B
Tipo 1 e 2 : 1 pé de magma - 1 cozimento
Tipo VVHP : 1 pé de magma - 2 cozimentos
Mel rico
Xarope
Massa A
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Balanço de purezas:
 J : “Juice” = xarope
S : “Sugar ” = açúcar
M : “Molasses ” = mel;
 R =
S x (J - M )
J x (S - M)
Recuperação da Fábrica
Exemplo :
 J : 87,8 %
 S : 99,6 %
M : 69,0 %
 R = S x (J - M )
J x (S - M)
99,6 x (87,8 - 69)
87,8 x (99,6 – 69)
= = 69,7 % de
recuperação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
A massa é descarregada
no cristalizador, que é
provido de agitadores que
auxiliam a cristalização do
açúcar e impedem a
formação de um bloco,
além de servir como
pulmão para as
centrífugas.
Cristalizador
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Separação do mel que envolve os cristais
de açúcar de uma massa cozida.
 Utilização da força centrífuga para retirada
do mel contido na massa
 Rotação : 1200 - 1500 rpm
Centrifugação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Água : lavagem do açúcar
influência na cor/pol
tempo e temperatura
 Vapor: secagem
aumento da temperatura
 Centrifugação : separação do mel
influência na cor
Centrifugação
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
A massa B é “lavada”
com água em
centrífugas contínuas,
o cesto é tipo cônico
vertical, operando com
descarga contínua de
sólidos. A separação
centrífuga ocorre no
cesto cônico, sobre as
telas para filtração.
Com a subida da
massa sobre a tela, os
méis são separados
dos cristais de açúcar.
Centrífugas Contínuas
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Centrífugas Contínuas
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
As centrífugas descontínuas
promovem a separação do
açúcar dos méis. A massa “A”
é descarregada na centrífuga,
e esta é lavada com água,
primeiramente saí mel pobre e
depois na próxima lavagem
(com vapor) saí mel rico
Centrífugas Contínuas
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Centrífugas Descontínuas
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Consiste na secagem e resfriamento
do açúcar para ensaque;
 Relação açúcar:ar de 1:2 ;
 Uso comum de secadores rotativos:
• convencionais;
• com adiabático;
• com exaustão central.
Secagem
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Secador Rotativo Convencional
Ar ambiente
P/ câmara de
lavagem
Açúcar
frio
Açúcar
quente
Vapor
Condensado
Ar
ambiente
Ar quente
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Secador Rotativo com Resfriador Adiabático
P/ câmara de
lavagem
Açúcar
frio
Açúcar
quente Vapor
Condensado
Água
Ar
ambiente
Ar resfriado úmido
Ar
quente
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Secador Rotativo com Exaustão Central e Chiller
P/ câmara de
lavagem
Açúcar
frio
Açúcar
quente
Vapor
Condensado
Chiller
Ar
ambiente
Ar gelado
Ar
quente
Ar
ambiente
Zona de resfriamento
Zona de secagem
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
O açúcar é enviado para o secador, e é seco até atingir umidade final de
no máximo 0,10% para Açúcar tipo 4 e VVHP, 0,15% para tipo VHP,
0,04% para tipos 1, 2 e 3.
Umidade na Secagem
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Temperatura do açúcar no ensaque
acima de 40oC : problema de
amarelecimento e empedramento;
 Fatores que acarretam temperaturas
muito elevadas no ensaque :
• instalação acima da capacidade de
projeto;
• necessidade de redução de
temperatura maior que a de projeto-
tempo e temperatura das lavagens.
Secagem
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Instalações operando inadequadamente :
• vazão de ar insuficiente;
• entrada de ar falso;
• tempo de retenção insuficiente;
• cascateamento do açúcar deficiente no
interior do secador.
Secagem
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Teor de fósforo no caldo;
 Retomada gradual da moagem após chuva;
 Procedimento de enchimento/liquidação dos
decantadores (tempo/pH/temperatura);
 Desempenho do balão flash e filtros;
 Controle/testes desempenho polímero;
 Início/retorno de operação de prés e
evaporadores (insolúveis);
 Controle de pureza nos prés;
 Controle brix xarope;
 Preparo e conservação da semente;
 Monitoramento do teor de cristais e magma
Pontos relevantes
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Armazenamento em big bag
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Armazenamento à granel
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
ESPECIFICAÇÃO DO
AÇÚCAR
ESPECIFICAÇÃO DO
AÇÚCAR
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Especificações típicas
Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 VHP VVHP
Cor ICUMSA UI máx 100 150 180 400 1200 450
Polarização o
Z mín. 99,8 99,7 99,7 99,5 99,00 - 99,49 99,6
Umidade % máx 0,04 0,04 0,04 0,10 0,15 0,10
1 a 10 máx 5 5 9 - - -
mg/kg máx. - - - - - 120
Pontos Pretos no/100g máx 7 7 15 - - -
Part. Magnetizáveis mg/kg máx 2 1 5 - - -
Cinzas % máx 0,04 0,05 0,07 0,10 0,15 0,12
Sulfito mg/kg máx 10 10 15 20 - 1
Dextrana mg/kg máx - 100 150 - - 80
Amido mg/kg máx - 180 180 - - 80
Turbidez NTU máx - 20 20 - - 50
AM em mm min. - 0,5 - 0,8 0,5 - 0,8 - - 0,9
CV em % máx. - - - - - 25
Fundo máx. - - - - - 0,2
Aparência - -
Sabor - -
Odor - -
Cristal branco, sem empedramento
Doce característico
Característico, sem odor desagradável
Granulometria
TIPO DE AÇÚCAR
Características Unidade
Resíduos Insolúveis
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Origem :
 Matéria prima: outros polissacarídeos ou
compostos fenólicos oxidados;
 Fábrica : reação dos açúcares redutores com
aminoácidos ou produtos resultantes do
aquecimento excessivo do caldo/xarope.
Problemas :
 Provoca má aparência do produto. Se utilizado
na fabricação de alimentos, pode alterar a cor,
gosto e aroma dos produtos.
Análises - Cor
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Pol:
Pol baixa indica menor teor de sacarose, ou
seja, presença de açúcares redutores (glicose e
frutose), dextrana, amido e cinzas.
Umidade:
Dependendo da umidade relativa do ar, pode
haver transferência de água :
 do ar para a película de mel a
a
a
a açúcar “mela”;
 do mel para o ar a
a
a
a açúcar “empedra”.
Análises – Pol e Umidade
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
Cinzas:
 Composto por substâncias salinas (sais de
cálcio, magnésio, ferro e silício) devido contato
com superfícies metálicas e pela adição de leite
de cal;
 Provocam problemas com cor, polarização e
no processo industrial de filtração.
Sulfito:
Provoca alteração no aroma do açúcar assim
como dos alimentos derivados.
Análises – Cinzas e Sulfito
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Polissacarídeo de alto peso molecular, é formada
pela deterioração microbiológica da cana;
 Altera o valor da pol do açúcar e provoca
alongação dos cristais;
 Aumenta a viscosidade das soluções açucaradas
e diminui a taxa de filtração;
 Afeta o empacotamento e armazenagem por
mudança de densidade aparente;
 Produz turbidez em bebidas alcoólicas e
refrigerantes;
 Provoca dificuldades na produção de balas
(cristalização) e de geléias (consistência).
Análises – Dextrana
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Polissacarídeo de alto peso molecular, pode ser
controlado pela adição de enzimas amilases,
com consumo entre 25 a 60 g/ton açúcar;
 Assim como a dextrana, aumenta a viscosidade
das soluções açucaradas e diminui a taxa de
filtração;
 Provoca turbidez em refrigerantes e
dificuldades na produção de balas e de geléias.
Análises – Amido
Produção
Produção de
de Açúcar
Açúcar
 Pó de açúcar : problema ambiental e de risco de
explosão nos carregamentos;
 Elevação da umidade para redução pó açúcar,
podendo levar a maior incrustação nos
equipamentos e empedramento na armazenagem;
 Ajustes da granulometria no cozimento:
• volume de semente;
• quantidade de cortes;
• volume do pé de magma;
• lavagem dos finos.
Análises – Granulometria

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Produção de Açúcar: Conceitos Básicos

  • 1. Produção de Açúcar Oscar F T Paulino Curso de Pós-Graduação Gestão do Setor Sucroalcooleiro CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
  • 3. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Caldo Clarificado Caldo Misto após o processo de clarificação. Caldo Misto Caldo obtido no processo de extração das moendas e enviado para a fabricação. Caldo Sulfitado Caldo que contém certa quantidade de anidrido sulfuroso (SO2) integrado ao caldo misto, após passagem pela coluna de sulfitação. Caldo Filtrado Caldo obtido nos filtros como resultado da filtração do lodo. Conceitos Básicos
  • 4. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Conteúdo de cristais % Massa Cozida A porcentagem em peso de açúcar cristalizada presente em uma massa cozida. Lodo Fração mais densa obtida da decantação do lodo, constituída de material insolúvel sedimentado. Massa Cozida Produto resultante da concentração do xarope ou do mel constituído de cristais de açúcar envoltos no mel. Magma Mistura de cristais de açúcar proveniente da centrifugação da massa “B” com xarope, caldo clarificado, água, para ser usada como pé de cozimento. Conceitos Básicos
  • 5. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Mel Solução resultante da centrifugação da massa cozida Mel Final ou Melaço Mel obtido da massa cozida final destinado à produção de álcool. Semente para granagem Suspensão em álcool de partículas de açúcar moído, utilizada para a granagem. Torta Resíduo obtido da filtração do lodo dos decantadores. Conceitos Básicos
  • 6. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Xarope Líquido resultante da evaporação parcial do caldo de cana clarificado de concentração cerca de 65°Brix. Açúcar Sólido cristalino, orgânico, constituído basicamente por cristais de sacarose envolvidos, ou não, por película de mel de alta ou baixa pureza. Brix Porcentagem em massa de sólidos solúveis contidas em uma solução de sacarose. Pol Porcentagem de sacarose contida numa solução açucarada. Conceitos Básicos
  • 7. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Pureza (%) = POL x 100 BRIX Pureza É a relação entre POL e BRIX Exemplo x 100 POL BRIX 58,5 65,0 x 100 = 90,0 Conceitos Básicos
  • 8. Produção Produção de de Açúcar Açúcar C A L D O M I S T O SÓLIDOS SOLÚVEIS 16% SÓLIDOS INSOLÚVEIS 0,2% ÁGUA 83,8% SACAROSE 14,0 % GLICOSE 0,4% FRUTOSE 0,3% NÃO AÇUCARES 1,3% AREIA 0,04% BAGACILHO 0,16% Composição do caldo
  • 9. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Fluxograma de Processo – Produção de Açúcar Cana Extração Tratamento Caldo caldo misto Concentração Caldo Fábrica de Açúcar Ensaque/Armazen. Açúcar caldo clarificado xarope Utilidades lodo bagaço En. Elétrica Filtração Caldo Filtrado Mel Fermentação Vapor Vegetal Torta
  • 11. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Fluxograma de Processo – Tratamento do caldo Caldo Misto Pré-Aquecimento Sulfitação Calagem Aquecimento Flasheamento Decantação Peneiramento Caldo Clarificado Filtração Caldo Filtrado Torta lodo caldo Rejeito
  • 12. Produção Produção de de Açúcar Açúcar hAção do SO2 sobre o caldo de cana: Ação Fluidificante Como o SO2 age sobre o caldo de cana precipitando certos colóides faz-se então reduzir a viscosidade proporcionando maior fluidez. Ação Descorante Através da propriedade redutora que o SO2 possui, transforma os sais férricos (coloridos) em ferrosos (incolores). Ação Preceptiva Esta ação é produzida logo após a calagem onde há a formação de sulfito de cálcio (CaSO3 ) que sendo insolúvel ao precipitar-se arrasta muitas impurezas coloridas. Sulfitação
  • 13. Produção Produção de de Açúcar Açúcar SAÍDA DE GASES VÁLVULA DE ALIMENTAÇÃO DO CALDO CÂMARA DE GASES BOCAL VERIFICAÇÃO ENTRADA DE GASES ENTRADA DE AR ALIMENTAÇÃO DO ENXOFRE Sulfitação
  • 14. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Assim, tem-se : Redução do pH Diminuição da viscosidade Precipitação Inibição de formadores de cor Sulfitação
  • 15. Produção Produção de de Açúcar Açúcar 15 O SULFITO DE CÁLCIO FORMADO DURANTE A SULFITAÇÃO DO CALDO É INSOLÚVEL ACIMA DE 50° C. A SULFITAÇÃO FAVORECE A DESNATURAÇÃO E COAGULAÇÃO DE PROTEÍNAS DO CALDO Sulfitação
  • 16. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Cuidados na operação : •Corrosão das partes metálicas dos equipamentos Forma ácido Sulfúrico • Reage com a Cal aumentando o consumo Formando Sulfato de Cálcio que causa incrustações nos evaporadores. • Aumento do consumo de Enxofre. • Aumento dos teores de sais Cinzas no açúcar. Sulfitação
  • 17. Produção Produção de de Açúcar Açúcar A calagem é realizada para auxiliar na purificação do caldo. É feita uma adição de leite de cal ao caldo, e tem como funções: - Neutralização da acidez do caldo; - Corrigir o pH até o valor desejado: 7,0 à 7,2; - Reação com os ácidos orgânicos presentes no caldo; - Precipitação dos colóides presentes no caldo; - Formação de Ca3(PO4)2 e de CaSO3, quando o caldo é sulfitado; - Floculação e arraste de partículas em suspensão. Calagem
  • 18. Produção Produção de de Açúcar Açúcar pH ACIMA DE 8,0 APÓS A CALAGEM PODE LEVAR Á FORMAÇÃO DE COR NO AÇUCAR, PRECIPITAÇÃO DE SAIS EM EXCESSO E INCRUSTAÇÕES. TEOR DE P2O5 NO CALDO CLARIFICADO DEVE FICAR EM TORNO DE 250 Á 300 PPM. Calagem
  • 19. Produção Produção de de Açúcar Açúcar O aquecimento é feito em trocador de calor, geralmente do tipo casco e tubos, do tipo vertical / horizontal ou trocadores de placas. Tem como funções: • Acelerar as reações químicas. • Facilitar as reações do caldo. • Promover a coagulação das proteínas. • Diminuir a densidade e viscosidade. • Provocar a floculação. • Elimina e impede o desenvolvimento de bactérias. Aquecimento
  • 20. Produção Produção de de Açúcar Açúcar 20 CORPO : É formado por um cilindro de chapa em aço carbono que forma a parte externa do aquecedor. Aquecimento
  • 21. Produção Produção de de Açúcar Açúcar ESPELHO : É uma circunferência de chapa com furos onde são fixados os tubos de cobre. Tubos de cobre / inox Aquecimento
  • 22. Produção Produção de de Açúcar Açúcar TUBOS : As duas extremidades dos tubos são fixadas através de mandril nos espelhos. O tubo de cobre possibilita maior troca térmica que os demais tubos. Já o inox é mais resistente com vida útil maior, porém tem custo elevado. Tubos de cobre ou inox Aquecimento
  • 23. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Cada aquecedor possui duas tampas as quais possuem divisões que servem para distribuir o fluxo de caldo. Entre a tampa e o corpo existe uma borracha com a finalidade de vedar o fluxo de caldo. Aquecimento
  • 24. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Deve-se observar a temperatura de aquecimento pois se esta for baixa a clarificação será inadequada, já se a temperatura utilizada for alta haverá a destruição de açúcar e formação de cor. Aquecimento
  • 26. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Após o aquecimento o caldo vai para o balão flash, que tem a função de liberar todas as partículas em suspensão das bolhas de ar que ali estão agregadas e que comprometeriam a decantação e clarificação, se não fossem retiradas. O flasheamento consiste na expansão brusca do caldo de sua pressão na tubulação para a pressão atmosférica. Esta ebulição explosiva e violenta elimina o ar e os gases dissolvidos contidos no caldo, inclusive aquele adsorvido na superfície das partículas de bagacilho. Flasheamento
  • 27. Produção Produção de de Açúcar Açúcar - a aglomeração dos flocos; - o aumento da velocidade de sedimentação; - a compactação e redução do volume de lodo; - a diminuição da turbidez do caldo clarificado. O polímero, na forma como é recebido, precisa ter sua molécula distendida, por dissolução em água, para que então possa desempenhar bem sua função. Após a passagem pelo balão flash o caldo passa pelos decantadores que separam as impurezas do caldo. Para auxiliar na decantação são adicionados polímeros para promover: Decantação
  • 30. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Parâmetros de desempenho : pH do caldo após calagem Temperatura do caldo Vazão do caldo uniforme Dosagem adequada de polímero Característica da cana Decantação
  • 31. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Quantidade de polímero : Baixa : fraca precipitação Recomendada : melhor eficiência precipitação Excesso : Repulsão e não floculação Decantação
  • 32. Produção Produção de de Açúcar Açúcar CUIDADOS COM O POLÍMERO : Marca do polímero Preparo do polímero Cuidados na flor de adição Cuidados com a dosagem na entrada do decantador Decantação
  • 33. Produção Produção de de Açúcar Açúcar POLÍMERO - DOSAGEM CORRETA Polímero Sólidos em Suspensão Floculação + Decantação
  • 34. Produção Produção de de Açúcar Açúcar POLÍMERO - DOSAGEM INCORRETA Sólidos em Suspensão + Excesso de polímero provoca o fenômeno da repulsão Decantação
  • 35. Produção Produção de de Açúcar Açúcar CARACTERÍSTICAS DO POLÍMERO : a - Grau de hidrólise b - Carga elétrica c - Peso molecular d - Testes em laboratório para seleção Decantação
  • 36. Produção Produção de de Açúcar Açúcar CUIDADOS COM A DECANTAÇÃO : •Deve-se acompanhar atentamente todos os decantadores, afim de que não apresentem caneca com caldo sujo. •Monitorar a concentração do lodo. • Monitorar amostras “sujas” Decantação
  • 37. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Função Garantir a remoção da maior parte dos insolúveis presentes no caldo. Peneiramento
  • 39. Produção Produção de de Açúcar Açúcar 1840 A A D G H B I B E F F C 1050 2082 2700 2340 3276 4221 613 291 250 Ø10 956 250 Turbo filtro Peneiramento
  • 41. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Do processo de decantação obtém-se o caldo clarificado e o lodo (impurezas retiradas do caldo). O caldo clarificado é enviado para a evaporação e o lodo para o sistema de filtração, para recuperação de parte de seu conteúdo de açúcar. Filtração
  • 46. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Fluxograma de Processo – Concentração do caldo Caldo Clarificado Pré-Evaporação Evaporação Xarope Flotação
  • 47. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Pré-evaporação Tem a finalidade de elevar o Brix do caldo clarificado a ± 25°Brix e gerar vapor vegetal a partir da água existente no caldo. A concentração final do caldo é realizada na evaporação.
  • 48. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Vapor de Escape • Robert (Convencional) • Falling film. Pré-evaporação
  • 50. Produção Produção de de Açúcar Açúcar LIMPEZA : •Limpeza mecânica; efetuada com rasquete ou roseta rotativo; • Limpeza com jato de água sob alta pressão; • Limpeza química, CIP – (Cleam In Place) Pré-evaporação
  • 51. Produção Produção de de Açúcar Açúcar AUMENTO DAS INCRUSTRAÇÕES : Oscilação na vazão do caldo Descontrole no nível dos prés Descontrole da correção do pH na dosagem. Pré-evaporação
  • 52. Produção Produção de de Açúcar Açúcar A presença de grande formação de incrustação em determinadas regiões da calandra, é um dos sintomas característicos de má circulação do caldo. É importante que o nível do caldo seja mantido em aproximadamente um terço da altura dos tubos, para proporcionar uma boa circulação do caldo. Se a tubulação da evaporação não estiver limpa, a incrustação se formará rapidamente;se estiver com a superfície dos tubos lisa,não ocorrerá depósito. Pré-evaporação
  • 53. Produção Produção de de Açúcar Açúcar NÍVEL DO CALDO : Em todos os corpos deve-se manter cerca de 1/3 da altura dos tubos, reduzindo o efeito da pressão hidrostática no ponto de ebulição do caldo, aumentando a circulação do caldo e obtendo uma máxima taxa de evaporação. Pré-evaporação
  • 54. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Fatores que influenciam a Pré Evaporação : Composição do caldo Peneiragem do caldo; Características dos insumos da clarificação Processos de clarificação; Nível de caldo nas calandras dos evaporadores; Velocidade de circulação de caldo nos vasos Pré-evaporação
  • 55. Produção Produção de de Açúcar Açúcar O caldo pré-evaporado é enviado à evaporação para eliminar o excesso de água do caldo, transformando-o no xarope, com cerca de 65° Brix, no qual ainda não existem cristais de açúcar. Evaporação
  • 57. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Formação da cor : É maior no primeiro corpo onde a temperatura é mais alta. É também causada pela deficiente circulação do caldo na calandra e altos tempos de retenção Quando o vácuo é baixo, a temperatura de sistema sofre uma elevação, aumentando a formação de cor. Evaporação
  • 58. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Diminuição do pH : Durante a evaporação é comum um decréscimo no pH de valores próximos a 0,3. Este decréscimo é proporcional ao tempo de retenção na evaporação. Evaporação
  • 59. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Pureza : Quando há uma queda na pureza, é uma indicação de inversão de sacarose, causando perdas indesejáveis. Evaporação
  • 60. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Utilizado para diminuir a turbidez do xarope (~ 50 %) e conseguindo adicionalmente diminuir a cor do mesmo (~20%). Processo : Aquecimento do xarope temperatura entre 80 e 85ºC; O xarope aquecido misturado com produtos químicos que são usados para clarificar a mesma. Após passar pelo tanque de reação é dissolvido ar no xarope de forma de ocluir as impurezas dentro dos flóculos formados ou em formação. As impurezas saem do tanque flotador pela parte superior como espuma, e voltam para o início do processo, O xarope clarificado que sai pelos coletores colocados na parte inferior do flotador está em condições de alimentar os tachos de cozimentos Flotação
  • 61. Produção Produção de de Açúcar Açúcar COZIMENTO, CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DO AÇÚCAR COZIMENTO, CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DO AÇÚCAR
  • 62. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Fluxograma de Processo – Fábrica de açúcar Xarope Cozimento Cristalização Açúcar Centrifugação Secagem Ensaque Armazenamento
  • 63. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Sistema de 2 massas 287,9 ton/h Dia : 66,0 87,6 Brix Pureza 72,3 ton/h 48,5 ton/h 255,8 ton/h 32,1 ton/h 66,0 87,6 66,0 87,6 244,5 ton/h 133,3 ton/h 91,0 87,4 90,0 79,6 79,8 ton/h 28,8 ton/h 149,7 ton/h 7,6 ton/h 83,0 64,8 66,0 77,9 61,0 ton/h 88,0 98,0 RI = 74,2 % 123,7 ton/h 59.381 sc/dia 99,97 99,8 Corrente Vazão Massa A Massa B Xarope Xarope A Xarope B Água evap. Água evap. 17/7/2005 Água adic. Mel final Açúcar Mel A Magma B Água adic. Cozedor A Cozedor B Centrífuga Massa A Centrífuga Massa B Balanço para 2 massas
  • 65. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Produzida no laboratório, pela moagem de açúcar com álcool em moinhos de bola; A semente é preparada usando a proporção de 2 litros de álcool anidro para 1 Kg de açúcar; Tamanho do cristal de cerca de 5 a 12 um; Entregue aos operadores para utilização nos cozimentos em embalagens pequenas; O tempo de moagem entre 8 a 10 horas; A pasta de semente não deve ser armazenada por um período superior a 30 dias; Semente de Granagem
  • 66. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Ponto de semeamento (ponto de fio – fio estável com os dedos afastados 1 a 2 cm, ou comportamento do mel escorrendo na lâmina seca de vidro). Este é o ponto de supersaturação. Na prática este ponto deve estar em torno de 84oBrix; Lavagem dos cristais por cerca de 5 a 10 minutos; Homogeneização da pasta ao ser introduzida no vácuo; Introduzida sempre a mesma quantidade no vácuo, com volume calculado em função do tipo do açúcar e da capacidade dos equipamentos existentes ( cerca de 100 a 200 ml de pasta de semente / 100 hl de massa cozida final); Granagem
  • 68. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Se jogássemos 1000 cristais pequenos de açúcar e não deixássemos nenhum deles se dissolver, teríamos, após um certo tempo, exatamente 1000 cristais grandes de açúcar; Vantagens : • Operação de fácil reprodução; • Reprodutibilidade do tamanho do cristal; • Homogeneidade dos cristais; • Homogeneidade na quantidade de açúcar; • Esgotamento dos méis. Granagem
  • 69. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Chamamos de cozimento às operações desenvolvidas na fábrica de açúcar para obtenção do cristal de sacarose com valor comercial. O cozimento propriamente dito é feito sob vácuo (22-25 pol Hg), por evaporação, a baixa temperatura (65-70 oC), para que não ocorra prejuízo da qualidade do açúcar ou até degradação térmica da sacarose . No cozimento, estaremos evaporando a água e, portanto, supersaturando a solução, fazendo com que o açúcar se deposite nas sementes ou nos cristais já existentes, fazendo-os crescer. Cozimento
  • 70. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Vemos, portanto, que os cristais devem ser obtidos e o cozimento deve ser conduzido, até o final, na zona metaestável, para que haja controle sobre o crescimento dos cristais; Se a concentração cair, cristais se dissolverão, levando inclusive a acréscimo de cor, quando voltarem a crescer; Se a concentração subir, ela pode invadir a zona intermediária, ocasionando o aparecimento de falsos grãos. Cozimento
  • 71. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Curvas de Supersaturação - Sacarose Pura 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500 50 60 70 80 90 100 Temperatura (C) partes de Sacarose / 100 partes de agua 1,0 SS 1,2 SS 1,3 SS INSATURADO ZONA METAESTÁVEL ZONA DE SUPERSATURAÇAO ZONA INTER. Brix 80 75 Cozimento
  • 72. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Vácuo #1 Xarope Vácuo # 2 Vácuo # 2 Vácuo # 3 Vácuo # 3 Vácuo #4 Vácuo # 2 1/3 1/2 1/2 1/3 1/3 Vácuo #5 Vácuo # 2 Vácuo # 4 1/2 Mel Pobre Mel Pobre Mel Pobre Semente Esquema de 6 cortes – massa B
  • 73. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Xarope ou mel muito diluídos, variações na pressão do vapor ou do vácuo podem favorecer a diluição de cristais existentes, aumentando o tempo de cozimento, aumentando o consumo de vapor e sujeitando a uma maior degradação de açúcares e formação de cor; Para diluição de méis e magma não basta simplesmente misturar água. É preciso que se garanta a diluição adequada, a agitação adequada, aquecimento e tempo de retenção. Cozimento
  • 74. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Operação de cortes de massa entre dois vácuos para a obtenção do tamanho desejado de cristal; Ao se cortar um vácuo, deve-se ter o cuidado de que as calandras dos equipamentos fiquem cobertas de massa cozida; A tubulação de corte deve ser sempre limpa após cada corte. Cozimento
  • 75. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Para o aperto, fecha-se a alimentação e continua- se a concentrar a massa até se atingir o Brix desejado (92o Brix) para final do cozimento. O objetivo aqui é obter uma massa com o máximo teor de cristais permitido, buscando um mel o mais pobre possível; A existência de uma pequena camada de mel envolvendo os cristais, vai protegê-los das agressões durante sua centrifugação e ensaque, reduzindo as quebras; Cozimento
  • 76. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Após a descarga, é normal ficar uma certa quantidade de cristais retida no interior do equipamento (corpo, espelho superior, fundo, lunetas etc). Estes cristais devem ser removidos ou dissolvidos antes de se iniciar um novo cozimento. Vaporização do cozedor para dissolver e arrastar os cristais de açúcar retidos no interior do equipamento. Deve ser realizado com vapor de baixa pressão (ocorrência de pontos pretos). Cozimento
  • 77. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Tipo 1 e 2 : sem cortes - tamanho cristal 0,60 - 0,65 mm Tipo VVHP : com cortes - tamanho cristal - 0,90 mm Vácuo # 1 Vácuo # n Magma B Tipo 1 e 2 : 1 pé de magma - 1 cozimento Tipo VVHP : 1 pé de magma - 2 cozimentos Mel rico Xarope Massa A
  • 78. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Balanço de purezas: J : “Juice” = xarope S : “Sugar ” = açúcar M : “Molasses ” = mel; R = S x (J - M ) J x (S - M) Recuperação da Fábrica Exemplo : J : 87,8 % S : 99,6 % M : 69,0 % R = S x (J - M ) J x (S - M) 99,6 x (87,8 - 69) 87,8 x (99,6 – 69) = = 69,7 % de recuperação
  • 79. Produção Produção de de Açúcar Açúcar A massa é descarregada no cristalizador, que é provido de agitadores que auxiliam a cristalização do açúcar e impedem a formação de um bloco, além de servir como pulmão para as centrífugas. Cristalizador
  • 80. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Separação do mel que envolve os cristais de açúcar de uma massa cozida. Utilização da força centrífuga para retirada do mel contido na massa Rotação : 1200 - 1500 rpm Centrifugação
  • 81. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Água : lavagem do açúcar influência na cor/pol tempo e temperatura Vapor: secagem aumento da temperatura Centrifugação : separação do mel influência na cor Centrifugação
  • 82. Produção Produção de de Açúcar Açúcar A massa B é “lavada” com água em centrífugas contínuas, o cesto é tipo cônico vertical, operando com descarga contínua de sólidos. A separação centrífuga ocorre no cesto cônico, sobre as telas para filtração. Com a subida da massa sobre a tela, os méis são separados dos cristais de açúcar. Centrífugas Contínuas
  • 84. Produção Produção de de Açúcar Açúcar As centrífugas descontínuas promovem a separação do açúcar dos méis. A massa “A” é descarregada na centrífuga, e esta é lavada com água, primeiramente saí mel pobre e depois na próxima lavagem (com vapor) saí mel rico Centrífugas Contínuas
  • 86. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Consiste na secagem e resfriamento do açúcar para ensaque; Relação açúcar:ar de 1:2 ; Uso comum de secadores rotativos: • convencionais; • com adiabático; • com exaustão central. Secagem
  • 87. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Secador Rotativo Convencional Ar ambiente P/ câmara de lavagem Açúcar frio Açúcar quente Vapor Condensado Ar ambiente Ar quente
  • 88. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Secador Rotativo com Resfriador Adiabático P/ câmara de lavagem Açúcar frio Açúcar quente Vapor Condensado Água Ar ambiente Ar resfriado úmido Ar quente
  • 89. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Secador Rotativo com Exaustão Central e Chiller P/ câmara de lavagem Açúcar frio Açúcar quente Vapor Condensado Chiller Ar ambiente Ar gelado Ar quente Ar ambiente Zona de resfriamento Zona de secagem
  • 90. Produção Produção de de Açúcar Açúcar O açúcar é enviado para o secador, e é seco até atingir umidade final de no máximo 0,10% para Açúcar tipo 4 e VVHP, 0,15% para tipo VHP, 0,04% para tipos 1, 2 e 3. Umidade na Secagem
  • 91. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Temperatura do açúcar no ensaque acima de 40oC : problema de amarelecimento e empedramento; Fatores que acarretam temperaturas muito elevadas no ensaque : • instalação acima da capacidade de projeto; • necessidade de redução de temperatura maior que a de projeto- tempo e temperatura das lavagens. Secagem
  • 92. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Instalações operando inadequadamente : • vazão de ar insuficiente; • entrada de ar falso; • tempo de retenção insuficiente; • cascateamento do açúcar deficiente no interior do secador. Secagem
  • 93. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Teor de fósforo no caldo; Retomada gradual da moagem após chuva; Procedimento de enchimento/liquidação dos decantadores (tempo/pH/temperatura); Desempenho do balão flash e filtros; Controle/testes desempenho polímero; Início/retorno de operação de prés e evaporadores (insolúveis); Controle de pureza nos prés; Controle brix xarope; Preparo e conservação da semente; Monitoramento do teor de cristais e magma Pontos relevantes
  • 96. Produção Produção de de Açúcar Açúcar ESPECIFICAÇÃO DO AÇÚCAR ESPECIFICAÇÃO DO AÇÚCAR
  • 97. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Especificações típicas Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 VHP VVHP Cor ICUMSA UI máx 100 150 180 400 1200 450 Polarização o Z mín. 99,8 99,7 99,7 99,5 99,00 - 99,49 99,6 Umidade % máx 0,04 0,04 0,04 0,10 0,15 0,10 1 a 10 máx 5 5 9 - - - mg/kg máx. - - - - - 120 Pontos Pretos no/100g máx 7 7 15 - - - Part. Magnetizáveis mg/kg máx 2 1 5 - - - Cinzas % máx 0,04 0,05 0,07 0,10 0,15 0,12 Sulfito mg/kg máx 10 10 15 20 - 1 Dextrana mg/kg máx - 100 150 - - 80 Amido mg/kg máx - 180 180 - - 80 Turbidez NTU máx - 20 20 - - 50 AM em mm min. - 0,5 - 0,8 0,5 - 0,8 - - 0,9 CV em % máx. - - - - - 25 Fundo máx. - - - - - 0,2 Aparência - - Sabor - - Odor - - Cristal branco, sem empedramento Doce característico Característico, sem odor desagradável Granulometria TIPO DE AÇÚCAR Características Unidade Resíduos Insolúveis
  • 98. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Origem : Matéria prima: outros polissacarídeos ou compostos fenólicos oxidados; Fábrica : reação dos açúcares redutores com aminoácidos ou produtos resultantes do aquecimento excessivo do caldo/xarope. Problemas : Provoca má aparência do produto. Se utilizado na fabricação de alimentos, pode alterar a cor, gosto e aroma dos produtos. Análises - Cor
  • 99. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Pol: Pol baixa indica menor teor de sacarose, ou seja, presença de açúcares redutores (glicose e frutose), dextrana, amido e cinzas. Umidade: Dependendo da umidade relativa do ar, pode haver transferência de água : do ar para a película de mel a a a a açúcar “mela”; do mel para o ar a a a a açúcar “empedra”. Análises – Pol e Umidade
  • 100. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Cinzas: Composto por substâncias salinas (sais de cálcio, magnésio, ferro e silício) devido contato com superfícies metálicas e pela adição de leite de cal; Provocam problemas com cor, polarização e no processo industrial de filtração. Sulfito: Provoca alteração no aroma do açúcar assim como dos alimentos derivados. Análises – Cinzas e Sulfito
  • 101. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Polissacarídeo de alto peso molecular, é formada pela deterioração microbiológica da cana; Altera o valor da pol do açúcar e provoca alongação dos cristais; Aumenta a viscosidade das soluções açucaradas e diminui a taxa de filtração; Afeta o empacotamento e armazenagem por mudança de densidade aparente; Produz turbidez em bebidas alcoólicas e refrigerantes; Provoca dificuldades na produção de balas (cristalização) e de geléias (consistência). Análises – Dextrana
  • 102. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Polissacarídeo de alto peso molecular, pode ser controlado pela adição de enzimas amilases, com consumo entre 25 a 60 g/ton açúcar; Assim como a dextrana, aumenta a viscosidade das soluções açucaradas e diminui a taxa de filtração; Provoca turbidez em refrigerantes e dificuldades na produção de balas e de geléias. Análises – Amido
  • 103. Produção Produção de de Açúcar Açúcar Pó de açúcar : problema ambiental e de risco de explosão nos carregamentos; Elevação da umidade para redução pó açúcar, podendo levar a maior incrustação nos equipamentos e empedramento na armazenagem; Ajustes da granulometria no cozimento: • volume de semente; • quantidade de cortes; • volume do pé de magma; • lavagem dos finos. Análises – Granulometria