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ISSN 2358-615X
Resumos do XVII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU,
VIII Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VI
Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
Volume 17 – número 17
Junho de 2023
IFILO – UFU
Organizadores:
Marcos César Seneda
Fernando Tadeu Mondi Galine
João Vitor Alcântara Jorge
Revisores:
Elisabeth Rocha Bastos
Fernando Tadeu Mondi Galine
Gabriel Viviani Tagliacozzi
Islane Viana de Souza
Juliana Diaz Quintero
Lucas Rodrigues Caixeta
Maryane Stella Pinto
Raphael Souza Borges Junior
XVII ENCONTRO DE PESQUISA EM FILOSOFIA DA UFU
VIII ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UFU
VI ENCONTRO DE PESQUISA EM FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO
O Encontro de Pesquisa em Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) é
um evento regular de pesquisa, que visa a fortalecer a inserção regional e nacional da
comunidade filosófica representada pelos grupos e núcleos de pesquisa agregados ao Instituto
de Filosofia (IFILO). O propósito do evento é a intensificação da integração dos estudantes –
da graduação e da pós-graduação – e dos docentes e discentes do Ensino Médio com a
comunidade filosófica nacional. Ao mesmo tempo, o evento pretende atuar decisivamente como
fonte de incentivo para que os estudantes apresentem seus primeiros trabalhos e adquiram, por
esse meio, um pouco da prática da produção de pesquisa especializada. Acentua nossa
satisfação, ao organizá-lo anualmente, o fato de o evento ter se ampliado e se tornado uma
mostra significativa do diversificado e consistente trabalho de pesquisa dos estudantes.
Conquanto sejam grandes os impactos da pandemia na organização de eventos,
devendo-se, à primeira vista, esperar uma queda no número de participações, não foi, no
entanto, isso que tem ocorrido. No ano de 2022 conseguimos fazer um evento bem-organizado
e com grande participação dos alunos de graduação e pós-graduação, dando sequência ao
trabalho de mais de uma década de divulgação da investigação científica produzida no Brasil.
Nesse ano, decidimos retomar o evento presencial como principal, mas manter o formato online,
em vista da demanda de comunicadores de outros estados. No ano corrente, conseguimos voltar
o evento para junho, e nos próximos anos pretendemos realizá-lo sempre em junho, como
ocorria tradicionalmente antes da pandemia. A decisão de manter uma parte do evento
acontecendo online foi tomada ao ver que, nos eventos online, estudantes e pesquisadores das
cinco regiões se inscreveram e puderam apresentar suas comunicações em virtude da facilidade
de não precisar se locomover. Assim, avaliamos que não ter mais a possibilidade dessas
apresentações poderia empobrecer o evento.
É importante ressaltar que, mesmo com os ataques sofridos pela área de filosofia nos
últimos anos, isso não implicou em uma desorganização da produção de conhecimento
científico dessa área de conhecimento. A área está viva, os pesquisadores continuam
trabalhando e interagindo. E isso mostra a força da pesquisa especializada no país. Conforme
já começou a ocorrer, esperamos a partir desse ano um apoio crescente para as atividades de
ensino, pesquisa e extensão, para recuperarmos a inserção da filosofia no debate público e na
vida da sociedade. A reunião de esforços pessoais e institucionais tem cooperado fortemente
para que a área não se desestruture e se mantenha na luta para recuperar níveis importantes de
financiamento da pesquisa, com auxílio dos quais a filosofia possa retomar seu crescimento
institucional e dar sua colaboração na vida pública do país.
Nos eventos realizados em 2021 e 2022 houve um envolvimento expressivo da
comunidade filosófica nacional, com a aprovação de resumos enviados por pesquisadores de
diversas universidades brasileiras, provenientes de diversas partes do país. Neste ano, nós
teremos a décima sétima edição do evento, realização que confirma o compromisso dos
estudantes e do corpo docente do Instituto de Filosofia da UFU com a pesquisa e disseminação
do saber filosófico. Será realizado também, concomitantemente com o XVII Encontro de
Pesquisa em Filosofia, o VIII Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU, encontro esse
que recebeu contribuições significativas de pesquisadores de diversas universidades brasileiras
nas sete edições anteriores. Trata-se de um evento que tem crescido ano a ano, e agora já se
encontra consolidado como uma grande mostra de divulgação e discussão da pesquisa em
filosofia no Brasil. Temos tido uma participação crescente de mestrandos e doutorandos que,
mesmo nas edições presenciais, vêm até a UFU para apresentar e discutir os seus trabalhos de
pesquisa. Sejam sempre bem-vindos! Além disso, realizaremos também o VI Encontro de
Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, com participação de alunos oriundos de escolas da
cidade. É imensa a nossa satisfação em receber esses alunos no interior do evento de pesquisa,
juntamente com os professores orientadores do Ensino Médio. Esperamos, com essa
experiência, incentivar a pesquisa no Ensino Médio, vindo a ampliar e consolidar a presença
desses alunos nos próximos eventos. É grande o nosso contentamento ao perceber que isso já
está ocorrendo, e que teremos uma forte participação dos alunos do Ensino Médio no ano de
2023.
A conferência de abertura dos eventos será proferida pelo Profº. Dr. Wallace de Moraes,
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no dia 12 de junho de 2023, às 19 horas,
que falará sobre o seguinte tema: “Esquerda e direita sob uma perspectiva decolonia libertária
e quilombola”. Também contaremos com a Mesa Redonda: “Mulheres Discutem o Fascismo”,
realizada com as Professoras doutoras da UFU Ana Maria Said, Georgia Amitrano e Maria
Socorro Militão, tendo sua realização marcada para o dia 16 de junho de 2023, às 19 horas.
O presente caderno apresenta o resultado de duas significativas mostras da pesquisa
acadêmica nacional, às quais se soma o trabalho de pesquisa de estudantes do Ensino Médio, e
pretende ser um incentivo para a produção de conhecimento filosófico e um veículo para a sua
divulgação.
Nesses anos que foram marcados pela pandemia, nos empenhamos sobremaneira para
que a atividade de pesquisa continuasse a ser desenvolvida com todo o vigor, e agradecemos a
todos que têm somado os seus esforços nessa luta pela ciência brasileira. Desejamos à
comunidade de pesquisa um bom evento! Este ano, com o evento presencial, esperamos todos
e todas vocês de braços abertos, para que a UFU possa continuar sua missão de lutar pelo
desenvolvimento nacional e de promover a ciência, com toda a sua força plural, em território
brasileiro!
ISSN 2358-615X
Comissão Técnico-Científica:
Ana Gabriela Colantoni - UFG (Campus Cidade de Goiás)
Andréa Cachel - Universidade Estadual de Londrina
Anselmo Tadeu Ferreira - Universidade Federal de Uberlândia
Diego de Souza Avendano - FACES/UFU e UNIFESP
Dirceu Fernando Ferreira - Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) – Uberaba/MG
Fábio Baltazar do Nascimento Júnior - Universidade Federal de Uberlândia
Fábio Coelho da Silva - Universidade Federal de Uberlândia
Fernando Martins Mendonça - Universidade Federal de Uberlândia
Fillipa Carneiro Silveira - Universidade Federal de Uberlândia
Franco Nero Antunes Soares - Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS)
Lucas Nogueira Borges - Universidade Federal de Uberlândia / Humboldt Universität zu Berlin
Luís Gustavo Guadalupe Silveira - Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) –
Uberlândia/MG
Luiz Carlos Santos da Silva - Universidade Federal de Uberlândia
Marcio Tadeu Girotti - FAMEESP/FATECE
Marcos César Seneda - Universidade Federal de Uberlândia
Maria de Lourdes Silva Seneda - FACED – UFU
Maria Socorro Ramos Militão - Universidade Federal de Uberlândia
Paulo Irineu Barreto Fernandes -Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) –
Uberlândia/MG
Vinícius França Freitas - Universidade Federal de Minas Gerais
Comissão Técnica - Ensino Médio
Antonio Ferreira Marques Neto (E.E. Ignácio Paes Leme)
Gabriela Gonçalves Junqueira (E. E. Teotônio Vilela)
Gustavo Rodrigues Rosato (E. E. Felisberto Alves Carrejo)
Luís Gustavo Guadalupe Silveira (IFMT)
Comissão Organizadora:
Andressa Flávia Sousa
Carlos Henrique Jesus de Paula
Daniel Alves Rodrigues
Eduardo Leite Neto
Elisabeth Rocha Bastos
Fernando Tadeu Mondi Galine
Gabriel Viviani Tagliacozzi
Gabryella Couto
Gustavo Rodrigues Rosato
Islane Viana de Souza
João Vitor Alcântara Jorge
Juliana Diaz Quintero
Lucas Guerrezi Derze Marques
Lucas Rodrigues Caixeta
Lucca Fernandes Barroso
Maryane Stella Pinto
Rafael Batista Lopes de Oliveira
Raphael Souza Borges Junior
Silvano Severino Dias
Tosh Shibayama
Periodicidade: Anual
INSTITUTO DE FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE UBERLÂNDIA (IFILO – UFU)
Campus Santa Mônica - Bloco 1U - Sala 125
Av. João Naves de Ávila, 2.121 - Bairro Santa Mônica
Uberlândia - MG - CEP 38408-100
Telefone: (55) 34 3239-4185
http://www.ifilo.ufu.br/
SUMÁRIO
Ensino Médio...........................................................................................................................14
Alexandra Silvestre de Souza da Silva e Paola Dias Ribeiro ..........................................15
Andrei Martins Scaldelai, Fabricio Nunes de Oliveira, João Eduardo Diogo Machado,
João Paulo Fernandes Faleiros Veloso, Renato Rodrigues Campus Filho e Rhandai
Reis Moura ..........................................................................................................................16
Tiago Beijo Lemes Monteiro Júnior ................................................................................17
Clara Victória Oliveira dos Santos ...................................................................................18
Pedro Henrique Vital Camargo ........................................................................................19
Karoline Betanho Fernandes ............................................................................................20
Henrick Damaceno Rabel ..................................................................................................21
Geovana Rodrigues ............................................................................................................22
Nickolly Emilly Sales Souza ..............................................................................................23
Isadora Silva Neves ............................................................................................................24
Anna Júlia Rodrigues Oliveira .........................................................................................25
Ana Gabriela Cândida Pereira .........................................................................................26
João Pedro Lopes Cruzeiro ...............................................................................................27
Frederico Freitas Marques ................................................................................................28
Lorena Martins dos Santos ...............................................................................................29
Mathias Matheus Marinho de Oliveira Barbosa .............................................................30
Giovana Vitória de Deus Frazão ......................................................................................31
Ayane Moura Silva ............................................................................................................32
Vitor do Carmo Santana ...................................................................................................33
Beatriz Evangelista Moreira .............................................................................................34
Elaine Teixeira de Jesus ....................................................................................................35
Roberta Tayná Santos de Araújo .....................................................................................36
Eduarda Alves Macedo ......................................................................................................37
Mikaele Carvalho da Silva ................................................................................................38
Laysa Raianni Rodrigues Veloso ......................................................................................39
Anna Beatriz Paes da Silva Cardoso ................................................................................40
Graduação................................................................................................................................41
Ana Clara da Silva Leme ..................................................................................................42
Ana Cláudia Elias Romeiro ..............................................................................................43
Ariadne Fernandes Lacerda .............................................................................................44
Artur Guilherme dos Santos Furtado ..............................................................................45
Carla de Brito Nascimento ................................................................................................46
Carlos Henrique Jesus de Paula .......................................................................................47
Cecília Lemes Silva ............................................................................................................48
Daniel Ferreira Beckman ..................................................................................................49
Davi Dias Moreira Júnior .................................................................................................50
Davi Holz Alvarenga ..........................................................................................................51
Elisabeth Rocha Bastos ......................................................................................................52
Fabiana Brasil Dos Santos .................................................................................................53
Felipe Fernandes Vieira Santos ........................................................................................54
Gabriel Carvalho da Silva .................................................................................................55
Giovanna Guilherme Santos .............................................................................................56
Gleisson José da Silva ........................................................................................................57
Gustavo Diniz Naves ..........................................................................................................58
Isabelly Santos Pereira ......................................................................................................59
Italo Pereira do Prado .......................................................................................................60
Jeane Carla Tavares e Silva ..............................................................................................61
João Pedro Azevedo Lima .................................................................................................62
Kleber Sienna .....................................................................................................................63
Laís Oliveira Rios ...............................................................................................................64
Leonardo Rosa Cunha .......................................................................................................65
Luan Ferreira Rodrigues ..................................................................................................66
Lucas Pereira Latorraca ...................................................................................................67
Maria Caroline Galdino Vilela .........................................................................................68
Mariana Cristina Bomfim Custodio ................................................................................69
Mariane Rezende Cardoso.................................................................................................70
Matheus de Sá Mieldazis ...................................................................................................71
Matheus Fidelis Ferreira Ventura.....................................................................................72
Mikael Souza Barra Nova de Melo ...................................................................................73
Mirna Almeida Caliman ....................................................................................................74
Natalha Geralda Cunha ....................................................................................................75
Otávio Amorim Costa ........................................................................................................76
Paulo Victor Barata de Sousa............................................................................................77
Pedro Henrique Araújo Corsini .......................................................................................78
Pedro Lemgruber Nascimento ..........................................................................................79
Pedro Ricardo Souza Morais ............................................................................................80
Raffhaella Santos Coelho ..................................................................................................81
Raissa Gonçalves Galvão ...................................................................................................82
Rayane Silva Nunes ............................................................................................................83
Rebert Borges Santos .........................................................................................................84
Rodrigo de Oliveira Faria .................................................................................................85
Rômulo Ribeiro Brito ........................................................................................................86
Ryan Pablo Batista Oliveira...............................................................................................87
Sandra Rosa dos Santos da Silva ......................................................................................88
Sarah Vilela Borges.............................................................................................................89
Stéfany Pires de Carvalho .................................................................................................90
Tamara Tainah Lopes e Silva............................................................................................91
Thales Ferreira Martins ....................................................................................................92
Tosh Shibayama .................................................................................................................93
Virgínia Alves .....................................................................................................................94
Vitor Hugo Resende Sousa Cunha ...................................................................................95
Vitória Elís Martins Fonseca ............................................................................................96
Wallace Guilherme Soares de Brito .................................................................................97
Mestrado...................................................................................................................................98
Ágatha Victória Cavallari Ferreira ..................................................................................99
Alex Bispo Bastos .............................................................................................................100
Aline Franciele Silva Santos ............................................................................................101
Anderson Santos de Sousa ..............................................................................................102
Arthur Alves Almeida Soares de Melo ...........................................................................103
Bárbara Raffaelle Carvalho Santos ................................................................................104
Bruna Beatriz Lemes Carneiro........................................................................................105
Bruno de Novais Oliveira ................................................................................................106
Ciro Amaro Fernandes Nascimento ...............................................................................107
Daniel Rodrigues Placido ................................................................................................108
Daniela Fernandes Cruz ..................................................................................................109
Danival Lucas da Silva .....................................................................................................110
Deiver Vinícius de Melo....................................................................................................111
Éricksen de Oliveira Dias.................................................................................................112
Gabriel Crespo Soares Elias ............................................................................................113
Gabriel Rodrigues da Silva .............................................................................................114
Gabriel Viviani Tagliacozzi .............................................................................................115
Gabriela Ferraz Costa .....................................................................................................116
Giovanni Corradi Sgai .....................................................................................................117
Glória Maria da Silva Bizerra .........................................................................................118
Guilherme Bessa Ferreira Pereira ..................................................................................119
Guilherme Felipe Carvalho..............................................................................................120
Islane Viana de Souza ......................................................................................................121
Itaiara Iza Simplício da Silva...........................................................................................122
Jéssica Fernanda Lagni....................................................................................................123
João Gabriel da Veiga de Noce........................................................................................124
João Vitor Alcântara Jorge .............................................................................................125
Kadú Leandro Firmino ...................................................................................................126
Keywilla da Silva Venceslau ...........................................................................................127
Lazandir Joao da Silva.....................................................................................................128
Lucca Fernandes Barroso ...............................................................................................129
Ludovyco José Viol Moras...............................................................................................130
Marcelo Henrique de Souza Carvalho ...........................................................................131
Mariana Dias Pinheiro Santos.........................................................................................132
Mateus Henriques Patricio ..............................................................................................133
Paloma de Souza Xavier ..................................................................................................134
Paula Mariana Entrudo Rech .........................................................................................135
Pedro Pacheco e Zan ........................................................................................................136
Rafael Batista Lopes de Oliveira ....................................................................................137
Rafaela Fernanda Palhares .............................................................................................138
Raphael Souza Borges Junior .........................................................................................139
Uellinton Valentim Corsi..................................................................................................140
Uilson Júnior Francisco Fernandes ................................................................................141
Wellington Fernandes Pires.............................................................................................142
Wemerson Garcia Ferreira Junior..................................................................................143
Wolfgang Theis..................................................................................................................144
Doutorado ..............................................................................................................................145
Adenaide Amorim Lima ..................................................................................................146
Adhemar Santos de Oliveira ...........................................................................................147
Alan Duarte Araújo ..........................................................................................................148
Alessandra Carvalho Abrahão Sallum ..........................................................................149
Alessandra Peixoto dos Santos ........................................................................................150
Ana Cristina Armond ......................................................................................................151
Bianca Kelly de Souza .....................................................................................................152
Bruno Bertoni Cunha ......................................................................................................153
Bruno dos Santos Queiroz ...............................................................................................154
Carlos Antonio dos Santos ..............................................................................................155
Carlos Eduardo Ruas Dias ..............................................................................................156
Carolina Miranda Sena ...................................................................................................157
Cristiano Rodrigues Peixoto ...........................................................................................158
Dayana Ferreira de Sousa ...............................................................................................159
Douglas Antonio Bassani .................................................................................................160
Elvis de Oliveira Mendes .................................................................................................161
Felipe de Souza Terra ......................................................................................................162
Fernando Tadeu Mondi Galine ......................................................................................163
Gabriel Galbiatti Nunes ..................................................................................................164
Giselly Tiago Ribeiro Amado ..........................................................................................165
Henia Laura de Freitas Duarte........................................................................................166
Henor Luiz dos Reis Hoffmann ......................................................................................167
Igor Alves de Melo ............................................................................................................168
Izabella Tavares Simões Estelita .....................................................................................169
João Paulo Andrade..........................................................................................................170
Juvenal Dias da Rocha .....................................................................................................171
Leandro Nazareth Souto .................................................................................................172
Leonardo Marques Kussler ............................................................................................173
Lucas Guerrezi Derze Marques.......................................................................................174
Marcelo Lopes Rosa..........................................................................................................175
Marcelo Rosa Vieira ........................................................................................................176
Mariana Marques Burkle ................................................................................................177
Maryane Stella Pinto .......................................................................................................178
Maurício Fernando Pitta..................................................................................................179
Michele Teixeira Bonote...................................................................................................180
Pablo Henrique Santos Figueiredo .................................................................................181
Pablo Vinícius Dias Siqueira ...........................................................................................182
Paulo Irineu Barreto Fernandes .....................................................................................183
Ray Renan S. Santos.........................................................................................................184
Regiani Cristina Jacinto Ferreira....................................................................................185
Silvano Severino Dias .......................................................................................................186
Suellen Caroline Teixeira ................................................................................................187
Talita da Silva Moreau.....................................................................................................188
Thaise Maria Dias.............................................................................................................189
Viviane Veloso Pereira Rodegheri...................................................................................190
VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023
14
Ensino Médio
VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023
15
SUNSPRING, tradução e legendas em português: um projeto do grupo de estudos em
filosofia da mente, arte e inteligência artificial (IA) - IFTM Campus Uberlândia
Alexandra Silvestre de Souza da Silva (IFTM)
Paola Dias Ribeiro (IFTM)
Orientação: Paulo Irineu Barreto Fernandes
O Grupo de Estudos em Filosofia da Mente, Arte e Inteligência Artificial - IFTM
Campus Uberlândia tem o objetivo de oferecer um espaço para que os estudantes possam
aprofundar os seus estudos. Desde 2015, muitos estudantes passaram pelo grupo e alguns
continuam participando, na condição de egressos do IFTM. Além de promover um ambiente de
debates, o Grupo incentiva os integrantes a pesquisarem e a publicarem os resultados das
pesquisas, sobretudo a partir da participação em eventos. Integrantes do Grupo apresentaram
trabalhos em todas as edições do EPFIl no Ensino Médio/UFU e três desses tiveram trabalhos
aprovados no ATINER (Atenas, Grécia), embora essa participação não tenha ainda se efetivado,
devido à pandemia, no período de 2020 e 2021, e devido à falta de recursos, desde então. Entre
as produções do Grupo, destacam-se Lives sobre temas de interesse, entre as quais, citamos: “A
Série Dark e a Filosofia” e “O Dilema das Redes”. E está em fase de conclusão a tradução e as
legendas do filme “Infinite Regression”. Desde o início de 2023, um novo projeto de tradução
e legendas teve início sob a responsabilidade dos integrantes mais recentes. Trata-se do filme
(curta-metragem) “SUNSPRING”, o primeiro cujo roteiro foi escrito por Inteligência Artificial,
o que faz desse projeto uma realização que une todas as áreas de interesse do Grupo: Filosofia
da Mente, Arte e Inteligência Artificial. O filme, dirigido por Oscar Sharp, tem o roteiro escrito
por um computador instalado na Universidade de Nova Iorque, denominado “Benjamin”. A
equipe produtora afirma que o roteiro não sofreu interferência humana direta, o que o torna o
primeiro filme cujo roteiro foi escrito integralmente por uma máquina. Além da tradução e
legendas em Português, os integrantes do grupo farão um estudo sobre o filme, para ser
apresentado em forma de minicurso.
VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023
16
Consciência artificial: abordando as questões éticas e filosóficas da inteligência artificial
Andrei Martins Scaldelai (IFTM)
Fabricio Nunes de Oliveira (IFTM)
João Eduardo Diogo Machado (IFTM)
João Paulo Fernandes Faleiros Veloso (IFTM)
Renato Rodrigues Campus Filho (IFTM)
Rhandal Reis Moura (IFTM)
Orientação: Paulo Irineu Barreto Fernandes
A Consciência Artificial se refere à capacidade de uma máquina ou programa de
computador possuir uma forma de autoconsciência, assim como a habilidade de perceber, sentir
e reagir ao mundo ao seu redor de maneira semelhante à dos seres humanos. Como modelo de
linguagem baseado em inteligência artificial, o Chat GPT levanta questões sobre a natureza da
consciência e da mente, e como elas podem ser reproduzidas ou replicadas por máquinas. A
Filosofia da Mente e a Ética da inteligência artificial são áreas de estudo que se preocupam com
essas questões e podem fornecer uma base para entender melhor como a consciência artificial
pode ser desenvolvida e quais seriam as suas implicações éticas. Alguns dos temas que podem
ser abordados incluem a possibilidade de a inteligência artificial desenvolver uma forma de
consciência, como definir e medir a consciência em uma máquina, qual seria o impacto ético e
social da existência de máquinas conscientes, como devemos tratar essas máquinas e se seria
necessário dar-lhes direitos e reconhecimento legal. Explorar o tema da consciência artificial
pode nos ajudar a entender melhor nossas próprias concepções de consciência e mente, bem
como a repensar nossa relação com a tecnologia e a ética em relação aos avanços da inteligência
artificial. Além disso, pode fornecer informações valiosas para a tomada de decisões éticas e
políticas sobre o uso da inteligência artificial em nossa sociedade.
VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023
17
Filosofia da mente, inteligência artificial (IA) e matemática: uma relação centrada na
noção de “espanto”.
Tiago Beijo Lemes Monteiro Júnior (IFTM)
Orientação: Paulo Irineu Barreto Fernandes
Aristóteles escreveu: “Os homens começaram a filosofar por causa da admiração
(espanto) na medida em que, inicialmente, ficavam perplexos diante das dificuldades mais
simples, em seguida, progredindo pouco a pouco, chegaram a enfrentar problemas cada vez
maiores” (ARISTÓTELES Met. 982b,15-20). A partir dessa afirmação, este trabalho objetiva
apresentar uma relação entre Inteligência Artifical (IA) e Matemática, centrada no “espanto” e
mediada pela Filosofia da Mente. Nesse sentido, a relação entre os algoritmos de Inteligência
Artificial e as tecnologias de Machine Learning e Deep Learning constitui um exemplo dessa
possibilidade, significando um avanço do pensamento, a partir do espanto. A eficiência dos
algoritmos é crucial para o desenvolvimento de IA de alta performance, por isso a escolha dos
algoritmos certos é uma das etapas mais importantes do processo. Propomos duas hipóteses
para explicar esta influência: hipótese A: defende que a escolha correta dos algoritmos é
determinante para o desempenho da IA; hipótese B: argumenta que combinar diferentes
algoritmos resulta em melhores resultados. Esta pesquisa é relevante tanto para o avanço teórico
quanto para a prática, nos campos da Filosofia da Mente e da IA, pois pode fornecer
compreensão sobre a influência dos algoritmos nas tecnologias de Machine Learning e Deep
Learning, bem como definir diretrizes para a escolha dos algoritmos mais adequados. Além
disso, pode ser uma fonte valiosa de informação para pesquisadores e profissionais envolvidos
no desenvolvimento, possibilitando o surgimento de novos algoritmos e abordagens para o
desenvolvimento de IA. Logo, percebemos que, embora Matemática, IA e Filosofia da Mente
sejam consideradas áreas distintas, estando inseridas em domínios diferentes, exatas e humanas,
respetivamente, elas nunca estiveram separadas, pois partem de um questionamento em comum,
que conduz à superação de uma ignorância, demonstrando que o procedimento de buscar
soluções confiáveis que envolvem o desenvolvimento de tecnologias é, antes de tudo,
filosófico.
VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023
18
O Dilema das Redes: fake news, opinião vs. verdade
Clara Victória Oliveira dos Santos (IFTM)
Orientação: Luís Gustavo Guadalupe Silveira
Nossa comunicação tem como propósito realizar uma análise filosófica a respeito do
documentário O Dilema das Redes (2020, Netflix), que aborda os impactos das redes sociais
em nossas vidas, principalmente a questão das informações falsas nas redes sociais (Fake
News). A oposição entre opinião e verdade, racionalidade discursiva e retórica sofística, aparece
desde a Antiguidade na Filosofia e aqui iremos recorrer às reflexões de Platão, especialmente
àquelas presentes em seu livro Górgias, para refletir sobre o fenômeno contemporâneo das
informações falsas difundidas por meio de redes sociais. Acreditamos ser possível apontar
semelhanças das informações falsas presentes na internet com a retórica sofística, pois ambas
têm o principal objetivo de convencer o público de que sua opinião (doxa) é a verdadeira,
mesmo sabendo-se de sua falsidade, ocasionando a falta de conexão do que é dito e o
conhecimento real, prejudicando a sua credibilidade e a compreensão do próprio conhecimento.
Visto isso, estabelecer critérios para diferenciar opinião de verdade até hoje continua sendo um
desafio, que parece ganhar ainda mais espaço no contexto de comunicação por meio das redes
sociais. Nesse sentido, a análise filosófica permite refletir sobre as implicações éticas do
problema das Fakes News, contribuindo para a compreensão crítica dos desafios da
comunicação em um mundo cada vez mais conectado e influenciado pela tecnologia.
VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023
19
A ignorância pode ser uma benção?
Pedro Henrique Vital Camargo (E.E. Ignácio Paes Leme)
Orientação: Antonio Ferreira Marques Neto
Há algum tempo me veio o questionamento sobre o porquê existem pessoas tão ansiosas
e deprimidas atualmente, e o porquê de isso ser tão frequente, às vezes até mesmo sem saberem
o motivo, principalmente jovens e adolescentes. Na sociedade atual, com o avanço da
tecnologia e o acesso à informação cada vez mais fácil e rápido, refleti que talvez o motivo de
nossa sociedade ser tão ansiosa e deprimida em relação ao futuro, seja o acesso à informação
demais. Não irei menosprezar o conhecimento nessa pesquisa, longe disso, mas sim trazer uma
visão diferente sobre o assunto. Para entender, irei usar uma ideia de Nietzsche, descrita em seu
livro "Sobre a utilidade e a desvantagem da história para a vida", para que talvez eu possa
chegar à uma conclusão sobre o tema. No texto, Nietzsche argumenta que informação demais
pode ser veneno, e que o único jeito de ser feliz é buscando a ignorância, o que historicamente
falando seria contraditório vindo da filosofia, que significa justamente o contrário disso,
"philo"(amor) e "sophia"(sabedoria), ou seja, amor ao saber. Nietzsche, então, traz uma visão
diferente sobre ignorância, não dizendo que não devemos buscar o conhecer, mas sim
apontando em que momento devemos ser ignorantes, dizendo que talvez ela possa sim ser uma
benção. Como eu mesmo disse anteriormente, não irei menosprezar o conhecimento, dizendo
que não devemos buscá-lo e que o saber nos deixa doente, de forma alguma. Então, para
equilibrar o posicionamento de Nietzsche, irei contrapor uma frase de um filósofo, que é o
oposto de Nietzsche filosoficamente falando: "A vida não examinada, não vale a pena ser
vivida" (Sócrates, 399 a.c).
VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023
20
A educação em Paulo Freire
Karoline Betanho Fernandes (E.E. Ignácio Paes Leme)
Orientação: Antonio Ferreira Marques Neto
Paulo Freire foi um educador e filósofo brasileiro que contribuiu na sua jornada
principalmente no campo da educação. Mesmo assim, ele não é reconhecido por uma parte da
sociedade. Algumas pessoas preferem glorificar assassinos e exploradores em vez de alguém
que tentava ajudar a sociedade com uma educação melhor. Um exemplo disso é o fato de que a
futura estação “Paulo Freire”, prevista para a expansão da Linha 2-Verde do Metrô de São
Paulo, deverá receber o nome do bandeirante Fernão Dias, que ficou conhecido na história do
Brasil como “Caçador de Esmeraldas” e praticante da escravização indígena no século 17.
Há que se perguntar se os representantes do nosso Brasil preferem a educação bancária,
criticada por Freire, em vez de uma educação que propõem uma sociedade igualitária e um
desenvolvimento pleno do estudante?
Segundo Freire, a educação bancária é “um ato de depositar, em que os educandos são
os depositários e o educador, o depositante”. Portanto, podemos dizer que a educação bancária
privilegia a transmissão de conhecimento, sem se preocupar com a retenção destes ou a
relevância destes. Paulo Freire propõe que a educação seja para alcançar a igualdade, a
transformação e a inclusão de todos os indivíduos na sociedade. Podemos concluir que a
educação bancária não é a melhor forma de educar os estuantes, mas que muitas pessoas as
preferem, pois querem que os estudantes só pensem da mesma forma que eles. Querem os deixar
sem a capacidade de evoluir e elaborar a sua própria opinião. Já a educação de Freire propunha
exatamente libertar o aluno das relações de opressão e permitir que eles, nos seus processos de
aprendizagem, elaborassem suas próprias conclusões.
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21
A pluralidade de universos no Timeu de Platão
Henrick Damaceno Rabel (E.E. Ignácio Paes Leme)
Orientação: Antonio Ferreira Marques Neto
O Universo (Kósmos) interpretado como único (monos) por Timeu é historicamente
aceito como a visão (gnomē) concordante com a opinião (dóxa) de Platão e de seus seguidores.
No diálogo platônico ‘Timeu’, descreve-se a ‘criação’ demiúrgica (dēmiourgikos) de maneira
monocósmica, pondo-a de modo a ocupar a maior probabilidade devido a máxima justiça (dikē)
do Demiurgo (Dēmiourgós). Todavia, durante o mesmo discurso (diaíresis), coloca-se em
aberto a questão da pluralidade (plēthōra) definida de mundos e universos (LOSEV, 2015).
Devido a isso, há duas possibilidades sobre a unicidade do mundo atual e seu mesmo local
dependentes do caráter da ‘criação’ advinda do Demiurgo, sendo elas: (i) o Universo como só,
sendo o Demiurgo único por excelência (Timeu 29e–30a), e (ii) o Universo como um universo
isolado dentre outros (Timeu 55d), sendo o Demiurgo organizador isolado de somente um dos
universos. Assim, proponho-me a analisar os trechos particularmente relevantes da obra
‘Timeu’ tangentes à relação entre os primeiros princípios – o limite e o ilimitado – e o Cosmos,
a fim de esclarecer a segunda possibilidade, ou hipótese, qual posiciona a pluralidade de
universos como alternativa ao paradigma clássico da singularidade do mesmo (TIMOTHY,
2018). Em conforme com as informações dispostas, o presente trabalho visa tanto explicar as
preposições referentes ao problema central desta pesquisa – o Universo e sua formação – quanto
mostrar a contraposição das mesmas para que se possa, por antítese e tese, alcançar a síntese e,
portanto, o tema da mesma: o pluralismo de universos no Timeu de Platão.
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O discurso contraditório: liberdade de expressão
Geovana Rodrigues (E.E. Ignácio Paes Leme)
Orientação: Antonio Ferreira Marques Neto
Ter direito à liberdade de expressão está relacionado totalmente com a democracia. E
esse direito foi promulgado na Constituição Brasileira de 1988, tendo como base incluir
opiniões políticas, religiosas e econômicas. Discute-se e se luta pelo direito de expressão dede
a antiguidade até os dias atuais.
Citando Leonardo Valles temos que “conhecer os pensamentos dos demais é tão
importante quanto expressar o próprio.” (Leonardo Valles Bento - Revista de Informação
Legislativa 53 (210), 93-115, 2016). Entendemos então que a liberdade de expressão não tem
uma dimensão apenas individual (emitir opiniões e compartilhar informações e ideias), mas sim
se caracteriza como um direito coletivo. Ou seja, a liberdade de expressão é um direito que afeta
não somente um dos sujeitos da comunicação isoladamente, mas sobre a comunicação como
um todo, processo no qual é fundamental à democracia e às interações humanas.
Porém, o discurso de ódio não deve ser considerado uma liberdade de expressão e,
portanto, deve ser tratado como crime, censurado, evitado e punido. Somos livres, mas não para
sermos: racistas, homofóbicos ou xenofóbicos.
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O cristianismo na filosofia
Nickolly Emilly Sales Souza (E.E. Ignácio Paes Leme)
Orientação: Antonio Ferreira Marques Neto
Entre o cristianismo e a filosofia, há uma grande distância. Sabemos que tanto um
quanto o outro tem fundamentos e crenças diferentes. A filosofia busca explicar e dar razões às
coisas, já o cristianismo tem uma resposta básica e pequena para todas as perguntas: Deus!
Apenas este nome já responde perguntas feitas por um ser humano. A filosofia busca a resposta,
estuda e procura saber o porquê, quando, onde, e até mesmo como ocorre.
Mas, diferente de tudo que já vimos, Justino Mártir (100-164) foi um teólogo que nasceu
em Flávia Nápoles (atual Nablus) e estudou estoicismo e platonismo. Ele tinha como objetivo
explicar e demonstrar que Jesus era o fundamento do qual todos os filósofos da época falavam.
Com seus argumentos e “pregações”, conseguiu converter muitas pessoas influentes, mas
também concebeu muitos inimigos, entre estes inimigos Trifão e Crescêncio. Este último, após
ser humilhado pelos argumentos de Justino, prometeu vingança, o entregando como cristão ao
imperador Marco Aurélio. Por conta disto, Justino foi flagelado e decapitado em Roma, Itália,
junto com companheiros que tinham a mesma fé e crença de Justino, em 164, sendo morto com
64 anos.
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Zygmunt Bauman: amor líquido, sobre a fragilidade dos laços humanos
Isadora Silva Neves (E.E. Ignácio Paes Leme)
Orientação: Antonio Ferreira Marques Neto
Em “Amor Líquido”, Bauman analisa as relações amorosas e particularidades, segundo
ele, da pós-modernidade líquida. Ou seja, em relações instáveis que nossa sociedade tem vivido
mais e mais, ele faz comparação da sociedade em questão ao mercantilismo, em que as pessoas
são tratadas como mercadoria, a fim de serem trocadas do dia para noite, caso não se queira
mais. Não é mais importante se ter, mas sim atualizar sempre.
As relações líquidas se intensificaram ainda mais com as redes sociais, "onde é melhor
mostrar do que realmente ser", pois as redes sociais são redes de aparência, onde as pessoas
podem “se fazer", mostrar o que elas querem, criar uma própria realidade e, com isso, o
relacionamento está por aparência também, não é algo "real", é algo líquido, sendo algo líquido
não tem a responsabilidade do compromisso e nem a cobrança que deveria ter um
relacionamento. Contudo, a facilidade achada na internet não é o fato de se conectar, mas sim
o modo como é fácil se desligar, se livrando de dar explicações e afastando do seu parceiro.
Gostaria de durante o artigo mostrar também sobre como as épocas são extremistas: uma
como total liquidez, onde tudo é motivo para desprender de outra pessoa e outra de certa forma
muito sólida, onde era muito mais difícil desprender de alguém mesmo sendo uma relação
prejudicial.
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Uma análise da percepção de Nietzsche sobre a moral e a religião
Anna Júlia Rodrigues Oliveira (E.E. Ignácio Paes Leme)
Orientação: Antonio Ferreira Marques Neto
O filósofo alemão Nietzsche propõe uma Genealogia da moral. Nesse processo, ele
advoga a moral que predomina na sociedade como uma forma de servidão. A moral, segundo
ele, exige uma negação das diferenças, qualquer um que a questione ou a desobedeça é tido
como um infrator. Inclusive, com a normalização e customização dos valores que compõem a
moral, novos e diferentes valores são impedidos de aparecer.
Nietzsche não enxerga a moral como transcendente, mas sim como fruto de um processo
histórico de construção. Essa construção – ele se refere sobretudo ao cristianismo – acabou por
criar um ambiente propício para a mentalidade de rebanho, uma moral de escravos.
Em suas primeiras obras, Nietzsche foi veemente em sua crítica à religião. Ele
argumentava que a religião era uma negação da vida, uma moralidade artificial que reprimia o
ser humano com a promessa de um pós-vida. A posição de Nietzsche sobre a religião é
complexa e multifacetada, mudando ao longo de sua obra.
Em seus escritos posteriores, Nietzsche teve uma visão mais ambivalente da religião e
argumentou que ela poderia ter um papel positivo na vida humana, fornecendo um senso de
comunidade, propósito e significado, não obstante, ele também cita como a religião pode ser
usada para justificar as mais diversas atrocidades, a tirania e, sobretudo, a opressão.
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Livre arbítrio em Santo Agostinho
Ana Gabriela Cândida Pereira (E. E. Felisberto Alves Carrejo)
Orientação: Gustavo Rodrigues Rosato
O livre arbítrio é a noção de liberdade “interior” relacionada ao próprio eu. No sentido
ético, livre-arbítrio significa liberdade de diferença, por meio da qual o sujeito age pela força
de sua vontade, independentemente dos constrangimentos que sofre. A visão do teólogo Santo
Agostinho sustenta que uma pessoa pode ter a liberdade de escolher o caminho que irá seguir,
essa pessoa pode ter sua liberdade privada de circular livremente, mas não o livre arbítrio
interno. Um exemplo de pessoa que teve sua liberdade privada, mas não o livre arbítrio, foi o
romancista e poeta Miguel de Cervantes, que escreveu a obra Dom Quixote enquanto estava
preso, que, mesmo sem a sua liberdade, conseguiu escrever essa obra com o livre arbítrio de
seus pensamentos. Dessa maneira, podemos dizer que o livre arbítrio está ligado a força de
vontade que seria uma ação ou ato, enquanto o livre arbítrio ainda assim seria mais um
“pensamento”. A obra Sobre o livre-arbítrio de Santo Agostinho foi escrita entre os anos 388-
395. Durante a leitura desta obra, é possível perceber a influência do cristianismo, pois, na visão
de Santo Agostinho, a origem do mal não vem de Deus, mas sim das escolhas que cada pessoa
faz através de sua vontade. O principal foco da origem do mal é que as pessoas associam a
bondade divina com a maldade do mundo, o ser humano, por ter o livre-arbítrio, tem a
possibilidade de escolher seguir o mal ou o bem. A pesquisa pretende apresentar o conceito do
livre-arbítrio na obra Dom Quixote seguindo a filosofia do teólogo Santo Agostinho.
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História do mito e sua importância
João Pedro Lopes Cruzeiro (E. E. Felisberto Alves Carrejo)
Orientação: Gustavo Rodrigues Rosato
“Mito” vem do grego mythós, é uma narrativa fantástica que possui o objetivo de
explicar a origem de tudo aquilo que existe e é considerado importante para um determinado
povo. A reunião dessas narrativas forma um conjunto de explicações sobre o mundo, chamada
de mitologia. A presente pesquisa pretende mostrar a importância do mito na obra de Homero,
“Odisseia”, ao retratar isto, impõe sobre a sociedade de sua época um novo modelo de cultura,
alimentando-os com histórias gregas para fenômenos da natureza e dando novos interpretações
para eles. Por exemplo, quando tinha tempestade, eles acreditavam que Zeus, o deus do trovão,
estava enfurecido com eles, antes do Homero dar esse entendimento tinham outras explicações
para tal coisa. Agora podemos falar sobre a importância do mito para a dominação Romana da
Grécia e sobre como conseguiram interligar os deuses de suas crenças. Por exemplo, eles
adaptaram os nomes de seus deuses para os do panteão grego.
Exemplificaremos os argumentos usando a história mítica de Hércules e seus 12
trabalhos. Hércules é um herói da mitologia greco-romana, um semideus, filho de Zeus com a
mortal Alcmena. Ele é conhecido por uma força incomum e pelas doze atividades que fez para
se redimir de ter matado sua mulher e seus filhos em um ato de loucura causado pela deusa
Hera. Esses trabalhos são, respectivamente: leão de Neméia, hidra de Lerna, javali de Erimanto,
Corça cerinéia, aves do estínfale, cavalariças de áugias, touro de Creta, éguas de diomedes,
cinto de hipólita, bois de Gérion, pomos de ouro e o Cão de Hades. A história de Hércules serve
para nos mostrar que devemos tentar corrigir os nossos erros não importa o que tenhamos que
fazer para que isso aconteça. Com isso, instalou-se um modelo de como ser um homem.
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Diógenes e a sociedade do cansaço
Frederico Freitas Marques (E. E. Felisberto Alves Carrejo)
Orientação: Gustavo Rodrigues Rosato
A presente pesquisa pretende nos mostrar como o autodomínio se manifesta na
capacidade de ser feliz, mesmo nas mais diversas situações da vida. O filósofo grego Diógenes,
incorporou a Enkrateia socrática, percebeu a importância da abnegação e do autodomínio para
a construção de um novo agente moral. Abstém-se de todas as necessidades supérfluas,
indiferente às coisas mundanas, adquire de si e funda assim, bases sólidas para a consolidação
de sua excelente tranquilidade de alma. Com isso em mente, procura-se demonstrar que as
condições materiais não são fatores determinantes para infelicidade e que o estilo de vida frugal
/boêmio pode indicar um caminho para a verdadeira felicidade.
No livro “Sociedade do cansaço” de Byung-Chul Han, ele apresenta que a mudança de
uma sociedade disciplinar para atual sociedade de desempenho, em que todos precisam
“performar no seu máximo”, seria a principal razão para a explosão de doenças neuronais,
enquanto na antiga sociedade disciplinar as pessoas precisavam mais regras, sujeições e
proibições.
Com isso, tem-se o objetivo de traçar alternativas para o cansaço cotidiano na sociedade
atual, utilizando a estratégia da filosofia de Diógenes. Abnegando o máximo possível de
necessidades que nos são impostas pelo marketing da sociedade capitalista.
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29
Origens da filosofia
Lorena Martins dos Santos (E. E. Felisberto Alves Carrejo)
Orientação: Gustavo Rodrigues Rosato
Esse trabalho busca falar sobre as origens da filosofia, mais precisamente onde, quando
e como a filosofia surgiu. A filosofia, também conhecida como “rainha das ciências”, foi a
primeira maneira de conhecer os homens e o mundo de maneira exclusivamente racional. Ela
tem sua origem datada de vários séculos atrás na Grécia, na região da Jônia, na cidade de Mileto,
nos séculos VII e VI a.C. Como citado anteriormente, a filosofia teve origem na Grécia, mas,
para responder sobre o porquê de ela ter surgido com os gregos, existiam duas teses – que não
são mais válidas – chamadas de orientalismo e “o milagre grego”. Atualmente, acredita-se que
a filosofia teve início devido às condições históricas da Grécia nos séculos VII e VI a.C. Essas
condições foram as viagens marítimas, pois, ao viajarem em alto-mar, os gregos perceberam
que, por exemplo, mitos como monstros marinhos não existiam; a invenção do calendário: antes
dessa invenção acreditava-se que os deuses eram os responsáveis por determinar o tempo e,
com o calendário, isso se tornou somente um mito; o surgimento da vida urbana: com isso, uma
nova classe composta por comerciantes e artesãos surgiu, essa classe foi responsável por
estimular as artes, o conhecimento e o desenvolvimento das técnicas; a escrita alfabética: com
essa escrita os mitos foram colocados no papel, o que ajudou a localizar as suas contradições e
evitar que várias versões dos mitos surgissem; e, principalmente, a política foi um fator muito
importante, pois ela exige um pensamento, um alto grau de inteligência e coerência, e isso fez
surgir o pensamento filosófico.
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Avicena, essência e a sua influência na escolástica
Mathias Matheus Marinho de Oliveira Barbosa (E. E. Felisberto Alves Carrejo)
Orientação: Gustavo Rodrigues Rosato
Este trabalho tratará do conceito de "essência" presente na obra O livro da cura, em
árabe Kitab al-shifa' – escrita no século XI, do filósofo persa Avicena, conhecido por muitos
como o maior da tradição islâmica e um dos mais importantes da era pré-moderna da filosofia.
Neste contexto, aprofundar-se-á esse importante bastião do mundo árabe, buscando analisar sua
importância na escolástica europeia que pode ser evidenciada pela nossa visão ocidental atual
de humanidade e o seu peso, com sua principal influência sendo São Tomás de Aquino.
Tal conceito é um dos mais conhecidos cunhados por Avicena, a concepção da "‫"جوهر‬
que é traduzida como "essência", que, em formas teóricas, poderia ser descrita como o seu
estado imutável, a qual pode ser considerada nem única nem múltipla, mas sim, uma união de
ambas pelo contexto. Como exemplo, nós, homo sapiens, possuímos a humanidade, que é um
estado tanto único quanto múltiplo, afinal, todo ser humano possui a sua própria humanidade
que depende exclusivamente de si próprio. Contudo, ao mesmo tempo, a humanidade é conceito
múltiplo, pois todo homem nasce com a essência da humanidade e, por vezes, incorpora
conceitos coletivos à humanidade que, ciclicamente, conceitos coletivos recebem conceitos da
humanidade do homem em seus preceitos.
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Responsabilidade artística com o pensamento-música
Giovana Vitória de Deus Frazão (E. E. Felisberto Alves Carrejo)
Orientação: Gustavo Rodrigues Rosato
O filósofo francês Gilles Deleuze na sua obra Mil Platôs explica o conceito de
pensamento-música, sendo aquilo que diferencia a lógica da diferença e da repetição. Com isso
em mente, seria por um lado pensar em operações musicais (música) e, por outro, um interesse
àquilo que a música coloca em movimento no pensamento, buscando analisar a relação de
complementação de ambos. A presente pesquisa busca expor como o criador, o artista, deve ter
uma responsabilidade de possuir sensibilidade ao criar suas letras e melodias pelo significado
que elas expressam. O filósofo grego Platão apresenta no livro A República suas ressalvas de
que alguns estilos musicais expressam ideologias ruins pelas palavras cantadas nas letras
musicais, mas ele também fala a respeito das melodias e harmonias que devem ser escolhidas
cuidadosamente e que algumas deveriam ser proibidas por serem excessivamente emotivas e
estimulantes. Procura-se, também, salientar que a música deve sim nos trazer sensações e
emoções, uma vez que não é por ela ser triste ou melancólica que ela é errada ou por alguém se
identificar com ela que está a adoecendo. A música serve como refúgio, muitas vezes, pelo
conforto de se sentir acolhido ou trazer uma identificação, por terem seus sentimentos
replicados por ela, além de ter um poder de fazer viajar nas memórias e trazer lembranças que
fazem sentir alegria, tristeza, raiva ou confusão.
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Marginalização e patologização do uso de substâncias psicoativas
Ayane Moura Silva (E. E. Teotônio Vilela)
Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira
O objetivo deste resumo consiste em fazer uma crítica a visões que enxergam a questão
do uso de drogas (substâncias psicoativas) como crime ou doença mental. As drogas causam
mudanças fisiológicas e comportamentais na vida dos usuários, sendo um problema de ordem
mundial, tendo jovens como seus maiores consumidores. No Brasil, o uso de drogas foi
descriminalizado, contudo os usuários passaram a ser considerados doentes mentais. Venda e
produção de entorpecentes são proibidas no país, havendo penas e sanções criminais. A
intervenção do direito penal na questão das drogas, infelizmente, é uma intervenção prejudicial,
pois criou o tráfico e o traficante, com suas mazelas consequentes, que mais prejudicam a
sociedade e a saúde pública como um todo (e não apenas a saúde pública), do que a própria
droga em si. Essas ações são feitas majoritariamente nesses territórios e acabam em mortes de
inocentes e medo constante de quem vive nessas localidades. Essa violência incide,
principalmente, na realidade de pessoas negras, que são a maioria da população nesses
contextos, por conta das desigualdades provocadas pelo racismo. Vemos, então, a urgência de
atualizações nas leis vigentes referente ao tráfico e uso de drogas dentro do nosso país. Uma
estrutura punitivista e patologizante que não resolve o problema em sua raiz, ao contrário,
perpetua um exercício completo de controle de violência, que será aplicado pela força de
segurança pública em territórios mais carentes. O Brasil necessita urgentemente, devido ao
enorme problema que o tráfico de drogas produz em nossa sociedade, de uma nova política de
drogas. A legalização pode ser uma saída possível para esta problemática, pois entende-se que
é a proibição, e não as drogas em si, que cria o traficante e todo crime correlato, prejudicando
exponencialmente a saúde pública que a norma alega proteger.
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Vício como um produto da sociedade capitalista: uma crítica ao modelo biomédico
Vitor do Carmo Santana (E. E. Teotônio Vilela)
Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira
O objetivo deste resumo consiste em apresentar a realidade do vício em sentido amplo,
desde o vício em álcool e drogas lícitas e ilícitas, e até outras formas de se viciar como
pornografia, jogos, redes sociais etc. A partir disso, pretende-se considerar as causas por trás
dos vícios, suas consequências e formas de superação. É importante considerar que os vícios
possuem causas de natureza social. Por exemplo, na sociedade capitalista, marcada pela
exigência de trabalho excessivo e pouco tempo para o lazer, os vícios aparecem como uma fuga
dessa realidade frustrante. Pode-se observar ainda que a ideia de que o vício é uma questão
meramente biológica, adotada pelo modelo biomédico, é uma problemática que esconde o fato
de que o vício possui causas sociais. Um experimento conhecido como "ratolândia", por
exemplo, mostrou que o vício está relacionado a um ambiente ruim. O experimento revelou que
ratos em ambientes com brinquedos e junto a outros ratos se viciam menos em substâncias
psicoativas do que ratos em gaiolas em que o ambiente é ruim e em que ficam sozinhos.
Considera-se, assim, que uma forma de superação desse problema passa por questões sociais
como estabelecer laços com outras pessoas e construir uma sociedade em que as pessoas tenham
mais tempo de lazer.
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Argumentos filosóficos a favor da natureza divina de Cristo
Beatriz Evangelista Moreira (E. E. Teotônio Vilela)
Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira
O objetivo desta apresentação consiste em considerar argumentos filosóficos a favor da
natureza divina de Cristo. Para tanto, serão apresentados os argumentos do trilema de C.S.
Lewis e o argumento da ressurreição do filósofo Willian Lane Craig. Lewis inicia seu
argumento pensando naqueles que afirmam que Jesus é um mestre moral, mas não acreditam
na divindade dele. Para Lewis, Jesus afirmou ser Deus, mas se esse é o caso há apenas três
alternativas: ou ele era mentiroso, ou lunático ou Deus. Se ele era mentiroso, ele seria um
enganador, logo não poderia ser um grande mestre moral. Se ele era lunático, também não
poderia ter dado ensinos morais tão coerentes. Logo, sobra que ele era Deus. Já Craig argumenta
que há evidências históricas que mostram que a ressurreição realmente aconteceu. Ele cita que
o túmulo foi encontrado vazio pelas mulheres, o que seria estranho se fosse uma invenção já
que não se confiava na época no testemunho de mulheres. Ele também pontua que Jesus
ressuscitado foi visto por várias testemunhas oculares de uma só vez. Pelo fato de serem muitas
testemunhas, isso indica que não era uma mentira, nem uma alucinação. Além disso, ele
considera que os discípulos de Jesus foram perseguidos e mortos por espalharem os ensinos de
Cristo, algo que não fariam se soubessem que o que espalhavam era mentira. Se Jesus
ressuscitou, isso confirma que o que ele ensinou era verdade, incluindo sua natureza divina.
Assim, os argumentos filosóficos de C.S. Lewis e Willian Lane Craig indicam que Jesus possui
uma natureza divina.
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Amadurecimento precoce da mulher e a hipersexualização do corpo feminino no
capitalismo
Elaine Teixeira de Jesus (E. E. Teotônio Vilela)
Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira
O objetivo principal deste projeto é mostrar de forma clara e direta o amadurecimento
precoce das mulheres em nossa sociedade que passa de forma despercebida por nossos olhos e
é velada pela indústria, sendo a mesma que lucra em cima dessa situação. As propagandas,
revistas e produtos voltados à chamada indústria da beleza não vê de forma alguma o interesse
quase que prematuro de adolescentes por produtos que prometem deixá-las parecidas com o
ideal proposto pela sociedade quanto mais cedo possível, afinal serão apenas mais
consumidoras de suas linhas de produtos em suas tabelas, nada mais que números. A
problemática se encontra no fato de essa alimentação da adultização feminina ser incentivada
por esse sistema capitalista, no qual a criança desde a primeira infância já sofre com essa pressão
social — desde os 6 meses em que se tem a orelha furada para colocar brincos até o primeiro
batom comprado. Para a fundamentação desta pesquisa, tem-se como base as reflexões de
Simone de Beauvoir em "O Segundo Sexo", onde a autora fala sobre a vivência da mulher
enquanto indivíduo, ou "melhor", o Outro em sociedade, uma obra que ajudará a pensar o corpo
feminino e como a sociedade volta o amadurecimento precoce de meninas para melhor forma-
las a sociedade patriarcal.
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36
O machismo estrutural e a construção da identidade feminina
Roberta Tayná Santos de Araújo (E. E. Teotônio Vilela)
Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira
O objetivo principal desta pesquisa é trazer ao debate os atos e falas machistas que se
manifestam e se perpetuam na sociedade atual, que, quando posto o olhar no Brasil, é comum,
entre risadas e comentários maldosos, a aparição de suposições sobre a sexualidade ou o papel
de gênero de uma mulher por causa de suas roupas, gostos e passatempos. A forma como a
mulher se constrói durante sua vida é recheada por obstáculos e regras sobre como agir, o que
vestir ou expressar, que claramente se tratam de questões estruturais e influenciadas desde a
infância, ou seja, uma estrutura que se funda na cultura e nas raízes de como a figura feminina
surge no Brasil. O problema de tudo isso é como a vida da mulher é afetada por esse machismo
estrutural em suas escolhas, levando de diversas formas a mulher a esconder sua subjetividade
e ser presa nas ditas regras impostas pela sociedade. Através de uma análise da visão atual da
luta das mulheres no Brasil e de suas progressões, será revisitado o texto “O Segundo Sexo”,
de Simone de Beauvoir, para se repensar o que é ser mulher na sociedade atual e até que ponto
a cultura e regras sociais podem de fato ditar os corpos desses sujeitos.
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37
A ética e os debates filosóficos por trás da eutanásia
Eduarda Alves Macedo (E. E. Teotônio Vilela)
Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira
O objetivo principal do trabalho é falar sobre o funcionamento e ética por trás da
eutanásia, que é proporcionar aos indivíduos que sofrem de doenças crônicas ou terminais a
opção de encerrar suas vidas com a assistência de um profissional médico. Esta prática
controversa foi legalizada em alguns países e estados sob normas e diretrizes rígidas. A
eutanásia afeta não só os indivíduos que optam por realizá-la, mas também suas famílias, seus
provedores de saúde e a sociedade como um todo. Os apoiadores argumentam que ele pode
aliviar a dor e o sofrimento daqueles com doenças incuráveis, enquanto os críticos argumentam
que a prática viola a santidade da vida e pode levar a abusos. Independentemente de sua posição
sobre o assunto, é importante ter discussões abertas e honestas, para entender melhor seu
impacto sobre os indivíduos e a sociedade. Também é importante considerar formas alternativas
de cuidado e apoio aos indivíduos com doenças terminais para garantir que eles recebam a
melhor qualidade de vida possível em seus dias restantes. A eutanásia é um tema controverso e
muito debatido tanto nos círculos médicos quanto filosóficos, levantando questões sobre a ética,
o papel dos médicos nos cuidados no final da vida e o que constitui uma vida que vale a pena
viver. Importantes filósofos têm contribuído para o debate contínuo sobre este tema, tais como
Immanuel Kant, que defendeu que a vida humana é um valor inestimável e intrinsecamente
valioso. Do outro lado do espectro, filósofos utilitaristas como John Stuart Mill argumentam
que devemos considerar a quantidade de sofrimento que um indivíduo está passando e pesar
isso contra os benefícios potenciais. Dessa forma, fica evidente que o debate, além de
controverso, não se esgota apenas nessas poucas linhas.
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O sujeito vulnerável e a fome no Brasil
Mikaele Carvalho da Silva (E. E. Teotônio Vilela)
Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira
O objetivo deste texto é abordar a problemática da fome no Brasil, um problema grave
e recorrente que afeta milhões de pessoas em todo o país. De acordo com dados do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), em 2020, cerca de 10 milhões de brasileiros
enfrentaram situações de insegurança alimentar grave, chegando a passar fome. A fome no
Brasil está relacionada a diversos fatores, como a desigualdade social, a pobreza, o desemprego
e a falta de acesso a serviços básicos de saúde e educação. Além disso, a pandemia da COVID-
19 agravou ainda mais a situação da fome no país, especialmente para pessoas que viviam em
situação de vulnerabilidade. Apesar de existirem programas governamentais de combate à fome
e à pobreza, como o Bolsa Família e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar),
que têm ajudado a diminuir a situação de fome e insegurança no país, estes programas têm sido
alvo de críticas e questionamentos sobre sua eficácia e alcance. O direito a uma vida digna deve
abranger todos os aspectos da vida de um cidadão, inclusive o acesso à alimentação adequada.
Portanto, é importante discutir quais caminhos realmente podem fazer a diferença para garantir
uma vida digna e bem alimentada para todos os brasileiros.
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Racismo estrutural no Brasil
Laysa Raianni Rodrigues Veloso (E. E. Teotônio Vilela)
Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira
O objetivo deste trabalho é apontar atitudes enraizadas dentro da nossa sociedade que
podem, sim, ser consideradas racistas, mesmo que não propositalmente. Várias pessoas soltam
certas frases, como: "ah, mas você não é negra, você é moreninha", como se a pessoa fosse se
ofender por ser chamada de negra. Também existem pessoas que usam expressões que poderiam
ser consideradas racistas, como: "estou trabalhando igual preto", como se a expressão não
estivesse relacionada a escravização dos negros antigamente. A problemática deste assunto é
como está enraizada na sociedade brasileira, que por atitudes consideradas pequenas, matam
pessoas todos os dias. Já parou para pensar que pessoas de pele clara se formam com mais
facilidade do que pessoas de pele escura? Por que você acha que pessoas negras moram mais
em favelas do que pessoas brancas? Isso também são grandes consequências do racismo
estrutural. Nosso país está tão acostumado com o pensamento de que "pessoas negras são
inferiores" que acabamos realmente pensando em coisas desse tipo, mesmo que sem sequer
perceber. Pensamentos racistas estruturais não são praticados apenas por pessoas de pele clara,
pessoas negras costumam ter crenças limitantes como consequência desse tipo de
comportamento, não por pessoas dizerem que não conseguem diretamente, mas indiretamente.
Um grande exemplo disso é a expressão "nascer com o pé na cozinha ou na senzala", que é uma
forma racista de se referir a uma pessoa negra, já que traz de volta o período da escravidão em
que o local permitido às mulheres negras era exclusivamente na cozinha da casa grande.
Provavelmente, você nunca havia pensado nisso, não é? Se não, aposto também que não pensou
na probabilidade do pensamento de que "pessoas negras servem apenas para trabalho manual"
ou "mulheres negras servem para cozinhar e cuidar da casa dos outros" se enraizar cada vez
mais na sociedade.
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O problema do ensino básico de educação brasileiro
Anna Beatriz Paes da Silva Cardoso (E. E. Teotônio Vilela)
Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira
O objetivo deste trabalho é abordar sobre os problemas dentro da grade básica curricular
que sofre modificações a todo momento e de toda forma não ouve de verdade os alunos deste
sistema. Nosso sistema dentro da história sofreu diversas modificações, mas sempre colocaram
coisas que muitos alunos não enxergam como necessárias para a vida. Dentro de poucos anos,
várias reformas foram anunciadas e revogadas dentro do âmbito nacional e estadual, todas
apresentadas na TV e mídias com jovens sorrindo, como se aprovassem todas essas ementas,
que nunca foram verificadas por quem vive essa realidade todos os dias, e que demonstram o
quanto quem utiliza aquele sistema não possui voz nenhuma. A problemática deste assunto é a
desmotivação geral dos alunos, o grande abandono de muitos e a grande comparação com países
no qual existe culinária, robótica e diversas outras áreas que geram interesse ao aluno em
estudar e de querer um futuro em faculdade e outras áreas. A forma como o sistema brasileiro
é voltado somente para o teórico, como formas de aprendizagem também voltadas a essa escola
mais positivista e até mesmo já considerada retrógrada. Para comprovar essa hipótese, será
utilizado relato de experiência de meus colegas e também meu como aluna do ensino médio e
também como base trechos da BNCC e demonstram todo esse problema dentro de nosso
sistema.
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Graduação
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Os problemas da implementação da educação emancipada de adorno
Ana Clara da Silva Leme (UFU)
Este trabalho tem como objetivo apresentar o problema no âmbito da educação
apontadas na teoria de Adorno em Educação e Emancipação. Os argumentos encontrados nas
transcrições dos diálogos que compõem a obra demonstram a contrariedade de Adorno com a
questão do idealismo dentro dos métodos de ensino de sua época, afirmando que uma educação
de qualidade não pode ser considerada como algo que modele o indivíduo, ou ser uma mera
transmissão de conhecimento, o que remeteria a um processo vazio e sem vida. A ideia é que a
educação seja feita de forma tal que possa desenvolver um pensamento crítico e uma
consciência emancipada de cada indivíduo. Através do diálogo entre Adorno e Becker, o
desenvolvimento da obra nos traz, entretanto, as considerações de uma série de pontos de cunho
social que podem se apresentar como obstáculos na efetivação da teoria adorniana: a questão
da idade correta com que tal consciência deve ser trabalhada, a própria organização do mundo,
que se tornou opressora por ser ideológica, além da ambiguidade nas próprias reflexões, pois,
para formar sujeitos com pensamento crítico, não se pode ter uma conduta heteronímia e
generalizar o método de ensino – o que geraria um processo puramente ideológico, o qual
Adorno é contra. Em seguida na obra vemos mais um apontamento crítico de Adorno, agora
em relação ao termo alienação, onde alega que há uma supervalorização ou mero equívoco de
seu significado. Remetendo ao historicismo dentro da educação, outro aspecto social também a
ser considerado é da aptidão às adaptações e, consequentemente, as experiências. Neste ponto,
Adorno e Becker apontam que não há uma harmonia que engendra teoria e prática, e que,
portanto, este seria o problema ao qual ainda precisam encontrar a solução. Deste modo, é em
vista de procurar uma resposta eficaz a este problema que o texto se propõe.
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A primeira prova cartesiana da existência de Deus e os seus desdobramentos metafísicos
Ana Cláudia Elias Romeiro (UFU)
Orientação: Alexandre Guimarães Tadeu de Soares
O presente trabalho possui como objetivo discutir os principais argumentos que são
utilizados por Descartes, na Terceira Meditação, para elaborar a primeira prova à posteriori da
existência de Deus. Desvendando essa amplitude teórica, investigaremos especificamente como
que no axioma da causa está disposto todo o instrumental teórico necessário para a produção
dessa primeira prova. A argumentação se inicia tendo como ponto de partida as próprias
realidades das ideias, a saber a realidade atual/formal e a realidade objetiva.
Tendo em vista que as realidades objetivas correspondem aos conteúdos das ideias, o
que o filósofo francês vai fazer é aplicar o axioma da causa a elas, a fim de examinar se há
algum conteúdo na mente que a causa não poderia provir do próprio sujeito, uma vez que na
causa deve haver tanto quanto há em seu efeito. Após refletir, Descartes conclui que a única
ideia que não pode proceder dele mesmo é a ideia de Deus, pois ela possui conteúdos como:
infinitude, independência, eternidade e imutabilidade, que fazem com que ela tenha tamanha
realidade objetiva e consequentemente um grau de perfeição infinito que não poderiam proceder
causalmente da natureza finita do cogito.
Assim sendo, a ideia de Deus tem que ter como causa algo que possua tanta realidade
objetiva quanto ela, porque o mais perfeito não pode decorrer do menos perfeito, o que significa
que Deus por ser uma substância infinita não pode provir do sujeito, que é finito. Dessa maneira,
Descartes prova que então ele não está só no mundo, há algo exterior à mente, algo que é causa
da ideia de infinito também existe necessariamente, sendo tal causa Deus.
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44
Convergências e divergências entre duas formas de crítica à modernidade
Ariadne Fernandes Lacerda (UFU)
Orientação: Fillipa Carneiro Silveira
O presente trabalho tem como objetivo principal analisar comparativamente duas
formas de crítica à modernidade pertencentes a vertentes filosóficas distintas – ilustradas aqui
por Adorno e Horkheimer, de um lado, e por Foucault, de outro. Ambas as posições enxergam
na promessa kantiana do sujeito autônomo um fracasso: a humanidade não atingiu o estado de
maioridade. Por trás do fracasso da promessa kantiana há nas duas formas de crítica à
modernidade um comum diagnóstico do entrelaçamento entre poder e conhecimento que recai
sobre o sujeito moderno, mas que, no entanto, se sustenta a partir de diferentes
comprometimentos teóricos assumidos. Nesse sentido, será investigado como cada uma das
duas formas de crítica histórica à modernidade se fundamenta, tendo como categorias de análise
as relações entre “racionalidade” e “dominação”, utilizadas por Adorno e Horkheimer, e “saber”
e “poder”, usadas por Foucault. A partir dessa investigação, busca-se explicitar quais as
aproximações e quais as divergências possíveis entre uma posição e outra. Além disso, busca-
se também discutir, a partir do comum diagnóstico do entrelaçamento entre poder e
conhecimento nas sociedades modernas, em que medida é possível pensar, em cada uma das
posições, uma “saída” desse estado em que se encontra o sujeito moderno – atravessado por
relações de poder violentas que atuam de forma mascarada na sociedade.
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45
Nietzsche, O Anticristo e a psicofisiologia da nocividade cristã1
Artur Guilherme dos Santos Furtado (UFPA/CNPq)
Orientação: Ivan Risafi de Pontes
Este trabalho visa analisar os aspectos psicofisiológicos do tipo cristão e o motivo de
sua nocividade aos olhos de Nietzsche a partir das discussões presentes em O Anticristo. Se
parte da ideia de décadence enquanto ideia básica de rejeição e domesticação dos impulsos
humanos, a fim de retraçar o florescimento das noções de fisiologia e psicologia como conceitos
descritivos do tipo de homem cuja moralidade expressa uma atitude niilista. Para Nietzsche, o
conceito central que caracteriza o sujeito moderno passa pela ideia de décadence, mencione-se,
porém, o fato de não haver na obra do filósofo uma teoria sistematizada pelo o que ele
depreende de tal noção. Que esse modo anti sistemático de trabalho filosófico não seja lido
como uma imprecisão conceitual, mas como um apontamento ou uma perspectivação do
conceito analisado. No Anticristo, Nietzsche vai apontar para o fato de a moralidade cristã ser
nociva, tanto fisiológica, quanto psicologicamente, porque se alimenta de uma vontade de nada,
de uma tendência à negação da realidade e, portanto, da própria vida. Assim, o filósofo vai
aproximar a figura do Cristo tanto quanto alguém tomado por idiotia, no sentido de inapreensão
da realidade, quanto a de um símbolo que expressa uma moral de mortificação dos impulsos,
logo, mortificação e moldura de um tipo de corpo e de moralidade: a do homem cristão tomado
por culpa e ressentimento, expiados apenas com a punição ao próprio corpo. A este tipo,
Nietzsche contrapõe a figura de Dionísio, sua transvaloração e negação do idealismo em suas
mais diversas formas: moralidade cristã, pessimismo, niilismo. O Anticristo é assim também
um chamado à saúde, à reconstituição dos impulsos, daí a insistência nas noções de fisiologia
e psicologia, uma reinterpretação do corpo enquanto grande razão, uma ruptura com o dualismo
corpo-alma. É a fim de compreender esta ruptura que este trabalho se volta.
1
Pesquisa desenvolvida com o apoio do Programa PIBIC/UFPA, vinculada ao trabalho “O Jesus de Nazaré de
Friedrich Nietzsche”
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Escrevivência, filosofia e o seu ensino.
Carla de Brito Nascimento (UFU)
Orientação: José Benedito de Almeida Júnior
A produção acadêmica, mesmo com as políticas públicas de ingresso à universidade,
ainda é um desafio para estudantes não brancos. Não é rara a sensação de “não pertencimento”
que compõem a rotina acadêmica. Especificamente na graduação em filosofia, dado que
raramente as filosofias negras ou indígenas são abordadas na grade curricular. A prática
tradicional da escrita acadêmica inviabiliza saberes e desqualifica possíveis contribuições. Por
isso, ensejasse explorar como a escrita de vivências pode contribuir na formação acadêmica e
fomentar a elaboração de estratégias de resistência contra o epistemicídio. “Escrevivência” é
um conceito criado pela escritora Conceição Evaristo, que retrata as subjetividades e visa
colocar as pessoas em posição de autores e protagonistas de suas próprias histórias, ou seja, é
possível refletir a trajetória de pessoas não brancas, em forma e conteúdo, trazendo para a
superfície do discurso vivências particulares, mas também sociais e coletivas. Este trabalho tem
uma pretensão desafiadora, visto que, para acessar o ambiente acadêmico, é preciso despir-se
de alguns elementos constituintes e constituidores. Isso ocorre porque precisamos imitar o
modelo eurocêntrico de produção do conhecimento. Nessa perspectiva, visamos elaborar
algumas reflexões sobre noção de reconhecimento, pertencimento e relações raciais a partir da
escrita de vivências. Analisando o contexto estruturalmente racista da sociedade brasileira que
faz o possível para anular, ocultar ou exterminar os saberes dos povos não brancos. Portanto,
buscaremos sintetizar os elementos centrais implicados no fundamento da concepção de
"escrevivência" enquanto conceito e método que se intercruzam no processo de ensino.
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A luta dos contrários: relações entre consciente e inconsciente na obra de Carl Gustav
Jung2
Carlos Henrique Jesus de Paula (UFU/PIBIC-FAPEMIG)
Orientação: José Benedito de Almeida Júnior
Este trabalho tem por objetivo principal apresentar o fenômeno da enantiodromia –
conceito da filosofia antiga, de Heráclito - nas obras de Carl Gustav Jung, especificamente em
sua psicologia do complexo. O conceito deste fenômeno, em suma, é a luta dos contrários ou,
em outras palavras, correr em sentido contrário; trata-se da concepção de que tudo o que existe
se transforma ou se equilibra em seu oposto. Logo, este fenômeno não apenas determina as
relações entre os opostos, mas indica a revelação de um trabalho em conjunto dentre toda sua
estrutura, inclusive na psique humana, ou seja, um equilíbrio entre o consciente e inconsciente
– sendo o inconsciente conceitualmente desenvolvido pela psicanálise. Para desenvolver os
principais passos sobre este fenômeno será utilizada a própria referência que Jung faz à
importância dos fragmentos e pensamentos de Heráclito, bem como as noções fundamentais de
suas próprias obras. Jung percebe, ao longo de suas experiências, pesquisas e reflexões, que na
psique humana há sempre jogos contrários, como consciência e inconsciência, ego e self, anima
e animus, sonhos e pensamentos conscientes. Dito isso, para apresentar e compreender as bases
de representação do consciente e inconsciente na mente humana ou psique, segundo os estudos
de Carl Gustav Jung, faz-se necessário lançar mão de cada conceito e suas oposições. Não se
deve interpretá-las como meras funções cerebrais, mas uma exploração da estrutura da psique
humana e seus símbolos. Enfim, a enantiodromia é o fenômeno a ser observado e que servirá
de base para a compreensão das oposições na realidade.
2
Fragmento de pesquisa realizado em oferecimento aos programas PIBIC/FAPEMIG.
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Direito natural: a compreensão historicista de Giambattista Vico
Cecília Lemes Silva (UFU)
Orientação: Dr. Sertório de Amorim e Silva Neto
Ao ser mencionado o Direito Natural é comum que entoe em nossas ideias um direito
objetivo e universal, independente de crenças particulares de uma determinada sociedade em
um determinado período. Tratando essa visão como uma abordagem tradicional, este trabalho
tem como objetivo apresentar uma concepção e construção argumentativa divergente no que
diz respeito a este mesmo tema. Por meio de uma leitura analítica e interpretativa sobretudo da
primeira edição da Ciência Nova (1725), apresenta-se a argumentação do pensador italiano
Giambattista Vico (1668 - 1744) no que concerne ao Direito Natural, segundo o qual deve-se
considerar duas características marcantes do jusnaturalismo – a imutabilidade e a
universalidade – e, no entanto, deve-se ponderar ainda sobre o elemento essencial da nova
ciência proposta por Vico – a historicidade. A fim de demonstrar (i) que o Direito Natural é
determinado pelas necessidades e utilidades humanas de acordo com aquilo que sentem
comumente todos os membros de um povo em certos tempos e em certas circunstâncias e (ii)
que a justiça e a compreensão do Direito Natural são somente alcançadas quando o homem
atinge a sua completa razão em sua forma mais “propriamente humana”, isto é, para ele, ao
longo do curso histórico; utilizar-se-á de outros conceitos fundamentais da filosofia deste autor,
tais como natureza humana, sociabilidade, providência divina e senso comum, e refazer-se-á o
caminho histórico delimitado por ele desde a ausência de uma organização social, na qual
encontra-se uma natureza humana primitiva e um conjunto de leis centradas na superstição;
passando pela aristocracia com a solenidade dos atos legítimos; até, finalmente, a monarquia
ou a república, estágios em que, segundo Vico, é possível identificar a própria e eterna natureza
humana diante da qual apresenta-se o Direito Natural dos povos que ditam que os homens
devem comunicar igualmente suas utilidades e vontades determinadas pela consciência.
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O enigma de Pierre e relatos de atitudes proposicionais
Daniel Ferreira Beckman (UFMA)
Orientação: Marcio Kléos Freire Pereira
O problema condutor desta apresentação é a aparente possibilidade de atribuir crenças
contraditórias a agentes doxásticos que não as possuem. A discussão está no escopo da
Semântica Filosófica e meu objetivo será analisar de que modo o artigo A puzzle about belief
(1979), de Saul Kripke, impacta a discussão dos relatos de atitudes proposicionais. Para isso,
será apresentado o enigma de Pierre, proposto por Kripke, que parece demonstrar que a
atribuição de crenças contraditórias surge de nossas práticas pré-teóricas de relatar crenças, e
não de qualquer posição em relação ao princípio de substituição salva - veritate em contexto
doxástico. O enigma de Pierre é construído a partir de dois princípios: o de descitação e o de
tradução. O primeiro momento da exposição será uma breve explicação do problema dos relatos
de atitudes proposicionais, que será seguido de uma solução clássica (a de Frege). O argumento
de Frege consiste em culpar a substituição salva-veritate defendida pela teoria da referência
direta. No segundo momento, haverá uma breve explicação dos princípios pré-teóricos
mencionados acima para, logo em seguida, apresentar o enigma proposto por Saul Kripke.
Nesse passo, o objetivo é mostrar que a conclusão obtida (uma crença contraditória) usando o
princípio de substituição salva-veritate também se segue de um argumento que não usa tal
princípio. Portanto, não se pode culpá-lo, uma vez que tal princípio não foi usado para a
construção do enigma/argumento.
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Natureza humana como hierarquia da racionalidade e condição humana como possível
alternativa3
Davi Dias Moreira Júnior (UFU/CNPQ)
Orientação: Luiz Carlos Santos da Silva
A pesquisa consiste em analisar, comparativamente, as concepções de natureza humana
em Aristóteles e condição humana em Hobbes, observando-os sob uma ótica de como podem
ser usados para fundamentar filosoficamente a exclusão social. Será analisada primeiramente
uma cronologia das definições de natureza ou condição humana, e a partir disso é analisado o
livro A Política de Aristóteles. Com o intuito de examinar sua concepção de natureza humana
como um animal político e que tal natureza teria uma hierarquia com base na racionalidade de
homens, mulheres, crianças, pessoas escravizadas etc. Sua concepção de natureza humana
imutável baseada numa estrutura de mais racional e humana é estudada em conjunto com a de
condição humana cunhada por Thomas Hobbes em seu livro O Leviatã. Para o autor todos os
humanos são seres irracionais que aprendem a racionalidade, e que antes do Estado viviam em
um estado natural de selvageria (guerra de todos contra todos), no qual todos teriam o mesmo
direito a todas as coisas e a lei natural era a da autoconservação. Nesta perspectiva, homens,
mulheres, senhores, escravizados são todos iguais por natureza e não é um estado natural seu
lugar em uma hierarquia social, mas sim uma condição humana em que se encontram. Além
dos dois principais autores são utilizados outros complementares, tais como Locke, Rousseau e
Roger Trigg. O objetivo principal é demonstrar como esses conceitos podem ter fundamentado
uma tradição hierárquica das relações sociais, teorias eugênicas, etc. Em suma, tenta-se mostrar
um caráter mais forte de condição mutável e não tanto de natureza imutável, e caso concluir-se
que tenha esse caráter imutável, é demonstrado os perigos dele e alternativas para outras
concepções.
3
Agradeço a agência de pesquisa CNPQ e ao orientador Luiz Carlos Santos da Silva.
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Acreditavam os gregos em seus mitos? Uma análise dos conceitos de "crença" e
"verdade" na obra homônima de Paul Veyne
Davi Holz Alvarenga (UFU)
Em sua clássica obra Acreditavam os gregos em seus mitos?, Paul Veyne direciona as
suas reflexões à Grécia Antiga, onde levanta a seguinte questão, colocada já no título de seu
livro: será que o povo que nos legou a Filosofia e a Democracia realmente acreditava em mitos
como o do Minotauro? Para respondê-la, o autor apresenta-nos às suas concepções de crença e
verdade, expressas nos conceitos de "mundos de crença" e "programas de verdade".
Inicialmente, Veyne analisa as obras de historiadores gregos como Tucídides e Heródoto, as
quais, mesmo deixando explícito que os mitos são ficções, estão cheias de deuses e mitos. A
explicação reside no fato de o mito fazer parte de uma tradição, tendo, junto com a crença, uma
função social. Os gregos, portanto, acreditavam e não acreditavam em seus mitos; enquanto
estavam em uma cerimônia, acreditavam, mas, enquanto faziam as suas atividades cotidianas,
já não acreditavam mais. É como um cristão que, enquanto está em uma celebração, na igreja,
acredita em histórias como a de Moisés, mas, em seu dia a dia, não acredita mais. Veyne, a
partir disso, defende que as crenças sempre estão interligadas em um sistema (chamado
"programa de verdade") — aderir a uma crença, portanto, é aderir automaticamente a várias
outras. E, como somos seres gregários, sempre estaremos vinculados a certos grupos sociais,
como o da igreja, da política, do futebol (os quais Veyne chama de "mundos de crenças"). Dessa
forma, enquanto membros desses grupos, passamos a adotar todo um sistemas de crenças, de
modo tão espontâneo e inconsciente que sequer sabemos que possuímos muitas de nossas
crenças. Tem-se, com isso, o objetivo desta comunicação: explorar a principal tese de Veyne
na obra — a de que as crenças humanas são circunstanciais e estão interligadas em um sistema.
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  • 1.
  • 2. ISSN 2358-615X Resumos do XVII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, VIII Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VI Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio Volume 17 – número 17 Junho de 2023 IFILO – UFU Organizadores: Marcos César Seneda Fernando Tadeu Mondi Galine João Vitor Alcântara Jorge Revisores: Elisabeth Rocha Bastos Fernando Tadeu Mondi Galine Gabriel Viviani Tagliacozzi Islane Viana de Souza Juliana Diaz Quintero Lucas Rodrigues Caixeta Maryane Stella Pinto Raphael Souza Borges Junior
  • 3. XVII ENCONTRO DE PESQUISA EM FILOSOFIA DA UFU VIII ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UFU VI ENCONTRO DE PESQUISA EM FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO O Encontro de Pesquisa em Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) é um evento regular de pesquisa, que visa a fortalecer a inserção regional e nacional da comunidade filosófica representada pelos grupos e núcleos de pesquisa agregados ao Instituto de Filosofia (IFILO). O propósito do evento é a intensificação da integração dos estudantes – da graduação e da pós-graduação – e dos docentes e discentes do Ensino Médio com a comunidade filosófica nacional. Ao mesmo tempo, o evento pretende atuar decisivamente como fonte de incentivo para que os estudantes apresentem seus primeiros trabalhos e adquiram, por esse meio, um pouco da prática da produção de pesquisa especializada. Acentua nossa satisfação, ao organizá-lo anualmente, o fato de o evento ter se ampliado e se tornado uma mostra significativa do diversificado e consistente trabalho de pesquisa dos estudantes. Conquanto sejam grandes os impactos da pandemia na organização de eventos, devendo-se, à primeira vista, esperar uma queda no número de participações, não foi, no entanto, isso que tem ocorrido. No ano de 2022 conseguimos fazer um evento bem-organizado e com grande participação dos alunos de graduação e pós-graduação, dando sequência ao trabalho de mais de uma década de divulgação da investigação científica produzida no Brasil. Nesse ano, decidimos retomar o evento presencial como principal, mas manter o formato online, em vista da demanda de comunicadores de outros estados. No ano corrente, conseguimos voltar o evento para junho, e nos próximos anos pretendemos realizá-lo sempre em junho, como ocorria tradicionalmente antes da pandemia. A decisão de manter uma parte do evento acontecendo online foi tomada ao ver que, nos eventos online, estudantes e pesquisadores das cinco regiões se inscreveram e puderam apresentar suas comunicações em virtude da facilidade de não precisar se locomover. Assim, avaliamos que não ter mais a possibilidade dessas apresentações poderia empobrecer o evento. É importante ressaltar que, mesmo com os ataques sofridos pela área de filosofia nos últimos anos, isso não implicou em uma desorganização da produção de conhecimento científico dessa área de conhecimento. A área está viva, os pesquisadores continuam trabalhando e interagindo. E isso mostra a força da pesquisa especializada no país. Conforme já começou a ocorrer, esperamos a partir desse ano um apoio crescente para as atividades de ensino, pesquisa e extensão, para recuperarmos a inserção da filosofia no debate público e na vida da sociedade. A reunião de esforços pessoais e institucionais tem cooperado fortemente
  • 4. para que a área não se desestruture e se mantenha na luta para recuperar níveis importantes de financiamento da pesquisa, com auxílio dos quais a filosofia possa retomar seu crescimento institucional e dar sua colaboração na vida pública do país. Nos eventos realizados em 2021 e 2022 houve um envolvimento expressivo da comunidade filosófica nacional, com a aprovação de resumos enviados por pesquisadores de diversas universidades brasileiras, provenientes de diversas partes do país. Neste ano, nós teremos a décima sétima edição do evento, realização que confirma o compromisso dos estudantes e do corpo docente do Instituto de Filosofia da UFU com a pesquisa e disseminação do saber filosófico. Será realizado também, concomitantemente com o XVII Encontro de Pesquisa em Filosofia, o VIII Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU, encontro esse que recebeu contribuições significativas de pesquisadores de diversas universidades brasileiras nas sete edições anteriores. Trata-se de um evento que tem crescido ano a ano, e agora já se encontra consolidado como uma grande mostra de divulgação e discussão da pesquisa em filosofia no Brasil. Temos tido uma participação crescente de mestrandos e doutorandos que, mesmo nas edições presenciais, vêm até a UFU para apresentar e discutir os seus trabalhos de pesquisa. Sejam sempre bem-vindos! Além disso, realizaremos também o VI Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, com participação de alunos oriundos de escolas da cidade. É imensa a nossa satisfação em receber esses alunos no interior do evento de pesquisa, juntamente com os professores orientadores do Ensino Médio. Esperamos, com essa experiência, incentivar a pesquisa no Ensino Médio, vindo a ampliar e consolidar a presença desses alunos nos próximos eventos. É grande o nosso contentamento ao perceber que isso já está ocorrendo, e que teremos uma forte participação dos alunos do Ensino Médio no ano de 2023. A conferência de abertura dos eventos será proferida pelo Profº. Dr. Wallace de Moraes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no dia 12 de junho de 2023, às 19 horas, que falará sobre o seguinte tema: “Esquerda e direita sob uma perspectiva decolonia libertária e quilombola”. Também contaremos com a Mesa Redonda: “Mulheres Discutem o Fascismo”, realizada com as Professoras doutoras da UFU Ana Maria Said, Georgia Amitrano e Maria Socorro Militão, tendo sua realização marcada para o dia 16 de junho de 2023, às 19 horas. O presente caderno apresenta o resultado de duas significativas mostras da pesquisa acadêmica nacional, às quais se soma o trabalho de pesquisa de estudantes do Ensino Médio, e pretende ser um incentivo para a produção de conhecimento filosófico e um veículo para a sua divulgação.
  • 5. Nesses anos que foram marcados pela pandemia, nos empenhamos sobremaneira para que a atividade de pesquisa continuasse a ser desenvolvida com todo o vigor, e agradecemos a todos que têm somado os seus esforços nessa luta pela ciência brasileira. Desejamos à comunidade de pesquisa um bom evento! Este ano, com o evento presencial, esperamos todos e todas vocês de braços abertos, para que a UFU possa continuar sua missão de lutar pelo desenvolvimento nacional e de promover a ciência, com toda a sua força plural, em território brasileiro!
  • 6. ISSN 2358-615X Comissão Técnico-Científica: Ana Gabriela Colantoni - UFG (Campus Cidade de Goiás) Andréa Cachel - Universidade Estadual de Londrina Anselmo Tadeu Ferreira - Universidade Federal de Uberlândia Diego de Souza Avendano - FACES/UFU e UNIFESP Dirceu Fernando Ferreira - Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) – Uberaba/MG Fábio Baltazar do Nascimento Júnior - Universidade Federal de Uberlândia Fábio Coelho da Silva - Universidade Federal de Uberlândia Fernando Martins Mendonça - Universidade Federal de Uberlândia Fillipa Carneiro Silveira - Universidade Federal de Uberlândia Franco Nero Antunes Soares - Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) Lucas Nogueira Borges - Universidade Federal de Uberlândia / Humboldt Universität zu Berlin Luís Gustavo Guadalupe Silveira - Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) – Uberlândia/MG Luiz Carlos Santos da Silva - Universidade Federal de Uberlândia Marcio Tadeu Girotti - FAMEESP/FATECE Marcos César Seneda - Universidade Federal de Uberlândia Maria de Lourdes Silva Seneda - FACED – UFU Maria Socorro Ramos Militão - Universidade Federal de Uberlândia Paulo Irineu Barreto Fernandes -Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) – Uberlândia/MG Vinícius França Freitas - Universidade Federal de Minas Gerais Comissão Técnica - Ensino Médio Antonio Ferreira Marques Neto (E.E. Ignácio Paes Leme) Gabriela Gonçalves Junqueira (E. E. Teotônio Vilela) Gustavo Rodrigues Rosato (E. E. Felisberto Alves Carrejo) Luís Gustavo Guadalupe Silveira (IFMT)
  • 7. Comissão Organizadora: Andressa Flávia Sousa Carlos Henrique Jesus de Paula Daniel Alves Rodrigues Eduardo Leite Neto Elisabeth Rocha Bastos Fernando Tadeu Mondi Galine Gabriel Viviani Tagliacozzi Gabryella Couto Gustavo Rodrigues Rosato Islane Viana de Souza João Vitor Alcântara Jorge Juliana Diaz Quintero Lucas Guerrezi Derze Marques Lucas Rodrigues Caixeta Lucca Fernandes Barroso Maryane Stella Pinto Rafael Batista Lopes de Oliveira Raphael Souza Borges Junior Silvano Severino Dias Tosh Shibayama Periodicidade: Anual INSTITUTO DE FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (IFILO – UFU) Campus Santa Mônica - Bloco 1U - Sala 125 Av. João Naves de Ávila, 2.121 - Bairro Santa Mônica Uberlândia - MG - CEP 38408-100 Telefone: (55) 34 3239-4185 http://www.ifilo.ufu.br/
  • 8. SUMÁRIO Ensino Médio...........................................................................................................................14 Alexandra Silvestre de Souza da Silva e Paola Dias Ribeiro ..........................................15 Andrei Martins Scaldelai, Fabricio Nunes de Oliveira, João Eduardo Diogo Machado, João Paulo Fernandes Faleiros Veloso, Renato Rodrigues Campus Filho e Rhandai Reis Moura ..........................................................................................................................16 Tiago Beijo Lemes Monteiro Júnior ................................................................................17 Clara Victória Oliveira dos Santos ...................................................................................18 Pedro Henrique Vital Camargo ........................................................................................19 Karoline Betanho Fernandes ............................................................................................20 Henrick Damaceno Rabel ..................................................................................................21 Geovana Rodrigues ............................................................................................................22 Nickolly Emilly Sales Souza ..............................................................................................23 Isadora Silva Neves ............................................................................................................24 Anna Júlia Rodrigues Oliveira .........................................................................................25 Ana Gabriela Cândida Pereira .........................................................................................26 João Pedro Lopes Cruzeiro ...............................................................................................27 Frederico Freitas Marques ................................................................................................28 Lorena Martins dos Santos ...............................................................................................29 Mathias Matheus Marinho de Oliveira Barbosa .............................................................30 Giovana Vitória de Deus Frazão ......................................................................................31 Ayane Moura Silva ............................................................................................................32 Vitor do Carmo Santana ...................................................................................................33 Beatriz Evangelista Moreira .............................................................................................34 Elaine Teixeira de Jesus ....................................................................................................35 Roberta Tayná Santos de Araújo .....................................................................................36 Eduarda Alves Macedo ......................................................................................................37 Mikaele Carvalho da Silva ................................................................................................38 Laysa Raianni Rodrigues Veloso ......................................................................................39 Anna Beatriz Paes da Silva Cardoso ................................................................................40 Graduação................................................................................................................................41 Ana Clara da Silva Leme ..................................................................................................42 Ana Cláudia Elias Romeiro ..............................................................................................43
  • 9. Ariadne Fernandes Lacerda .............................................................................................44 Artur Guilherme dos Santos Furtado ..............................................................................45 Carla de Brito Nascimento ................................................................................................46 Carlos Henrique Jesus de Paula .......................................................................................47 Cecília Lemes Silva ............................................................................................................48 Daniel Ferreira Beckman ..................................................................................................49 Davi Dias Moreira Júnior .................................................................................................50 Davi Holz Alvarenga ..........................................................................................................51 Elisabeth Rocha Bastos ......................................................................................................52 Fabiana Brasil Dos Santos .................................................................................................53 Felipe Fernandes Vieira Santos ........................................................................................54 Gabriel Carvalho da Silva .................................................................................................55 Giovanna Guilherme Santos .............................................................................................56 Gleisson José da Silva ........................................................................................................57 Gustavo Diniz Naves ..........................................................................................................58 Isabelly Santos Pereira ......................................................................................................59 Italo Pereira do Prado .......................................................................................................60 Jeane Carla Tavares e Silva ..............................................................................................61 João Pedro Azevedo Lima .................................................................................................62 Kleber Sienna .....................................................................................................................63 Laís Oliveira Rios ...............................................................................................................64 Leonardo Rosa Cunha .......................................................................................................65 Luan Ferreira Rodrigues ..................................................................................................66 Lucas Pereira Latorraca ...................................................................................................67 Maria Caroline Galdino Vilela .........................................................................................68 Mariana Cristina Bomfim Custodio ................................................................................69 Mariane Rezende Cardoso.................................................................................................70 Matheus de Sá Mieldazis ...................................................................................................71 Matheus Fidelis Ferreira Ventura.....................................................................................72 Mikael Souza Barra Nova de Melo ...................................................................................73 Mirna Almeida Caliman ....................................................................................................74 Natalha Geralda Cunha ....................................................................................................75 Otávio Amorim Costa ........................................................................................................76 Paulo Victor Barata de Sousa............................................................................................77
  • 10. Pedro Henrique Araújo Corsini .......................................................................................78 Pedro Lemgruber Nascimento ..........................................................................................79 Pedro Ricardo Souza Morais ............................................................................................80 Raffhaella Santos Coelho ..................................................................................................81 Raissa Gonçalves Galvão ...................................................................................................82 Rayane Silva Nunes ............................................................................................................83 Rebert Borges Santos .........................................................................................................84 Rodrigo de Oliveira Faria .................................................................................................85 Rômulo Ribeiro Brito ........................................................................................................86 Ryan Pablo Batista Oliveira...............................................................................................87 Sandra Rosa dos Santos da Silva ......................................................................................88 Sarah Vilela Borges.............................................................................................................89 Stéfany Pires de Carvalho .................................................................................................90 Tamara Tainah Lopes e Silva............................................................................................91 Thales Ferreira Martins ....................................................................................................92 Tosh Shibayama .................................................................................................................93 Virgínia Alves .....................................................................................................................94 Vitor Hugo Resende Sousa Cunha ...................................................................................95 Vitória Elís Martins Fonseca ............................................................................................96 Wallace Guilherme Soares de Brito .................................................................................97 Mestrado...................................................................................................................................98 Ágatha Victória Cavallari Ferreira ..................................................................................99 Alex Bispo Bastos .............................................................................................................100 Aline Franciele Silva Santos ............................................................................................101 Anderson Santos de Sousa ..............................................................................................102 Arthur Alves Almeida Soares de Melo ...........................................................................103 Bárbara Raffaelle Carvalho Santos ................................................................................104 Bruna Beatriz Lemes Carneiro........................................................................................105 Bruno de Novais Oliveira ................................................................................................106 Ciro Amaro Fernandes Nascimento ...............................................................................107 Daniel Rodrigues Placido ................................................................................................108 Daniela Fernandes Cruz ..................................................................................................109 Danival Lucas da Silva .....................................................................................................110 Deiver Vinícius de Melo....................................................................................................111
  • 11. Éricksen de Oliveira Dias.................................................................................................112 Gabriel Crespo Soares Elias ............................................................................................113 Gabriel Rodrigues da Silva .............................................................................................114 Gabriel Viviani Tagliacozzi .............................................................................................115 Gabriela Ferraz Costa .....................................................................................................116 Giovanni Corradi Sgai .....................................................................................................117 Glória Maria da Silva Bizerra .........................................................................................118 Guilherme Bessa Ferreira Pereira ..................................................................................119 Guilherme Felipe Carvalho..............................................................................................120 Islane Viana de Souza ......................................................................................................121 Itaiara Iza Simplício da Silva...........................................................................................122 Jéssica Fernanda Lagni....................................................................................................123 João Gabriel da Veiga de Noce........................................................................................124 João Vitor Alcântara Jorge .............................................................................................125 Kadú Leandro Firmino ...................................................................................................126 Keywilla da Silva Venceslau ...........................................................................................127 Lazandir Joao da Silva.....................................................................................................128 Lucca Fernandes Barroso ...............................................................................................129 Ludovyco José Viol Moras...............................................................................................130 Marcelo Henrique de Souza Carvalho ...........................................................................131 Mariana Dias Pinheiro Santos.........................................................................................132 Mateus Henriques Patricio ..............................................................................................133 Paloma de Souza Xavier ..................................................................................................134 Paula Mariana Entrudo Rech .........................................................................................135 Pedro Pacheco e Zan ........................................................................................................136 Rafael Batista Lopes de Oliveira ....................................................................................137 Rafaela Fernanda Palhares .............................................................................................138 Raphael Souza Borges Junior .........................................................................................139 Uellinton Valentim Corsi..................................................................................................140 Uilson Júnior Francisco Fernandes ................................................................................141 Wellington Fernandes Pires.............................................................................................142 Wemerson Garcia Ferreira Junior..................................................................................143 Wolfgang Theis..................................................................................................................144 Doutorado ..............................................................................................................................145
  • 12. Adenaide Amorim Lima ..................................................................................................146 Adhemar Santos de Oliveira ...........................................................................................147 Alan Duarte Araújo ..........................................................................................................148 Alessandra Carvalho Abrahão Sallum ..........................................................................149 Alessandra Peixoto dos Santos ........................................................................................150 Ana Cristina Armond ......................................................................................................151 Bianca Kelly de Souza .....................................................................................................152 Bruno Bertoni Cunha ......................................................................................................153 Bruno dos Santos Queiroz ...............................................................................................154 Carlos Antonio dos Santos ..............................................................................................155 Carlos Eduardo Ruas Dias ..............................................................................................156 Carolina Miranda Sena ...................................................................................................157 Cristiano Rodrigues Peixoto ...........................................................................................158 Dayana Ferreira de Sousa ...............................................................................................159 Douglas Antonio Bassani .................................................................................................160 Elvis de Oliveira Mendes .................................................................................................161 Felipe de Souza Terra ......................................................................................................162 Fernando Tadeu Mondi Galine ......................................................................................163 Gabriel Galbiatti Nunes ..................................................................................................164 Giselly Tiago Ribeiro Amado ..........................................................................................165 Henia Laura de Freitas Duarte........................................................................................166 Henor Luiz dos Reis Hoffmann ......................................................................................167 Igor Alves de Melo ............................................................................................................168 Izabella Tavares Simões Estelita .....................................................................................169 João Paulo Andrade..........................................................................................................170 Juvenal Dias da Rocha .....................................................................................................171 Leandro Nazareth Souto .................................................................................................172 Leonardo Marques Kussler ............................................................................................173 Lucas Guerrezi Derze Marques.......................................................................................174 Marcelo Lopes Rosa..........................................................................................................175 Marcelo Rosa Vieira ........................................................................................................176 Mariana Marques Burkle ................................................................................................177 Maryane Stella Pinto .......................................................................................................178 Maurício Fernando Pitta..................................................................................................179
  • 13. Michele Teixeira Bonote...................................................................................................180 Pablo Henrique Santos Figueiredo .................................................................................181 Pablo Vinícius Dias Siqueira ...........................................................................................182 Paulo Irineu Barreto Fernandes .....................................................................................183 Ray Renan S. Santos.........................................................................................................184 Regiani Cristina Jacinto Ferreira....................................................................................185 Silvano Severino Dias .......................................................................................................186 Suellen Caroline Teixeira ................................................................................................187 Talita da Silva Moreau.....................................................................................................188 Thaise Maria Dias.............................................................................................................189 Viviane Veloso Pereira Rodegheri...................................................................................190
  • 14. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 14 Ensino Médio
  • 15. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 15 SUNSPRING, tradução e legendas em português: um projeto do grupo de estudos em filosofia da mente, arte e inteligência artificial (IA) - IFTM Campus Uberlândia Alexandra Silvestre de Souza da Silva (IFTM) Paola Dias Ribeiro (IFTM) Orientação: Paulo Irineu Barreto Fernandes O Grupo de Estudos em Filosofia da Mente, Arte e Inteligência Artificial - IFTM Campus Uberlândia tem o objetivo de oferecer um espaço para que os estudantes possam aprofundar os seus estudos. Desde 2015, muitos estudantes passaram pelo grupo e alguns continuam participando, na condição de egressos do IFTM. Além de promover um ambiente de debates, o Grupo incentiva os integrantes a pesquisarem e a publicarem os resultados das pesquisas, sobretudo a partir da participação em eventos. Integrantes do Grupo apresentaram trabalhos em todas as edições do EPFIl no Ensino Médio/UFU e três desses tiveram trabalhos aprovados no ATINER (Atenas, Grécia), embora essa participação não tenha ainda se efetivado, devido à pandemia, no período de 2020 e 2021, e devido à falta de recursos, desde então. Entre as produções do Grupo, destacam-se Lives sobre temas de interesse, entre as quais, citamos: “A Série Dark e a Filosofia” e “O Dilema das Redes”. E está em fase de conclusão a tradução e as legendas do filme “Infinite Regression”. Desde o início de 2023, um novo projeto de tradução e legendas teve início sob a responsabilidade dos integrantes mais recentes. Trata-se do filme (curta-metragem) “SUNSPRING”, o primeiro cujo roteiro foi escrito por Inteligência Artificial, o que faz desse projeto uma realização que une todas as áreas de interesse do Grupo: Filosofia da Mente, Arte e Inteligência Artificial. O filme, dirigido por Oscar Sharp, tem o roteiro escrito por um computador instalado na Universidade de Nova Iorque, denominado “Benjamin”. A equipe produtora afirma que o roteiro não sofreu interferência humana direta, o que o torna o primeiro filme cujo roteiro foi escrito integralmente por uma máquina. Além da tradução e legendas em Português, os integrantes do grupo farão um estudo sobre o filme, para ser apresentado em forma de minicurso.
  • 16. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 16 Consciência artificial: abordando as questões éticas e filosóficas da inteligência artificial Andrei Martins Scaldelai (IFTM) Fabricio Nunes de Oliveira (IFTM) João Eduardo Diogo Machado (IFTM) João Paulo Fernandes Faleiros Veloso (IFTM) Renato Rodrigues Campus Filho (IFTM) Rhandal Reis Moura (IFTM) Orientação: Paulo Irineu Barreto Fernandes A Consciência Artificial se refere à capacidade de uma máquina ou programa de computador possuir uma forma de autoconsciência, assim como a habilidade de perceber, sentir e reagir ao mundo ao seu redor de maneira semelhante à dos seres humanos. Como modelo de linguagem baseado em inteligência artificial, o Chat GPT levanta questões sobre a natureza da consciência e da mente, e como elas podem ser reproduzidas ou replicadas por máquinas. A Filosofia da Mente e a Ética da inteligência artificial são áreas de estudo que se preocupam com essas questões e podem fornecer uma base para entender melhor como a consciência artificial pode ser desenvolvida e quais seriam as suas implicações éticas. Alguns dos temas que podem ser abordados incluem a possibilidade de a inteligência artificial desenvolver uma forma de consciência, como definir e medir a consciência em uma máquina, qual seria o impacto ético e social da existência de máquinas conscientes, como devemos tratar essas máquinas e se seria necessário dar-lhes direitos e reconhecimento legal. Explorar o tema da consciência artificial pode nos ajudar a entender melhor nossas próprias concepções de consciência e mente, bem como a repensar nossa relação com a tecnologia e a ética em relação aos avanços da inteligência artificial. Além disso, pode fornecer informações valiosas para a tomada de decisões éticas e políticas sobre o uso da inteligência artificial em nossa sociedade.
  • 17. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 17 Filosofia da mente, inteligência artificial (IA) e matemática: uma relação centrada na noção de “espanto”. Tiago Beijo Lemes Monteiro Júnior (IFTM) Orientação: Paulo Irineu Barreto Fernandes Aristóteles escreveu: “Os homens começaram a filosofar por causa da admiração (espanto) na medida em que, inicialmente, ficavam perplexos diante das dificuldades mais simples, em seguida, progredindo pouco a pouco, chegaram a enfrentar problemas cada vez maiores” (ARISTÓTELES Met. 982b,15-20). A partir dessa afirmação, este trabalho objetiva apresentar uma relação entre Inteligência Artifical (IA) e Matemática, centrada no “espanto” e mediada pela Filosofia da Mente. Nesse sentido, a relação entre os algoritmos de Inteligência Artificial e as tecnologias de Machine Learning e Deep Learning constitui um exemplo dessa possibilidade, significando um avanço do pensamento, a partir do espanto. A eficiência dos algoritmos é crucial para o desenvolvimento de IA de alta performance, por isso a escolha dos algoritmos certos é uma das etapas mais importantes do processo. Propomos duas hipóteses para explicar esta influência: hipótese A: defende que a escolha correta dos algoritmos é determinante para o desempenho da IA; hipótese B: argumenta que combinar diferentes algoritmos resulta em melhores resultados. Esta pesquisa é relevante tanto para o avanço teórico quanto para a prática, nos campos da Filosofia da Mente e da IA, pois pode fornecer compreensão sobre a influência dos algoritmos nas tecnologias de Machine Learning e Deep Learning, bem como definir diretrizes para a escolha dos algoritmos mais adequados. Além disso, pode ser uma fonte valiosa de informação para pesquisadores e profissionais envolvidos no desenvolvimento, possibilitando o surgimento de novos algoritmos e abordagens para o desenvolvimento de IA. Logo, percebemos que, embora Matemática, IA e Filosofia da Mente sejam consideradas áreas distintas, estando inseridas em domínios diferentes, exatas e humanas, respetivamente, elas nunca estiveram separadas, pois partem de um questionamento em comum, que conduz à superação de uma ignorância, demonstrando que o procedimento de buscar soluções confiáveis que envolvem o desenvolvimento de tecnologias é, antes de tudo, filosófico.
  • 18. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 18 O Dilema das Redes: fake news, opinião vs. verdade Clara Victória Oliveira dos Santos (IFTM) Orientação: Luís Gustavo Guadalupe Silveira Nossa comunicação tem como propósito realizar uma análise filosófica a respeito do documentário O Dilema das Redes (2020, Netflix), que aborda os impactos das redes sociais em nossas vidas, principalmente a questão das informações falsas nas redes sociais (Fake News). A oposição entre opinião e verdade, racionalidade discursiva e retórica sofística, aparece desde a Antiguidade na Filosofia e aqui iremos recorrer às reflexões de Platão, especialmente àquelas presentes em seu livro Górgias, para refletir sobre o fenômeno contemporâneo das informações falsas difundidas por meio de redes sociais. Acreditamos ser possível apontar semelhanças das informações falsas presentes na internet com a retórica sofística, pois ambas têm o principal objetivo de convencer o público de que sua opinião (doxa) é a verdadeira, mesmo sabendo-se de sua falsidade, ocasionando a falta de conexão do que é dito e o conhecimento real, prejudicando a sua credibilidade e a compreensão do próprio conhecimento. Visto isso, estabelecer critérios para diferenciar opinião de verdade até hoje continua sendo um desafio, que parece ganhar ainda mais espaço no contexto de comunicação por meio das redes sociais. Nesse sentido, a análise filosófica permite refletir sobre as implicações éticas do problema das Fakes News, contribuindo para a compreensão crítica dos desafios da comunicação em um mundo cada vez mais conectado e influenciado pela tecnologia.
  • 19. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 19 A ignorância pode ser uma benção? Pedro Henrique Vital Camargo (E.E. Ignácio Paes Leme) Orientação: Antonio Ferreira Marques Neto Há algum tempo me veio o questionamento sobre o porquê existem pessoas tão ansiosas e deprimidas atualmente, e o porquê de isso ser tão frequente, às vezes até mesmo sem saberem o motivo, principalmente jovens e adolescentes. Na sociedade atual, com o avanço da tecnologia e o acesso à informação cada vez mais fácil e rápido, refleti que talvez o motivo de nossa sociedade ser tão ansiosa e deprimida em relação ao futuro, seja o acesso à informação demais. Não irei menosprezar o conhecimento nessa pesquisa, longe disso, mas sim trazer uma visão diferente sobre o assunto. Para entender, irei usar uma ideia de Nietzsche, descrita em seu livro "Sobre a utilidade e a desvantagem da história para a vida", para que talvez eu possa chegar à uma conclusão sobre o tema. No texto, Nietzsche argumenta que informação demais pode ser veneno, e que o único jeito de ser feliz é buscando a ignorância, o que historicamente falando seria contraditório vindo da filosofia, que significa justamente o contrário disso, "philo"(amor) e "sophia"(sabedoria), ou seja, amor ao saber. Nietzsche, então, traz uma visão diferente sobre ignorância, não dizendo que não devemos buscar o conhecer, mas sim apontando em que momento devemos ser ignorantes, dizendo que talvez ela possa sim ser uma benção. Como eu mesmo disse anteriormente, não irei menosprezar o conhecimento, dizendo que não devemos buscá-lo e que o saber nos deixa doente, de forma alguma. Então, para equilibrar o posicionamento de Nietzsche, irei contrapor uma frase de um filósofo, que é o oposto de Nietzsche filosoficamente falando: "A vida não examinada, não vale a pena ser vivida" (Sócrates, 399 a.c).
  • 20. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 20 A educação em Paulo Freire Karoline Betanho Fernandes (E.E. Ignácio Paes Leme) Orientação: Antonio Ferreira Marques Neto Paulo Freire foi um educador e filósofo brasileiro que contribuiu na sua jornada principalmente no campo da educação. Mesmo assim, ele não é reconhecido por uma parte da sociedade. Algumas pessoas preferem glorificar assassinos e exploradores em vez de alguém que tentava ajudar a sociedade com uma educação melhor. Um exemplo disso é o fato de que a futura estação “Paulo Freire”, prevista para a expansão da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo, deverá receber o nome do bandeirante Fernão Dias, que ficou conhecido na história do Brasil como “Caçador de Esmeraldas” e praticante da escravização indígena no século 17. Há que se perguntar se os representantes do nosso Brasil preferem a educação bancária, criticada por Freire, em vez de uma educação que propõem uma sociedade igualitária e um desenvolvimento pleno do estudante? Segundo Freire, a educação bancária é “um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador, o depositante”. Portanto, podemos dizer que a educação bancária privilegia a transmissão de conhecimento, sem se preocupar com a retenção destes ou a relevância destes. Paulo Freire propõe que a educação seja para alcançar a igualdade, a transformação e a inclusão de todos os indivíduos na sociedade. Podemos concluir que a educação bancária não é a melhor forma de educar os estuantes, mas que muitas pessoas as preferem, pois querem que os estudantes só pensem da mesma forma que eles. Querem os deixar sem a capacidade de evoluir e elaborar a sua própria opinião. Já a educação de Freire propunha exatamente libertar o aluno das relações de opressão e permitir que eles, nos seus processos de aprendizagem, elaborassem suas próprias conclusões.
  • 21. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 21 A pluralidade de universos no Timeu de Platão Henrick Damaceno Rabel (E.E. Ignácio Paes Leme) Orientação: Antonio Ferreira Marques Neto O Universo (Kósmos) interpretado como único (monos) por Timeu é historicamente aceito como a visão (gnomē) concordante com a opinião (dóxa) de Platão e de seus seguidores. No diálogo platônico ‘Timeu’, descreve-se a ‘criação’ demiúrgica (dēmiourgikos) de maneira monocósmica, pondo-a de modo a ocupar a maior probabilidade devido a máxima justiça (dikē) do Demiurgo (Dēmiourgós). Todavia, durante o mesmo discurso (diaíresis), coloca-se em aberto a questão da pluralidade (plēthōra) definida de mundos e universos (LOSEV, 2015). Devido a isso, há duas possibilidades sobre a unicidade do mundo atual e seu mesmo local dependentes do caráter da ‘criação’ advinda do Demiurgo, sendo elas: (i) o Universo como só, sendo o Demiurgo único por excelência (Timeu 29e–30a), e (ii) o Universo como um universo isolado dentre outros (Timeu 55d), sendo o Demiurgo organizador isolado de somente um dos universos. Assim, proponho-me a analisar os trechos particularmente relevantes da obra ‘Timeu’ tangentes à relação entre os primeiros princípios – o limite e o ilimitado – e o Cosmos, a fim de esclarecer a segunda possibilidade, ou hipótese, qual posiciona a pluralidade de universos como alternativa ao paradigma clássico da singularidade do mesmo (TIMOTHY, 2018). Em conforme com as informações dispostas, o presente trabalho visa tanto explicar as preposições referentes ao problema central desta pesquisa – o Universo e sua formação – quanto mostrar a contraposição das mesmas para que se possa, por antítese e tese, alcançar a síntese e, portanto, o tema da mesma: o pluralismo de universos no Timeu de Platão.
  • 22. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 22 O discurso contraditório: liberdade de expressão Geovana Rodrigues (E.E. Ignácio Paes Leme) Orientação: Antonio Ferreira Marques Neto Ter direito à liberdade de expressão está relacionado totalmente com a democracia. E esse direito foi promulgado na Constituição Brasileira de 1988, tendo como base incluir opiniões políticas, religiosas e econômicas. Discute-se e se luta pelo direito de expressão dede a antiguidade até os dias atuais. Citando Leonardo Valles temos que “conhecer os pensamentos dos demais é tão importante quanto expressar o próprio.” (Leonardo Valles Bento - Revista de Informação Legislativa 53 (210), 93-115, 2016). Entendemos então que a liberdade de expressão não tem uma dimensão apenas individual (emitir opiniões e compartilhar informações e ideias), mas sim se caracteriza como um direito coletivo. Ou seja, a liberdade de expressão é um direito que afeta não somente um dos sujeitos da comunicação isoladamente, mas sobre a comunicação como um todo, processo no qual é fundamental à democracia e às interações humanas. Porém, o discurso de ódio não deve ser considerado uma liberdade de expressão e, portanto, deve ser tratado como crime, censurado, evitado e punido. Somos livres, mas não para sermos: racistas, homofóbicos ou xenofóbicos.
  • 23. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 23 O cristianismo na filosofia Nickolly Emilly Sales Souza (E.E. Ignácio Paes Leme) Orientação: Antonio Ferreira Marques Neto Entre o cristianismo e a filosofia, há uma grande distância. Sabemos que tanto um quanto o outro tem fundamentos e crenças diferentes. A filosofia busca explicar e dar razões às coisas, já o cristianismo tem uma resposta básica e pequena para todas as perguntas: Deus! Apenas este nome já responde perguntas feitas por um ser humano. A filosofia busca a resposta, estuda e procura saber o porquê, quando, onde, e até mesmo como ocorre. Mas, diferente de tudo que já vimos, Justino Mártir (100-164) foi um teólogo que nasceu em Flávia Nápoles (atual Nablus) e estudou estoicismo e platonismo. Ele tinha como objetivo explicar e demonstrar que Jesus era o fundamento do qual todos os filósofos da época falavam. Com seus argumentos e “pregações”, conseguiu converter muitas pessoas influentes, mas também concebeu muitos inimigos, entre estes inimigos Trifão e Crescêncio. Este último, após ser humilhado pelos argumentos de Justino, prometeu vingança, o entregando como cristão ao imperador Marco Aurélio. Por conta disto, Justino foi flagelado e decapitado em Roma, Itália, junto com companheiros que tinham a mesma fé e crença de Justino, em 164, sendo morto com 64 anos.
  • 24. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 24 Zygmunt Bauman: amor líquido, sobre a fragilidade dos laços humanos Isadora Silva Neves (E.E. Ignácio Paes Leme) Orientação: Antonio Ferreira Marques Neto Em “Amor Líquido”, Bauman analisa as relações amorosas e particularidades, segundo ele, da pós-modernidade líquida. Ou seja, em relações instáveis que nossa sociedade tem vivido mais e mais, ele faz comparação da sociedade em questão ao mercantilismo, em que as pessoas são tratadas como mercadoria, a fim de serem trocadas do dia para noite, caso não se queira mais. Não é mais importante se ter, mas sim atualizar sempre. As relações líquidas se intensificaram ainda mais com as redes sociais, "onde é melhor mostrar do que realmente ser", pois as redes sociais são redes de aparência, onde as pessoas podem “se fazer", mostrar o que elas querem, criar uma própria realidade e, com isso, o relacionamento está por aparência também, não é algo "real", é algo líquido, sendo algo líquido não tem a responsabilidade do compromisso e nem a cobrança que deveria ter um relacionamento. Contudo, a facilidade achada na internet não é o fato de se conectar, mas sim o modo como é fácil se desligar, se livrando de dar explicações e afastando do seu parceiro. Gostaria de durante o artigo mostrar também sobre como as épocas são extremistas: uma como total liquidez, onde tudo é motivo para desprender de outra pessoa e outra de certa forma muito sólida, onde era muito mais difícil desprender de alguém mesmo sendo uma relação prejudicial.
  • 25. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 25 Uma análise da percepção de Nietzsche sobre a moral e a religião Anna Júlia Rodrigues Oliveira (E.E. Ignácio Paes Leme) Orientação: Antonio Ferreira Marques Neto O filósofo alemão Nietzsche propõe uma Genealogia da moral. Nesse processo, ele advoga a moral que predomina na sociedade como uma forma de servidão. A moral, segundo ele, exige uma negação das diferenças, qualquer um que a questione ou a desobedeça é tido como um infrator. Inclusive, com a normalização e customização dos valores que compõem a moral, novos e diferentes valores são impedidos de aparecer. Nietzsche não enxerga a moral como transcendente, mas sim como fruto de um processo histórico de construção. Essa construção – ele se refere sobretudo ao cristianismo – acabou por criar um ambiente propício para a mentalidade de rebanho, uma moral de escravos. Em suas primeiras obras, Nietzsche foi veemente em sua crítica à religião. Ele argumentava que a religião era uma negação da vida, uma moralidade artificial que reprimia o ser humano com a promessa de um pós-vida. A posição de Nietzsche sobre a religião é complexa e multifacetada, mudando ao longo de sua obra. Em seus escritos posteriores, Nietzsche teve uma visão mais ambivalente da religião e argumentou que ela poderia ter um papel positivo na vida humana, fornecendo um senso de comunidade, propósito e significado, não obstante, ele também cita como a religião pode ser usada para justificar as mais diversas atrocidades, a tirania e, sobretudo, a opressão.
  • 26. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 26 Livre arbítrio em Santo Agostinho Ana Gabriela Cândida Pereira (E. E. Felisberto Alves Carrejo) Orientação: Gustavo Rodrigues Rosato O livre arbítrio é a noção de liberdade “interior” relacionada ao próprio eu. No sentido ético, livre-arbítrio significa liberdade de diferença, por meio da qual o sujeito age pela força de sua vontade, independentemente dos constrangimentos que sofre. A visão do teólogo Santo Agostinho sustenta que uma pessoa pode ter a liberdade de escolher o caminho que irá seguir, essa pessoa pode ter sua liberdade privada de circular livremente, mas não o livre arbítrio interno. Um exemplo de pessoa que teve sua liberdade privada, mas não o livre arbítrio, foi o romancista e poeta Miguel de Cervantes, que escreveu a obra Dom Quixote enquanto estava preso, que, mesmo sem a sua liberdade, conseguiu escrever essa obra com o livre arbítrio de seus pensamentos. Dessa maneira, podemos dizer que o livre arbítrio está ligado a força de vontade que seria uma ação ou ato, enquanto o livre arbítrio ainda assim seria mais um “pensamento”. A obra Sobre o livre-arbítrio de Santo Agostinho foi escrita entre os anos 388- 395. Durante a leitura desta obra, é possível perceber a influência do cristianismo, pois, na visão de Santo Agostinho, a origem do mal não vem de Deus, mas sim das escolhas que cada pessoa faz através de sua vontade. O principal foco da origem do mal é que as pessoas associam a bondade divina com a maldade do mundo, o ser humano, por ter o livre-arbítrio, tem a possibilidade de escolher seguir o mal ou o bem. A pesquisa pretende apresentar o conceito do livre-arbítrio na obra Dom Quixote seguindo a filosofia do teólogo Santo Agostinho.
  • 27. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 27 História do mito e sua importância João Pedro Lopes Cruzeiro (E. E. Felisberto Alves Carrejo) Orientação: Gustavo Rodrigues Rosato “Mito” vem do grego mythós, é uma narrativa fantástica que possui o objetivo de explicar a origem de tudo aquilo que existe e é considerado importante para um determinado povo. A reunião dessas narrativas forma um conjunto de explicações sobre o mundo, chamada de mitologia. A presente pesquisa pretende mostrar a importância do mito na obra de Homero, “Odisseia”, ao retratar isto, impõe sobre a sociedade de sua época um novo modelo de cultura, alimentando-os com histórias gregas para fenômenos da natureza e dando novos interpretações para eles. Por exemplo, quando tinha tempestade, eles acreditavam que Zeus, o deus do trovão, estava enfurecido com eles, antes do Homero dar esse entendimento tinham outras explicações para tal coisa. Agora podemos falar sobre a importância do mito para a dominação Romana da Grécia e sobre como conseguiram interligar os deuses de suas crenças. Por exemplo, eles adaptaram os nomes de seus deuses para os do panteão grego. Exemplificaremos os argumentos usando a história mítica de Hércules e seus 12 trabalhos. Hércules é um herói da mitologia greco-romana, um semideus, filho de Zeus com a mortal Alcmena. Ele é conhecido por uma força incomum e pelas doze atividades que fez para se redimir de ter matado sua mulher e seus filhos em um ato de loucura causado pela deusa Hera. Esses trabalhos são, respectivamente: leão de Neméia, hidra de Lerna, javali de Erimanto, Corça cerinéia, aves do estínfale, cavalariças de áugias, touro de Creta, éguas de diomedes, cinto de hipólita, bois de Gérion, pomos de ouro e o Cão de Hades. A história de Hércules serve para nos mostrar que devemos tentar corrigir os nossos erros não importa o que tenhamos que fazer para que isso aconteça. Com isso, instalou-se um modelo de como ser um homem.
  • 28. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 28 Diógenes e a sociedade do cansaço Frederico Freitas Marques (E. E. Felisberto Alves Carrejo) Orientação: Gustavo Rodrigues Rosato A presente pesquisa pretende nos mostrar como o autodomínio se manifesta na capacidade de ser feliz, mesmo nas mais diversas situações da vida. O filósofo grego Diógenes, incorporou a Enkrateia socrática, percebeu a importância da abnegação e do autodomínio para a construção de um novo agente moral. Abstém-se de todas as necessidades supérfluas, indiferente às coisas mundanas, adquire de si e funda assim, bases sólidas para a consolidação de sua excelente tranquilidade de alma. Com isso em mente, procura-se demonstrar que as condições materiais não são fatores determinantes para infelicidade e que o estilo de vida frugal /boêmio pode indicar um caminho para a verdadeira felicidade. No livro “Sociedade do cansaço” de Byung-Chul Han, ele apresenta que a mudança de uma sociedade disciplinar para atual sociedade de desempenho, em que todos precisam “performar no seu máximo”, seria a principal razão para a explosão de doenças neuronais, enquanto na antiga sociedade disciplinar as pessoas precisavam mais regras, sujeições e proibições. Com isso, tem-se o objetivo de traçar alternativas para o cansaço cotidiano na sociedade atual, utilizando a estratégia da filosofia de Diógenes. Abnegando o máximo possível de necessidades que nos são impostas pelo marketing da sociedade capitalista.
  • 29. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 29 Origens da filosofia Lorena Martins dos Santos (E. E. Felisberto Alves Carrejo) Orientação: Gustavo Rodrigues Rosato Esse trabalho busca falar sobre as origens da filosofia, mais precisamente onde, quando e como a filosofia surgiu. A filosofia, também conhecida como “rainha das ciências”, foi a primeira maneira de conhecer os homens e o mundo de maneira exclusivamente racional. Ela tem sua origem datada de vários séculos atrás na Grécia, na região da Jônia, na cidade de Mileto, nos séculos VII e VI a.C. Como citado anteriormente, a filosofia teve origem na Grécia, mas, para responder sobre o porquê de ela ter surgido com os gregos, existiam duas teses – que não são mais válidas – chamadas de orientalismo e “o milagre grego”. Atualmente, acredita-se que a filosofia teve início devido às condições históricas da Grécia nos séculos VII e VI a.C. Essas condições foram as viagens marítimas, pois, ao viajarem em alto-mar, os gregos perceberam que, por exemplo, mitos como monstros marinhos não existiam; a invenção do calendário: antes dessa invenção acreditava-se que os deuses eram os responsáveis por determinar o tempo e, com o calendário, isso se tornou somente um mito; o surgimento da vida urbana: com isso, uma nova classe composta por comerciantes e artesãos surgiu, essa classe foi responsável por estimular as artes, o conhecimento e o desenvolvimento das técnicas; a escrita alfabética: com essa escrita os mitos foram colocados no papel, o que ajudou a localizar as suas contradições e evitar que várias versões dos mitos surgissem; e, principalmente, a política foi um fator muito importante, pois ela exige um pensamento, um alto grau de inteligência e coerência, e isso fez surgir o pensamento filosófico.
  • 30. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 30 Avicena, essência e a sua influência na escolástica Mathias Matheus Marinho de Oliveira Barbosa (E. E. Felisberto Alves Carrejo) Orientação: Gustavo Rodrigues Rosato Este trabalho tratará do conceito de "essência" presente na obra O livro da cura, em árabe Kitab al-shifa' – escrita no século XI, do filósofo persa Avicena, conhecido por muitos como o maior da tradição islâmica e um dos mais importantes da era pré-moderna da filosofia. Neste contexto, aprofundar-se-á esse importante bastião do mundo árabe, buscando analisar sua importância na escolástica europeia que pode ser evidenciada pela nossa visão ocidental atual de humanidade e o seu peso, com sua principal influência sendo São Tomás de Aquino. Tal conceito é um dos mais conhecidos cunhados por Avicena, a concepção da "‫"جوهر‬ que é traduzida como "essência", que, em formas teóricas, poderia ser descrita como o seu estado imutável, a qual pode ser considerada nem única nem múltipla, mas sim, uma união de ambas pelo contexto. Como exemplo, nós, homo sapiens, possuímos a humanidade, que é um estado tanto único quanto múltiplo, afinal, todo ser humano possui a sua própria humanidade que depende exclusivamente de si próprio. Contudo, ao mesmo tempo, a humanidade é conceito múltiplo, pois todo homem nasce com a essência da humanidade e, por vezes, incorpora conceitos coletivos à humanidade que, ciclicamente, conceitos coletivos recebem conceitos da humanidade do homem em seus preceitos.
  • 31. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 31 Responsabilidade artística com o pensamento-música Giovana Vitória de Deus Frazão (E. E. Felisberto Alves Carrejo) Orientação: Gustavo Rodrigues Rosato O filósofo francês Gilles Deleuze na sua obra Mil Platôs explica o conceito de pensamento-música, sendo aquilo que diferencia a lógica da diferença e da repetição. Com isso em mente, seria por um lado pensar em operações musicais (música) e, por outro, um interesse àquilo que a música coloca em movimento no pensamento, buscando analisar a relação de complementação de ambos. A presente pesquisa busca expor como o criador, o artista, deve ter uma responsabilidade de possuir sensibilidade ao criar suas letras e melodias pelo significado que elas expressam. O filósofo grego Platão apresenta no livro A República suas ressalvas de que alguns estilos musicais expressam ideologias ruins pelas palavras cantadas nas letras musicais, mas ele também fala a respeito das melodias e harmonias que devem ser escolhidas cuidadosamente e que algumas deveriam ser proibidas por serem excessivamente emotivas e estimulantes. Procura-se, também, salientar que a música deve sim nos trazer sensações e emoções, uma vez que não é por ela ser triste ou melancólica que ela é errada ou por alguém se identificar com ela que está a adoecendo. A música serve como refúgio, muitas vezes, pelo conforto de se sentir acolhido ou trazer uma identificação, por terem seus sentimentos replicados por ela, além de ter um poder de fazer viajar nas memórias e trazer lembranças que fazem sentir alegria, tristeza, raiva ou confusão.
  • 32. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 32 Marginalização e patologização do uso de substâncias psicoativas Ayane Moura Silva (E. E. Teotônio Vilela) Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira O objetivo deste resumo consiste em fazer uma crítica a visões que enxergam a questão do uso de drogas (substâncias psicoativas) como crime ou doença mental. As drogas causam mudanças fisiológicas e comportamentais na vida dos usuários, sendo um problema de ordem mundial, tendo jovens como seus maiores consumidores. No Brasil, o uso de drogas foi descriminalizado, contudo os usuários passaram a ser considerados doentes mentais. Venda e produção de entorpecentes são proibidas no país, havendo penas e sanções criminais. A intervenção do direito penal na questão das drogas, infelizmente, é uma intervenção prejudicial, pois criou o tráfico e o traficante, com suas mazelas consequentes, que mais prejudicam a sociedade e a saúde pública como um todo (e não apenas a saúde pública), do que a própria droga em si. Essas ações são feitas majoritariamente nesses territórios e acabam em mortes de inocentes e medo constante de quem vive nessas localidades. Essa violência incide, principalmente, na realidade de pessoas negras, que são a maioria da população nesses contextos, por conta das desigualdades provocadas pelo racismo. Vemos, então, a urgência de atualizações nas leis vigentes referente ao tráfico e uso de drogas dentro do nosso país. Uma estrutura punitivista e patologizante que não resolve o problema em sua raiz, ao contrário, perpetua um exercício completo de controle de violência, que será aplicado pela força de segurança pública em territórios mais carentes. O Brasil necessita urgentemente, devido ao enorme problema que o tráfico de drogas produz em nossa sociedade, de uma nova política de drogas. A legalização pode ser uma saída possível para esta problemática, pois entende-se que é a proibição, e não as drogas em si, que cria o traficante e todo crime correlato, prejudicando exponencialmente a saúde pública que a norma alega proteger.
  • 33. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 33 Vício como um produto da sociedade capitalista: uma crítica ao modelo biomédico Vitor do Carmo Santana (E. E. Teotônio Vilela) Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira O objetivo deste resumo consiste em apresentar a realidade do vício em sentido amplo, desde o vício em álcool e drogas lícitas e ilícitas, e até outras formas de se viciar como pornografia, jogos, redes sociais etc. A partir disso, pretende-se considerar as causas por trás dos vícios, suas consequências e formas de superação. É importante considerar que os vícios possuem causas de natureza social. Por exemplo, na sociedade capitalista, marcada pela exigência de trabalho excessivo e pouco tempo para o lazer, os vícios aparecem como uma fuga dessa realidade frustrante. Pode-se observar ainda que a ideia de que o vício é uma questão meramente biológica, adotada pelo modelo biomédico, é uma problemática que esconde o fato de que o vício possui causas sociais. Um experimento conhecido como "ratolândia", por exemplo, mostrou que o vício está relacionado a um ambiente ruim. O experimento revelou que ratos em ambientes com brinquedos e junto a outros ratos se viciam menos em substâncias psicoativas do que ratos em gaiolas em que o ambiente é ruim e em que ficam sozinhos. Considera-se, assim, que uma forma de superação desse problema passa por questões sociais como estabelecer laços com outras pessoas e construir uma sociedade em que as pessoas tenham mais tempo de lazer.
  • 34. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 34 Argumentos filosóficos a favor da natureza divina de Cristo Beatriz Evangelista Moreira (E. E. Teotônio Vilela) Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira O objetivo desta apresentação consiste em considerar argumentos filosóficos a favor da natureza divina de Cristo. Para tanto, serão apresentados os argumentos do trilema de C.S. Lewis e o argumento da ressurreição do filósofo Willian Lane Craig. Lewis inicia seu argumento pensando naqueles que afirmam que Jesus é um mestre moral, mas não acreditam na divindade dele. Para Lewis, Jesus afirmou ser Deus, mas se esse é o caso há apenas três alternativas: ou ele era mentiroso, ou lunático ou Deus. Se ele era mentiroso, ele seria um enganador, logo não poderia ser um grande mestre moral. Se ele era lunático, também não poderia ter dado ensinos morais tão coerentes. Logo, sobra que ele era Deus. Já Craig argumenta que há evidências históricas que mostram que a ressurreição realmente aconteceu. Ele cita que o túmulo foi encontrado vazio pelas mulheres, o que seria estranho se fosse uma invenção já que não se confiava na época no testemunho de mulheres. Ele também pontua que Jesus ressuscitado foi visto por várias testemunhas oculares de uma só vez. Pelo fato de serem muitas testemunhas, isso indica que não era uma mentira, nem uma alucinação. Além disso, ele considera que os discípulos de Jesus foram perseguidos e mortos por espalharem os ensinos de Cristo, algo que não fariam se soubessem que o que espalhavam era mentira. Se Jesus ressuscitou, isso confirma que o que ele ensinou era verdade, incluindo sua natureza divina. Assim, os argumentos filosóficos de C.S. Lewis e Willian Lane Craig indicam que Jesus possui uma natureza divina.
  • 35. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 35 Amadurecimento precoce da mulher e a hipersexualização do corpo feminino no capitalismo Elaine Teixeira de Jesus (E. E. Teotônio Vilela) Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira O objetivo principal deste projeto é mostrar de forma clara e direta o amadurecimento precoce das mulheres em nossa sociedade que passa de forma despercebida por nossos olhos e é velada pela indústria, sendo a mesma que lucra em cima dessa situação. As propagandas, revistas e produtos voltados à chamada indústria da beleza não vê de forma alguma o interesse quase que prematuro de adolescentes por produtos que prometem deixá-las parecidas com o ideal proposto pela sociedade quanto mais cedo possível, afinal serão apenas mais consumidoras de suas linhas de produtos em suas tabelas, nada mais que números. A problemática se encontra no fato de essa alimentação da adultização feminina ser incentivada por esse sistema capitalista, no qual a criança desde a primeira infância já sofre com essa pressão social — desde os 6 meses em que se tem a orelha furada para colocar brincos até o primeiro batom comprado. Para a fundamentação desta pesquisa, tem-se como base as reflexões de Simone de Beauvoir em "O Segundo Sexo", onde a autora fala sobre a vivência da mulher enquanto indivíduo, ou "melhor", o Outro em sociedade, uma obra que ajudará a pensar o corpo feminino e como a sociedade volta o amadurecimento precoce de meninas para melhor forma- las a sociedade patriarcal.
  • 36. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 36 O machismo estrutural e a construção da identidade feminina Roberta Tayná Santos de Araújo (E. E. Teotônio Vilela) Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira O objetivo principal desta pesquisa é trazer ao debate os atos e falas machistas que se manifestam e se perpetuam na sociedade atual, que, quando posto o olhar no Brasil, é comum, entre risadas e comentários maldosos, a aparição de suposições sobre a sexualidade ou o papel de gênero de uma mulher por causa de suas roupas, gostos e passatempos. A forma como a mulher se constrói durante sua vida é recheada por obstáculos e regras sobre como agir, o que vestir ou expressar, que claramente se tratam de questões estruturais e influenciadas desde a infância, ou seja, uma estrutura que se funda na cultura e nas raízes de como a figura feminina surge no Brasil. O problema de tudo isso é como a vida da mulher é afetada por esse machismo estrutural em suas escolhas, levando de diversas formas a mulher a esconder sua subjetividade e ser presa nas ditas regras impostas pela sociedade. Através de uma análise da visão atual da luta das mulheres no Brasil e de suas progressões, será revisitado o texto “O Segundo Sexo”, de Simone de Beauvoir, para se repensar o que é ser mulher na sociedade atual e até que ponto a cultura e regras sociais podem de fato ditar os corpos desses sujeitos.
  • 37. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 37 A ética e os debates filosóficos por trás da eutanásia Eduarda Alves Macedo (E. E. Teotônio Vilela) Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira O objetivo principal do trabalho é falar sobre o funcionamento e ética por trás da eutanásia, que é proporcionar aos indivíduos que sofrem de doenças crônicas ou terminais a opção de encerrar suas vidas com a assistência de um profissional médico. Esta prática controversa foi legalizada em alguns países e estados sob normas e diretrizes rígidas. A eutanásia afeta não só os indivíduos que optam por realizá-la, mas também suas famílias, seus provedores de saúde e a sociedade como um todo. Os apoiadores argumentam que ele pode aliviar a dor e o sofrimento daqueles com doenças incuráveis, enquanto os críticos argumentam que a prática viola a santidade da vida e pode levar a abusos. Independentemente de sua posição sobre o assunto, é importante ter discussões abertas e honestas, para entender melhor seu impacto sobre os indivíduos e a sociedade. Também é importante considerar formas alternativas de cuidado e apoio aos indivíduos com doenças terminais para garantir que eles recebam a melhor qualidade de vida possível em seus dias restantes. A eutanásia é um tema controverso e muito debatido tanto nos círculos médicos quanto filosóficos, levantando questões sobre a ética, o papel dos médicos nos cuidados no final da vida e o que constitui uma vida que vale a pena viver. Importantes filósofos têm contribuído para o debate contínuo sobre este tema, tais como Immanuel Kant, que defendeu que a vida humana é um valor inestimável e intrinsecamente valioso. Do outro lado do espectro, filósofos utilitaristas como John Stuart Mill argumentam que devemos considerar a quantidade de sofrimento que um indivíduo está passando e pesar isso contra os benefícios potenciais. Dessa forma, fica evidente que o debate, além de controverso, não se esgota apenas nessas poucas linhas.
  • 38. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 38 O sujeito vulnerável e a fome no Brasil Mikaele Carvalho da Silva (E. E. Teotônio Vilela) Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira O objetivo deste texto é abordar a problemática da fome no Brasil, um problema grave e recorrente que afeta milhões de pessoas em todo o país. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), em 2020, cerca de 10 milhões de brasileiros enfrentaram situações de insegurança alimentar grave, chegando a passar fome. A fome no Brasil está relacionada a diversos fatores, como a desigualdade social, a pobreza, o desemprego e a falta de acesso a serviços básicos de saúde e educação. Além disso, a pandemia da COVID- 19 agravou ainda mais a situação da fome no país, especialmente para pessoas que viviam em situação de vulnerabilidade. Apesar de existirem programas governamentais de combate à fome e à pobreza, como o Bolsa Família e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), que têm ajudado a diminuir a situação de fome e insegurança no país, estes programas têm sido alvo de críticas e questionamentos sobre sua eficácia e alcance. O direito a uma vida digna deve abranger todos os aspectos da vida de um cidadão, inclusive o acesso à alimentação adequada. Portanto, é importante discutir quais caminhos realmente podem fazer a diferença para garantir uma vida digna e bem alimentada para todos os brasileiros.
  • 39. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 39 Racismo estrutural no Brasil Laysa Raianni Rodrigues Veloso (E. E. Teotônio Vilela) Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira O objetivo deste trabalho é apontar atitudes enraizadas dentro da nossa sociedade que podem, sim, ser consideradas racistas, mesmo que não propositalmente. Várias pessoas soltam certas frases, como: "ah, mas você não é negra, você é moreninha", como se a pessoa fosse se ofender por ser chamada de negra. Também existem pessoas que usam expressões que poderiam ser consideradas racistas, como: "estou trabalhando igual preto", como se a expressão não estivesse relacionada a escravização dos negros antigamente. A problemática deste assunto é como está enraizada na sociedade brasileira, que por atitudes consideradas pequenas, matam pessoas todos os dias. Já parou para pensar que pessoas de pele clara se formam com mais facilidade do que pessoas de pele escura? Por que você acha que pessoas negras moram mais em favelas do que pessoas brancas? Isso também são grandes consequências do racismo estrutural. Nosso país está tão acostumado com o pensamento de que "pessoas negras são inferiores" que acabamos realmente pensando em coisas desse tipo, mesmo que sem sequer perceber. Pensamentos racistas estruturais não são praticados apenas por pessoas de pele clara, pessoas negras costumam ter crenças limitantes como consequência desse tipo de comportamento, não por pessoas dizerem que não conseguem diretamente, mas indiretamente. Um grande exemplo disso é a expressão "nascer com o pé na cozinha ou na senzala", que é uma forma racista de se referir a uma pessoa negra, já que traz de volta o período da escravidão em que o local permitido às mulheres negras era exclusivamente na cozinha da casa grande. Provavelmente, você nunca havia pensado nisso, não é? Se não, aposto também que não pensou na probabilidade do pensamento de que "pessoas negras servem apenas para trabalho manual" ou "mulheres negras servem para cozinhar e cuidar da casa dos outros" se enraizar cada vez mais na sociedade.
  • 40. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 40 O problema do ensino básico de educação brasileiro Anna Beatriz Paes da Silva Cardoso (E. E. Teotônio Vilela) Orientação: Gabriela Gonçalves Junqueira O objetivo deste trabalho é abordar sobre os problemas dentro da grade básica curricular que sofre modificações a todo momento e de toda forma não ouve de verdade os alunos deste sistema. Nosso sistema dentro da história sofreu diversas modificações, mas sempre colocaram coisas que muitos alunos não enxergam como necessárias para a vida. Dentro de poucos anos, várias reformas foram anunciadas e revogadas dentro do âmbito nacional e estadual, todas apresentadas na TV e mídias com jovens sorrindo, como se aprovassem todas essas ementas, que nunca foram verificadas por quem vive essa realidade todos os dias, e que demonstram o quanto quem utiliza aquele sistema não possui voz nenhuma. A problemática deste assunto é a desmotivação geral dos alunos, o grande abandono de muitos e a grande comparação com países no qual existe culinária, robótica e diversas outras áreas que geram interesse ao aluno em estudar e de querer um futuro em faculdade e outras áreas. A forma como o sistema brasileiro é voltado somente para o teórico, como formas de aprendizagem também voltadas a essa escola mais positivista e até mesmo já considerada retrógrada. Para comprovar essa hipótese, será utilizado relato de experiência de meus colegas e também meu como aluna do ensino médio e também como base trechos da BNCC e demonstram todo esse problema dentro de nosso sistema.
  • 41. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 41 Graduação
  • 42. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 42 Os problemas da implementação da educação emancipada de adorno Ana Clara da Silva Leme (UFU) Este trabalho tem como objetivo apresentar o problema no âmbito da educação apontadas na teoria de Adorno em Educação e Emancipação. Os argumentos encontrados nas transcrições dos diálogos que compõem a obra demonstram a contrariedade de Adorno com a questão do idealismo dentro dos métodos de ensino de sua época, afirmando que uma educação de qualidade não pode ser considerada como algo que modele o indivíduo, ou ser uma mera transmissão de conhecimento, o que remeteria a um processo vazio e sem vida. A ideia é que a educação seja feita de forma tal que possa desenvolver um pensamento crítico e uma consciência emancipada de cada indivíduo. Através do diálogo entre Adorno e Becker, o desenvolvimento da obra nos traz, entretanto, as considerações de uma série de pontos de cunho social que podem se apresentar como obstáculos na efetivação da teoria adorniana: a questão da idade correta com que tal consciência deve ser trabalhada, a própria organização do mundo, que se tornou opressora por ser ideológica, além da ambiguidade nas próprias reflexões, pois, para formar sujeitos com pensamento crítico, não se pode ter uma conduta heteronímia e generalizar o método de ensino – o que geraria um processo puramente ideológico, o qual Adorno é contra. Em seguida na obra vemos mais um apontamento crítico de Adorno, agora em relação ao termo alienação, onde alega que há uma supervalorização ou mero equívoco de seu significado. Remetendo ao historicismo dentro da educação, outro aspecto social também a ser considerado é da aptidão às adaptações e, consequentemente, as experiências. Neste ponto, Adorno e Becker apontam que não há uma harmonia que engendra teoria e prática, e que, portanto, este seria o problema ao qual ainda precisam encontrar a solução. Deste modo, é em vista de procurar uma resposta eficaz a este problema que o texto se propõe.
  • 43. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 43 A primeira prova cartesiana da existência de Deus e os seus desdobramentos metafísicos Ana Cláudia Elias Romeiro (UFU) Orientação: Alexandre Guimarães Tadeu de Soares O presente trabalho possui como objetivo discutir os principais argumentos que são utilizados por Descartes, na Terceira Meditação, para elaborar a primeira prova à posteriori da existência de Deus. Desvendando essa amplitude teórica, investigaremos especificamente como que no axioma da causa está disposto todo o instrumental teórico necessário para a produção dessa primeira prova. A argumentação se inicia tendo como ponto de partida as próprias realidades das ideias, a saber a realidade atual/formal e a realidade objetiva. Tendo em vista que as realidades objetivas correspondem aos conteúdos das ideias, o que o filósofo francês vai fazer é aplicar o axioma da causa a elas, a fim de examinar se há algum conteúdo na mente que a causa não poderia provir do próprio sujeito, uma vez que na causa deve haver tanto quanto há em seu efeito. Após refletir, Descartes conclui que a única ideia que não pode proceder dele mesmo é a ideia de Deus, pois ela possui conteúdos como: infinitude, independência, eternidade e imutabilidade, que fazem com que ela tenha tamanha realidade objetiva e consequentemente um grau de perfeição infinito que não poderiam proceder causalmente da natureza finita do cogito. Assim sendo, a ideia de Deus tem que ter como causa algo que possua tanta realidade objetiva quanto ela, porque o mais perfeito não pode decorrer do menos perfeito, o que significa que Deus por ser uma substância infinita não pode provir do sujeito, que é finito. Dessa maneira, Descartes prova que então ele não está só no mundo, há algo exterior à mente, algo que é causa da ideia de infinito também existe necessariamente, sendo tal causa Deus.
  • 44. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 44 Convergências e divergências entre duas formas de crítica à modernidade Ariadne Fernandes Lacerda (UFU) Orientação: Fillipa Carneiro Silveira O presente trabalho tem como objetivo principal analisar comparativamente duas formas de crítica à modernidade pertencentes a vertentes filosóficas distintas – ilustradas aqui por Adorno e Horkheimer, de um lado, e por Foucault, de outro. Ambas as posições enxergam na promessa kantiana do sujeito autônomo um fracasso: a humanidade não atingiu o estado de maioridade. Por trás do fracasso da promessa kantiana há nas duas formas de crítica à modernidade um comum diagnóstico do entrelaçamento entre poder e conhecimento que recai sobre o sujeito moderno, mas que, no entanto, se sustenta a partir de diferentes comprometimentos teóricos assumidos. Nesse sentido, será investigado como cada uma das duas formas de crítica histórica à modernidade se fundamenta, tendo como categorias de análise as relações entre “racionalidade” e “dominação”, utilizadas por Adorno e Horkheimer, e “saber” e “poder”, usadas por Foucault. A partir dessa investigação, busca-se explicitar quais as aproximações e quais as divergências possíveis entre uma posição e outra. Além disso, busca- se também discutir, a partir do comum diagnóstico do entrelaçamento entre poder e conhecimento nas sociedades modernas, em que medida é possível pensar, em cada uma das posições, uma “saída” desse estado em que se encontra o sujeito moderno – atravessado por relações de poder violentas que atuam de forma mascarada na sociedade.
  • 45. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 45 Nietzsche, O Anticristo e a psicofisiologia da nocividade cristã1 Artur Guilherme dos Santos Furtado (UFPA/CNPq) Orientação: Ivan Risafi de Pontes Este trabalho visa analisar os aspectos psicofisiológicos do tipo cristão e o motivo de sua nocividade aos olhos de Nietzsche a partir das discussões presentes em O Anticristo. Se parte da ideia de décadence enquanto ideia básica de rejeição e domesticação dos impulsos humanos, a fim de retraçar o florescimento das noções de fisiologia e psicologia como conceitos descritivos do tipo de homem cuja moralidade expressa uma atitude niilista. Para Nietzsche, o conceito central que caracteriza o sujeito moderno passa pela ideia de décadence, mencione-se, porém, o fato de não haver na obra do filósofo uma teoria sistematizada pelo o que ele depreende de tal noção. Que esse modo anti sistemático de trabalho filosófico não seja lido como uma imprecisão conceitual, mas como um apontamento ou uma perspectivação do conceito analisado. No Anticristo, Nietzsche vai apontar para o fato de a moralidade cristã ser nociva, tanto fisiológica, quanto psicologicamente, porque se alimenta de uma vontade de nada, de uma tendência à negação da realidade e, portanto, da própria vida. Assim, o filósofo vai aproximar a figura do Cristo tanto quanto alguém tomado por idiotia, no sentido de inapreensão da realidade, quanto a de um símbolo que expressa uma moral de mortificação dos impulsos, logo, mortificação e moldura de um tipo de corpo e de moralidade: a do homem cristão tomado por culpa e ressentimento, expiados apenas com a punição ao próprio corpo. A este tipo, Nietzsche contrapõe a figura de Dionísio, sua transvaloração e negação do idealismo em suas mais diversas formas: moralidade cristã, pessimismo, niilismo. O Anticristo é assim também um chamado à saúde, à reconstituição dos impulsos, daí a insistência nas noções de fisiologia e psicologia, uma reinterpretação do corpo enquanto grande razão, uma ruptura com o dualismo corpo-alma. É a fim de compreender esta ruptura que este trabalho se volta. 1 Pesquisa desenvolvida com o apoio do Programa PIBIC/UFPA, vinculada ao trabalho “O Jesus de Nazaré de Friedrich Nietzsche”
  • 46. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 46 Escrevivência, filosofia e o seu ensino. Carla de Brito Nascimento (UFU) Orientação: José Benedito de Almeida Júnior A produção acadêmica, mesmo com as políticas públicas de ingresso à universidade, ainda é um desafio para estudantes não brancos. Não é rara a sensação de “não pertencimento” que compõem a rotina acadêmica. Especificamente na graduação em filosofia, dado que raramente as filosofias negras ou indígenas são abordadas na grade curricular. A prática tradicional da escrita acadêmica inviabiliza saberes e desqualifica possíveis contribuições. Por isso, ensejasse explorar como a escrita de vivências pode contribuir na formação acadêmica e fomentar a elaboração de estratégias de resistência contra o epistemicídio. “Escrevivência” é um conceito criado pela escritora Conceição Evaristo, que retrata as subjetividades e visa colocar as pessoas em posição de autores e protagonistas de suas próprias histórias, ou seja, é possível refletir a trajetória de pessoas não brancas, em forma e conteúdo, trazendo para a superfície do discurso vivências particulares, mas também sociais e coletivas. Este trabalho tem uma pretensão desafiadora, visto que, para acessar o ambiente acadêmico, é preciso despir-se de alguns elementos constituintes e constituidores. Isso ocorre porque precisamos imitar o modelo eurocêntrico de produção do conhecimento. Nessa perspectiva, visamos elaborar algumas reflexões sobre noção de reconhecimento, pertencimento e relações raciais a partir da escrita de vivências. Analisando o contexto estruturalmente racista da sociedade brasileira que faz o possível para anular, ocultar ou exterminar os saberes dos povos não brancos. Portanto, buscaremos sintetizar os elementos centrais implicados no fundamento da concepção de "escrevivência" enquanto conceito e método que se intercruzam no processo de ensino.
  • 47. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 47 A luta dos contrários: relações entre consciente e inconsciente na obra de Carl Gustav Jung2 Carlos Henrique Jesus de Paula (UFU/PIBIC-FAPEMIG) Orientação: José Benedito de Almeida Júnior Este trabalho tem por objetivo principal apresentar o fenômeno da enantiodromia – conceito da filosofia antiga, de Heráclito - nas obras de Carl Gustav Jung, especificamente em sua psicologia do complexo. O conceito deste fenômeno, em suma, é a luta dos contrários ou, em outras palavras, correr em sentido contrário; trata-se da concepção de que tudo o que existe se transforma ou se equilibra em seu oposto. Logo, este fenômeno não apenas determina as relações entre os opostos, mas indica a revelação de um trabalho em conjunto dentre toda sua estrutura, inclusive na psique humana, ou seja, um equilíbrio entre o consciente e inconsciente – sendo o inconsciente conceitualmente desenvolvido pela psicanálise. Para desenvolver os principais passos sobre este fenômeno será utilizada a própria referência que Jung faz à importância dos fragmentos e pensamentos de Heráclito, bem como as noções fundamentais de suas próprias obras. Jung percebe, ao longo de suas experiências, pesquisas e reflexões, que na psique humana há sempre jogos contrários, como consciência e inconsciência, ego e self, anima e animus, sonhos e pensamentos conscientes. Dito isso, para apresentar e compreender as bases de representação do consciente e inconsciente na mente humana ou psique, segundo os estudos de Carl Gustav Jung, faz-se necessário lançar mão de cada conceito e suas oposições. Não se deve interpretá-las como meras funções cerebrais, mas uma exploração da estrutura da psique humana e seus símbolos. Enfim, a enantiodromia é o fenômeno a ser observado e que servirá de base para a compreensão das oposições na realidade. 2 Fragmento de pesquisa realizado em oferecimento aos programas PIBIC/FAPEMIG.
  • 48. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 48 Direito natural: a compreensão historicista de Giambattista Vico Cecília Lemes Silva (UFU) Orientação: Dr. Sertório de Amorim e Silva Neto Ao ser mencionado o Direito Natural é comum que entoe em nossas ideias um direito objetivo e universal, independente de crenças particulares de uma determinada sociedade em um determinado período. Tratando essa visão como uma abordagem tradicional, este trabalho tem como objetivo apresentar uma concepção e construção argumentativa divergente no que diz respeito a este mesmo tema. Por meio de uma leitura analítica e interpretativa sobretudo da primeira edição da Ciência Nova (1725), apresenta-se a argumentação do pensador italiano Giambattista Vico (1668 - 1744) no que concerne ao Direito Natural, segundo o qual deve-se considerar duas características marcantes do jusnaturalismo – a imutabilidade e a universalidade – e, no entanto, deve-se ponderar ainda sobre o elemento essencial da nova ciência proposta por Vico – a historicidade. A fim de demonstrar (i) que o Direito Natural é determinado pelas necessidades e utilidades humanas de acordo com aquilo que sentem comumente todos os membros de um povo em certos tempos e em certas circunstâncias e (ii) que a justiça e a compreensão do Direito Natural são somente alcançadas quando o homem atinge a sua completa razão em sua forma mais “propriamente humana”, isto é, para ele, ao longo do curso histórico; utilizar-se-á de outros conceitos fundamentais da filosofia deste autor, tais como natureza humana, sociabilidade, providência divina e senso comum, e refazer-se-á o caminho histórico delimitado por ele desde a ausência de uma organização social, na qual encontra-se uma natureza humana primitiva e um conjunto de leis centradas na superstição; passando pela aristocracia com a solenidade dos atos legítimos; até, finalmente, a monarquia ou a república, estágios em que, segundo Vico, é possível identificar a própria e eterna natureza humana diante da qual apresenta-se o Direito Natural dos povos que ditam que os homens devem comunicar igualmente suas utilidades e vontades determinadas pela consciência.
  • 49. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 49 O enigma de Pierre e relatos de atitudes proposicionais Daniel Ferreira Beckman (UFMA) Orientação: Marcio Kléos Freire Pereira O problema condutor desta apresentação é a aparente possibilidade de atribuir crenças contraditórias a agentes doxásticos que não as possuem. A discussão está no escopo da Semântica Filosófica e meu objetivo será analisar de que modo o artigo A puzzle about belief (1979), de Saul Kripke, impacta a discussão dos relatos de atitudes proposicionais. Para isso, será apresentado o enigma de Pierre, proposto por Kripke, que parece demonstrar que a atribuição de crenças contraditórias surge de nossas práticas pré-teóricas de relatar crenças, e não de qualquer posição em relação ao princípio de substituição salva - veritate em contexto doxástico. O enigma de Pierre é construído a partir de dois princípios: o de descitação e o de tradução. O primeiro momento da exposição será uma breve explicação do problema dos relatos de atitudes proposicionais, que será seguido de uma solução clássica (a de Frege). O argumento de Frege consiste em culpar a substituição salva-veritate defendida pela teoria da referência direta. No segundo momento, haverá uma breve explicação dos princípios pré-teóricos mencionados acima para, logo em seguida, apresentar o enigma proposto por Saul Kripke. Nesse passo, o objetivo é mostrar que a conclusão obtida (uma crença contraditória) usando o princípio de substituição salva-veritate também se segue de um argumento que não usa tal princípio. Portanto, não se pode culpá-lo, uma vez que tal princípio não foi usado para a construção do enigma/argumento.
  • 50. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 50 Natureza humana como hierarquia da racionalidade e condição humana como possível alternativa3 Davi Dias Moreira Júnior (UFU/CNPQ) Orientação: Luiz Carlos Santos da Silva A pesquisa consiste em analisar, comparativamente, as concepções de natureza humana em Aristóteles e condição humana em Hobbes, observando-os sob uma ótica de como podem ser usados para fundamentar filosoficamente a exclusão social. Será analisada primeiramente uma cronologia das definições de natureza ou condição humana, e a partir disso é analisado o livro A Política de Aristóteles. Com o intuito de examinar sua concepção de natureza humana como um animal político e que tal natureza teria uma hierarquia com base na racionalidade de homens, mulheres, crianças, pessoas escravizadas etc. Sua concepção de natureza humana imutável baseada numa estrutura de mais racional e humana é estudada em conjunto com a de condição humana cunhada por Thomas Hobbes em seu livro O Leviatã. Para o autor todos os humanos são seres irracionais que aprendem a racionalidade, e que antes do Estado viviam em um estado natural de selvageria (guerra de todos contra todos), no qual todos teriam o mesmo direito a todas as coisas e a lei natural era a da autoconservação. Nesta perspectiva, homens, mulheres, senhores, escravizados são todos iguais por natureza e não é um estado natural seu lugar em uma hierarquia social, mas sim uma condição humana em que se encontram. Além dos dois principais autores são utilizados outros complementares, tais como Locke, Rousseau e Roger Trigg. O objetivo principal é demonstrar como esses conceitos podem ter fundamentado uma tradição hierárquica das relações sociais, teorias eugênicas, etc. Em suma, tenta-se mostrar um caráter mais forte de condição mutável e não tanto de natureza imutável, e caso concluir-se que tenha esse caráter imutável, é demonstrado os perigos dele e alternativas para outras concepções. 3 Agradeço a agência de pesquisa CNPQ e ao orientador Luiz Carlos Santos da Silva.
  • 51. VXII ENPF, VIII EPGF, VI EPFEM | Caderno de Resumos | ISSN: 2358-615X | V. 17, N. 17 – jun. 2023 51 Acreditavam os gregos em seus mitos? Uma análise dos conceitos de "crença" e "verdade" na obra homônima de Paul Veyne Davi Holz Alvarenga (UFU) Em sua clássica obra Acreditavam os gregos em seus mitos?, Paul Veyne direciona as suas reflexões à Grécia Antiga, onde levanta a seguinte questão, colocada já no título de seu livro: será que o povo que nos legou a Filosofia e a Democracia realmente acreditava em mitos como o do Minotauro? Para respondê-la, o autor apresenta-nos às suas concepções de crença e verdade, expressas nos conceitos de "mundos de crença" e "programas de verdade". Inicialmente, Veyne analisa as obras de historiadores gregos como Tucídides e Heródoto, as quais, mesmo deixando explícito que os mitos são ficções, estão cheias de deuses e mitos. A explicação reside no fato de o mito fazer parte de uma tradição, tendo, junto com a crença, uma função social. Os gregos, portanto, acreditavam e não acreditavam em seus mitos; enquanto estavam em uma cerimônia, acreditavam, mas, enquanto faziam as suas atividades cotidianas, já não acreditavam mais. É como um cristão que, enquanto está em uma celebração, na igreja, acredita em histórias como a de Moisés, mas, em seu dia a dia, não acredita mais. Veyne, a partir disso, defende que as crenças sempre estão interligadas em um sistema (chamado "programa de verdade") — aderir a uma crença, portanto, é aderir automaticamente a várias outras. E, como somos seres gregários, sempre estaremos vinculados a certos grupos sociais, como o da igreja, da política, do futebol (os quais Veyne chama de "mundos de crenças"). Dessa forma, enquanto membros desses grupos, passamos a adotar todo um sistemas de crenças, de modo tão espontâneo e inconsciente que sequer sabemos que possuímos muitas de nossas crenças. Tem-se, com isso, o objetivo desta comunicação: explorar a principal tese de Veyne na obra — a de que as crenças humanas são circunstanciais e estão interligadas em um sistema.