O documento discute como as características da Terra parecem perfeitamente projetadas para abrigar a vida, incluindo sua localização na galáxia e no sistema solar, sua órbita, inclinação, campo magnético e atmosfera. Questiona se essas características seriam produto do acaso ou de um projeto intencional.
2. A maioria das pessoas tem ideias mais ou menos interme-
di
´
arias entre esses conceitos opostos. O fato de voc
ˆ
e estar len-
do essa brochura talvez indique que esse
´
e tamb
´
em o seu caso.
Talvez acredite em Deus e respeite a B
´
ıblia. Mas possivelmen-
te valorize tamb
´
em a opini
˜
ao de cientistas bem preparados e
influentes que n
˜
ao acreditam que a vida foi criada. Se voc
ˆ
e
tem filhos, talvez se pergunte como responderia se eles lhe in-
dagassem sobre a evoluç
˜
ao e a criaç
˜
ao.
Qual
´
e o objetivo desta brochura?
Esta mat
´
eria n
˜
ao visa ridicularizar os conceitos de funda-
mentalistas ou dos que preferem n
˜
ao crer em Deus. Em vez
disso, esperamos que esta publicaç
˜
ao o leve a reexaminar a
base de algumas de suas crenças. Ela apresentar
´
a uma explica-
ç
˜
ao do relato da B
´
ıblia sobre a criaç
˜
ao que voc
ˆ
e talvez nunca
tenha considerado. E enfatizar
´
a por que realmente importa o
que voc
ˆ
e cr
ˆ
e sobre como a vida começou.
Voc
ˆ
e confiar
´
a nas afirmaç
˜
oes dos que dizem que n
˜
ao existe
Criador inteligente e que a B
´
ıblia n
˜
ao
´
e confi
´
avel? Ou exami-
nar
´
a o que a B
´
ıblia realmente diz? Que ensinos s
˜
ao dignos de
sua confiança, de sua f
´
e: os da B
´
ıblia ou os dos evolucionistas?
(Hebreus 11:1) Que tal examinar os fatos?
Em que voc
ˆ
e cr
ˆ
e?
Muitos religiosos fundamentalistas acreditam
que a Terra e tudo o que existe nela foram
criados em seis dias de 24 horas, apenas
alguns milhares de anos atr
´
as. Alguns ateus
gostariam de fazer voc
ˆ
e crer que Deus n
˜
ao
existe, que a B
´
ıblia
´
e um livro de mitos e que
a vida
´
e produto de eventos casuais,
sem orientaç
˜
ao.
Capa:
praia
e
recife:
5
Digital
Vision
Ltd/age
fotostock
2 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
3. Sum
´
ario
P
´
AGINA 4
O planeta vivo
P
´
AGINA 11
Quem projetou
primeiro?
P
´
AGINA 18
Evoluç
˜
ao
— mitos e fatos
P
´
AGINA 24
A ci
ˆ
encia e o
relato de G
ˆ
enesis
P
´
AGINA 29
Importa em que
voc
ˆ
e cr
ˆ
e?
P
´
AGINA 30
Bibliografia
5 2010
WATCH TOWER BIBLE AND TRACT
SOCIETY OF PENNSYLVANIA
ASSOCIAÇ
˜
AO TORRE DE VIGIA
DE B
´
IBLIAS E TRATADOS
Todos os direitos reservados
A Vida — Teve um Criador?
Editoras
WATCHTOWER BIBLE AND TRACT
SOCIETY OF NEW YORK, INC.
Brooklyn, New York, U.S.A.
ASSOCIAÇ
˜
AO TORRE DE VIGIA
DE B
´
IBLIAS E TRATADOS
Rodovia SP-141, km 43, Ces
´
ario
Lange, SP, 18285-901, Brasil
Ediç
˜
ao de 2010
Esta publicaç
˜
ao n
˜
ao
´
e vendida.
Ela faz parte de uma obra
educativa b
´
ıblica, mundial,
mantida por donativos.
A menos que haja outra indicaç
˜
ao,
os textos b
´
ıblicos s
˜
ao da Traduç
˜
ao
do Novo Mundo das Escrituras
Sagradas com Refer
ˆ
encias.
Was Life Created?
Portuguese (Brazilian Edition) (lc-T)
ISBN 978-85-7392-119-9
Made in Brazil Impresso no Brasil
4. O planeta vivo
A vida na Terra nunca poderia existir se n
˜
ao fosse uma s
´
erie de felizes
“coincid
ˆ
encias”, algumas das quais eram desconhecidas ou pouco entendidas
at
´
e o s
´
eculo 20. Essas coincid
ˆ
encias incluem:
˛ A localizaç
˜
ao da Terra na gal
´
axia Via L
´
actea e no sistema solar, bem como a
´
orbita, a inclinaç
˜
ao, a velocidade de rotaç
˜
ao e a incomum lua do planeta
˛ Um campo magn
´
etico e uma atmosfera que servem de escudo duplo
˛ Ciclos naturais que reabastecem e purificam o ar e a
´
agua do planeta
Ao considerar cada um desses pontos, pergunte-se: ‘Ser
´
a que as caracter
´
ısticas
da Terra s
˜
ao produto do acaso ou de projeto intencional?’
4 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
5. O “endereço” perfeito da Terra
Ao escrever seu endereço, o que voc
ˆ
e
inclui? Talvez o pa
´
ıs, a cidade e a rua.
Para efeito de comparaç
˜
ao, chamemos a
Via L
´
actea de “pa
´
ıs” da Terra; o sistema so-
lar (o Sol e seus planetas) de “cidade” da
Terra; e a
´
orbita da Terra no sistema so-
lar de “rua” da Terra. Graças aos avanços
na astronomia e na f
´
ısica, os cientistas t
ˆ
em
compreendido cada vez mais as vantagens
de nossa localizaç
˜
ao especial no Universo.
Para começar, a nossa “cidade”, ou sis-
tema solar, est
´
a localizada na regi
˜
ao ideal
da Via L
´
actea — n
˜
ao muito perto do centro
nem muito longe dele. Essa “zona habit
´
a-
vel”, como os cientistas a chamam, cont
´
em
as concentraç
˜
oes rigorosamente certas dos
elementos qu
´
ımicos necess
´
arios para sus-
tentar a vida. Mais afastado do centro, es-
ses elementos s
˜
ao escassos demais; mais
perto, o ambiente
´
e perigoso demais devi-
do
`
a maior concentraç
˜
ao de radiaç
˜
ao po-
tencialmente letal e de outros fatores. “Vi-
vemos numa regi
˜
ao nobre”, diz a revista
Scientific American.1
A “rua” ideal: N
˜
ao menos “nobre”
´
e a
“rua” da Terra, ou sua
´
orbita na “cidade”, o
sistema solar. A uns 150 milh
˜
oes de quil
ˆ
o-
metros do Sol, essa
´
orbita fica numa limita-
da zona habit
´
avel porque ali as condiç
˜
oes
n
˜
ao s
˜
ao nem frias nem quentes ao extre-
mo. Al
´
em disso, a trajet
´
oria da Terra
´
e qua-
se circular, mantendo-nos praticamente
`
a
mesma dist
ˆ
ancia do Sol o ano todo.
Enquanto isso, o Sol
´
e a perfeita “usina
de energia”.
´
E est
´
avel, do tamanho ideal, e
emite a quantidade exata de energia. Por
boas raz
˜
oes, tem sido chamado de “estrela
muito especial”.2
O “vizinho” perfeito: Se voc
ˆ
e fosse esco-
lher um “vizinho” para a Terra, n
˜
ao have-
ria opç
˜
ao melhor do que a Lua. Seu di
ˆ
ame-
tro mede um pouco mais de um quarto do
di
ˆ
ametro da Terra. Assim, em comparaç
˜
ao
com outras luas do sistema solar, a nossa
Poderia haver uma localizaç
˜
ao melhor
para a Terra abrigar a vida?
&
Nasa/JPL/Caltech
O PLANETA VIVO 5
6. Lua
´
e excepcionalmente grande em rela-
ç
˜
ao ao planeta que ela orbita. Mera coinci-
d
ˆ
encia? Parece improv
´
avel.
Por um lado, a Lua
´
e a principal res-
pons
´
avel pelas mar
´
es, que desempenham
um papel vital na ecologia da Terra. A Lua
tamb
´
em contribui para a estabilidade do
eixo de rotaç
˜
ao do planeta. Sem a Lua, fei-
ta sob medida, nosso planeta seria como
um pi
˜
ao em baixa velocidade que acaba
tombando e girando de lado. O clima, as
mar
´
es e outras condiç
˜
oes sofreriam mu-
danças catastr
´
oficas.
Inclinaç
˜
ao e rotaç
˜
ao perfeitas da Terra:
Graças
`
a inclinaç
˜
ao da Terra, de uns 23,4
graus, temos o ciclo das estaç
˜
oes do ano,
temperaturas equilibradas e grande varie-
dade de zonas clim
´
aticas. “A inclinaç
˜
ao do
eixo de nosso planeta parece ‘perfeita’”,
diz o livro Rare Earth—Why Complex Life
Is Uncommon in the Universe (Terra
Rara — Por Que a Forma Com-
plexa de Vida
´
E Incomum no
Universo).3
Tamb
´
em “perfeita”
´
e a du-
raç
˜
ao do dia e da noite, resul-
tante da rotaç
˜
ao da Terra. Se
a velocidade de rotaç
˜
ao fosse
bem mais lenta, os dias seriam
mais longos e o lado da Terra
voltado para o Sol ficaria supera-
quecido, ao passo que o outro lado fi-
caria congelado. E se a rotaç
˜
ao da Terra
fosse mais veloz, os dias seriam mais cur-
tos, talvez de apenas algumas horas de du-
raç
˜
ao, e essa rotaç
˜
ao veloz causaria impla-
c
´
aveis ventanias e outros efeitos nocivos.
Os escudos protetores da Terra
O espaço
´
e um lugar perigoso, onde
´
e
comum a radiaç
˜
ao letal e os meteoroides
s
˜
ao um perigo constante. Mas o nosso
planeta azul parece trafegar no meio des-
sa “galeria de tiro” gal
´
actica com relativa
segurança. Por qu
ˆ
e? A Terra
´
e protegida
por uma blindagem incr
´
ıvel — um podero-
so campo magn
´
etico e uma atmosfera feita
sob medida.
O campo magn
´
etico da Terra: O cen-
tro da Terra
´
e uma bola girat
´
oria de fer-
ro fundido, que produz no nosso planeta
um enorme e poderoso campo magn
´
etico
que se estende espaço afora. Esse escudo
nos protege da intensidade total de radia-
ç
˜
ao c
´
osmica e das potencialmente mort
´
ıfe-
ras forças vindas do Sol. Estas incluem o
vento solar, que
´
e uma corrente constante
de part
´
ıculas energ
´
eticas; erupç
˜
oes solares,
que em quest
˜
ao de minutos liberam ener-
gia equivalente
`
a de bilh
˜
oes de bombas
de hidrog
ˆ
enio; e explos
˜
oes na regi
˜
ao exte-
rior, ou coroa, do Sol, que lançam bilh
˜
oes
de toneladas de mat
´
eria no espaço. Voc
ˆ
e
pode observar lembretes vis
´
ıveis da pro- Magnetosfera:
Nasa/Steele
Hill;
inclina
ç
˜
ao
da
Terra:
baseado
em
Nasa/Visible
Earth
imagery
6 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
7. teç
˜
ao que recebe do campo magn
´
etico da
Terra. Erupç
˜
oes e explos
˜
oes na coroa so-
lar causam auroras intensas, ou coloridas
exibiç
˜
oes de luz vis
´
ıveis na atmosfera supe-
rior, perto dos polos magn
´
eticos da Terra.
A atmosfera da Terra: Esse cobertor de
gases, al
´
em de nos manter respirando, for-
nece proteç
˜
ao adicional. Uma camada ex-
terna da atmosfera, a estratosfera, cont
´
em
uma variedade de oxig
ˆ
enio chamada oz
ˆ
o-
nio, que absorve at
´
e 99% da radiaç
˜
ao ultra-
violeta (UV). Assim, a camada de oz
ˆ
onio
ajuda a proteger da radiaç
˜
ao nociva muitas
formas de vida, incluindo a dos humanos
e a dos pl
ˆ
anctons, dos quais dependemos
para a produç
˜
ao de grande parte do nosso
oxig
ˆ
enio. A quantidade de oz
ˆ
onio estratos-
f
´
erico n
˜
ao
´
e fixa. Em vez disso,
´
e vari
´
avel,
aumenta de acordo com o aumento da in-
tensidade da radiaç
˜
ao UV. Portanto, a ca-
mada de oz
ˆ
onio
´
e um escudo vers
´
atil e efi-
ciente.
A atmosfera tamb
´
em nos protege contra
um bombardeio di
´
ario de detritos do espa-
ço — milh
˜
oes de objetos cujo tamanho va-
ria de min
´
usculas part
´
ıculas a blocos de pe-
dra. A atmosfera queima a vasta maioria
desses, que se tornam rastros de luz cha-
mados meteoros. Mas os escudos da Ter-
ra n
˜
ao bloqueiam a radiaç
˜
ao vital
`
a vida,
como o calor e a luz vis
´
ıvel. A atmosfera
at
´
e mesmo ajuda a distribuir o calor ao re-
dor do globo e,
`
a noite, atua como um co-
bertor, diminuindo a velocidade do escape
de calor.
A atmosfera e o campo magn
´
etico da
Terra s
˜
ao realmente maravilhas de proje-
to ainda n
˜
ao bem entendidos. O mesmo
pode-se dizer dos ciclos que sustentam a
vida neste planeta.
Ser
´
a mera
coincid
ˆ
encia que o
nosso planeta seja
protegido por dois
vers
´
ateis escudos?
Aurora:
foto:
Jan
Curtis
(http://latitude64photos.com);
meteorito:
ESA,
Nasa
O invis
´
ıvel escudo
magn
´
etico da Terra
Aurora boreal
A atmosfera nos
protege dos meteoros
8. Ciclos naturais que sustentam a vida
Se fosse cortado o suprimento de ar puro e de
´
agua tratada de uma cidade, e bloqueado seu siste-
ma de esgoto, doenças e mortes logo se seguiriam.
Mas considere: nosso planeta n
˜
ao
´
e como um res-
taurante, onde a reposiç
˜
ao de alimentos e suprimen-
tos vem de fora para dentro e o lixo
´
e retirado. Os
essenciais ar puro e
´
agua limpa n
˜
ao v
ˆ
em do espaço,
nem lixo e outros res
´
ıduos s
˜
ao despachados para l
´
a.
Ent
˜
ao como a Terra permanece saud
´
avel e habit
´
a-
vel? A resposta: por causa dos ciclos naturais, como
os da
´
agua, do carbono, do oxig
ˆ
enio e do nitrog
ˆ
enio,
explicados e ilustrados aqui de maneira simples.
O ciclo da
´
agua: A
´
agua
´
e essencial para a
vida. Nenhum de n
´
os pode viver sem ela por mais
de alguns dias. O ciclo da
´
agua distribui
´
agua
doce e limpa ao redor do planeta. Envolve tr
ˆ
es es-
t
´
agios. (1) A energia solar suspende a
´
agua para
a atmosfera pela evaporaç
˜
ao. (2) A condensa-
ç
˜
ao dessa
´
agua purificada produz nuvens. (3) As
nuvens, por sua vez, produzem chuva, granizo ou
neve, que caem no solo prontos para nova evapo-
raç
˜
ao, completando assim o ciclo. Quanta
´
agua
´
e reciclada por ano? Segundo estimativas, o sufi-
ciente para cobrir uniformemente a superf
´
ıcie da
Terra com quase 80 cent
´
ımetros de
´
agua.4
Os ciclos do carbono e do oxig
ˆ
enio: Como
sabe, para viver voc
ˆ
e precisa respirar, inalar
oxig
ˆ
enio e exalar di
´
oxido de carbono. Mas, com
incont
´
aveis bilh
˜
oes de humanos e de animais fa-
zendo a mesma coisa, por que a atmosfera nun-
ca fica sem oxig
ˆ
enio e nem saturada de di
´
oxido
de carbono? A resposta tem a ver com o ciclo do
oxig
ˆ
enio. (1) Num incr
´
ıvel processo chamado fo-
toss
´
ıntese, as plantas absorvem o di
´
oxido de car-
bono que n
´
os exalamos, usando-o com a energia
solar para produzir carboidratos e oxig
ˆ
enio. (2) Ao
inalarmos oxig
ˆ
enio, completamos esse ciclo. Toda
essa produç
˜
ao de vegetaç
˜
ao e de ar respir
´
avel
acontece de modo limpo, eficiente e silencioso.
1
3
2
1
Di
´
oxido
de carbono
2
Oxig
ˆ
enio
8 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
9. Reciclagem perfeita
Os humanos, com toda sua avançada
tecnologia, geram anualmente incont
´
aveis
toneladas de lixo t
´
oxico n
˜
ao recicl
´
avel. No
entanto, a Terra recicla todo seu lixo de
modo perfeito, por meio de engenhosos
processos qu
´
ımicos.
Como voc
ˆ
e acha que surgiram os siste-
mas de reciclagem da Terra? “Se o ecossis-
tema da Terra tivesse realmente evolu
´
ıdo
s
´
o por acaso, teria sido imposs
´
ıvel alcançar
tal n
´
ıvel perfeito de harmonia ambiental”,
diz Michael A. Corey, escritor de religi
˜
ao e
ci
ˆ
encia.5 Voc
ˆ
e concorda com essa conclu-
s
˜
ao?
Como responderia?
˛ Voc
ˆ
e acha que as caracter
´
ısticas
da Terra s
˜
ao produto de projeto
intencional? Em caso afirmativo,
quais dos fatos acima voc
ˆ
e acha
mais convincentes?
˛ Como voc
ˆ
e responderia
`
a afirmaç
˜
ao
de que a Terra n
˜
ao
´
e nada especial,
que
´
e apenas mais um local em que a
evoluç
˜
ao poderia ocorrer?
Stockbyte/Getty
Images
O PLANETA VIVO 9
O ciclo do nitrog
ˆ
enio: A vida na Terra depende tamb
´
em da produç
˜
ao de mol
´
eculas
org
ˆ
anicas, como as prote
´
ınas. (A) Para produzir essas mol
´
eculas,
´
e preciso nitrog
ˆ
enio.
Felizmente, esse g
´
as comp
˜
oe quase 80% da atmosfera. Raios convertem nitrog
ˆ
enio em
compostos que as plantas podem absorver. (B) As plantas incorporam esses compostos
em mol
´
eculas org
ˆ
anicas. Assim, os animais que comem essas plantas tamb
´
em absorvem
nitrog
ˆ
enio. (C) Por fim, quando plantas e animais morrem, os compostos nitrogenados ne-
les s
˜
ao decompostos por bact
´
erias. Esse processo de decomposiç
˜
ao libera o nitrog
ˆ
enio de
volta para o solo e para a atmosfera, completando o ciclo.
A atmosfera da
Terra
´
e composta de
78% de nitrog
ˆ
enio
Mol
´
eculas
org
ˆ
anicas
A
Bact
´
erias
B
Compostos nitrogenados
C
Bact
´
erias
10. Solo: Descobriu-se que apenas 100
gramas de solo abrigam 10 mil esp
´
e-
cies de bact
´
erias,7 sem contar o n
´
u-
mero de micr
´
obios. Algumas esp
´
ecies
foram encontradas quase tr
ˆ
es quil
ˆ
ome-
tros abaixo da superf
´
ıcie do solo!8
Ar: Al
´
em dos p
´
assaros, morcegos e
insetos que voam no espaço, a atmos-
fera est
´
a cheia de p
´
olen e de outros es-
poros, bem como de sementes e, em
certas regi
˜
oes, de milhares de tipos de
micr
´
obios. A diversidade de vida micro-
biana no ar “rivaliza com a diversidade
de micr
´
obios no solo”, diz a revista
Scientific American.9
´
Agua: Os oceanos ainda s
˜
ao um
grande mist
´
erio, pois, a fim de estudar
as suas profundezas, os cientistas mui-
tas vezes precisam usar custosa tecno-
logia. At
´
e mesmo os recifes de coral,
relativamente acess
´
ıveis e bem pesqui-
sados, talvez abriguem milh
˜
oes de es-
p
´
ecies ainda n
˜
ao conhecidas.
Ser
´
a que essa espantosa variedade de
vida surgiu por acaso? Muitos concor-
dariam com o poeta que escreveu:
“Quantos s
˜
ao os teus trabalhos,
´
o
Jeov
´
a! A todos eles fizeste em sabedo-
ria. A terra est
´
a cheia das tuas produ-
ç
˜
oes.”1 — Salmo 104:24.
1 Na B
´
ıblia, o nome de Deus
´
e Jeov
´
a. — Sal-
mo 83:18.
Fervilhando de vida
Ningu
´
em sabe quantas esp
´
ecies exis-
tem na Terra. As estimativas variam
de 2 milh
˜
oes a 100 milh
˜
oes.6 Qual a
amplitude da vida no nosso planeta?
Bact
´
erias
subterr
ˆ
aneas
P
´
olen
An
ˆ
emona
Bact
´
erias: Penn State University, laborat
´
orio de Jean Brenchley, e com permiss
˜
ao
de Springer ScienceBusiness Media: extrem
´
ofilos, inusitadas amostras ultramicro-
bacterianas de um profundo n
´
ucleo de gelo groenland
ˆ
es representam uma sugerida
nova esp
´
ecie, Chryseobacterium greenlandense sp. nov., janeiro de 2010, Jennifer
Loveland-Curtze; p
´
olen: 5 Fotosearch
10 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
11. 11
Quem projetou
primeiro?Em anos recentes, cientistas e
engenheiros v
ˆ
em permitindo que
plantas e animais os ensinem, no verdadeiro sentido da pa-
lavra. (J
´
o 12:7, 8) Eles estudam e copiam os detalhes de
projeto de v
´
arias criaturas (um campo conhecido como bio-
mim
´
etica) para criar novos produtos e melhorar o desempe-
nho dos j
´
a existentes. Ao considerar os seguintes exem-
plos, pergunte-se: ‘Quem realmente merece o cr
´
edito
por esses projetos?’
12. 12 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
O que ensinam
as nadadeiras da baleia
O que os projetistas de avi
˜
oes podem
aprender da baleia jubarte (ou baleia-cor-
cunda)? Pelo visto, muita coisa. Uma ba-
leia jubarte adulta pesa umas 30 toneladas
— o peso de um caminh
˜
ao carregado — e
tem um corpo relativamente inflex
´
ıvel, com
grandes nadadeiras, ou barbatanas, que pa-
recem asas. Esse animal de 12 metros de
comprimento
´
e muito
´
agil debaixo da
´
agua.
O que mais intrigou os pesquisadores foi
como esse animal de corpo inflex
´
ıvel conse-
gue nadar em c
´
ırculos incrivelmente fecha-
dos. Eles descobriram que o segredo est
´
a
no formato das nadadeiras da baleia. A bor-
da frontal delas n
˜
ao
´
e lisa, como a asa de
avi
˜
ao, mas serrilhada, com uma fileira de sa-
li
ˆ
encias chamadas tub
´
erculos.
`
A medida que a baleia desliza pela
´
agua,
esses tub
´
erculos aumentam a força de sus-
tentaç
˜
ao e diminuem a resist
ˆ
encia da
´
agua.
Como? A revista Natural History explica
que os tub
´
erculos fazem com que a
´
agua
flua pela nadadeira num fluxo girat
´
orio sua-
ve, mesmo quando a baleia sobe em
ˆ
angu-
los bem
´
ıngremes.10
Que aplicaç
˜
oes pr
´
aticas oferece essa
descoberta? Ao que tudo indica,
as asas de avi
˜
oes projetadas
de acordo com o formato
da nadadeira dessa
baleia n
˜
ao precisariam de tantos flaps nem
de outros dispositivos mec
ˆ
anicos para al-
terar o fluxo do ar. Tais asas seriam mais
seguras e de manutenç
˜
ao mais f
´
acil. John
Long, especialista em biomec
ˆ
anica, acredi-
ta ser “bem prov
´
avel” que um dia, em breve,
“todos os avi
˜
oes comerciais a jato tenham
asas com sali
ˆ
encias parecidas com as das
nadadeiras da baleia jubarte”.11
Imitaç
˜
ao das asas da gaivota
´
E claro que as asas dos avi
˜
oes j
´
a imitam
o formato das asas de aves. No entanto, re-
centemente, engenheiros levaram essa imi-
taç
˜
ao a novos n
´
ıveis. “Pesquisadores na
Universidade da Fl
´
orida”, publicou a revis-
ta New Scientist, “constru
´
ıram um prot
´
otipo
de aeronave comandada por controle remo-
to, que tem a capacidade de pairar, descer e
subir rapidamente como uma gaivota”.12
As gaivotas realizam suas not
´
aveis acro-
bacias a
´
ereas flexionando as asas nas articu-
laç
˜
oes do cotovelo e do ombro. Copiando o
13. projeto dessa asa flex
´
ıvel, “o prot
´
otipo de
aeronave, de 61 cent
´
ımetros, usa um peque-
no motor para controlar uma s
´
erie de varas
de metal que movem as asas”, diz a revista.
Essas asas projetadas de modo inteligente
permitem que a pequena aeronave paire e
mergulhe entre pr
´
edios altos. Alguns milita-
res est
˜
ao ansiosos para desenvolver uma ae-
ronave que tenha tal facilidade de manobra
para uso na procura de armas qu
´
ımicas e
biol
´
ogicas em grandes cidades.
Imitaç
˜
ao da perna da gaivota
A gaivota n
˜
ao fica gelada, nem mesmo
quando fica em p
´
e no gelo. Como essa ave
conserva o calor do corpo? Parte do segre-
do est
´
a num fascinante detalhe de projeto
que existe em v
´
arios animais que vivem em
regi
˜
oes frias.
´
E chamado de “trocador de
calor em contracorrente”.
O que
´
e um “trocador de calor em con-
tracorrente”? Para entender isso, imagine
dois canos de
´
agua colocados bem rentes
um ao outro. Num deles corre
´
agua quente
e no outro
´
agua fria. Se tanto a
´
agua quente
como a fria flu
´
ırem pelos canos na mesma
direç
˜
ao, cerca de metade do
calor da
´
agua quente ser
´
a transmitida para
a fria. Mas, se a
´
agua quente e a
´
agua fria
flu
´
ırem em direç
˜
oes opostas, quase todo o
calor ser
´
a transferido da
´
agua quente para a
fria.
Quando a gaivota pisa com os p
´
es no
gelo, os trocadores de calor nas suas pernas
aquecem o sangue quando ele retorna dos
p
´
es gelados da ave. Os trocadores de calor
conservam o calor no corpo da ave e impe-
dem a perda de calor que seria provocada
pelos p
´
es. Arthur P. Fraas, engenheiro me-
c
ˆ
anico e aeron
´
autico, chamou esse projeto
de “um dos mais eficazes regenerativos ‘tro-
cadores de calor’ do mundo”.13 Esse proje-
to
´
e t
˜
ao sofisticado que engenheiros huma-
nos o copiam.
Avi
˜
ao:
Kristen
Bartlett/Universidade
da
Fl
´
orida
5
Fotosearch
O calor se transfere,
permanece no corpo
O frio permanece
nos p
´
es
14. 14 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
Quem merece o cr
´
edito?
A Administraç
˜
ao Nacional de Aeron
´
auti-
ca e Espaço (Nasa) est
´
a desenvolvendo um
rob
ˆ
o de m
´
ultiplas pernas que anda como
um escorpi
˜
ao, e engenheiros na Finl
ˆ
andia
j
´
a desenvolveram um trator de seis “pernas”
que pode transpor obst
´
aculos como se fos-
se um inseto gigante. Outros pesquisado-
res projetaram tecido com pequenos flaps
que imitam o modo como a pinha se abre e
se fecha. Esse tecido se ajusta
`
a temperatu-
ra do corpo do usu
´
ario. Um fabricante de
autom
´
oveis est
´
a desenvolvendo um ve
´
ıculo
que imita o surpreendente projeto aerodi-
n
ˆ
amico do peixe-cofre. E outros pesquisa-
dores estudam a capacidade de absorç
˜
ao de
impactos das conchas dos moluscos abalo-
ne, com a intenç
˜
ao de fabricar coletes
`
a pro-
va de bala mais resistentes.
A natureza contribui com tantas boas
ideias que os pesquisadores criaram um
banco de dados que j
´
a catalogou milhares
de diferentes sistemas biol
´
ogicos. Os cien-
tistas podem pesquisar esse banco de dados
para encontrar “soluç
˜
oes naturais para seus
problemas de projeto”, diz a revista The
Economist. Os sistemas naturais mantidos
nesse banco de dados s
˜
ao conhecidos como
patentes biol
´
ogicas. Em geral, o detentor de
uma patente
´
e uma pessoa ou empresa que
registra legalmente uma nova ideia ou uma
nova m
´
aquina. Sobre esse banco de dados
de patentes biol
´
ogicas The Economist diz:
“Por chamarem de ‘patentes biol
´
ogicas’ as
geniais ideias biomim
´
eticas, os pesquisado-
res est
˜
ao na realidade dizendo que a nature-
za
´
e a leg
´
ıtima detentora dessas patentes.”14
De onde a natureza tirou todas essas
ideias brilhantes? Muitos pesquisadores
atribuiriam os engenhosos projetos evi-
dentes na natureza a milh
˜
oes de anos de
evolutivo processo de tentativas de erro e
acerto. Outros pesquisadores, por
´
em, che-
garam a uma conclus
˜
ao diferente. O micro-
bi
´
ologo Michael J. Behe escreveu no jornal
The New York Times de 7 de fevereiro de
2005: “A forte indicaç
˜
ao da exist
ˆ
encia de
projeto [na natureza] permite um irrefut
´
a-
vel argumento simples: se algo parece um
Quem
´
e o detentor de patentes da natureza?
Um carro-conceito imita
o surpreendente projeto
aerodin
ˆ
amico e de
estabilidade do
peixe-cofre
O sonar dos golfinhos
´
e
superior
`
a imitaç
˜
ao humana
Peixe-cofre
e
carro:
Mercedes-Benz
USA
15. QUEM PROJETOU PRIMEIRO? 15
pato, anda e grasna como pato, ent
˜
ao, salvo
esmagadora prova em contr
´
ario, temos ra-
z
˜
oes para concluir que se trata de um pato.”
Qual
´
e a opini
˜
ao dele? “A exist
ˆ
encia de pro-
jeto n
˜
ao deve ser despercebida s
´
o porque
´
e
t
˜
ao
´
obvia.”15
Certamente, o engenheiro que desenha
uma asa de avi
˜
ao mais segura e eficiente
merece o cr
´
edito pelo seu projeto. Da mes-
ma forma, quem inventa um tecido mais
confort
´
avel ou um carro mais eficiente me-
rece o cr
´
edito pelo seu projeto. De fato,
o fabricante que copia um projeto alheio
sem reconhecer ou dar cr
´
edito ao projetista
pode ser considerado criminoso.
Ent
˜
ao considere estes fatos: pesquisado-
res altamente especializados copiam de
modo rudimentar certos sistemas da natu-
reza para resolver dif
´
ıceis problemas de en-
genharia. No entanto, alguns atribuem a ge-
nialidade de desenvolver a ideia original a
uma evoluç
˜
ao n
˜
ao inteligente. Isso lhe pare-
ce razo
´
avel? Se a c
´
opia exige um projetis-
ta inteligente, que dizer do original? Quem
realmente merece mais cr
´
edito, o mestre
engenheiro ou o aprendiz que imita seus
projetos?
Conclus
˜
ao l
´
ogica
Depois de examinar as evid
ˆ
encias de que
existe projeto na natureza, muitas pessoas
concordam com o conceito do escritor b
´
ı-
blico Paulo, que disse: ‘As qualidades invis
´
ı-
veis [de Deus] s
˜
ao claramente vistas desde
a criaç
˜
ao do mundo, porque s
˜
ao percebi-
das por meio das coisas feitas, mesmo seu
sempiterno poder e Divindade.’ — Roma-
nos 1:19, 20.
Como responderia?
˛ Parece-lhe l
´
ogico crer
que a espl
ˆ
endida
engenharia evidente
na natureza
´
e fruto
do acaso?
˛ Como responderia
`
a
afirmaç
˜
ao de que a
vida apenas parece
ter sido projetada?
Pata
de
geco:
5
Fotosearch;
beija-flor:
Laurie
Excell/Fogstock/age
fotostock
Cientistas pesquisam a
capacidade de resist
ˆ
encia
a impactos dos moluscos abalone
A lagartixa consegue
aderir
`
as mais lisas
superf
´
ıcies usando
forças moleculares
16. 16 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
Foi projetado?
Se a c
´
opia exige um projetista, que dizer do original?
Fibras
˛ Produto de fabricaç
˜
ao humana: Kevlar
´
e
uma resistente fibra de fabricaç
˜
ao humana
usada em produtos como coletes
`
a prova
de bala. Fabricar o kevlar exige temperatu-
ras altas e o uso de perigosos solventes.
˛ Produto natural: As aranhas orbitelas pro-
duzem sete tipos de seda. A mais resisten-
te, conhecida como seda do fio estrutural,
´
e mais leve do que o algod
˜
ao, mas propor-
cionalmente mais forte do que o aço e
mais resistente do que o kevlar. Se fosse
ampliada para ficar do tamanho de um
campo de futebol americano, uma teia fei-
ta de seda de fio estrutural com 1 cent
´
ıme-
tro de espessura e com 4 cent
´
ımetros de
espaço entre os fios poderia parar um Jum-
bo em pleno voo! As aranhas produzem a
seda do fio estrutural em temperatura am-
biente, usando
´
agua como solvente.
Vista microsc
´
opica da
secreç
˜
ao de seda de aranha
Copyright
Dennis
Kunkel
Microscopy,
Inc.
17. QUEM PROJETOU PRIMEIRO? 17
Navegaç
˜
ao
˛ Produto de fabricaç
˜
ao humana: Alguns avi
˜
oes
comerciais t
ˆ
em sistemas de piloto autom
´
atico com-
putadorizados que podem tanto guiar o avi
˜
ao de um
pa
´
ıs para outro como fazer a aterrissagem. O computa-
dor usado num sistema de piloto autom
´
atico experimen-
tal
´
e do tamanho de um cart
˜
ao de cr
´
edito.
˛ Produto natural: Com um c
´
erebro do tamanho da ponta
de uma caneta esferogr
´
afica, a borboleta-monarca mi-
gra uns 3 mil quil
ˆ
ometros do Canad
´
a at
´
e um pequeno
trecho de floresta no M
´
exico. Essa borboleta se orienta
pelo Sol na sua viagem e tem a capacidade de compen-
sar o movimento do Sol no c
´
eu.
Lentes
˛ Produto de fabricaç
˜
ao humana: Enge-
nheiros desenvolveram um olho artificial
composto que acomoda 8.500 lentes num
espaço do tamanho de uma cabeça de alfi-
nete. Tais lentes poderiam ser usadas em detec-
tores de movimento de alta velocidade e em c
ˆ
ameras
multidirecionais ultrafinas.
˛ Produto natural: Cada olho da lib
´
elula tem umas 30 mil
lentes. Essas lentes produzem imagens que se combi-
nam para criar um amplo campo de vis
˜
ao em mosaico.
Os olhos compostos da lib
´
elula s
˜
ao detectores de movi-
mento por excel
ˆ
encia.
18. Antes de respondermos a essa pergunta,
h
´
a algo que precisa ser esclarecido. Mui-
tos cientistas notaram que, com o tempo,
os descendentes de seres vivos podem sofrer
leves mudanças. Por exemplo, os humanos
podem cruzar c
˜
aes de modo seletivo para
que mais tarde os descendentes tenham per-
nas mais curtas ou pelo mais longo que seus
antepassados.1 Alguns cientistas chamam
essas leves mudanças de “microevoluç
˜
ao”.
No entanto, os evolucionistas ensinam
que essas pequenas mudanças lentamente
se acumularam no decorrer de bilh
˜
oes de
anos e produziram as grandes mudanças ne-
cess
´
arias para transformar peixes em anf
´
ı-
bios, e criaturas simiescas em seres huma-
nos. Essas supostas grandes mudanças s
˜
ao
definidas como “macroevoluç
˜
ao”.
Charles Darwin, por exemplo, ensinou
1 As mudanças que os criadores de c
˜
aes conseguem
produzir muitas vezes resultam de falha gen
´
etica. Por
exemplo, a baixa estatura do bass
ˆ
e deve-se a uma falha
no desenvolvimento normal da cartilagem, causando
nanismo.
Evoluç
˜
ao
mitos e fatos
“Assim como o calor do Sol
´
e um fato, a evoluç
˜
ao tamb
´
em
´
e um fato”, afirmou o pro-
fessor Richard Dawkins, destacado cientista evolucionista.16 Naturalmente, experi
ˆ
en-
cias e observaç
˜
oes diretas provam que o Sol
´
e quente. Mas ser
´
a que experi
ˆ
encias e
observaç
˜
oes diretas d
˜
ao ao ensino da evoluç
˜
ao o mesmo apoio inquestion
´
avel?
Charles Darwin e
seu livro Origem
das Esp
´
ecies
Darwin:
do
livro
Origin
of
Species,
1902;
livro:
AbeBooks.com
19. EVOLUÇ
˜
AO — MITOS E FATOS 19
que as pequenas mudanças que podemos
observar significam que mudanças bem
maiores — nunca observadas — tamb
´
em s
˜
ao
poss
´
ıveis.17 Ele achava que com o passar
de longos per
´
ıodos, algumas formas de vida
originais, chamadas de vida simples, evolu
´
ı-
ram — por meio de “modificaç
˜
oes extrema-
mente leves” — para os milh
˜
oes de diferen-
tes formas de vida na Terra.18
Muitos acham razo
´
avel essa afirmaç
˜
ao.
Eles se perguntam: ‘Se pequenas mudan-
ças podem ocorrer dentro de uma esp
´
ecie,
por que a evoluç
˜
ao n
˜
ao produziria grandes
modificaç
˜
oes com o passar de longos pe-
r
´
ıodos?’1 Na realidade, por
´
em, o ensino da
evoluç
˜
ao se baseia em tr
ˆ
es mitos. Considere
o seguinte.
Mito 1. As mutaç
˜
oes suprem a ma-
t
´
eria-prima necess
´
aria para se criar no-
vas esp
´
ecies. O ensino da macroevo-
luç
˜
ao baseia-se na suposiç
˜
ao de que as
mutaç
˜
oes — mudanças aleat
´
orias no c
´
odi-
go gen
´
etico de plantas e animais — po-
dem produzir n
˜
ao apenas novas esp
´
ecies,
mas tamb
´
em fam
´
ılias inteiramente novas
de plantas e animais.19
Os fatos. Muitas caracter
´
ısticas de uma
planta ou de um animal s
˜
ao determinadas
pelas instruç
˜
oes contidas em seu c
´
odigo ge-
n
´
etico, o projeto, ou planta, presente no n
´
u-
cleo de cada c
´
elula.2 Os pesquisadores des-
cobriram que as mutaç
˜
oes podem produzir
alteraç
˜
oes nos descendentes das plantas e
dos animais. Mas ser
´
a que as mutaç
˜
oes po-
dem realmente produzir esp
´
ecies inteira-
mente novas? O que um s
´
eculo de estudo no
campo da pesquisa gen
´
etica revelou?
Em fins dos anos 30, os cientistas ado-
1 Apesar de a palavra “esp
´
ecie” ser usada com fre-
qu
ˆ
encia nesta seç
˜
ao, deve-se notar que esse mesmo
termo, no livro b
´
ıblico de G
ˆ
enesis,
´
e muito mais
abrangente. Muitas vezes, o que os cientistas decidem
chamar de evoluç
˜
ao para uma nova esp
´
ecie trata-se,
na verdade, de uma variaç
˜
ao dentro da “esp
´
ecie” refe-
rida no relato de G
ˆ
enesis.
2 Pesquisas mostram que o citoplasma da c
´
elula,
suas membranas e outras estruturas tamb
´
em desempe-
nham um papel na modelaç
˜
ao de um organismo.
taram entusiasticamente um novo concei-
to. Eles j
´
a achavam que a seleç
˜
ao natural
— o processo pelo qual o organismo mais
bem adaptado ao ambiente teria mais chan-
ce de sobreviver e procriar — poderia pro-
duzir novas esp
´
ecies de plantas por meio
de mutaç
˜
oes aleat
´
orias. Assim, eles agora
presumiam que a escolha artificial de mu-
taç
˜
oes, ou seja, a escolha manipulada pelo
homem, deveria ser capaz de fazer o mes-
mo com mais efici
ˆ
encia. “Espalhou-se a eu-
foria entre os bi
´
ologos em geral e em es-
pecial entre os geneticistas e criadores de
plantas e animais”, disse Wolf-Ekkehard
L
¨
onnig, cientista do Instituto Max Planck
de Melhoramento Gen
´
etico em Plantas,
na Alemanha.1 Por que a euforia? L
¨
onnig,
que j
´
a passou cerca de 30 anos estudando
1 L
¨
onnig acredita que a vida teve um Criador. Os
seus coment
´
arios nesta publicaç
˜
ao s
˜
ao de sua auto-
ria, mas n
˜
ao representam a opini
˜
ao do Instituto Max
Planck de Melhoramento Gen
´
etico em Plantas.
Normal
Moscas-das-frutas, embora malformadas,
ainda s
˜
ao moscas-das-frutas
As mutaç
˜
oes podem produzir
mudanças em plantas — como essa
mutante de flores grandes — mas
apenas dentro de certo limite
Normal
20. 20 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
a gen
´
etica das mutaç
˜
oes em plantas, disse:
“Esses pesquisadores pensavam que o tem-
po de revolucionar o m
´
etodo tradicional de
criaç
˜
ao de plantas e de animais havia chega-
do. Achavam que, por induzir e selecionar
as mutaç
˜
oes favor
´
aveis, poderiam produzir
plantas e animais novos e melhores.”20 De
fato, alguns esperavam produzir esp
´
ecies in-
teiramente novas.
Cientistas nos Estados Unidos,
´
Asia e Eu-
ropa lançaram programas de pesquisa soli-
damente financiados que usavam m
´
etodos
que prometiam acelerar a evoluç
˜
ao. Depois
de mais de 40 anos de intensas pesquisas,
quais foram os resultados? “Apesar do enor-
me gasto financeiro”, diz o pesquisador Pe-
ter von Sengbusch, “a tentativa de desenvol-
ver variedades cada vez mais produtivas por
meio de irradiaç
˜
ao [para causar mutaç
˜
oes]
mostrou ser um fiasco total”.21 E L
¨
onnig
disse: “Nos anos 80, a esperança e a eufo-
ria entre os cientistas acabou num fracas-
so global. O melhoramento gen
´
etico como
campo espec
´
ıfico de pesquisa foi desconti-
nuado nos pa
´
ıses ocidentais. Quase todos os
mutantes . . . morriam ou eram mais fracos
que os esp
´
ecimes naturais.”1
Mesmo assim, os dados agora dispon
´
ıveis
depois de uns cem anos de pesquisa de mu-
taç
˜
oes em geral, e de 70 anos de melho-
ramento gen
´
etico em especial, possibilitam
que os cientistas tirem conclus
˜
oes sobre a
capacidade das mutaç
˜
oes de produzir novas
esp
´
ecies. Ap
´
os examinar as provas, L
¨
onnig
concluiu: “As mutaç
˜
oes n
˜
ao podem trans-
formar uma esp
´
ecie original [de planta ou
animal] em outra totalmente nova. Essa
conclus
˜
ao est
´
a de acordo com o conjunto
de todas as experi
ˆ
encias e resultados sobre
1 Os experimentos com mutaç
˜
oes revelaram vez
ap
´
os vez que o n
´
umero de novos mutantes diminu
´
ıa
constantemente, ao passo que os mesmos tipos de mu-
tantes continuavam a surgir. Al
´
em disso, menos de 1%
das mutaç
˜
oes em plantas foi selecionado para pesqui-
sa adicional, e menos de 1% desse grupo foi conside-
rado pr
´
oprio para uso comercial. Mas nenhuma esp
´
e-
cie inteiramente nova foi criada. Os resultados das
tentativas de melhoramento gen
´
etico em animais fo-
ram ainda piores que os realizados em plantas, e o
procedimento foi descontinuado por completo.
mutaç
˜
ao realizados no s
´
eculo 20 e tamb
´
em
com as leis da probabilidade.”
Portanto, podem as mutaç
˜
oes fazer com
que uma esp
´
ecie evolua para uma esp
´
ecie
de criatura inteiramente nova? N
˜
ao, segun-
do as evid
ˆ
encias. As pesquisas de L
¨
onnig le-
varam-no a concluir “que esp
´
ecies genetica-
mente bem definidas t
ˆ
em limites reais que
n
˜
ao podem ser anulados ou ultrapassados
por mutaç
˜
oes acidentais”.22
Pense nas implicaç
˜
oes dos fatos mencio-
nados acima. Se cientistas altamente qua-
lificados n
˜
ao conseguem produzir novas
esp
´
ecies por induzir e escolher de modo ar-
tificial as mutaç
˜
oes favor
´
aveis, seria prov
´
a-
vel que um processo sem intelig
ˆ
encia fizesse
um trabalho melhor? Se a pesquisa mostra
que as mutaç
˜
oes n
˜
ao podem transformar
uma esp
´
ecie original em outra totalmente
nova, ent
˜
ao exatamente como
´
e que a ma-
croevoluç
˜
ao teria ocorrido?
Mito 2. A seleç
˜
ao natural levou
`
a cria-
ç
˜
ao de novas esp
´
ecies. Darwin acredi-
tava que aquilo que ele chamou de sele-
ç
˜
ao natural favoreceria as formas de vida
mais bem adaptadas ao ambiente, en-
quanto as formas de vida menos adapta-
das acabariam se extinguindo. Os evolu-
cionistas modernos ensinam que, ao
passo que as esp
´
ecies se espalharam e se
isolaram, a seleç
˜
ao natural escolheu as
esp
´
ecies cujas mutaç
˜
oes gen
´
eticas as tor-
naram mais adaptadas ao novo ambiente.
Eles especulam que, em resultado disso,
esses grupos isolados por fim evolu
´
ıram
para esp
´
ecies totalmente novas.
Os fatos. Como j
´
a mencionado, as evi-
d
ˆ
encias obtidas pelas pesquisas cient
´
ıficas
indicam fortemente que mutaç
˜
oes n
˜
ao po-
dem produzir esp
´
ecies de animais ou plan-
tas inteiramente novas. Mesmo assim, que
provas os evolucionistas apresentam para
apoiar sua afirmaç
˜
ao de que a seleç
˜
ao na-
tural escolhe as mutaç
˜
oes mais favor
´
aveis
para produzir novas esp
´
ecies? Uma brochu-
ra publicada em 1999 pela Academia Na-
21. EVOLUÇ
˜
AO — MITOS E FATOS 21
cional de Ci
ˆ
encias (NAS), nos Estados Uni-
dos, refere-se
`
as “13 esp
´
ecies de tentilh
˜
oes
estudadas por Darwin nas ilhas Gal
´
apagos,
agora conhecidos como os tentilh
˜
oes de
Darwin”.23
Nos anos 70, um grupo de pesquisa lide-
rado por Peter e Rosemary Grant, da Uni-
versidade de Princeton, começou a estudar
esses tentilh
˜
oes e descobriu que, depois de
um ano de seca nas ilhas, os tentilh
˜
oes que
tinham o bico ligeiramente maior sobrevi-
viam com mais facilidade que os de bico
menor. Visto que observar o tamanho e o
formato do bico
´
e uma das maneiras prin-
cipais de classificar as 13 esp
´
ecies de ten-
tilh
˜
oes, essas descobertas foram encaradas
como significativas. A brochura NAS conti-
nua: “O casal Grant calculou que, se hou-
vesse uma seca a cada dez anos nas ilhas,
uma nova esp
´
ecie de tentilh
˜
ao poderia sur-
gir em apenas uns 200 anos.”24
No entanto, a brochura da NAS deixou
de mencionar que nos anos que se seguiram
`
a seca os tentilh
˜
oes com bicos menores vol-
taram a dominar a populaç
˜
ao. Os pesquisa-
dores descobriram que, conforme mudava
o clima na ilha, os tentilh
˜
oes de bicos mais
longos dominavam num ano, mas depois
quem dominava eram os de bicos menores.
Perceberam tamb
´
em que algumas das su-
postas esp
´
ecies de tentilh
˜
oes se cruzavam e
produziam descend
ˆ
encia que sobrevivia me-
lhor que seus pais. Eles conclu
´
ıram que, se
esse cruzamento continuasse, poderia resul-
tar na fus
˜
ao de duas “esp
´
ecies” numa s
´
o.25
Portanto, ser
´
a que a seleç
˜
ao natural real-
mente criou esp
´
ecies inteiramente no-
vas? D
´
ecadas atr
´
as, o bi
´
ologo evolucionis-
ta George Christopher Williams começou
a questionar se a seleç
˜
ao natural tinha tal
capacidade.26 Em 1999, o te
´
orico evolucio-
nista Jeffrey H. Schwartz escreveu que a se-
leç
˜
ao natural pode ajudar as esp
´
ecies a se
adaptarem
`
as exig
ˆ
encias vari
´
aveis da exis-
t
ˆ
encia, mas n
˜
ao cria nada novo.27
De fato, os tentilh
˜
oes de Darwin n
˜
ao es-
t
˜
ao se transformando em algo “novo”. Ain-
da s
˜
ao tentilh
˜
oes. E o cruzamento entre eles
lança d
´
uvidas sobre os m
´
etodos usados por
alguns evolucionistas para definir uma es-
p
´
ecie. Al
´
em disso, as informaç
˜
oes sobre es-
sas aves revelam que at
´
e mesmo academias
cient
´
ıficas de prest
´
ıgio n
˜
ao est
˜
ao imunes a
apresentar provas de maneira tendenciosa.
Quando muito, os tentilh
˜
oes
de Darwin mostram que uma
esp
´
ecie pode adaptar-se
`
as
mudanças clim
´
aticas
Desenhos
de
bicos:
do
livro
Journal
of
Researches,
de
Charles
Darwin
(1873);
imagem:
cortesia
da
Biodiversity
Heritage
Library
22. 22 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
Mito 3. O registro f
´
ossil prova mudan-
ças macroevolucion
´
arias. A j
´
a mencio-
nada brochura da NAS passa para o leitor
a impress
˜
ao de que os f
´
osseis encontra-
dos pelos cientistas s
˜
ao provas mais do que
suficientes da macroevoluç
˜
ao. Ela diz: “Fo-
ram descobertas tantas formas intermedi
´
a-
rias entre peixes e anf
´
ıbios, entre anf
´
ıbios e
r
´
epteis, entre r
´
epteis e mam
´
ıferos e nas li-
nhagens dos primatas, que muitas vezes
se torna dif
´
ıcil identificar categoricamente
quando ocorre a transiç
˜
ao entre uma esp
´
e-
cie e outra.”28
Os fatos. Essa declaraç
˜
ao confiante feita
na brochura da NAS
´
e muito surpreenden-
te. Por qu
ˆ
e? Niles Eldredge, um evolucio-
nista ferrenho, diz que o registro f
´
ossil n
˜
ao
mostra que houve um gradativo ac
´
umulo de
mudanças, mas sim que, por longos per
´
ıo-
dos, “pouca ou nenhuma mudança evolu-
cion
´
aria se acumulou na maioria das esp
´
e-
cies”.129
At
´
e hoje, cientistas do mundo inteiro j
´
a
desenterraram e catalogaram uns 200 mi-
lh
˜
oes de f
´
osseis grandes e bilh
˜
oes de micro-
f
´
osseis. Muitos pesquisadores concordam
que esse vasto e detalhado registro mos-
tra que todos os principais grupos de ani-
mais surgiram de repente e permaneceram
praticamente inalterados, com muitas esp
´
e-
cies desaparecendo de modo t
˜
ao repentino
quanto surgiram.
1 At
´
e mesmo os poucos exemplos do registro f
´
ossil
ao qual os pesquisadores apontam como prova da evo-
luç
˜
ao est
˜
ao abertos ao debate. Veja as p
´
aginas 22 a 29
da brochura A Origem da Vida — Cinco Perguntas Que
Merecem Resposta, publicada pelas Testemunhas de
Jeov
´
a.
Crer na evoluç
˜
ao
´
e um
“ato de f
´
e”
Por que muitos evolucionistas de desta-
que insistem que a macroevoluç
˜
ao
´
e um
fato? Richard Lewontin, um influente evolu-
cionista, escreveu candidamente que muitos
cientistas est
˜
ao dispostos a aceitar afirma-
ç
˜
oes cient
´
ıficas n
˜
ao comprovadas “porque
j
´
a [assumiram] outro compromisso, um
compromisso com o materialismo”.1 Mui-
tos cientistas se recusam at
´
e mesmo a con-
siderar a possibilidade de que exista um
Projetista inteligente porque, como escre-
ve Lewontin, “n
˜
ao podemos permitir que a
ci
ˆ
encia abra a porta
`
a ideia de um Deus”.30
Nesse respeito, o soci
´
ologo Rodney Stark
´
e citado na revista Scientific American como
tendo dito: “H
´
a 200 anos se propaga a ideia
de que, se voc
ˆ
e quer ser um cientista, tem
de manter a mente livre dos grilh
˜
oes da reli-
gi
˜
ao.” Ele disse ainda que nas universidades
em que se faz pesquisa “os religiosos ficam
de boca fechada”.31
Para aceitar o ensino da macroevoluç
˜
ao
como verdade, voc
ˆ
e tem de acreditar que os
cientistas agn
´
osticos ou ateus n
˜
ao se deixam
influenciar por suas crenças pessoais ao in-
terpretar as descobertas cient
´
ıficas. Tem
de acreditar que as mutaç
˜
oes e a seleç
˜
ao
natural produziram todas as complexas for-
mas de vida, mesmo que um s
´
eculo de pes-
quisas tenha mostrado que as mutaç
˜
oes n
˜
ao
transformaram nem uma
´
unica esp
´
ecie bem
definida em algo inteiramente novo. Tem
de acreditar que todas as criaturas evolu
´
ı-
ram de forma gradual de um ancestral co-
mum, apesar de o registro f
´
ossil indicar de
modo eloquente que as principais esp
´
ecies
de plantas e de animais surgiram de repen-
te e n
˜
ao evolu
´
ıram para outras, mesmo ao
longo de incont
´
aveis eras. Esse tipo de cren-
ça parece basear-se em fatos ou em mitos?
Realmente, crer na evoluç
˜
ao
´
e um “ato de
f
´
e”.
1 “Materialismo”, nesse sentido, refere-se
`
a teoria
de que tudo no Universo, incluindo toda vida, veio
`
a
exist
ˆ
encia sem nenhuma intervenç
˜
ao sobrenatural.
De acordo com o registro f
´
ossil,
todos os principais grupos de animais
surgiram de repente e permaneceram
praticamente inalterados
5
Juan
Carlos
Mu
˜
noz/age
fotostock,
e
cortesia
do
Royal
Tyrrell
Museum
of
Palaeontology
23. Como responderia?
˛ Como responderia
`
a afirmaç
˜
ao de que as
provas da chamada
microevoluç
˜
ao confirmam
que a macroevoluç
˜
ao
forçosamente ocorreu?
˛ Por que
´
e significativo que o
registro f
´
ossil mostra que a
maioria das esp
´
ecies mudou
muito pouco no decurso de
longos per
´
ıodos?
24. 24 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
Quando foi o “princ
´
ıpio”?
O relato de G
ˆ
enesis começa com esta
simples e poderosa declaraç
˜
ao: “No prin-
c
´
ıpio Deus criou os c
´
eus e a terra.” (G
ˆ
e-
nesis 1:1) Muitos eruditos b
´
ıblicos con-
cordam que essa declaraç
˜
ao se refere a
uma aç
˜
ao
`
a parte dos dias criativos, que
s
˜
ao relatados a partir do vers
´
ıculo 3. As
implicaç
˜
oes disso s
˜
ao profundas. De
acordo com as palavras iniciais da B
´
ıblia,
o Universo, incluindo nosso planeta Ter-
ra, j
´
a existia por um tempo indetermina-
do antes do in
´
ıcio dos dias criativos.
Os ge
´
ologos estimam que a Terra j
´
a
existe h
´
a 4 bilh
˜
oes de anos, e os astr
ˆ
ono-
mos calculam que o Universo pode ter
at
´
e 15 bilh
˜
oes de anos. Ser
´
a que esses
c
´
alculos — ou poss
´
ıveis ajustes futuros
a eles — contradizem G
ˆ
enesis 1:1? N
˜
ao.
A B
´
ıblia n
˜
ao especifica a idade exata ‘dos
c
´
eus e da Terra’. A ci
ˆ
encia n
˜
ao contradiz
o texto b
´
ıblico.
Qual foi a duraç
˜
ao dos
dias criativos?
Que dizer da duraç
˜
ao dos dias criati-
vos? Ser
´
a que tinham literalmente 24 ho-
ras? Alguns afirmam que, pelo fato de
Mois
´
es (o escritor de G
ˆ
enesis) mais tar-
de ter se referido ao dia ap
´
os os seis dias
criativos como modelo para o s
´
abado
(dia de descanso) semanal, cada um dos
dias criativos deve ter durado literalmen-
te 24 horas. (
ˆ
Exodo 20:11) Ser
´
a que a
fraseologia de G
ˆ
enesis apoia essa conclu-
s
˜
ao?
N
˜
ao. O fato
´
e que a palavra hebrai-
ca traduzida “dia” pode significar v
´
arios
A ci
ˆ
encia e o
relato de G
ˆ
enesis
Muitos afirmam que a ci
ˆ
encia desmente o relato b
´
ıblico da criaç
˜
ao. Mas a ver-
dadeira contradiç
˜
ao n
˜
ao est
´
a entre a ci
ˆ
encia e a B
´
ıblia, mas sim entre a ci
ˆ
encia e a
opini
˜
ao de crist
˜
aos fundamentalistas. Alguns desses grupos declaram erroneamen-
te que, segundo a B
´
ıblia, toda a criaç
˜
ao f
´
ısica foi produzida em seis dias de 24 ho-
ras, cerca de 10 mil anos atr
´
as.
A B
´
ıblia, por
´
em, n
˜
ao apoia essa conclus
˜
ao. Se ela o fizesse, muitas descobertas
cient
´
ıficas feitas durante os
´
ultimos cem anos realmente desacreditariam a B
´
ıblia.
Um estudo cuidadoso do texto b
´
ıblico revela que n
˜
ao h
´
a conflito com os fatos cien-
t
´
ıficos comprovados. Por esse motivo, as Testemunhas de Jeov
´
a discordam dos
crist
˜
aos fundamentalistas e de muitos criacionistas. O que se segue mostra o que
a B
´
ıblia realmente ensina.
Nebulosa:
IAC/RGO/David
Malin
Images
25. G
ˆ
enesis n
˜
ao ensina que
a Terra e o Universo foram
criados em seis dias de
24 horas apenas alguns
milhares de anos atr
´
as
26. 26 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
per
´
ıodos, n
˜
ao apenas um de 24 horas.
Por exemplo, quando resumiu a obra
criativa de Deus, Mois
´
es referiu-se a to-
dos os seis dias criativos como apenas
um dia. (G
ˆ
enesis 2:4) Al
´
em disso, no
primeiro dia criativo, “Deus começou a
chamar a luz de Dia, mas a escurid
˜
ao
chamou de Noite”. (G
ˆ
enesis 1:5) Aqui,
apenas uma parte do per
´
ıodo de 24 horas
´
e definida pelo termo “dia”. Com certeza
n
˜
ao h
´
a base nas Escrituras para declarar
arbitrariamente que cada dia criativo foi
de 24 horas.
Ent
˜
ao, qual foi a duraç
˜
ao dos dias cria-
tivos? A B
´
ıblia n
˜
ao diz; no entanto, a
fraseologia de G
ˆ
enesis, cap
´
ıtulos 1 e 2,
indica que estavam envolvidos longos pe-
r
´
ıodos.
Seis per
´
ıodos criativos
Mois
´
es escreveu seu relato em hebrai-
co e fez isso da perspectiva de algu
´
em
na Terra. Esses dois fatores, mais o co-
nhecimento de que o Universo j
´
a existia
antes do começo dos per
´
ıodos (ou dias)
criativos, ajudam a eliminar grande parte
da controv
´
ersia sobre o relato da criaç
˜
ao.
Como assim?
Um exame do relato de G
ˆ
enesis revela
que os eventos iniciados no decorrer de
um “dia” continuaram no dia ou dias se-
guintes. Por exemplo, antes de começar o
primeiro “dia” criativo, a luz do j
´
a exis-
tente Sol estava, de alguma forma, im-
pedida de alcançar a superf
´
ıcie da Ter-
ra, possivelmente por nuvens densas. (J
´
o
38:9) Durante o primeiro “dia”, essa bar-
reira começou a dissipar-se, permitindo
que a luz difusa penetrasse na atmosfe-
ra.1
No segundo “dia” pelo visto a atmosfe-
ra continuou a clarear, criando um espa-
ço entre as nuvens espessas no c
´
eu e o
oceano abaixo. No quarto “dia”, a atmos-
fera j
´
a havia gradualmente clareado o su-
ficiente para que o Sol e a Lua ficassem
vis
´
ıveis “na expans
˜
ao dos c
´
eus”. (G
ˆ
ene-
sis 1:14-16) Em outras palavras, do pon-
to de vista de uma pessoa na Terra, o Sol
e a Lua começaram a ficar vis
´
ıveis. Esses
eventos ocorreram de forma gradual.
O relato de G
ˆ
enesis diz tamb
´
em que,
1 Na descriç
˜
ao dos acontecimentos do primeiro
“dia”, a palavra hebraica usada para luz
´
e ‘ohr, luz no
sentido geral; mas com respeito ao quarto “dia”, a pa-
lavra usada
´
e ma·’
´
ohr, que se refere
`
a fonte de luz.
Eventos iniciados no decorrer de um “dia”
continuaram no “dia” ou “dias” seguintes
27. ao passo que a atmosfera continuava a
clarear, criaturas voadoras — incluindo
insetos e criaturas com membranas ala-
res — começaram a aparecer no quinto
“dia”.
A narrativa da B
´
ıblia deixa margem
para a possibilidade de que alguns dos
acontecimentos maiores durante cada
dia, ou per
´
ıodo criativo, ocorreram aos
poucos, em vez de instantaneamente, e
alguns deles podem ter se estendido at
´
e
os dias criativos seguintes.1
Segundo as suas esp
´
ecies
Ser
´
a que o fato de as plantas e os ani-
mais terem surgido progressivamente in-
dica que Deus usou a evoluç
˜
ao para pro-
duzir a vasta diversidade de seres vivos?
N
˜
ao. O registro diz de maneira clara
que Deus criou todas as “esp
´
ecies” b
´
a-
sicas da vida vegetal e animal. (G
ˆ
ene-
sis 1:11, 12, 20-25) Ser
´
a que essas “esp
´
e-
cies” originais de plantas e animais foram
1 Por exemplo, durante o sexto dia criativo, Deus
decretou que os humanos ‘se tornassem muitos, e en-
chessem a Terra’. (G
ˆ
enesis 1:28, 31) No entanto, esse
evento começou a ocorrer no “dia” seguinte. — G
ˆ
ene-
sis 2:2.
28. 28 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
programadas com a capaci-
dade de se ajustar
`
as mudan-
ças ambientais? O que define
os limites da “esp
´
ecie”? A B
´
ı-
blia n
˜
ao diz. No entanto, ela
diz que as criaturas viventes
foram produzidas “em enxames segundo
as suas esp
´
ecies”. (G
ˆ
enesis 1:21) Essa de-
claraç
˜
ao sugere que h
´
a um limite na va-
riaç
˜
ao que pode ocorrer dentro de uma
“esp
´
ecie”. O registro f
´
ossil e a pesquisa
moderna apoiam a ideia de que as cate-
gorias fundamentais de plantas e animais
mudaram pouco no decorrer de longos
per
´
ıodos.
Ao contr
´
ario do que afirmam alguns
religiosos fundamentalistas, G
ˆ
enesis n
˜
ao
ensina que o Universo, incluindo a Ter-
ra e todos os seres que vivem nela, foi
criado num curto per
´
ıodo num passado
relativamente recente. Em vez disso, as-
pectos da descriç
˜
ao de G
ˆ
enesis sobre a
criaç
˜
ao do Universo e do aparecimento
da vida na Terra harmonizam-se com des-
cobertas cient
´
ıficas recentes.
Por causa de suas crenças filos
´
oficas,
muitos cientistas rejeitam a declaraç
˜
ao
da B
´
ıblia de que Deus criou todas as coi-
sas.
´
E interessante, por
´
em, que no anti-
go livro b
´
ıblico de G
ˆ
enesis Mois
´
es tenha
escrito que o Universo teve um in
´
ıcio e
que a vida apareceu em est
´
agios, progres-
sivamente, ao longo de v
´
arios per
´
ıodos.
Como Mois
´
es podia, 3.500 anos atr
´
as,
ter acesso a essas informaç
˜
oes cient
´
ıfi-
cas t
˜
ao exatas? H
´
a uma explicaç
˜
ao l
´
ogi-
ca. Aquele que teve o poder e a sabedoria
para criar os c
´
eus e a Terra podia com
certeza dar a Mois
´
es esse conhecimen-
to t
˜
ao avançado. Isso d
´
a peso
`
a afirma-
ç
˜
ao da B
´
ıblia de que ela
´
e “inspirada por
Deus”.1 — 2 Tim
´
oteo 3:16.
Voc
ˆ
e talvez se pergunte se realmente
importa crer no relato b
´
ıblico da criaç
˜
ao.
Considere algumas fortes raz
˜
oes para
que a resposta seja “sim”.
1 Para mais informaç
˜
oes sobre esse assunto, veja a
brochura A B
´
ıblia — Qual
´
E a sua Mensagem?, publica-
da pelas Testemunhas de Jeov
´
a.
Como responderia?
˛ Quais s
˜
ao alguns dos equ
´
ıvocos comuns a
respeito do relato b
´
ıblico da criaç
˜
ao?
˛ Por que
´
e not
´
avel que a B
´
ıblia e a ci
ˆ
encia
concordem em muitos pontos?
As pesquisas
modernas confirmam
que todas as coisas
vivas se reproduzem
“segundo as suas
esp
´
ecies”
Pinguins:
cortesia
de
John
R.
Peiniger
29. Pense no significado dessas palavras.
Se a vida n
˜
ao tivesse um sentido real,
voc
ˆ
e n
˜
ao teria objetivo na vida a n
˜
ao ser
tentar fazer algum bem e talvez passar
suas caracter
´
ısticas gen
´
eticas para a gera-
ç
˜
ao seguinte. Ao morrer, voc
ˆ
e deixaria de
existir para sempre. Seu c
´
erebro, com sua
capacidade de pensar, arrazoar e meditar
sobre o sentido da vida seria apenas uma
casualidade da natureza.
Mas isso n
˜
ao
´
e tudo. Muitos que creem
na evoluç
˜
ao afirmam que Deus n
˜
ao exis-
te, ou que ele n
˜
ao intervir
´
a nos assun-
tos humanos. Em ambos os casos, nos-
so futuro dependeria de l
´
ıderes pol
´
ıticos,
acad
ˆ
emicos e religiosos. Com base nos
antecedentes desses homens, o caos, os
conflitos e a corrupç
˜
ao que atormentam
a sociedade humana continuariam. Se
a evoluç
˜
ao fosse um fato, haveria mui-
tos motivos para se viver de acordo com
o lema fatalista: “Comamos e bebamos,
pois amanh
˜
a morreremos.” — 1 Cor
´
ıntios
15:32.
Em contraste com isso, a B
´
ıblia ensi-
na: “[Com Deus] est
´
a a fonte da vida.”
(Salmo 36:9) Essas palavras t
ˆ
em profun-
das implicaç
˜
oes.
Se o que a B
´
ıblia diz
´
e verdade, a vida
tem realmente sentido. Nosso Criador
tem um prop
´
osito amoroso que benefi-
ciar
´
a a todos os que escolherem viver de
acordo com a Sua vontade. (Eclesiastes
12:13) Esse prop
´
osito inclui a promes-
sa de uma vida sem caos, conflitos e cor-
rupç
˜
ao — at
´
e mesmo sem morte. — Salmo
37:10, 11; Isa
´
ıas 25:6-8.
Com bons motivos, milh
˜
oes de pes-
soas ao redor do mundo creem que nada
d
´
a mais sentido
`
a vida do que aprender
sobre Deus e odedec
ˆ
e-lo. (Jo
˜
ao 17:3) Tal
crença n
˜
ao
´
e uma doce ilus
˜
ao. As evid
ˆ
en-
cias s
˜
ao claras — a vida teve um Criador.
Importa em que
voc
ˆ
e cr
ˆ
e?
Acha que a vida tem objetivo? O evolucionista William B.
Provine diz: “O que aprendemos sobre o processo evolu-
tivo tem enormes implicaç
˜
oes para n
´
os, afetando nosso
conceito sobre o sentido da vida.” Sua conclus
˜
ao? “N
˜
ao
vejo nenhum motivo real para a exist
ˆ
encia do cosmos ou
da vida humana.”32
Como responderia?
˛ Em que voc
ˆ
e est
´
a inclinado
a crer — que somos fruto
de uma evoluç
˜
ao ou que
fomos criados? Por que
responde assim?
˛ Quais s
˜
ao alguns bons
motivos para examinar a
base de suas crenças?
Faunia,
Madri
29
30. 30 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
O planeta vivo
1. Scientific American, ediç
˜
ao especial de 2008
intitulada “Majestic Universe”, p. 11.
2. Perfect Planet, Clever Species—How Unique
Are We?, de William C. Burger, 2003, pp. 24, 34.
3. Rare Earth—Why Complex Life Is Uncommon
in the Universe, de Peter D. Ward e Donald
Brownlee, 2000, p. 224.
4. The Sacred Balance—Rediscovering Our Place
in Nature, de David Suzuki, 2007, p. 102.
5. God and the New Cosmology—The Anthropic
Design Argument, de M. A. Corey, 1993,
pp. 144-145.
Quadro: Fervilhando de vida
6. Wildlife in a Changing World—An
Analysis of the 2008 IUCN Red
List of Threatened Species, edita-
do por Jean-Christophe Vi
´
e, Craig
Hilton-Taylor e Simon N. Stuart,
2009, p. 6.
7. Journal of Industrial Micro-
biology, “Total Bacterial Diversity
in Soil and Sediment Commu-
nities—A Review”, de V. Torsvik,
R. Sørheim e J. Goksøyr,
Volume 17, 1996, pp. 170-
178.
8. Science, “Environmental
Genomics Reveals a Single-
Species Ecosystem Deep Within
Earth”, de Dylan Chivian, et al,
Volume 322, 10 de outubro de
2008, pp. 275-278.
9. Scientific American, “Microbe Census Reveals
Air Crawling With Bacteria”, de David Biello,
http://www.scientificamerican.com/
article.cfm?id6microbe-census-reveals-ai.
Quem projetou primeiro?
10. Natural History, “As the Whale Turns”,
de Adam Summers, junho de 2004, pp. 24-25.
11. Science, Random Samples, “Flippered
Flight”, 21 de maio de 2004, p. 1106.
12. New Scientist, tecnologia, “Is It a Bird, Is It a
Plane . . . ”, 3 de setembro de 2005, p. 21.
13. Heat Exchanger Design, segunda ediç
˜
ao,
de Arthur P. Fraas, 1989, p. 2.
14. The Economist Technology Quarterly, mat
´
eria
“Technology That Imitates Nature”, 11 de junho
de 2005, pp. 18-22.
15. The New York Times, “Design for Living”,
de Michael J. Behe, 7 de fevereiro de 2005,
p. A21.
Evoluç
˜
ao — mitos e fatos
16. Natural History, “Darwin Evolution—The
Illusion of Design”, de Richard Dawkins, novem-
bro de 2005, p. 37.
17. Origin of Species, de Charles Darwin, primei-
ra ediç
˜
ao, 1859, sexta ediç
˜
ao, 1872,
pp. 285-286.
18. Charles Darwin—The Origin of Species, intro-
duç
˜
ao de Sir Julian Huxley, 1958 para Introduç
˜
ao,
First Signet Classic Printing, setembro de 2003,
p. 458.
19. Nobel Lectures, Physiology or Medicine
1942-1962, 1999, “The Production of
Mutations”, de H. J. Muller, 1946, p. 162.
20. Mutation Breeding, Evolution, and the Law of
Recurrent Variation, de Wolf-Ekkehard L
¨
onnig,
“Expectations in Mutation Breeding”, 2005,
p. 48, e entrevista com Wolf-Ekkehard L
¨
onnig.
21. Mutation Breeding, Evolution, and the Law
of Recurrent Variation, pp. 48-51.
22. Mutation Breeding, Evolution, and the Law of
Recurrent Variation, pp. 49, 50, 52, 54, 59, 64, e
entrevista com Wolf-Ekkehard L
¨
onnig.
23. Science and Creationism—A View From the
National Academy of Sciences, “Evidence Sup-
porting Biological Evolution”, 1999, p. 10.
24. Science and Creationism—A View From the
National Academy of Sciences, “Evidence Sup-
porting Biological Evolution”, p. 11.
25. Scientific American, “Natural Selection and
Darwin’s Finches”, de Peter R. Grant, outubro
de 1991, p. 87;
Nature, “Oscillating Selection on Darwin’s
Finches”, de H. Lisle Gibbs e Peter R. Grant,
11 de junho de 1987, p. 511;
Science, “Hybridization of Bird Species”, de Peter
R. Grant e B. Rosemary Grant, 10 de abril de
1992, pp. 193-197.
26. Adaption and Natural Selection, de George
C. Williams, 1966, p. 54.
27. Sudden Origins—Fossils, Genes, and the
Emergence of Species, de Jeffrey H. Schwartz,
1999, pp. 317-320.
Bibliografia
5
David
Hawks
31. 28. Science and Creationism—A View From
the National Academy of Sciences, segunda
ediç
˜
ao, “Evidence Supporting Biological Evolu-
tion”, p. 14.
29. The Triumph of Evolution and the Failure
of Creationism, de Niles Eldredge, 2000,
pp. 49, 85.
30. The New York Review of Books,
“Billions and Billions of Demons”, de Richard
C. Lewontin, 9 de janeiro de 1997, pp. 28-32.
31. Scientific American, “Scientists and Re-
ligion in America”, de Edward J. Larson e Larry
Witham, setembro de 1999, p. 91.
Importa em que voc
ˆ
e cr
ˆ
e?
32. Science, Technology, and Social Progress,
editado por Steven L. Goldman, “Evolution and
the Foundation of Ethics”, de William B. Pro-
vine, 1989, pp. 253, 266. Nasa,
ESA,
e
Hubble
Heritage
(STScl/AURA)
-ESA/Hubble
Collaboration
A B
´
ıblia
´
e o livro mais amplamente distribu
´
ıdo da hist
´
oria e muitos
o prezam. A brochura A B
´
ıblia — Qual
´
E a sua Mensagem?, de 32 p
´
aginas
e belamente ilustrada, pode ajud
´
a-lo a aprender o que a B
´
ıblia ensina. As
duas primeiras seç
˜
oes explicam como o Criador providenciou um para
´
ıso
para os humanos e como ele foi perdido. As seç
˜
oes seguintes descrevem
a hist
´
oria do povo por meio do qual Deus proveu o Governante de seu
Reino, que restaurar
´
a o Para
´
ıso na Terra.
As seç
˜
oes finais descrevem a vida, o minist
´
erio, os milagres, a morte e
a ressurreiç
˜
ao de Jesus Cristo, o Governante designado por Deus.
Poder
´
a tamb
´
em encontrar respostas para estas perguntas:
˛ Qual
´
e a causa do sofrimento?
˛ Como tornar mais feliz a vida familiar?
˛ O que acontece conosco depois da morte?
O livro de 224 p
´
aginas intitulado O Que a B
´
ıblia Realmente Ensina?
responde a essas e a muitas outras perguntas.
A B
´
ıblia
Q U A L
´
E A S U A M E N S A G E M ?
O QUE
A B
´
IBLIA
Realmente ENSINA?
Gostaria de obter mais informaç
˜
oes?
Contate as Testemunhas de Jeov
´
a pelo site www.jw.org/pt.
32. Ser
´
a que a vida teve um Criador ou voc
ˆ
e
´
e meramente produto de
eventos aleat
´
orios, n
˜
ao planejados? Poucas quest
˜
oes criam mais
controv
´
ersia do que essa. Mas a resposta
´
e de import
ˆ
ancia vital.
Esta brochura considera perguntas tais como:
˛ O nosso planeta foi projetado para abrigar vida?
˛ O que podemos aprender do design, ou projeto, evidente na
natureza?
˛ Ser
´
a que o ensino da evoluç
˜
ao baseia-se solidamente em fatos?
˛ Ser
´
a que a ci
ˆ
encia desmente o relato b
´
ıblico da criaç
˜
ao?
˛ Por que importa em que voc
ˆ
e cr
ˆ
e?
www.jw.org/pt lc-T