Lição 12 - O diaconato

2. ONa sequência do estudo das funções
eclesiásticas, estudaremos a função de
diácono.
OO diácono é um homem espiritual que é
escolhido pelo Senhor para servir na
igreja local, notadamente em assuntos
de ordem material.
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3. O O diaconato surgiu na primeira igreja local, a
igreja de Jerusalém, conforme é relatado no
capítulo 6 de Atos dos Apóstolos.
O Em virtude do crescimento da igreja e da
existência de grande número de crentes que
eram sustentados pela igreja, os apóstolos
tiveram de dedicar algum tempo para a
questão da distribuição dos recursos
existentes para o sustento dos irmãos.
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4. O O aumento do número de crentes, porém, e a
prioridade que os apóstolos davam para o ministério
da palavra e para a oração, fez com que os apóstolos
não dessem conta deste trabalho.
O Não demorou muito, passou a haver problemas nesta
distribuição de recursos entre as viúvas, e, o que era
mais grave, iniciou-se uma murmuração porque
havia um desprezo das viúvas dos gregos, ou seja,
viúvas que eram judias que tinham vindo de colônias
judaicas situadas fora da Palestina.
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5. O Os apóstolos tinham a plena consciência de que
haviam sido chamados para exercer o ministério
da palavra e a oração, que tinham de se dedicar
para o exercício dos dons ministeriais de
evangelista, pastor e mestre.
O Não lhes cabia cuidar do chamado “ministério
cotidiano”, da distribuição de recursos
econômico-financeiros para a subsistência não
só das viúvas mas de todos quantos viviam com
tudo em comum na igreja de Jerusalém.
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6. O Os apóstolos reconheceram que, diante do
crescimento do número de discípulos, era necessária
uma descentralização de atribuições, a criação de um
novo corpo de obreiros que pudesse levar a cabo
este “ministério cotidiano”, que era um “importante
negócio”.
O Os apóstolos, então, reconhecendo primeiramente os
seus próprios erros, convocaram a igreja para
discutir o assunto, mostrando aos crentes que eles
haviam sido chamados para o ministério da palavra
de Deus e que não era razoável deixarem esta
função para se dedicarem ao “serviço das mesas”.
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7. O “Ministério cotidiano” - “diakonía té
kathemeriné” (διακονία τή καθημερινή).
O “Serviço às mesas” - “diakonein trapedzais”
(διακονειν τραπέζαις).
O Em ambas as expressões sobressai a palavra
“diakonía” ou “diakonein”, que têm,
respectivamente, os significados de
“servidor” ou “servo” e de “servir”.
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8. OO papel do “diácono”, portanto, é o papel
de “servidor”, “daquele que serve”.
OO diácono seria o responsável pelo
sustento dos crentes, modelo
provavelmente inspirado nas sinagogas
judaicas daquele tempo, na figura dos
“parnasim”.
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9. O Não havia uma hierarquia entre o trabalho dos apóstolos e
o trabalho dos diáconos. Eram tarefas de natureza diversa.
O Operou-se uma descentralização de tarefas, uma
dissociação de funções: de um lado, os presbíteros (e os
apóstolos eram, em Jerusalém, os pastores daquela igreja
local, naquele momento histórico), que deveriam cuidar do
ministério da palavra e da oração, ou seja, do sustento
espiritual do povo de Deus; de outro, os diáconos, que
deveriam “servir às mesas”, cuidar do “ministério
cotidiano”, cuidando da sobrevivência física, do sustento
material do povo de Deus.
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10. O Na história da Igreja, o papel de diácono se
desvirtuou, passando a ser considerado um “primeiro
degrau de carreira ministerial”, o que não
corresponde ao papel que a Bíblia lhe dá.
O Por causa deste menosprezo do diaconato, acabamos
por ter o acúmulo de funções que foi sabiamente
evitado pelos apóstolos em Jerusalém, gerando,
assim, a situação de insatisfação que produz
murmuração no meio dos crentes na igreja local e
um prejuízo imenso no exercício do ministério da
palavra e da oração.
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11. OOs apóstolos apresentaram quais seriam
os pré-requisitos exigíveis para o
exercício da função diaconal:
a) ser varão;
b) a boa reputação,
c) a plenitude do Espírito Santo;
d) a sabedoria.
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12. OO diaconato é somente para varões –
At.6:3; I Tm.3:12.
ORm.16:1 não justifica a separação de
diaconisas, pois, além de ser texto
isolado, apenas mostra que Febe servia
na Igreja, não que tivesse a função
diaconal.
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13. O Boa reputação – comportamento que gere
confiança e credibilidade.
O Há necessidade de os candidatos ao
diaconato serem primeiramente provados
para poderem ser separados – a igreja local
deve saber da intenção de separação para
que ajudem o ministério a analisar o
candidato.
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14. OO diácono deve ser pessoa batizada com
o Espírito Santo.
OO diácono deve ser alguém que tenha
sabedoria, homem temente a Deus e que
saiba tomar as decisões corretas, no
momento correto e da forma correta.
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15. O O diácono não será jamais um mero
administrador de recursos econômico-
financeiros, um mero gerente ou gestor.
O O diácono deve ser um homem espiritual,
que tem a mente de Cristo, que, mesmo nos
assuntos materiais, saberá identificar e
cumprir a vontade de Deus, para que o nome
do Senhor seja glorificado neste importante
negócio.
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16. O Requisitos para a separação ao diaconato (I
Tm.3:8-10,13) (I):
a) honestidade - “digno de respeito, sério,
dignificado, acima de reprovação”;
b) “não ser de língua dobre”, ou seja, “de uma só
palavra”;
c) “não seja dado a muito vinho”;
d) não cobiçoso de torpe ganância;
e) marido de uma mulher
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17. O Requisitos para a separação ao diaconato (I
Tm.3:8-10,13) (II):
f) a guarda do mistério da fé em uma pura
consciência, ou seja (Hb.10:22-25):
f1) ter o coração purificado da má
consciência;
f2) ter certeza da sua salvação;
f3) reter firmemente a confissão da
esperança;
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18. O Requisitos para a separação ao diaconato (I
Tm.3:8-10,13) (II):
f) a guarda do mistério da fé em uma pura
consciência, ou seja (Hb.10:22-25) (II):
f4) estimular os outros ao amor e às boas
obras;
f5) não deixar a sua congregação;
f6) admoestar e deixar ser admoestado.
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19. O Os que servem bem como diáconos adquirem
para si uma boa posição e muita confiança
na fé que há em Cristo Jesus (I Tm.3:13).
O Um diácono pode ser levado ao presbitério?
Lógico que isto pode acontecer, mas isto não
se dá por causa de uma “promoção”, como
hoje se faz, mas, sim, porque o Senhor o
escolhe para exercer tal função, alterando,
deste modo, o seu ministério.
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20. O O diácono é aquele que deve administrar os assuntos
materiais da igreja local, que deve exercer os dons de
ministério, repartição e misericórdia. Para tanto, deve:
a) ser um pronto auxiliar dos presbíteros na igreja local;
b) estimular os membros da igreja local à contribuição, como
também promover o correto gerenciamento dos recursos
obtidos, sempre alertando a direção das dificuldades e
perigos na gestão financeira;
c) dedicar-se à assistência social, ao monitoramento dos
necessitados, à obtenção de recursos para diminuir as
necessidades e carências materiais dos irmãos.
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Amém.
Ev. Caramuru Afosnso Francisco