1. http://www.codic.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=409
Jovens produzem vídeos sobre cidadania com apoio da Petrobras
Tendo como eixos a questão do gênero e da cidadania, o projeto “Imagens da Paz”,
implementado pela ONG Fábrica de Imagens na periferia de Fortaleza (CE), utilizou o
suporte audiovisual para formar mais de 60 jovens cearenses e ilustrar temas de seu
cotidiano. A iniciativa, financiada pelo programa Petrobras Fome Zero, foi o pontapé
inicial para que a ONG se tornasse uma das referências da cidade quando o assunto é
imagem e ação.
Mais de 30 vídeos foram produzidos pelos estudantes, que receberam aulas técnicas de
fotografia, roteiro, direção, câmera, edição, montagem e produção, além de terem
participado de oficinas sobre história da arte e cinema. Todas as atividades aconteceram
aliadas ao programa já desenvolvido pela ONG que contempla oficinas nas áreas de
cidadania, relações de gênero, violência, relações humanas, entre outras.
A partir do “Imagens da Paz”, a organização decidiu implantar um Núcleo de
Realização em Audiovisual, que contou com a participação profissional de alguns dos
alunos, uma vez que o projeto também serviu para revelar novos talentos no audiovisual
fortalezense. "A Fábrica (de Imagens) demonstrou uma confiança nos alunos do projeto
que acho que nenhuma outra instituição teria. Isso nos deixou à vontade para
desenvolver o trabalho", ressalta o aluno Luis Carlos, de 19 anos.
Alguns trabalhos chegaram a ser exibidos em festivais locais e nacionais, como a
mostra "Olhar do Ceará" – dentro da programação do Cine Ceará –, e no I e II Festival
de Jovens Realizadores do Mercosul, que aconteceram, respectivamente, em Vitória
(ES) e em Fortaleza (CE).
O projeto não se deteve apenas na formação dos alunos. Todas as produções foram
exibidas em escolas da rede pública pelos próprios participantes do “Imagens da Paz”.
Segundo dados da Fábrica, entre 2003 e 2004, cerca de 8.000 estudantes assistiram aos
vídeos. E em 2005, outros 7.500 assistiram ao resultado do projeto.
A Fábrica
A organização não-governamental Fábrica de Imagens – Ações Educativas em Gênero e
Cidadania surgiu em 1988, no bairro da Maraponga, em Fortaleza (CE). A ONG visa à
promoção da cidadania e igualdade entre os gêneros, utilizando como estratégias a
capacitação para o trabalho e renda, capacitação de lideranças e o investimento em arte,
cultura, tecnologia e desenvolvimento humano. Desde 2002, o audiovisual é o principal
instrumento da entidade para atingir tais metas.
2. http://aprendiz.uol.com.br/content/heswosupud.mmp
Internos da Febem produzem vídeos
Divulgação
Ana Paula Fonseca
Com a finalidade de interferir no processo de
ressocialização dos jovens internos da Febem de
Itaquaquecetuba, interior de São Paulo, foi lançada
a mostra de oito filmes produzidos pelos detentos.
É o projeto "Ligue Vídeo", que visa gerar
mudanças no comportamento dos adolescentes e
também nos funcionários através de oficinas de
criação de vídeos.
Segundo a coordenadora pedagógica do projeto, Heloisa Margarido, a mostra tem como
objetivo oferecer a possibilidade de os jovens se expressarem numa linguagem
dinâmica, através da criação e produção de roteiros descrevendo a realidade do dia-a-dia
da Febem e suas experiências de vida.
Para realizar a mostra, 33 internos produziram, de maio à outubro de 2004, roteiros de
vídeos, storyboard, pré-produção, filmagem e edição reunidas na mostra.
Divulgação No total foram feitos oito vídeos,
como os temas de "Se tu lutas, tu
conquistas"; "Depoimentos com
internos da Febem"; Nem tudo é o
que parece, mas a dança prevalece";
"Sós ou sem ninguém"; "Um jovem
relembra seu passado"; "A
transformação de uma identidade" e
"Não julgue para não ser julgado".
Para produzir os vídeos, os internos
contaram com a colaboração dos arte-educadores das oficinas de capoeira, teatro, dança
e fotografia da unidade de Itaquaquecetuba. No final do projeto, o Centro Cultural
Banco do Brasil doou para os internos três câmaras de vídeo semi-profissionais, tripé,
microfone e claquete.
Segundo a coordenadora, ainda não se sabe se o programa terá continuação este ano. "A
idéia é que o projeto tenha continuidade para que os jovens tenham mais acesso à esse
meio de comunicação e possam expressar seus pensamentos", disse ela.
"Seria interessante que as empresas e pessoas se preocupassem com a formação desses
jovens e não só com a capacitação profissional, mas que tenham oportunidade de
conhecer assuntos ligados à cultura e também de produzir material cultural",
acrescentou.