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APOSTILA DE
MATEMÁTICA
FUNDAMENTAL
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Autor: Professor Emerson F. A. Couto
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
i
Apostila de Matemática Básica
Assunto:
MATEMÁTICA BÁSICA
Coleção Fundamental - volume 1/8
Autor:
Prof. Emerson F. A. Couto
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
i
Sumário
Unidade 1 – Revisão de Tópicos Fundamentais do Ensino Médio ......................................... 04
1.1 Apresentação ....................................................................................................................... 04
1.2 Simbologia Matemática mais usual..................................................................................... 04
1.3 Conjuntos Numéricos .......................................................................................................... 05
1.4 Operações com Números Relativos..................................................................................... 07
1.4.1 Soma ou Adição....................................................................................................... 07
1.4.2 Subtração ou Diferença............................................................................................ 08
1.4.3 Multiplicação ........................................................................................................... 09
1.4.4 Divisão..................................................................................................................... 09
1.4.5 Potenciação.............................................................................................................. 10
1.4.6 Radiciação................................................................................................................ 11
1.4.7 Produto..................................................................................................................... 14
1.4.8 Expoente Nulo ......................................................................................................... 15
1.4.9 Expoente Negativo................................................................................................... 15
1.4.10 Expoente Fracionário............................................................................................... 16
1.4.11 Emprego de Potências de Dez para simplificar a representação de certos
números ................................................................................................................... 16
1.5 Produtos Notáveis................................................................................................................ 16
1.5.1 Quadrado de um binômio ........................................................................................ 16
1.5.2 Produto da Soma de dois termos pela diferença entre eles...................................... 17
1.5.3 Cubo de um binômio ............................................................................................... 17
1.6 Equações.............................................................................................................................. 19
1.6.1 Equação do 1.º grau com uma Incógnita ................................................................. 19
1.6.2 Equação do 2.º grau com uma Incógnita ................................................................. 20
1.7 Progressão Aritmética (P. A.).............................................................................................. 22
1.7.1 Definição.................................................................................................................. 22
1.7.2 Classificação............................................................................................................ 22
1.7.3 Termo Geral............................................................................................................. 23
1.7.4 Propriedades ............................................................................................................ 23
1.7.5 Soma dos n primeiros termos de uma P. A.............................................................. 25
1.8 Progressão Geométrica (P. G.) ............................................................................................ 28
1.8.1 Definição.................................................................................................................. 28
1.8.2 Classificação............................................................................................................ 29
1.8.3 Termo Geral............................................................................................................. 29
1.8.4 Propriedades ............................................................................................................ 30
1.8.5 Soma dos n primeiros termos de uma P. G.............................................................. 32
1.9 Coordenadas Cartesianas no Plano...................................................................................... 35
1.10 Equação reduzida da Reta.................................................................................................... 37
1.11 Noção de Aplicação............................................................................................................. 42
1.12 Exercícios Propostos............................................................................................................ 43
1.13 Respostas dos Exercícios Propostos.................................................................................... 46
1.14 Números Complexos ........................................................................................................... 47
1.14.1 Introdução................................................................................................................ 47
1.14.2 Potências de j ........................................................................................................... 50
1.14.3 Representações e Formas de um Número Complexo.............................................. 51
a) Representações .................................................................................................. 51
b) As Fórmulas de Euler e suas decorrências ........................................................ 54
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
ii
c) Formas ............................................................................................................... 55
c.1) Cartesiana ou Retangular............................................................................ 55
c.2) Trigonométrica ........................................................................................... 55
c.3) Exponencial ou de Euler............................................................................. 55
c.4) Polar ou de Steinmetz................................................................................. 55
c.5) Algumas Formas Polares Especiais............................................................ 60
c.6) Complexo Conjugado................................................................................. 60
1.14.4 Operações com Números Complexos...................................................................... 62
a) Igualdade............................................................................................................ 62
b) Adição e Subtração............................................................................................ 62
c) Multiplicação ..................................................................................................... 67
d) Divisão............................................................................................................... 69
e) Potenciação........................................................................................................ 71
f) Radiciação.......................................................................................................... 74
1.14.5 Desigualdade do Triângulo...................................................................................... 82
1.14.6 Curvas e Regiões no Plano Complexo..................................................................... 84
a) Circunferência.................................................................................................... 84
b) Disco Fechado ................................................................................................... 86
c) Disco Aberto...................................................................................................... 87
d) Exterior da Circunferência................................................................................. 87
e) Coroa Fechada ................................................................................................... 88
f) Coroa Aberta...................................................................................................... 88
g) Circunferência Unitária ..................................................................................... 88
h) Reta que une dois pontos ................................................................................... 89
1.15 Exercícios Propostos sobre Números Complexos............................................................... 90
1.16 Respostas dos Exercícios Propostos sobre Números Complexos ....................................... 97
Unidade 2 – Somatórios, Produtórios e uma Introdução às Medidas de Posição............... 115
2.1 Introdução aos Somatórios ................................................................................................ 115
2.2 Definição formal de somatório.......................................................................................... 116
2.3 Propriedades dos Somatórios ............................................................................................ 118
2.4 Somatório Duplo................................................................................................................ 125
2.5 Propriedade dos Somatórios Duplos.................................................................................. 127
2.6 Exercícios Propostos sobre Somatórios............................................................................. 128
2.7 Respostas dos Exercícios Propostos sobre Somatórios ..................................................... 132
2.8 Introdução aos Produtórios................................................................................................ 134
2.9 Definição Formal de Produtório........................................................................................ 134
2.10 Propriedades dos Produtórios............................................................................................ 135
2.11 Exercícios Propostos sobre Produtórios ............................................................................ 137
2.12 Respostas dos Exercícios sobre Produtórios ..................................................................... 139
2.13 Introdução às Medidas de Posição..................................................................................... 140
2.14 Média Aritmética – Dados Não-agrupados ....................................................................... 140
2.15 Média Aritmética – Dados Agrupados .............................................................................. 141
2.16 Média Geral ....................................................................................................................... 143
2.17 Média Geométrica – Dados Não-agrupados...................................................................... 143
2.18 Média Geométrica – Dados Agrupados............................................................................. 144
2.19 Média Harmônica – Dados Não-agrupados....................................................................... 145
2.20 Média Harmônica – Dados Agrupados ............................................................................. 146
2.21 Exercícios Propostos sobre Medidas de Posição............................................................... 149
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
iii
2.22 Exercícios de Revisão sobre Medidas de Posição............................................................. 151
2.23 Respostas dos Exercícios Propostos sobre Medidas de Posição ....................................... 152
2.24 Respostas dos Exercícios de Revisão sobre Medidas de Posição ..................................... 152
Unidade 3 – Matrizes, um primeiro enfoque.......................................................................... 153
3.1. Apresentação ..................................................................................................................... 153
3.2. Introdução Histórica .......................................................................................................... 153
3.3. Conceitos Fundamentais.................................................................................................... 154
3.4. Matrizes Especiais e Operações com Matrizes.................................................................. 160
3.4.1 Matriz Linha .......................................................................................................... 161
3.4.2 Matriz Coluna........................................................................................................ 161
3.4.3 Matriz Quadrada .................................................................................................... 161
3.4.4 Matriz Triangular................................................................................................... 164
3.4.5 Matriz Diagonal..................................................................................................... 164
3.4.6 Matriz Escalar........................................................................................................ 165
3.4.7 Matriz Identidade ou Matriz Unidade.................................................................... 165
3.4.8 Matriz Nula ou Matriz Zero................................................................................... 166
3.4.9 Igualdade de Matrizes............................................................................................ 166
3.4.10 Transposição de matrizes....................................................................................... 167
3.4.11 Matriz Oposta ........................................................................................................ 168
3.4.12 Matriz Conjugada .................................................................................................. 169
3.4.13 Matriz Simétrica .................................................................................................... 170
3.4.14 Matriz Anti-simétrica............................................................................................. 171
3.4.15 Matriz Hermitiana.................................................................................................. 173
3.4.16 Matriz Anti-hermitiana .......................................................................................... 173
3.4.17 Soma ou Adição de Matrizes................................................................................. 174
3.4.18 Subtração ou Diferença de Matrizes...................................................................... 178
3.4.19 Produto de um Número Complexo por uma Matriz .............................................. 179
3.4.20 Produto de Matrizes............................................................................................... 186
3.4.21 Matriz Periódica..................................................................................................... 204
3.4.22 Matriz Idempotente................................................................................................ 205
3.4.23 Matriz Nilpotente ou Nulipotente.......................................................................... 206
3.4.24 Polinômio de uma Matriz ...................................................................................... 206
3.4.25 Matrizes em Blocos ou Partição de Matrizes......................................................... 207
3.5 Exercícios Propostos.......................................................................................................... 211
3.6 Respostas dos Exercícios Propostos.................................................................................. 218
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
4
Unidade 1
Revisão de Tópicos Fundamentais do Ensino Médio
1.1 Apresentação
Esta apostila é a referente ao fundamento principal de Matemática Elementar para diversos
leitores, estudantes e públicos.
Devido à flagrante heterogeneidade dos alunos, e já tendo tido várias turmas anteriores de
experiência, optamos por apresentar, mesmo que de forma sucinta, alguns assuntos básicos que
entendemos como sendo absolutamente fundamentais para o restante do curso, e esperamos que os
estudantes que estejam fora do “bom combate” há algum tempo, ou há muito tempo, possam
colocar suas idéias de novo em ordem, e os conceitos fundamentais nos seus devidos lugares.
1.2 Simbologia Matemática mais usual
Esperamos que o estudante conheça a seguinte simbologia:
a) = (igual à)
b)  (diferente de)
c)  ou   (conjunto vazio)
d)  (pertence à)
e)  (não pertence à)
f)  (está contido)
g)  (não está contido)
h)  (contém)
i) 
 (não contém)
j)  (existe pelo menos um)
k) 
 (não existe)
l) | (existe e é único)
m) | (tal que / tais que)
n)  (ou)
o)  (e)
p) B
A (interseção dos conjuntos A e B)
q) B
A (união dos conjuntos A e B)
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
5
r)  (para todo e qualquer, qualquer que seja)
s)  (implica)
t)  (implica e a recíproca é equivalente)
u)  (donde se conclui)
1.3 Conjuntos Numéricos
É lógico que, para a Matemática, os conjuntos de maior importância são aqueles formados
por números, e certos conjuntos numéricos são especialmente importantes devido às propriedades
das operações entre seus elementos e, portanto, recebem nomes especiais, quais sejam:
a) N  

4,
3,
2,
1,
0,

é o conjunto dos números inteiros não-negativos.
b) Z  

 3,
2,
1,
0,
1,
2,
,
3
, 



é o conjunto dos números inteiros.
c) Q








q
p
x
x | sendo p  Z, q  Z e q 0.
É o conjunto dos números racionais.
São exemplos de números racionais:
5
3
 ,
2
9
 ,
3
8
 , etc.
São exemplos de números irracionais: 
14159
,
3

 (pi), 
71828
,
2

e (base dos logaritmos
neperianos), 
41421
,
1
2  , 
73205
,
1
3  , etc.
d) R é o conjunto dos números reais, formados por todos os números racionais e irracionais, e
costumamos associar tais números aos pontos de uma reta que, por definição, é infinita em
ambos os sentidos.




3
–3 –2 –1 0 1 2 3
2
2
2
1
1
3
Fig. 1.1 Representação gráfica de alguns elementos do conjunto R.
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
6
e)  
y
x
z
z j


 |
C , sendo x  R, y  R e é 1


j , é o conjuntos dos números complexos
(voltaremos a tal assunto na seção 1.14).
Quando incluímos o símbolo * (asterisco), estamos indicando que o zero foi excluído do
conjunto. Assim, temos:
f) N*
   

 x
x |
5,
4,
3,
2,
1,  N e 
0

x
é o conjunto dos números naturais.
g) Z*
 
 x
x | Z e 
0

x
h) Q*
 
 x
x | Q e 
0

x
i) R*
 
 x
x | R e 
0

x
j) C*
 
 x
x | C e 
0

x
Quando incluímos o símbolo + (mais), estamos indicando que foram excluídos todos os
números negativos dos conjunto.
k) Z  
 x
x | Z e 
0

x N
é o conjunto dos números inteiros não negativos.
l) Q  
 x
x | Q e 
0

x
é o conjunto dos números racionais não negativos
m) R  
 x
x | R e 
0

x
é o conjunto dos números reais não negativos.
Quando acrescentamos o símbolo – (menos) estamos indicando que foram excluídos todos os
números positivos do conjunto. Assim, temos:
n) Z  
 x
x | Z e 
0

x
é o conjunto dos números inteiros não positivos.
o) Q  
 x
x | Q e 
0

x
é o conjuntos dos números racionais não positivos.
p) R  
 x
x | R e 
0

x
é o conjunto dos números reais não positivos.
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
7
Devemos notar que o zero é elemento dos conjuntos Z , Z , Q , Q , R , R . Se excluímos o
zero destes conjuntos, teremos:
q) Z
*
 
 x
x | Z e 
0

x
r) Z
*
 
 x
x | Z e 
0

x
s) Q
*
 
 x
x | Q e 
0

x
t) Q
*
 
 x
x | Q e 
0

x
u) R
*
 
 x
x | R e 
0

x
v) R
*
 
 x
x | R e 
0

x
O conjunto R
*
é chamado conjunto dos números reais estritamente positivos e R
*
é o
conjunto dos números reais estritamente negativos. Os outros têm nomes semelhantes.
Notemos a propriedade:
C
R
Q
Z
N 



*
isto é, todo número natural é inteiro, todo número inteiro é racional, todo número racional é real e
todo número real é também complexo.
1.4 Operações com Números Relativos
 Ilustração 1.1: Números relativos
3
 2
 1
 0 1 2 3

 

1.4.1 Soma ou Adição
Quando os números têm o mesmo sinal basta conservá-lo e adicionar os números;
quando os sinais são contrários subtraímos o menor do maior, e o sinal que prevalece é o
deste último. É bom lembrar também que o sinal mais (+) antes de um parêntese não vai
alterar o sinal do número que está entre parênteses, ocorrendo o oposto quando o sinal antes
do parêntese for o de (–). Se não houver nenhum sinal antes do parêntese estará implícito que
o sinal será o de mais (+).
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
8
 ILUSTRAÇÃO 1.2
a) 12
2
10
)
2
(
)
10
( 







b) 8
2
10
)
2
(
)
10
( 







c) 8
2
10
)
2
(
)
10
( 







d) 12
2
10
)
2
(
)
10
( 







Quando devemos somar mais de dois números relativos o resultado é obtido somando
o primeiro com o segundo, o resultado obtido com o terceiro, e assim por diante até a última
parcela.
 ILUSTRAÇÃO 1.3









 )
4
(
)
3
(
)
7
(
)
3
(
)
5
(








 )
4
(
)
3
(
)
7
(
)
2
(






 )
4
(
)
3
(
)
5
(




 )
4
(
)
2
( 2
Podemos também adicionar separadamente todas as parcelas positivas e todas as
negativas e, em seguida, somar os dois números de sinais contrários obtidos.
 ILUSTRAÇÃO 1.4
Efetuando a soma do exemplo anterior, temos:
— soma das parcelas positivas:
— 12
)
4
(
)
3
(
)
5
( 






— soma das parcelas negativas:
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
9
— 10
)
7
(
)
3
( 




— soma de ambos os resultados:
— 2
)
10
(
)
12
( 




1.4.2 Subtração ou Diferença
Cumpre observar que o sinal de menos (–) antes de um parêntese troca o sinal do
número que está entre parênteses e, no mais, procedemos como na operação anterior.
 ILUSTRAÇÃO 1.5
a) 8
2
10
)
2
(
)
10
( 







b) 12
2
10
)
2
(
)
10
( 







c) 12
2
10
)
2
(
)
10
( 







d) 8
2
10
)
2
(
)
10
( 







Para as operações de multiplicação e divisão que virão logo a seguir vale a
seguinte regra: “Números de mesmo sinal dão sempre resultado positivo, enquanto
que os de sinais contrários conduzem sempre à resultados negativos”.
1.4.3 Multiplicação
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
10
 Ilustração 1.6
a) 20
)
2
(
)
10
( 




b) 20
)
2
(
)
10
( 




c) 20
)
2
(
)
10
( 




d) 20
)
2
(
)
10
( 




1.4.4 Divisão
 Ilustração 1.7
a) 5
)
2
(
)
10
( 




b) 5
)
2
(
)
10
( 




c) 5
)
2
(
)
10
( 




d) 5
)
2
(
)
10
( 




1.4.5 Potenciação
Quando, em uma multiplicação, os fatores são todos iguais, em módulo e em sinal, esta
operação recebe o nome de potenciação. Assim sendo, a potência de um número é o produto de
fatores iguais a este número, sendo representada por:
p
a
Conforme veremos a seguir, toda potência de expoente par é positiva,
qualquer que seja o sinal da base, porém, toda potência de expoente ímpar tem o
sinal de base.
 expoente (n.º de repetições dos fatores iguais)
 base (é o número ou fator em questão)
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
11
 Ilustração 1.8
a)         16
2
)
2
(
2
2
2
4










b)         16
2
2
2
2
)
2
( 4










c)         8
2
2
2
2
3








d)       8
2
2
2
)
2
( 3









Para executar a potenciação de um número relativo em uma minicalculadora, a seqüência
de operações é simples:
(a) Determinar 4
2 :
1.º) Digitamos a base (2)
2.º) Pressionamos a tecla exponencial




 x
y
y
x
(CASIO modelo fx-82LB)
ou
(CASIO modelo fx-6300 G) 




,
que depende do modelo da minicalculadora.
3.º) Digitamos o expoente (4)
4.º) Pressionamos a tecla exponencial




 
EXE
(CASIO modelo fx – 82LB)
ou
(CASIO modelo fx – 6300G) 




,
que depende do modelo da minicalculadora.
5.º) Vai aparecer o número 16 no visor da calculadora.
(b) Determinar  4
2
 :
Primeiramente digitamos a base (–2). Em algumas calculadoras (CASIO fx 82 – LB,
por exemplo) digitamos o número 2 e depois apertamos a tecla 
 para trocar o
sinal para menos. Em outras (CASIO fx – 6300G) apertamos a tecla – e depois
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
12
digitamos o número 2. O restante da seqüência de operações é igual a do item a: tecla
exponencial, expoente...
A esta altura é interessante notar a diferença entre a potenciação seqüencial e
a potenciação escalonada, que serão analisadas logo a seguir.
 Ilustração 1.9
a) Potenciação Seqüencial:
    64
4
)
2
( 3
3
2

 , que também pode ser efetuada diretamente mantendo-se a base
e multiplicando-se os expoentes:
64
2
2 6
3
2



b) Potenciação Escalonada:
3
2
2 que pode ser entendida como 2
2
3
, ou seja:
256
2
2 8
23


1.4.6 Radiciação
a) Raiz n-ésima de um número:
Dizemos que um número “b” é a raiz n-ésima exata de um número “a” quando
n
b
a 
e ela é representada por
b
a
n

Denomina-se radiciação a operação pela qual se obtém a raiz n-ésima de um número. Nas
operações exatas, a radiciação é a operação inversa da potenciação.
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13
Temos então:





radical
do
índice
o
é
"
"
número
O
radicando
o
é
"
"
número
O
radical
o
é
sinal
O
n
a
Assim sendo
3
9  porque 9
32

2
8
3
 porque 8
23

No caso de n = 2 a raiz se diz quadrada e não é usual escrever este índice no radical.
No caso de n = 3 a raiz se diz cúbica, mas este índice aparece no radical.
b) Valor algébrico dos radicais:
Se o radicando é considerado em valor absoluto (módulo), a radiciação é uma operação
unívoca. No entanto, se este radicando é um número relativo a unicidade, em alguns casos,
não estará mais garantida e por isso vamos considerar três casos:
1.º) Índice par e radicando positivo.
Neste caso o radical admitirá duas raízes reais e simétricas no conjunto dos números
reais, bem como um par complexo conjugado (vide exercício proposto 39, item j da seção
1.15).
2.º) Índice ímpar.
Sendo o índice do radical um número ímpar, temos uma raiz no conjunto dos
números reais, tendo o mesmo sinal que o radicando, e (n – 1) raízes no conjunto dos números
complexos (vide exercício proposto 38, item f, da seção 1.15).
3.º) Índice para e radicando negativo.
Neste caso não existe nenhum valor do conjunto do números reais que elevado ao
índice para seja igual ao radicando. Este assunto será abordado na seção 1.14.
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14
 Ilustração 1.10
1.º caso
 
 
 
 































625
5
625
5
pois
5
625
64
8
64
8
pois
8
64
4
4
4
2
2.º caso
 
 















32
2
pois
2
32
32
2
pois
2
32
5
5
5
5
3.º caso


 


1.14
seção
na
abordado
será
assunto
tal
mencionado
já
conforme
e,
4 j
Observação: pelo que foi exposto, se alguém lhe perguntar qual é o valor de 9 , a resposta e
simplesmente 3. Agora se for pedido o valor algébrico do 9 teremos então  3.
A determinação de raízes através de minicalculadoras é simples:
a) Determinar 4
625:
a.1) Utilizando uma CASIO fx-82 LB:
1.º) Digitamos o radicando 625
2.º) Pressionamos as teclas F
nd
2 e x
y a fim de convocar a operação x y
3.º) Digitamos o expoente 4
4.º) Pressionamos a tecla 
5.º) O número 5 aparece no visor de calculadora, e devemos ter em mente que se
desejamos o valor algébrico da raiz a resposta completa é  5.
a.2) Utilizando uma CASIO fx-6300 G
1.º) Digitamos o índice 4
2.º) Pressionamos a tecla x
3.º) Digitamos o radicando 625
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15
4.º) Pressionamos a tecla EXE
5.º) O número 5 aparece no visor
b) Determinar 5
32
 :
a.1) Utilizando um CASIO fx-82 LB
1.º) Digitamos o valor 32 e pressionamos a tecla 
 para trocar o seu sinal
2.º) Pressionamos as teclas F
nd
2 e x
y a fim de convocar a operação x y
3.º) Digitamos o índice 5
4.º) Pressionamos a tecla 
5.º) O valor – 2 aparece no visor.
a.2) Utilizando uma CASIO fx-6300 G
1.º) Digitamos o índice 5
2.º) Pressionamos a tecla x
3.º) Pressionamos a tecla  e depois o valor 32
4.º) Pressionamos a tecla EXE
5.º) O valor – 2 aparece no visor.
Observação: Devemos notar que as rotinas para calculadoras do mesmo fabricante (CASIO), mas
de modelos diferentes, são totalmente diferentes. O que não esperar de modelos de outros
fabricantes?
Por isso insistimos que cada estudante deve adquirir logo sua própria calculadora, a fim de se
familiarizar com o uso da mesma.
1.4.7 Produto e Divisão de Potências de Mesma Base
a) Para multiplicar potências de mesma base, repetimos a base e somamos os expoentes.
b) Para dividir potências de mesma base, repetimos a base e subtraímos o expoente do
denominador do expoente do numerador.
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16
 Ilustração 1.11
a) 2
3
2
1
4
2
3
2
1
4
2
3
a
a
a
a
a
a 








b) 3
5
8
5
8
b
b
b
b

 
c) 3
5
2
5
2



 x
x
x
x
d) 7
)
4
(
3
4
3
I
I
I
I

 


1.4.8. Expoente Nulo
Toda potência de expoente nulo é igual à unidade.
Ilustração 1.12
1
0

a
Observação:
São exceções 0
0 e 0
 , que não têm qualquer significado numérico, sendo símbolos de
indeterminação, e são abordados em Análise Matemática na parte de Limites.
1.4.9 Expoente Negativo
Toda potência de expoente negativo equivale a uma fração cujo numerador é a unidade e o
denominador é a potência com o expoente positivo ou seja: n
n
a
a
1


. (1)
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17
 Ilustração 1.13
a)
16
1
2
1
2 4
4



b)
9
1
3
1
3 2
2



Observações:
1ª) Em conseqüência do exposto anteriormente temos:
n
n
a
a 

1
(2)
2ª) Agora podemos obter o mesmo resultado do item (d) da ilustração 11 por outro caminho:
7
4
3
4
3
I
I
I
I
I




1.4.10 Expoente Fracionário
Toda potência de expoente fracionário equivale a uma raiz cujo índice é o denominador da
fração e cujo radicando é a base elevada a um expoente igual ao numerador, ou seja:
q p
q
p
a
a  (3)
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18
 Ilustração 1.14
Determinar os valores algébricos das seguintes operações:
a) 4
64
8
8 3
3 2
3
2



b) 4
16
162
1



c)
2
1
4
1
4
1
4
2
1
2
1





1.4.11 Emprego de Potências de Dez para simplificar a representação de certos Números
 Ilustração 1.15
No Brasil: Nos E.U.A.:
a) 3
10
2
000
2 
 * — 3
10
2
000
,
2 

b) 6
10
4
000
000
4 
 * — 6
10
4
000
,
000
,
4 

c) 4
10
3
0003
,
0 

 — 4
10
3
0003
.
0 


d) 3
10
25
025
,
0 

 — 3
10
25
025
.
0 


(*) Antigamente representava-se 2 e 4 milhões, respectivamente por 2.000 e 4.000.000. Já há alguns anos aboliram-se
os pontos separatrizes de classes, mantendo-se agora um espaço entre as mesmas.
1.5 Produtos Notáveis
1.5.1 Quadrado de um binômio
a) 2
)
( b
a  :
2
2
2
2
2
2
)
(
)
(
)
( b
ab
a
b
ab
ab
a
b
a
b
a
b
a 










ou
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19
2
2
2
2
2 b
ab
a
b
ab
ab
a
b
a
b
a







2
2
2
2
)
( b
ab
a
b
a 


 (4)
b) 2
)
( b
a  :
2
2
2
2
2
2
)
(
)
(
)
( b
ab
a
b
ab
ab
a
b
a
b
a
b
a 










ou
2
2
2
2
2 b
ab
a
b
ab
ab
a
b
a
b
a







2
2
2
2
)
( b
ab
a
b
a 


 (5)
1.5.2 Produto da soma de dois termos pela diferença entre eles
)
(
)
( b
a
b
a 
 :
2
2
2
2
)
(
)
( b
a
b
ab
ab
a
b
a
b
a 







ou
2
2
2
2
b
a
b
ab
ab
a
b
a
b
a






2
2
)
(
)
( b
a
b
a
b
a 


 (6)
1.5.3 Cubo de um binômio
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20
a) 







 )
2
)(
(
)
)(
(
)
( 2
2
2
3
b
ab
a
b
a
b
a
b
a
b
a






 3
2
2
2
2
3
2
2 b
ab
b
a
ab
b
a
a
3
2
2
3
3
3 b
ab
b
a
a 



ou
3
2
2
3
3
2
2
2
2
3
2
2
3
3
2
2
2
b
ab
b
a
a
b
ab
b
a
ab
b
a
a
b
a
b
ab
a










3
2
2
3
3
3
3
)
( b
ab
b
a
a
b
a 



 (7)
b) 







 )
2
)(
(
)
)(
(
)
( 2
2
2
3
b
ab
a
b
a
b
a
b
a
b
a






 3
2
2
2
2
3
2
2 b
ab
b
a
ab
b
a
a
3
2
2
3
3
3 b
ab
b
a
a 



ou
3
2
2
3
3
2
2
2
2
3
2
2
3
3
2
2
2
b
ab
b
a
a
b
ab
b
a
ab
b
a
a
b
a
b
ab
a











  3
2
2
3
3
3
3 b
ab
b
a
a
b
a 



 (8)
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21
 Ilustração 1.16
a)        




2
2
2
5
5
2
5 x
x
a
a
x
a
2
2
25
10 x
ax
a 


b)           




2
2
2
2
2
2
3
3
5
2
5
3
5 y
y
x
x
y
x
2
2
4
9
30
25 y
y
x
x 


c)        y
x
y
x
y
x
y
x 





2
2
d)              





3
2
2
3
3
3
3
2
3
3
2
3
2
3
2 y
y
x
y
x
x
y
x
3
2
2
3
27
54
36
8 y
xy
y
x
x 



e)           





3
2
2
3
3
2
2
3
2
3
2 y
y
x
y
x
x
y
x
3
2
2
3
8
12
6 y
xy
y
x
x 



1.6 Equações
1.6.1 Equação do 1º Grau com uma Incógnita
Toda equação do 1º grau com uma incógnita pode ser reduzida a forma
0

 b
az (9)
em que 0

a .
Sua solução é:





 b
az
b
az 0
a
b
z 
 (10)
EXEMPLO 1.1
Resolver as seguintes equações do 1º grau:
a) 3
7
1
3 

 z
z
b)
12
15
2
5

x
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22
c)
4
6
2
3


y
d) 0

 q
pz (sendo p  0)
Solução:
a) 


 3
7
1
3 z
z
1
4
4
4
4
3
1
7
3














z
z
z
z
z
b) 

12
15
2
5
x
 
2
30
60
60
30
12
5
15
2








x
x
x
x
c) 

 4
6
2
3
y
 
4
6
24
24
6
12
12
6
4
3
2
6












y
y
y
y
y
d) 

 0
q
pz
p
q
z
q
pz





1.6.2 Equação do 2º Grau com uma Incógnita
A forma geral da equação do 2º grau com uma incógnita é:
0
2


 c
bz
az (11)
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23
onde 0

a .
Vamos então transformar a equação em outra equivalente, de modo que o primeiro
membro seja um quadrado perfeito do tipo indicado na equação (4).
a) Transpondo a constante para o segundo membro, vem:
c
bz
az 


2
b) Multiplicando por a
4 , teremos:
ac
abz
z
a 4
4
4 2
2



c) Somando 2
b aos dois membros, resulta:
ac
b
b
abz
z
a 4
4
4 2
2
2
2




d) Verificando que o 1º membro é um quadrado perfeito, teremos:
  ac
b
b
az 4
2 2
2



e) Extraindo as raízes quadradas de ambos os membros, obtemos:










4
2
4
2
2
2
ac
b
b
az
ac
b
b
az
a
b
a
ac
b
b
z
2
2
4
2







 (12)
que é a conhecida fórmula da Bhaskara, onde
ac
b 4
2


 .....(13)
é o discriminante da equação, e três casos podem ocorrer:
1º) 0

  teremos duas raízes reais e desiguais.
2º) 0

  teremos duas raízes reais e iguais.
3º) 0

  não teremos raízes no conjunto dos números reais, e este caso será abordado na
seção 1.14.
Exemplo 1.2
Resolver as seguintes equações do 2º grau:
a) 0
3
5
2 2


 z
z
b) 0
1
4
4 2


 z
z
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24
c) 0
13
4
2


 z
z
Solução:
a)













3
5
2
0
3
5
2 2
c
b
a
z
z
  49
3
2
4
5
4 2
2








 ac
b
4
7
5
2
2
49
5
2











a
b
z
2
1
4
2
4
7
5
1 




z
3
4
12
4
7
5
2 






z
b)













1
4
4
0
1
4
4 2
c
b
a
z
z
  0
1
4
4
4
4
2
2








 ac
b
 
8
0
4
4
2
0
4
2











a
b
z
dupla
raiz
2
1
8
0
4
2
1
8
0
4
2
1













z
z
c)












13
4
1
0
13
4
2
c
b
a
z
z
  0
36
52
16
13
1
4
4
4
2
2











 ac
b
e esta equação não admite raízes no campo real. Sua solução será apresentada na subseção
1.14.1 ( 3
2
1 j



z e 3
2
2 j



z são as suas raízes).
1.7 Progressão Aritmética (P.A.)
1.7.1 Definição
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
25
É uma sucessão de termos
( ,
,
,
,
,
,
,
,
, 1
termos
1
4
3
2
1 



 



 

 
 n
n
n
n a
a
a
a
a
a
a )
finita ou infinita, sendo que, a partir do 2º termo inclusive, a diferença entre um termo
qualquer e o seu antecedente é igual a uma quantidade constante r, denominada razão da
progressão, ou seja:
r
a
a
a
a
a
a
a
a n
n
n
n 







 
 1
1
2
3
1
2 
As seguintes seqüências são exemplos de P.A.:
a) ( 2
)
22
17,
12,
7,
2, 1 
 a
 e 5

r
b) ( x
a
t
x
t
x
t
x
x 



 1
)
6
,
4
,
2
,  e t
r 2

c) ( 5
)
5
,
5
,
5
,
5
,
5 1 
 a
 e 0

r
d) 7
9
,
2
17
,
8
,
2
15
,
7 1 







a
 e
2
1

r
e) ( 8
)
4
1,
,
2
,
5
,
8 1 


 a
 e 3


r
1.7.2 Classificação
As progressões aritméticas podem ser classificadas de acordo com o valor da razão r:

 0
r P.A. crescente

 0
r P.A. constante ou estacionária

 0
r P.A. decrescente
1.7.3 Termo geral
A partir da definição, podemos escrever os termos da P.A. da seguinte forma:
 
 
 r
n
a
r
a
a
r
a
a
r
a
r
r
a
r
a
a
r
a
a
r
a
r
r
a
r
a
a
r
a
a
r
a
a
r
a
a
n
n
n
n 1
3
2
2
1
1
1
1
1
3
4
3
4
1
1
2
3
2
3
1
2
1
2



































 
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
26
Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao primeiro um número de razões r igual
à posição do termo menos uma unidade, ou seja:
 
 
 
 r
n
a
a
r
a
r
a
a
r
a
r
a
a
r
a
r
a
a
n 1
1
4
3
1
3
2
1
2
1
1
1
4
1
1
3
1
1
2




















O termo de ordem n da P.A. é dado, portanto, pela fórmula a seguir:
 r
n
a
an 1
1 

 (14)
que pode também ser obtida da seguinte maneira:
 r
n
a
a
r
a
a
r
a
a
r
a
a
r
a
a
n
n
n
1
1
1
3
4
2
3
1
2












Somando membro a membro estas n – 1 igualdades obtemos a
expressão do termo de ordem n.
e
 r
n
a
an 1
1 

 (14)
que é a mesma equação anteriormente encontrada.
1.7.4 Propriedades
I) Numa P.A. cada termo, a partir do segundo, é a média aritmética entre o termo precedente e
o termo seguinte.
Com efeito, se

 ,
, 1
1 
 n
n
n a
a
a
são termos consecutivos de uma P.A., então podemos escrever:
n
n
n
n a
a
a
a 

 
 1
1
ou seja,
1
1
2 
 
 n
n
n a
a
a
e
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
27
2
1
1 
 
 n
n
n
a
a
a (15)
II) Em qualquer P.A. limitada, a soma de dois termos eqüidistantes dos extremos é constante e
igual à soma dos próprios extremos.
Seja pois a P.A. limitada, com n termos, razão r, e A e B os termos eqüidistantes dos
extremos, conforme ilustrado a seguir:
(

 

 




 

 


termos
1
termos
2
1 ,
,
,
,
,
,
,
,
p
n
n
p
a
a
B
A
a
a  )
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
25
Apostila de Matemática Básica
Assunto:
MATEMÁTICA BÁSICA
Coleção Fundamental - volume 2/8
Autor:
Prof. Emerson F. A. Couto
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
26
Pela fórmula do termo geral,
 r
p
a
A 1
1 

 (16)
Considerando agora a progressão

 

 


termos
1 ,
,
,
p
n
n a
a
B 
temos pela fórmula de termo geral,
 r
p
B
an 1


 (17)
Subtraindo (17) de (16) resulta:
B
a
a
A n 

 1
o que nos conduz a
n
a
a
B
A 

 1 (18) C.Q.D
I) Em uma P.A. limitada cujo número de termos é ímpar, o termo médio é a média aritmética
dos extremos.
Neste caso temos:
(





 





 


 

 



 

 


termos
1
2
com
P.A.
termos
1
termos
2
1 ,
,
,
,
,
,
,
,



p
n
p
n
n
p
a
a
B
M
A
a
a )
Pelas propriedades I e II temos:
2
B
A
M


e
n
a
a
B
A 

 1
Logo,
2
1 n
a
a
M

 (19) C.Q.D.
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
27
1.7.5 Soma dos n primeiros termos de uma P.A.
Com relação a P.A.:
( ,
,
,
,
,
,
,
, 1
termos
1
2
3
2
1 




 




 

 

 n
n
n
n
n a
a
a
a
a
a
a )
podemos escrever:
n
n
n
n a
a
a
a
a
a
S 





 
 1
2
3
2
1  (20)
ou, invertendo-se a ordem das parcelas,
1
2
3
2
1 a
a
a
a
a
a
S n
n
n
n 





 
  (21)
Somando (20) e (21) membro a membro obtemos:
           
1
2
1
3
2
2
3
1
2
1
2 a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
S n
n
n
n
n
n
n 











 


  , onde
temos n parênteses.
No entanto, pela propriedade II todos os parênteses são iguais a n
a
a 
1 .
Logo,
 n
a
a
S n
n 
 1
2
e
 
2
1 n
a
a
S n
n

 (22)
Observações:
1) Se a progressão for crescente, ilimitada, temos N
Sn  , sendo N um número arbitrariamente
grande.
Poremos:



lim n
S


n
ou



n
S quando 


n
2) No caso de uma progressão decrescente, ilimitada, teremos as seguintes condições:
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28



lim n
S


n
ou



n
S quando 


n
Exemplo 1.3
Calcule o 17: termo da P.A. ( 
,
3
1
,
8
,
3 )
Solução:
Temos que:
3
1 
a e 5

r
Logo,
  83
5
16
3
16
1
17 1
1
17 







 r
a
r
a
a
Exemplo 1.4
Calcule a soma dos doze primeiros números ímpares.
Solução:
Temos então:
( 
,
5
,
3
,
1 )
Donde,
1
1 
a e 2

r , logo
  23
2
11
1
11
1
12 1
1
12 







 r
a
r
a
a
    144
2
12
23
1
2
12
12
1
12 






a
a
S
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
29
Exemplo 1.5
No depósito de uma firma de informática, costuma-se empilhar as caixas de um
determinado equipamento em filas horizontais superpostas, conforme ilustrado na figura. Quantas
dessas filas seriam necessárias para empilhar 171 dessas caixas?
Fig. 1.2
Solução:
Temos uma P.A. representada por
( 
,
3
,
2
,
1 )
onde, 1
1 
a e 1

r
Desejamos saber o n para o qual temos 171

n
S .
Sabemos que:
   
   
 
2
1
2
2
1
2
1
1
1
1 n
r
n
a
n
r
n
a
a
n
a
a
S n
n










Substituindo valores,
 
 
 
 
0
342
,
342
,
1
342
,
1
2
342
,
2
1
1
1
2
171
2
2















n
n
n
n
n
n
n
n
n
n
que é uma equação do 2º grau para a qual 1

a , 1

b e 342


c .
Assim sendo,
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
30
 
19
18
2
37
1
2
1369
1
1
2
342
1
4
1
1
2
4
"
'
2
2























n
n
a
ac
b
b
n
Como não existe número de fileiras negativo, só a 1ª raiz tem significado físico.
1.8 Progressão Geométrica (P.G.)
1.8.1 Definição
É uma sucessão de termos
( ,
,
,
,
,
,
,
,
, 1
termos
1
4
3
2
1 




 




 

 
 n
n
n
n a
a
a
a
a
a
a )
finita ou infinita, sendo que , a partir do 2º termo inclusive, a razão entre um termo qualquer e o seu
antecedente é igual a uma quantidade constante q, denominada razão da progressão, ou seja:
q
a
a
a
a
a
a
a
a
n
n
n
n




 

1
1
2
3
1
2

As seqüências a seguir são exemplos de P.G.:
a) (1 , 4 , 16 , 64 , )  1
1 
a e 4

q
b) (x , 2
xt , 4
xt , 6
xt , )  x
a 
1 e 2
t
q 
c) (8 , 2 ,
2
1
,
8
1
, )  8
1 
a e
4
1

q
d) (7 , 7 , 7 , 7 , )  7
1 
a e 1

q
e) ( 4
 , 8 , 16
 , 32 , )  4
1 
a e 2


q
1.8.2 Classificação










1
0
e
0
ou
1
e
0
1
1
q
a
q
a
 P.G. crescente










1
0
e
0
ou
1
e
0
1
1
q
a
q
a
 P.G. decrescente
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
31
1
a
 e 0

q  P.G. alternante
1
a
 e 0

q  P.G. constante ou estacionária
1.8.3 Termo geral
A partir da definição, podemos escrever os termos da P.G. da seguinte forma:
q
a
a

1
2
 q
a
a 1
2 
q
a
a

2
3
   2
1
1
2
3 q
a
q
q
a
q
a
a 


q
a
a

3
4
   3
1
2
1
3
4 q
a
q
q
a
q
a
a 


                            
q
a
a
n
n

1
 1
1
1

 

 n
n
n q
a
q
a
a 
Observe que cada termo é obtido multiplicando-se o primeiro por uma potência cuja base é
a razão. Note que o expoente da razão é igual à posição do termo menos uma unidade, ou seja:
1
2
1
1
2


 q
a
q
a
a
1
3
1
2
1
3


 q
a
q
a
a
1
4
1
3
1
4


 q
a
q
a
a
              
1
1


 n
n q
a
a 
O termo de ordem n da P.G. é dado, portanto, pela fórmula a seguir:
1
1

 n
n q
a
a (23)
que pode também ser obtida da seguinte maneira:
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
32
















q
a
a
q
a
a
q
a
a
q
a
a
n
n
1
3
4
2
3
1
2
Multiplicando membro a membro estas 1

n igualdades
obtemos a expressão do termo de ordem n
1
1
3
4
2
3
1
2 





 n
n
n
q
a
a
a
a
a
a
a
a

Fazendo os cancelamentos, obtemos:
1
1

 n
n
q
a
a
o que nos leva a
1
1

 n
n q
a
a (23)
conforme há havia sido deduzido anteriormente.
1.8.4 Propriedades
I) Numa P.G. cada termo, a partir do segundo, é a média geométrica entre o termo precedente
e o termo seguinte.
Realmente, se
1

n
a
 , n
a , 
1

n
a
são termos consecutivos de uma P.G., então podemos escrever:
n
n
n
n
a
a
a
a 1
1



ou seja,
1
1
2

 
 n
n
n a
a
a
e
1
1 
 

 n
n
n a
a
a . (24) C.Q.D. Onde os sinais (+) ou (–) são usados de acordo com as
características da P.G.
II) Numa P.G. limitada, o produto de dois termos eqüidistantes dos extremos é igual ao
produto dos extremos.
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
33
Seja então a P.G. limitada, com n termos, razão q, e A e B os termos eqüidistantes dos
extremos, conforme mostrado logo a seguir:
(

 

 




 

 


termos
1
termos
2
1 ,
,
,
,
,
,
,
,
p
n
n
p
a
a
B
A
a
a  )
Pela fórmula do termo geral,
1
1

 p
q
a
A . (25)
Considerando agora a progressão

 

 


termos
1 ,
,
,
p
n
n a
a
B 
temos pela fórmula do termo geral,
1

 p
n Bq
a . (26)
Dividindo as igualdades (25) e (26) membros a membro resulta:
B
a
a
A
n
1

o que nos leva a:
n
a
a
AB 
 1 . (27) C.Q.D.
III) Em uma P.G. limitada cujo número de termos é ímpar, o termo médio é a média geométrica
dos extremos.
Neste caso temos:
(





 





 


 

 



 

 


termos
1
2
com
P.G.
termos
1
termos
2
1 ,
,
,
,
,
,
,
,



p
n
p
n
n
p
a
a
B
M
A
a
a )
Pelas propriedades I e II temos:
AB
M 
e
n
a
a
AB 
 1
logo,
n
a
a
M 

 1 . (28) C.Q.D.
1.8.5 Soma dos n primeiros termos de uma P.G.
Com relação a P.G.
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
34
( ,
,
,
,
,
,
,
,
, 1
termos
1
2
3
2
1 




 




 

 

 n
n
n
n
n a
a
a
a
a
a
a )
podemos escrever:
n
n
n
n a
a
a
a
a
a
S 





 
 1
2
3
2
1  . (29)
Multiplicando ambos os membros por q resulta:
q
a
q
a
q
a
q
a
q
a
q
a
qS n
n
n
n 





 
 1
2
3
2
1 
o que é equivalente a
1
1
4
3
2 
 





 n
n
n
n a
a
a
a
a
a
qS  (30)
Subtraindo (30) de (29) temos:
1
1 


 n
n
n a
a
qS
S
ou já que n
n q
a
a 1
1 
 ,
n
n q
a
a
q
S 1
1
)
1
( 


e
   
1
,
1
1
1



 q
q
q
a
S
n
n (31)
Observações:
1.ª) Se a progressão for crescente, ilimitada, temos N
Sn  , sendo N um número arbitrariamente
grande. Poremos,



lim n
S


n
ou



n
S quando 


n
2.ª) Na hipótese da progressão decrescente 1

q ,
 
q
q
a
q
a
q
q
a
S
n
n
n







1
1
1
1 1
1
1
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
35
se admitirmos que 

n (cresça cada vez mais), a primeira parcela,
q
a

1
1
, não sofre qualquer
modificação, enquanto que a segunda pode ser tomada tão próxima de zero quanto quisermos.
Poremos:
lim



n q
a
Sn


1
1
(32)
Exemplo 1.6
Determine o 10º termo da P.G. (1 , 2 , 4 , )
Solução:
1
1 
a e 2

q
Logo,
   512
2
1
9
9
1
1
10
1
10 


 
q
a
q
a
a
Exemplo 1.7
Determine a soma dos vinte primeiros termos da P.G. ( 2
2
, 1
2
, 0
2 , )
Solução:
Temos:
4
1
2
1
2 2
2
1 

 
a e  
2
2
2
2
2 2
1
2
1
2
1



 






q
Logo,
   







2
1
2
1
4
1
1
1
20
20
1
20
q
q
a
S
75
,
143
262

Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
36
Exemplo 1.8
Um barco patrulha está distante 65 milhas de um navio carregado de contrabando de armas
pesadas. Sabendo-se que ambas as embarcações estão seguindo o mesmo rumo (movimentos na
mesma direção e mesmo sentido) e que a velocidade do barco patrulha é o dobro da velocidade do
navio, pede-se calcular a distância que o barco deve percorrer para alcançar o navio.
Solução:
mi
65
v
2
v
0
x
Fig. 1.3
Quando o barco patrulha tiver percorrido as 65 milhas iniciais, o navio terá percorrido
2
65
milhas, uma vez que sua velocidade é a metade da do barco. Assim o barco terá que percorrer
também
2
65
milhas. Quando o barco tiver percorrido estas últimas
2
65
milhas, o navio terá
percorrido
4
65
milhas, e assim por diante, de modo que a distância total a ser percorrida pelo barco
é:




 mi
4
65
mi
2
65
mi
65
b
x .
Temos pois uma P.G. decrescente ilimitada, para qual a 65
1 
a mi e
2
1

q . Logo,
130
2
1
1
mi
65
1
1





q
a
xb mi.
Claro, o estudante deve estar se perguntando: o problema não poderia ter sido pelos
métodos da Cinemática aprendidos na Física do 2º grau?
Sim, é claro! Senão vejamos:
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37
As equações horárias dos movimentos são:
Barco  vt
xb
Navio  t
v
xn
2
65 

No encontro n
b x
x 
e
t
v
vt
2
65 
 ,
65
2


vt
vt ,
65
2

vt
e o tempo de encontro é:
v
t
130
 .
Voltando à equação do barco, temos então:
130
130




v
v
vt
xb mi
e concluímos, mais uma vez, que o barco deve percorrer 130 mi para alcançar o navio.
Aí cabe uma outra pergunta: Por quê não termos utilizados diretamente o segundo método?
A resposta é simples: esta foi apenas uma ilustração de soma de parcelas, que são termos
de uma P.G., as quais vão se tornando cada vez menores.
1.9 Coordenadas Cartesianas no Plano
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
38
Este nome é em homenagem ao grande matemático francês René Descartes (Renatus
Cartesius em Latim).
Aqui em nosso curso vamos utilizar apenas as coordenadas cartesianas planas (duas
dimensões) e ortogonais, e isto nos leva a um sistema de eixos x e y, perpendiculares, que têm a
mesma origem comum, conforme ilustrado a seguir:
x
y
y
y
x
x
quadrante
2º quadrante
1º
quadrante
3º quadrante
4º
 
y
x
P ,
)
(
)
(
)
(
0
)
(
 

Plano
Fig. 1.4
A localização de um ponto P qualquer de uma plano  
 genérico, fica então perfeitamente
determinada através de suas coordenadas x (abscissa) e y (ordenada), e a representação genérica é
 
y
x
P , . No caso presente o ponto genérico foi representado no 1º quadrante, onde 0

x e 0

y
mas, de um modo geral temos:



















quadrante
º
4
0
e
0
quadrante
º
3
0
e
0
quadrante
º
2
0
e
0
quadrante
º
1
0
e
0
y
x
y
x
y
x
y
x
Temos também que se
i) 0

x  ponto situado no eixo y
ii) 0

y  ponto situado no eixo x
iii) 0

 y
x  ponto situado origem
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39
Exemplo 9
Marcar em um diagrama cartesiano as localizações dos pontos a seguir:
 
3
,
4
1
P ;  
5
,
2
2 
P ;  
4
,
3
3 

P ;  
6
,
2
4 
P ;  
0
,
5
5
P ;  
4
,
0
6
P
Solução:
x
y
0
1
2
3
4
5
 
5
,
2
2 
P
 
4
,
3
3 

P
 
4
,
0
6
P
 
6
,
2
4 
P
 
3
,
4
1
P
 
0
,
5
5
P
1

2

3

5

6

4

1

2

3

1 2 3 4 5
Fig. 1.5
1.10 Equação Reduzida da Reta
Em Geometria Analítica demonstra-se que toda equação do primeiro grau em x e y
representa, no plano, uma reta, ou seja:
p
mx
y 
 (33)
onde tgα
m  é coeficiente angular da reta, isto é, a tangente do ângulo que a mesma forma com a
direção horizontal (paralela ao eixo x), e p é o coeficiente linear, sendo igual à ordenada do ponto
onde a reta corta o eixo y. Por esta convenção teremos sempre 0   < 180º.
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40
Analisemos então algumas situações mostradas na figura 1.6. São evidentes as seguintes
propriedades:
1ª) Se  é agudo, então m é positivo, pois a tangente de um ângulo é sempre positiva no 1º
quadrante.
2ª) Se  é obtuso, então m é negativo, pois a tangente de uma ângulo do 2º quadrante é negativa.
3ª) Se  é nulo, então m é nulo, pois a tg de 0 é nula e, neste caso, a equação da reta se reduz a
constante

y , uma vez que ela é paralela ao eixo x.
4ª) Se  é reto, então m não é definido, pois 


º
90
tg , e neste caso a equação da reta tem a forma
constante

x , uma vez que ela é paralela ao eixo y.
º
90




x
y
0
 é um
ângulo agudo
 
º
90
0 

x
y
0
 é um
ângulo
obtuso
 
º
180
º
90 

x
y
0 x
y
0
 é um
ângulo
reto
 
º
90


0


Fig. 1.6
É também oportuno, baseados no que se viu até então, listarmos algumas situações na
figura 1.7, lembrando que, se p = 0, a reta passa pela origem, e sua equação é da forma y = mx.
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41
x
y
0
 
0
e
0
2 
 p
m
R



p
 
0
e
0
3 
 p
m
R
 
0
e
0
1 
 p
m
R



 
0
e
0
4 
 p
m
R
 
0
e
0
5 
 p
m
R
 
0
e
0
6 
 p
m
R
Fig. 1.7
Exemplo 1.10
Representar graficamente as seguintes retas:
a) 1
R : 1
2 
 x
y
b) 2
R : 1
2



x
y
c) 3
R : x
y 2

d) 4
R : 4

y
e) 5
R : 5

x
Solução:
As representações das retas 4
R e 5
R são imediatas. Entretanto, para as retas 1
R , 2
R e 3
R
vamos construir as tabelas a seguir onde os valores assumidos para x, ao serem substituídos nas
equações conduzem aos valores de y correspondentes. Bastaria um par de pontos para determinar
cada reta, uma vez que, por dois pontos do plano passa tão somente uma reta ou, em outras
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42
palavras: dois pontos determinam uma reta. No entanto, a fim de que o estudante possa verificar, na
prática, que uma equação do 1.º grau em x e y representa uma reta, optamos por eleger três pontos
para cada uma delas, e concluir que, em cada caso, os três pontos estão alinhados ao longo de uma
mesma direção, ou seja, pertencem a uma mesma reta.
1
R 2
R 3
R
X y x y x y
0 1 0 1 0 0
1 3 1 2
1 1 2
2 5 2 0 2 4
x
y
0
1
2
3
4
5
1
R
2
1
1 2 3 4 5
2
R
3
R
5
R
4
R
Fig. 1.8
Exemplo 1.11
Uma firma de projeto A cobra R$ 1000,00 fixos mais R$ 600,00 por dia de trabalho e uma
firma B cobra R$ 400,00 fixos mais R$ 800,00 por dia.
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43
a) Representar em um mesmo diagrama cartesiano os custos dos serviços de ambas as empresas.
b) Estabelecer um critério para a escolha da melhor firma pelo usuário, sob o ponto de vista
financeiro, admitindo que, hipoteticamente, ambas tenham a mesma competência.
Solução:
a) Do enunciado vem que:
Custo de A:    
1000,00
R$
600,00/dia
R$ 
 d
CA
Custo de B:    
400,00
R$
800,00/dia
R$ 
 d
CB
em que A
C e B
C representam, respectivamente, os custos dos serviços das empresas e d os dias
trabalhados.
Temos então as seguintes correspondências:
d
x 
C
y 
Tratam-se, portanto, das equações de duas retas e a reta A começa em um ponto de ordenada
mais baixa (pA = 400) e a reta B em um ponto de ordenada mais alta (pB = 1000). No entanto, o
coeficiente angular de B (mB = 800) é maior do que o coeficiente angular de A (mA = 600). Isto
significa que tgB > tgA , ou seja B > A , e as retas vão se interceptar. Determinemos pois as
coordenadas do ponto de intersecção:
       




 400,00
R$
800,00/dia
R$
R$1000,00
600,00/dia
R$ d
d
C
C B
A
    


 d
d 600,00/dia
R$
800,00/dia
R$
400,00
R$
1000,00
R$
  
 d
200,00/dia
R$
600,00
R$
2800,00
R$
dias
3 


 B
A C
C
d
Lembrando também que para 0

d temos
1000,00
R$

A
C
e
400,00
R$

B
C
podemos traçar as retas de custos. Assim sendo:
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
44
0 1 2 3
 
dias
d
2800,00
R$
 
custos
, B
A C
C
1000,00
R$
400,00
R$
A
B
Fig. 1.9
b) Uma rápida análise dos gráficos nos conduzem às seguintes conclusões:
1.ª) d < 3 dias  B é mais econômica.
2.ª) d = 3 dias  o custo é o mesmo.
3.ª) d > 3 dias  A é mais econômica.
1.11 Noção de Aplicação
Dados dois conjuntos A e B, denominamos aplicação de A em B a toda correspondência
em que a cada elemento x  A temos associado um único y  B.
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
45
Por exemplo: dados os conjuntos A = {5, 6, 7, 8} e B = {g, h, i, j, l} vamos apresentar a
seguir algumas aplicações de A em B:
8
7
6
5
8
7
6
5 8
7
6
5
h
g i l j
h
g i l j
h
g i l
(b)
(a) (c)
Fig. 1.10
A flecha indica a correspondência entre os elementos de A e B. Na parte (a), a aplicação é
o conjunto de pares ordenados.
{(5, g), (6, h), (7, i), (8, j)}
na parte (b)
{(5, g), (6, i), (7, j), (8, l)}
e na parte (c)
{(5, g), (6, g), (7, i), (8, l)}.
Devemos ressaltar que cada elemento de A é unido pela flecha a um só elemento de B.
Assim sendo, do mesmo elemento x  A não podem partir duas ou mais flechas.
Deste modo a correspondência
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
46
8
7
6
5
j
h
g i l
Fig. 1.11
não é uma aplicação.
O conjunto A é denominado domínio da aplicação e o elemento y, correspondente de x, é
denominado imagem de x. No exemplo (a) da figura 1.9 temos.
Elemento de A Imagem
5  g
6  h
7  i
8  j
O conjunto das imagens de uma aplicação f de A em B denomina-se imagem da aplicação
e será representado por f(A). Devemos notar que f(A) é uma sucessão, ou seja, um conjunto
ordenado. Para o exemplo (a) da figura 1.9 temos:
   
j
i
h
g
A ,
,
,

f e não  





incorreta
ordem
,
,
, i
j
g
h
1.12 Exercícios Propostos
1) Calcular as seguintes expressões:
a)    
12
5 


b)    
7
,
0
7
,
3 


c)    
28
,
0
72
,
1 


d)            
3
5
2
4
7
2 










Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
47
e)            
7
5
1
2
6
9 










2) Calcular as seguintes expressões:
a)    
2
4 


b)    
4
10 


c)    
3
9 


d)    
5
7 


e)    
2
6 


3) Calcular as seguintes expressões:
a)    
5
4 


b)    
5
4 


c)    
1
2 


d)          
5
2
3
1
4 








e)          
5
4
1
3
2 








4) Calcular as seguintes expressões:
a)    
3
12 


b)    
3
15 


c)    
4
36 


d)    
6
42 


e)    
9
81 


5) Calcular as seguintes potências:
a)  5
2

b)  3
3

c)  3
2

d)  3
7

e)  4
10

6) Calcular os valores algébricos das seguintes raízes:
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
48
a) 4
625
b) 3
8
c) 4
81
d) 3
27

e) 5
32
7) Efetuar os seguintes produtos notáveis:
a)  2
3
4
3
5
2 m
b
y
m 
b)
2
5
2
4
3
3
2






 x
a
c)   
2
5
2
5 a
a 

8) Resolver as seguintes equações do 1.º grau:
a) 5
2

x
b)       2
2
1
3
2
4
3
5 




 z
z
z
c) y
y



5
5
2
6
9) Resolver as seguintes equações do 2.º grau:
a) 0
15
8
2


 z
z
b) 0
1
5
6 1
2


 

z
z
c)
  6
7
1


z
z
d) 0
4
4
2


 z
z
e) 0
3
1
2


 z
z
10) Calcular 13
a na progressão aritmética
: 1 , 5 , 9 , 
11) Calcular 1
a em uma progressão aritmética, sabendo-se que 4

r e 31
8 
a .
12) Somar os 15 primeiros termos da progressão aritmética : 3 ,
2
7
, 4 , 
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
49
13) Quantas vezes bate um relógio em 24 horas, admitindo-se que apenas bata as horas?
14) Calcular o 5.º e 8.º termos da progressão geométrica :: 2 , 4, 
15) Em uma progressão geométrica, sabemos que 128
4 
a e 4

q . Achar 1
a .
16) Sendo x e y positivos, calcular os limites das expressões a seguir quando o número de radicais
cresce indefinidamente.
a) 
x
x
x
x
b) 
y
x
y
x
c) 
x
x
x
x 


1.13 Respostas dos Exercícios Propostos
1) a) 7
 ; b) 0
,
3
 ; c) 44
,
1
 ; d) 1
 e) 2

2) a) 2
 ; b) 6
 ; c) 12
 ; d) 2
 e) 8

3) a) 20
 ; b) 20
 ; c) 2
 ; d) 120
 e) 120

4) a) 4
 ; b) 5
 ; c) 9
 ; d) 7
 ; e) 9

5) a) 32
 ; b) 27
 ; c) 8
 ; d) 343
 ; e) 000
.
10

6) a) 5
 ; b) 2
 ; c) 3
 ; d) 3
 ; e) 2

7) a) 2
6
4
4
3
8
6
25
20
4 m
b
y
m
b
y
m 

b) 10
5
2
4
16
9
9
4
x
x
a
a 

c) 2
2
25 a

8) a) 10

x ; b) 4

z ; c) 5

y
9) a) 3
1 
z ; 5
2 
z
b) 3
1 
x ; 2
2 
x
c) 7
1 
y ; 6
2 

y
d) z = 2
e) Não admite raízes no conjunto dos números reais. Voltaremos a esse assunto após
estudar a seção 1.14 (suas raízes são:
6
3
2
1
1 j



z ;
6
3
2
1
2 j



z ).
Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto
50
10) 49
13 
a
11) 3
1 
a
12)
2
195
15 
S
13) 156
14) 32
5 
a ; 256
8 
a
15) 2
1 
a
16) a) x; b) 3 2
3
1
3
2
y
x
y
x  c)
2
4
1
1 x


Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
47
Apostila de Matemática Básica
Assunto:
MATEMÁTICA BÁSICA
Coleção Fundamental - volume 3/8
Autor:
Prof. Emerson F. A. Couto
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
48
1.14 Números Complexos
1.14.1 Introdução
(a) Do mesmo modo que a generalização da noção de raiz de índice qualquer para um número po-
sitivo exigiu a introdução do conceito de número irracional (p.ex.: 
414
,
1
2  , 
732
,
1
3  ), tam-
bém a impossibilidade da determinação de raízes de índice par de um número negativo levou à no-
ção de número imaginário.
(b) Os números positivos e negativos recebem, em conjunto, o nome de números reais.
Em contrapartida, denomina-se número imaginário ou número complexo à toda ex-
pressão de forma x + jy 1, na qual x e y são números reais e 1


j é a unidade imaginária.
(c) Conforme já vimos na subseção 1.6.2, as raízes de uma equação do 2º grau,
az
2
+ bz + c = 0
são dadas pela conhecida fórmula
a
ac
b
b
z
2
4
2



 . (12)
Obtemos, então duas raízes reais e desiguais quando o discriminante é positivo e uma ra-
iz real dupla se ele for nulo.
Quando o discriminante é negativo, a fórmula (12) não conduz a nenhuma raiz real e o
trinômio az
2
+ bz + c = 0 é sempre diferente de zero qualquer que seja o valor real que se atribua à z.
Por exemplo, se tentarmos resolver a equação
z
2
+ 4z + 1 3 = 0
que já havia sido abordada no Exemplo 2, item c, somos conduzidos a:
2
36
4
1
2
13
1
4
4
4 2











z
que não representa nenhum número real. Por outro lado, se operarmos normalmente como se 1

fosse um número, teremos:
1
Os matemáticos usam i no lugar do j e os eletricistas preferem a letra j minúscula normal, já que estes últimos usam a
letra i para representar a corrente. No entanto, na Unidade 3, Matrizes, é quase que universal a notação ij
a para repre-
sentar o elemento genérico. Assim sendo optamos por j minúscula em negrita e itálica para representar a unidade imagi-
nária.
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49
 
1
3
2
2
1
6
4
2
1
36
4












z
ou seja
1
3
2
1 



z
e
1
3
2
1 



z
Vamos substituir tais “números” na equação original a fim de verificar se eles são real-
mente raízes. Ao procedermos desta forma devemos encarar o símbolo 1
 como se ele fosse
mesmo um número em especial, lembrando inclusive que o seu quadrado é:
  1
1
2


 .
Temos então:
     
0
13
1
12
8
9
1
12
4
13
1
3
2
4
1
3
2
13
4
2
1
2
1




















 z
z
e
     
0
13
1
12
8
9
1
12
4
13
1
3
2
4
1
3
2
13
4
2
2
2
2




















 z
z
A partir de tais considerações conclui-se ser possível resolver a equação do 2º grau
mesmo quando temos 0
4
2

 ac
b , se operarmos com o símbolo 1


j como se fosse um nú-
mero. Conforme já mencionado ele deve ter a propriedade de que 1
2


j , e deve operar ao lado
dos números reais com as mesmas leis que regem formalmente tais números. Temos então os núme-
ros complexos da forma y
x j
 onde, conforme já mencionado, x e y são reais e 1


j , tais co-
mo:
6
4 j
 , 2
3
1
j
 ,
9
4
3 j
 ,
7
3
2 j


onde o novo elemento 1


j é denominado unidade imaginária.
Utilizando tal notação, as raízes da equação que acabamos de resolver assumem as for-
mas seguintes:
3
2
1 j



z
e
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50
3
2
2 j



z
e no final da subseção 1.14.3 veremos por que tais raízes constituem um par complexo conjugado.
Temos então de forma geral:
y
x
z j

 (34)
onde as grandezas reais x e y são denominadas as partes real e imaginária de z, respectivamente.
Podemos, inclusive, usar as notações )
Re(z e )
Im(z para representar tais partes, ou seja:
)
Re(z
x  (35)
e
)
Im(z
y  (36)
Em particular quando 0

x temos a expressão y
j que será denominada número imagi-
nário puro ou simplesmente imaginário, reservando-se o nome número complexo para o caso
geral.
Quando y = 0 o número complexo reduz-se à sua parte real x.
(d) Uma vez que os números complexos não pertencem ao corpo dos números reais, alguns “desa-
visados de plantão” podem pensar que tais soluções são meramente fictícias e não representam ne-
nhum fenômeno físico real. Para estes é bom mencionar que a corrente alternada que chega às in-
dústrias, hospitais e residências, é representada por funções senoidais ou cossenoidais, que têm a
mesma representação gráfica a menos de uma defasagem de 90º. Acontece que o equacionamento
de circuitos elétricos sob excitação harmônica (senoidal) é bem mais simples no domínio da fre-
qüência, no qual a solução para a corrente é dada por um “fasor” I
 , que é um número complexo.
A fim de relacionarmos o domínio da freqüência com o domínio do tempo é utilizada a relação
   
t
e
I
t
i 
 j

Re
i
m
I
m
I

0 t



 
 
corrente alternada
Fig. 1.12
que é bem conhecida do pessoal da área da Eletricidade. Ora, a corrente alternada senoidal do tipo
   



 t
I
t
i m cos tem existência física real (qualquer dúvida é só tocar com um dedo no terminal
da fase de uma tomada energizada!). Assim sendo, as soluções complexas ou imaginárias (sendo
este último termo um tanto impróprio pois pode levar à conclusões erradas) estão bem longe de se-
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51
rem fictícias sendo, é bem verdade, artifícios engenhosos, nascidos no problema primordial de lidar
com raízes de índices pares de números negativos.
Exemplo 1.12
Determine x  R para que o número complexo   7
7
5 2
j

 x
x seja imaginário puro.
Solução:
Para ele ser um número imaginário puro devemos ter parte real nula, ou seja:
 















5
7
0
0
7
5
0
7
5 2
x
ou
x
x
x
x
x
1.14.2 Potências de j
As potências sucessivas de j reproduzem-se periodicamente de quatro em quatro, ou
seja:
1
0


j
j
j 
1
  1
1
2
2




j
j
j
j
j 

 .
2
3
   1
1
1
. 2
2
4





 j
j
j
   j
j
j
j
j 



 1
. 3
2
5
   1
. 2
3
3
6






 j
j
j
j
j
j
   j
j
j
j
j 




 1
. 4
3
7
   1
1
1
. 4
4
8





 j
j
j
   j
j
j
j
j 


 1
. 5
4
9
.........................................................
Podemos escrever em geral:
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52
  1
4
4


p
p
j
j
  j
j
j
j 

 p
p 4
1
4
  1
2
4
2
4




j
j
j
p
p
  j
j
j
j 


 3
4
3
4 p
p
Regra geral: para determinar o valor de uma potência de j qualquer, basta dividir o expoente
da potência por 4 e elevar j à potência determinada pelo resto da divisão.
Exemplo 1.13
Efetuar as seguintes potências:
a) 7
j ; b) 513
j ; c) 1998
j ; d) 500
j
Solução:
a) 7 4
 j
j
j 

 3
7
3 1
b) '
'
'
3
1
5 4
 j
j 
513
11 128
33
1
c) '
'
'
'
8
9
9
1 4
 1
2
1998


 j
j
39 499
38
2
d) '
'
'
0
0
5 4
 1
j
j 0
500


10 125
20
0
1.14.3 Representações e Formas de um Número Complexo:
a) Representações:
Um número complexo pode ser geometricamente representado por um ponto no pla-
no complexo ou plano de Argand-Gauss, conforme mostrado a seguir:
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53
y
x
z j


)
(
imaginário
Eixo
y
)
(
real
Eixo
x
x
y
0
Complexo
Plano
Fig. 1.13
Uma representação geométrica equivalente, conforme na próxima figura, é feita por
um segmento orientado, da origem ao ponto y
x
z j

 .
y
x
z j


)
(
imaginário
Eixo
y
)
(
real
Eixo
x
x
y
0
Fig. 1.14
Assim a adição ou subtração de duas grandezas complexas pode ser realizada grafi-
camente, conforme ilustração nas partes (a) e (b) da figura 1.15, por meio das regras comumente
usadas para a adição e subtração de vetores, já que tanto as grandezas complexas quanto os vetores
podem ser representados por intermédio de segmentos orientados.
Na figura 1.16 o símbolo | z | significa o comprimento do segmento orientado que re-
presenta z, ou seja, é a distância da origem até o ponto representado pelo complexo z, e é denomi-
nado módulo, norma ou valor absoluto de z.
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54
)
(
imaginário
Eixo
y
)
(
real
Eixo
x
0
2
1 z
z 
2
z
1
z
)
(
imaginário
Eixo
y
)
(
real
Eixo
x
0
2
z
1
z
2
1 z
z 
2
z

Fig. 1.15
O ângulo do segmento orientado, medido positivamente no sentido anti-horário e ne-
gativamente no sentido horário, a partir do semi-eixo real positivo, é notado por  ou arg z, sendo
chamado de ângulo polar, argumento ou fase de z.
y
x
z j


)
(
imaginário
Eixo
y
)
(
real
Eixo
x
x
y
0
z

Fig. 1.16
Da última figura depreende-se que:
z
z
x 

 cos (37)
z
z
y 

 sen (38)
2
2
y
x
z 
 (39)







x
y
arc tg
θ (40)
Observações:
(1ª) Nos livros de origem americana encontra-se, muitas vezes, a notação 1
tg
ao invés de
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
55
arc tg para a função inversa da tangente. Isto também ocorre nas calculadoras eletrônicas.
(2ª) Para um dado 0

z , o ângulo (argumento)  é determinado a menos de múltiplos in-
teiros de 360º ( rad
2 ), ou seja,
º
360
0 k



 ; 0

k , 1
 , 2
 . . .
ou
rad
2
0 



 k ; 0

k , 1
 , 2
 . . .
O valor de  que existe no intervalo  
rad
rad
º
180
º
180 








 é
chamado de valor principal do argumento de z, e notado por 0
 nas equações acima. Na
prática, salvo observação em contrário, estaremos sempre trabalhando com o argumento
principal.
Face às orientações de ângulos já mencionadas e levando-se em conta os inter-
valos entre os limites º
180
 e 180º, teremos:
- ângulos no 1º e 2º quadrantes  
º
180
0 

 serão sempre positivos e orientados no
sentido anti-horário a partir do semi-eixo real positivo.
- ângulos no 3º e 4º quadrantes  
0
180 


 serão sempre negativos e orientados no
sentido horário a partir do semi-eixo real positivo.
(3ª) Levando em conta tais convenções e limites, concluímos que quando z for um número
real negativo o seu argumento principal será  
º
180
rad
 ao invés de  
180
rad 

 , uma
vez que o valor º
180
 não está incluído no intervalo º
180
º
180 


 .
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56
b) As Fórmulas de Euler e suas decorrências:
Antes de passarmos às diversas formas de um número complexo vamos instituir as
fórmulas de Euler, que são de importância capital para o prosseguimento de nosso estudo.
Admitindo que uma função  
x
F pode ser representada por uma série de potências
de x, essa série deve ser da forma de McLaurin,
         
 
  
 












 

0
!
1
0
!
3
0
!
2
0
0 1
1
3
2
n
n
F
n
x
F
x
F
x
F
x
F
x
F
em que a função e todas as suas derivadas existem para 0

x .
Desenvolvendo 
sen , 
cos e 
j
e em potências de  pela série de McLaruin temos:











!
7
!
5
!
3
sen
7
5
3










!
6
!
4
!
2
1
cos
6
4
2


















!
7
!
6
!
5
!
4
!
3
!
2
1
7
6
5
4
3
2
j
j
j
j
j
e
Reagrupando os termos de 
j
e , temos:






































sen
cos
!
7
!
5
!
3
!
6
!
4
!
2
1
7
5
3
6
4
2
j
j
j


e .
Assim sendo temos:





sen
cos j
j
e (41)
e






sen
cos j
j
e (42)
conhecidas como fórmula de Euler, bem como suas decorrências:
2
cos






j
j
e
e
(43)
2
sen
j
j
j 





e
e
(44)
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
57
que são de grande utilidade no trato com os números complexos de um modo geral.
c) Formas
c.1) Cartesiana ou Retangular
É a que já foi apresentada no início da presente seção, na equação (34), ou seja:
y
x
z j

 . (34)
c.2) Trigonométrica
Substituindo (37) e (38) em (34) temos:





 sen
cos z
z
y
x
z j
j
o que implica em
 



 sen
cos j
z
z (45)
que é forma trigonométrica.
c.3) Exponencial ou de Euler
Pela equações (41) e (45) temos que:

 j
e
z
z (46)
que é a forma exponencial ou de Euler.
c.4) Polar ou de Steinmetz
A equação (46) pode também ser colocada na forma polar ou de Steinmetz:

 z
z (47)
Na realidade o símbolo  é, simplesmente, uma notação abreviada para 
j
e ,
muito utilizada pelas pessoas da área de Eletricidade em geral.
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
58
É importante notar que uma interpretação correta do fator 
j
e necessita que o
ângulo  seja expresso em radianos. Na prática, o ângulo é muitas vezes apresentado em graus
(lembrar que 1 grau = 1º
180

 radiano
180

 rad), mas toda vez que houver chance de confusão
no emprego das equações (41) a (47), o ângulo  deverá ser convertido de graus para radianos. A
notação 
j
e com  expresso em graus é, normalmente, considerada uma prática inadequada,
mas escrever  com  em graus é bastante usual.
Observações:
1ª) Ao passarmos um complexo da forma retangular (cartesiana) para a forma polar, devemos utili-
zar as equações (39) e (40). Acontece que quando esta última equação é utilizada, a determinação
do quadrante onde se situa o complexo y
x
z j

 pode ser feita pela inspeção dos sinais de x e y, a
não ser que a calculadora em uso já tenha as rotinas REC  POL e POL  REC, que já fazem as
transformações diretamente.
2ª) Cumpre ressaltar que no caso da transformação acima citada, as calculadoras científicas mais
sofisticadas fornecem diretamente z e 0
 (argumento principal), seguindo para este último as re-
gras de orientação de ângulos já descritas na 2ª observação da subseção 1.14.3.a:
- ângulos no 1º e 2º quadrantes ( º
180
0 

 ou rad
0 


 ) sempre positivos, e orientados no
sentido anti-horário a partir do semi-eixo real positivo.
- Ângulos no 3º e 4º quadrantes ( 0
º
180 


 ou 0
rad 



 ) sempre negativos, e orienta-
dos no sentido horário a partir do semi-eixo real positivo.
Exemplo 1.14
Exprimir cada um dos seguintes números complexos na forma polar:
a) 4
20

j
e ; b) 3
2
10

 j
e ; c) 6
5
2

j
e
Solução:
a) 20
20 4


j
e 4

20
 
45
b) 10
10 3
2


 j
e 3
2

10
 
120
c) 2
2 6
5


j
e 6
5
2
 
150
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
59
Exemplo 1.15
Passar os seguintes números complexos da forma polar para a forma retangular:
a) 0
,
53 
160
b) 050
,
0 
 20
c) 156
,
0 
170
Observação: se a sua calculadora tem as rotinas RET  POL e POL  RET você pode e deve
fazer as transformações diretamente, e depois voltar à forma original a fim de checar seus resulta-
dos.
Solução:
Pelas equações (34), (37) e (38) temos que:
a) 0
,
53 
160 1
,
18
8
,
49
º
160
sen
0
,
53
º
160
cos
0
,
53 j
j 




b) 050
,
0 
 20     017
,
0
047
,
0
º
20
sen
050
,
0
º
20
cos
050
,
0 j
j 





c) 156
,
0 
170     027
,
0
154
,
0
º
170
sen
156
,
0
º
170
cos
156
,
0 j
j 




Exemplo 1.16
Converter os seguintes números complexos da forma retangular para a polar:
a) 4
3 j

b) 4
3 j


c) 4
3 j


Solução:
Se a sua calculadora não possuir as rotinas REC  POL e POL  REC, você deve
tomar cuidado com os sinais das partes real e imaginária dos complexos, a fim de identificar com
acerto o quadrante onde estão situados os números. A figura seguinte é de grande utilidade.
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60
x
y
0
4

3

2

1

4
3
2
1
4
3
3 j



z
4
3
1 j


z
4
3
2 j



z
3
2
1
1

2

3

5
5
5
3

2

1



Fig. 1.17
a) Pelas equações (39) e (40) temos que:
3
4
tg
arc
5
4
3
1
2
2
1





z
A tangente é positiva no 1º e 3º quadrantes. Uma vez que 0

x e 0

y , 1
 pertence ao 1º qua-
drante (vide figura 1.17).
º
1
,
53
1 

Temos então:

1
z 
1
,
53
b)   5
4
3 2
2
2 



z
3
4
tg
arc
2



Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
61
A tangente é negativa no 2º e 4º quadrantes. Sendo 0

x e 0

y , 2
 pertence ao 2º quadrante.
Da figura 1.16 temos, em módulo,
3
4
tg 

donde
º
1
,
53


e
º
9
,
126
º
1
,
53
º
180
2 


 .
Então,
5
2 
z 
9
,
126
c)     5
4
3
2
2
3 




z
3
4
tg
arc
3




Temos 0

x e 0

y , logo 3
 é do 3º quadrante. Da mesma figura tiramos:
3
4
tg 

logo º
1
,
53


e
º
1
,
233
º
180
3 




o que implica em
5
3 
z 
1
,
233 , que não é uma forma usual, visto que o argumento principal deve estar entre os
valores º
180
º
180 


 , o que nos leva então a escrever 5
3 
z 
 9
,
126 (que é a resposta da
calculadora CASIO fx-82LB).
Vamos a seguir apresentar as rotinas de operações para as transformações RET  POL e POL
 RET para duas minicalculadoras usuais no mercado
1.º) CASIO fx-82LB
a) RET  POL:
(convocamos a transformação para polares  r )
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62
x a y b F
2nd a |z| b 
b) POL  RET:
|z| a  b F
2nd b x b y
2.º) CASIO fx-6300 G
a) RET  POL:
SHIFT  x SHIFT ( y ) EXE |z| ALFA ) EXE 
b) POL  RET:
SHIFT  |z| SHIFT (  ) EXE x ALFA ) EXE y
(*) Em Português  Retangular (RET)
Em Inglês  Rectangular (REC)
c.5) Algumas Formas Polares Especiais
As equações (41), (46) e (47) conduzem a uma nova interpretação para o número
imaginário puro j, anteriormente definido como sendo 1


j ou 1


2
j . Se
2


 rad nas refe-
ridas equações, j
j


2
e , de modo que j é um número complexo com módulo unitário e fase igual a
90º, ou seja:
1
2


π
e j
j 
90 (48)
por outro lado,
1
1 2
2






 j
j
j
j
j
e 
90 (49)
entradas saída
entradas
(convocamos a transformação para retangular  xy)
saída
convocamos a
transformação POL (
convocamos
a ,
entradas saída
convocamos J
convocamos a
transformação REC* (
convocamos
a ,
entradas
convocamos J
saída
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63
Finalmente,
1
1 
0 (50)
e
1
1
 
180 (51)
x
y
0
1

j

j
1

1
1
º
90

º
90
º
180
Fig. 1.18
c-6) Complexo Conjugado:
O complexo conjugado de y
x
z j

 é definido, na forma retangular, por 2
:
y
x
z j


*
(52)
e tem a mesma parte real que o complexo z, porém, a parte imaginária é simétrica.
2
Alguns autores preferem usar z ao invés de
*
z para representar o complexo conjugado porém, na área da Eletricida-
de a notação
*
z é uma unanimidade.
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64
y
x
z j


imaginário
Eixo
)
(
real
Eixo
x
x
y
0
y

y
x
z j


*



Fig. 1.19
Pela definição de módulo,
  z
y
x
y
x
z 




 2
2
2
2
*
e da definição de fase fica claro que o ângulo de fase é simétrico.
Assim sendo, temos também que:


 j
e
z
z*
(53)
z
z 
*

 (54)
  z
z 
*
*
(55)
 Ilustração 1.17
a) 4
3
4
3 *
1
1 j
j 



 z
z
b) 3
3
10
10 *
2
2




  j
j
e
z
e
z
c) 5
3 
z 
30 5
*
3 
 z 
30
d) 2
4 
z  2
*
4 
z
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65
Fica agora fácil entender que as raízes 3
2
1 j



z e 3
2
2 j



z da equação resolvida
na subseção 1.14.1 constituem um par complexo conjugado.
1.14.4 Operações com Números Complexos
a) Igualdade:
Dois números complexos 1
1
1
1
1
1
z
e
z
y
x
z 


 
j
j 1
 e 2
2
2
2
2
2
z
e
z
y
x
z 


 
j
j 2
 são
iguais se, e somente se 2
1 x
x  e 2
1 y
y  ou, equivalentemente, 2
1 z
z  e 2
1 

 .
b) Adição e Subtração:
A adição e a subtração são facilmente efetuadas se os números estiverem na forma retangular, em-
bora as calculadoras mais sofisticadas (HP48GX por exemplo) sejam capazes de efetuarem tais ope-
rações quer os números estejam na forma polar ou na retangular, e ainda darem a opção de obter o
resultado final em uma forma ou outra. Na forma retangular,
   
   
2
1
2
1
2
2
1
1
2
2
1
1
2
1
y
y
x
x
y
x
y
x
y
x
y
x
z
z














j
j
j
j
j
e
   
   
2
1
2
1
2
2
1
1
2
2
1
1
2
1
y
y
x
x
y
x
y
x
y
x
y
x
z
z














j
j
j
j
j
ou seja,
   
2
1
2
1
2
1 y
y
x
x
z
z 



 j (56)
e
   
2
1
2
1
2
1 y
y
x
x
z
z 



 j (57)
A figura 1.20, logo a seguir, ilustra as operações realizadas graficamente. Na parte (b)
da mesma é fácil verificar que 1
2
2
1 z
z
z
z 

 é a distância entre os pontos do plano complexo
definidos, respectivamente, pelos complexos 1
z e 2
z .
A partir das equações (56) e (57) decorre então que:
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
66
    x
y
x
y
x
z
z 2
*





 j
j
e
    y
y
x
y
x
z
z 2
*
j
j
j 





ilustradas na figura 1.21,
x
y
0
2
1 y
y 
1
y
2
y
2
1 x
x 
2
x
1
x
1
z
2
z
2
1 z
z 
x
y
0
1
y
2
y
2
1 x
x 
1
z
2
z
2
1 z
z 
2
1 z
z 
2
1 z
z 
2
z

(a) (b)
Fig. 1.20
ou seja,
 
z
x
z
z Re
2
2
*


 (58a) 
2
*
z
z
x

 (58b)
e
 
z
y
z
z Im
2
2
*
j
j 

 (59a) 
2
*
j
z
z
x

 (59b)
Temos também que:
         
2
2
1
1
2
1
2
1
*
2
1 y
x
y
x
y
y
x
x
z
z j
j
j 








ou seja:
  *
2
*
1
*
2
1 z
z
z
z 

 (60)
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
67
o que significa que o conjugado da soma é a soma dos conjugados.
Similarmente, é fácil também mostrar que
  *
2
*
1
*
2
1 z
z
z
z 

 (61)
x
y
0
y
y

x x
2
y
x
z j


y
x
z j


*
x
y
0
y
y

x
x

y
x
z j


y
x
z j


*
y
2
*
z

(a) (b)
Fig. 1.21
Exemplo 1.17
Somar os complexos a seguir tanto de forma analítica quanto gráfica, e comparar os resultados.
a) 3
2
1 j


z e 4
3
2 j


z
b) 2
3 
z 
30 e 5
4 
z 
70
Solução:
a)     j
j 





 5
4
3
3
2
2
1 z
z = 5,1 
 3
,
11
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
68
x
y
0
1

2

2
1
2
z
1
z
2
1 z
z 
3

3
4

4 5
2
1 3
1
,
5
º
3
,
11

Valores obtidos
do gráfico
Fig. 1.22
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
64
Apostila de Matemática Básica
Assunto:
MATEMÁTICA BÁSICA
Coleção Fundamental - volume 1/8
Autor:
Prof. Emerson F. A. Couto
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
65
Passando inicialmente os números para a forma retangular,
   
698
,
5
442
,
3
698
,
4
000
,
1
710
,
1
732
,
1
698
,
4
710
,
1
º
70
sen
5
º
70
cos
5
000
,
1
732
,
1
º
30
sen
2
º
30
cos
2
4
3
4
3
j
j
j
j
j
j
















z
z
z
z
Temos também que:
   
º
9
,
58
442
,
3
698
,
5
tg
arc
θ
657
,
6
698
,
5
442
,
3
2
2
4
3











 z
z
x
y
0
3
z
4
z
4
3 z
z 
5
2
º
30
º
70



gráfico
do
obtidos
Valores
6,7
59º
Fig. 1.23
Exemplo 1.18
Resolva a equação 2
1
θ


j
e para 




 e verifique a solução geometricamente3
Solução:
Temos que:
2
1
θ


j
e (*)
onde 



 sen
cos
θ
1 j
j
e
z e 1
2 
z
3
A verificação geométrica da solução talvez seja melhor apreciada após o estudo da subseção 1.14.6.
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
66
donde,
 
 
 































2
sen
1
cos
2
cos
2
sen
1
cos
2
sen
1
cos
2
sen
1
cos
2
1
sen
cos
2
2
2
2
2
2
j
j
=1


















rad
0
0
cos
0
cos
2
2
cos
2
2
Substituindo na equação (*), verificamos que somente o valor rad


 é
compatível.
A verificação gráfica é imediata, visto que 2
1 z
z  é a distância entre os pontos
definidos pelos complexos 1
z e 2
z .
Sendo θ
1
j
e
z  , temos que 1
1 
z , e o lugar geométrico representado por 1
z ,
quando  varia ao longo do intervalo 




 , é uma circunferência de raio unitário centrada
na origem.
Sendo 1
2 
z , a situação é a representada na figura a seguir:
x
y
0 1
2 
z

 j
e
z1
2
1 z
z 

1
Fig. 1.24
É fácil verificar que teremos 2
2
1 
 z
z quando  assumir o valor rad
 .
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
67
b) Multiplicação
A multiplicação de grandezas na forma retangular é dada por:
      
1
2
2
1
2
1
2
2
1
2
2
1
1
2
1 .
. y
x
y
x
y
y
x
x
y
x
y
x
z
z 





 j
j
j
j
Lembramos que 1
2


j segue-se que:
   
1
2
2
1
2
1
2
1
2
1. y
x
y
x
y
y
x
x
z
z 


 j (62)
Já na forma exponencial,
 
2
1
2
1
2
1
2
1
2
1 .
. 





 j
j
j
e
z
z
e
z
e
z
z
z
o que nos permite então escrever:
2
1 


 
2
1
2
1
2
1
2
1
. z
z
e
z
z
z
z 
 


j
(63)
Conclusões:
1.ª) Da equação (63) temos que:
2
1
2
1 .
. z
z
z
z  (64)
e
2
1
. 2
1




 z
z (65)
2.ª) Para 


 j
j e
z
y
x
z e 



 j
j e
z
y
x
z*
vale então estabelecer a seguinte equação:



 j
j
e
z
e
z
z
z .
. *
ou seja,
2
*
. z
z
z  (66)
3.ª) Também não é difícil mostrar que
  *
2
*
1
*
2
1 z
z
z
z  (67)
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
68
Exemplo 1.19
Multiplicar os seguintes números complexos:
a) 3
2
1 j


z e 3
1
2 j



z
b) 3
5
3

 j
e
z e 6
2
4


 j
e
z
c) 2
5 
z 
30 e 5
6 
z 
45
Solução:
a)    9
7
3
1
3
2
. 2
1 j
j
j 





z
z
b)    6
6
3
10
2
5
. 4
3




  j
j
j
e
e
e
z
z
c) 2
. 6
5 
z
z 
30  5 
45  10
 
15
Exemplo 1.20
Passar o número complexo 6
5
2

 j
e para as formas polar e cartesiana.
Solução:
Este é uma excelente exemplo, pois, lembrando a forma exponencial de um complexo, 
 j
e
z
z ,
parece que estamos diante de um absurdo, qual seja um numero com módulo negativo. Acontece
que aí não existe módulo negativo, mas sim uma “multiplicação implícita”, conforme veremos a
seguir:
2
2 6
5




j
e 6
5
2

 º
150   
2
1

 º
150
1
 º
180 2 º
150  2
 º
330 2
 º
30



















 º
180
º
180
ter
devemos
pois
usual
é
não
que é a forma polar.
A forma cartesiana é facilmente obtida à partir da forma polar, ou seja:
2

z º
30
    



 º
30
sen
2
º
30
cos
2 j
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
69
000
,
1
732
,
1 j


Observação: As calculadoras eletrônicas estão em um estágio de desenvolvimento tão elevado
que, aquelas que tem as rotinas RET  POL e POL  RET, assimilariam a transformação
2
 º
150 diretamente para a forma cartesiana, pois, quando se entra com 2


z , o software da
calculadora entende que isto não é simplesmente módulo, e que existe uma multiplicação
implícita. Está duvidando? Pois então pegue uma e execute a operação!
d) Divisão
A divisão de duas grandezas complexas,
2
1
3
z
z
z  , é definida como 3
2
1 .z
z
z  se 0
2 
z .
Em coordenadas retangulares temos:
























2
2
2
2
2
2
1
1
2
2
1
1
2
1
y
x
y
x
y
x
y
x
y
x
y
x
z
z
j
j
j
j
j
j
onde o processo de racionalização foi efetuado utilizando-se o complexo conjugado do denomi-
nador.
Finalmente,





















 2
2
2
2
2
1
1
2
2
2
2
2
2
1
2
1
2
1
y
x
y
x
y
x
y
x
y
y
x
x
z
z
j (68)
e na forma exponencial,
 
2
1
2
1
2
1
2
1
2
1 





 j
j
j
e
z
z
e
z
e
z
z
z
o que nos conduz a
2
1 


 
2
1
2
1
2
1 2
1
z
z
e
z
z
z
z

 


j
(69)
Conclusões:
1ª) Da equação (69) concluímos que:
2
1
2
1
z
z
z
z
 (70)
e
Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto
70
2
1
2
1





z
z . (71)
2ª) Não é difícil mostrar que
*
2
*
1
*
2
1
z
z
z
z









, sendo 0
2 
z (72)
3ª) Fica então evidente que a multiplicação e a divisão de grandezas complexas são mais
facilmente efetuadas na forma polar, a menos que, conforme já dito anteriormente, se tenha uma
calculadora eletrônica mais sofisticada.
4ª) É importante notar que multiplicar uma grandeza complexa por 1
2



j
j e 
90 não altera o
seu módulo, mas soma 90º ao seu ângulo de fase. Raciocinando em termos da representação por
meio de segmento orientado no plano complexo, a multiplicação por j gira o segmento orientado
de 90º no sentido anti-horário. De modo análogo, a multiplicação por 1
2




 j
j e 
90
também não altera o módulo da grandeza mas, neste caso, há uma subtração de 90º na fase, ou
seja, o segmento orientado é agora girado de 90º no sentido horário.
5ª) Similarmente, se multiplicarmos um número complexo por 1


j
e  , não alteramos o seu
módulo; apenas acrescentamos  ao seu ângulo de fase ou, em outras palavras: giramos o
segmento orientado que representa o complexo de um ângulo  no sentido anti-horário. Se a
multiplicação for por 1


 j
e 
 o giro será no sentido horário.
6ª) Das propriedades e definições vistas até então resultam as leis comutativa, associativa e
distributiva usuais:
1
2
2
1 z
z
z
z  (73)
1
2
2
1 z
z
z
z 

 (74)
    3
2
1
3
2
1 .
.
.
. z
z
z
z
z
z  (75)
    3
2
1
3
2
1 z
z
z
z
z
z 



 (76)
  3
1
2
1
3
2
1 .
.
. z
z
z
z
z
z
z 

 (77)
  3
2
3
1
3
2
1 .
.
. z
z
z
z
z
z
z 

 (78)
Exemplo 1.21
Dividir os seguintes números complexos:
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Couto i Sumário Unidade 1 – Revisão de Tópicos Fundamentais do Ensino Médio ......................................... 04 1.1 Apresentação ....................................................................................................................... 04 1.2 Simbologia Matemática mais usual..................................................................................... 04 1.3 Conjuntos Numéricos .......................................................................................................... 05 1.4 Operações com Números Relativos..................................................................................... 07 1.4.1 Soma ou Adição....................................................................................................... 07 1.4.2 Subtração ou Diferença............................................................................................ 08 1.4.3 Multiplicação ........................................................................................................... 09 1.4.4 Divisão..................................................................................................................... 09 1.4.5 Potenciação.............................................................................................................. 10 1.4.6 Radiciação................................................................................................................ 11 1.4.7 Produto..................................................................................................................... 14 1.4.8 Expoente Nulo ......................................................................................................... 15 1.4.9 Expoente Negativo................................................................................................... 15 1.4.10 Expoente Fracionário............................................................................................... 16 1.4.11 Emprego de Potências de Dez para simplificar a representação de certos números ................................................................................................................... 16 1.5 Produtos Notáveis................................................................................................................ 16 1.5.1 Quadrado de um binômio ........................................................................................ 16 1.5.2 Produto da Soma de dois termos pela diferença entre eles...................................... 17 1.5.3 Cubo de um binômio ............................................................................................... 17 1.6 Equações.............................................................................................................................. 19 1.6.1 Equação do 1.º grau com uma Incógnita ................................................................. 19 1.6.2 Equação do 2.º grau com uma Incógnita ................................................................. 20 1.7 Progressão Aritmética (P. A.).............................................................................................. 22 1.7.1 Definição.................................................................................................................. 22 1.7.2 Classificação............................................................................................................ 22 1.7.3 Termo Geral............................................................................................................. 23 1.7.4 Propriedades ............................................................................................................ 23 1.7.5 Soma dos n primeiros termos de uma P. A.............................................................. 25 1.8 Progressão Geométrica (P. G.) ............................................................................................ 28 1.8.1 Definição.................................................................................................................. 28 1.8.2 Classificação............................................................................................................ 29 1.8.3 Termo Geral............................................................................................................. 29 1.8.4 Propriedades ............................................................................................................ 30 1.8.5 Soma dos n primeiros termos de uma P. G.............................................................. 32 1.9 Coordenadas Cartesianas no Plano...................................................................................... 35 1.10 Equação reduzida da Reta.................................................................................................... 37 1.11 Noção de Aplicação............................................................................................................. 42 1.12 Exercícios Propostos............................................................................................................ 43 1.13 Respostas dos Exercícios Propostos.................................................................................... 46 1.14 Números Complexos ........................................................................................................... 47 1.14.1 Introdução................................................................................................................ 47 1.14.2 Potências de j ........................................................................................................... 50 1.14.3 Representações e Formas de um Número Complexo.............................................. 51 a) Representações .................................................................................................. 51 b) As Fórmulas de Euler e suas decorrências ........................................................ 54
  • 4. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto ii c) Formas ............................................................................................................... 55 c.1) Cartesiana ou Retangular............................................................................ 55 c.2) Trigonométrica ........................................................................................... 55 c.3) Exponencial ou de Euler............................................................................. 55 c.4) Polar ou de Steinmetz................................................................................. 55 c.5) Algumas Formas Polares Especiais............................................................ 60 c.6) Complexo Conjugado................................................................................. 60 1.14.4 Operações com Números Complexos...................................................................... 62 a) Igualdade............................................................................................................ 62 b) Adição e Subtração............................................................................................ 62 c) Multiplicação ..................................................................................................... 67 d) Divisão............................................................................................................... 69 e) Potenciação........................................................................................................ 71 f) Radiciação.......................................................................................................... 74 1.14.5 Desigualdade do Triângulo...................................................................................... 82 1.14.6 Curvas e Regiões no Plano Complexo..................................................................... 84 a) Circunferência.................................................................................................... 84 b) Disco Fechado ................................................................................................... 86 c) Disco Aberto...................................................................................................... 87 d) Exterior da Circunferência................................................................................. 87 e) Coroa Fechada ................................................................................................... 88 f) Coroa Aberta...................................................................................................... 88 g) Circunferência Unitária ..................................................................................... 88 h) Reta que une dois pontos ................................................................................... 89 1.15 Exercícios Propostos sobre Números Complexos............................................................... 90 1.16 Respostas dos Exercícios Propostos sobre Números Complexos ....................................... 97 Unidade 2 – Somatórios, Produtórios e uma Introdução às Medidas de Posição............... 115 2.1 Introdução aos Somatórios ................................................................................................ 115 2.2 Definição formal de somatório.......................................................................................... 116 2.3 Propriedades dos Somatórios ............................................................................................ 118 2.4 Somatório Duplo................................................................................................................ 125 2.5 Propriedade dos Somatórios Duplos.................................................................................. 127 2.6 Exercícios Propostos sobre Somatórios............................................................................. 128 2.7 Respostas dos Exercícios Propostos sobre Somatórios ..................................................... 132 2.8 Introdução aos Produtórios................................................................................................ 134 2.9 Definição Formal de Produtório........................................................................................ 134 2.10 Propriedades dos Produtórios............................................................................................ 135 2.11 Exercícios Propostos sobre Produtórios ............................................................................ 137 2.12 Respostas dos Exercícios sobre Produtórios ..................................................................... 139 2.13 Introdução às Medidas de Posição..................................................................................... 140 2.14 Média Aritmética – Dados Não-agrupados ....................................................................... 140 2.15 Média Aritmética – Dados Agrupados .............................................................................. 141 2.16 Média Geral ....................................................................................................................... 143 2.17 Média Geométrica – Dados Não-agrupados...................................................................... 143 2.18 Média Geométrica – Dados Agrupados............................................................................. 144 2.19 Média Harmônica – Dados Não-agrupados....................................................................... 145 2.20 Média Harmônica – Dados Agrupados ............................................................................. 146 2.21 Exercícios Propostos sobre Medidas de Posição............................................................... 149
  • 5. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto iii 2.22 Exercícios de Revisão sobre Medidas de Posição............................................................. 151 2.23 Respostas dos Exercícios Propostos sobre Medidas de Posição ....................................... 152 2.24 Respostas dos Exercícios de Revisão sobre Medidas de Posição ..................................... 152 Unidade 3 – Matrizes, um primeiro enfoque.......................................................................... 153 3.1. Apresentação ..................................................................................................................... 153 3.2. Introdução Histórica .......................................................................................................... 153 3.3. Conceitos Fundamentais.................................................................................................... 154 3.4. Matrizes Especiais e Operações com Matrizes.................................................................. 160 3.4.1 Matriz Linha .......................................................................................................... 161 3.4.2 Matriz Coluna........................................................................................................ 161 3.4.3 Matriz Quadrada .................................................................................................... 161 3.4.4 Matriz Triangular................................................................................................... 164 3.4.5 Matriz Diagonal..................................................................................................... 164 3.4.6 Matriz Escalar........................................................................................................ 165 3.4.7 Matriz Identidade ou Matriz Unidade.................................................................... 165 3.4.8 Matriz Nula ou Matriz Zero................................................................................... 166 3.4.9 Igualdade de Matrizes............................................................................................ 166 3.4.10 Transposição de matrizes....................................................................................... 167 3.4.11 Matriz Oposta ........................................................................................................ 168 3.4.12 Matriz Conjugada .................................................................................................. 169 3.4.13 Matriz Simétrica .................................................................................................... 170 3.4.14 Matriz Anti-simétrica............................................................................................. 171 3.4.15 Matriz Hermitiana.................................................................................................. 173 3.4.16 Matriz Anti-hermitiana .......................................................................................... 173 3.4.17 Soma ou Adição de Matrizes................................................................................. 174 3.4.18 Subtração ou Diferença de Matrizes...................................................................... 178 3.4.19 Produto de um Número Complexo por uma Matriz .............................................. 179 3.4.20 Produto de Matrizes............................................................................................... 186 3.4.21 Matriz Periódica..................................................................................................... 204 3.4.22 Matriz Idempotente................................................................................................ 205 3.4.23 Matriz Nilpotente ou Nulipotente.......................................................................... 206 3.4.24 Polinômio de uma Matriz ...................................................................................... 206 3.4.25 Matrizes em Blocos ou Partição de Matrizes......................................................... 207 3.5 Exercícios Propostos.......................................................................................................... 211 3.6 Respostas dos Exercícios Propostos.................................................................................. 218
  • 6. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 4 Unidade 1 Revisão de Tópicos Fundamentais do Ensino Médio 1.1 Apresentação Esta apostila é a referente ao fundamento principal de Matemática Elementar para diversos leitores, estudantes e públicos. Devido à flagrante heterogeneidade dos alunos, e já tendo tido várias turmas anteriores de experiência, optamos por apresentar, mesmo que de forma sucinta, alguns assuntos básicos que entendemos como sendo absolutamente fundamentais para o restante do curso, e esperamos que os estudantes que estejam fora do “bom combate” há algum tempo, ou há muito tempo, possam colocar suas idéias de novo em ordem, e os conceitos fundamentais nos seus devidos lugares. 1.2 Simbologia Matemática mais usual Esperamos que o estudante conheça a seguinte simbologia: a) = (igual à) b)  (diferente de) c)  ou   (conjunto vazio) d)  (pertence à) e)  (não pertence à) f)  (está contido) g)  (não está contido) h)  (contém) i)   (não contém) j)  (existe pelo menos um) k)   (não existe) l) | (existe e é único) m) | (tal que / tais que) n)  (ou) o)  (e) p) B A (interseção dos conjuntos A e B) q) B A (união dos conjuntos A e B)
  • 7. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 5 r)  (para todo e qualquer, qualquer que seja) s)  (implica) t)  (implica e a recíproca é equivalente) u)  (donde se conclui) 1.3 Conjuntos Numéricos É lógico que, para a Matemática, os conjuntos de maior importância são aqueles formados por números, e certos conjuntos numéricos são especialmente importantes devido às propriedades das operações entre seus elementos e, portanto, recebem nomes especiais, quais sejam: a) N    4, 3, 2, 1, 0,  é o conjunto dos números inteiros não-negativos. b) Z     3, 2, 1, 0, 1, 2, , 3 ,     é o conjunto dos números inteiros. c) Q         q p x x | sendo p  Z, q  Z e q 0. É o conjunto dos números racionais. São exemplos de números racionais: 5 3  , 2 9  , 3 8  , etc. São exemplos de números irracionais:  14159 , 3   (pi),  71828 , 2  e (base dos logaritmos neperianos),  41421 , 1 2  ,  73205 , 1 3  , etc. d) R é o conjunto dos números reais, formados por todos os números racionais e irracionais, e costumamos associar tais números aos pontos de uma reta que, por definição, é infinita em ambos os sentidos.     3 –3 –2 –1 0 1 2 3 2 2 2 1 1 3 Fig. 1.1 Representação gráfica de alguns elementos do conjunto R.
  • 8. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 6 e)   y x z z j    | C , sendo x  R, y  R e é 1   j , é o conjuntos dos números complexos (voltaremos a tal assunto na seção 1.14). Quando incluímos o símbolo * (asterisco), estamos indicando que o zero foi excluído do conjunto. Assim, temos: f) N*       x x | 5, 4, 3, 2, 1,  N e  0  x é o conjunto dos números naturais. g) Z*    x x | Z e  0  x h) Q*    x x | Q e  0  x i) R*    x x | R e  0  x j) C*    x x | C e  0  x Quando incluímos o símbolo + (mais), estamos indicando que foram excluídos todos os números negativos dos conjunto. k) Z    x x | Z e  0  x N é o conjunto dos números inteiros não negativos. l) Q    x x | Q e  0  x é o conjunto dos números racionais não negativos m) R    x x | R e  0  x é o conjunto dos números reais não negativos. Quando acrescentamos o símbolo – (menos) estamos indicando que foram excluídos todos os números positivos do conjunto. Assim, temos: n) Z    x x | Z e  0  x é o conjunto dos números inteiros não positivos. o) Q    x x | Q e  0  x é o conjuntos dos números racionais não positivos. p) R    x x | R e  0  x é o conjunto dos números reais não positivos.
  • 9. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 7 Devemos notar que o zero é elemento dos conjuntos Z , Z , Q , Q , R , R . Se excluímos o zero destes conjuntos, teremos: q) Z *    x x | Z e  0  x r) Z *    x x | Z e  0  x s) Q *    x x | Q e  0  x t) Q *    x x | Q e  0  x u) R *    x x | R e  0  x v) R *    x x | R e  0  x O conjunto R * é chamado conjunto dos números reais estritamente positivos e R * é o conjunto dos números reais estritamente negativos. Os outros têm nomes semelhantes. Notemos a propriedade: C R Q Z N     * isto é, todo número natural é inteiro, todo número inteiro é racional, todo número racional é real e todo número real é também complexo. 1.4 Operações com Números Relativos  Ilustração 1.1: Números relativos 3  2  1  0 1 2 3     1.4.1 Soma ou Adição Quando os números têm o mesmo sinal basta conservá-lo e adicionar os números; quando os sinais são contrários subtraímos o menor do maior, e o sinal que prevalece é o deste último. É bom lembrar também que o sinal mais (+) antes de um parêntese não vai alterar o sinal do número que está entre parênteses, ocorrendo o oposto quando o sinal antes do parêntese for o de (–). Se não houver nenhum sinal antes do parêntese estará implícito que o sinal será o de mais (+).
  • 10. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 8  ILUSTRAÇÃO 1.2 a) 12 2 10 ) 2 ( ) 10 (         b) 8 2 10 ) 2 ( ) 10 (         c) 8 2 10 ) 2 ( ) 10 (         d) 12 2 10 ) 2 ( ) 10 (         Quando devemos somar mais de dois números relativos o resultado é obtido somando o primeiro com o segundo, o resultado obtido com o terceiro, e assim por diante até a última parcela.  ILUSTRAÇÃO 1.3           ) 4 ( ) 3 ( ) 7 ( ) 3 ( ) 5 (          ) 4 ( ) 3 ( ) 7 ( ) 2 (        ) 4 ( ) 3 ( ) 5 (      ) 4 ( ) 2 ( 2 Podemos também adicionar separadamente todas as parcelas positivas e todas as negativas e, em seguida, somar os dois números de sinais contrários obtidos.  ILUSTRAÇÃO 1.4 Efetuando a soma do exemplo anterior, temos: — soma das parcelas positivas: — 12 ) 4 ( ) 3 ( ) 5 (        — soma das parcelas negativas:
  • 11. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 9 — 10 ) 7 ( ) 3 (      — soma de ambos os resultados: — 2 ) 10 ( ) 12 (      1.4.2 Subtração ou Diferença Cumpre observar que o sinal de menos (–) antes de um parêntese troca o sinal do número que está entre parênteses e, no mais, procedemos como na operação anterior.  ILUSTRAÇÃO 1.5 a) 8 2 10 ) 2 ( ) 10 (         b) 12 2 10 ) 2 ( ) 10 (         c) 12 2 10 ) 2 ( ) 10 (         d) 8 2 10 ) 2 ( ) 10 (         Para as operações de multiplicação e divisão que virão logo a seguir vale a seguinte regra: “Números de mesmo sinal dão sempre resultado positivo, enquanto que os de sinais contrários conduzem sempre à resultados negativos”. 1.4.3 Multiplicação
  • 12. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 10  Ilustração 1.6 a) 20 ) 2 ( ) 10 (      b) 20 ) 2 ( ) 10 (      c) 20 ) 2 ( ) 10 (      d) 20 ) 2 ( ) 10 (      1.4.4 Divisão  Ilustração 1.7 a) 5 ) 2 ( ) 10 (      b) 5 ) 2 ( ) 10 (      c) 5 ) 2 ( ) 10 (      d) 5 ) 2 ( ) 10 (      1.4.5 Potenciação Quando, em uma multiplicação, os fatores são todos iguais, em módulo e em sinal, esta operação recebe o nome de potenciação. Assim sendo, a potência de um número é o produto de fatores iguais a este número, sendo representada por: p a Conforme veremos a seguir, toda potência de expoente par é positiva, qualquer que seja o sinal da base, porém, toda potência de expoente ímpar tem o sinal de base.  expoente (n.º de repetições dos fatores iguais)  base (é o número ou fator em questão)
  • 13. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 11  Ilustração 1.8 a)         16 2 ) 2 ( 2 2 2 4           b)         16 2 2 2 2 ) 2 ( 4           c)         8 2 2 2 2 3         d)       8 2 2 2 ) 2 ( 3          Para executar a potenciação de um número relativo em uma minicalculadora, a seqüência de operações é simples: (a) Determinar 4 2 : 1.º) Digitamos a base (2) 2.º) Pressionamos a tecla exponencial      x y y x (CASIO modelo fx-82LB) ou (CASIO modelo fx-6300 G)      , que depende do modelo da minicalculadora. 3.º) Digitamos o expoente (4) 4.º) Pressionamos a tecla exponencial       EXE (CASIO modelo fx – 82LB) ou (CASIO modelo fx – 6300G)      , que depende do modelo da minicalculadora. 5.º) Vai aparecer o número 16 no visor da calculadora. (b) Determinar  4 2  : Primeiramente digitamos a base (–2). Em algumas calculadoras (CASIO fx 82 – LB, por exemplo) digitamos o número 2 e depois apertamos a tecla   para trocar o sinal para menos. Em outras (CASIO fx – 6300G) apertamos a tecla – e depois
  • 14. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 12 digitamos o número 2. O restante da seqüência de operações é igual a do item a: tecla exponencial, expoente... A esta altura é interessante notar a diferença entre a potenciação seqüencial e a potenciação escalonada, que serão analisadas logo a seguir.  Ilustração 1.9 a) Potenciação Seqüencial:     64 4 ) 2 ( 3 3 2   , que também pode ser efetuada diretamente mantendo-se a base e multiplicando-se os expoentes: 64 2 2 6 3 2    b) Potenciação Escalonada: 3 2 2 que pode ser entendida como 2 2 3 , ou seja: 256 2 2 8 23   1.4.6 Radiciação a) Raiz n-ésima de um número: Dizemos que um número “b” é a raiz n-ésima exata de um número “a” quando n b a  e ela é representada por b a n  Denomina-se radiciação a operação pela qual se obtém a raiz n-ésima de um número. Nas operações exatas, a radiciação é a operação inversa da potenciação.
  • 15. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 13 Temos então:      radical do índice o é " " número O radicando o é " " número O radical o é sinal O n a Assim sendo 3 9  porque 9 32  2 8 3  porque 8 23  No caso de n = 2 a raiz se diz quadrada e não é usual escrever este índice no radical. No caso de n = 3 a raiz se diz cúbica, mas este índice aparece no radical. b) Valor algébrico dos radicais: Se o radicando é considerado em valor absoluto (módulo), a radiciação é uma operação unívoca. No entanto, se este radicando é um número relativo a unicidade, em alguns casos, não estará mais garantida e por isso vamos considerar três casos: 1.º) Índice par e radicando positivo. Neste caso o radical admitirá duas raízes reais e simétricas no conjunto dos números reais, bem como um par complexo conjugado (vide exercício proposto 39, item j da seção 1.15). 2.º) Índice ímpar. Sendo o índice do radical um número ímpar, temos uma raiz no conjunto dos números reais, tendo o mesmo sinal que o radicando, e (n – 1) raízes no conjunto dos números complexos (vide exercício proposto 38, item f, da seção 1.15). 3.º) Índice para e radicando negativo. Neste caso não existe nenhum valor do conjunto do números reais que elevado ao índice para seja igual ao radicando. Este assunto será abordado na seção 1.14.
  • 16. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 14  Ilustração 1.10 1.º caso                                        625 5 625 5 pois 5 625 64 8 64 8 pois 8 64 4 4 4 2 2.º caso                    32 2 pois 2 32 32 2 pois 2 32 5 5 5 5 3.º caso       1.14 seção na abordado será assunto tal mencionado já conforme e, 4 j Observação: pelo que foi exposto, se alguém lhe perguntar qual é o valor de 9 , a resposta e simplesmente 3. Agora se for pedido o valor algébrico do 9 teremos então  3. A determinação de raízes através de minicalculadoras é simples: a) Determinar 4 625: a.1) Utilizando uma CASIO fx-82 LB: 1.º) Digitamos o radicando 625 2.º) Pressionamos as teclas F nd 2 e x y a fim de convocar a operação x y 3.º) Digitamos o expoente 4 4.º) Pressionamos a tecla  5.º) O número 5 aparece no visor de calculadora, e devemos ter em mente que se desejamos o valor algébrico da raiz a resposta completa é  5. a.2) Utilizando uma CASIO fx-6300 G 1.º) Digitamos o índice 4 2.º) Pressionamos a tecla x 3.º) Digitamos o radicando 625
  • 17. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 15 4.º) Pressionamos a tecla EXE 5.º) O número 5 aparece no visor b) Determinar 5 32  : a.1) Utilizando um CASIO fx-82 LB 1.º) Digitamos o valor 32 e pressionamos a tecla   para trocar o seu sinal 2.º) Pressionamos as teclas F nd 2 e x y a fim de convocar a operação x y 3.º) Digitamos o índice 5 4.º) Pressionamos a tecla  5.º) O valor – 2 aparece no visor. a.2) Utilizando uma CASIO fx-6300 G 1.º) Digitamos o índice 5 2.º) Pressionamos a tecla x 3.º) Pressionamos a tecla  e depois o valor 32 4.º) Pressionamos a tecla EXE 5.º) O valor – 2 aparece no visor. Observação: Devemos notar que as rotinas para calculadoras do mesmo fabricante (CASIO), mas de modelos diferentes, são totalmente diferentes. O que não esperar de modelos de outros fabricantes? Por isso insistimos que cada estudante deve adquirir logo sua própria calculadora, a fim de se familiarizar com o uso da mesma. 1.4.7 Produto e Divisão de Potências de Mesma Base a) Para multiplicar potências de mesma base, repetimos a base e somamos os expoentes. b) Para dividir potências de mesma base, repetimos a base e subtraímos o expoente do denominador do expoente do numerador.
  • 18. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 16  Ilustração 1.11 a) 2 3 2 1 4 2 3 2 1 4 2 3 a a a a a a          b) 3 5 8 5 8 b b b b    c) 3 5 2 5 2     x x x x d) 7 ) 4 ( 3 4 3 I I I I      1.4.8. Expoente Nulo Toda potência de expoente nulo é igual à unidade. Ilustração 1.12 1 0  a Observação: São exceções 0 0 e 0  , que não têm qualquer significado numérico, sendo símbolos de indeterminação, e são abordados em Análise Matemática na parte de Limites. 1.4.9 Expoente Negativo Toda potência de expoente negativo equivale a uma fração cujo numerador é a unidade e o denominador é a potência com o expoente positivo ou seja: n n a a 1   . (1)
  • 19. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 17  Ilustração 1.13 a) 16 1 2 1 2 4 4    b) 9 1 3 1 3 2 2    Observações: 1ª) Em conseqüência do exposto anteriormente temos: n n a a   1 (2) 2ª) Agora podemos obter o mesmo resultado do item (d) da ilustração 11 por outro caminho: 7 4 3 4 3 I I I I I     1.4.10 Expoente Fracionário Toda potência de expoente fracionário equivale a uma raiz cujo índice é o denominador da fração e cujo radicando é a base elevada a um expoente igual ao numerador, ou seja: q p q p a a  (3)
  • 20. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 18  Ilustração 1.14 Determinar os valores algébricos das seguintes operações: a) 4 64 8 8 3 3 2 3 2    b) 4 16 162 1    c) 2 1 4 1 4 1 4 2 1 2 1      1.4.11 Emprego de Potências de Dez para simplificar a representação de certos Números  Ilustração 1.15 No Brasil: Nos E.U.A.: a) 3 10 2 000 2   * — 3 10 2 000 , 2   b) 6 10 4 000 000 4   * — 6 10 4 000 , 000 , 4   c) 4 10 3 0003 , 0    — 4 10 3 0003 . 0    d) 3 10 25 025 , 0    — 3 10 25 025 . 0    (*) Antigamente representava-se 2 e 4 milhões, respectivamente por 2.000 e 4.000.000. Já há alguns anos aboliram-se os pontos separatrizes de classes, mantendo-se agora um espaço entre as mesmas. 1.5 Produtos Notáveis 1.5.1 Quadrado de um binômio a) 2 ) ( b a  : 2 2 2 2 2 2 ) ( ) ( ) ( b ab a b ab ab a b a b a b a            ou
  • 21. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 19 2 2 2 2 2 b ab a b ab ab a b a b a        2 2 2 2 ) ( b ab a b a     (4) b) 2 ) ( b a  : 2 2 2 2 2 2 ) ( ) ( ) ( b ab a b ab ab a b a b a b a            ou 2 2 2 2 2 b ab a b ab ab a b a b a        2 2 2 2 ) ( b ab a b a     (5) 1.5.2 Produto da soma de dois termos pela diferença entre eles ) ( ) ( b a b a   : 2 2 2 2 ) ( ) ( b a b ab ab a b a b a         ou 2 2 2 2 b a b ab ab a b a b a       2 2 ) ( ) ( b a b a b a     (6) 1.5.3 Cubo de um binômio
  • 22. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 20 a)          ) 2 )( ( ) )( ( ) ( 2 2 2 3 b ab a b a b a b a b a        3 2 2 2 2 3 2 2 b ab b a ab b a a 3 2 2 3 3 3 b ab b a a     ou 3 2 2 3 3 2 2 2 2 3 2 2 3 3 2 2 2 b ab b a a b ab b a ab b a a b a b ab a           3 2 2 3 3 3 3 ) ( b ab b a a b a      (7) b)          ) 2 )( ( ) )( ( ) ( 2 2 2 3 b ab a b a b a b a b a        3 2 2 2 2 3 2 2 b ab b a ab b a a 3 2 2 3 3 3 b ab b a a     ou 3 2 2 3 3 2 2 2 2 3 2 2 3 3 2 2 2 b ab b a a b ab b a ab b a a b a b ab a              3 2 2 3 3 3 3 b ab b a a b a      (8)
  • 23. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 21  Ilustração 1.16 a)             2 2 2 5 5 2 5 x x a a x a 2 2 25 10 x ax a    b)                2 2 2 2 2 2 3 3 5 2 5 3 5 y y x x y x 2 2 4 9 30 25 y y x x    c)        y x y x y x y x       2 2 d)                    3 2 2 3 3 3 3 2 3 3 2 3 2 3 2 y y x y x x y x 3 2 2 3 27 54 36 8 y xy y x x     e)                 3 2 2 3 3 2 2 3 2 3 2 y y x y x x y x 3 2 2 3 8 12 6 y xy y x x     1.6 Equações 1.6.1 Equação do 1º Grau com uma Incógnita Toda equação do 1º grau com uma incógnita pode ser reduzida a forma 0   b az (9) em que 0  a . Sua solução é:       b az b az 0 a b z   (10) EXEMPLO 1.1 Resolver as seguintes equações do 1º grau: a) 3 7 1 3    z z b) 12 15 2 5  x
  • 24. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 22 c) 4 6 2 3   y d) 0   q pz (sendo p  0) Solução: a)     3 7 1 3 z z 1 4 4 4 4 3 1 7 3               z z z z z b)   12 15 2 5 x   2 30 60 60 30 12 5 15 2         x x x x c)    4 6 2 3 y   4 6 24 24 6 12 12 6 4 3 2 6             y y y y y d)    0 q pz p q z q pz      1.6.2 Equação do 2º Grau com uma Incógnita A forma geral da equação do 2º grau com uma incógnita é: 0 2    c bz az (11)
  • 25. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 23 onde 0  a . Vamos então transformar a equação em outra equivalente, de modo que o primeiro membro seja um quadrado perfeito do tipo indicado na equação (4). a) Transpondo a constante para o segundo membro, vem: c bz az    2 b) Multiplicando por a 4 , teremos: ac abz z a 4 4 4 2 2    c) Somando 2 b aos dois membros, resulta: ac b b abz z a 4 4 4 2 2 2 2     d) Verificando que o 1º membro é um quadrado perfeito, teremos:   ac b b az 4 2 2 2    e) Extraindo as raízes quadradas de ambos os membros, obtemos:           4 2 4 2 2 2 ac b b az ac b b az a b a ac b b z 2 2 4 2         (12) que é a conhecida fórmula da Bhaskara, onde ac b 4 2    .....(13) é o discriminante da equação, e três casos podem ocorrer: 1º) 0    teremos duas raízes reais e desiguais. 2º) 0    teremos duas raízes reais e iguais. 3º) 0    não teremos raízes no conjunto dos números reais, e este caso será abordado na seção 1.14. Exemplo 1.2 Resolver as seguintes equações do 2º grau: a) 0 3 5 2 2    z z b) 0 1 4 4 2    z z
  • 26. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 24 c) 0 13 4 2    z z Solução: a)              3 5 2 0 3 5 2 2 c b a z z   49 3 2 4 5 4 2 2          ac b 4 7 5 2 2 49 5 2            a b z 2 1 4 2 4 7 5 1      z 3 4 12 4 7 5 2        z b)              1 4 4 0 1 4 4 2 c b a z z   0 1 4 4 4 4 2 2          ac b   8 0 4 4 2 0 4 2            a b z dupla raiz 2 1 8 0 4 2 1 8 0 4 2 1              z z c)             13 4 1 0 13 4 2 c b a z z   0 36 52 16 13 1 4 4 4 2 2             ac b e esta equação não admite raízes no campo real. Sua solução será apresentada na subseção 1.14.1 ( 3 2 1 j    z e 3 2 2 j    z são as suas raízes). 1.7 Progressão Aritmética (P.A.) 1.7.1 Definição
  • 27. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 25 É uma sucessão de termos ( , , , , , , , , , 1 termos 1 4 3 2 1                n n n n a a a a a a a ) finita ou infinita, sendo que, a partir do 2º termo inclusive, a diferença entre um termo qualquer e o seu antecedente é igual a uma quantidade constante r, denominada razão da progressão, ou seja: r a a a a a a a a n n n n            1 1 2 3 1 2  As seguintes seqüências são exemplos de P.A.: a) ( 2 ) 22 17, 12, 7, 2, 1   a  e 5  r b) ( x a t x t x t x x      1 ) 6 , 4 , 2 ,  e t r 2  c) ( 5 ) 5 , 5 , 5 , 5 , 5 1   a  e 0  r d) 7 9 , 2 17 , 8 , 2 15 , 7 1         a  e 2 1  r e) ( 8 ) 4 1, , 2 , 5 , 8 1     a  e 3   r 1.7.2 Classificação As progressões aritméticas podem ser classificadas de acordo com o valor da razão r:   0 r P.A. crescente   0 r P.A. constante ou estacionária   0 r P.A. decrescente 1.7.3 Termo geral A partir da definição, podemos escrever os termos da P.A. da seguinte forma:      r n a r a a r a a r a r r a r a a r a a r a r r a r a a r a a r a a r a a n n n n 1 3 2 2 1 1 1 1 1 3 4 3 4 1 1 2 3 2 3 1 2 1 2                                     
  • 28. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 26 Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao primeiro um número de razões r igual à posição do termo menos uma unidade, ou seja:        r n a a r a r a a r a r a a r a r a a n 1 1 4 3 1 3 2 1 2 1 1 1 4 1 1 3 1 1 2                     O termo de ordem n da P.A. é dado, portanto, pela fórmula a seguir:  r n a an 1 1    (14) que pode também ser obtida da seguinte maneira:  r n a a r a a r a a r a a r a a n n n 1 1 1 3 4 2 3 1 2             Somando membro a membro estas n – 1 igualdades obtemos a expressão do termo de ordem n. e  r n a an 1 1    (14) que é a mesma equação anteriormente encontrada. 1.7.4 Propriedades I) Numa P.A. cada termo, a partir do segundo, é a média aritmética entre o termo precedente e o termo seguinte. Com efeito, se   , , 1 1   n n n a a a são termos consecutivos de uma P.A., então podemos escrever: n n n n a a a a      1 1 ou seja, 1 1 2     n n n a a a e
  • 29. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 27 2 1 1     n n n a a a (15) II) Em qualquer P.A. limitada, a soma de dois termos eqüidistantes dos extremos é constante e igual à soma dos próprios extremos. Seja pois a P.A. limitada, com n termos, razão r, e A e B os termos eqüidistantes dos extremos, conforme ilustrado a seguir: (                  termos 1 termos 2 1 , , , , , , , , p n n p a a B A a a  )
  • 30. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 25 Apostila de Matemática Básica Assunto: MATEMÁTICA BÁSICA Coleção Fundamental - volume 2/8 Autor: Prof. Emerson F. A. Couto
  • 31. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 26 Pela fórmula do termo geral,  r p a A 1 1    (16) Considerando agora a progressão         termos 1 , , , p n n a a B  temos pela fórmula de termo geral,  r p B an 1    (17) Subtraindo (17) de (16) resulta: B a a A n    1 o que nos conduz a n a a B A    1 (18) C.Q.D I) Em uma P.A. limitada cujo número de termos é ímpar, o termo médio é a média aritmética dos extremos. Neste caso temos: (                                termos 1 2 com P.A. termos 1 termos 2 1 , , , , , , , ,    p n p n n p a a B M A a a ) Pelas propriedades I e II temos: 2 B A M   e n a a B A    1 Logo, 2 1 n a a M   (19) C.Q.D.
  • 32. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 27 1.7.5 Soma dos n primeiros termos de uma P.A. Com relação a P.A.: ( , , , , , , , , 1 termos 1 2 3 2 1                   n n n n n a a a a a a a ) podemos escrever: n n n n a a a a a a S          1 2 3 2 1  (20) ou, invertendo-se a ordem das parcelas, 1 2 3 2 1 a a a a a a S n n n n           (21) Somando (20) e (21) membro a membro obtemos:             1 2 1 3 2 2 3 1 2 1 2 a a a a a a a a a a a a S n n n n n n n                   , onde temos n parênteses. No entanto, pela propriedade II todos os parênteses são iguais a n a a  1 . Logo,  n a a S n n   1 2 e   2 1 n a a S n n   (22) Observações: 1) Se a progressão for crescente, ilimitada, temos N Sn  , sendo N um número arbitrariamente grande. Poremos:    lim n S   n ou    n S quando    n 2) No caso de uma progressão decrescente, ilimitada, teremos as seguintes condições:
  • 33. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 28    lim n S   n ou    n S quando    n Exemplo 1.3 Calcule o 17: termo da P.A. (  , 3 1 , 8 , 3 ) Solução: Temos que: 3 1  a e 5  r Logo,   83 5 16 3 16 1 17 1 1 17          r a r a a Exemplo 1.4 Calcule a soma dos doze primeiros números ímpares. Solução: Temos então: (  , 5 , 3 , 1 ) Donde, 1 1  a e 2  r , logo   23 2 11 1 11 1 12 1 1 12          r a r a a     144 2 12 23 1 2 12 12 1 12        a a S
  • 34. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 29 Exemplo 1.5 No depósito de uma firma de informática, costuma-se empilhar as caixas de um determinado equipamento em filas horizontais superpostas, conforme ilustrado na figura. Quantas dessas filas seriam necessárias para empilhar 171 dessas caixas? Fig. 1.2 Solução: Temos uma P.A. representada por (  , 3 , 2 , 1 ) onde, 1 1  a e 1  r Desejamos saber o n para o qual temos 171  n S . Sabemos que:           2 1 2 2 1 2 1 1 1 1 n r n a n r n a a n a a S n n           Substituindo valores,         0 342 , 342 , 1 342 , 1 2 342 , 2 1 1 1 2 171 2 2                n n n n n n n n n n que é uma equação do 2º grau para a qual 1  a , 1  b e 342   c . Assim sendo,
  • 35. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 30   19 18 2 37 1 2 1369 1 1 2 342 1 4 1 1 2 4 " ' 2 2                        n n a ac b b n Como não existe número de fileiras negativo, só a 1ª raiz tem significado físico. 1.8 Progressão Geométrica (P.G.) 1.8.1 Definição É uma sucessão de termos ( , , , , , , , , , 1 termos 1 4 3 2 1                  n n n n a a a a a a a ) finita ou infinita, sendo que , a partir do 2º termo inclusive, a razão entre um termo qualquer e o seu antecedente é igual a uma quantidade constante q, denominada razão da progressão, ou seja: q a a a a a a a a n n n n        1 1 2 3 1 2  As seqüências a seguir são exemplos de P.G.: a) (1 , 4 , 16 , 64 , )  1 1  a e 4  q b) (x , 2 xt , 4 xt , 6 xt , )  x a  1 e 2 t q  c) (8 , 2 , 2 1 , 8 1 , )  8 1  a e 4 1  q d) (7 , 7 , 7 , 7 , )  7 1  a e 1  q e) ( 4  , 8 , 16  , 32 , )  4 1  a e 2   q 1.8.2 Classificação           1 0 e 0 ou 1 e 0 1 1 q a q a  P.G. crescente           1 0 e 0 ou 1 e 0 1 1 q a q a  P.G. decrescente
  • 36. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 31 1 a  e 0  q  P.G. alternante 1 a  e 0  q  P.G. constante ou estacionária 1.8.3 Termo geral A partir da definição, podemos escrever os termos da P.G. da seguinte forma: q a a  1 2  q a a 1 2  q a a  2 3    2 1 1 2 3 q a q q a q a a    q a a  3 4    3 1 2 1 3 4 q a q q a q a a                                 q a a n n  1  1 1 1      n n n q a q a a  Observe que cada termo é obtido multiplicando-se o primeiro por uma potência cuja base é a razão. Note que o expoente da razão é igual à posição do termo menos uma unidade, ou seja: 1 2 1 1 2    q a q a a 1 3 1 2 1 3    q a q a a 1 4 1 3 1 4    q a q a a                1 1    n n q a a  O termo de ordem n da P.G. é dado, portanto, pela fórmula a seguir: 1 1   n n q a a (23) que pode também ser obtida da seguinte maneira:
  • 37. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 32                 q a a q a a q a a q a a n n 1 3 4 2 3 1 2 Multiplicando membro a membro estas 1  n igualdades obtemos a expressão do termo de ordem n 1 1 3 4 2 3 1 2        n n n q a a a a a a a a  Fazendo os cancelamentos, obtemos: 1 1   n n q a a o que nos leva a 1 1   n n q a a (23) conforme há havia sido deduzido anteriormente. 1.8.4 Propriedades I) Numa P.G. cada termo, a partir do segundo, é a média geométrica entre o termo precedente e o termo seguinte. Realmente, se 1  n a  , n a ,  1  n a são termos consecutivos de uma P.G., então podemos escrever: n n n n a a a a 1 1    ou seja, 1 1 2     n n n a a a e 1 1      n n n a a a . (24) C.Q.D. Onde os sinais (+) ou (–) são usados de acordo com as características da P.G. II) Numa P.G. limitada, o produto de dois termos eqüidistantes dos extremos é igual ao produto dos extremos.
  • 38. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 33 Seja então a P.G. limitada, com n termos, razão q, e A e B os termos eqüidistantes dos extremos, conforme mostrado logo a seguir: (                  termos 1 termos 2 1 , , , , , , , , p n n p a a B A a a  ) Pela fórmula do termo geral, 1 1   p q a A . (25) Considerando agora a progressão         termos 1 , , , p n n a a B  temos pela fórmula do termo geral, 1   p n Bq a . (26) Dividindo as igualdades (25) e (26) membros a membro resulta: B a a A n 1  o que nos leva a: n a a AB   1 . (27) C.Q.D. III) Em uma P.G. limitada cujo número de termos é ímpar, o termo médio é a média geométrica dos extremos. Neste caso temos: (                                termos 1 2 com P.G. termos 1 termos 2 1 , , , , , , , ,    p n p n n p a a B M A a a ) Pelas propriedades I e II temos: AB M  e n a a AB   1 logo, n a a M    1 . (28) C.Q.D. 1.8.5 Soma dos n primeiros termos de uma P.G. Com relação a P.G.
  • 39. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 34 ( , , , , , , , , , 1 termos 1 2 3 2 1                   n n n n n a a a a a a a ) podemos escrever: n n n n a a a a a a S          1 2 3 2 1  . (29) Multiplicando ambos os membros por q resulta: q a q a q a q a q a q a qS n n n n          1 2 3 2 1  o que é equivalente a 1 1 4 3 2          n n n n a a a a a a qS  (30) Subtraindo (30) de (29) temos: 1 1     n n n a a qS S ou já que n n q a a 1 1   , n n q a a q S 1 1 ) 1 (    e     1 , 1 1 1     q q q a S n n (31) Observações: 1.ª) Se a progressão for crescente, ilimitada, temos N Sn  , sendo N um número arbitrariamente grande. Poremos,    lim n S   n ou    n S quando    n 2.ª) Na hipótese da progressão decrescente 1  q ,   q q a q a q q a S n n n        1 1 1 1 1 1 1
  • 40. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 35 se admitirmos que   n (cresça cada vez mais), a primeira parcela, q a  1 1 , não sofre qualquer modificação, enquanto que a segunda pode ser tomada tão próxima de zero quanto quisermos. Poremos: lim    n q a Sn   1 1 (32) Exemplo 1.6 Determine o 10º termo da P.G. (1 , 2 , 4 , ) Solução: 1 1  a e 2  q Logo,    512 2 1 9 9 1 1 10 1 10      q a q a a Exemplo 1.7 Determine a soma dos vinte primeiros termos da P.G. ( 2 2 , 1 2 , 0 2 , ) Solução: Temos: 4 1 2 1 2 2 2 1     a e   2 2 2 2 2 2 1 2 1 2 1            q Logo,            2 1 2 1 4 1 1 1 20 20 1 20 q q a S 75 , 143 262 
  • 41. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 36 Exemplo 1.8 Um barco patrulha está distante 65 milhas de um navio carregado de contrabando de armas pesadas. Sabendo-se que ambas as embarcações estão seguindo o mesmo rumo (movimentos na mesma direção e mesmo sentido) e que a velocidade do barco patrulha é o dobro da velocidade do navio, pede-se calcular a distância que o barco deve percorrer para alcançar o navio. Solução: mi 65 v 2 v 0 x Fig. 1.3 Quando o barco patrulha tiver percorrido as 65 milhas iniciais, o navio terá percorrido 2 65 milhas, uma vez que sua velocidade é a metade da do barco. Assim o barco terá que percorrer também 2 65 milhas. Quando o barco tiver percorrido estas últimas 2 65 milhas, o navio terá percorrido 4 65 milhas, e assim por diante, de modo que a distância total a ser percorrida pelo barco é:      mi 4 65 mi 2 65 mi 65 b x . Temos pois uma P.G. decrescente ilimitada, para qual a 65 1  a mi e 2 1  q . Logo, 130 2 1 1 mi 65 1 1      q a xb mi. Claro, o estudante deve estar se perguntando: o problema não poderia ter sido pelos métodos da Cinemática aprendidos na Física do 2º grau? Sim, é claro! Senão vejamos:
  • 42. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 37 As equações horárias dos movimentos são: Barco  vt xb Navio  t v xn 2 65   No encontro n b x x  e t v vt 2 65   , 65 2   vt vt , 65 2  vt e o tempo de encontro é: v t 130  . Voltando à equação do barco, temos então: 130 130     v v vt xb mi e concluímos, mais uma vez, que o barco deve percorrer 130 mi para alcançar o navio. Aí cabe uma outra pergunta: Por quê não termos utilizados diretamente o segundo método? A resposta é simples: esta foi apenas uma ilustração de soma de parcelas, que são termos de uma P.G., as quais vão se tornando cada vez menores. 1.9 Coordenadas Cartesianas no Plano
  • 43. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 38 Este nome é em homenagem ao grande matemático francês René Descartes (Renatus Cartesius em Latim). Aqui em nosso curso vamos utilizar apenas as coordenadas cartesianas planas (duas dimensões) e ortogonais, e isto nos leva a um sistema de eixos x e y, perpendiculares, que têm a mesma origem comum, conforme ilustrado a seguir: x y y y x x quadrante 2º quadrante 1º quadrante 3º quadrante 4º   y x P , ) ( ) ( ) ( 0 ) (    Plano Fig. 1.4 A localização de um ponto P qualquer de uma plano    genérico, fica então perfeitamente determinada através de suas coordenadas x (abscissa) e y (ordenada), e a representação genérica é   y x P , . No caso presente o ponto genérico foi representado no 1º quadrante, onde 0  x e 0  y mas, de um modo geral temos:                    quadrante º 4 0 e 0 quadrante º 3 0 e 0 quadrante º 2 0 e 0 quadrante º 1 0 e 0 y x y x y x y x Temos também que se i) 0  x  ponto situado no eixo y ii) 0  y  ponto situado no eixo x iii) 0   y x  ponto situado origem
  • 44. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 39 Exemplo 9 Marcar em um diagrama cartesiano as localizações dos pontos a seguir:   3 , 4 1 P ;   5 , 2 2  P ;   4 , 3 3   P ;   6 , 2 4  P ;   0 , 5 5 P ;   4 , 0 6 P Solução: x y 0 1 2 3 4 5   5 , 2 2  P   4 , 3 3   P   4 , 0 6 P   6 , 2 4  P   3 , 4 1 P   0 , 5 5 P 1  2  3  5  6  4  1  2  3  1 2 3 4 5 Fig. 1.5 1.10 Equação Reduzida da Reta Em Geometria Analítica demonstra-se que toda equação do primeiro grau em x e y representa, no plano, uma reta, ou seja: p mx y   (33) onde tgα m  é coeficiente angular da reta, isto é, a tangente do ângulo que a mesma forma com a direção horizontal (paralela ao eixo x), e p é o coeficiente linear, sendo igual à ordenada do ponto onde a reta corta o eixo y. Por esta convenção teremos sempre 0   < 180º.
  • 45. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 40 Analisemos então algumas situações mostradas na figura 1.6. São evidentes as seguintes propriedades: 1ª) Se  é agudo, então m é positivo, pois a tangente de um ângulo é sempre positiva no 1º quadrante. 2ª) Se  é obtuso, então m é negativo, pois a tangente de uma ângulo do 2º quadrante é negativa. 3ª) Se  é nulo, então m é nulo, pois a tg de 0 é nula e, neste caso, a equação da reta se reduz a constante  y , uma vez que ela é paralela ao eixo x. 4ª) Se  é reto, então m não é definido, pois    º 90 tg , e neste caso a equação da reta tem a forma constante  x , uma vez que ela é paralela ao eixo y. º 90     x y 0  é um ângulo agudo   º 90 0   x y 0  é um ângulo obtuso   º 180 º 90   x y 0 x y 0  é um ângulo reto   º 90   0   Fig. 1.6 É também oportuno, baseados no que se viu até então, listarmos algumas situações na figura 1.7, lembrando que, se p = 0, a reta passa pela origem, e sua equação é da forma y = mx.
  • 46. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 41 x y 0   0 e 0 2   p m R    p   0 e 0 3   p m R   0 e 0 1   p m R      0 e 0 4   p m R   0 e 0 5   p m R   0 e 0 6   p m R Fig. 1.7 Exemplo 1.10 Representar graficamente as seguintes retas: a) 1 R : 1 2   x y b) 2 R : 1 2    x y c) 3 R : x y 2  d) 4 R : 4  y e) 5 R : 5  x Solução: As representações das retas 4 R e 5 R são imediatas. Entretanto, para as retas 1 R , 2 R e 3 R vamos construir as tabelas a seguir onde os valores assumidos para x, ao serem substituídos nas equações conduzem aos valores de y correspondentes. Bastaria um par de pontos para determinar cada reta, uma vez que, por dois pontos do plano passa tão somente uma reta ou, em outras
  • 47. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 42 palavras: dois pontos determinam uma reta. No entanto, a fim de que o estudante possa verificar, na prática, que uma equação do 1.º grau em x e y representa uma reta, optamos por eleger três pontos para cada uma delas, e concluir que, em cada caso, os três pontos estão alinhados ao longo de uma mesma direção, ou seja, pertencem a uma mesma reta. 1 R 2 R 3 R X y x y x y 0 1 0 1 0 0 1 3 1 2 1 1 2 2 5 2 0 2 4 x y 0 1 2 3 4 5 1 R 2 1 1 2 3 4 5 2 R 3 R 5 R 4 R Fig. 1.8 Exemplo 1.11 Uma firma de projeto A cobra R$ 1000,00 fixos mais R$ 600,00 por dia de trabalho e uma firma B cobra R$ 400,00 fixos mais R$ 800,00 por dia.
  • 48. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 43 a) Representar em um mesmo diagrama cartesiano os custos dos serviços de ambas as empresas. b) Estabelecer um critério para a escolha da melhor firma pelo usuário, sob o ponto de vista financeiro, admitindo que, hipoteticamente, ambas tenham a mesma competência. Solução: a) Do enunciado vem que: Custo de A:     1000,00 R$ 600,00/dia R$   d CA Custo de B:     400,00 R$ 800,00/dia R$   d CB em que A C e B C representam, respectivamente, os custos dos serviços das empresas e d os dias trabalhados. Temos então as seguintes correspondências: d x  C y  Tratam-se, portanto, das equações de duas retas e a reta A começa em um ponto de ordenada mais baixa (pA = 400) e a reta B em um ponto de ordenada mais alta (pB = 1000). No entanto, o coeficiente angular de B (mB = 800) é maior do que o coeficiente angular de A (mA = 600). Isto significa que tgB > tgA , ou seja B > A , e as retas vão se interceptar. Determinemos pois as coordenadas do ponto de intersecção:              400,00 R$ 800,00/dia R$ R$1000,00 600,00/dia R$ d d C C B A         d d 600,00/dia R$ 800,00/dia R$ 400,00 R$ 1000,00 R$     d 200,00/dia R$ 600,00 R$ 2800,00 R$ dias 3     B A C C d Lembrando também que para 0  d temos 1000,00 R$  A C e 400,00 R$  B C podemos traçar as retas de custos. Assim sendo:
  • 49. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 44 0 1 2 3   dias d 2800,00 R$   custos , B A C C 1000,00 R$ 400,00 R$ A B Fig. 1.9 b) Uma rápida análise dos gráficos nos conduzem às seguintes conclusões: 1.ª) d < 3 dias  B é mais econômica. 2.ª) d = 3 dias  o custo é o mesmo. 3.ª) d > 3 dias  A é mais econômica. 1.11 Noção de Aplicação Dados dois conjuntos A e B, denominamos aplicação de A em B a toda correspondência em que a cada elemento x  A temos associado um único y  B.
  • 50. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 45 Por exemplo: dados os conjuntos A = {5, 6, 7, 8} e B = {g, h, i, j, l} vamos apresentar a seguir algumas aplicações de A em B: 8 7 6 5 8 7 6 5 8 7 6 5 h g i l j h g i l j h g i l (b) (a) (c) Fig. 1.10 A flecha indica a correspondência entre os elementos de A e B. Na parte (a), a aplicação é o conjunto de pares ordenados. {(5, g), (6, h), (7, i), (8, j)} na parte (b) {(5, g), (6, i), (7, j), (8, l)} e na parte (c) {(5, g), (6, g), (7, i), (8, l)}. Devemos ressaltar que cada elemento de A é unido pela flecha a um só elemento de B. Assim sendo, do mesmo elemento x  A não podem partir duas ou mais flechas. Deste modo a correspondência
  • 51. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 46 8 7 6 5 j h g i l Fig. 1.11 não é uma aplicação. O conjunto A é denominado domínio da aplicação e o elemento y, correspondente de x, é denominado imagem de x. No exemplo (a) da figura 1.9 temos. Elemento de A Imagem 5  g 6  h 7  i 8  j O conjunto das imagens de uma aplicação f de A em B denomina-se imagem da aplicação e será representado por f(A). Devemos notar que f(A) é uma sucessão, ou seja, um conjunto ordenado. Para o exemplo (a) da figura 1.9 temos:     j i h g A , , ,  f e não        incorreta ordem , , , i j g h 1.12 Exercícios Propostos 1) Calcular as seguintes expressões: a)     12 5    b)     7 , 0 7 , 3    c)     28 , 0 72 , 1    d)             3 5 2 4 7 2           
  • 52. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 47 e)             7 5 1 2 6 9            2) Calcular as seguintes expressões: a)     2 4    b)     4 10    c)     3 9    d)     5 7    e)     2 6    3) Calcular as seguintes expressões: a)     5 4    b)     5 4    c)     1 2    d)           5 2 3 1 4          e)           5 4 1 3 2          4) Calcular as seguintes expressões: a)     3 12    b)     3 15    c)     4 36    d)     6 42    e)     9 81    5) Calcular as seguintes potências: a)  5 2  b)  3 3  c)  3 2  d)  3 7  e)  4 10  6) Calcular os valores algébricos das seguintes raízes:
  • 53. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 48 a) 4 625 b) 3 8 c) 4 81 d) 3 27  e) 5 32 7) Efetuar os seguintes produtos notáveis: a)  2 3 4 3 5 2 m b y m  b) 2 5 2 4 3 3 2        x a c)    2 5 2 5 a a   8) Resolver as seguintes equações do 1.º grau: a) 5 2  x b)       2 2 1 3 2 4 3 5       z z z c) y y    5 5 2 6 9) Resolver as seguintes equações do 2.º grau: a) 0 15 8 2    z z b) 0 1 5 6 1 2      z z c)   6 7 1   z z d) 0 4 4 2    z z e) 0 3 1 2    z z 10) Calcular 13 a na progressão aritmética : 1 , 5 , 9 ,  11) Calcular 1 a em uma progressão aritmética, sabendo-se que 4  r e 31 8  a . 12) Somar os 15 primeiros termos da progressão aritmética : 3 , 2 7 , 4 , 
  • 54. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 49 13) Quantas vezes bate um relógio em 24 horas, admitindo-se que apenas bata as horas? 14) Calcular o 5.º e 8.º termos da progressão geométrica :: 2 , 4,  15) Em uma progressão geométrica, sabemos que 128 4  a e 4  q . Achar 1 a . 16) Sendo x e y positivos, calcular os limites das expressões a seguir quando o número de radicais cresce indefinidamente. a)  x x x x b)  y x y x c)  x x x x    1.13 Respostas dos Exercícios Propostos 1) a) 7  ; b) 0 , 3  ; c) 44 , 1  ; d) 1  e) 2  2) a) 2  ; b) 6  ; c) 12  ; d) 2  e) 8  3) a) 20  ; b) 20  ; c) 2  ; d) 120  e) 120  4) a) 4  ; b) 5  ; c) 9  ; d) 7  ; e) 9  5) a) 32  ; b) 27  ; c) 8  ; d) 343  ; e) 000 . 10  6) a) 5  ; b) 2  ; c) 3  ; d) 3  ; e) 2  7) a) 2 6 4 4 3 8 6 25 20 4 m b y m b y m   b) 10 5 2 4 16 9 9 4 x x a a   c) 2 2 25 a  8) a) 10  x ; b) 4  z ; c) 5  y 9) a) 3 1  z ; 5 2  z b) 3 1  x ; 2 2  x c) 7 1  y ; 6 2   y d) z = 2 e) Não admite raízes no conjunto dos números reais. Voltaremos a esse assunto após estudar a seção 1.14 (suas raízes são: 6 3 2 1 1 j    z ; 6 3 2 1 2 j    z ).
  • 55. Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Emerson F. A. Couto 50 10) 49 13  a 11) 3 1  a 12) 2 195 15  S 13) 156 14) 32 5  a ; 256 8  a 15) 2 1  a 16) a) x; b) 3 2 3 1 3 2 y x y x  c) 2 4 1 1 x  
  • 56. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 47 Apostila de Matemática Básica Assunto: MATEMÁTICA BÁSICA Coleção Fundamental - volume 3/8 Autor: Prof. Emerson F. A. Couto
  • 57. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 48 1.14 Números Complexos 1.14.1 Introdução (a) Do mesmo modo que a generalização da noção de raiz de índice qualquer para um número po- sitivo exigiu a introdução do conceito de número irracional (p.ex.:  414 , 1 2  ,  732 , 1 3  ), tam- bém a impossibilidade da determinação de raízes de índice par de um número negativo levou à no- ção de número imaginário. (b) Os números positivos e negativos recebem, em conjunto, o nome de números reais. Em contrapartida, denomina-se número imaginário ou número complexo à toda ex- pressão de forma x + jy 1, na qual x e y são números reais e 1   j é a unidade imaginária. (c) Conforme já vimos na subseção 1.6.2, as raízes de uma equação do 2º grau, az 2 + bz + c = 0 são dadas pela conhecida fórmula a ac b b z 2 4 2     . (12) Obtemos, então duas raízes reais e desiguais quando o discriminante é positivo e uma ra- iz real dupla se ele for nulo. Quando o discriminante é negativo, a fórmula (12) não conduz a nenhuma raiz real e o trinômio az 2 + bz + c = 0 é sempre diferente de zero qualquer que seja o valor real que se atribua à z. Por exemplo, se tentarmos resolver a equação z 2 + 4z + 1 3 = 0 que já havia sido abordada no Exemplo 2, item c, somos conduzidos a: 2 36 4 1 2 13 1 4 4 4 2            z que não representa nenhum número real. Por outro lado, se operarmos normalmente como se 1  fosse um número, teremos: 1 Os matemáticos usam i no lugar do j e os eletricistas preferem a letra j minúscula normal, já que estes últimos usam a letra i para representar a corrente. No entanto, na Unidade 3, Matrizes, é quase que universal a notação ij a para repre- sentar o elemento genérico. Assim sendo optamos por j minúscula em negrita e itálica para representar a unidade imagi- nária.
  • 58. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 49   1 3 2 2 1 6 4 2 1 36 4             z ou seja 1 3 2 1     z e 1 3 2 1     z Vamos substituir tais “números” na equação original a fim de verificar se eles são real- mente raízes. Ao procedermos desta forma devemos encarar o símbolo 1  como se ele fosse mesmo um número em especial, lembrando inclusive que o seu quadrado é:   1 1 2    . Temos então:       0 13 1 12 8 9 1 12 4 13 1 3 2 4 1 3 2 13 4 2 1 2 1                      z z e       0 13 1 12 8 9 1 12 4 13 1 3 2 4 1 3 2 13 4 2 2 2 2                      z z A partir de tais considerações conclui-se ser possível resolver a equação do 2º grau mesmo quando temos 0 4 2   ac b , se operarmos com o símbolo 1   j como se fosse um nú- mero. Conforme já mencionado ele deve ter a propriedade de que 1 2   j , e deve operar ao lado dos números reais com as mesmas leis que regem formalmente tais números. Temos então os núme- ros complexos da forma y x j  onde, conforme já mencionado, x e y são reais e 1   j , tais co- mo: 6 4 j  , 2 3 1 j  , 9 4 3 j  , 7 3 2 j   onde o novo elemento 1   j é denominado unidade imaginária. Utilizando tal notação, as raízes da equação que acabamos de resolver assumem as for- mas seguintes: 3 2 1 j    z e
  • 59. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 50 3 2 2 j    z e no final da subseção 1.14.3 veremos por que tais raízes constituem um par complexo conjugado. Temos então de forma geral: y x z j   (34) onde as grandezas reais x e y são denominadas as partes real e imaginária de z, respectivamente. Podemos, inclusive, usar as notações ) Re(z e ) Im(z para representar tais partes, ou seja: ) Re(z x  (35) e ) Im(z y  (36) Em particular quando 0  x temos a expressão y j que será denominada número imagi- nário puro ou simplesmente imaginário, reservando-se o nome número complexo para o caso geral. Quando y = 0 o número complexo reduz-se à sua parte real x. (d) Uma vez que os números complexos não pertencem ao corpo dos números reais, alguns “desa- visados de plantão” podem pensar que tais soluções são meramente fictícias e não representam ne- nhum fenômeno físico real. Para estes é bom mencionar que a corrente alternada que chega às in- dústrias, hospitais e residências, é representada por funções senoidais ou cossenoidais, que têm a mesma representação gráfica a menos de uma defasagem de 90º. Acontece que o equacionamento de circuitos elétricos sob excitação harmônica (senoidal) é bem mais simples no domínio da fre- qüência, no qual a solução para a corrente é dada por um “fasor” I  , que é um número complexo. A fim de relacionarmos o domínio da freqüência com o domínio do tempo é utilizada a relação     t e I t i   j  Re i m I m I  0 t        corrente alternada Fig. 1.12 que é bem conhecida do pessoal da área da Eletricidade. Ora, a corrente alternada senoidal do tipo         t I t i m cos tem existência física real (qualquer dúvida é só tocar com um dedo no terminal da fase de uma tomada energizada!). Assim sendo, as soluções complexas ou imaginárias (sendo este último termo um tanto impróprio pois pode levar à conclusões erradas) estão bem longe de se-
  • 60. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 51 rem fictícias sendo, é bem verdade, artifícios engenhosos, nascidos no problema primordial de lidar com raízes de índices pares de números negativos. Exemplo 1.12 Determine x  R para que o número complexo   7 7 5 2 j   x x seja imaginário puro. Solução: Para ele ser um número imaginário puro devemos ter parte real nula, ou seja:                  5 7 0 0 7 5 0 7 5 2 x ou x x x x x 1.14.2 Potências de j As potências sucessivas de j reproduzem-se periodicamente de quatro em quatro, ou seja: 1 0   j j j  1   1 1 2 2     j j j j j    . 2 3    1 1 1 . 2 2 4       j j j    j j j j j      1 . 3 2 5    1 . 2 3 3 6        j j j j j j    j j j j j       1 . 4 3 7    1 1 1 . 4 4 8       j j j    j j j j j     1 . 5 4 9 ......................................................... Podemos escrever em geral:
  • 61. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 52   1 4 4   p p j j   j j j j    p p 4 1 4   1 2 4 2 4     j j j p p   j j j j     3 4 3 4 p p Regra geral: para determinar o valor de uma potência de j qualquer, basta dividir o expoente da potência por 4 e elevar j à potência determinada pelo resto da divisão. Exemplo 1.13 Efetuar as seguintes potências: a) 7 j ; b) 513 j ; c) 1998 j ; d) 500 j Solução: a) 7 4  j j j    3 7 3 1 b) ' ' ' 3 1 5 4  j j  513 11 128 33 1 c) ' ' ' ' 8 9 9 1 4  1 2 1998    j j 39 499 38 2 d) ' ' ' 0 0 5 4  1 j j 0 500   10 125 20 0 1.14.3 Representações e Formas de um Número Complexo: a) Representações: Um número complexo pode ser geometricamente representado por um ponto no pla- no complexo ou plano de Argand-Gauss, conforme mostrado a seguir:
  • 62. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 53 y x z j   ) ( imaginário Eixo y ) ( real Eixo x x y 0 Complexo Plano Fig. 1.13 Uma representação geométrica equivalente, conforme na próxima figura, é feita por um segmento orientado, da origem ao ponto y x z j   . y x z j   ) ( imaginário Eixo y ) ( real Eixo x x y 0 Fig. 1.14 Assim a adição ou subtração de duas grandezas complexas pode ser realizada grafi- camente, conforme ilustração nas partes (a) e (b) da figura 1.15, por meio das regras comumente usadas para a adição e subtração de vetores, já que tanto as grandezas complexas quanto os vetores podem ser representados por intermédio de segmentos orientados. Na figura 1.16 o símbolo | z | significa o comprimento do segmento orientado que re- presenta z, ou seja, é a distância da origem até o ponto representado pelo complexo z, e é denomi- nado módulo, norma ou valor absoluto de z.
  • 63. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 54 ) ( imaginário Eixo y ) ( real Eixo x 0 2 1 z z  2 z 1 z ) ( imaginário Eixo y ) ( real Eixo x 0 2 z 1 z 2 1 z z  2 z  Fig. 1.15 O ângulo do segmento orientado, medido positivamente no sentido anti-horário e ne- gativamente no sentido horário, a partir do semi-eixo real positivo, é notado por  ou arg z, sendo chamado de ângulo polar, argumento ou fase de z. y x z j   ) ( imaginário Eixo y ) ( real Eixo x x y 0 z  Fig. 1.16 Da última figura depreende-se que: z z x    cos (37) z z y    sen (38) 2 2 y x z   (39)        x y arc tg θ (40) Observações: (1ª) Nos livros de origem americana encontra-se, muitas vezes, a notação 1 tg ao invés de
  • 64. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 55 arc tg para a função inversa da tangente. Isto também ocorre nas calculadoras eletrônicas. (2ª) Para um dado 0  z , o ângulo (argumento)  é determinado a menos de múltiplos in- teiros de 360º ( rad 2 ), ou seja, º 360 0 k     ; 0  k , 1  , 2  . . . ou rad 2 0      k ; 0  k , 1  , 2  . . . O valor de  que existe no intervalo   rad rad º 180 º 180           é chamado de valor principal do argumento de z, e notado por 0  nas equações acima. Na prática, salvo observação em contrário, estaremos sempre trabalhando com o argumento principal. Face às orientações de ângulos já mencionadas e levando-se em conta os inter- valos entre os limites º 180  e 180º, teremos: - ângulos no 1º e 2º quadrantes   º 180 0    serão sempre positivos e orientados no sentido anti-horário a partir do semi-eixo real positivo. - ângulos no 3º e 4º quadrantes   0 180     serão sempre negativos e orientados no sentido horário a partir do semi-eixo real positivo. (3ª) Levando em conta tais convenções e limites, concluímos que quando z for um número real negativo o seu argumento principal será   º 180 rad  ao invés de   180 rad    , uma vez que o valor º 180  não está incluído no intervalo º 180 º 180     .
  • 65. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 56 b) As Fórmulas de Euler e suas decorrências: Antes de passarmos às diversas formas de um número complexo vamos instituir as fórmulas de Euler, que são de importância capital para o prosseguimento de nosso estudo. Admitindo que uma função   x F pode ser representada por uma série de potências de x, essa série deve ser da forma de McLaurin,                                 0 ! 1 0 ! 3 0 ! 2 0 0 1 1 3 2 n n F n x F x F x F x F x F em que a função e todas as suas derivadas existem para 0  x . Desenvolvendo  sen ,  cos e  j e em potências de  pela série de McLaruin temos:            ! 7 ! 5 ! 3 sen 7 5 3           ! 6 ! 4 ! 2 1 cos 6 4 2                   ! 7 ! 6 ! 5 ! 4 ! 3 ! 2 1 7 6 5 4 3 2 j j j j j e Reagrupando os termos de  j e , temos:                                       sen cos ! 7 ! 5 ! 3 ! 6 ! 4 ! 2 1 7 5 3 6 4 2 j j j   e . Assim sendo temos:      sen cos j j e (41) e       sen cos j j e (42) conhecidas como fórmula de Euler, bem como suas decorrências: 2 cos       j j e e (43) 2 sen j j j       e e (44)
  • 66. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 57 que são de grande utilidade no trato com os números complexos de um modo geral. c) Formas c.1) Cartesiana ou Retangular É a que já foi apresentada no início da presente seção, na equação (34), ou seja: y x z j   . (34) c.2) Trigonométrica Substituindo (37) e (38) em (34) temos:       sen cos z z y x z j j o que implica em       sen cos j z z (45) que é forma trigonométrica. c.3) Exponencial ou de Euler Pela equações (41) e (45) temos que:   j e z z (46) que é a forma exponencial ou de Euler. c.4) Polar ou de Steinmetz A equação (46) pode também ser colocada na forma polar ou de Steinmetz:   z z (47) Na realidade o símbolo  é, simplesmente, uma notação abreviada para  j e , muito utilizada pelas pessoas da área de Eletricidade em geral.
  • 67. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 58 É importante notar que uma interpretação correta do fator  j e necessita que o ângulo  seja expresso em radianos. Na prática, o ângulo é muitas vezes apresentado em graus (lembrar que 1 grau = 1º 180   radiano 180   rad), mas toda vez que houver chance de confusão no emprego das equações (41) a (47), o ângulo  deverá ser convertido de graus para radianos. A notação  j e com  expresso em graus é, normalmente, considerada uma prática inadequada, mas escrever  com  em graus é bastante usual. Observações: 1ª) Ao passarmos um complexo da forma retangular (cartesiana) para a forma polar, devemos utili- zar as equações (39) e (40). Acontece que quando esta última equação é utilizada, a determinação do quadrante onde se situa o complexo y x z j   pode ser feita pela inspeção dos sinais de x e y, a não ser que a calculadora em uso já tenha as rotinas REC  POL e POL  REC, que já fazem as transformações diretamente. 2ª) Cumpre ressaltar que no caso da transformação acima citada, as calculadoras científicas mais sofisticadas fornecem diretamente z e 0  (argumento principal), seguindo para este último as re- gras de orientação de ângulos já descritas na 2ª observação da subseção 1.14.3.a: - ângulos no 1º e 2º quadrantes ( º 180 0    ou rad 0     ) sempre positivos, e orientados no sentido anti-horário a partir do semi-eixo real positivo. - Ângulos no 3º e 4º quadrantes ( 0 º 180     ou 0 rad      ) sempre negativos, e orienta- dos no sentido horário a partir do semi-eixo real positivo. Exemplo 1.14 Exprimir cada um dos seguintes números complexos na forma polar: a) 4 20  j e ; b) 3 2 10   j e ; c) 6 5 2  j e Solução: a) 20 20 4   j e 4  20   45 b) 10 10 3 2    j e 3 2  10   120 c) 2 2 6 5   j e 6 5 2   150
  • 68. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 59 Exemplo 1.15 Passar os seguintes números complexos da forma polar para a forma retangular: a) 0 , 53  160 b) 050 , 0   20 c) 156 , 0  170 Observação: se a sua calculadora tem as rotinas RET  POL e POL  RET você pode e deve fazer as transformações diretamente, e depois voltar à forma original a fim de checar seus resulta- dos. Solução: Pelas equações (34), (37) e (38) temos que: a) 0 , 53  160 1 , 18 8 , 49 º 160 sen 0 , 53 º 160 cos 0 , 53 j j      b) 050 , 0   20     017 , 0 047 , 0 º 20 sen 050 , 0 º 20 cos 050 , 0 j j       c) 156 , 0  170     027 , 0 154 , 0 º 170 sen 156 , 0 º 170 cos 156 , 0 j j      Exemplo 1.16 Converter os seguintes números complexos da forma retangular para a polar: a) 4 3 j  b) 4 3 j   c) 4 3 j   Solução: Se a sua calculadora não possuir as rotinas REC  POL e POL  REC, você deve tomar cuidado com os sinais das partes real e imaginária dos complexos, a fim de identificar com acerto o quadrante onde estão situados os números. A figura seguinte é de grande utilidade.
  • 69. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 60 x y 0 4  3  2  1  4 3 2 1 4 3 3 j    z 4 3 1 j   z 4 3 2 j    z 3 2 1 1  2  3  5 5 5 3  2  1    Fig. 1.17 a) Pelas equações (39) e (40) temos que: 3 4 tg arc 5 4 3 1 2 2 1      z A tangente é positiva no 1º e 3º quadrantes. Uma vez que 0  x e 0  y , 1  pertence ao 1º qua- drante (vide figura 1.17). º 1 , 53 1   Temos então:  1 z  1 , 53 b)   5 4 3 2 2 2     z 3 4 tg arc 2   
  • 70. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 61 A tangente é negativa no 2º e 4º quadrantes. Sendo 0  x e 0  y , 2  pertence ao 2º quadrante. Da figura 1.16 temos, em módulo, 3 4 tg   donde º 1 , 53   e º 9 , 126 º 1 , 53 º 180 2     . Então, 5 2  z  9 , 126 c)     5 4 3 2 2 3      z 3 4 tg arc 3     Temos 0  x e 0  y , logo 3  é do 3º quadrante. Da mesma figura tiramos: 3 4 tg   logo º 1 , 53   e º 1 , 233 º 180 3      o que implica em 5 3  z  1 , 233 , que não é uma forma usual, visto que o argumento principal deve estar entre os valores º 180 º 180     , o que nos leva então a escrever 5 3  z   9 , 126 (que é a resposta da calculadora CASIO fx-82LB). Vamos a seguir apresentar as rotinas de operações para as transformações RET  POL e POL  RET para duas minicalculadoras usuais no mercado 1.º) CASIO fx-82LB a) RET  POL: (convocamos a transformação para polares  r )
  • 71. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 62 x a y b F 2nd a |z| b  b) POL  RET: |z| a  b F 2nd b x b y 2.º) CASIO fx-6300 G a) RET  POL: SHIFT  x SHIFT ( y ) EXE |z| ALFA ) EXE  b) POL  RET: SHIFT  |z| SHIFT (  ) EXE x ALFA ) EXE y (*) Em Português  Retangular (RET) Em Inglês  Rectangular (REC) c.5) Algumas Formas Polares Especiais As equações (41), (46) e (47) conduzem a uma nova interpretação para o número imaginário puro j, anteriormente definido como sendo 1   j ou 1   2 j . Se 2    rad nas refe- ridas equações, j j   2 e , de modo que j é um número complexo com módulo unitário e fase igual a 90º, ou seja: 1 2   π e j j  90 (48) por outro lado, 1 1 2 2        j j j j j e  90 (49) entradas saída entradas (convocamos a transformação para retangular  xy) saída convocamos a transformação POL ( convocamos a , entradas saída convocamos J convocamos a transformação REC* ( convocamos a , entradas convocamos J saída
  • 72. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 63 Finalmente, 1 1  0 (50) e 1 1   180 (51) x y 0 1  j  j 1  1 1 º 90  º 90 º 180 Fig. 1.18 c-6) Complexo Conjugado: O complexo conjugado de y x z j   é definido, na forma retangular, por 2 : y x z j   * (52) e tem a mesma parte real que o complexo z, porém, a parte imaginária é simétrica. 2 Alguns autores preferem usar z ao invés de * z para representar o complexo conjugado porém, na área da Eletricida- de a notação * z é uma unanimidade.
  • 73. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 64 y x z j   imaginário Eixo ) ( real Eixo x x y 0 y  y x z j   *    Fig. 1.19 Pela definição de módulo,   z y x y x z       2 2 2 2 * e da definição de fase fica claro que o ângulo de fase é simétrico. Assim sendo, temos também que:    j e z z* (53) z z  *   (54)   z z  * * (55)  Ilustração 1.17 a) 4 3 4 3 * 1 1 j j      z z b) 3 3 10 10 * 2 2       j j e z e z c) 5 3  z  30 5 * 3   z  30 d) 2 4  z  2 * 4  z
  • 74. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 65 Fica agora fácil entender que as raízes 3 2 1 j    z e 3 2 2 j    z da equação resolvida na subseção 1.14.1 constituem um par complexo conjugado. 1.14.4 Operações com Números Complexos a) Igualdade: Dois números complexos 1 1 1 1 1 1 z e z y x z      j j 1  e 2 2 2 2 2 2 z e z y x z      j j 2  são iguais se, e somente se 2 1 x x  e 2 1 y y  ou, equivalentemente, 2 1 z z  e 2 1    . b) Adição e Subtração: A adição e a subtração são facilmente efetuadas se os números estiverem na forma retangular, em- bora as calculadoras mais sofisticadas (HP48GX por exemplo) sejam capazes de efetuarem tais ope- rações quer os números estejam na forma polar ou na retangular, e ainda darem a opção de obter o resultado final em uma forma ou outra. Na forma retangular,         2 1 2 1 2 2 1 1 2 2 1 1 2 1 y y x x y x y x y x y x z z               j j j j j e         2 1 2 1 2 2 1 1 2 2 1 1 2 1 y y x x y x y x y x y x z z               j j j j j ou seja,     2 1 2 1 2 1 y y x x z z      j (56) e     2 1 2 1 2 1 y y x x z z      j (57) A figura 1.20, logo a seguir, ilustra as operações realizadas graficamente. Na parte (b) da mesma é fácil verificar que 1 2 2 1 z z z z    é a distância entre os pontos do plano complexo definidos, respectivamente, pelos complexos 1 z e 2 z . A partir das equações (56) e (57) decorre então que:
  • 75. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 66     x y x y x z z 2 *       j j e     y y x y x z z 2 * j j j       ilustradas na figura 1.21, x y 0 2 1 y y  1 y 2 y 2 1 x x  2 x 1 x 1 z 2 z 2 1 z z  x y 0 1 y 2 y 2 1 x x  1 z 2 z 2 1 z z  2 1 z z  2 1 z z  2 z  (a) (b) Fig. 1.20 ou seja,   z x z z Re 2 2 *    (58a)  2 * z z x   (58b) e   z y z z Im 2 2 * j j    (59a)  2 * j z z x   (59b) Temos também que:           2 2 1 1 2 1 2 1 * 2 1 y x y x y y x x z z j j j          ou seja:   * 2 * 1 * 2 1 z z z z    (60)
  • 76. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 67 o que significa que o conjugado da soma é a soma dos conjugados. Similarmente, é fácil também mostrar que   * 2 * 1 * 2 1 z z z z    (61) x y 0 y y  x x 2 y x z j   y x z j   * x y 0 y y  x x  y x z j   y x z j   * y 2 * z  (a) (b) Fig. 1.21 Exemplo 1.17 Somar os complexos a seguir tanto de forma analítica quanto gráfica, e comparar os resultados. a) 3 2 1 j   z e 4 3 2 j   z b) 2 3  z  30 e 5 4  z  70 Solução: a)     j j        5 4 3 3 2 2 1 z z = 5,1   3 , 11
  • 77. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 68 x y 0 1  2  2 1 2 z 1 z 2 1 z z  3  3 4  4 5 2 1 3 1 , 5 º 3 , 11  Valores obtidos do gráfico Fig. 1.22
  • 78. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 64 Apostila de Matemática Básica Assunto: MATEMÁTICA BÁSICA Coleção Fundamental - volume 1/8 Autor: Prof. Emerson F. A. Couto
  • 79. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 65 Passando inicialmente os números para a forma retangular,     698 , 5 442 , 3 698 , 4 000 , 1 710 , 1 732 , 1 698 , 4 710 , 1 º 70 sen 5 º 70 cos 5 000 , 1 732 , 1 º 30 sen 2 º 30 cos 2 4 3 4 3 j j j j j j                 z z z z Temos também que:     º 9 , 58 442 , 3 698 , 5 tg arc θ 657 , 6 698 , 5 442 , 3 2 2 4 3             z z x y 0 3 z 4 z 4 3 z z  5 2 º 30 º 70    gráfico do obtidos Valores 6,7 59º Fig. 1.23 Exemplo 1.18 Resolva a equação 2 1 θ   j e para       e verifique a solução geometricamente3 Solução: Temos que: 2 1 θ   j e (*) onde      sen cos θ 1 j j e z e 1 2  z 3 A verificação geométrica da solução talvez seja melhor apreciada após o estudo da subseção 1.14.6.
  • 80. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 66 donde,                                      2 sen 1 cos 2 cos 2 sen 1 cos 2 sen 1 cos 2 sen 1 cos 2 1 sen cos 2 2 2 2 2 2 j j =1                   rad 0 0 cos 0 cos 2 2 cos 2 2 Substituindo na equação (*), verificamos que somente o valor rad    é compatível. A verificação gráfica é imediata, visto que 2 1 z z  é a distância entre os pontos definidos pelos complexos 1 z e 2 z . Sendo θ 1 j e z  , temos que 1 1  z , e o lugar geométrico representado por 1 z , quando  varia ao longo do intervalo       , é uma circunferência de raio unitário centrada na origem. Sendo 1 2  z , a situação é a representada na figura a seguir: x y 0 1 2  z   j e z1 2 1 z z   1 Fig. 1.24 É fácil verificar que teremos 2 2 1   z z quando  assumir o valor rad  .
  • 81. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 67 b) Multiplicação A multiplicação de grandezas na forma retangular é dada por:        1 2 2 1 2 1 2 2 1 2 2 1 1 2 1 . . y x y x y y x x y x y x z z        j j j j Lembramos que 1 2   j segue-se que:     1 2 2 1 2 1 2 1 2 1. y x y x y y x x z z     j (62) Já na forma exponencial,   2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 . .        j j j e z z e z e z z z o que nos permite então escrever: 2 1      2 1 2 1 2 1 2 1 . z z e z z z z      j (63) Conclusões: 1.ª) Da equação (63) temos que: 2 1 2 1 . . z z z z  (64) e 2 1 . 2 1      z z (65) 2.ª) Para     j j e z y x z e      j j e z y x z* vale então estabelecer a seguinte equação:     j j e z e z z z . . * ou seja, 2 * . z z z  (66) 3.ª) Também não é difícil mostrar que   * 2 * 1 * 2 1 z z z z  (67)
  • 82. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 68 Exemplo 1.19 Multiplicar os seguintes números complexos: a) 3 2 1 j   z e 3 1 2 j    z b) 3 5 3   j e z e 6 2 4    j e z c) 2 5  z  30 e 5 6  z  45 Solução: a)    9 7 3 1 3 2 . 2 1 j j j       z z b)    6 6 3 10 2 5 . 4 3       j j j e e e z z c) 2 . 6 5  z z  30  5  45  10   15 Exemplo 1.20 Passar o número complexo 6 5 2   j e para as formas polar e cartesiana. Solução: Este é uma excelente exemplo, pois, lembrando a forma exponencial de um complexo,   j e z z , parece que estamos diante de um absurdo, qual seja um numero com módulo negativo. Acontece que aí não existe módulo negativo, mas sim uma “multiplicação implícita”, conforme veremos a seguir: 2 2 6 5     j e 6 5 2   º 150    2 1   º 150 1  º 180 2 º 150  2  º 330 2  º 30                     º 180 º 180 ter devemos pois usual é não que é a forma polar. A forma cartesiana é facilmente obtida à partir da forma polar, ou seja: 2  z º 30          º 30 sen 2 º 30 cos 2 j
  • 83. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 69 000 , 1 732 , 1 j   Observação: As calculadoras eletrônicas estão em um estágio de desenvolvimento tão elevado que, aquelas que tem as rotinas RET  POL e POL  RET, assimilariam a transformação 2  º 150 diretamente para a forma cartesiana, pois, quando se entra com 2   z , o software da calculadora entende que isto não é simplesmente módulo, e que existe uma multiplicação implícita. Está duvidando? Pois então pegue uma e execute a operação! d) Divisão A divisão de duas grandezas complexas, 2 1 3 z z z  , é definida como 3 2 1 .z z z  se 0 2  z . Em coordenadas retangulares temos:                         2 2 2 2 2 2 1 1 2 2 1 1 2 1 y x y x y x y x y x y x z z j j j j j j onde o processo de racionalização foi efetuado utilizando-se o complexo conjugado do denomi- nador. Finalmente,                       2 2 2 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2 1 2 1 2 1 y x y x y x y x y y x x z z j (68) e na forma exponencial,   2 1 2 1 2 1 2 1 2 1        j j j e z z e z e z z z o que nos conduz a 2 1      2 1 2 1 2 1 2 1 z z e z z z z      j (69) Conclusões: 1ª) Da equação (69) concluímos que: 2 1 2 1 z z z z  (70) e
  • 84. Apostila: Matemática Básica – por Prof. Emerson F. A. Couto 70 2 1 2 1      z z . (71) 2ª) Não é difícil mostrar que * 2 * 1 * 2 1 z z z z          , sendo 0 2  z (72) 3ª) Fica então evidente que a multiplicação e a divisão de grandezas complexas são mais facilmente efetuadas na forma polar, a menos que, conforme já dito anteriormente, se tenha uma calculadora eletrônica mais sofisticada. 4ª) É importante notar que multiplicar uma grandeza complexa por 1 2    j j e  90 não altera o seu módulo, mas soma 90º ao seu ângulo de fase. Raciocinando em termos da representação por meio de segmento orientado no plano complexo, a multiplicação por j gira o segmento orientado de 90º no sentido anti-horário. De modo análogo, a multiplicação por 1 2      j j e  90 também não altera o módulo da grandeza mas, neste caso, há uma subtração de 90º na fase, ou seja, o segmento orientado é agora girado de 90º no sentido horário. 5ª) Similarmente, se multiplicarmos um número complexo por 1   j e  , não alteramos o seu módulo; apenas acrescentamos  ao seu ângulo de fase ou, em outras palavras: giramos o segmento orientado que representa o complexo de um ângulo  no sentido anti-horário. Se a multiplicação for por 1    j e   o giro será no sentido horário. 6ª) Das propriedades e definições vistas até então resultam as leis comutativa, associativa e distributiva usuais: 1 2 2 1 z z z z  (73) 1 2 2 1 z z z z    (74)     3 2 1 3 2 1 . . . . z z z z z z  (75)     3 2 1 3 2 1 z z z z z z      (76)   3 1 2 1 3 2 1 . . . z z z z z z z    (77)   3 2 3 1 3 2 1 . . . z z z z z z z    (78) Exemplo 1.21 Dividir os seguintes números complexos: