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MONSENHOR LEFEBVRE
A LUTA É NOSSA HERANÇA
Capela Nossa Senhora das Alegrias, Vitória/ES - EDIÇÃO Nº 04 - OUTUBRO 2013
www.nossasenhoradasalegrias.com.br capela@nossasenhoradasalegrias.com.br

Dai-me um exército que reze o
Rosário e vencerei o mundo.
(São Pio X)
Referiremos-nos nesta ocasião
à vitória de Lepanto. Este
triunfo deu origem à festa de
Nossa Senhora do Rosário,
que se celebra amanhã,
segunda-feira.
Em 1571, a Europa era
ameaçada pelos muçulmanos
turcos, que haviam conquistado
o Norte de África, o Oriente
Médio
e
controlavam
o
Mediterrâneo.
Espanha
e
Portugal se livraram dos
muçulmanos depois de oito
séculos de luta. Os turcos se
preparavam para invadir a
Europa e tal coisa teria sido o
fim do cristianismo.
A situação era desesperadora.
O Papa São Pio V tratou de

unificar os cristãos na defesa
militar do continente, mas
contou com pouco apoio.
Finalmente, conseguiu reunir
um exército de 20.000 soldados
e uma frota de 101 galeões e
outros barcos menores. Os
turcos, por sua parte, possuíam
a frota mais poderosa do
mundo, com 300 galeras nas
quais
havia
milhares
de
escravos cristãos que eram
usados como remadores.
Os cristãos estavam em grande
desvantagem
sendo
mais
pequena
sua frota,
mas
possuíam uma arma invencível:
o Santo Rosário. Na bandeira
da nave capitã da esquadra
cristã ondeavam a Santa Cruz
e o Santo Rosário.
Conhecendo o poder do
Rosário, São Pio V pediu a
toda Cristandade que rezasse e
jejuasse,
suplicando
a
Santíssima Virgem seu auxílio
ante aquele perigo. O Papa
ordenou, além disso, que antes
de entrar em combate, se
retirasse da armada católica
qualquer
soldado
cujo
comportamento
pudesse
ofender a Deus.
Pouco antes do amanhecer de
7 de Outubro, a frota cristã
encontrou
a
frota
turca
ancorada no porto de Lepanto,
Grécia. A frota católica se
ordenou em forma de cruz e a
frota turca, em forma de meia
lua, enquanto os fiéis em todo o
mundo dirigiam sua oração à

Santíssima Virgem, Rosário
nas mãos, para que ajudassem
aos cristãos naquela batalha
decisiva.
Em nossa frota se deu o sinal
da batalha enviada pelo Papa,
que tinha as imagens de Cristo
crucificado e da Santíssima
Virgem. Os generais cristãos
animaram
as
tropas
e
ordenaram rezar, e os soldados
cairam de joelhos diante do
crucifixo e continuaram em
fervorosa oração até que as
frotas de aproximaram. O
Almirante Dom João da Áustria
falou nestes termos aos
combatentes espanhóis:
"Filhos, para morrer viemos, ou
a vencer se o céu o dispor. Não
deis ocasião para que o inimigo
os pergunte com arrogância
ímpia - onde está o vosso
Deus? Lutai em seu santo
nome, porque mortos ou
vitoriosos, havereis de alcançar
a imortalidade".
Os turcos se lançaram sobre os
cristãos com grande rapidez,
pois um forte vento lhes era
favorável. Mas sucedeu que
este se acalmou justo ao
começar a batalha, e logo
trocou de direção, favorecendo
aos católicos. A batalha foi
terrível e sangrenta. Durou
desde às 6 da manhã até o
escurecer.
O Papa Pio V, desde o
Vaticano, não cessou de rogar
a Deus. Durante a batalha
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fizeram uma procissão do
Rosário para pedir a vitória.
Estava
conversando
com
alguns
cardeais
quando
repentinamente os deixou, ficou
algum tempo com seus olhos
fixos no céu, e disse: "Não é
hora de falar mas sim de dar
graças a Deus pela vitória que
Ele
concedeu
as
armas
cristãs". O Céu lhe havia
revelado a vitória, confirmada
pelos
mensageiros
que
chegaram dias depois.
O caráter milagroso do triunfo
de Lepanto se corrobora pelos
testemunhos dos prisioneiros
capturados na batalha: eles
testificaram que haviam visto
que Nosso Senhor Jesus
Cristo, São Pedro, São Paulo e
uma grande multidão de anjos,
espadas em mãos, lutando
contra os turcos e cegando-os
com fumo.
Na
batalha
de
Lepanto
morreram uns 30 mil turcos e
cinco mil foram tomados
prisioneiros.
Quinze
mil
escravos
cristãos
foram
encontrados encadeados nas
galeras e foram liberados. Os
muçulmanos perderam mais de
200 naves. A frota cristã sofreu
7.600 baixas e perda de 12
galeras. Deus, que em sua
justiça havia permitido que
parte das nações cristãs
caíssem baixo a opressão
turca, impulsionou aquele dia
um limite ao Islã e não permitiu
que
o
Cristianismo
desaparecesse.
Nós católicos conseguimos
neste 7 de outubro uma
milagrosa vitória que mudou o
curso da história. Com este
triunfo
se
fortaleceu
grandemente a devoção ao
Santo Rosário. Em 1569, (dois
anos antes da batalha) o
mesmo São Pio V havia fixado
a forma tradicional do Rosário,
que se manteve intacta até que
o modernista João Paulo II
ousou modificá-la.

Em agradecimento a Deus pela
vitória, o Papa Pio V instituiu a
festa de Nossa Senhora das
Vitórias, no primeiro domingo
de outubro. Às ladainhas de
Nossa Senhora acrescentou a
invocação
"Auxílio
dos
cristãos". O Papa Pio V morreu
em primeiro de maio de 1572 e
foi canonizado em 1712. Em
1573, o Papa Gregório XIII
modificou o nome da festa, pelo
de Nossa Senhora do Rosário.
São Pio X a fixou para o 7 de
Outubro e afirmou o seguinte:
"Dai-me um exército que reze o
Rosário e vencerei o mundo".
O acontecido em Lepanto pela
intercessão da Virgem e pela
reza do Rosário se repetiu em
outros enfrentamentos com os
turcos, como a batalha de
Viena, o 12 de setembro de
1683. Em agradecimento a
Nossa Senhora pela vitória, se
estabeleceu a festa do Doce
Nome de Maria. A vitória na
batalha de Temesvar, em
Rumania, o 5 de agosto de
1716, também se deve a
intercessão
da
Santíssima
Virgem Maria.
Na atualidade, nós católicos
estamos em situação similar a
da época de Lepanto. O inimigo
parece muito superior e o
câncer modernista triunfante na
Igreja desde o fatídico Vaticano
II se estende cada vez mais.
Em 29 de Janeiro de 1975,
Paulo VI, fiel aos sonhos
pacifistas e ecumenistas dos
liberais, devolveu aos turcos o
estandarte que os inimigos de
Cristo ergueram em sua nave
principal em Lepanto. Este
insigne troféu havia sido
conservado quase 400 anos
em Santa Maria Maior, como
um ex-voto de eterna gratidão a
Santíssima Virgem, protetora
da Cristandade.
E hoje, enquanto os traidores
liberais entregam a Europa aos
muçulmanos, o astuto demônio

conseguiu inocular o veneno
liberal também na FSSPX. O
Superior Geral da congregação
já entregou algumas bandeiras
aos destruidores da Igreja:
preferiu ceder em certos pontos
doutrinais ante a ameaça de
uma nova excomunhão, e
segue disposto a colocar a
tradição baixo o poder os
liberais, como prova de seu
diplomático silêncio ante os
constantes escândalos do Papa
Francisco e da seita conciliar.
Estimados fiéis: ainda que a
situação seja terrível, tenhamos
confiança porque a vitória
absoluta de Cristo é certa,
indubitável, inevitável: é uma
verdade revelada pelo mesmo
Deus. Nós, façamos a nossa
parte: "aos católicos toca
combater e a Deus dar a
vitória", dizia Santa Joana
d'Arc: nosso dever é combater
até o final, e para isso
contamos com as armas
invencíveis de Deus: a fé
íntegra, o Santo Sacrifício da
Missa e o Santo Rosário.
Dai-me um exército que reze o
Rosário e vencerei o mundo.
(São Pio X)
Padre René Trincado, dia 07 de
Outubro de 2013.

_________

Necessidade da devoção
ao Coração Imaculado de
Maria para nossa salvação
A necessidade da devoção
ao Coração Imaculado de
Maria
está
intimamente
relacionada
com
a
necessidade que temos cada
um de nós do amor e da
misericórdia de Deus. Se
algum de nós necessita do
amor e da misericórdia de
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Deus,
então
esse
necessitará da devoção a
Virgem
Santíssima.
Na
proporção
em
que
necessitemos do amor e da
misericórdia de Deus, na
mesma proporção temos a
necessidade da devoção ao
Coração
Imaculado
de
Maria.
Jesus Cristo revelou à irmã
Lúcia de Fátima que o último
remédio que seu Sacratíssimo
Coração daria ao mundo
mediante o qual pudera
salvar-se nestes tempos de
apostasia, eram duas coisas:
a oração do Rosário e a
Devoção
ao
Coração
Imaculado de Maria, que
consiste, essencialmente, em
sua reparação. E por quê?
Porque a Virgem Santíssima
tem
a
economia
da
misericórdia e do amor de
Deus sobre a terra, como
dispensadora Universal de
todas as graças. Ela tem a
missão do Espírito Santo
sobre a terra. E do mesmo
modo que "todo pecado
cometido contra o Espírito
Santo não será perdoado
nunca, nem nesta vida nem
na outra", como nos dissera
Nosso
Senhor
muito
claramente
nos
Santos
Evangelhos,
também
se
poderá dizer o mesmo com
respeito
da
Santíssima
Virgem:
"toda
ofensa
cometida contra o Coração
Imaculado de Maria não será
perdoada nem nesta vida nem
na outra", já que a Santíssima

Virgem tem toda a economia
da misericórdia e do amor de
Deus, a missão do Espírito
Santo sobre a terra.

Mas assim como os pecados
contra o Espírito Santo e
contra a Santíssima Virgem
não se pode perdoar, se
pode dizer que o contrário
tudo o alcança, quer dizer,
que tudo que se faz por
amor ou pelo Coração
Imaculado da Santíssima
Virgem
Maria,
tudo
o
alcança, a misericórdia de
Deus
se
verte
superabundante sobre essa
pessoa, e o segredo para
abrir o Sagrado Coração de
Jesus.
Assim, como o castíssimo
Coração de São José é a
chave
para
acessar
o
Coração Imaculado de Maria,
ao mesmo tempo, o Coração
Imaculado de Maria é a chave
para ter acesso ao Sagrado
Coração de Jesus.
Acessa-se através de São
José diretamente aos dois
corações, ou diretamente ao
Sagrado Coração de Jesus
através
do
Coração
Imaculado
de
Maria.

Está aí sua necessidade
moral para nossa salvação.
Ninguém se salva senão
através
do
Coração
Imaculado de Maria.
Esse é o plano de Deus, essa
é sua vontade. Ele não veio a
nós e nós não poderemos ir a

Ele senão através de Maria,
do Coração Imaculado de
Maria.
Com minha benção,
Padre Rafael OSB.

Crítica da declaração
doutrinal de 15 de abril
de 2012, de Monsenhor
Fellay.
Pelo
Padre
Jordan,
superior
do
seminário Internacional
de Êcone, Suíça.
II – Deveriam ser feitas
distinções
absolutamente
necessárias sobre o magistério.
Nós
aceitamos
todo
o
magistério da Igreja até o
Vaticano II. Depois dele há um
novo magistério, e uma boa parte
dele é oposta ao magistério
anterior. Não podemos declarar
que
aceitamos
este
novo
magistério como magistério da
Igreja. “Ou bem estamos com
seus
predecessores
que
proclamaram a verdade de
sempre,
que
estão
em
concordância com a Igreja
desde os Apóstolos até Pio XII
ou estamos com o Concílio e,
então,
contra
os
predecessores
dos
Papas
atuais. Deve-se escolher, há
uma eleição para fazer. É
evidente que a Tradição se
encontra com os 250 papas
que precederam ao papa João
XXIII e ao concílio Vaticano II.
Está claro. Ou então a Igreja
sempre se equivocou. Eis aqui
a situação na qual nos
encontramos. Devemos ser
firmes, claros, decididos, e não
duvidar”. Monsenhor Lefebvre,
14 de Maio de 1989 em Vue de
haut nº13, pág. 70). Esta
Página |4
distinção é tão importante que
Bento XVI declarou sua intenção:
“Os problemas a tratar agora são
essencialmente de natureza
doutrinal, em particular aqueles
que concernem à aceitação do
Vaticano II e o magistério pósconciliar dos papas... Não se
pode congelar a autoridade do
magistério da Igreja em 1962 e
isso deve estar claro para a
Fraternidade” (10 de Março de
2009, em DC 2421, pág. 319320). Por outra parte, a
profissão de fé de 1989 sempre
foi rechaçada por nosso
fundador porque impõe a
adesão ao Vaticano II.
III, 1. Nós não podemos aceitar a
doutrina de LG III. Inclusive
compreendida a luz da Nota
Praevia, o nº22 da LG conserva
toda sua ambiguidade porque da
a entender que há na Igreja um
duplo sujeito do primado e abre
assim a porta à negação do
ensinamento do Vaticano I (DS
3054).
Monsenhor
Lefebvre
insistiu sobre este erro na
ocasião da publicação do novo
código de direito canônico de
1983 (14 de maio de 1989, Vue
de haut nº13 pág. 69-70) Este §
III, 1 não evita uma grande
ambiguidade no fato de declarar
aceitar
por
sua
vez
o
ensinamento do Vaticano I sobre
o primado do Papa e a do
Vaticano II sobre a colegialidade,
então é pelo menos seriamente
discutível que isto seja possível.
E a Santa Sé não deixará de ver
a possibilidade e inclusive o
dever de interpretar o Vaticano I
em função do Vaticano II.
Monsenhor
Lefebvre
jamais
haveria assinado as afirmações
contidas neste número. No
protocolo
de
1988
não
encontramos nenhuma alusão ao
cap. II da LG.

III,1 e 3. A tradição pode
entender-se em três sentidos (o
sujeito, o ato e o objeto) e os
modernos
jogam
com
a
ambiguidade desta pluralidade
de sentidos. Somente a tradição
no sentido do sujeito e do ato
pode ser chamada vivente, não a
Tradição no sentido do objeto.
Esta é imutável em seu
significado. Teria sido melhor
retomar as expressões de
nossas discussões doutrinais e
não falar mais que da Tradição
constante. O juramento anti
modernista
(DS
3548-3549)
rechaça claramente a falsa
noção da nova tradição vivente
evocando “a verdade absoluta e
imutável” da Tradição divina.
Estas aclarações são ainda mais
importantes, pois Bento XVI
desenvolve uma falsa ideia de
Tradição
no
sentido
evolucionista. Por outra parte,
dizer que “A Igreja perpetua e
transmite tudo o que ela é e tudo
o que ela crê” não carece de
ambiguidade. De um lado,
porque para Bento XVI e o
Vaticano II, o sujeito fundamental
que transmite a Tradição é a
Igreja no sentido de Povo de
Deus completo, sujeito vivo que
caminha através da história; do
outra, porque o magistério da
Igreja não transmite o que a
Igreja é e crê, senão que
transmite, conserva e defende o
depósito objetivo da fé, recebido
de Cristo pelos Apóstolos, o
conjunto de verdades reveladas
por Deus, conservando sempre o
mesmo sentido. Para Bento XVI,
a Igreja povo de Deus transmite
sua crença e há que entender
por isso uma experiência no
sentido imanentista.
Seria
melhor dizer que o magistério da
Igreja ensina com autoridade, em
nome de Deus, o significado
definitivo e imutável da verdade

revelada,
recorrendo
a
expressões normativas que são
os
dogmas.
Nós,
(Mons.
Fellay...) não podemos dizer sem
maior precisão que o Vaticano II
aclara, aprofunda e explica
certos aspectos da vida e da
doutrina da Igreja. Porque no
espírito de Bento XVI, o Vaticano
II quis redefinir a relação entre a
fé da Igreja e certos elementos
essenciais
do
pensamento
moderno. Isto conduziu
a
contradizer ou questionar o
ensinamento
constante
de
Tradição católica sobre alguns
pontos essenciais. A liberdade
religiosa está em contradição
com a Tradição. O ecumenismo
e a colegialidade estão também
em ruptura com a Tradição.
Recordemos
o
que
disse
Monsenhor Lefebvre em 1978:
“Nós professamos a fé católica
íntegra e totalmente... Nós
rechaçamos e anatematizamos
tudo o que foi rechaçado e
anatematizado pela Igreja... Na
medida em que os textos do
Concílio Vaticano II e as
reformas pós-conciliares se
opõem a doutrina exposta por
estes Papas anteriores ao
Vaticano II, e deixam livre
curso aos erros que eles
condenaram,
nós
nos
sentimos
em
consciência
obrigados
a
ter
graves
reservas sobre esses textos e
sobre estas reformas”. (em
Itineraires nº 233, maio 19 pág.
108-109). Temos que repetir o
que nosso fundador repetiu
sempre: “dizer que vemos, que
julgamos os documentos do
Concílio à luz da Tradição, isso
significa evidentemente que
rechaçamos aqueles que são
contrários a Tradição, que
interpretamos
segundo
a
Tradição os que são ambíguos
e que aceitamos os que são
Página |5
conformes a Tradição” (Em
Vue de haut n.13, p.57).
Precisões que são ainda mais
necessárias, pois as autoridades
romanas jogam com a palavra
tradição. “No pensamento do
Santo Padre e no pensamento
do Cardeal Ratzinger, se
compreendi bem, haveria que
chegar a integrar os decretos
do Concílio na Tradição,
moldando-os para fazê-los
entrar a qualquer preço. É uma
empresa impossível”. (em Vue
de haut, n. 13, p.57). Nós não
podemos deixar supor que seria
possível e necessário conciliar o
Vaticano II e a Tradição; nós
perderíamos a liberdade de
denunciar os erros e estaríamos
metidos na jaula de ouro dos
“espaços de liberdade teológica”
dos quais fala Monsenhor Ocariz.
/III,7. Não podemos conformarnos com afirmar que o NOM é
válido. A nova missa é má em si
mesma. Ela representa uma
ocasião
de
pecado
de
infidelidade. Este é o porquê ela
não pode constituir matéria de
obrigação para santificar o
domingo. No tempo em que
Roma reconhece os dois ritos, é
necessário recordar: “a respeito
da nova missa, destruamos
imediatamente
esta
ideia
absurda: se a nova missa é
válida, se pode participar nela.
A
Igreja
sempre proibiu
assistir
as
missas
dos
cismáticos e hereges, ainda
que sejam válidas. É evidente
que não pode participar nas
missas sacrílegas, nem nas
missas que põem nossa fé em
perigo” (em Troadec, Clovis
2005 p.391).
/III, 8. Nós sempre rechaçamos o
novo código de 1983. “Está
imbuído de ecumenismo e

personalismo,
ele
peca
gravemente contra a finalidade
mesma da lei” (Mons. Lefebvre,
Ordo da FSSPX p.4). Além disso,
o novo código é o veículo do
espírito da nova eclesiologia,
democrática e colegialista.
Conclusão. Esta declaração,
portanto, é profundamente
ambígua e peca por omissão
contra a denúncia clara e
nítida dos principais erros que
proliferam no interior da Igreja
e que destroem a fé dos fiéis.
Esta declaração, tal qual se
apresenta, deixa supor que
nós
aceitaríamos
o
pressuposto da hermenêutica
da
continuidade.
Tal
documento, princípio de um
acordo,
voltaria
a
este
equívoco desde o começo e
favoreceria todas os desvios
subsequentes.

DOUTRINA E COSTUMES,
de Andrés de Asboth
Revista “Roma”, n° 33, abril de
1974, (fragmento).
Nas épocas de decadência
existe uma verdadeira epidemia
que mata a personalidade. Não
essa
falsa
personalidade
contestatária que cheia de
vaidade se crê rebelde, não
fazendo mais que seguir a moda,
senão a personalidade que
nasce de uma afirmação livre do
que, iluminado pela reta razão,
parece correto ao cristianismo.
Existe uma falta de virtude da
fortaleza, como dizemos mais
acima, a que traz essa mania de
“integrar-se na comunidade”.
“Não queiras amar o mundo,
nem as coisas mundanas. Se
alguém ama o mundo, não habita
nele a caridade do Pai. Porque

tudo que há no mundo, é
concupiscência
da
carne,
concupiscência dos olhos, e
soberba da vida; o qual não
nasce do Pai, senão do mundo.
Passa
o
mundo
e
sua
concupiscência; mas o que faz a
vontade de Deus, permanece
eternamente” 1.
Existe
um
erro
muito
difundido por toda parte que o
“bom” vive em paz com os que o
rodeiam. Este erro trás como
consequência
um
temor
excessivo, entre os cristãos, em
chocar, em estar contra o que diz
a corrente. Naturalmente não se
deve ser ofensivo sem motivo,
mas não há que esperar que da
serena afirmação da verdade, do
autêntico apostolado que busca
converter e não conviver, da
profissão da reta doutrina e do
desagradável exemplo, para
muitos, dos bons costumes, não
podem surgir antagonismos.
Estes antagonismos um cristão
deve os aceitar como uma cruz e
não acomodar sua doutrina para
evitar que surjam. As divisões já
estão anunciadas no Evangelho.
Eu vim lançar fogo à terra, e que
tenho eu a desejar senão que ele
arda? Mas devo ser batizado
num batismo; e quanto anseio
até que ele se cumpra! Julgais
que vim trazer paz à terra? Não,
digo-vos, mas separação. Pois
de ora em diante haverá numa
mesma casa cinco pessoas
divididas, três contra duas, e
duas
contra
três;
estarão
divididos: o pai contra o filho, e o
filho contra o pai; a mãe contra a
filha, e a filha contra a mãe; a
sogra contra a nora, e a nora
contra a sogra 2.
Nenhum cristão de verdade
deve estranhar que o mundo não
o queira, mais ainda, é uma
honra ser odiado pelo mundo,
pois isto nos faz semelhantes a
nosso Redentor. “Se o mundo
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vos odeia, sabeis que primeiro
que vós, odiou a Mim. Se fôsseis
do mundo, o mundo os amaria
como coisa sua; mas como os
escolhi, por isso o mundo vos
odeia” 3. Eu lhes ei comunicado
sua doutrina e o mundo os odiou,
porque não são do mundo, assim
como Eu tampouco sou do
mundo. Não te peço que os
retireis do mundo” 4. Como se
vê, a oposição do Salvador e
seus apóstolos com o mundo, a
quem Ele se refere nestas
passagens, é bem radical.
Esta oposição não nos deve
desanimar em nada. A vitória
final sempre é de Deus. Nós só
devemos obedecer-lhe. “Porque
o amor de Deus consiste em que
observemos seus mandamentos.
Seus mandamentos não são
pesados, pois todo filho de Deus
vence o mundo. O que nos faz
alcançar a vitória sobre o mundo
é nossa fé.“Quem é o que vence
o mundo, senão o que crê que
Jesus é o Filho de Deus?” 5.
UNIÃO DOS BONS
O homem é sociável por
natureza. Talvez dos muitos o
que mais sente é a solidão; os
oprime o ambiente hostil. O
ambiente cristão facilita a virtude.
Por isso as pessoas e famílias de
reta doutrina e de bons costumes
devem unir-se, devem ver-se
muito, fazerem-se amigos e
aprender a conviver. Assim se
animarão
mutuamente
em
perseverar no bem.
Mas aqui existe um ponto
muito importante que mal
enfocado pode colocar tudo a
perder, pois estes grupos de boa
gente podem converter-se, em
vez de lugar de santificação, em
centros de ruína e condenação.
Existe o perigo, dado o culto que
se rende em toda parte ao
cômodo e ao fácil, que em vez
de tomar o exemplo da pessoa

ou família mais virtuosa, mais
modesta e mais mortificada nos
costumes, se siga a mais liberal
e a que mais se acomoda nas
modas, raciocinando assim: “se
estes que são tão bons e falam
tão bem, o fazem, se poderá
fazer”. O caminho é exatamente
o contrário, o “oppositum per
diametrum”. A Virgem de Fátima
pediu oração e penitência.
Estamos tão baixo por seguir
sempre o mais fácil, por rebaixar
o ideal e a norma. Estas reuniões
de boa gente – sob pena de
serem centros de corrupção –
devem ter como regra seguir a
pessoa e a família do grupo que
seja a mais virtuosa e a mais
severa consigo mesma. Somente
assim progredirão no bom
caminho.
O SANTO ROSÁRIO
Estamos no tempo de Maria. As
aparições de Nossa Senhora em
Fátima nos introduzem em um
novo período da história, o de
seu Imaculado Coração, cujo
triunfo anunciou. Ademais, ela é
medianeira de todas as graças e
a boa doutrina e os bons
costumes são graças. A ela
devemos recorrer para pedi-las.
A oração preferida da
Santíssima Virgem é o Rosário.
“Desde que a Santíssima Virgem
deu uma eficácia tão grande ao
Rosário não existe nenhum
problema material, espiritual,
nacional ou internacional que
não possa ser resolvido pelo
Santo
Rosário
e
nossos
sacrifícios”, disse Lúcia, a
vidente de Fátima. Nota-se como
é absoluta a afirmação de Lúcia,
que também fala de sacrifícios. O
santo
Cardeal
Mindszenty
reafirmou
que
todos
os
problemas se resolveriam se
houvesse um milhão de pessoas
que rezassem o Rosário.

Esta
oração
é,
por
excelência, a oração para vencer
as heresias. Talvez seja a razão
pela qual os progressistas a
detestam tanto. Também é a
oração tradicional da família
cristã. É a base da doutrina e dos
costumes.
1. I epístola de São João 2,1517.
2. Lucas 12,49-53.
3. João 15,18-19.
4. João 17,14-16.
5. I epístola de São João 5, 3-5.

[MONSENHOR
LEFEBVRE]
Extratos
da conferência em 13
de dezembro de 1984
em
Saint
Nicolas,
Paris.
(...) É, pois uma grande prova a
que todos nós sofremos, é a
prova da Igreja. Por que enfim, é
preciso bem reconhecer, a
situação exterior e de certa
maneira a situação jurídica (ao
menos jurídica no sentido do
direito puramente literal) não é
normal, é verdade. Assim, não
temos relações normais com os
bispos, com os padres que estão
a nossa volta e que fazem
também um apostolado. Qual
apostolado? Mas enfim, estes
são padres que estão nas
paróquias ainda; as relações que
temos com eles não são,
evidentemente, relações que
deveríamos ter normalmente na
Santa Igreja. Sem relações
normais com os bispos, com os
padres que nos cercam, sem
relações
normais
com
os
religiosos e religiosas, com uma
boa parte dos fiéis, com Roma
mesmo. É uma provação terrível,
por que é anormal. Mas esta
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anomalia não vem de nós; vem
deles, de todos aqueles que
não seguiram a Tradição da
Igreja, que em definitivo se
colocaram fora da legalidade,
fora da Fé, sim, fora da Fé.
Mas, de qualquer forma,
estamos persuadidos que eles
estão
errados,
eles
que
mudaram de caminho, eles
romperam com a Tradição da
Igreja, eles que se lançaram
em busca de novidades,
estamos convencidos disso; é
por isso que não podemos nos
reunir com eles, não podemos
trabalhar com eles; não
podemos
colaborar
com
pessoas que se afastaram do
espírito da Igreja, da Tradição
da igreja.
(...) Quem não tem Jesus Cristo
não tem o Pai, diz São João, e
não tem o Pai quem não tem
Nosso Senhor Jesus Cristo. Essa
guerra instaurada pelos judeus e
que é continuada pela Maçonaria
é dirigida por Satanás, por todos
os meios.
Então chegamos à traição, a
traição dos católicos pelo
liberalismo. Os liberais são
aqueles que se comprometem
com
essas pessoas, com
aqueles que proclamam a
liberdade e independência de
Deus, nos Direitos do Homem.
Com
efeito,
a
liberdade
religiosa não é outra coisa que
um
dos
artigos
da
Constituição dos Direitos do
Homem, da proclamação dos
direitos do homem e mesmo
ecumenismo não é senão uma
consequência da liberdade
religiosa, da “igualdade”; da
igualdade que arruína toda a
natureza como o Bom Deus a
fez.
Somos todos nascidos desiguais.
Sem dúvida somos iguais por

nossa natureza, mas o Bom
Deus
quis
que
fôssemos
desiguais nos dons, nos dons
que Eles nos deram para a
organização da sociedade. Entre
nós, para que haja uma ordem
cristã, uma hierarquia cristã.
Essa
desigualdade
está
fundamentalmente na natureza
querida por Deus; mesmo a
propriedade privada, que dá
fundamento as desigualdades, é
querida por Deus; todas essas
coisas são queridas por Deus.
Ora, o liberalismo fez um pacto
com as ideias satânicas do
mundo em revolta contra Deus
e contra todas as leis que
Deus
fez,
naturais
e
sobrenaturais. O liberalismo
quer se unir a essas pessoas e
admitir esses princípios. Então
nós que queremos salvar
justamente e reconstituir esta
dependência de Deus e de
Nosso Senhor Jesus Cristo em
nós, ao redor de nós, pela
intercessão
da
Santíssima
Virgem
Maria.
Nós
nos
revoltamos contra aqueles que
não querem a dependência de
Deus, a dependência de Nosso
Senhor Jesus Cristo e contra
aqueles que arruinaram a
dependência de Nosso Senhor.
Ora, é isso que fazem os
homens da Igreja atualmente.
Nós
vemos
sob
nossos
olhares, está claro, em todos
os lugares. Desde o Concílio o
liberalismo investiu sobre os
postos
mais
altos
e
importantes na Igreja, desde o
Papa até os cardeais de Roma
e a Cúria.
O liberalismo se implantou na
Igreja, é um compromisso dos
homens da Igreja com os
homens de Satanás, não é um
pacto aberto. Não há mais luta
contra Satanás, não há mais
guerra contra aqueles que

proclamam a independência
para com Deus. Está tudo
terminado; e este pacto foi
assinado na ocasião do
Concílio
abertamente,
publicamente com os maçons,
com os protestantes, com os
comunistas. Nós assistimos a
este
casamento,
este
casamento
adúltero,
abominável entre os homens
da Igreja e a revolução e as
ideias que vão contra Deus e
Nosso Senhor Jesus Cristo e
seu Reino. É abominável.
E isto se prova ainda agora
recentemente pela entrevista
concedida
pelo
cardeal
Ratzinger, entrevista que foi
publicada em 14 paginas. Um
livro será publicado em breve, no
próximo mês de janeiro sobre
essa entrevista que, durou vários
dias. A pessoa que fez essa
entrevista irá, pois, editar um
livro. Penso que a frase que será
dita aqui por essa pessoa (é uma
conversa
com
o
cardeal
Ratzinger) vai será seguramente
mencionada. Ela é de uma
importância capital. Se há muitas
coisas boas na entrevista,
existem coisas extremamente
más nas palavras do cardeal
Ratzinger que nos mostram a
gravidade da situação atual
quando se pensa que o cardeal é
aquele que está na cabeça da
Congregação dita “para a
doutrina da Fé” que, infelizmente,
não é mais o Santo Ofício.
Eis a frase que se encontra à
página 72 desta revista italiana:
“Então, um pouco inquieto disse
ao cardeal – disse a pessoa que
interrogava o cardeal – a
situação
da
Igreja
terá
verdadeiramente mudado”?
“Sim (a resposta é grave), sim. O
problema dos anos 60 era de
adquirir os valores melhores
exprimidos em dois séculos de
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cultura liberal. (Eis o problema
dos anos 60). Existem valores
que, bem que tenham nascido
fora da Igreja. (admiráveis as
besteiras ditas: que nasceram
fora da Igreja!) Podem encontrar
seu lugar, daqui para frente,
desde que sejam “depurados e
corrigidos” (O que ele quer dizer?
Em todo caso os valores podem
encontrar seu lugar) em sua
visão do mundo. E assim se fez.
Está terminado para ele. É um
assunto encerrado. A Igreja,
durante os anos 60, no decorrer
do
Concílio
praticamente,
adquiriu valores vindos de fora
da Igreja, da cultura liberal, dois
séculos de cultura liberal. Está
claro que são os direitos do
homem, a liberdade religiosa, o
ecumenismo. É satânico.
Então o cardeal disse: “Isto já
está feito. Mas, acresce ele,
agora o clima é pouco favorável.
Agora é preciso procurar por um
novo equilíbrio”.
Ele não disse que é preciso tirar
esses princípios, esses valores
que veem da cultura liberal, mas
que é preciso tentar encontrar
um novo equilíbrio. Esse novo
equilíbrio é a Opus Dei. O
equilíbrio da Opus Dei é um
equilíbrio
exterior
de
tradicionalismo, de piedade, de
disciplina religiosa, com ideias
liberais. É preciso guardar as
ideias liberais. Nada de acabar
com as ideias liberais. Nada de
lutar contra os direitos dos
homens, contra o ecumenismo
ou contra a liberdade religiosa
que é um direito essencial do
homem, claro.
Então penso que é preciso
julgar todos os atos de Roma,
atualmente, nesta ótica, na
ótica do cardeal Ratzinger por
que ele é o porta-voz: guardar
as ideias liberais; nada de

mudar aquilo de novo que já
conquistamos nos anos 60 e que
é agora da Igreja. As ideias
liberais, certas ideias liberais
podem fazer parte da visão que a
Igreja tem do mundo, mas é
preciso buscar um equilíbrio.
Então, para esse equilíbrio é
necessário atacar um pouco a
Teologia da Libertação, é preciso
atacar um pouco os bispos
franceses
por
causa
do
catecismo, é preciso dar àqueles
que tem certa nostalgia da antiga
Missa, uma pequena satisfação.
É a mesma coisa para a teologia
da libertação, não se abandona o
princípio, por que, em seus
documentos há uma teologia da
libertação que é possível, há
uma teologia da libertação para
os pobres, que não é mais nem
menos que a solução marxista
da libertação. Eles estão sempre
em contradição.
Em definitivo, eles dão a
impressão de querer retornar a
Tradição,
mas
eles
não
querem, eles não querem e
não aceitam as conclusões
que
todos
estes
falsos
teólogos e de todos esses
bispos
que
são
revolucionários, que levam a
revolução a frente.
Encontramo-nos
atualmente
nessa situação. É claríssimo
nesta entrevista do Cardeal
Ratzinger. Eu penso que é esta
visão que deve nos guiar em
nossa situação atual. Não nos
iludamos crendo que, por estes
pequenos golpes que nos são
dados de todos os lados,
assistiremos
um
retorno
completo a Tradição. Não é
verdade. Eles continuam sempre
com o espírito liberal. São
sempre
os
liberais
que
comandam
Roma
e
eles
continuam liberais (...).

Penso ter dito o que queria vos
dizer e vos dar uma mesma linha
de conduta nos acontecimentos
atuais que vão, talvez, se
precipitar. Haverá talvez outras
manifestações
de
certos
‘golpes’ no Vaticano; em meu
ponto de vista, é muito
perigoso nos aproximarmos
agora. Sem aproximações com
os liberais; sem aproximações
com os eclesiásticos que
comandam a Igreja agora e
que são liberais. Não pode
haver aproximação. Se nos
aproximarmos
seria
uma
aceitação
dos
princípios
liberais. Não o podemos,
mesmo se nos dessem a Missa
de
São
Pio
V,
reconhecimentos,
encardinações, etc. Um bispo
poderia vos dizer “eu vos
incardino em minha diocese, vos
dou a Missa de São Pio V, mas
em vossa paróquia se dirá
também a nova Missa. Será
preciso que vós aceiteis de vez
em quando dar a comunhão nas
mãos que agora é costume. Será
preciso dizer a Missa virada para
o povo que já está habituado a
isso. Compreendam que não
pode ser feito de outro modo. E
depois,
enfim,
é
preciso,
sobretudo aceitar o Concílio, com
todas as consequências que isso
representa, com suas ideias...”.
Não é possível, não podemos
nos comprometer ! Que eles nos
devolvam tudo. Que eles saiam
de
seu
liberalismo,
que
retornem à Verdade da Igreja, à
Fé da Igreja, aos principios
fundamentais da Igreja, desta
dependencia
total
das
sociedades, das famílias e dos
indivíduos à Nosso Senhor
Jesus Cristo. Então, neste
momento, é que nos darão a
Missa de Sempre. Muito bem,
então
nós
estaremos
perfeitamente
de
acordo.
Página |9
Haverá
um
entendimente
perfeito e nós poderemos ser
reconhecidos e não teremos
mais escrúpulos.

Como está a Fé do
Papa
Francisco?
Extratos da trágica entrevista ao
Jornal La Repubblica.

“Os maiores males que afligem o
mundo nestes dias são o
desemprego dos jovens e a
solidão dos idosos.” Entrevista
concedida pelo Papa Francisco
ao
diretor
do
jornal
La
Repubblica, Eugenio Scalfari
“O proselitismo é uma solene
tolice [nonsense], não tem
sentido. Nós temos que conhecer
um ao outro, ouvir um ao outro e
melhorar o nosso conhecimento
do
mundo
ao
nosso
redor.” Entrevista concedida pelo
Papa Francisco ao diretor do
jornal La Repubblica, Eugenio
Scalfari
“Santidade,
[Pergunta
o
jornalista] existe uma visão de
Bem única? E quem decide qual
é ela? [Resposta] Cada um de
nós tem uma visão do bem e do
mal. Temos que encorajar as
pessoas a caminhar em direção
ao que elas consideram ser o
Bem”. Entrevista concedida pelo
Papa Francisco ao diretor do
jornal La Repubblica, Eugenio
Scalfari
“E repito aqui: Cada um tem sua
própria ideia de bem e mal e
deve escolher seguir o bem e
combater o mal como concebe.
Isso bastaria para fazer o mundo
um lugar melhor”. Entrevista
concedida pelo Papa Francisco
ao
diretor
do
jornal
La
Repubblica, Eugenio Scalfari

“É o amor pelos outros, como
Nosso Senhor pregou. Não é
fazer proselitismo, é amar. Amar
o próximo, aquele fermento que
serve
ao
bem
comum”.
Entrevista concedida pelo Papa
Francisco ao diretor do jornal La
Repubblica, Eugenio Scalfari
“O Filho de Deus se encarnou
para instilar nas almas dos
homens
o
sentimento
de
fraternidade.”
Entrevista
concedida pelo Papa Francisco
ao
diretor
do
jornal
La
Repubblica, Eugenio Scalfari
“Os
líderes
na
Igreja
frequentemente
foram
narcisistas,
bajulados
e
negativamente influenciados por
seus cortesãos. A corte é a lepra
do
Papado”.
Entrevista
concedida pelo Papa Francisco
ao
diretor
do
jornal
La
Repubblica, Eugenio Scalfari
“A Igreja é ou deve voltar a ser
uma comunidade do povo de
Deus e os padres, párocos e
bispos que têm a cura das
almas, estão a serviço do povo
de Deus”.
Entrevista concedida pelo Papa
Francisco ao diretor do jornal La
Repubblica, Eugenio Scalfari
“O senhor foi seduzido pelo
comunismo? “O materialismo
dela [neste momento ele está
se referindo a uma professora
que ele teve, com quem teve
uma amizade. Ela era uma
fervorosa comunista] nunca me
convenceu. Mas aprender sobre
isso por uma pessoa corajosa e
honesta
foi
útil.
Descobri
algumas coisas, um aspecto do
social, que então encontrei na
doutrina social
da Igreja”.
Entrevista concedida pelo Papa

Francisco ao diretor do jornal La
Repubblica, Eugenio Scalfari
Gostaria de recordar-lhe que
Carlo Maria Martini também veio
dessa ordem, alguém que me é
muito caro e também a você.
Entrevista concedida pelo Papa
Francisco ao diretor do jornal La
Repubblica, Eugenio Scalfari
“Ele [referindo-se a Santo
Agostinho]
também
tinha
palavras ásperas para os judeus,
com as quais nunca partilhei.”
Entrevista concedida pelo Papa
Francisco ao diretor do jornal La
Repubblica, Eugenio Scalfari
“Pessoalmente, creio que ser
uma minoria é realmente um
ponto
forte.”
Entrevista
concedida pelo Papa Francisco
ao
diretor
do
jornal
La
Repubblica, Eugenio Scalfari

O Vaticano II, inspirado
pelo Papa João e o Papa
Paulo VI, decidiu olhar
para o futuro com um
espírito moderno e abrir-se
para a cultura moderna. Os
Padres Conciliares sabiam
que abrir-se para a cultura
moderna
significava
ecumenismo religioso e
diálogo com não crentes.
Mas posteriormente muito
pouco foi feito nessa
direção.
Tenho
a
humildade e ambição de
querer
fazer
alguma
coisa.” Entrevista concedida
pelo Papa Francisco ao diretor
do jornal La Repubblica,
Eugenio Scalfari
E a política? [perguntou o
jornalista] “Por que você faz essa
pergunta? Já disse que a Igreja
não
lidará
com
política.”
Entrevista concedida pelo Papa
P á g i n a | 10
Francisco ao diretor do jornal La
Repubblica, Eugenio Scalfari

com o Seu modo de tratar-nos,

Um apelo:

persuadidos

“Digo que a política é a mais
importante das atividades civis e
tem o seu próprio campo de
ação, que não é o da religião. As
instituições
políticas
são
laicas [Nota: E o Cristo Rei,
santidade?] por definição e
operam
em
esferas
independentes.”
Entrevista
concedida pelo Papa Francisco
ao
diretor
do
jornal
La
Repubblica, Eugenio Scalfari

merecemos e

A revista obra da entronização,
que se publica na Bélgica,
distribuiu uma circular - contra a
indecência das modas.

“E eu creio em Deus, mas não
em um Deus Católico, não há
Deus Católico, há Deus e creio
em
Jesus
Cristo,
sua
encarnação. Jesus é o meu
mestre e meu pastor, mas Deus,
o Pai, Abba, é a luz e o Criador.
Esse é o meu Ser. Você acha
que estamos muito distantes?”
Entrevista concedida pelo Papa
Francisco ao diretor do jornal La
Repubblica, Eugenio Scalfari

que nos ocupa muito mais do que

Comentário do jornalista ateu:
Este é o Papa Francisco. “Se a
Igreja se tornar como ele e
ficar do jeito que ele quer que
ela seja, será uma mudança de
época.” Entrevista concedida
pelo Papa Francisco ao diretor
do jornal La Repubblica, Eugenio
Scalfari

Encontraremos a paz e paz perfeita,

de
de

que nada
ser

imensa

a

bondade de Sua parte, não digo
aceitando, porém suportando os
nossos serviços.
Nas grandes tentações contra a
pureza, a fé, a esperança, o que há de
mais

penoso

para

nós

não

é

precisamente o temor de ofender a
Deus, senão o medo de perder-nos,
ofendendo-O. É o nosso interesse
a Sua glória.
Eis a razão de ter um confessor tanta
dificuldade em tranquilizar-nos e
reduzir-nos á obediência. Cremos
que ele nos engana, transvia e perde,
porque nos obriga a deixar de lado
as

nossas

vãs

apreensões.

Aniquilemos o nosso conceito; não
julguemos
no

por

esquecimento

nós

mesmos...

total

de

do

inferno,

perturbar

a

capaz

de
alma

verdadeiramente aniquilada.
Créditos à
agrandeguerra.blogspot.com.br

Retirado do site: fratresinunum.com

Sirvamos a Deus com
espírito de aniquilamento,
trecho de
Interiores.

Manual

das

Almas

(Excertos do livro: Manual das
Almas Interiores, do Pe. Grou)

A CONTRA
REVOLUÇÃO

Sirvamos a Deus com espírito de
aniquilamento; sirvamo-Lo por Ele
e

não

em

atenção

a

nós;

sacrifiquemos os nossos interesses
à Sua glória e ao Seu bel-prazer;
então, estaremos sempre contentes

O desejo de ser útil instrumento da
Santa Igreja levou uma alma
piedosa a traduzir e propagar em
nosso meio, onde tantas mães
cristãs, infelizmente, olvidam a
gravidade de seus deveres, a
mesma circular.
Palavras de Jesus:

nós

mesmos. Nada há no céu, na terra,
nem

Vê-se na primeira página a
estampa do Sagrado Coração de
Jesus; os olhos do Divino Salvador
têm uma expressão de imensa
tristeza e de infinita ternura;
mostra o seu Divino Coração
circundado por uma coroa de
espinhos; de sua fronte divina
corre sangue em abundância.
Toda a expressão de Nosso
Senhor é de sofrimento...ele
sofre... Segue-se a voz autorizada
da Igreja que aconselha e exorta
as mães de família à observância
da lei do pudor.

A Liga da Modéstia Cristã de
São Paulo:
Fazei ler! Fazei circular!

Povo meu, que é que te fiz?
Em que foi que te contristei?

“mães cristãs, tende piedade de
mim! Fixe vossos olhos sobre os
meus olhos de agonia, sobre a
minha boca divina que vos tem
abençoado; vós e vossos filhos,
sobre meu peito asfixiado de amor
e de angústia! Por favor! Não
molheis
de
fel
meus
lábios ensanguentados e
meu
Coração
Agonizante!
Tende
piedade de vosso Rei Crucificado!
Mães cristãs, eu choro sobre vós.
Eu choro lágrimas de sangue
sobre vossas filhas, grandes e
pequenas!...um sopro infernal de
impureza m’as arrancará hoje!...e
eu amo-as tanto!... Por meu
sangue divino
,
por
Maria
Imaculada, Rainha das Dores!
Mães, cobri, vesti com uma severa
modéstia os lírios que vos confiei,
puros como os anjos, no dia do
batismo!...
P á g i n a | 11
A imodéstia revoltante, abominável
dessas meninas e donzelas, fere o
meu coração...
Eu amaldiçoo a moda infame da
nudez que profana sua candura
virginal! Ah! Se amanhã estas
prediletas de meu coração caírem,
ai! A culpa recairá fulminante como
uma maldição, sobre vós, mães,
por terdes consentido em vossas
filhas liberdades e mundanidades
mortíferas! Não vos esqueçais
jamais disto: eu julgarei as mães e
as filhas, não segundo as leis e as
modas mais ou menos pagãs, que
condeno e amaldiçoo ... Eu vos
julgarei
inexoravelmente...
segundo a minha lei! Eu sou o
senhor! Eu sou o único juiz.”
Após a guerra, uma vaga imunda
invadiu a sociedade, mesmo a que
se diz cristã. Eis aqui um detalhe
que prova-o eloquentemente a
moda mil vezes iníqua de despir
as meninazinhas sobre pretexto de
elegância
e
higiene.
E
a
candura?!... Encurtam-se
os
vestidos até acima dos joelhos,
mesmo para a festa da primeira
comunhão! Atualmente suprimemse as meias e uma parte
indispensável das roupas internas,
e isto nas famílias que se
consideram como dignas de
cristãs!...
Olvida-se
que
a
educação da castidade, do pudor –
a virtude, a mais delicada, a mais
bela de uma moça em toda a
idade
–
começa
como
toda educação séria, desde a mais
tenra infância.
Não se aprenderá nunca aos
dezoito ou vinte anos o que não se
tiver aprendido aos oito e aos dez.
Nas ruas e nos passeios, nas
escolas e nas famílias, meninas de
sete a quatorze anos, mocinhas de
dezoito a vinte e três, de bicicleta
ou a pé, assentadas ou não,
comportam-se com modos que
repugnam a mais elementar
decência social e cristã.

Felizmente Nosso Senhor vela
pela sua Igreja. Os Bispos do
mundo inteiro protestaram com
indignação; e o santo Padre Bento
XV lançou sentença de morte
contra as modas do pecado.
Mães, escutai o Vigário de Jesus
Cristo:
“A formidável torrente de vícios
que inunda a sociedade moderna,
recebe um funesto apoio do abuso
que é a moda indecente. E esta
moda, por negligência ou, pior
ainda, pela vaidade culpável de
tantas mães de família, se estende
desgraçadamente
até
ás
meninazinhas, expondo a um
grandíssimo perigo a candura de
sua
inocência. Entretanto,
se
semelhantes
calamidades contristam
nosso
coração paternal, nós somos
consolados por outra parte, vendo
surgir felizes iniciativas, cujo fim é
combater este frenesi de licença
na maneira de vestir-se”
Benedictus xv, pp.
Carta do revmo. P. Matéo - 10 de
janeiro de 1921
“Quem vos escuta, a mim escuta,
disse Nosso Senhor falando de
sua Igreja. Ela só, pode ser juiz
numa questão de moral. Não há
quem possa {...}
Mães nobres pois que cristãs,
após terdes ouvido este brado de
agonia do Coração de Jesus, sem
tardar, hoje mesmo, ponde-vos á
obra! Encompridai os vestidos de
vossas filhas, pequenas ou
grandes! Que o Coração de Jesus
abençoe vossos lares, perfumados
por
lírios
de
inocência
e
pureza!” Padre Matéo, s.s.c.c.
Carta do Exmo. Cardeal Mercier,
de saudosa e feliz memória. 30 de
julho de 1921
“Caro e revmo p. Matéo – sim,
tendes razão; a maneira pela qual

hoje
as
mães
imprudentes
suportam
{...} Educadores
e
educadoras da infância e da
juventude,
pesai
vossas
responsabilidades!
Nós
vos
desencarregamos
da
nossa, traçando-vos
o
vosso
dever, não deveis trair a vossa,
recusando obedecer-nos.”
D. J. Card.
malines.

Mercier,

arc. De

Liga da modéstia cristã de São
Paulo.
Obrigações impostas pela liga em
obediência às reiteradas ordens e
exortações dos santos padres Pio
X, Bento XV, Pio XI, atualmente
reinante, e do exmo. e revmo. Sr.
Arcebispo metropolitano, D. Duarte
Leopoldo e Silva:
“Meninas, moças e senhoras,
devem vestir-se, não somente nas
Igrejas, como também no meio da
sociedade, de inteiro acordo com
as normas do decoro e da moral
cristã. Devem
usar
vestidos
fechados, deixando aparecer só o
pescoço; mangas até os pulsos;
saias até os tornozelos, e que não
sejam justas no corpo. (para
meninas cobrindo os joelhos.) Não
usar pinturas.”
Off. Or. “sant. App.”

Imprima-se
S. Paulo, 16 de fevereiro de 1927.
Por comissão de s. Excia.
Cônego Dr. Martins ladeira
Chanceler

Edição Geral
Capela Nossa Senhora das Alegrias
Vitória/ES
Contato:
(27) 33455601
(27) 9245-8031

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Outubro (4)

  • 1. Página |1 MONSENHOR LEFEBVRE A LUTA É NOSSA HERANÇA Capela Nossa Senhora das Alegrias, Vitória/ES - EDIÇÃO Nº 04 - OUTUBRO 2013 www.nossasenhoradasalegrias.com.br capela@nossasenhoradasalegrias.com.br Dai-me um exército que reze o Rosário e vencerei o mundo. (São Pio X) Referiremos-nos nesta ocasião à vitória de Lepanto. Este triunfo deu origem à festa de Nossa Senhora do Rosário, que se celebra amanhã, segunda-feira. Em 1571, a Europa era ameaçada pelos muçulmanos turcos, que haviam conquistado o Norte de África, o Oriente Médio e controlavam o Mediterrâneo. Espanha e Portugal se livraram dos muçulmanos depois de oito séculos de luta. Os turcos se preparavam para invadir a Europa e tal coisa teria sido o fim do cristianismo. A situação era desesperadora. O Papa São Pio V tratou de unificar os cristãos na defesa militar do continente, mas contou com pouco apoio. Finalmente, conseguiu reunir um exército de 20.000 soldados e uma frota de 101 galeões e outros barcos menores. Os turcos, por sua parte, possuíam a frota mais poderosa do mundo, com 300 galeras nas quais havia milhares de escravos cristãos que eram usados como remadores. Os cristãos estavam em grande desvantagem sendo mais pequena sua frota, mas possuíam uma arma invencível: o Santo Rosário. Na bandeira da nave capitã da esquadra cristã ondeavam a Santa Cruz e o Santo Rosário. Conhecendo o poder do Rosário, São Pio V pediu a toda Cristandade que rezasse e jejuasse, suplicando a Santíssima Virgem seu auxílio ante aquele perigo. O Papa ordenou, além disso, que antes de entrar em combate, se retirasse da armada católica qualquer soldado cujo comportamento pudesse ofender a Deus. Pouco antes do amanhecer de 7 de Outubro, a frota cristã encontrou a frota turca ancorada no porto de Lepanto, Grécia. A frota católica se ordenou em forma de cruz e a frota turca, em forma de meia lua, enquanto os fiéis em todo o mundo dirigiam sua oração à Santíssima Virgem, Rosário nas mãos, para que ajudassem aos cristãos naquela batalha decisiva. Em nossa frota se deu o sinal da batalha enviada pelo Papa, que tinha as imagens de Cristo crucificado e da Santíssima Virgem. Os generais cristãos animaram as tropas e ordenaram rezar, e os soldados cairam de joelhos diante do crucifixo e continuaram em fervorosa oração até que as frotas de aproximaram. O Almirante Dom João da Áustria falou nestes termos aos combatentes espanhóis: "Filhos, para morrer viemos, ou a vencer se o céu o dispor. Não deis ocasião para que o inimigo os pergunte com arrogância ímpia - onde está o vosso Deus? Lutai em seu santo nome, porque mortos ou vitoriosos, havereis de alcançar a imortalidade". Os turcos se lançaram sobre os cristãos com grande rapidez, pois um forte vento lhes era favorável. Mas sucedeu que este se acalmou justo ao começar a batalha, e logo trocou de direção, favorecendo aos católicos. A batalha foi terrível e sangrenta. Durou desde às 6 da manhã até o escurecer. O Papa Pio V, desde o Vaticano, não cessou de rogar a Deus. Durante a batalha
  • 2. Página |2 fizeram uma procissão do Rosário para pedir a vitória. Estava conversando com alguns cardeais quando repentinamente os deixou, ficou algum tempo com seus olhos fixos no céu, e disse: "Não é hora de falar mas sim de dar graças a Deus pela vitória que Ele concedeu as armas cristãs". O Céu lhe havia revelado a vitória, confirmada pelos mensageiros que chegaram dias depois. O caráter milagroso do triunfo de Lepanto se corrobora pelos testemunhos dos prisioneiros capturados na batalha: eles testificaram que haviam visto que Nosso Senhor Jesus Cristo, São Pedro, São Paulo e uma grande multidão de anjos, espadas em mãos, lutando contra os turcos e cegando-os com fumo. Na batalha de Lepanto morreram uns 30 mil turcos e cinco mil foram tomados prisioneiros. Quinze mil escravos cristãos foram encontrados encadeados nas galeras e foram liberados. Os muçulmanos perderam mais de 200 naves. A frota cristã sofreu 7.600 baixas e perda de 12 galeras. Deus, que em sua justiça havia permitido que parte das nações cristãs caíssem baixo a opressão turca, impulsionou aquele dia um limite ao Islã e não permitiu que o Cristianismo desaparecesse. Nós católicos conseguimos neste 7 de outubro uma milagrosa vitória que mudou o curso da história. Com este triunfo se fortaleceu grandemente a devoção ao Santo Rosário. Em 1569, (dois anos antes da batalha) o mesmo São Pio V havia fixado a forma tradicional do Rosário, que se manteve intacta até que o modernista João Paulo II ousou modificá-la. Em agradecimento a Deus pela vitória, o Papa Pio V instituiu a festa de Nossa Senhora das Vitórias, no primeiro domingo de outubro. Às ladainhas de Nossa Senhora acrescentou a invocação "Auxílio dos cristãos". O Papa Pio V morreu em primeiro de maio de 1572 e foi canonizado em 1712. Em 1573, o Papa Gregório XIII modificou o nome da festa, pelo de Nossa Senhora do Rosário. São Pio X a fixou para o 7 de Outubro e afirmou o seguinte: "Dai-me um exército que reze o Rosário e vencerei o mundo". O acontecido em Lepanto pela intercessão da Virgem e pela reza do Rosário se repetiu em outros enfrentamentos com os turcos, como a batalha de Viena, o 12 de setembro de 1683. Em agradecimento a Nossa Senhora pela vitória, se estabeleceu a festa do Doce Nome de Maria. A vitória na batalha de Temesvar, em Rumania, o 5 de agosto de 1716, também se deve a intercessão da Santíssima Virgem Maria. Na atualidade, nós católicos estamos em situação similar a da época de Lepanto. O inimigo parece muito superior e o câncer modernista triunfante na Igreja desde o fatídico Vaticano II se estende cada vez mais. Em 29 de Janeiro de 1975, Paulo VI, fiel aos sonhos pacifistas e ecumenistas dos liberais, devolveu aos turcos o estandarte que os inimigos de Cristo ergueram em sua nave principal em Lepanto. Este insigne troféu havia sido conservado quase 400 anos em Santa Maria Maior, como um ex-voto de eterna gratidão a Santíssima Virgem, protetora da Cristandade. E hoje, enquanto os traidores liberais entregam a Europa aos muçulmanos, o astuto demônio conseguiu inocular o veneno liberal também na FSSPX. O Superior Geral da congregação já entregou algumas bandeiras aos destruidores da Igreja: preferiu ceder em certos pontos doutrinais ante a ameaça de uma nova excomunhão, e segue disposto a colocar a tradição baixo o poder os liberais, como prova de seu diplomático silêncio ante os constantes escândalos do Papa Francisco e da seita conciliar. Estimados fiéis: ainda que a situação seja terrível, tenhamos confiança porque a vitória absoluta de Cristo é certa, indubitável, inevitável: é uma verdade revelada pelo mesmo Deus. Nós, façamos a nossa parte: "aos católicos toca combater e a Deus dar a vitória", dizia Santa Joana d'Arc: nosso dever é combater até o final, e para isso contamos com as armas invencíveis de Deus: a fé íntegra, o Santo Sacrifício da Missa e o Santo Rosário. Dai-me um exército que reze o Rosário e vencerei o mundo. (São Pio X) Padre René Trincado, dia 07 de Outubro de 2013. _________ Necessidade da devoção ao Coração Imaculado de Maria para nossa salvação A necessidade da devoção ao Coração Imaculado de Maria está intimamente relacionada com a necessidade que temos cada um de nós do amor e da misericórdia de Deus. Se algum de nós necessita do amor e da misericórdia de
  • 3. Página |3 Deus, então esse necessitará da devoção a Virgem Santíssima. Na proporção em que necessitemos do amor e da misericórdia de Deus, na mesma proporção temos a necessidade da devoção ao Coração Imaculado de Maria. Jesus Cristo revelou à irmã Lúcia de Fátima que o último remédio que seu Sacratíssimo Coração daria ao mundo mediante o qual pudera salvar-se nestes tempos de apostasia, eram duas coisas: a oração do Rosário e a Devoção ao Coração Imaculado de Maria, que consiste, essencialmente, em sua reparação. E por quê? Porque a Virgem Santíssima tem a economia da misericórdia e do amor de Deus sobre a terra, como dispensadora Universal de todas as graças. Ela tem a missão do Espírito Santo sobre a terra. E do mesmo modo que "todo pecado cometido contra o Espírito Santo não será perdoado nunca, nem nesta vida nem na outra", como nos dissera Nosso Senhor muito claramente nos Santos Evangelhos, também se poderá dizer o mesmo com respeito da Santíssima Virgem: "toda ofensa cometida contra o Coração Imaculado de Maria não será perdoada nem nesta vida nem na outra", já que a Santíssima Virgem tem toda a economia da misericórdia e do amor de Deus, a missão do Espírito Santo sobre a terra. Mas assim como os pecados contra o Espírito Santo e contra a Santíssima Virgem não se pode perdoar, se pode dizer que o contrário tudo o alcança, quer dizer, que tudo que se faz por amor ou pelo Coração Imaculado da Santíssima Virgem Maria, tudo o alcança, a misericórdia de Deus se verte superabundante sobre essa pessoa, e o segredo para abrir o Sagrado Coração de Jesus. Assim, como o castíssimo Coração de São José é a chave para acessar o Coração Imaculado de Maria, ao mesmo tempo, o Coração Imaculado de Maria é a chave para ter acesso ao Sagrado Coração de Jesus. Acessa-se através de São José diretamente aos dois corações, ou diretamente ao Sagrado Coração de Jesus através do Coração Imaculado de Maria. Está aí sua necessidade moral para nossa salvação. Ninguém se salva senão através do Coração Imaculado de Maria. Esse é o plano de Deus, essa é sua vontade. Ele não veio a nós e nós não poderemos ir a Ele senão através de Maria, do Coração Imaculado de Maria. Com minha benção, Padre Rafael OSB. Crítica da declaração doutrinal de 15 de abril de 2012, de Monsenhor Fellay. Pelo Padre Jordan, superior do seminário Internacional de Êcone, Suíça. II – Deveriam ser feitas distinções absolutamente necessárias sobre o magistério. Nós aceitamos todo o magistério da Igreja até o Vaticano II. Depois dele há um novo magistério, e uma boa parte dele é oposta ao magistério anterior. Não podemos declarar que aceitamos este novo magistério como magistério da Igreja. “Ou bem estamos com seus predecessores que proclamaram a verdade de sempre, que estão em concordância com a Igreja desde os Apóstolos até Pio XII ou estamos com o Concílio e, então, contra os predecessores dos Papas atuais. Deve-se escolher, há uma eleição para fazer. É evidente que a Tradição se encontra com os 250 papas que precederam ao papa João XXIII e ao concílio Vaticano II. Está claro. Ou então a Igreja sempre se equivocou. Eis aqui a situação na qual nos encontramos. Devemos ser firmes, claros, decididos, e não duvidar”. Monsenhor Lefebvre, 14 de Maio de 1989 em Vue de haut nº13, pág. 70). Esta
  • 4. Página |4 distinção é tão importante que Bento XVI declarou sua intenção: “Os problemas a tratar agora são essencialmente de natureza doutrinal, em particular aqueles que concernem à aceitação do Vaticano II e o magistério pósconciliar dos papas... Não se pode congelar a autoridade do magistério da Igreja em 1962 e isso deve estar claro para a Fraternidade” (10 de Março de 2009, em DC 2421, pág. 319320). Por outra parte, a profissão de fé de 1989 sempre foi rechaçada por nosso fundador porque impõe a adesão ao Vaticano II. III, 1. Nós não podemos aceitar a doutrina de LG III. Inclusive compreendida a luz da Nota Praevia, o nº22 da LG conserva toda sua ambiguidade porque da a entender que há na Igreja um duplo sujeito do primado e abre assim a porta à negação do ensinamento do Vaticano I (DS 3054). Monsenhor Lefebvre insistiu sobre este erro na ocasião da publicação do novo código de direito canônico de 1983 (14 de maio de 1989, Vue de haut nº13 pág. 69-70) Este § III, 1 não evita uma grande ambiguidade no fato de declarar aceitar por sua vez o ensinamento do Vaticano I sobre o primado do Papa e a do Vaticano II sobre a colegialidade, então é pelo menos seriamente discutível que isto seja possível. E a Santa Sé não deixará de ver a possibilidade e inclusive o dever de interpretar o Vaticano I em função do Vaticano II. Monsenhor Lefebvre jamais haveria assinado as afirmações contidas neste número. No protocolo de 1988 não encontramos nenhuma alusão ao cap. II da LG. III,1 e 3. A tradição pode entender-se em três sentidos (o sujeito, o ato e o objeto) e os modernos jogam com a ambiguidade desta pluralidade de sentidos. Somente a tradição no sentido do sujeito e do ato pode ser chamada vivente, não a Tradição no sentido do objeto. Esta é imutável em seu significado. Teria sido melhor retomar as expressões de nossas discussões doutrinais e não falar mais que da Tradição constante. O juramento anti modernista (DS 3548-3549) rechaça claramente a falsa noção da nova tradição vivente evocando “a verdade absoluta e imutável” da Tradição divina. Estas aclarações são ainda mais importantes, pois Bento XVI desenvolve uma falsa ideia de Tradição no sentido evolucionista. Por outra parte, dizer que “A Igreja perpetua e transmite tudo o que ela é e tudo o que ela crê” não carece de ambiguidade. De um lado, porque para Bento XVI e o Vaticano II, o sujeito fundamental que transmite a Tradição é a Igreja no sentido de Povo de Deus completo, sujeito vivo que caminha através da história; do outra, porque o magistério da Igreja não transmite o que a Igreja é e crê, senão que transmite, conserva e defende o depósito objetivo da fé, recebido de Cristo pelos Apóstolos, o conjunto de verdades reveladas por Deus, conservando sempre o mesmo sentido. Para Bento XVI, a Igreja povo de Deus transmite sua crença e há que entender por isso uma experiência no sentido imanentista. Seria melhor dizer que o magistério da Igreja ensina com autoridade, em nome de Deus, o significado definitivo e imutável da verdade revelada, recorrendo a expressões normativas que são os dogmas. Nós, (Mons. Fellay...) não podemos dizer sem maior precisão que o Vaticano II aclara, aprofunda e explica certos aspectos da vida e da doutrina da Igreja. Porque no espírito de Bento XVI, o Vaticano II quis redefinir a relação entre a fé da Igreja e certos elementos essenciais do pensamento moderno. Isto conduziu a contradizer ou questionar o ensinamento constante de Tradição católica sobre alguns pontos essenciais. A liberdade religiosa está em contradição com a Tradição. O ecumenismo e a colegialidade estão também em ruptura com a Tradição. Recordemos o que disse Monsenhor Lefebvre em 1978: “Nós professamos a fé católica íntegra e totalmente... Nós rechaçamos e anatematizamos tudo o que foi rechaçado e anatematizado pela Igreja... Na medida em que os textos do Concílio Vaticano II e as reformas pós-conciliares se opõem a doutrina exposta por estes Papas anteriores ao Vaticano II, e deixam livre curso aos erros que eles condenaram, nós nos sentimos em consciência obrigados a ter graves reservas sobre esses textos e sobre estas reformas”. (em Itineraires nº 233, maio 19 pág. 108-109). Temos que repetir o que nosso fundador repetiu sempre: “dizer que vemos, que julgamos os documentos do Concílio à luz da Tradição, isso significa evidentemente que rechaçamos aqueles que são contrários a Tradição, que interpretamos segundo a Tradição os que são ambíguos e que aceitamos os que são
  • 5. Página |5 conformes a Tradição” (Em Vue de haut n.13, p.57). Precisões que são ainda mais necessárias, pois as autoridades romanas jogam com a palavra tradição. “No pensamento do Santo Padre e no pensamento do Cardeal Ratzinger, se compreendi bem, haveria que chegar a integrar os decretos do Concílio na Tradição, moldando-os para fazê-los entrar a qualquer preço. É uma empresa impossível”. (em Vue de haut, n. 13, p.57). Nós não podemos deixar supor que seria possível e necessário conciliar o Vaticano II e a Tradição; nós perderíamos a liberdade de denunciar os erros e estaríamos metidos na jaula de ouro dos “espaços de liberdade teológica” dos quais fala Monsenhor Ocariz. /III,7. Não podemos conformarnos com afirmar que o NOM é válido. A nova missa é má em si mesma. Ela representa uma ocasião de pecado de infidelidade. Este é o porquê ela não pode constituir matéria de obrigação para santificar o domingo. No tempo em que Roma reconhece os dois ritos, é necessário recordar: “a respeito da nova missa, destruamos imediatamente esta ideia absurda: se a nova missa é válida, se pode participar nela. A Igreja sempre proibiu assistir as missas dos cismáticos e hereges, ainda que sejam válidas. É evidente que não pode participar nas missas sacrílegas, nem nas missas que põem nossa fé em perigo” (em Troadec, Clovis 2005 p.391). /III, 8. Nós sempre rechaçamos o novo código de 1983. “Está imbuído de ecumenismo e personalismo, ele peca gravemente contra a finalidade mesma da lei” (Mons. Lefebvre, Ordo da FSSPX p.4). Além disso, o novo código é o veículo do espírito da nova eclesiologia, democrática e colegialista. Conclusão. Esta declaração, portanto, é profundamente ambígua e peca por omissão contra a denúncia clara e nítida dos principais erros que proliferam no interior da Igreja e que destroem a fé dos fiéis. Esta declaração, tal qual se apresenta, deixa supor que nós aceitaríamos o pressuposto da hermenêutica da continuidade. Tal documento, princípio de um acordo, voltaria a este equívoco desde o começo e favoreceria todas os desvios subsequentes. DOUTRINA E COSTUMES, de Andrés de Asboth Revista “Roma”, n° 33, abril de 1974, (fragmento). Nas épocas de decadência existe uma verdadeira epidemia que mata a personalidade. Não essa falsa personalidade contestatária que cheia de vaidade se crê rebelde, não fazendo mais que seguir a moda, senão a personalidade que nasce de uma afirmação livre do que, iluminado pela reta razão, parece correto ao cristianismo. Existe uma falta de virtude da fortaleza, como dizemos mais acima, a que traz essa mania de “integrar-se na comunidade”. “Não queiras amar o mundo, nem as coisas mundanas. Se alguém ama o mundo, não habita nele a caridade do Pai. Porque tudo que há no mundo, é concupiscência da carne, concupiscência dos olhos, e soberba da vida; o qual não nasce do Pai, senão do mundo. Passa o mundo e sua concupiscência; mas o que faz a vontade de Deus, permanece eternamente” 1. Existe um erro muito difundido por toda parte que o “bom” vive em paz com os que o rodeiam. Este erro trás como consequência um temor excessivo, entre os cristãos, em chocar, em estar contra o que diz a corrente. Naturalmente não se deve ser ofensivo sem motivo, mas não há que esperar que da serena afirmação da verdade, do autêntico apostolado que busca converter e não conviver, da profissão da reta doutrina e do desagradável exemplo, para muitos, dos bons costumes, não podem surgir antagonismos. Estes antagonismos um cristão deve os aceitar como uma cruz e não acomodar sua doutrina para evitar que surjam. As divisões já estão anunciadas no Evangelho. Eu vim lançar fogo à terra, e que tenho eu a desejar senão que ele arda? Mas devo ser batizado num batismo; e quanto anseio até que ele se cumpra! Julgais que vim trazer paz à terra? Não, digo-vos, mas separação. Pois de ora em diante haverá numa mesma casa cinco pessoas divididas, três contra duas, e duas contra três; estarão divididos: o pai contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora, e a nora contra a sogra 2. Nenhum cristão de verdade deve estranhar que o mundo não o queira, mais ainda, é uma honra ser odiado pelo mundo, pois isto nos faz semelhantes a nosso Redentor. “Se o mundo
  • 6. Página |6 vos odeia, sabeis que primeiro que vós, odiou a Mim. Se fôsseis do mundo, o mundo os amaria como coisa sua; mas como os escolhi, por isso o mundo vos odeia” 3. Eu lhes ei comunicado sua doutrina e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu tampouco sou do mundo. Não te peço que os retireis do mundo” 4. Como se vê, a oposição do Salvador e seus apóstolos com o mundo, a quem Ele se refere nestas passagens, é bem radical. Esta oposição não nos deve desanimar em nada. A vitória final sempre é de Deus. Nós só devemos obedecer-lhe. “Porque o amor de Deus consiste em que observemos seus mandamentos. Seus mandamentos não são pesados, pois todo filho de Deus vence o mundo. O que nos faz alcançar a vitória sobre o mundo é nossa fé.“Quem é o que vence o mundo, senão o que crê que Jesus é o Filho de Deus?” 5. UNIÃO DOS BONS O homem é sociável por natureza. Talvez dos muitos o que mais sente é a solidão; os oprime o ambiente hostil. O ambiente cristão facilita a virtude. Por isso as pessoas e famílias de reta doutrina e de bons costumes devem unir-se, devem ver-se muito, fazerem-se amigos e aprender a conviver. Assim se animarão mutuamente em perseverar no bem. Mas aqui existe um ponto muito importante que mal enfocado pode colocar tudo a perder, pois estes grupos de boa gente podem converter-se, em vez de lugar de santificação, em centros de ruína e condenação. Existe o perigo, dado o culto que se rende em toda parte ao cômodo e ao fácil, que em vez de tomar o exemplo da pessoa ou família mais virtuosa, mais modesta e mais mortificada nos costumes, se siga a mais liberal e a que mais se acomoda nas modas, raciocinando assim: “se estes que são tão bons e falam tão bem, o fazem, se poderá fazer”. O caminho é exatamente o contrário, o “oppositum per diametrum”. A Virgem de Fátima pediu oração e penitência. Estamos tão baixo por seguir sempre o mais fácil, por rebaixar o ideal e a norma. Estas reuniões de boa gente – sob pena de serem centros de corrupção – devem ter como regra seguir a pessoa e a família do grupo que seja a mais virtuosa e a mais severa consigo mesma. Somente assim progredirão no bom caminho. O SANTO ROSÁRIO Estamos no tempo de Maria. As aparições de Nossa Senhora em Fátima nos introduzem em um novo período da história, o de seu Imaculado Coração, cujo triunfo anunciou. Ademais, ela é medianeira de todas as graças e a boa doutrina e os bons costumes são graças. A ela devemos recorrer para pedi-las. A oração preferida da Santíssima Virgem é o Rosário. “Desde que a Santíssima Virgem deu uma eficácia tão grande ao Rosário não existe nenhum problema material, espiritual, nacional ou internacional que não possa ser resolvido pelo Santo Rosário e nossos sacrifícios”, disse Lúcia, a vidente de Fátima. Nota-se como é absoluta a afirmação de Lúcia, que também fala de sacrifícios. O santo Cardeal Mindszenty reafirmou que todos os problemas se resolveriam se houvesse um milhão de pessoas que rezassem o Rosário. Esta oração é, por excelência, a oração para vencer as heresias. Talvez seja a razão pela qual os progressistas a detestam tanto. Também é a oração tradicional da família cristã. É a base da doutrina e dos costumes. 1. I epístola de São João 2,1517. 2. Lucas 12,49-53. 3. João 15,18-19. 4. João 17,14-16. 5. I epístola de São João 5, 3-5. [MONSENHOR LEFEBVRE] Extratos da conferência em 13 de dezembro de 1984 em Saint Nicolas, Paris. (...) É, pois uma grande prova a que todos nós sofremos, é a prova da Igreja. Por que enfim, é preciso bem reconhecer, a situação exterior e de certa maneira a situação jurídica (ao menos jurídica no sentido do direito puramente literal) não é normal, é verdade. Assim, não temos relações normais com os bispos, com os padres que estão a nossa volta e que fazem também um apostolado. Qual apostolado? Mas enfim, estes são padres que estão nas paróquias ainda; as relações que temos com eles não são, evidentemente, relações que deveríamos ter normalmente na Santa Igreja. Sem relações normais com os bispos, com os padres que nos cercam, sem relações normais com os religiosos e religiosas, com uma boa parte dos fiéis, com Roma mesmo. É uma provação terrível, por que é anormal. Mas esta
  • 7. Página |7 anomalia não vem de nós; vem deles, de todos aqueles que não seguiram a Tradição da Igreja, que em definitivo se colocaram fora da legalidade, fora da Fé, sim, fora da Fé. Mas, de qualquer forma, estamos persuadidos que eles estão errados, eles que mudaram de caminho, eles romperam com a Tradição da Igreja, eles que se lançaram em busca de novidades, estamos convencidos disso; é por isso que não podemos nos reunir com eles, não podemos trabalhar com eles; não podemos colaborar com pessoas que se afastaram do espírito da Igreja, da Tradição da igreja. (...) Quem não tem Jesus Cristo não tem o Pai, diz São João, e não tem o Pai quem não tem Nosso Senhor Jesus Cristo. Essa guerra instaurada pelos judeus e que é continuada pela Maçonaria é dirigida por Satanás, por todos os meios. Então chegamos à traição, a traição dos católicos pelo liberalismo. Os liberais são aqueles que se comprometem com essas pessoas, com aqueles que proclamam a liberdade e independência de Deus, nos Direitos do Homem. Com efeito, a liberdade religiosa não é outra coisa que um dos artigos da Constituição dos Direitos do Homem, da proclamação dos direitos do homem e mesmo ecumenismo não é senão uma consequência da liberdade religiosa, da “igualdade”; da igualdade que arruína toda a natureza como o Bom Deus a fez. Somos todos nascidos desiguais. Sem dúvida somos iguais por nossa natureza, mas o Bom Deus quis que fôssemos desiguais nos dons, nos dons que Eles nos deram para a organização da sociedade. Entre nós, para que haja uma ordem cristã, uma hierarquia cristã. Essa desigualdade está fundamentalmente na natureza querida por Deus; mesmo a propriedade privada, que dá fundamento as desigualdades, é querida por Deus; todas essas coisas são queridas por Deus. Ora, o liberalismo fez um pacto com as ideias satânicas do mundo em revolta contra Deus e contra todas as leis que Deus fez, naturais e sobrenaturais. O liberalismo quer se unir a essas pessoas e admitir esses princípios. Então nós que queremos salvar justamente e reconstituir esta dependência de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo em nós, ao redor de nós, pela intercessão da Santíssima Virgem Maria. Nós nos revoltamos contra aqueles que não querem a dependência de Deus, a dependência de Nosso Senhor Jesus Cristo e contra aqueles que arruinaram a dependência de Nosso Senhor. Ora, é isso que fazem os homens da Igreja atualmente. Nós vemos sob nossos olhares, está claro, em todos os lugares. Desde o Concílio o liberalismo investiu sobre os postos mais altos e importantes na Igreja, desde o Papa até os cardeais de Roma e a Cúria. O liberalismo se implantou na Igreja, é um compromisso dos homens da Igreja com os homens de Satanás, não é um pacto aberto. Não há mais luta contra Satanás, não há mais guerra contra aqueles que proclamam a independência para com Deus. Está tudo terminado; e este pacto foi assinado na ocasião do Concílio abertamente, publicamente com os maçons, com os protestantes, com os comunistas. Nós assistimos a este casamento, este casamento adúltero, abominável entre os homens da Igreja e a revolução e as ideias que vão contra Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo e seu Reino. É abominável. E isto se prova ainda agora recentemente pela entrevista concedida pelo cardeal Ratzinger, entrevista que foi publicada em 14 paginas. Um livro será publicado em breve, no próximo mês de janeiro sobre essa entrevista que, durou vários dias. A pessoa que fez essa entrevista irá, pois, editar um livro. Penso que a frase que será dita aqui por essa pessoa (é uma conversa com o cardeal Ratzinger) vai será seguramente mencionada. Ela é de uma importância capital. Se há muitas coisas boas na entrevista, existem coisas extremamente más nas palavras do cardeal Ratzinger que nos mostram a gravidade da situação atual quando se pensa que o cardeal é aquele que está na cabeça da Congregação dita “para a doutrina da Fé” que, infelizmente, não é mais o Santo Ofício. Eis a frase que se encontra à página 72 desta revista italiana: “Então, um pouco inquieto disse ao cardeal – disse a pessoa que interrogava o cardeal – a situação da Igreja terá verdadeiramente mudado”? “Sim (a resposta é grave), sim. O problema dos anos 60 era de adquirir os valores melhores exprimidos em dois séculos de
  • 8. Página |8 cultura liberal. (Eis o problema dos anos 60). Existem valores que, bem que tenham nascido fora da Igreja. (admiráveis as besteiras ditas: que nasceram fora da Igreja!) Podem encontrar seu lugar, daqui para frente, desde que sejam “depurados e corrigidos” (O que ele quer dizer? Em todo caso os valores podem encontrar seu lugar) em sua visão do mundo. E assim se fez. Está terminado para ele. É um assunto encerrado. A Igreja, durante os anos 60, no decorrer do Concílio praticamente, adquiriu valores vindos de fora da Igreja, da cultura liberal, dois séculos de cultura liberal. Está claro que são os direitos do homem, a liberdade religiosa, o ecumenismo. É satânico. Então o cardeal disse: “Isto já está feito. Mas, acresce ele, agora o clima é pouco favorável. Agora é preciso procurar por um novo equilíbrio”. Ele não disse que é preciso tirar esses princípios, esses valores que veem da cultura liberal, mas que é preciso tentar encontrar um novo equilíbrio. Esse novo equilíbrio é a Opus Dei. O equilíbrio da Opus Dei é um equilíbrio exterior de tradicionalismo, de piedade, de disciplina religiosa, com ideias liberais. É preciso guardar as ideias liberais. Nada de acabar com as ideias liberais. Nada de lutar contra os direitos dos homens, contra o ecumenismo ou contra a liberdade religiosa que é um direito essencial do homem, claro. Então penso que é preciso julgar todos os atos de Roma, atualmente, nesta ótica, na ótica do cardeal Ratzinger por que ele é o porta-voz: guardar as ideias liberais; nada de mudar aquilo de novo que já conquistamos nos anos 60 e que é agora da Igreja. As ideias liberais, certas ideias liberais podem fazer parte da visão que a Igreja tem do mundo, mas é preciso buscar um equilíbrio. Então, para esse equilíbrio é necessário atacar um pouco a Teologia da Libertação, é preciso atacar um pouco os bispos franceses por causa do catecismo, é preciso dar àqueles que tem certa nostalgia da antiga Missa, uma pequena satisfação. É a mesma coisa para a teologia da libertação, não se abandona o princípio, por que, em seus documentos há uma teologia da libertação que é possível, há uma teologia da libertação para os pobres, que não é mais nem menos que a solução marxista da libertação. Eles estão sempre em contradição. Em definitivo, eles dão a impressão de querer retornar a Tradição, mas eles não querem, eles não querem e não aceitam as conclusões que todos estes falsos teólogos e de todos esses bispos que são revolucionários, que levam a revolução a frente. Encontramo-nos atualmente nessa situação. É claríssimo nesta entrevista do Cardeal Ratzinger. Eu penso que é esta visão que deve nos guiar em nossa situação atual. Não nos iludamos crendo que, por estes pequenos golpes que nos são dados de todos os lados, assistiremos um retorno completo a Tradição. Não é verdade. Eles continuam sempre com o espírito liberal. São sempre os liberais que comandam Roma e eles continuam liberais (...). Penso ter dito o que queria vos dizer e vos dar uma mesma linha de conduta nos acontecimentos atuais que vão, talvez, se precipitar. Haverá talvez outras manifestações de certos ‘golpes’ no Vaticano; em meu ponto de vista, é muito perigoso nos aproximarmos agora. Sem aproximações com os liberais; sem aproximações com os eclesiásticos que comandam a Igreja agora e que são liberais. Não pode haver aproximação. Se nos aproximarmos seria uma aceitação dos princípios liberais. Não o podemos, mesmo se nos dessem a Missa de São Pio V, reconhecimentos, encardinações, etc. Um bispo poderia vos dizer “eu vos incardino em minha diocese, vos dou a Missa de São Pio V, mas em vossa paróquia se dirá também a nova Missa. Será preciso que vós aceiteis de vez em quando dar a comunhão nas mãos que agora é costume. Será preciso dizer a Missa virada para o povo que já está habituado a isso. Compreendam que não pode ser feito de outro modo. E depois, enfim, é preciso, sobretudo aceitar o Concílio, com todas as consequências que isso representa, com suas ideias...”. Não é possível, não podemos nos comprometer ! Que eles nos devolvam tudo. Que eles saiam de seu liberalismo, que retornem à Verdade da Igreja, à Fé da Igreja, aos principios fundamentais da Igreja, desta dependencia total das sociedades, das famílias e dos indivíduos à Nosso Senhor Jesus Cristo. Então, neste momento, é que nos darão a Missa de Sempre. Muito bem, então nós estaremos perfeitamente de acordo.
  • 9. Página |9 Haverá um entendimente perfeito e nós poderemos ser reconhecidos e não teremos mais escrúpulos. Como está a Fé do Papa Francisco? Extratos da trágica entrevista ao Jornal La Repubblica. “Os maiores males que afligem o mundo nestes dias são o desemprego dos jovens e a solidão dos idosos.” Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari “O proselitismo é uma solene tolice [nonsense], não tem sentido. Nós temos que conhecer um ao outro, ouvir um ao outro e melhorar o nosso conhecimento do mundo ao nosso redor.” Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari “Santidade, [Pergunta o jornalista] existe uma visão de Bem única? E quem decide qual é ela? [Resposta] Cada um de nós tem uma visão do bem e do mal. Temos que encorajar as pessoas a caminhar em direção ao que elas consideram ser o Bem”. Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari “E repito aqui: Cada um tem sua própria ideia de bem e mal e deve escolher seguir o bem e combater o mal como concebe. Isso bastaria para fazer o mundo um lugar melhor”. Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari “É o amor pelos outros, como Nosso Senhor pregou. Não é fazer proselitismo, é amar. Amar o próximo, aquele fermento que serve ao bem comum”. Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari “O Filho de Deus se encarnou para instilar nas almas dos homens o sentimento de fraternidade.” Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari “Os líderes na Igreja frequentemente foram narcisistas, bajulados e negativamente influenciados por seus cortesãos. A corte é a lepra do Papado”. Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari “A Igreja é ou deve voltar a ser uma comunidade do povo de Deus e os padres, párocos e bispos que têm a cura das almas, estão a serviço do povo de Deus”. Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari “O senhor foi seduzido pelo comunismo? “O materialismo dela [neste momento ele está se referindo a uma professora que ele teve, com quem teve uma amizade. Ela era uma fervorosa comunista] nunca me convenceu. Mas aprender sobre isso por uma pessoa corajosa e honesta foi útil. Descobri algumas coisas, um aspecto do social, que então encontrei na doutrina social da Igreja”. Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari Gostaria de recordar-lhe que Carlo Maria Martini também veio dessa ordem, alguém que me é muito caro e também a você. Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari “Ele [referindo-se a Santo Agostinho] também tinha palavras ásperas para os judeus, com as quais nunca partilhei.” Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari “Pessoalmente, creio que ser uma minoria é realmente um ponto forte.” Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari O Vaticano II, inspirado pelo Papa João e o Papa Paulo VI, decidiu olhar para o futuro com um espírito moderno e abrir-se para a cultura moderna. Os Padres Conciliares sabiam que abrir-se para a cultura moderna significava ecumenismo religioso e diálogo com não crentes. Mas posteriormente muito pouco foi feito nessa direção. Tenho a humildade e ambição de querer fazer alguma coisa.” Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari E a política? [perguntou o jornalista] “Por que você faz essa pergunta? Já disse que a Igreja não lidará com política.” Entrevista concedida pelo Papa
  • 10. P á g i n a | 10 Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari com o Seu modo de tratar-nos, Um apelo: persuadidos “Digo que a política é a mais importante das atividades civis e tem o seu próprio campo de ação, que não é o da religião. As instituições políticas são laicas [Nota: E o Cristo Rei, santidade?] por definição e operam em esferas independentes.” Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari merecemos e A revista obra da entronização, que se publica na Bélgica, distribuiu uma circular - contra a indecência das modas. “E eu creio em Deus, mas não em um Deus Católico, não há Deus Católico, há Deus e creio em Jesus Cristo, sua encarnação. Jesus é o meu mestre e meu pastor, mas Deus, o Pai, Abba, é a luz e o Criador. Esse é o meu Ser. Você acha que estamos muito distantes?” Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari que nos ocupa muito mais do que Comentário do jornalista ateu: Este é o Papa Francisco. “Se a Igreja se tornar como ele e ficar do jeito que ele quer que ela seja, será uma mudança de época.” Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao diretor do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari Encontraremos a paz e paz perfeita, de de que nada ser imensa a bondade de Sua parte, não digo aceitando, porém suportando os nossos serviços. Nas grandes tentações contra a pureza, a fé, a esperança, o que há de mais penoso para nós não é precisamente o temor de ofender a Deus, senão o medo de perder-nos, ofendendo-O. É o nosso interesse a Sua glória. Eis a razão de ter um confessor tanta dificuldade em tranquilizar-nos e reduzir-nos á obediência. Cremos que ele nos engana, transvia e perde, porque nos obriga a deixar de lado as nossas vãs apreensões. Aniquilemos o nosso conceito; não julguemos no por esquecimento nós mesmos... total de do inferno, perturbar a capaz de alma verdadeiramente aniquilada. Créditos à agrandeguerra.blogspot.com.br Retirado do site: fratresinunum.com Sirvamos a Deus com espírito de aniquilamento, trecho de Interiores. Manual das Almas (Excertos do livro: Manual das Almas Interiores, do Pe. Grou) A CONTRA REVOLUÇÃO Sirvamos a Deus com espírito de aniquilamento; sirvamo-Lo por Ele e não em atenção a nós; sacrifiquemos os nossos interesses à Sua glória e ao Seu bel-prazer; então, estaremos sempre contentes O desejo de ser útil instrumento da Santa Igreja levou uma alma piedosa a traduzir e propagar em nosso meio, onde tantas mães cristãs, infelizmente, olvidam a gravidade de seus deveres, a mesma circular. Palavras de Jesus: nós mesmos. Nada há no céu, na terra, nem Vê-se na primeira página a estampa do Sagrado Coração de Jesus; os olhos do Divino Salvador têm uma expressão de imensa tristeza e de infinita ternura; mostra o seu Divino Coração circundado por uma coroa de espinhos; de sua fronte divina corre sangue em abundância. Toda a expressão de Nosso Senhor é de sofrimento...ele sofre... Segue-se a voz autorizada da Igreja que aconselha e exorta as mães de família à observância da lei do pudor. A Liga da Modéstia Cristã de São Paulo: Fazei ler! Fazei circular! Povo meu, que é que te fiz? Em que foi que te contristei? “mães cristãs, tende piedade de mim! Fixe vossos olhos sobre os meus olhos de agonia, sobre a minha boca divina que vos tem abençoado; vós e vossos filhos, sobre meu peito asfixiado de amor e de angústia! Por favor! Não molheis de fel meus lábios ensanguentados e meu Coração Agonizante! Tende piedade de vosso Rei Crucificado! Mães cristãs, eu choro sobre vós. Eu choro lágrimas de sangue sobre vossas filhas, grandes e pequenas!...um sopro infernal de impureza m’as arrancará hoje!...e eu amo-as tanto!... Por meu sangue divino , por Maria Imaculada, Rainha das Dores! Mães, cobri, vesti com uma severa modéstia os lírios que vos confiei, puros como os anjos, no dia do batismo!...
  • 11. P á g i n a | 11 A imodéstia revoltante, abominável dessas meninas e donzelas, fere o meu coração... Eu amaldiçoo a moda infame da nudez que profana sua candura virginal! Ah! Se amanhã estas prediletas de meu coração caírem, ai! A culpa recairá fulminante como uma maldição, sobre vós, mães, por terdes consentido em vossas filhas liberdades e mundanidades mortíferas! Não vos esqueçais jamais disto: eu julgarei as mães e as filhas, não segundo as leis e as modas mais ou menos pagãs, que condeno e amaldiçoo ... Eu vos julgarei inexoravelmente... segundo a minha lei! Eu sou o senhor! Eu sou o único juiz.” Após a guerra, uma vaga imunda invadiu a sociedade, mesmo a que se diz cristã. Eis aqui um detalhe que prova-o eloquentemente a moda mil vezes iníqua de despir as meninazinhas sobre pretexto de elegância e higiene. E a candura?!... Encurtam-se os vestidos até acima dos joelhos, mesmo para a festa da primeira comunhão! Atualmente suprimemse as meias e uma parte indispensável das roupas internas, e isto nas famílias que se consideram como dignas de cristãs!... Olvida-se que a educação da castidade, do pudor – a virtude, a mais delicada, a mais bela de uma moça em toda a idade – começa como toda educação séria, desde a mais tenra infância. Não se aprenderá nunca aos dezoito ou vinte anos o que não se tiver aprendido aos oito e aos dez. Nas ruas e nos passeios, nas escolas e nas famílias, meninas de sete a quatorze anos, mocinhas de dezoito a vinte e três, de bicicleta ou a pé, assentadas ou não, comportam-se com modos que repugnam a mais elementar decência social e cristã. Felizmente Nosso Senhor vela pela sua Igreja. Os Bispos do mundo inteiro protestaram com indignação; e o santo Padre Bento XV lançou sentença de morte contra as modas do pecado. Mães, escutai o Vigário de Jesus Cristo: “A formidável torrente de vícios que inunda a sociedade moderna, recebe um funesto apoio do abuso que é a moda indecente. E esta moda, por negligência ou, pior ainda, pela vaidade culpável de tantas mães de família, se estende desgraçadamente até ás meninazinhas, expondo a um grandíssimo perigo a candura de sua inocência. Entretanto, se semelhantes calamidades contristam nosso coração paternal, nós somos consolados por outra parte, vendo surgir felizes iniciativas, cujo fim é combater este frenesi de licença na maneira de vestir-se” Benedictus xv, pp. Carta do revmo. P. Matéo - 10 de janeiro de 1921 “Quem vos escuta, a mim escuta, disse Nosso Senhor falando de sua Igreja. Ela só, pode ser juiz numa questão de moral. Não há quem possa {...} Mães nobres pois que cristãs, após terdes ouvido este brado de agonia do Coração de Jesus, sem tardar, hoje mesmo, ponde-vos á obra! Encompridai os vestidos de vossas filhas, pequenas ou grandes! Que o Coração de Jesus abençoe vossos lares, perfumados por lírios de inocência e pureza!” Padre Matéo, s.s.c.c. Carta do Exmo. Cardeal Mercier, de saudosa e feliz memória. 30 de julho de 1921 “Caro e revmo p. Matéo – sim, tendes razão; a maneira pela qual hoje as mães imprudentes suportam {...} Educadores e educadoras da infância e da juventude, pesai vossas responsabilidades! Nós vos desencarregamos da nossa, traçando-vos o vosso dever, não deveis trair a vossa, recusando obedecer-nos.” D. J. Card. malines. Mercier, arc. De Liga da modéstia cristã de São Paulo. Obrigações impostas pela liga em obediência às reiteradas ordens e exortações dos santos padres Pio X, Bento XV, Pio XI, atualmente reinante, e do exmo. e revmo. Sr. Arcebispo metropolitano, D. Duarte Leopoldo e Silva: “Meninas, moças e senhoras, devem vestir-se, não somente nas Igrejas, como também no meio da sociedade, de inteiro acordo com as normas do decoro e da moral cristã. Devem usar vestidos fechados, deixando aparecer só o pescoço; mangas até os pulsos; saias até os tornozelos, e que não sejam justas no corpo. (para meninas cobrindo os joelhos.) Não usar pinturas.” Off. Or. “sant. App.” Imprima-se S. Paulo, 16 de fevereiro de 1927. Por comissão de s. Excia. Cônego Dr. Martins ladeira Chanceler Edição Geral Capela Nossa Senhora das Alegrias Vitória/ES Contato: (27) 33455601 (27) 9245-8031