A fábrica do grupo Caoa para produzir o caminhão Hyundai HR em Anápolis (GO) foi inaugurada após atrasos. Inicialmente produzirá o HR com capacidade de 1,8 toneladas e investiu R$500 milhões. O grupo planeja produzir 130 mil veículos por ano em 2010 e dois novos modelos em 2008. A cerimônia contou com a presença do presidente Lula e do presidente da Hyundai.

1. E STA D O D E M I N A S ● Q U A R T A - F E I R A , 2 5 D E A B R I L D E 2 0 0 7
VEÍCULOS 3
HYUNDAI
Décima segunda fábrica instalada no país tem capital nacional e paga para usar
c
tecnologia coreana. Definição por Anápolis (GO) veio após longa polêmica e atraso m
y
CADU GOMES/CB k
Parto difícil
DANIEL CAMARGOS (*)
De Anápolis (GO)
centradas no Nordeste e São Pau-
lo –, pretende iniciar a produção
de dois outros modelos em 2008,
As obras da fábrica do grupo
Caoa continuam até o fim do ano,
com 1,5 mil funcionários traba-
drade tentou instalar a fábrica na
Bahia, mas também não obteve
sucesso. Com o acerto feito com o
Após longo imbróglio para de- o segundo em março e o terceiro lhando na construção. Já na linha governo goiano, a data definida
cidir o local da fábrica, que incluiu em novembro. "Ainda não defini. de montagem, apenas 700 funcio- era março do ano passado. O atra-
a suspensão dos benefícios por Estou entre os utilitários-esporti- nários se ocuparão da produção do so de mais de um ano na inaugu-
parte do governo federal, a fábrica vos Tucson e Santafé ou até o sedã HR. O caminhão é equipado com ração da fábrica chegou a provo-
do grupo Caoa, que pagará royal- Elantra", afirma Andrade. motor a diesel de 94cv de potência, car a suspensão temporária dos
ties para usar tecnologia da corea- O investimento feito até agora tem tração 4x2 e será comercializa- incentivos fiscais concedidos pe-
na Hyundai, foi inaugurada em foi de R$ 500 milhões e, segundo o do em quatro versões: chassi lon- lo governo federal. À época, An-
Anápolis (GO), na semana passa- empresário, serão necessários mais go, com e sem caçamba, e com drade afirmou que um dos moti- Cabine de pintuta do HR, primeiro Hyundai feito no Brasil
da. Inicialmente, a unidade produ- R$ 700 milhões para chegar à meta chassi extra-longo, também com e vos do atraso nas obras foram as
zirá o caminhão leve HR, com ca- de 130 mil veículos produzidos por sem caçamba. Os preços variam fortes chuvas de verão.
pacidade de carga de 1,8 tonelada. ano, volume que o grupo Caoa pla- entre R$ 49 mil e R$ 52 mil, depen-
O empresário Carlos Alberto de neja alcançar em 2010. Andrade ga- dendo da configuração. ILUSTRES A cerimônia de inaugu-
Oliveira Andrade, que usa a cor- rante que o capital é todo nacional A indefinição pelo segundo ração contou com a presença do
ruptela de seu nome como sigla e que não fez nem empréstimo em modelo reforça característica que presidente Lula, de diversos polí-
do grupo que comanda – Caoa, banco para construir a unidade. tem sido freqüente na trajetória ticos locais, além do presidente da
que, além da fábrica, vende 2,5 mil Apesar de sustentar que a monta- da fábrica. Inicialmente, Andrade Hyundai Motor Company, Chung
carros por mês das marcas Ford, dora é a única com capital exclusi- tentou construí-la usando a tecno- Mong-Koo, que chegou a ser pre-
Hyundai e Subaru, em concessio- vamente nacional, a fábrica da logia da Renault, mas as negocia- so na Coréia do Sul, por corrupção,
nárias con- Mitsubishi, instalada ções não evoluíram e a montado- e do ex-tesoureiro do PT Delúbio
em Catalão (GO), pro- ra francesa construiu sua própria Soares, um dos pivôs do escânda-
duz a picape L200 e o fábrica. A desavença terminou na lo do mensalão. Para Andrade, a
utilitário-esportivo Justiça, mas Andrade não revela o presença dos dois não atrapalha a
compacto TR4 com re- valor que receberá, pois ganhou a imagem da fábrica. O empresário
cursos brasileiros. causa dos franceses. Depois, An- disse também que considera De-
lúbio uma pessoa honesta.
HYUNDAI/DIVULGAÇÃO
● (*) Jornalista viajou a convite do grupo Caoa
Caminhão HR
tem apenas 20%
de itens nacionais,
PRETO
incluindo
mão-de-obra
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CYAN
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CYAN MAGENTA AMARELO PRETO pg.03