O documento discute uma carta lamentável e alarmante distribuída clandestinamente em Rio das Flores que continha agressões pessoais e ofensas morais. O autor argumenta que existem formas legítimas de expressar insatisfação política que não ferem a integridade ou bons costumes, e que política deve ser feita com credibilidade, não popularidade. Ele defende a integridade da política em Rio das Flores e motiva os jovens a não construírem o futuro da cidade sobre a imoralidade ou agressividade.
Revista conservadora - Porque o Brasil não tem um partido conservador
O suspiro da democracia
1. O suspiro da Democracia
Há poucos dias me deparei com algo assustador. Pude ter acesso a uma carta
entregue clandestinamente aos cidadãos rioflorenses, cujo conteúdo não pode ser
classificado de outra maneira senão como deplorável, lamentável e, sobretudo,
alarmante.
Deplorável e lamentável, pois é com enorme tristeza que vemos o rumo ao qual está
sendo direcionado o processo político-partidário de nossa amada cidade, ou seja,
agressões pessoais de baixíssimo nível, acompanhadas de ofensas morais de extrema
infelicidade. Alarmante, pois nos remete a uma íntima e profunda reflexão sobre a
qualidade do futuro político de Rio das Flores, mais especificamente no que diz
respeito ao preço a ser pago pelas disputas eleitorais predatórias.
Existem inúmeras formas de demonstrarmos nossas legítimas insatisfações políticas,
porém, as menos recomendáveis ou desejáveis são aquelas que ferem a integridade e
o respeito aos bons costumes civilizatórios.
Esbravejaremos se necessário for; nos articularemos em redes sociais; usaremos
narizes de palhaço; faremos o possível para iluminarmos nossa insatisfação;
entretanto, não podemos nos dar ao luxo de nos desviarmos da racionalidade social.
Aprendi que política se faz com credibilidade e não com popularidade. Agindo de forma
hostil, nós eleitores, acumularemos somente descrédito, mesmo que superficialmente
toda nossa hostilidade possa soar de maneira popular.
Talvez estas palavras possam parecer desconexas ou sem um sentido prático, mas
para nós que amamos nossa cidade e nossos conterrâneos elas ecoam como um
absoluto ao nosso alcance.
Faço questão de esclarecer que tais palavras não objetivam a defesa pessoal de
nenhum governante, político ou cidadão citado na lamentável carta a qual me refiro
inicialmente. Sobretudo, estas são palavras de defesa à Rio das Flores e a integridade
de nossa Política em sua essência existencial.
São ainda, palavras de especial motivação aos adolescentes e jovens rioflorenses que
ao lerem tão explícitas ofensas, saibam interpretá-las de forma lúcida e consciente e
sejam capazes de compreender que o futuro de nossa cidade não deve ser firmado nos
pilares da imoralidade e da agressividade.
A democracia pede uma chance para amadurecer e cabe nós sermos os condutores
desse amadurecimento.
Viva Rio das Flores !!!
Respeitosamente,
Marcus Alexandre Ozorio Macedo
(Guinho)