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SÍRIA
Umarevoluçãocercadaetraída:umarevoluçãoensangüentada
ü Com Al Assad massacrando as massas revolucionárias sírias a conta das potências
imperialistas...
ü Com a revolução síria cercada e caluniada pelas direções traidoras do proletariado
internacional...
ü Com Netanyahu reunido com os chefes dos mandarins chineses, e Kerry com Putin para
buscar todos juntos uma transição que legitime, depois de Al Assad, outro governo
contrarrevolucionário e pró-imperialista...
Agora sim, com as massas massacradas, as forças contrarrevolucionárias do
sionismo podem atacar de forma covarde a nação síria...
O imperialismo busca disciplinar seus gerentes contrarrevolucionários na região
e ficar com todo o saque
A ultima palavra não está dita:
Para derrotar o ataque contrarrevolucionário do sionismo, a classe operária e os explorados Síria
e Oriente Médio devem conquistar Damasco e marchar com a revolução palestina para tomar
Jerusalém
A classe operária mundial deve colocar-se de pé para romper o cerco à revolução Síria
Ali se luta um combate chave do proletariado mundial
Massacre das tropas de Al Assad contra as massas sírias
2
um regime burguês pós revolução que dê estabilidade a– No 4 e 5 de Maio a aviação sionista bombardeou
Síria e a toda região.alvos militares de Al Assad e das brigadas da Guarda
A r e v o l u ç ã o s í r i a t e m s i d o t r a í d a ,Republicana Iraniana e do Hezbollah, que atuam nasI cercada...ensanguentada. Ali o imperialismoredondezas de Damasco, como escudo militar e guarda
concentrou forças para conter a cadeia depretoriana do assassino Al Assad. As forças
revoluções que vinha desde a Tunísia. Com essacontrarrevolucionárias do sionismo dizem que o ataque
cadeia de revoluções que ameaçavam desde o Egito efoi para impedir o transporte de armas até o Líbano. Este
Líbia, desde Iêmen a Bahrein, agora expropriadas eargumento é tão somente uma desculpa para justificar
traídas, o imperialismo pode, pela primeira vez, usar seuuma intervenção militar, já diretamente do sionismo e do
gendarme sionista para atacar as massas e aos povosimperialismo, na Síria, em momentos em que o chacal e
oprimidos do Oriente Médio. Com as massas síriasassassino Al Assad tem consumado um brutal genocídio
sublevando se em Hama e Homs; Com a praça Tahir emcontra as massas sírias e sua heroica revolução. Fica
chamas pela revolução; com as massas líbias tomandocada vez mais claro que o regime assassino de Al Assad
Trípoli com as bandeiras da Palestina; e na Tunísia comjá fez o trabalho sujo de massacrar as massas a conta de
a classe operária deslocando o regime assassino detodas as potências imperialistas. Chegou a hora de que
Bem Alí, jamais poderia ter intervido o gendarmeseus chefes, as potências imperialistas, acariciando seu
sionista, nem sequer para alertar que esta ali comocão de guarda do sionismo comecem a implementar o
reserva estratégica da contrarrevolução na região.processo de transição para a saída de Al Assad, e assim
O imperialismo utilizou todos seus agentesserem eles quem ficarão com o saque da nação Síria,
para cercar, conspirar e massacrar as massas damas sempre impedindo que sejam as massas as que o
Síria. Lá planificou provocar uma derrota estratégica àsderrotem de forma revolucionária, como ocorreu na Líbia
massas revolucionárias do Magreb e Oriente Médio. Ocom Khadafy.
pode fazer, porque as direções traidoras e os partidosÉ que o imperialismo necessitava concentrar
social-imperialistas repartiram os papéissuas forças contrarrevolucionárias e destruir a revolução
contrarrevolucionários, uns sustentaram o genocida AlSíria para cortar a cadeia de revoluções que, desde 2011
Assad e os lacaios do imperialismo da Rússia e China, ede Túnez a Yemen, da Líbia ao Egito, e com Síria
outros sustentaram os covardes generais do ESL e osublevada, ameaçava chegar a insurrecionar as massas
governo sírio escondido em Qatar, para que de dentro dapalestinas para sejam estas a vanguarda da revolução
revolução, desarmem as massas, as controlem e limitemproletária e socialista em toda região.
todo seu poder.Mais de um milhão e quatrocentos mil explorados
sírios estão amontoados em campos de refugiados nas
Agora sim, o ataque do sionismo é para alertarfronteiras do Líbano e Turquia; quatro milhões de
que cada agente do imperialismo da região deve jogaroperários e camponeses perambulam pela Síria
seu papel, para isso lhes pagam. Um novo momento daensanguentada com suas casas destruídas; Mais de
revolução e da contrarrevolução na Síria se iniciou. O350.000 mortos jazem enterrados em fossas comuns,
mais pérfido dos momentos: a burguesia tentanos terrenos baldios e nas ruas, a maioria crianças e
consolidar, no terreno da negociação, o triunfo quemulheres, e habitantes dos bairros operários mais
c o n s e g u i u c o m e n g a n o s , c o m c e r c o simportantes dessa nação, produto dos bombardeios
contrarrevolucionários, com calúnias das direçõesaéreos do Exército de Al Assad e o extermínio casa por
traidoras, com tiros pelas costas, com bombardeios decasa.
extermínio no campo de batalha contra os explorados.O cão Al Assad, já jogou todo seu papel e sua
Não está dita a ultima palavra, a revolução síria efunção de massacrar as massas revolucionárias da
seu destino se resolverão nos combates aindaSíria e afunda a revolução em um banho de sangue.
inconcluídos de uma revolução que ainda mantém asPara o imperialismo, nestas condições e com este
chamas acesas na ultima trincheira, e centralmente noresultado, não pode ser Al Assad quem garanta manter
combate da classe operária no Magreb, Oriente Médio
e a nível internacional.
A partir deste momento, a luta por recuperar
Damasco e esta revolução traída e ensanguentada,
só será possível se a classe operária internacional
rompe com as direções que a impedem de
conquistar a unidade internacional do proletariado
para destruir o cerco aos seus irmãos sírios. É que
a luta por Damasco, como esta colocada nesta
revolução, se resolve como começam a fazer as
massas na Líbia: enfrentando abertamente o governo
de transição; lutando pelo pão que lhes foi negado na
Tunísia, Egito e Iêmen, como seguem negando,
levando a condições de barbárie a classe operáriaMassacre das tropas de Al Assad contra as massas sírias
3SÍRIA
europeia, norte-americana e do resto do planeta.
Tanto sangue derramado foi por uma vida
digna, para poder comer e contra a carestia da vida.
Por isso a luta por recuperar Damasco, é a luta para
que a revolução do Magreb e Oriente Médio devenha
abertamente em revolução socialista, para poder
assim expropriar a burguesia chegando a Damasco e
marchar com a classe operária palestina para tomar
Jerusalém.
II- Há um mês e meio Obama, em sua visita a
seu sócio Netanyahu, declarou que Israel era o seu
único aliado estratégico na região e que este tinha o
direito de defender suas fronteiras como desejar. Mas
deixou claro que, todavia não poderia atacar o Irã, suas leis, e etc., porque o Estado ficaria totalmente
senão que era o momento de mandar as tropas desarticulado e as massas armadas.
republicana iranianas, para colaborar e sustentar Al O objetivo do imperialismo é que a Síria não
Assad e seu exército, para que este não se desintegre possa ser uma nova Líbia. Por isso hoje sustenta a Al
em Damasco, antes que cheguem as massas para Assad com a Rússia e a China ante o genocídio e hoje
derrotar o cão genocida. com os Aiatolás iranianos e o Hezbollah sustentam o
massacre em Damasco e a casta de oficiais assassinos
O imperialismo ianque aprendeu lições com a do exército, porque assim garante dar estabilidade ao
Líbia: Gaddafi havia ensanguentado Trípoli quando a futuro governo de transição. Para não restar dúvidas, o
revolução recém começava; a OTAN, contudo, com imperialismo sabe o que busca: os oficiais de Al Assad
bombardeios seletivos em Brega ataca as milícias para sejam a base do “novo exército” junto aos generais do
que não avancem a Trípoli; Bengasi estava cercada por exército Sírio Livre (ESL), que se mantenha desarmadas
Gaddafi. A revolução parecia contida sobre o “auspício” as massas e que se inicie uma saída ordenada de Al
da OTAN, os generais de Gaddafi e o CNT negociavam Assad do governo, sem que ameace as instituições de
um “governo de transição”, porque já davam por domínio burguês na Síria. È justamente para isso que se
controlada e cercadas as massas. A zona Oeste da fez um genocídio.
fronteira com Tunísia estava novamente contralada por O Imperialismo não foi nem vai buscar
Gaddafi. Mas tudo se derrubou: as massas romperam o democracia, a liberdade, a independência da nação
cerco de Brega; derrotaram as tropas de Gaddafi em Síria, nem muito menos fazer caridade e dar pão aos
Bengasi e Misrrata, apesar e contra o CNT; recuperaram esfomeados e explorados. Estados Unidos, como
Zuawya à Oeste e assim, o avanço das massas á Trípoli chefe dos bandoleiros imperialistas vai garantir o
se fez irreversível fazendo quebrar o pacto de transição poder dos exploradores e conquistar um governo
entre o CNT, Gaddafi e a OTAN. que lhe permita manter o saque da nação Síria. Esse
Este pacto incluía que os generais de Trípoli de é o plano de transição que o imperialismo começou a
Gaddafi, junto aos generais do CNT, reunificaram a casta implantar e que, como veremos depois, não somente
de oficiais do exército e com velhos e novos políticos disciplinou aos Aiatolás iranianos em Damasco, senão
burgueses se conformara o novo governo de transição, também ao ESL e à Jabat Al Nusra nos território
mantendo um forte poder em Trípoli com a vida de liberados, e também à Rússia e China, que nesta fase de
Gaddafi a salvo e com as massas desarmadas cidade a negociação cumpriram o mandato de seu amo
cidade. Nada disso sucedeu, o poder do Estado ficou imperialista. Seu modelo é a transição do Egito e Tunísia
destruído e com as massas armadas tirando o governo e se for possível e a relação de forças o permitir, a de
de Gaddafi. Iêmen.
Este é o cenário de pesadelo de imperialismo e A junta militar assassina, com a Irmandade
da OTAN: que se abra na Síria uma crise revolucionária Mulçumana cogovernando o Egito, é o modelo para
nas alturas e quebrem todas as instituições de domínio aplicar se na Síria. Mas, neste caso com a burguesia do
burguês, ficando as massas armadas. Isso exaspera o Qatar, a burguesia alauíta de Al Assad e com este...
imperialismo que ainda hoje lamenta aquele primeiro Muito longe da Síria.
triunfo das massas na Líbia. Seu embaixador ianque
devorado pelo fogo da revolução que ainda está viva em
Bengasi demonstra isso. III-Na fase atual da revolução Síria se desmorona a
O imperialismo aprendeu dessa experiência.
farsa e a mentira do “eixo do mal” que pregava Bush e oPara que isso não aconteça hoje na Síria mandou a
imperialismo norte-americano. Para o imperialismo oguarda republicana iraniana sustentar a Al Assad em
único “eixo do mal” é a classe operária que explora e osDamasco, fortalecer sua casta de oficiais
povos que oprime. A burguesia iraniana é sua sóciacontrarrevolucionária, e tomar até a ultimo bairro e casa
menor, todos membros de uma mesma classede Damasco, porque está é a condição para iniciar todo o
possuidora. Hoje, na Síria, o imperialismo utiliza os seusgoverno de transição, inclusive semAlAssad.
agentes da burguesia xiita iraniana, para sustentar oA chave do imperialismo é que a revolução não
exército deAlAssad em Damasco.destrua todas instituições de domínio burguês, como o
Desde que Obama, como chefe dos piratasexército, sua casta de juízes, os partidos burgueses,
Os ministros de relações exteriores
dos E.U.A , Rússia, Kerry e Lavrov
4
ianques, reconheceu que devia iniciar a retirada de suas Assim o imperialismo trata seus agentes, a
tropas do Afeganistão e Iraque são os Aiatolás que lhes história o demonstra. Utilizou os Aiatolás para esmagar
cobrem as costas – sendo uma maioria absoluta do os Shorás e os conselhos operários da revolução
governo do protetorado deste país -, encarregando se de iraniana, depois mandou Saddam Hussein, para em uma
massacrar toda resistência antiimperialista da nação guerra entre povos irmãos, provocar um massacre nas
iraquiana depois te ter derrotado sua própria classe massas do Oriente Médio.
operária pelos levantamentos pelo pão em 2009. Os Aiatolás pediram mais negócios pelos seus
Quando Obama assumiu e disse a burguesia xiita do Irã serviços. O imperialismo só os utiliza hoje, pra amanhã
que viria a “dar lhe a mão”. Agora lhe deu a mão, fuzis e tirá-los do meio como sócios menores e ficar com todo o
dinheiro para que colaborem com ele. petróleo do oriente Médio, começando pelo do Irã.
Esses são os duros e inflexíveis fatos contra os Esta é a lógica e a dinâmica da revolução e da
que batem os dentes de todas as correntes que posam contrarrevolução, e disto se trata a contraofensiva que o
de antiimperialistas ante a classe operária mundial e só imperialismo lançou, medindo cada passo da relação de
são lacaios do imperialismo. O Irã ameaçava enfrentar forças e utilizando todos seus agentes, e conquistando
os Estados Unidos em todo o Mediterrâneo, meses novas posições desde as quais lançam novos ataques
atrás. Anunciava-se a mãe das batalhas... com uma contra os explorados.
delegação da ONU com dois chamados a fazer o
embargo e com ameaça de um míssil do sionismo, a Em Washington, o parlamento e o senado norte-
burguesia iraniana se enquadrou diante de seu americano levam meses discutindo como pode ser que
comandante em chefe Obama. E marchou a sustentarAl caiu seu embaixador na líbia. Obama acalma seus
Assad em Damasco. sócios de Wall Street: “correrá mais sangue no Oriente
Médio,voltaremos à Líbia para vingar nosso embaixador
H e z b o l l a h , s ó c i o n o s n e g ó c i o s d e quando terminarmos de massacrar as massas da Síria,
telecomunicações e com a presidência do Líbano em Egito, Palestina, recuperaremos a Tunísia e assim
suas mãos, depois de atacar violentamente as massas chegaremos à Trípoli.” E afirma também que: “ É
do Líbano que lutavam para entrar no combate junto aos preferível perder a vida de um embaixador e não intervir
seus irmãos na Síria, enviou suas guardas pretorianas a antes do tempo com a invasão norte-americana na Líbia
combater na Síria, junto aAlAssad. arriscando nos a perder o controle de toda região e
A burguesia xiita e os Aiatolás têm experiência incendiar todo o Oriente Médio”. Essa é a relação de
em esmagar, estrangular e massacrar revoluções. forças que haviam conquistado as massas, que hoje
Foram os que usurparam, expropriaram e encheram de Obama quer recuperar, massacrando na Síria com Al
sangue a revolução iraniana no começo dos anos 80, Assad.
dirigida pelos comitês de soldados, e os conselhos Por isso a classe operária freia a besta
operários que demoliam o regime e o governo do Xá imperialista, o que fará correr rios de sangue contra
Reza Pahlavi. A burguesia xiita, exilada em Paris, foi novas guerras contra proletariado internacional, do
enviada rapidamente para, com a desculpa de um Oriente Médio e do magerb árabe em particular.
regime teocrático, por em pé um clássico regime
bonapartista que expropriou a revolução e massacrou ao As direções traidoras do proletariado
melhor da vanguarda operária e dos soldados que mundial entregaram a Síria, como fazem com todas
protagonizaram uma heroica revolução. as lutas de nossa classe. Vencer essas direções
Esta tragédia, o estrangulamento da revolução traidoras derrotá-las em seu avanço, é a garantia da
iraniana, levou a sua derrota e permitiu o imperialismo vitória. Esta é a tarefa que temos adiante, nós trotskistas
lançá-lo a Saddam Hussein em uma guerra fratricida que lutamos pela refundação da IV Internacional.
contra o Irã para escarmentar as massas da pérsia com
quatro milhões de mortos.
V- Obama mandou a seu agente sionista fazer
uma demonstração de forças com este bombardeioIV-Reafirmamos então que o ataque atual do
seletivo, também para enviar lhes um aviso do que
s i o n i s m o s i g n i f i c a u m a l e r t a à s f o r ç a s
sucederá às massas palestinas que se encontram em
contrarrevolucionárias dos Aiatolás iranianos, ao
um estado de efervescência próximo à revolta. 4500
Hezbollah e mesmo aAlAssad, de que quando se pactue
presos palestinos combatem, com greves de fome, nos
o governo de transição seja sem Al Assad; Hezbollah já
cárceres do infame estado sionista de Israel. As pedras
não será necessário na Síria e deverá voltar
das crianças palestinas já anunciam o início de uma
disciplinadamente ao Líbano para cuidar da fronteira ao
nova Intifada.
norte do estado sionista; e os Aiatolás deverão seguir
Os colonos sionistas, armados até os dentes,
controlando as massas iraquianas, posto que senão as
têm ocupado as melhores terras da Cisjordânia e de
bombas cairão sobre oTeerã.
Jerusalém a Leste. Assim o sionismo se prepara para
Por quê? Porque se é derrotada essa cadeia de
discutir o plano de “Dois Estados”.
revoluções que enfrentou abertamente o imperialismo e
Dia a dia se sucedem choques entre as massas
seus governos capachos do Magreb e oriente Médio, os
palestinas com seus carcereiros sionistas em
Aiatolás iranianos, depois de serem utilizados como
Jerusalém, Gaza e na Cisjordânia.Aburguesia palestina
tropas terrestres da OTAN e gurkas no Iraque e na Síria
de Al Fatah e Hamas controla cada vez menos as
já não serão necessários e estarão garantidas as
massas, cada negociação com o sionismo invasor pode
condições para que o ataque imperialista no Irã seja
significar seu derrocamento por parte das massas, que
realizado.
5SÍRIA
não aceitam o “reconhecimento” da Palestina ocupada contra a entrega da nação ao imperialismo por parte de
nos campos de concentração de Gaza e Cisjordânia. seu lacaioAlAssad
Enquanto na Síria, os refugiados palestinos têm entrado
ao combate contra o assassino Al Assad e também o Em sua ofensiva revolucionária iniciada em
fazem no Líbano. 2011, com o método da guerra civil e da insurreição,
as massas ameaçavam transformar Síria em uma nova
O duplo caráter desta ação contrarrevolucionária Líbia, partindo horizontalmente o Exército assassino,
do sionismo é para garantir ao imperialismo o enquanto começavam a se colocar de pé os comitês
disciplinamento de todos seus agentes, ficar em posição operários armados e de soldados, chamados “comitês
de contraofensiva para destruir as massas palestinas de coordenação”, que dizer, os organismos de
que começam a se sublevar e poder iniciar manobras combate e auto-organização das massas sublevadas.
ofensivas contrarrevolucionárias em toda região quando Esta luta revolucionária chegou às portas de Damasco e
seu amo ianque o solicitar. ameaçava derrotar o chacal Al Assad, como ontem o
fizeram as milícias líbias entrando em Trípoli. O
imperialismo não podia permitir que a cabeça de Al
VI - Na Síria se concentraram todas as Assad rodasse como a de Gaddafi em Sirte pela mão das
massas.forças contrarrevolucionárias para esmagar as
massas e cortar a cadeia de revoluções aberta no
Mas há anos o imperialismo não podia intervirMagreb e Oriente Médio há dois anos. Não era o
de forma direta e muito menos o sionismo, porquesionismo, nem nenhuma força do imperialismo a que de
teriam regado com gasolina o fogo da revolução queforma direta pode intervir para frear as insurreições que
corria em toda região. Por isso era o mesmo chacalcidade a cidade, de Homs a Deraa, Alepo, Raga, Hama,
AlAssad quem tinha que cumprir essa função.Idlib, se levantavam na Síria, nos combates pelo pão e
VII – O imperialismo e seus agentes têm O imperialismo tem percebido que mesmo
com as bombas de Al Assad e o ESL controlando aslançado uma contraofensiva contra as massas, que a
massas, não conseguiram derrotá-las, nempartir de 2011 tinham começado uma cadeia de
desarmá-las até o final. Milhares refutam ante orevoluções no Oriente Médio e no Magreb. Nela buscam
avanço de Al Assad, mas continuam com suastraçar um plano para reverter a relação de forças a seu
armas. A base do ESL enfrenta a cada passo aosfavor.
generais “de nenhuma batalha”. ParafraseandoInglaterra, França e Alemanha insistem em que
Trotsky, a propósito da guerra civil espanhola,deve se armar abertamente o ESL para que este chegue
poderíamos dizer que nesta “frente republicana” oua Damasco, inclusive expulsando a Jabhat Al Nusra e
“pela democracia” do governo de Qatar e o ESL jásuas milícias islâmicas da burguesia saudita que
estão surgindo e devem surgir ainda muito maisbuscam uma fatia dos negócios da Síria, com a queda de
generais como Al Assad. É que eles são osAlAssad.
encarregados de desarmar as massas. Por agora
têm conseguido que as massas não expropriem aAs distintas potências imperialistas discutem
burguesia nos territórios liberados de Al Assad.entre elas como melhor pregar os últimos pregos do
Também por agora, têm conseguido discipliná-lascaixão da revolução Síria, que ainda temem...
militarmente em sua grande maioria.
O Imperialismo norte-americano, por agora, não
Estados Unidos descrê da alternativa quecompartilha da posição de seus aliados imperialista.
propõem França e Alemanha, que estão nervosas peloCom um fino instinto de classe, Obama já percebeu que
retardo de Obama em intervir decididamente. Estadoso ESL não poderá controlar as massas, se é ele quem
Unidos como chefe dos bandoleiros imperialistas insisteaparece derrotando Al Assad. Com justa razão, o
em um pacto com Al Assad controlando Damasco, eimperialismo teme que se sublevem as massas ante a
sentando também para negociar em uma mesa junto aosaída de Al Assad e o ESL não possa mais conter uma
governo de Qatar, ao ESL, às burguesias árabes, ànova ofensiva revolucionária. Eles somente podem
Rússia, à China, enfim, a essa corja de bandidos que é acontrolar as massas em retrocesso e depois de um
ONU, para todos juntos discutirem uma saída ordenadagenocídio.
sem Al Assad, e iniciar um regime de transição sob oO ESL é o agente imperialista no interior da
comando norte-americano, com as massas esmagadasrevolução para controlá-la e desarmá-la, não é o
e controladas.agente que as massacra, para isso está Al Assad.
Empurrado pelas massas, o ingresso do ESLa Damasco
coloca o seguinte problema: Quem detém as massas
para que não façam com Al Assad o que fizeram com
Gaddafi, e como na Líbia destruam a casta de oficiais na
Síria, e continuem armadas?
Uma enorme concentração de forças a nível internacional para cercar, trair
e ensanguentar a revolução Síria
6
É que as forças de Al Assad teriam colapsado ao
O ESL é o primeiro enviado contrarrevolucionário perder o controle aéreo da nação, com o que se garantiu
o genocídio e o massacre, devido a que o exército compara controlar as massas desde dentro de seu
sua infantaria e seus tanques se dissolvia ao ingressocombate, e expropriar sua luta
das cidades, passando ao campo das massas
sublevadas.
Todas as manobras do imperialismo foram
VIII – O imperialismo com Obama, desde a suficientes, porque milhares de combatentes se
Turquia, desde a ONU, com seu agente sionista, havia negavam a disciplinar se a estes generais sem nenhuma
compreendido muito bem que faltava ainda controlar as batalha, que vendiam o pão e os alimentos mais caros
massas das zonas em que estas, com heroicidade e nas zonas liberadas que nas zonas controladas pelo
milhares de mortos, haviam conseguido vencer o exército deAlAssad.
exército de Al Assad. Fazia falta, como já dissemos, que A chave do governo de transição na Síria,
as zonas liberadas do exército do cão Al Assad, escondido em Qatar, foi desarmar as massas na
terminaram de ser controladas por esses oficiais resistência e nas zonas liberadas de Al Assad. Um plano
covardes do ESL, que se colocaram a frente dessa tramado cínica e milimetricamente pelo imperialismo,
avançada revolucionária para conte-la, desarmar as com Obama e as transnacionais ianques planificando-o
massas e garantir que nestas zonas não se expropriará e seguindo dia a dia.
ao imperialismo, à burguesia, nem a terra dos
Mas tão pouco alcançava a contenção das
proprietários.
massas. Em uma guerra de assédio, patrulhas e milícias
Eles foram o fatos fundamental para intentar concentravam seu ataque independente contra as
transformar aos trabalhadores em armas e seus tropas de Al Assad e ameaçavam com uma ofensiva
comitês de soldados em um exército regular sob o rompendo o controle pela esquerda do ESL.
comando de ex-oficiais do exército de Al Assad. Hoje
se vestem de “democráticos” no ESL, com um centro de
Desde a Arábia Saudita, impulsionado pelaoperações na Turquia, desarmando as massas e
monopolizando o pão e o controle de alimentos nas burguesia sunita, Jabhat Al Nusra foi enviado para
zonas liberadas. Assim, salvaram a vida de todos os controlar e disciplinar ferreamente a vanguarda
burgueses instaurando governos de “transição” cidade
mais combativa da resistência de Al Assad quepor cidade, baseados no desarmamento das massas.
Este processo, de controle do ESL, é muito rompia com o ESL
instável. Em cidades como Homs e Alepo, sua base
recrutada são os comitês de coordenação, que os ex-
IX – Contra as massas Sírias, se juntaram
generais de Al Assad colocaram sob sua disciplina, tão
enormes forças contrarrevolucionárias, para derrotar esomente para controlar o armamento e dando esmolas
cercar a revolução. Para isso também partiram à Síria,para que as massas possam comer, pelo menos uma
desde Iraque e Arábia Saudita, frações da burguesiavez ao dia.
sunita do mundo árabe, que enviaram, com muitoO ESL esta muito longe ainda de se
dinheiro, “armamento pesado” aos seus combatentestransformar em um exército regular. Muitas
islâmicos da Jabhat Al Nusra. Estes tentaram ganharpatrulhas ainda combatem com seu nome, mas não
prestígio com suas bandeiras da luta “antiimperialista”estão sob seu controle. À medida que esta casta de
do Iraque e Afeganistão. Eles buscavam organizar asoficiais travestida de “democrática” – que tira fotos
milícias que rompiam com o ESL para, com um discursonos combates e depois foge – possa controlar as
“antiimperialista”, terminar de controlá-las e discipliná-massas e seus heroicos combatentes, será um fator
las.importante para definir o ritmo da transição que o
Eles foram os que chegaram a controlar aimperialismo esta preparando. Para eles o massacre
resistência que combatia nas mesmas portas dede Al Assad não é o suficiente, senão que se precisa de
Damasco. Eles conseguiram, enquanto Al Assad osum controle férreo dos generais “democráticos” do ESL.
Jamais poderiam estes oficiais do ESL, que
nunca combateram em uma só batalha decisiva, ter
conseguido esta posição se antes as massas não
tivessem sido massacradas em um verdadeiro
genocídio pela aviação de Al Assad, inclusive por seus
Drones não tripulados, os “amigos” da revolução Síria da
Turquia e Qatar não deram sequer um míssil terra-ar às
massas armadas. O imperialismo tem cuidado muito
bem de não enviar armamento pesado ao ESL por temer
que este caia nas mãos das massas. A União Europeia
impulsionou um bloqueio de armas para Síria, enquanto
Rússia e China armavam até os dentes Al Assad. AS
POTÊNCIAS IMPERIALISTAS DESARMAM AS
MASSAS, E SEUS LACAIOSARMAMATÉ OS DENTES
O GENOCÍDA. Invasão francesa em Malí
7SÍRIA
acusava de terroristas, terminar de controlar o melhor da as guardas de mercenários dos Aiatolás iranianos,
vanguarda síria e sua luta antiimperialista. sustentam junto ao Hezbolah, ao “governo” de Al
Através de Jabhat Al Nusra frações da burguesia Assad em Damasco.
sunita chegaram também para disputar os negócios, O ESL controla grande parte de Alepo, Homs,
igualmente ao que faziam os oficiais do ESL, ante a Idlib e setores de várias províncias ondeAl-Assad foi
futura queda de Al Assad. Agora, nos territórios que a derrotado. A burguesia curda se prepara para
JabhatAl Nusra comanda, repartem-se os negócios com participar no negócio da “paz dos cemitérios”. Os
o ESL. Ambos organizam como seus sócios com os territórios que Jabhat Al-Nusra controla são
burgueses locais, dando lhes proteção contra as massas proclamados por estes como “estado islâmico”,
que ameaçam sua propriedade para comer e fazer para controlar as massas com o Corão, o chicote e
justiça, posto que os burgueses locais eram todos fuzilamento, fazendo jurar fidelidade até a morte.
espiões e informantes deAlAssad contra as massas.
Esta nova mediação para controlar as massas, Na Conferência de Genebra se discutirá “como
que funciona sob a égide da burguesia sunita e saudita terminar com a crise humanitária da Síria”, como
da região, que impõem a “lei do Corão”, dizendo lhes cinicamente o anunciam. Obama obriga, disciplinando
para disciplinar as massas: “entreguem as armas,
Moscou e Pequim a um acordo entre todas as partes em
disciplinem se ao Corão ou executaremos a vanguarda
conflito. Ameaça que se não disciplinam todos seusque não se subordina”.
agentes, o imperialismo ianque se prepara para a
desintegração da Síria, o que seria uma “libanização”
Já se faz público em Moscou o pacto de Obama e sob os bombardeios do sionismo, e virá então um duplo e
Putin, Al Assad, Netanyahu e os mandarins triplo massacre contra as massas. Síria ficará partida em
chineses, o governo do Qatar com o ESL e Jabhat quatro ou cinco regiões com um retrocesso total da
Al Nusra. Todos se preparam para avançar a uma civilização na região.
nova fase do plano contrarrevolucionário para
estrangular a revolução Síria
X – Hoje o Secretário de Estado norte-
americano, Kerry e Putin, acordaram uma
conferência internacional “pela paz” na Síria para
fins de Maio, como ontem haviam acordado, nos
bastidores, armar até os dentes Al Assad para
massacrar as massas da Síria.
Em uma conferência de imprensa dada em
Moscou, no dia 8 de Maio, conjuntamente com o Ministro
de Relações Exteriores de Putin, Lavrov, este ultimo
afirmou que neste momento “Moscou não estava
preocupado com o destino de indivíduos em
particular”.
Sob as ordens de Kerry e Obama, seu lacaio
Putin manifestou que “deve se efetivamente
implementar a criação de um governo de transição”,
agora semAlAssad. Fica claro que Putin é um servente a
mais de Obama e o imperialismo norte-americano.
O imperialismo disciplina todos seus agentes. E
agora? Como que explicam as correntes que se
reivindicam da luta antiimperialista das massas a nível
mundial, este acordo de acatamento disciplinado de
Putin a seu amo Obama, enquanto os mandarins
chineses recebiam as ordens de outro “Ministro de
Relações Exteriores do Pentágono”, que é Netanyahu,
para dar lhes instruções para o ultimo momento?
Aqui, o que fica claro é que Putin, armando Al
Assad para massacrar a revolução Síria, estava sob as
ordens de Obama, que agora viajou para dizer lhe que as
novas ordens são que chegou a hora, depois do
genocídio imposto por seu agente Al Assad, de abrir o
caminho a um “governo de transição semAlAssad”.
A ordem é precisa: não avançam os rebeldes,
nemAlAssad entrega Damasco.
Enquanto se negocia o regime de transição,
Estas são as condições do
m o m e n t o a t u a l d e s t a b r u t a l o f e n s i v a
contrarrevolucionaria contra as massas sírias. Todas as
frações da burguesia, agentes do imperialismo, que
participaram nesta Síria ensanguentada, buscarão
repartir o saque, mas o farão sob as ordens do
imperialismo norte-americano que ficará com a parte do
leão. Ele garantirá que as fronteiras do estado sionista
de Israel não sejam tocadas e que a Síria tenha
estabilidade para atuar como um fator de
disciplinamento das massas em todo o Oriente Médio e
no Magreb.
XI –O plano do imperialismo ianque é cuidadoso,
posto que um erro de cálculo pode provocar para os
exploradores uma catástrofe a saída de Al Assad. As
classes dominantes ainda têm terror que as massas
esfomeadas, com suas famílias massacradas, vejam
como própria a queda do regime de Damasco.
Obama, como um leão ferido, lambe suas
cicatrizes. Deram por derrotadas e cercadas as massas
da Líbia e hoje seu embaixador nesse país “passou
dessa para melhor”, enquanto empresas construtoras
francesas planejam reconstruir sua embaixada ali.
O bombardeio do sionismo na Síria foi para
deixar claro que, na conferência chamada pelos Estados
Unidos e seu lacaio Putin, não falte nada. A tarefa é
agora, como afirmaram Lavrov e Kerry, “convencer o
governo e todos os grupos da oposição a sentar se em
uma mesa de negociação”.
Depois de um ano se decide convocar uma
conferência que foi acordada em Genebra em Julio do
ano passado para “parar a crise humanitária na Síria”. Se
concretiza agora com o trabalho sujo de Al Assad já
cumprido.
8
Enquanto isso, a discussão sobre se existem ou
XIII-O imperialismo ianque sabe muito bem que aonão armas químicas de um ou de outro lado das
trincheiras, não é mais que uma desculpa do interior dos Estados Unidos, as massas, depois de seus
imperialismo que, se decide intervir diretamente, as retrocessos no Iraque e Afeganistão, está posto um
“encontrará” como desculpa para uma intervenção limite muito similar com a derrota do Vietnã em meados
direta. dos anos 70, que o impede um acionar ofensivo e de
intervenção direta como fez Bush nos primeiros anos do
século XXI com os chefes das petroleiras e a Halliburton
XII – Neste momento a negociação das ávidos de negócios e de saque das rotas de petróleo.
quadrilhas burguesas imperialistas se realiza em uma Não é um passo para o imperialismo terminar de
fina cornija, as revoluções do Magreb e Oriente Médio assentar este triunfo contrarrevolucionário na Síria. Está
foram desviadas mas não destruídas. A queda de Al lidando com uma cadeia de revoluções e com os limites
Assad pode significar que as massas martirizadas da que o impõe sua própria classe operária para aventuras
Síria a vejam como um triunfo próprio e queiram fazer militares superiores.
justiça com suas mãos e assim ultrapassem esses Nós, os trotskistas, afirmamos que si se
generais de “nenhuma batalha” do ESL, imposto pelo assenta a contrarrevolução de Al Assad contra as
imperialismo desde a Turquia para controlar e desarmar massas, não será Chávez, Nasser e nem burgueses
as massas nas zonas liberadas do regime assassino de que posam de anti imperialistas, senão o sionismo e
AlAssad. novas invasões imperialistas as que viram sobre o
O plano da negociação da transição, regado Oriente Médio e o Magreb, incluindo Irã, depois de
pelo sangue das massas martirizadas da Síria, já que os aiatolás façam também o trabalho sujo como
começou. Mas os capítulos finais desta estratégia lacaios do imperialismo. E isto já antecipou França
não foram escritos. com sua invasão no Malí, para que com suas bases
Arevolução Síria, também, não é mais do que um militares desde a região subsaariana africana, com suas
elo de uma só revolução em todo o Magreb e Oriente forças contrarrevolucionarias, impedir não apenas a
Médio. Sua sorte dependerá não somente da extensão da revolução do Magreb até o centro e sul do
conspiração, armadilhas e os massacres contra as continente, senão também para poder atacar desde o sul
massas, senão também e fundamentalmente de um à revolução tunisina, libia, egípcia e etc.
revolução cujo fogo ainda não foi apagado desde a O imperialismo, na cadeia de revoluções aberta
Tunísia à Palestina martirizada. em 2011, veio a cair todos os seus dispositivos de
Estamos frente a uma cadeia de revoluções que controle da região, desde Mubarak até Ben Alí e o
perfurou a contenção de todas as direções traidoras do sionismo não podia intervir diretamente, como já
proletariado internacional, como parte de uma ofensiva falamos. Os carniceiros imperialistas choravam a morte
que, desde 2008, com os combates deAtenas, da China, de Khadafy junto com toda a esquerda de Obama,
de Marikana, da classe operária europeia, fizeram enquanto as massas ficavam armadas na Líbia
cambalear toda cidadela do poder, enfrentando a A cadeia de revoluções ficou inconclusiva, mas
bancarrota do imperialismo e a quebra de Wall Street. não foi derrotada. O imperialismo joga na Síria uma
Aultima palavra ainda não está dita. O destino das primeiras batalhas para começar a derrotar a
da questão síria se resolverá, em ultima instância, no cadeia de revoluções que ameaçaram seu domínio
combate do proletariado internacional. em toda a região e por isso tem utilizado sagazmente
a todos os seus agentes.
O papel do ESL e Jabhat Al Nusra: impedir que surja o duplo poder armado da classe
operária e dos explorados nas zonas onde Al Assad foi derrotado pelas massas
para o lado do povo sublevado.
XIV-A conseqüência do acionar destas verdadeiras Os suplícios “pela paz” com suas marchas
pacíficas proclamadas pelos religiosos das mesquitasquinta colunas, que atuaram para terminar de controlar
ficaram para trás quando o exército de Al Assad entravaas massas massacradas por Al Assad nos territórios
em Hama, Deraa, etc., para destruir as massasonde este não pode entrar, é que as massas ficaram
insurrecionadas.submetidas e controladas por estas duas forças
A partir de 2011, os governos locais, cidade porreacionárias da burguesia. Elas atuaram para impedir
cidade, do assassino Al Assad, caíam, ruíam. Asque as massas reagrupem suas forças e para que
massas deslocavam o exército assassino de Alponham suas armas sob sua disciplina. A chave da
Assad. Surgia um duplo poder que avançava e sepolítica destas correntes foi impedir que nas cidades e
desenvolvia como organizador da guerra civil paraterritórios nos quais Al Assad foi derrotado surja um
conquistar o pão e derrotar a casta de oficiaisverdadeiro duplo poder das massas armadas em
assassina deAlAssad.luta, que exproprie a burguesia e que abra o caminho
A dinâmica da revolução que começava, cujopara marchar sobre Damasco com o método da
motor era conseguir o pão, saciar a fome das massas,insurreição, quer dizer, da revolução proletária.
parar o aumento da carestia da vida e o brutalOs “comitês de coordenação” foram embriões de
desemprego (que rondava 27% ou 30%), era expropriarorganismos de duplo poder na Síria, quando as massas
a burguesia, seus bancos e os latifundiários, para poderentravam na fase insurrecional da guerra civil. Estes
comer. Isso empurrou uma luta política de massasorganismos controlavam o abastecimento e
aberta contra a ditadura deAlAssad.organizavam os soldados que passavam aos milhares
Marcha do Fórum Social Mundial em Tunísia 2013
9SÍRIA
Toda a esquerda reformista mundial hoje quer fazer as
massas do mundo acreditarem que na Síria se combateu
e hoje se combate “pela democracia” em geral, porque
são “massas democráticas enfrentando ditaduras”.
Mentira! O motor da revolução foi e segue sendo o pão,
pelo qual as massas saíram a enfrentar Al Assad.
Necessitavam de democracia e liberdade para organizar
se, lutar e derrotarAlAssad e toda burguesia.
As organizações traidoras do proletariado
querem negar, para que a classe operária
internacional não veja esta revolução como própria,
que as condições da Síria eram e são as mesmas que
as da Espanha, China, Grécia, as do proletariado em
Bangladesh onde milhares de trabalhadores morrem outros eram fuzilados por negar se a massacrar seu
destruídos nas fábricas prisões das indústrias têxteis próprio povo.
imperialistas... Como nos EUA, onde 43 milhões de Por isso o exército de Al Assad, armado até os
trabalhadores vivem com 3 dólares ao dia da caridade do dentes pela Rússia e China (que fizeram um fabuloso
estado. negócio com a venda de armas durante a guerra) se viu
A esquerda mundial quer ocultar o caráter obrigado a atacar com a força aérea com drones, com
operário da revolução que começava, porque artilharia e mísseis para barrar fisicamente em cada uma
justamente quer submeter às massas a “democracia”, destas cidades e as barricadas operárias das massas
quem dizer, a Obama, a burguesia e ao “imperialismo insurgidas.
democrático”, quando foi este quem armou Al Assad Foi uma guerra contrarrevolucionária de
para que as massacre, e hoje prepara uma “armadilha extermínio. Somente depois de massacrar e fazer de
democrática” para expropriar sua revolução, com Al cidades inteiras terra arrasada, tentavam entrar os
Assad e a “oposição democrática”, com uma condição: a oficiais e as tropas de Al Assad que ainda assim eram
propriedade dos capitalistas não se toca. A crise da Síria rechaçadas, e com a heroica luta de massas se dissolvia
devem pagar as massas. E já estão pagando com a fome ainda mais. Na guerra civil de classes, Al Assad não
generalizada e centenas de milhares massacrados! ganhava a guerra. Lutava-se casa a casa. O operário,
Por isso tinha que destruir a revolução síria, como uma o camponês arruinado, o soldado defendia sua
lição das revoluções que vinham que vinham desde a família e seus filhos.
Tunísia, que ameaçavam não somente aos regimes O manual da guerra coloca que por cada soldado
burgueses, senão que também à propriedade dos de uma cidade invadida deve existir 10 que o ataquem;
capitalistas e o imperialismo. lá, ante o ataque do exército deAlAssad, de cada 10 que
A morte de Mohammad Bouazizi, que se imolou porque atacavam, 8 soldados rasos, filhos do povo, passavam a
não o deixavam vender as verduras para alimentar sua combater com as massas contra Al Assad. Essa foi a
família na Tunísia, é uma clara mostra do que dizemos. dinâmica da revolução. E a resposta da contrarrevolução
Esta foi a faísca que incendiou tudo. não se fez esperar.
Estava partindo se horizontalmente um exército
burguês, que dá estabilidade às fronteiras do Estado
Sionista de Israel, como as dava o pacto de Camp DavidXV– Na Síria, ao início da revolução, as insurreições
desde o Egito.locais por cidade, como na Líbia ontem, desenvolveram
Mas o mais grave para a burguesia era quea cada passo as condições para conquistar comunas
surgia o poder dos conselhos de operários e soldados,operárias que expropriaram a burguesia para avançar
que eram os “comitês de coordenação”. Deviam impedirsobre Damasco e tomar o poder, derrubando o regime de
isso a todo custo. O duplo poder das massas podiaAlAssad e abrindo uma crise revolucionária.
desenvolver se, uma vez já armado, expropriando aEssa foi a fase ofensiva da revolução, que se
burguesia, seus bancos, suas cadeias de distribuição dedesenvolvia nas fronteiras do estado de Israel. Milhares
alimentos, suas terras, controlando os poços de petróleode combatentes da região da Tunísia, Líbia, Egito,
e os oleodutos, julgando e castigando todos osPalestina, foram a combater junto a seus irmãos sírios
assassinos deAlAssad.para que a revolução de seus países triunfe em
Damasco e poder marchar assim a Jerusalém.
Como já vimos, o imperialismo e a burguesia
XVI – O imperialismo e a burguesia secompreenderam rapidamente que havia que parar essa
revolução, que todos os traidores da classe operária aterrorizaram. A revolução do Egito seguia viva. As
negaram e que o estado maior dos exploradores massas marchavam semana a semana à praça Tahrir
percebeu com claridade. A revolução síria era e é um para enfrentar o regime dos generais de Mubarak e a
elo de uma cadeia de revoluções que em algum Irmandade Muçulmana.
ponto tinham que frear e destruir, por isso A revolução síria despertava o entusiasmo de
encomendaram aAlAssad que o fizesse. seus irmãos palestinos de Gaza e Cisjordânia, os que o
Quando Al Assad atacava por terra com sua imperialismo juntamente a ONU tentou neutralizar com
infantaria e cavalaria, seus exércitos se dissolviam ao uma votação a favor do estado palestino fantoche nos
entrar em contato com as massas; milhares de soldados campos de concentração.
passavam junto de suas armas ao lado de seus irmãos e
10
Milhares e milhares de combatentes líbios e Assim protegeram todos os “espiões-burgueses” de Al
tunisianos foram lutar na Síria. Seu sonho, pelo qual Assad e suas propriedades, seja contratando-os como
davam a vida, era chegar à Palestina. generais do ESL e associando se em seus negócios, ou
O duplo poder que tendia a surgir na Síria ia ser como faz a Jabhat Al Nusra, resgatando os oficiais de Al
visto como o poder de todas as massas oprimidas do Assad por centenas de milhares de dólares cada um e
Magreb Árabe a Jerusalém. Por isso tinha que ficando com suas empresas.
massacrar as massas. Mas, sobre tudo, tinha que fazê- Naturalmente, nestes governos de unidade
las passar por inimigas da classe operária mundial. nacional do ESL e da Jabhat Al Nusra, tudo se acorda,
Disso se encarregaram os traidores do FSM. tudo se vende e tudo se negocia, junto aos oficiais de Al
Tinham que estrangular o duplo poder desde dentro, Assad.
como já vimos. Tinham que submetê-lo, dissolvê-lo e O ESL e a Jabhat Al Nusra impulsionam uma
não bastavam para isso as bombas de Al Assad, então guerra de pressão para negociar comAlAssad. Não para
foram o ESLe a JabhatAl Nusra. Mas não foi o suficiente. vencê-lo, mas sim para associar se, em um futuro
O que tinha que destruir era o duplo poder armado governo, com seus oficiais e as frações burguesas que
dos explorados, que por representar a maioria do este representa. Seu objetivo, quando controlam um
povo em luta e por ameaçar a propriedade dos território é destruir e dissolver o duplo poder,
capitalistas, erro o único e verdadeiro inimigo que expropriando as massas. Por isso mesmo são também
todas as forças burguesas deviam destruir. as forças de garantia do pacto e das negociações
que já estão realizando entre Al Assad e o governo da
Assim, tiveram que enviar também o burguesia síria no exílio em Qatar, Rússia e China, todos
Hezbollah e aos aiatolás iranianos sustentados pela comandados pelos Estados Unidos.
Rússia e China, para que coloquem suas baionetas e
suas armas ao serviço de destruir o duplo poder. Sob um objetivo comum, que não é outro que o
Os comitês de operários e soldados da revolução de preservar a propriedade capitalista do conjunto da
síria não devem ser esquecidos e não serão pela classe classe exploradora, a burguesia intervém na guerra
operária mundial. Como vemos, para destruí-los, para dissolvendo o duplo poder da classe operária,
que não se desenvolvam e se coordenem a nível desarmando-a e estabelecendo uma guerra de exércitos
nacional e em todo o Magreb Árabe e Oriente Médio, se e de campos burgueses onde todos fazem negócios com
concentraram todas as forças contrarrevolucionárias o sangue, a derrota e os padecimentos inauditos das
internacionais. massas.
Por isso, insistimos, da Turquia, da Arábia A obsessão da burguesia se resume a que
Saudita e Qatar, enviaram o ESL e a Jabhat Al Nusra não surja um território onde as massas auto-
para abortar o duplo poder das massas, com exércitos organizadas estabeleçam um duplo poder e
partidos que o dissolva, o desarmem e o disciplinem, mostrem o caminho de como derrotar as forças deAl
mas sobretudo, para que garantam que não se exproprie Assad em Damasco, com o método da insurreição e
a burguesia.As massas passaram a defensiva. da revolução proletária. Esta guerra de extermínio
Ainda nos momentos de maior extermínio das levou mais de 1,2 milhões de crianças e mulheres às
massas de trabalhadores e populares, do brutal fronteiras, à campos de refugiados, foram arrasadas
ataque da aviação e seus mísseis, patrulhas dos cidades inteiras, se dizimaram povoados, com centenas
comitês de coordenação reagruparam suas forças e de milhares de mortos, milhões procurando onde morar;
começavam uma guerra de assédio, que impedia as tudo para destruir o duplo poder. Isto é terror branco
tropas de Al Assad tomar possessão das cidades. contrarrevolucionário. O embrião do duplo poder das
Era a fase defensiva da guerra civil: os homens e as massas despertou o ódio e o terror dos exploradores e
mulheres defendendo seus filhos na ultima trincheira, do imperialismo, e o silêncio cúmplice, a degeneração e
sabendo que o ingresso das tropas de Al Assad a calúnia de todas as direções traidoras do proletariado
significava a morte de todos. mundial.
XVII – Nas zonas liberadas deAlAssad, as massas
massacradas, ultrajadas e contando milhares de
mártires, seguiram procurando os “espiões” deAlAssad,
que não eram mais que os burgueses de cada cidade.
Em resposta ao genocídio e o massacre, as massas
atacavam os informantes de Al Assad, e isso as levava a
expropriar suas mansões para ter habitação; seus
comércios, seus bancos, suas empresas e suas terras
para comer. Essa era dinâmica da revolução operária e
dos explorados que estava em curso, como já dissemos
antes.
P a r a c o n c r e t i z a r a p é r f i d a t a r e f a
contrarrevolucionária, tinham que desarmar as massas
e impedir que estas expropriassem os exploradores. Xi Jinping e Netanyahu na China
11SÍRIA
Teria que “defender a
XVIII – No campo democracia com o
d a s d i r e ç õ e s método da revolução
contrarrevolucionárias do p r o l e t á r i a ” , c o m o
proletariado mundial, um colocava Trotsky na
setor destas se coloca Guerra Civil Espanhola.
com o exército assassino Teria que esmagar Al-
do cachorroAl-Assad que A s s a d , p o r q u e
massacra as massas, se combatendo contra ele se
abraçando com os a r m a v a m e s e
aiatolás iranianos, com organizavam as massas.
a s b u r g u e s i a s Teria que disputar no
bolivarianas, com os terreno militar com a
assassinos da Rússia, burguesia “opositora” e
China e com a nova suas frações – como
burguesia cubana, aos JabhatAl Nusra e o ESL– a direção militar da guerra com
que pintam de “antiimperialista” e os apresentam ante a os comitês de coordenação de operários e de soldados.
massa como os que “enfrentam” ao imperialismo ianque As massas deram essa disputa nas piores
condições. A maioria das forças do FSM
Outro setor que proclama a pérfida pseudo sustentaram as baionetas assassinas de Al Assad.
teoria-programa da “revolução democrática” e da Os que não, chamaram do mundo todo, como a LIT, o
“primavera dos povos”, com a que acabam sustentando SWP inglês, a UIT, o NPA, a apoiar ao ESL, a lutar para
aos generais e oficiais burgueses do ESL, que que este dirija a guerra contra Al Assad e não os
rapidamente das próprias entranhas do regime de Al- organismos de autodeterminação e soviéticos das
Assad, passaram à “frente democrática” para expropriar massas.
a revolução proletária e garantir a propriedade dos Estes últimos inventaram todo tipo de
capitalistas. “organizações democráticas sírias”... no exílio, a
milhares de quilômetros do campo de batalha. A chave
Teria que ir todos os canalhas dos charlatões das foi que a classe operária mundial não defendia o duplo
“revoluções democráticas”, que falam desde Londres, poder dos explorados sírios. Era a eles que havia que
Paris, BuenosAires, Espanha, Áustria ou Nova Iorque, a chegar a solidariedade internacional de combatentes,
pôr-se sob a disciplina dos generais do ESL. Não no medicamentos e armas.
exílio, mas em Alepo, para que provem do próprio
veneno. Por responsabilidade de suas direções, a classe
Aos que chamaram a apoiar os sabres dos operária mundial não pode ter uma política de
generais assassinos de Al-Assad, que massacraram a intervenção ativa e de vanguarda, através de suas
centenas de milhares de operários, crianças e mulheres, organizações, na revolução síria. Isto pagou as massas
lhes anunciamos que a história da classe operária gravemente, cada vez mais submetidas a direções
mundial não os deixará descansar em paz pela burguesas e pequeno-burguesas no campo de batalha,
cumplicidade nos genocídios contra as massas da Síria. e ao massacre deAlAssad.
Nós os trotskistas, nos encarregaremos disso. Dirão que “não houve condições”. Isso é uma
Porque na Síria, se enfrentaram duas teorias e dois mentira e um vil engano. Todo aquele que queria chegar
programas como veremos adiante. A teoria da e lutar pela revolução síria tinha um lugar em um
revolução por etapas do stalinismo e do conselho de soldados ou um “comitê de coordenação”.
submetimento da classe operária à burguesia, e a Há milhares e milhares de irmãos líbios, chechenos,
teoria da revolução permanente e do programa para iemenitas, palestinos, tunisianos, egípcios e etc., que
a tomada do poder. são a prova viva disso.
Contra a Conferência de Genebra de Obama, Netanyahu, Moscou, Pekín e Al Assad, o CNS em Qatar e os generais burgueses do ESL
Contra a Conferência dos traidores da revolução socialista do FSM na Tunísia
Chegou a hora de por em pé uma Conferência Internacional das organizações operárias
revolucionárias e de luta do proletariado mundial para romper o cerco a Síria e para que
triunfe a revolução socialista
Uma alternativa de ferro para a revolução do Magreb e Oriente Médio:
Ou o reformismo e a maquiagem dos governos pró-imperialistas e contrarrevolucionários do Magreb Oriente Médio
Ou pela revolução socialista que conduz os explorados a vitória
Milícias sírias
12
Não foi por força do imperialismo, nem dos Desde as próprias entranhas da revolução
agentes das burguesias nativas que a revolução na combatemos para organizar, armar e centralizar aos
Síria hoje está cercada, traída e ensanguentada. Mas comitês de coordenação para expropriar a burguesia
o pérfido papel contrarrevolucionário perpetrado cidade a cidade para ganhar a guerra, conquistar o pão e
pelo FSM e toda a esquerda de Obama, o que defender a democracia com o método da revolução
impediu que desde as organizações operárias de proletária. Esse é o caminho para derrotar Al-Assad e a
todo o mundo se organizassem brigadas de todos os agentes do imperialismo, também aos
combatentes, médicos e enfermeiros; o envio de “democráticos”, para que sejam as massas as que,
alimentos, dinheiro e apetrechos; que paralisassem tomando este programa em suas mãos, conquistem a
os portos das potencias imperialistas e que fossem direção política da guerra, com seus organismos de
incendiadas todas as embaixadas da Síria no autodeterminação armados de operários, camponeses e
mundo. Muito pelo contrário se dedicaram, desde o soldados rasos, para conquistar a vitória da única
início da revolução, a cercá-la, caluniá-la e separá-la maneira possível, que não é outra que com o triunfo da
da luta da classe operária mundial.Assim garantiram revolução socialista na Síria e em toda a região.
que os generais “de nenhuma batalha” do ESL e os Nós trotskistas combatemos para romper o cerco
oficiais ricos de JabhatAl-Nusra possam avançar em das direções traidoras que a nível internacional
desarmar, controlar e submeter as massas impediram que, como na guerra civil espanhola nos anos
antiimperialistas da Síria massacradas por Al- 30, recuperando o internacionalismo proletário,
Assad. cheguem brigadas internacionais de todas as
organizações operárias do mundo para combater junto
XIX – Nós trotskistas damos conta desses às massas sírias; a tomada das ruas nas capitais das
duríssimos acontecimentos da revolução síria, como o potencias imperialistas e paralisar sua máquina de
fizemos desde a Líbia, desde o próprio campo de guerra com o fizeram os portuários de Oakland contra a
batalha. Somos parte de uma onda de combatentes invasão ianque ao Iraque e ao Afeganistão; cercar as
antiimperialistas que foram lutar e dar sua vida na Síria embaixadas sírias como faziam as massas do Egito ao
porque a vimos como realmente é, parte de uma mesma grito de “Al-Assad, Hezbollah, a OTAN e América do
cadeia de revoluções do Magreb e Oriente Médio. Norte cuidam das fronteiras do sionismo”.
O estado maior de Obama e das potências imperialistas centralizaram todos os seus agentes
burgueses e reformistas para esmagar a revolução síria.
A classe operária mundial necessita de seu estado maior: é preciso refundar a IV Internacional
burguesa e pequeno-burguesa do ESLe JabhatAl Nusra
XX– Reiteramos: não escrevemos isto como meros que transformaram a guerra civil em seu próprio negócio.
Desta vez, as ladainhas, as verdades gerais dosespectadores ou jornalistas, nem conhecemos os fatos –
que dizem “faltou um partido”, expressam nada mais ecomo faz a esquerda social-imperialista – através de
nada menos que sua submissão política à burguesia,entrevistas a generais do ESL que estão muito longe do
porque se negaram a lutar por estender e desenvolvercampo de batalha. Nós, trotskistas internacionalistas,
dentro da Síria, e fazer com que as massas do mundodamos a vida e regamos também com nosso sangue
conheçam – para que os defendam com sua vida- osesta heroica revolução. Chegamos ao combate como
organismos do poder operário armado e do povo pobreparte dos milhares de combatentes anti-imperialistas da
na Síria, que se erigiam como alternativa de poder contraTunísia, Líbia e todo o Magreb e Oriente Médio.
o assassino Al Assad: os comitês de coordenação.Surgiram ladainhas de inválidos políticos que
Estes organismos deveriam coordenar ejamais chegaram, nem chegarão ao campo de batalha
centralizar os explorados da Praça Tahrir, as milícias dada luta de classes internacional. “Falta e faltou um
Líbia, os comitês de fábrica e de desempregados dapartido revolucionário” clamaram para justificar sua
Tunísia, as heroicas massas palestinas de Gaza etraição e verificar a culpa de sua própria covardia política
Cisjordânia.e de submetimento à burguesia, ao “atraso da
A União Europeia e a ONU decretaram oconsciência” das massas.
embargo de armas a Síria. Cinismo! China e RússiaNossas ainda débeis forças lutam para por de pé
inundavam Al Assad de armas. Turquia e a burguesiaum partido revolucionário na Síria, como em todo o
saudita armaram até os dentes as direções do ESL eMagreb e Oriente Médio. Combatemos enfrentando os
Jabhat Al Nusra para que eles desarmem as massas. Játraidores da classe operária mundial, que em nome do
está claro que o embargo de armas era contra as“socialismo” apoiam o genocida Al Assad e os que em
massas. Tinham que evitar que elas estivessemnome da “democracia”, deram a direção da guerra não
armadas.às organizações das massas, mas sim aos
A tarefa da classe operária mundial era romper oexpropriadores de sua revolução; contra os que
bloqueio de armas aos Comitês de Coordenação,submeteram toda a cadeia de revoluções desde a
embarcando todo tipo de armamento e equipamentosTunísia ao Egito, a parlamentos e constituintes
para que chegassem aos comitês de coordenação nafraudulentas.
frente de batalha.No campo de batalha sírio enfrentamos a direção
Agora clamaram e choraram pelo “atraso de independência política. Nem a burguesia “ultra islâmica”
consciência das massas”. Mas a classe operária síria só nem os generais “democráticos” burgueses do ESL.
recebeu tiros pelas costas das direções traidoras que Combatemos a nível internacional contra os
quando não faziam isso, sustentavam seus carrascos. bolivarianos, os irmãos Castro e demais lacaios da
Impulsionando este programa, as forças que burguesia naAmérica Latina que sustentamAlAssad.
lutam por refundar a IV Internacional, chegamos a esta Chamamos incansavelmente a classe operária
guerra de classes e por isso lutamos no campo de norte-americana a romper com Obama, o chefe dos
batalha. Por isso sofremos a perseguição não só do bandidos imperialistas. Chamamos aos que cercavam
assassinoAlAssad, senão que também dos covardes da Wall Street a se pôr de pé junto às massas sírias, porque
burguesia do ESLe da JabhatAl Nusra. a Al Assad, sustentam os mesmo banqueiros que eles
Lutamos junto à base de operários e soldados; enfrentavam nas 8 maças de Nova Iorque.
lutamos e morremos com eles; expropriamos as Chamamos a classe operária dos países
mansões dos assadistas; recuperamos alimentos para imperialistas a se pôr de pé para paralisar a maquinaria
os combatentes, estivemos à cabeça de julgar e castigar da guerra de sua própria burguesia para que sejam
os assassinos burgueses de Al Assad nas zonas derrotadas as tropas de ocupação francesas que
liberadas, junto a dezenas de milhares de dedicados invadiram Mali e para que sejam destruídas todas as
combatentes da classe operária da região. bases militares que o imperialismo tem na África e em
Lutamos para que sejam os operários armados e toda região.
seus filhos – os soldados rasos – os que nomeiem seus Também chamamos para que a classe operária
chefes no campo de batalha. Impulsionamos a mundial tome em suas mãos a luta para liberar todos os
coordenação para conquistar o abastecimento e os presos políticos do imperialismo e das burguesias
alimentos, que o ESL e a Jabhat Al Nusra controlam e lacaias no mundo, começando pelos presos palestinos
vendem a preços vis aos combatentes e suas famílias encarcerados nas masmorras do sionismo e os
martirizadas. combatentes anti-imperialistas presos em Guantánamo;
para acabar com todas as cadeias secretas da CIA no
XXI – Na guerra contraAlAssad não somos neutros. mundo, onde se tortura os melhores lutadores da classe
operária mundial.Estabelecemos unidade de ação militar ali onde o
Enfrentamos aos assassinos e exploradores, ainimigo ataca e deve ser enfrentado. Mas o fazemos
conta do imperialismo, de Putin e os mandarinsalertando que os generais do ESL e da Jabhat Al Nusra
chineses, gerentes e “capangas” das transnacionais nomandam para a linha de frente os melhores combatentes
Pacífico, que armaram até os dentes aAlAssad.e lutadores operários, enquanto eles usam todo seu
Por isso viajamos ao Japão e com ospoder para disciplinar as massas na retaguarda.
revolucionários da JRCL demos passos decisivosChamamos a coordenar e a centralizar, na
adiante na ruptura do cerco a revolução síria junto àsavançada contra Al Assad, os melhores combatentes,
massas do Pacífico Eles colocaram sua 50ªlutando por uma direção revolucionária da guerra, pondo
Assembleia Contra a Guerra a disposição da luta dasem pé tribunais operários revolucionários para fazer
massas sírias e de todo Oriente Médio.justiça com todos os burgueses colaboradores de Al
Chamamos a classe operária a lutar como emAssad. Enfrentamos os pactos de negócios que fizeram
Marikana. Levamos a Síria seu grito de guerra: “oucom eles os generais do ESL e da Jabhat Al Nusra.
nos dão o aumento ou matamos os gerentes” paraLutamos arduamente para ganhar a guerra com
que o tomem as massas sírias.o método da revolução proletária.
Não cedemos nem um centímetro de nossa
Embaixada francesa na Líbia, um alvo da luta antiimperialista das massas revolucionarias
13SÍRIA
Fizemos nosso o mandato dos mineiros das burguesias árabes, Al Assad, o governo do CNS em
Astúrias: “se nossos filhos têm fome, os seus Qatar e as potências imperialistas europeias.
verterão sangue”, para levá-lo como o grito de guerra
as massas sírias que hoje se amontoam em campos de Significa enfrentar também a Turquia como
refugiados sob condições de miséria. avançada da OTAN e dos generais do ESL, que com as
bombas atiradas na fronteira turca, tem encontrado a
Neste primeiro de Maio tivemos a honra de fazer desculpa para fechá-la e impedir que de abasteça a
um ato internacionalista junto com nossos companheiros resistência, e para que quem esta fora não entre e morra
revolucionários que combatem na Síria, em uma como um cão nos campos de refugiados, e quem esta
verdadeira assembleia operária. Em nosso IV dentro se desarme, controlado pelos generais do ESL ou
Congresso, desde a FLTI e seu Coletivo pela IV os generais da JabhatAl Nusra.
Internacional, junto a Brigada León Sedov e dezenas de Fecham-se as fronteiras com a Turquia, o Líbano
lutadores operários revolucionários, honramos os e Israel, com o pacto que está brotando e sua nova
mártires de Chicago na mesma frente de batalha da Síria “Conferência de Genebra” fecharam suas fronteiras aos
martirizada. bombardeios, a ordem é e será clara, quem está dentro
se desarma ou será dominado pelas armas do governo
de transição dos generais deAlAssad, semAlAssad.
XXII– A traição à revolução síria é por que nestes
Todo aquele que diga que desde a Conferênciadois anos sobraram condições internacionais e
de Genebra que prepara Obama, as potênciascombates da classe operária internacional para que esta
imperialistas e todos seus agentes com Rússia e China,heroica revolução não ficasse isolada, cercada,
trará um governo de transição “democrático”, o únicoestrangulada e ensanguentada. O imperialismo, com
que faz é enganar as massas. O que esta sendoSíria afogada em sangue e traída, pode impor sua
preparado é um pacto contrarrevolucionário, paracontraofensiva.
que os generais de Al Assad, com os do ESL e da
Jabhat Al Nusra – jogando um papel análogo ao daComo já dissemos, a ultima palavra não está dita.
Irmandade Muçulmana no Egito – configurem umO que está dito é que as bandeiras da IV Internacional
governo assentado no massacre perpetuado por Altrepidem em Alepo e Homs, apesar da traição – que
Assad e o desarme e submetimento incondicional dasseguramente a história cobrará – de todos os renegados
massas. O que virá não é um governo mais democrático,do trotskismo que sujaram seu programa e seu legado
s e n ã o q u e o a s s e n t a m e n t o d o t r i u n f onas ruas da Síria.
contrarrevolucionário de Al Assad. Esse é o pacto e aSabemos que lutando na Síria e em toda região
política imperialista que hoje se deve enfrentar epara por em pé o duplo poder e pela auto-organização
derrotar.das massas, se construirá o partido revolucionário, que,
O p r o l e t a r i a d o j á s o f r e u p a c t o sadiantamos, não será sírio, como esta não é uma
contrarrevolucionários como este, firmados pelasrevolução socialista isolada, senão que é um elo de uma
direções traidoras. Basta recordar os anos 80 com asó revolução do Magreb e do Oriente Médio. O partido
entrega da revolução nicaraguense e centro-americanarevolucionário sírio, do qual já conquistamos um
com os acordos de Esquipulas e Contadora; os pactosnúcleo fundador, será um elo de um único partido que,
de Stalin com os “imperialismos democráticos” nos anosda Tunísia à Jerusalém, atue como um nervo sensível,
30 para estrangular a cadeia de revoluções na Espanha,capaz de vibrar ante qualquer estímulo da revolução e da
França, Itália que abriu o caminho a Segunda Guerracontrarrevolução. Nós que combatemos por refundar a
Mundial; os pactos de coexistência pacífica de Moscou eIV Internacional já estamos dando passos até ele.
Pequim com o imperialismo, que levou a duríssimos
golpes contrarrevolucionários para controlar as massas
do Leste Europeu e entregar dezenas e dezenas deXXIII– O pacto de Obama com Moscou e Pequim,
revoluções no Ocidente, salvando as potênciascom os generais deAlAssad já negociando abertamente
imperialistas europeias da revolução socialista.com a Coalizão Nacional Síria (representantes políticas
O mais emblemático destes pactos funestos foido ESL) em Qatar, um governo de transição, com a
sem dúvidas o de Yalta e Potsdam entre Churchill,revolução sangrada, impõe tarefas urgentes aos
Roosevelt e Stalin que mandou, à saída da Segundaoperários internacionalistas que no mundo se esforçam
Guerra Mundial, os operários se desarmarem parapara que a revolução síria e do Oriente Médio não seja
reconstruir a Europa, e os que se negavam como osvencida.
partidários gregos, italianos e franceses que
enfrentaram heroicamente o fascismo, eram fuziladosOs bombardeios do sionismo são os primeiros
pelo stalinismo. Este pacto, com a URSS usurpada pelocanhões deste pacto infame contra as massas, que
stalinismo contrarrevolucionário ingressando a ONU,preparam atrás das cortinas, onde nenhuma das frações
garantiu em 1948 a fundação do estado de Israel armadoburguesas da região quer ficar fora da festa de divisão de
até os dentes pelo stalinismo e o imperialismo paranegócios da Síria. Tal qual cães de caça, aqui e ali
ocupar Palestina e banir de seu território o povopedaços das sobras que seu amo, o imperialismo, lhe
palestino, transformando-os em párias em sua própriaatira.
terra e estabelecer um enclave contrarrevolucionárioEnfrentar o sionismo hoje significa enfrentar os
para controlar os negócios do imperialismo na região epactos de Obama, Putin, a archi-reacionária e pró-
nas rotas do petróleo.imperialista burguesia chinesa, o sionismo, as
14
bonapartista, sob um governo do partido de Saleh (o
XXIV– O pacto que hoje se prepara na reunião de presidente que caiu, produto da revolução em 2011),
agora comAbdu Rabbu Mansour Hadi junto à IrmandadeGenebra terá um caráter contrarrevolucionário
Muçulmana.internacional.
Este é o plano que Obama quer impor na Síria,Este pacto inclui que se desarmem as massas
contra todos os que dizem que este “Bush negro”líbias. Uma cadeia de provocações do CNL começou
e s p a l h a v a a “ d e m o c r a c i a ” . O p a c t ocontra as milícias da Líbia. Generais ghaddafistas
contrarrevolucionário que prepara juntos o ESL, CNS,ocupam os postos mais importantes dos ministérios,
sionismo, Al Assad, Moscou e China é o passo decisivoprovocando reações espontâneas de brigadas de
que querem dar para iniciar a consumá-lo.combatentes descoordenadas, que cada uma por sua
conta, enfrenta o governo do CNL ao grito de “Fora os
ministros ghaddafistas”.
XXV – Isto demonstra que não estamos nemA falta de coordenação e centralidade das
milícias com as organizações operárias e estudantes estávamos frente a “revoluções democráticas”
que marcham por trabalho e salário digno se bonachonas, senão que temos presenciado já vários
transformou em uma crise aberta da revolução na Líbia. atos do início de revoluções operárias e socialistas que
É que a reação ghaddafista sob o comando do CNL e o põem em questão o poder da burguesia e do
imperialismo os está esperando, pondo em pé a mesma imperialismo em toda região. Por isso, ou a classe
base social pequeno burguesa ghaddafista para impor operária toma o poder ou o que se imporá é a
lhes putch contrarrevolucionários e golpes certeiros contrarrevolução, com regimes tanto ou mais
separadamente. contrarrevolucionários que os que as massas
e n f r e n t a r a m c o m s e u s l e v a n t a m e n t o s
No Egito deve-se assentar um regime estável da revolucionários e com o aprofundamento do saque,
ditadura militar junto com a Irmandade Muçulmana, igual ou pior que antes da revolução.
como ontem o era o regime de Mubarak. Insistimos, É essa a lição que toda esquerda reformista quer
como ocorre na Líbia o pacto deve garantir de qualquer esconder ante os olhos das massas. Ou a classe
maneira, a defesa do governo do CNL, que não é mais operária toma o poder, ou vem a guerra, a
que o mesmo cão com outra coleira. Um governo cheio contrarrevolução e o fascismo, com mais miséria,
de funcionários e ministros ghaddafistas... Que hoje fome e padecimentos inauditos.
ataca abertamente às milícias da Líbia. Isso, se ficava Na Síria se tem concentrado todas as forças
alguma dúvida sobre em qual trincheira estava e está o da contrarrevolução burguesa imperialista,
imperialismo. Seu governo do CNL é 100% de generais, sustentada pelas direções traidoras, para salvar os
ministros e funcionários ghaddafistas. Fica evidente que interesses dos banqueiros imperialistas de Wall
o governo de Ghaddafi de antiimperialista não tinha Street, a City de Londres, o Bundesbank e o City
nada, salvo a chapa que dava a esquerda de lacaios do Bank, para que estes joguem sua crise sobre as
stalinismo a nível mundial e os renegados do trotskismo massas.
como o WRP inglês, o SEP norte-americano, como Essa toca de bandidos do FSM apregoa o
representantes do clube de apoiadores de Ghaddafi. “socialismo do século XXI”, que é o de Al Assad, o de
Na Tunísia, o pacto significa que as Ghaddafi, e dos maiores agentes dos banqueiros de Wall
organizações operárias com a UGTT, apoiada por toda a Street e capangas das transnacionais imperialistas
esquerda europeia, devem continuar sendo submetidas como são os empresários escravistas do PC chinês.
ao governo burguês de Marsuki e que os setores mais Outros apregoavam e apregoam a “primavera
desesperados que entram ao combate, como os dos povos”, os inícios das “revoluções democráticas”
d e s e m p r e g a d o s , r e c e b a m d u r o s g o l p e s para que a classe operária não chegue ao poder, e o que
contrarrevolucionários por parte das gangues salafistas. se impuseram foram contrarrevoluções democráticas. O
O pacto significa o assentamento da França e imperialismo e todos seus agentes se organizam e
suas bases militares em Mali, para atacar pela conspiram contra as massas, para estrangular os
retaguarda a revolução do Norte da África e que esta não processos revolucionários. A falácia de que os
se estenda a todo continente. Os mísseis que já apontam processos no Oriente Médio foram levantamentos de
desde a Turquia, caso as massas escapem das mãos do massas impulsionados por Obama, a OTAN e os
AlAssad e do ESL, dão conta disso. O pacto inclui que as imperialismos “democráticos” foi e é a maior calúnia
massas palestinas fiquem nos campos de concentração contra as heroicas e famintas massas do Magreb e
em Gaza e Cisjordânia, com as melhores terras nas Oriente Médio...gritada aos quatro ventos pela esquerda
mãos dos colonos sionistas fascistas armados. de Obama. Hoje têm ficado desmascarados.Atragédia é
O pacto busca impor na Síria um regime que eles não pagam as consequências de sua calúnia,
bonapartista como o de Iêmen e Bahréin, baseado no quem paga são as massas.
esmagamento sanguinário das massas.
XXVI– No Oriente Médio e no Norte da África seEm Bahréin massacraram mais de 60 mil
explorados com os tanques dos lacaios da burguesia da enfrentam o reformismo que conduz à derrota a classe
Arábia Saudita – resguardando a base militar ianque da operária por um lado, e por outro lado, o programa dos
V Frota que está instalada em Bahréin - e garantiram que socialistas internacionalistas que sente as condições da
a casta de oficiais se mantenha intacta. vitória, quer dizer, que levanta que a tarefa mais imediata
Sobre a base do esmagamento e do massacre do proletariado, frente a bancarrota do capitalismo, é o
contra as massas no Iêmen se organizou um regime triunfo da revolução socialista.
15SÍRIA
Aqui não há nenhum “socialismo do século XXI”, apregoam que “não se deve fazer o jogo do imperialismo
nem nenhuma revolução intermediária. Ou a classe e de Obama nos combates do Oriente Médio”... e o
operária toma o poder, inicia sua contraofensiva na Síria, dizem sem ruborizar-se! Os maiores lacaios de Obama
na Tunísia, etc., a classe operária europeia, norte- “lutam contra a política de Obama” na Síria. Não existe
americana e dos povos oprimidos volta ao combate, ou a nenhuma contradição, como lacaios do imperialismo
derrota das massas sírias será um ponto de partida para também sustentem o sabre de Al Assad, com o qual ele
uma ofensiva contrarrevolucionária generalizada do corta o pescoço das massas sírias.
imperialismo, para fazer as massas pagarem a
bancarrota capitalista.
XXVII – A crise de direção se exacerba no
Ontem as direções traidoras apagaram a proletariado mundial. Pela traição de sua direção, hoje é
faísca da Grécia para que não se incendeie a Europa. o imperialismo o que vem com tudo, para jogar o peso da
Primeiro sustentaram aos provocadores da burocracia crise às massas. Isto acontece depois de uma ofensiva
stalinista nos sindicatos gregos, aos que não tremeram que, desde o ano de 2008 ante a quebra e bancarrota do
para quebrar a cabeça dos operários que queriam capitalismo, os explorados impulsionaram em todo
queimar o parlamento quando votavam ajustes, para mundo: na Europa em ruínas, da Grécia a Portugal, e no
depois pavimentar o caminho às fábulas de “via pacífica Leste europeu contra o saque do FMI; com o início das
ao socialismo” como as que apregoaram Syriza. aguerridas lutas da classe operária norte-americana
Assim desperdiçaram a força as energias das contra a guerra; e com os levantamentos da classe
massas em mais de 20 greves gerais para “pressionar” operária da China, da Ásia, África e de toda América
aos governos imperialistas para que “modere o ajuste”. Latina. Isso obrigou, inclusive ao imperialismo ianque, a
Agora, enquanto o reformismo e Syriza seguem não poder intervir diretamente - como havia feito Bush –
oferecendo um triunfo eleitoral dentro de dois anos, nas revoluções do Magreb e Oriente Médio, porque se
Amanhecer Dourado e outros grupos fascistas arriscava abrir um cenário tipo Vietnã ao interior dos
levantavam a cabeça e com seus cassetetes põem Estados Unidos.
ordem à classe operária, que hoje deve cortar lenha nas Os aparatos reformistas do passado não
praças para esquentar suas casas, do mesmo modo que puderam conter esta ofensiva, aqui e ali foram
fazem os refugiados sírios na fronteira da Síria com esmagados e revogados por um ascenso vertiginoso
Turquia. das massas, por isso começaram a dessincronizar e
Este é o pacto contrarrevolucionário de Obama, isolar seus focos mais avançados para que o
Al Assad e todas as burguesias nativas e as direções imperialismo possa concentrar suas forças para
traidoras para estrangular não somente a revolução esmaga-los.
Síria, senão que todos os processos de ofensiva das Em pomposas reuniões faziam promessas de
massas do Magreb e Oriente Médio, e a nível vitórias e agora só entregam jargões de derrota. O
internacional. resultado esta por se ver. O imperialismo é cuidadoso
porque sabe que um erro de cálculo na relação de forças
Este pacto internacional contrarrevolucionário é pode significar um violento levantamento de massas.
sustentado de forma particular pelo stalinismo a nível Pois não será em apenas um ou dois atos que se
internacional e pelos irmãos Castro, que hoje têm se apagará o fogo da revolução que começou. A
transformado em uma florescente burguesia na ilha. espontaneidade das massas tem dado enormes mostras
Decretaram o direito de herança e seus filhos, com de heroicidade e potencialidade, e tem demonstrado
ternos Armani, organizam os campos de golf nos hotéis toda a covardia e servilismo dos traidores dos
de luxo da burguesia imperialista. A nova burguesia explorados. As obrigações dos revolucionários tem se
cubana, ontem junto ao Papa Benedito XVI, castro, centuplicado. A crise de direção tem se agudizado,
Chávez e Obama, pactuavam a entrega da resistência resolve-la é o que garantirá o triunfo do combate dos
colombiana ( que já deixou na história mais de 250 mil explorados.
mortos) e garantiam a permanência das bases militares
ianques na Colômbia. Hoje, com a
benção do Papa Francisco, os irmãos
Castro entregam a revolução cubana a
Obama e aos vermes de Miami, e seus
sócios “bolivarianos” no continente
latino-americano entregam as riquezas
do subcontinente igual ou melhor que os
lacaios do TLC ao imperialismo. Os
Castros e os “bolivarianos” como
Chávez foram a avançada no continente
latino-americano de sustentar Obama,
chamando a votar como seu candidato a
presidência nos Estados Unidos,
garantindo que os operários negros e
imigrantes não rompam com esse Bush
negro que é Obama. E agora todos os
apoiadores dos irmãos Castro
Marcha dos explorados do Egito na
embaixada Síria, no começo da guerra civil
16
Contra o pacto de rendição que querem impor os Sobram forças para por em pé uma vigorosa
inimigos da revolução síria, as forças do proletariado solidariedade internacional, para que a classe operária
internacional sustentam: deve se por de pé um pacto concentre suas forças na Síria, e pare em um ponto e
internacional da classe operária e dos explorados, faça retroceder esta contraofensiva imperialista que não
começando pela férrea unidade dos explorados do varrerá somente a revolução síria, mas sim que
Magreb e Oriente Médio, para romper o cerco às arremeterá, como exemplo de castigo, contra toda
heroicas massas sírias. classe operária mundial.
As massas palestinas começaram uma dura São as direções covardes submetidas ao
Intifada. Elas têm em suas mãos a tarefa de parar desde capital as que impedem uma concentração de forças
dentro da maquinaria de guerra fascista de estado dos explorados do mundo a mesma altura da que o
sionista contrarrevolucionário de Israel. A classe imperialismo concentrou na Síria.
operária e suas organizações não podem deixar nem um
minuto mais, centenas de milhares de refugiados Um grito de guerra de milhares de organizações
morrendo de fome e assassinados por Al Assad nos operárias do mundo de “paremos o massacre na Síria”,
campos de refugiados daTurquia, Líbano, etc. “marchemos todos a combater no Oriente Médio para
As forças do proletariado mundial são conquistar, junto às massas sírias, Damasco”, bastaria
enormes. Se brigadas de trabalhadores de todas as para revitalizar o vigor do combate das massas sírias.
organizações operárias do mundo chegam a A classe operária europeia, norte-americana,
combater com seus irmãos de Homs, Damasco, chinesa, russa e japonesa, paralisando a máquina de
Alepo, seria um choque elétrico que voltaria a por de guerra que abastece Al Assad, poderia, nestes países,
pé os operários sírios. Uma ação assim, decidida, criar as melhores condições para começar uma
mudaria o curso da história desta revolução. contraofensiva do proletariado e parar o ataque do
grande capital contra a classe operária mundial.
O movimento contra a guerra dos Estados Circundar as massas da Síria significa enfrentar
Unidos desde Oakland tem em suas mãos esta enorme o plano sinistro de “dois estados” para as massas
tarefa, desde as entranhas da besta imperialista ianque, palestinas, que Obama, a ONU e a esquerda pró-
rompendo seu submetimento a Obama, que toda sionista mundial quer impor, confinando as massas a
esquerda reformista o relegou. Ghettos e Bantustanes, enquanto os colonos sionistas
Milhões de operários imigrantes turcos, sírios e fascistas ocupam as melhores terras da nação palestina.
do Oriente Médio trabalham e sofrem os mesmos A luta por Damasco é o mesmo combate para
padecimentos de fome e ataque que o resto dos derrotar o estado sionista de Israel e marchar, com a
trabalhadores europeus. revolução palestina, a tomar Jerusalém.
O combate contra a fome, a carestia da vida, o Às milícias contrarrevolcionárias das guardas
desemprego, é o mesmo na Espanha, França e Itália que republicanas do Irã e das brigadas gurkas da burguesia
em Bangladesh, onde se derrubam as fábricas-cárceres do Hezbollah que tomam Damasco, deve-se impor-lhes
e se fabrica com sangue a roupa de luxo da Quinta A L U TA P O R B R I G A D A S O P E R Á R I A S
Avenida de Nova Iorque, a City de Londres ou as INTERNACIONAIS PARA COMBATER NA SÍRIA,
boutiques de Paris. parapor de pé novamente os Shoras, os conselhos
Manifestação na Palestina contra a visita de Obama em Israel
17SÍRIA
operários que Al Assad tentou destruir e massacra dia a Uma avançada da revolução socialista no
dia, como ontem o fez a burguesia dos aiatolás iranianos Oriente Médio incendiará a Europa e o Mediterrâneo, e
na revolução que nos anos 80 derrotou o Xá Reza acenderá de novo a faísca de Atenas com a que
Pahlevi. incendiará Paris.
A hora da revolução socialista chegou. A
O momento de convocar uma Conferência alternativa é a barbárie, a guerra e as piores penúrias
Internacional para romper o cerco a Síria chegou. As para a classe operária dos países imperialistas e a
organizações de combate mais avançadas da classe classe operária mundial. É que todos os trabalhadores
operária mundial, como os mineiros de Huanuni da do mundo devemos compreender como atua o inimigo,
Bolívia, a juventude revolucionária chilena, os com o que com fúria, ódio e dureza contra os
indignados da Europa e Wall Street, os que combatem trabalhadores quando estes questionam seu poder, tão
em Marikana contra a Anglo American e os que se somente por exigir o direito de comer.
sublevam contra as transnacionais na China e
Bangladesh, junto aos que combatem do campo de A luta pelos Estados Unidos Socialistas do
batalha da Síria, temos a responsabilidade em nossas Magreb e Oriente Médio deve ser a bandeira da luta dos
mãos de convocar e por de pé essa Conferência. trabalhadores e dos povos oprimidos de toda região.
Isso significa enfrentar abertamente os traidores Assim se conquistará o pão, a terra, a independência
do FSM reunido na Tunísia, que foram apoiar o pacto de nacional do imperialismo e se imporá o julgamento e o
rendição das massas sírias, palestinas e de todo o castigo de todos os assassinos como Mubarak, BenAlí e
Magreb e Oriente Médio. todos seus generais e políticos burgueses, que ainda
Esta é uma moção que deve ser tomada pelas hoje seguem manejando as rédeas do poder,
organizações operárias e combativas do proletariado escondidos atrás das constituintes fraudulentas e dos
mundial. Significa romper o cerco às massas sírias e parlamentos fantoches. Assim, as martirizadas massas
organizar o envio de brigadas internacionais para ir palestinas terão sua nação, sobre as ruínas do estado
combater na Síria e disputar a direção da guerra às sionista fascista de Israel, e conquistarão uma Palestina
forças burguesas que ali se concentraram para livre, laica, democrática e não racista.
expropriar a revolução das massas sírias. Os únicos governos realmente democráticos,
representantes da ampla maioria dos povos do Magreb e
Oriente Médio só poderão ser governos da classe
operária e dos camponeses pobres, apoiados em suas
milícias nas organizações de luta das massas.XXVIII – A guerra na Síria só se pode ganhar
lutando pela revolução socialista, como uma só
revolução no Norte da África e Oriente Médio,
desconhecendo os parlamentos fantoches, as
PARA QUE A CLASSE OPERÁRIA VIVA, Oconstituintes fraudulentas, pondo de pé, como na Líbia, o
IMPERIALISMO DEVE MORRER!armamento generalizado dos explorados e o desarme
PELOS ESTADOS UNIDOS SOCIALISTAS DOda casta de oficiais assassina dos exércitos burgueses
de toda região. MAGREB E ORIENTE MÉDIO!
Pela crise de direção, tem se atrasado a tomada
do poder, por parte das massas líbias. Se, se deixa
passar essa situação da tomada do poder, a
contrarrevolução virá. O imperialismo ianque prepara
suas forças para, com Mali ocupado pela França, dar-lhe
um duríssimo golpe às massas da Líbia. FLTI (Fração Leninista Trotskista internacional)-
As milícias líbias devem chamar, para derrotar os Coletivo pela IV Internacional
Ghaddafistas e seu governo, a unir sua sorte às massas
sírias e pela derrota revolucionária deAlAssad. MOVIMENTO DE OPERÁRIOS VOLUNTÁRIOS
A revolução socialista é a tarefa mais imediata INTERNACIONALISTAS DA SÍRIA BRIGADA LEÓN
dos povos oprimidos do Magreb e Oriente Médio. A luta SEDOV
pelo pão, pelo trabalho, pela educação e a saúde digna
tem levado os explorados a chocar-se com as tropas e os
governos burgueses contrarrevolucionários, e todos os IV Congresso da FLTI
dispositivos de domínio imperialista que tinha na região. Coletivo pela IV Internacional
Somente o triunfo da revolução socialista poderá acabar
com o saqueio imperialista da região, e com a ocupação
da nação palestina pelo estado sionista fascista de
Israel. Com a expropriação sem pagamento das
petroleiras imperialistas sobraria pão, saúde, educação,
habitação e trabalho para todos os explorados da região
que tem o “ouro negro” debaixo de seus pés.
Expropriando as terras do Tigres, Eufrates e Nilo,
e dos vales do Magreb e Oriente Médio, poderia por se
de pé de imediato uma agricultura que alimente aos
povos famintos da região.
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A revolução síria cercada e traída

  • 1. SÍRIA Umarevoluçãocercadaetraída:umarevoluçãoensangüentada ü Com Al Assad massacrando as massas revolucionárias sírias a conta das potências imperialistas... ü Com a revolução síria cercada e caluniada pelas direções traidoras do proletariado internacional... ü Com Netanyahu reunido com os chefes dos mandarins chineses, e Kerry com Putin para buscar todos juntos uma transição que legitime, depois de Al Assad, outro governo contrarrevolucionário e pró-imperialista... Agora sim, com as massas massacradas, as forças contrarrevolucionárias do sionismo podem atacar de forma covarde a nação síria... O imperialismo busca disciplinar seus gerentes contrarrevolucionários na região e ficar com todo o saque A ultima palavra não está dita: Para derrotar o ataque contrarrevolucionário do sionismo, a classe operária e os explorados Síria e Oriente Médio devem conquistar Damasco e marchar com a revolução palestina para tomar Jerusalém A classe operária mundial deve colocar-se de pé para romper o cerco à revolução Síria Ali se luta um combate chave do proletariado mundial Massacre das tropas de Al Assad contra as massas sírias
  • 2. 2 um regime burguês pós revolução que dê estabilidade a– No 4 e 5 de Maio a aviação sionista bombardeou Síria e a toda região.alvos militares de Al Assad e das brigadas da Guarda A r e v o l u ç ã o s í r i a t e m s i d o t r a í d a ,Republicana Iraniana e do Hezbollah, que atuam nasI cercada...ensanguentada. Ali o imperialismoredondezas de Damasco, como escudo militar e guarda concentrou forças para conter a cadeia depretoriana do assassino Al Assad. As forças revoluções que vinha desde a Tunísia. Com essacontrarrevolucionárias do sionismo dizem que o ataque cadeia de revoluções que ameaçavam desde o Egito efoi para impedir o transporte de armas até o Líbano. Este Líbia, desde Iêmen a Bahrein, agora expropriadas eargumento é tão somente uma desculpa para justificar traídas, o imperialismo pode, pela primeira vez, usar seuuma intervenção militar, já diretamente do sionismo e do gendarme sionista para atacar as massas e aos povosimperialismo, na Síria, em momentos em que o chacal e oprimidos do Oriente Médio. Com as massas síriasassassino Al Assad tem consumado um brutal genocídio sublevando se em Hama e Homs; Com a praça Tahir emcontra as massas sírias e sua heroica revolução. Fica chamas pela revolução; com as massas líbias tomandocada vez mais claro que o regime assassino de Al Assad Trípoli com as bandeiras da Palestina; e na Tunísia comjá fez o trabalho sujo de massacrar as massas a conta de a classe operária deslocando o regime assassino detodas as potências imperialistas. Chegou a hora de que Bem Alí, jamais poderia ter intervido o gendarmeseus chefes, as potências imperialistas, acariciando seu sionista, nem sequer para alertar que esta ali comocão de guarda do sionismo comecem a implementar o reserva estratégica da contrarrevolução na região.processo de transição para a saída de Al Assad, e assim O imperialismo utilizou todos seus agentesserem eles quem ficarão com o saque da nação Síria, para cercar, conspirar e massacrar as massas damas sempre impedindo que sejam as massas as que o Síria. Lá planificou provocar uma derrota estratégica àsderrotem de forma revolucionária, como ocorreu na Líbia massas revolucionárias do Magreb e Oriente Médio. Ocom Khadafy. pode fazer, porque as direções traidoras e os partidosÉ que o imperialismo necessitava concentrar social-imperialistas repartiram os papéissuas forças contrarrevolucionárias e destruir a revolução contrarrevolucionários, uns sustentaram o genocida AlSíria para cortar a cadeia de revoluções que, desde 2011 Assad e os lacaios do imperialismo da Rússia e China, ede Túnez a Yemen, da Líbia ao Egito, e com Síria outros sustentaram os covardes generais do ESL e osublevada, ameaçava chegar a insurrecionar as massas governo sírio escondido em Qatar, para que de dentro dapalestinas para sejam estas a vanguarda da revolução revolução, desarmem as massas, as controlem e limitemproletária e socialista em toda região. todo seu poder.Mais de um milhão e quatrocentos mil explorados sírios estão amontoados em campos de refugiados nas Agora sim, o ataque do sionismo é para alertarfronteiras do Líbano e Turquia; quatro milhões de que cada agente do imperialismo da região deve jogaroperários e camponeses perambulam pela Síria seu papel, para isso lhes pagam. Um novo momento daensanguentada com suas casas destruídas; Mais de revolução e da contrarrevolução na Síria se iniciou. O350.000 mortos jazem enterrados em fossas comuns, mais pérfido dos momentos: a burguesia tentanos terrenos baldios e nas ruas, a maioria crianças e consolidar, no terreno da negociação, o triunfo quemulheres, e habitantes dos bairros operários mais c o n s e g u i u c o m e n g a n o s , c o m c e r c o simportantes dessa nação, produto dos bombardeios contrarrevolucionários, com calúnias das direçõesaéreos do Exército de Al Assad e o extermínio casa por traidoras, com tiros pelas costas, com bombardeios decasa. extermínio no campo de batalha contra os explorados.O cão Al Assad, já jogou todo seu papel e sua Não está dita a ultima palavra, a revolução síria efunção de massacrar as massas revolucionárias da seu destino se resolverão nos combates aindaSíria e afunda a revolução em um banho de sangue. inconcluídos de uma revolução que ainda mantém asPara o imperialismo, nestas condições e com este chamas acesas na ultima trincheira, e centralmente noresultado, não pode ser Al Assad quem garanta manter combate da classe operária no Magreb, Oriente Médio e a nível internacional. A partir deste momento, a luta por recuperar Damasco e esta revolução traída e ensanguentada, só será possível se a classe operária internacional rompe com as direções que a impedem de conquistar a unidade internacional do proletariado para destruir o cerco aos seus irmãos sírios. É que a luta por Damasco, como esta colocada nesta revolução, se resolve como começam a fazer as massas na Líbia: enfrentando abertamente o governo de transição; lutando pelo pão que lhes foi negado na Tunísia, Egito e Iêmen, como seguem negando, levando a condições de barbárie a classe operáriaMassacre das tropas de Al Assad contra as massas sírias
  • 3. 3SÍRIA europeia, norte-americana e do resto do planeta. Tanto sangue derramado foi por uma vida digna, para poder comer e contra a carestia da vida. Por isso a luta por recuperar Damasco, é a luta para que a revolução do Magreb e Oriente Médio devenha abertamente em revolução socialista, para poder assim expropriar a burguesia chegando a Damasco e marchar com a classe operária palestina para tomar Jerusalém. II- Há um mês e meio Obama, em sua visita a seu sócio Netanyahu, declarou que Israel era o seu único aliado estratégico na região e que este tinha o direito de defender suas fronteiras como desejar. Mas deixou claro que, todavia não poderia atacar o Irã, suas leis, e etc., porque o Estado ficaria totalmente senão que era o momento de mandar as tropas desarticulado e as massas armadas. republicana iranianas, para colaborar e sustentar Al O objetivo do imperialismo é que a Síria não Assad e seu exército, para que este não se desintegre possa ser uma nova Líbia. Por isso hoje sustenta a Al em Damasco, antes que cheguem as massas para Assad com a Rússia e a China ante o genocídio e hoje derrotar o cão genocida. com os Aiatolás iranianos e o Hezbollah sustentam o massacre em Damasco e a casta de oficiais assassinos O imperialismo ianque aprendeu lições com a do exército, porque assim garante dar estabilidade ao Líbia: Gaddafi havia ensanguentado Trípoli quando a futuro governo de transição. Para não restar dúvidas, o revolução recém começava; a OTAN, contudo, com imperialismo sabe o que busca: os oficiais de Al Assad bombardeios seletivos em Brega ataca as milícias para sejam a base do “novo exército” junto aos generais do que não avancem a Trípoli; Bengasi estava cercada por exército Sírio Livre (ESL), que se mantenha desarmadas Gaddafi. A revolução parecia contida sobre o “auspício” as massas e que se inicie uma saída ordenada de Al da OTAN, os generais de Gaddafi e o CNT negociavam Assad do governo, sem que ameace as instituições de um “governo de transição”, porque já davam por domínio burguês na Síria. È justamente para isso que se controlada e cercadas as massas. A zona Oeste da fez um genocídio. fronteira com Tunísia estava novamente contralada por O Imperialismo não foi nem vai buscar Gaddafi. Mas tudo se derrubou: as massas romperam o democracia, a liberdade, a independência da nação cerco de Brega; derrotaram as tropas de Gaddafi em Síria, nem muito menos fazer caridade e dar pão aos Bengasi e Misrrata, apesar e contra o CNT; recuperaram esfomeados e explorados. Estados Unidos, como Zuawya à Oeste e assim, o avanço das massas á Trípoli chefe dos bandoleiros imperialistas vai garantir o se fez irreversível fazendo quebrar o pacto de transição poder dos exploradores e conquistar um governo entre o CNT, Gaddafi e a OTAN. que lhe permita manter o saque da nação Síria. Esse Este pacto incluía que os generais de Trípoli de é o plano de transição que o imperialismo começou a Gaddafi, junto aos generais do CNT, reunificaram a casta implantar e que, como veremos depois, não somente de oficiais do exército e com velhos e novos políticos disciplinou aos Aiatolás iranianos em Damasco, senão burgueses se conformara o novo governo de transição, também ao ESL e à Jabat Al Nusra nos território mantendo um forte poder em Trípoli com a vida de liberados, e também à Rússia e China, que nesta fase de Gaddafi a salvo e com as massas desarmadas cidade a negociação cumpriram o mandato de seu amo cidade. Nada disso sucedeu, o poder do Estado ficou imperialista. Seu modelo é a transição do Egito e Tunísia destruído e com as massas armadas tirando o governo e se for possível e a relação de forças o permitir, a de de Gaddafi. Iêmen. Este é o cenário de pesadelo de imperialismo e A junta militar assassina, com a Irmandade da OTAN: que se abra na Síria uma crise revolucionária Mulçumana cogovernando o Egito, é o modelo para nas alturas e quebrem todas as instituições de domínio aplicar se na Síria. Mas, neste caso com a burguesia do burguês, ficando as massas armadas. Isso exaspera o Qatar, a burguesia alauíta de Al Assad e com este... imperialismo que ainda hoje lamenta aquele primeiro Muito longe da Síria. triunfo das massas na Líbia. Seu embaixador ianque devorado pelo fogo da revolução que ainda está viva em Bengasi demonstra isso. III-Na fase atual da revolução Síria se desmorona a O imperialismo aprendeu dessa experiência. farsa e a mentira do “eixo do mal” que pregava Bush e oPara que isso não aconteça hoje na Síria mandou a imperialismo norte-americano. Para o imperialismo oguarda republicana iraniana sustentar a Al Assad em único “eixo do mal” é a classe operária que explora e osDamasco, fortalecer sua casta de oficiais povos que oprime. A burguesia iraniana é sua sóciacontrarrevolucionária, e tomar até a ultimo bairro e casa menor, todos membros de uma mesma classede Damasco, porque está é a condição para iniciar todo o possuidora. Hoje, na Síria, o imperialismo utiliza os seusgoverno de transição, inclusive semAlAssad. agentes da burguesia xiita iraniana, para sustentar oA chave do imperialismo é que a revolução não exército deAlAssad em Damasco.destrua todas instituições de domínio burguês, como o Desde que Obama, como chefe dos piratasexército, sua casta de juízes, os partidos burgueses, Os ministros de relações exteriores dos E.U.A , Rússia, Kerry e Lavrov
  • 4. 4 ianques, reconheceu que devia iniciar a retirada de suas Assim o imperialismo trata seus agentes, a tropas do Afeganistão e Iraque são os Aiatolás que lhes história o demonstra. Utilizou os Aiatolás para esmagar cobrem as costas – sendo uma maioria absoluta do os Shorás e os conselhos operários da revolução governo do protetorado deste país -, encarregando se de iraniana, depois mandou Saddam Hussein, para em uma massacrar toda resistência antiimperialista da nação guerra entre povos irmãos, provocar um massacre nas iraquiana depois te ter derrotado sua própria classe massas do Oriente Médio. operária pelos levantamentos pelo pão em 2009. Os Aiatolás pediram mais negócios pelos seus Quando Obama assumiu e disse a burguesia xiita do Irã serviços. O imperialismo só os utiliza hoje, pra amanhã que viria a “dar lhe a mão”. Agora lhe deu a mão, fuzis e tirá-los do meio como sócios menores e ficar com todo o dinheiro para que colaborem com ele. petróleo do oriente Médio, começando pelo do Irã. Esses são os duros e inflexíveis fatos contra os Esta é a lógica e a dinâmica da revolução e da que batem os dentes de todas as correntes que posam contrarrevolução, e disto se trata a contraofensiva que o de antiimperialistas ante a classe operária mundial e só imperialismo lançou, medindo cada passo da relação de são lacaios do imperialismo. O Irã ameaçava enfrentar forças e utilizando todos seus agentes, e conquistando os Estados Unidos em todo o Mediterrâneo, meses novas posições desde as quais lançam novos ataques atrás. Anunciava-se a mãe das batalhas... com uma contra os explorados. delegação da ONU com dois chamados a fazer o embargo e com ameaça de um míssil do sionismo, a Em Washington, o parlamento e o senado norte- burguesia iraniana se enquadrou diante de seu americano levam meses discutindo como pode ser que comandante em chefe Obama. E marchou a sustentarAl caiu seu embaixador na líbia. Obama acalma seus Assad em Damasco. sócios de Wall Street: “correrá mais sangue no Oriente Médio,voltaremos à Líbia para vingar nosso embaixador H e z b o l l a h , s ó c i o n o s n e g ó c i o s d e quando terminarmos de massacrar as massas da Síria, telecomunicações e com a presidência do Líbano em Egito, Palestina, recuperaremos a Tunísia e assim suas mãos, depois de atacar violentamente as massas chegaremos à Trípoli.” E afirma também que: “ É do Líbano que lutavam para entrar no combate junto aos preferível perder a vida de um embaixador e não intervir seus irmãos na Síria, enviou suas guardas pretorianas a antes do tempo com a invasão norte-americana na Líbia combater na Síria, junto aAlAssad. arriscando nos a perder o controle de toda região e A burguesia xiita e os Aiatolás têm experiência incendiar todo o Oriente Médio”. Essa é a relação de em esmagar, estrangular e massacrar revoluções. forças que haviam conquistado as massas, que hoje Foram os que usurparam, expropriaram e encheram de Obama quer recuperar, massacrando na Síria com Al sangue a revolução iraniana no começo dos anos 80, Assad. dirigida pelos comitês de soldados, e os conselhos Por isso a classe operária freia a besta operários que demoliam o regime e o governo do Xá imperialista, o que fará correr rios de sangue contra Reza Pahlavi. A burguesia xiita, exilada em Paris, foi novas guerras contra proletariado internacional, do enviada rapidamente para, com a desculpa de um Oriente Médio e do magerb árabe em particular. regime teocrático, por em pé um clássico regime bonapartista que expropriou a revolução e massacrou ao As direções traidoras do proletariado melhor da vanguarda operária e dos soldados que mundial entregaram a Síria, como fazem com todas protagonizaram uma heroica revolução. as lutas de nossa classe. Vencer essas direções Esta tragédia, o estrangulamento da revolução traidoras derrotá-las em seu avanço, é a garantia da iraniana, levou a sua derrota e permitiu o imperialismo vitória. Esta é a tarefa que temos adiante, nós trotskistas lançá-lo a Saddam Hussein em uma guerra fratricida que lutamos pela refundação da IV Internacional. contra o Irã para escarmentar as massas da pérsia com quatro milhões de mortos. V- Obama mandou a seu agente sionista fazer uma demonstração de forças com este bombardeioIV-Reafirmamos então que o ataque atual do seletivo, também para enviar lhes um aviso do que s i o n i s m o s i g n i f i c a u m a l e r t a à s f o r ç a s sucederá às massas palestinas que se encontram em contrarrevolucionárias dos Aiatolás iranianos, ao um estado de efervescência próximo à revolta. 4500 Hezbollah e mesmo aAlAssad, de que quando se pactue presos palestinos combatem, com greves de fome, nos o governo de transição seja sem Al Assad; Hezbollah já cárceres do infame estado sionista de Israel. As pedras não será necessário na Síria e deverá voltar das crianças palestinas já anunciam o início de uma disciplinadamente ao Líbano para cuidar da fronteira ao nova Intifada. norte do estado sionista; e os Aiatolás deverão seguir Os colonos sionistas, armados até os dentes, controlando as massas iraquianas, posto que senão as têm ocupado as melhores terras da Cisjordânia e de bombas cairão sobre oTeerã. Jerusalém a Leste. Assim o sionismo se prepara para Por quê? Porque se é derrotada essa cadeia de discutir o plano de “Dois Estados”. revoluções que enfrentou abertamente o imperialismo e Dia a dia se sucedem choques entre as massas seus governos capachos do Magreb e oriente Médio, os palestinas com seus carcereiros sionistas em Aiatolás iranianos, depois de serem utilizados como Jerusalém, Gaza e na Cisjordânia.Aburguesia palestina tropas terrestres da OTAN e gurkas no Iraque e na Síria de Al Fatah e Hamas controla cada vez menos as já não serão necessários e estarão garantidas as massas, cada negociação com o sionismo invasor pode condições para que o ataque imperialista no Irã seja significar seu derrocamento por parte das massas, que realizado.
  • 5. 5SÍRIA não aceitam o “reconhecimento” da Palestina ocupada contra a entrega da nação ao imperialismo por parte de nos campos de concentração de Gaza e Cisjordânia. seu lacaioAlAssad Enquanto na Síria, os refugiados palestinos têm entrado ao combate contra o assassino Al Assad e também o Em sua ofensiva revolucionária iniciada em fazem no Líbano. 2011, com o método da guerra civil e da insurreição, as massas ameaçavam transformar Síria em uma nova O duplo caráter desta ação contrarrevolucionária Líbia, partindo horizontalmente o Exército assassino, do sionismo é para garantir ao imperialismo o enquanto começavam a se colocar de pé os comitês disciplinamento de todos seus agentes, ficar em posição operários armados e de soldados, chamados “comitês de contraofensiva para destruir as massas palestinas de coordenação”, que dizer, os organismos de que começam a se sublevar e poder iniciar manobras combate e auto-organização das massas sublevadas. ofensivas contrarrevolucionárias em toda região quando Esta luta revolucionária chegou às portas de Damasco e seu amo ianque o solicitar. ameaçava derrotar o chacal Al Assad, como ontem o fizeram as milícias líbias entrando em Trípoli. O imperialismo não podia permitir que a cabeça de Al VI - Na Síria se concentraram todas as Assad rodasse como a de Gaddafi em Sirte pela mão das massas.forças contrarrevolucionárias para esmagar as massas e cortar a cadeia de revoluções aberta no Mas há anos o imperialismo não podia intervirMagreb e Oriente Médio há dois anos. Não era o de forma direta e muito menos o sionismo, porquesionismo, nem nenhuma força do imperialismo a que de teriam regado com gasolina o fogo da revolução queforma direta pode intervir para frear as insurreições que corria em toda região. Por isso era o mesmo chacalcidade a cidade, de Homs a Deraa, Alepo, Raga, Hama, AlAssad quem tinha que cumprir essa função.Idlib, se levantavam na Síria, nos combates pelo pão e VII – O imperialismo e seus agentes têm O imperialismo tem percebido que mesmo com as bombas de Al Assad e o ESL controlando aslançado uma contraofensiva contra as massas, que a massas, não conseguiram derrotá-las, nempartir de 2011 tinham começado uma cadeia de desarmá-las até o final. Milhares refutam ante orevoluções no Oriente Médio e no Magreb. Nela buscam avanço de Al Assad, mas continuam com suastraçar um plano para reverter a relação de forças a seu armas. A base do ESL enfrenta a cada passo aosfavor. generais “de nenhuma batalha”. ParafraseandoInglaterra, França e Alemanha insistem em que Trotsky, a propósito da guerra civil espanhola,deve se armar abertamente o ESL para que este chegue poderíamos dizer que nesta “frente republicana” oua Damasco, inclusive expulsando a Jabhat Al Nusra e “pela democracia” do governo de Qatar e o ESL jásuas milícias islâmicas da burguesia saudita que estão surgindo e devem surgir ainda muito maisbuscam uma fatia dos negócios da Síria, com a queda de generais como Al Assad. É que eles são osAlAssad. encarregados de desarmar as massas. Por agora têm conseguido que as massas não expropriem aAs distintas potências imperialistas discutem burguesia nos territórios liberados de Al Assad.entre elas como melhor pregar os últimos pregos do Também por agora, têm conseguido discipliná-lascaixão da revolução Síria, que ainda temem... militarmente em sua grande maioria. O Imperialismo norte-americano, por agora, não Estados Unidos descrê da alternativa quecompartilha da posição de seus aliados imperialista. propõem França e Alemanha, que estão nervosas peloCom um fino instinto de classe, Obama já percebeu que retardo de Obama em intervir decididamente. Estadoso ESL não poderá controlar as massas, se é ele quem Unidos como chefe dos bandoleiros imperialistas insisteaparece derrotando Al Assad. Com justa razão, o em um pacto com Al Assad controlando Damasco, eimperialismo teme que se sublevem as massas ante a sentando também para negociar em uma mesa junto aosaída de Al Assad e o ESL não possa mais conter uma governo de Qatar, ao ESL, às burguesias árabes, ànova ofensiva revolucionária. Eles somente podem Rússia, à China, enfim, a essa corja de bandidos que é acontrolar as massas em retrocesso e depois de um ONU, para todos juntos discutirem uma saída ordenadagenocídio. sem Al Assad, e iniciar um regime de transição sob oO ESL é o agente imperialista no interior da comando norte-americano, com as massas esmagadasrevolução para controlá-la e desarmá-la, não é o e controladas.agente que as massacra, para isso está Al Assad. Empurrado pelas massas, o ingresso do ESLa Damasco coloca o seguinte problema: Quem detém as massas para que não façam com Al Assad o que fizeram com Gaddafi, e como na Líbia destruam a casta de oficiais na Síria, e continuem armadas? Uma enorme concentração de forças a nível internacional para cercar, trair e ensanguentar a revolução Síria
  • 6. 6 É que as forças de Al Assad teriam colapsado ao O ESL é o primeiro enviado contrarrevolucionário perder o controle aéreo da nação, com o que se garantiu o genocídio e o massacre, devido a que o exército compara controlar as massas desde dentro de seu sua infantaria e seus tanques se dissolvia ao ingressocombate, e expropriar sua luta das cidades, passando ao campo das massas sublevadas. Todas as manobras do imperialismo foram VIII – O imperialismo com Obama, desde a suficientes, porque milhares de combatentes se Turquia, desde a ONU, com seu agente sionista, havia negavam a disciplinar se a estes generais sem nenhuma compreendido muito bem que faltava ainda controlar as batalha, que vendiam o pão e os alimentos mais caros massas das zonas em que estas, com heroicidade e nas zonas liberadas que nas zonas controladas pelo milhares de mortos, haviam conseguido vencer o exército deAlAssad. exército de Al Assad. Fazia falta, como já dissemos, que A chave do governo de transição na Síria, as zonas liberadas do exército do cão Al Assad, escondido em Qatar, foi desarmar as massas na terminaram de ser controladas por esses oficiais resistência e nas zonas liberadas de Al Assad. Um plano covardes do ESL, que se colocaram a frente dessa tramado cínica e milimetricamente pelo imperialismo, avançada revolucionária para conte-la, desarmar as com Obama e as transnacionais ianques planificando-o massas e garantir que nestas zonas não se expropriará e seguindo dia a dia. ao imperialismo, à burguesia, nem a terra dos Mas tão pouco alcançava a contenção das proprietários. massas. Em uma guerra de assédio, patrulhas e milícias Eles foram o fatos fundamental para intentar concentravam seu ataque independente contra as transformar aos trabalhadores em armas e seus tropas de Al Assad e ameaçavam com uma ofensiva comitês de soldados em um exército regular sob o rompendo o controle pela esquerda do ESL. comando de ex-oficiais do exército de Al Assad. Hoje se vestem de “democráticos” no ESL, com um centro de Desde a Arábia Saudita, impulsionado pelaoperações na Turquia, desarmando as massas e monopolizando o pão e o controle de alimentos nas burguesia sunita, Jabhat Al Nusra foi enviado para zonas liberadas. Assim, salvaram a vida de todos os controlar e disciplinar ferreamente a vanguarda burgueses instaurando governos de “transição” cidade mais combativa da resistência de Al Assad quepor cidade, baseados no desarmamento das massas. Este processo, de controle do ESL, é muito rompia com o ESL instável. Em cidades como Homs e Alepo, sua base recrutada são os comitês de coordenação, que os ex- IX – Contra as massas Sírias, se juntaram generais de Al Assad colocaram sob sua disciplina, tão enormes forças contrarrevolucionárias, para derrotar esomente para controlar o armamento e dando esmolas cercar a revolução. Para isso também partiram à Síria,para que as massas possam comer, pelo menos uma desde Iraque e Arábia Saudita, frações da burguesiavez ao dia. sunita do mundo árabe, que enviaram, com muitoO ESL esta muito longe ainda de se dinheiro, “armamento pesado” aos seus combatentestransformar em um exército regular. Muitas islâmicos da Jabhat Al Nusra. Estes tentaram ganharpatrulhas ainda combatem com seu nome, mas não prestígio com suas bandeiras da luta “antiimperialista”estão sob seu controle. À medida que esta casta de do Iraque e Afeganistão. Eles buscavam organizar asoficiais travestida de “democrática” – que tira fotos milícias que rompiam com o ESL para, com um discursonos combates e depois foge – possa controlar as “antiimperialista”, terminar de controlá-las e discipliná-massas e seus heroicos combatentes, será um fator las.importante para definir o ritmo da transição que o Eles foram os que chegaram a controlar aimperialismo esta preparando. Para eles o massacre resistência que combatia nas mesmas portas dede Al Assad não é o suficiente, senão que se precisa de Damasco. Eles conseguiram, enquanto Al Assad osum controle férreo dos generais “democráticos” do ESL. Jamais poderiam estes oficiais do ESL, que nunca combateram em uma só batalha decisiva, ter conseguido esta posição se antes as massas não tivessem sido massacradas em um verdadeiro genocídio pela aviação de Al Assad, inclusive por seus Drones não tripulados, os “amigos” da revolução Síria da Turquia e Qatar não deram sequer um míssil terra-ar às massas armadas. O imperialismo tem cuidado muito bem de não enviar armamento pesado ao ESL por temer que este caia nas mãos das massas. A União Europeia impulsionou um bloqueio de armas para Síria, enquanto Rússia e China armavam até os dentes Al Assad. AS POTÊNCIAS IMPERIALISTAS DESARMAM AS MASSAS, E SEUS LACAIOSARMAMATÉ OS DENTES O GENOCÍDA. Invasão francesa em Malí
  • 7. 7SÍRIA acusava de terroristas, terminar de controlar o melhor da as guardas de mercenários dos Aiatolás iranianos, vanguarda síria e sua luta antiimperialista. sustentam junto ao Hezbolah, ao “governo” de Al Através de Jabhat Al Nusra frações da burguesia Assad em Damasco. sunita chegaram também para disputar os negócios, O ESL controla grande parte de Alepo, Homs, igualmente ao que faziam os oficiais do ESL, ante a Idlib e setores de várias províncias ondeAl-Assad foi futura queda de Al Assad. Agora, nos territórios que a derrotado. A burguesia curda se prepara para JabhatAl Nusra comanda, repartem-se os negócios com participar no negócio da “paz dos cemitérios”. Os o ESL. Ambos organizam como seus sócios com os territórios que Jabhat Al-Nusra controla são burgueses locais, dando lhes proteção contra as massas proclamados por estes como “estado islâmico”, que ameaçam sua propriedade para comer e fazer para controlar as massas com o Corão, o chicote e justiça, posto que os burgueses locais eram todos fuzilamento, fazendo jurar fidelidade até a morte. espiões e informantes deAlAssad contra as massas. Esta nova mediação para controlar as massas, Na Conferência de Genebra se discutirá “como que funciona sob a égide da burguesia sunita e saudita terminar com a crise humanitária da Síria”, como da região, que impõem a “lei do Corão”, dizendo lhes cinicamente o anunciam. Obama obriga, disciplinando para disciplinar as massas: “entreguem as armas, Moscou e Pequim a um acordo entre todas as partes em disciplinem se ao Corão ou executaremos a vanguarda conflito. Ameaça que se não disciplinam todos seusque não se subordina”. agentes, o imperialismo ianque se prepara para a desintegração da Síria, o que seria uma “libanização” Já se faz público em Moscou o pacto de Obama e sob os bombardeios do sionismo, e virá então um duplo e Putin, Al Assad, Netanyahu e os mandarins triplo massacre contra as massas. Síria ficará partida em chineses, o governo do Qatar com o ESL e Jabhat quatro ou cinco regiões com um retrocesso total da Al Nusra. Todos se preparam para avançar a uma civilização na região. nova fase do plano contrarrevolucionário para estrangular a revolução Síria X – Hoje o Secretário de Estado norte- americano, Kerry e Putin, acordaram uma conferência internacional “pela paz” na Síria para fins de Maio, como ontem haviam acordado, nos bastidores, armar até os dentes Al Assad para massacrar as massas da Síria. Em uma conferência de imprensa dada em Moscou, no dia 8 de Maio, conjuntamente com o Ministro de Relações Exteriores de Putin, Lavrov, este ultimo afirmou que neste momento “Moscou não estava preocupado com o destino de indivíduos em particular”. Sob as ordens de Kerry e Obama, seu lacaio Putin manifestou que “deve se efetivamente implementar a criação de um governo de transição”, agora semAlAssad. Fica claro que Putin é um servente a mais de Obama e o imperialismo norte-americano. O imperialismo disciplina todos seus agentes. E agora? Como que explicam as correntes que se reivindicam da luta antiimperialista das massas a nível mundial, este acordo de acatamento disciplinado de Putin a seu amo Obama, enquanto os mandarins chineses recebiam as ordens de outro “Ministro de Relações Exteriores do Pentágono”, que é Netanyahu, para dar lhes instruções para o ultimo momento? Aqui, o que fica claro é que Putin, armando Al Assad para massacrar a revolução Síria, estava sob as ordens de Obama, que agora viajou para dizer lhe que as novas ordens são que chegou a hora, depois do genocídio imposto por seu agente Al Assad, de abrir o caminho a um “governo de transição semAlAssad”. A ordem é precisa: não avançam os rebeldes, nemAlAssad entrega Damasco. Enquanto se negocia o regime de transição, Estas são as condições do m o m e n t o a t u a l d e s t a b r u t a l o f e n s i v a contrarrevolucionaria contra as massas sírias. Todas as frações da burguesia, agentes do imperialismo, que participaram nesta Síria ensanguentada, buscarão repartir o saque, mas o farão sob as ordens do imperialismo norte-americano que ficará com a parte do leão. Ele garantirá que as fronteiras do estado sionista de Israel não sejam tocadas e que a Síria tenha estabilidade para atuar como um fator de disciplinamento das massas em todo o Oriente Médio e no Magreb. XI –O plano do imperialismo ianque é cuidadoso, posto que um erro de cálculo pode provocar para os exploradores uma catástrofe a saída de Al Assad. As classes dominantes ainda têm terror que as massas esfomeadas, com suas famílias massacradas, vejam como própria a queda do regime de Damasco. Obama, como um leão ferido, lambe suas cicatrizes. Deram por derrotadas e cercadas as massas da Líbia e hoje seu embaixador nesse país “passou dessa para melhor”, enquanto empresas construtoras francesas planejam reconstruir sua embaixada ali. O bombardeio do sionismo na Síria foi para deixar claro que, na conferência chamada pelos Estados Unidos e seu lacaio Putin, não falte nada. A tarefa é agora, como afirmaram Lavrov e Kerry, “convencer o governo e todos os grupos da oposição a sentar se em uma mesa de negociação”. Depois de um ano se decide convocar uma conferência que foi acordada em Genebra em Julio do ano passado para “parar a crise humanitária na Síria”. Se concretiza agora com o trabalho sujo de Al Assad já cumprido.
  • 8. 8 Enquanto isso, a discussão sobre se existem ou XIII-O imperialismo ianque sabe muito bem que aonão armas químicas de um ou de outro lado das trincheiras, não é mais que uma desculpa do interior dos Estados Unidos, as massas, depois de seus imperialismo que, se decide intervir diretamente, as retrocessos no Iraque e Afeganistão, está posto um “encontrará” como desculpa para uma intervenção limite muito similar com a derrota do Vietnã em meados direta. dos anos 70, que o impede um acionar ofensivo e de intervenção direta como fez Bush nos primeiros anos do século XXI com os chefes das petroleiras e a Halliburton XII – Neste momento a negociação das ávidos de negócios e de saque das rotas de petróleo. quadrilhas burguesas imperialistas se realiza em uma Não é um passo para o imperialismo terminar de fina cornija, as revoluções do Magreb e Oriente Médio assentar este triunfo contrarrevolucionário na Síria. Está foram desviadas mas não destruídas. A queda de Al lidando com uma cadeia de revoluções e com os limites Assad pode significar que as massas martirizadas da que o impõe sua própria classe operária para aventuras Síria a vejam como um triunfo próprio e queiram fazer militares superiores. justiça com suas mãos e assim ultrapassem esses Nós, os trotskistas, afirmamos que si se generais de “nenhuma batalha” do ESL, imposto pelo assenta a contrarrevolução de Al Assad contra as imperialismo desde a Turquia para controlar e desarmar massas, não será Chávez, Nasser e nem burgueses as massas nas zonas liberadas do regime assassino de que posam de anti imperialistas, senão o sionismo e AlAssad. novas invasões imperialistas as que viram sobre o O plano da negociação da transição, regado Oriente Médio e o Magreb, incluindo Irã, depois de pelo sangue das massas martirizadas da Síria, já que os aiatolás façam também o trabalho sujo como começou. Mas os capítulos finais desta estratégia lacaios do imperialismo. E isto já antecipou França não foram escritos. com sua invasão no Malí, para que com suas bases Arevolução Síria, também, não é mais do que um militares desde a região subsaariana africana, com suas elo de uma só revolução em todo o Magreb e Oriente forças contrarrevolucionarias, impedir não apenas a Médio. Sua sorte dependerá não somente da extensão da revolução do Magreb até o centro e sul do conspiração, armadilhas e os massacres contra as continente, senão também para poder atacar desde o sul massas, senão também e fundamentalmente de um à revolução tunisina, libia, egípcia e etc. revolução cujo fogo ainda não foi apagado desde a O imperialismo, na cadeia de revoluções aberta Tunísia à Palestina martirizada. em 2011, veio a cair todos os seus dispositivos de Estamos frente a uma cadeia de revoluções que controle da região, desde Mubarak até Ben Alí e o perfurou a contenção de todas as direções traidoras do sionismo não podia intervir diretamente, como já proletariado internacional, como parte de uma ofensiva falamos. Os carniceiros imperialistas choravam a morte que, desde 2008, com os combates deAtenas, da China, de Khadafy junto com toda a esquerda de Obama, de Marikana, da classe operária europeia, fizeram enquanto as massas ficavam armadas na Líbia cambalear toda cidadela do poder, enfrentando a A cadeia de revoluções ficou inconclusiva, mas bancarrota do imperialismo e a quebra de Wall Street. não foi derrotada. O imperialismo joga na Síria uma Aultima palavra ainda não está dita. O destino das primeiras batalhas para começar a derrotar a da questão síria se resolverá, em ultima instância, no cadeia de revoluções que ameaçaram seu domínio combate do proletariado internacional. em toda a região e por isso tem utilizado sagazmente a todos os seus agentes. O papel do ESL e Jabhat Al Nusra: impedir que surja o duplo poder armado da classe operária e dos explorados nas zonas onde Al Assad foi derrotado pelas massas para o lado do povo sublevado. XIV-A conseqüência do acionar destas verdadeiras Os suplícios “pela paz” com suas marchas pacíficas proclamadas pelos religiosos das mesquitasquinta colunas, que atuaram para terminar de controlar ficaram para trás quando o exército de Al Assad entravaas massas massacradas por Al Assad nos territórios em Hama, Deraa, etc., para destruir as massasonde este não pode entrar, é que as massas ficaram insurrecionadas.submetidas e controladas por estas duas forças A partir de 2011, os governos locais, cidade porreacionárias da burguesia. Elas atuaram para impedir cidade, do assassino Al Assad, caíam, ruíam. Asque as massas reagrupem suas forças e para que massas deslocavam o exército assassino de Alponham suas armas sob sua disciplina. A chave da Assad. Surgia um duplo poder que avançava e sepolítica destas correntes foi impedir que nas cidades e desenvolvia como organizador da guerra civil paraterritórios nos quais Al Assad foi derrotado surja um conquistar o pão e derrotar a casta de oficiaisverdadeiro duplo poder das massas armadas em assassina deAlAssad.luta, que exproprie a burguesia e que abra o caminho A dinâmica da revolução que começava, cujopara marchar sobre Damasco com o método da motor era conseguir o pão, saciar a fome das massas,insurreição, quer dizer, da revolução proletária. parar o aumento da carestia da vida e o brutalOs “comitês de coordenação” foram embriões de desemprego (que rondava 27% ou 30%), era expropriarorganismos de duplo poder na Síria, quando as massas a burguesia, seus bancos e os latifundiários, para poderentravam na fase insurrecional da guerra civil. Estes comer. Isso empurrou uma luta política de massasorganismos controlavam o abastecimento e aberta contra a ditadura deAlAssad.organizavam os soldados que passavam aos milhares
  • 9. Marcha do Fórum Social Mundial em Tunísia 2013 9SÍRIA Toda a esquerda reformista mundial hoje quer fazer as massas do mundo acreditarem que na Síria se combateu e hoje se combate “pela democracia” em geral, porque são “massas democráticas enfrentando ditaduras”. Mentira! O motor da revolução foi e segue sendo o pão, pelo qual as massas saíram a enfrentar Al Assad. Necessitavam de democracia e liberdade para organizar se, lutar e derrotarAlAssad e toda burguesia. As organizações traidoras do proletariado querem negar, para que a classe operária internacional não veja esta revolução como própria, que as condições da Síria eram e são as mesmas que as da Espanha, China, Grécia, as do proletariado em Bangladesh onde milhares de trabalhadores morrem outros eram fuzilados por negar se a massacrar seu destruídos nas fábricas prisões das indústrias têxteis próprio povo. imperialistas... Como nos EUA, onde 43 milhões de Por isso o exército de Al Assad, armado até os trabalhadores vivem com 3 dólares ao dia da caridade do dentes pela Rússia e China (que fizeram um fabuloso estado. negócio com a venda de armas durante a guerra) se viu A esquerda mundial quer ocultar o caráter obrigado a atacar com a força aérea com drones, com operário da revolução que começava, porque artilharia e mísseis para barrar fisicamente em cada uma justamente quer submeter às massas a “democracia”, destas cidades e as barricadas operárias das massas quem dizer, a Obama, a burguesia e ao “imperialismo insurgidas. democrático”, quando foi este quem armou Al Assad Foi uma guerra contrarrevolucionária de para que as massacre, e hoje prepara uma “armadilha extermínio. Somente depois de massacrar e fazer de democrática” para expropriar sua revolução, com Al cidades inteiras terra arrasada, tentavam entrar os Assad e a “oposição democrática”, com uma condição: a oficiais e as tropas de Al Assad que ainda assim eram propriedade dos capitalistas não se toca. A crise da Síria rechaçadas, e com a heroica luta de massas se dissolvia devem pagar as massas. E já estão pagando com a fome ainda mais. Na guerra civil de classes, Al Assad não generalizada e centenas de milhares massacrados! ganhava a guerra. Lutava-se casa a casa. O operário, Por isso tinha que destruir a revolução síria, como uma o camponês arruinado, o soldado defendia sua lição das revoluções que vinham que vinham desde a família e seus filhos. Tunísia, que ameaçavam não somente aos regimes O manual da guerra coloca que por cada soldado burgueses, senão que também à propriedade dos de uma cidade invadida deve existir 10 que o ataquem; capitalistas e o imperialismo. lá, ante o ataque do exército deAlAssad, de cada 10 que A morte de Mohammad Bouazizi, que se imolou porque atacavam, 8 soldados rasos, filhos do povo, passavam a não o deixavam vender as verduras para alimentar sua combater com as massas contra Al Assad. Essa foi a família na Tunísia, é uma clara mostra do que dizemos. dinâmica da revolução. E a resposta da contrarrevolução Esta foi a faísca que incendiou tudo. não se fez esperar. Estava partindo se horizontalmente um exército burguês, que dá estabilidade às fronteiras do Estado Sionista de Israel, como as dava o pacto de Camp DavidXV– Na Síria, ao início da revolução, as insurreições desde o Egito.locais por cidade, como na Líbia ontem, desenvolveram Mas o mais grave para a burguesia era quea cada passo as condições para conquistar comunas surgia o poder dos conselhos de operários e soldados,operárias que expropriaram a burguesia para avançar que eram os “comitês de coordenação”. Deviam impedirsobre Damasco e tomar o poder, derrubando o regime de isso a todo custo. O duplo poder das massas podiaAlAssad e abrindo uma crise revolucionária. desenvolver se, uma vez já armado, expropriando aEssa foi a fase ofensiva da revolução, que se burguesia, seus bancos, suas cadeias de distribuição dedesenvolvia nas fronteiras do estado de Israel. Milhares alimentos, suas terras, controlando os poços de petróleode combatentes da região da Tunísia, Líbia, Egito, e os oleodutos, julgando e castigando todos osPalestina, foram a combater junto a seus irmãos sírios assassinos deAlAssad.para que a revolução de seus países triunfe em Damasco e poder marchar assim a Jerusalém. Como já vimos, o imperialismo e a burguesia XVI – O imperialismo e a burguesia secompreenderam rapidamente que havia que parar essa revolução, que todos os traidores da classe operária aterrorizaram. A revolução do Egito seguia viva. As negaram e que o estado maior dos exploradores massas marchavam semana a semana à praça Tahrir percebeu com claridade. A revolução síria era e é um para enfrentar o regime dos generais de Mubarak e a elo de uma cadeia de revoluções que em algum Irmandade Muçulmana. ponto tinham que frear e destruir, por isso A revolução síria despertava o entusiasmo de encomendaram aAlAssad que o fizesse. seus irmãos palestinos de Gaza e Cisjordânia, os que o Quando Al Assad atacava por terra com sua imperialismo juntamente a ONU tentou neutralizar com infantaria e cavalaria, seus exércitos se dissolviam ao uma votação a favor do estado palestino fantoche nos entrar em contato com as massas; milhares de soldados campos de concentração. passavam junto de suas armas ao lado de seus irmãos e
  • 10. 10 Milhares e milhares de combatentes líbios e Assim protegeram todos os “espiões-burgueses” de Al tunisianos foram lutar na Síria. Seu sonho, pelo qual Assad e suas propriedades, seja contratando-os como davam a vida, era chegar à Palestina. generais do ESL e associando se em seus negócios, ou O duplo poder que tendia a surgir na Síria ia ser como faz a Jabhat Al Nusra, resgatando os oficiais de Al visto como o poder de todas as massas oprimidas do Assad por centenas de milhares de dólares cada um e Magreb Árabe a Jerusalém. Por isso tinha que ficando com suas empresas. massacrar as massas. Mas, sobre tudo, tinha que fazê- Naturalmente, nestes governos de unidade las passar por inimigas da classe operária mundial. nacional do ESL e da Jabhat Al Nusra, tudo se acorda, Disso se encarregaram os traidores do FSM. tudo se vende e tudo se negocia, junto aos oficiais de Al Tinham que estrangular o duplo poder desde dentro, Assad. como já vimos. Tinham que submetê-lo, dissolvê-lo e O ESL e a Jabhat Al Nusra impulsionam uma não bastavam para isso as bombas de Al Assad, então guerra de pressão para negociar comAlAssad. Não para foram o ESLe a JabhatAl Nusra. Mas não foi o suficiente. vencê-lo, mas sim para associar se, em um futuro O que tinha que destruir era o duplo poder armado governo, com seus oficiais e as frações burguesas que dos explorados, que por representar a maioria do este representa. Seu objetivo, quando controlam um povo em luta e por ameaçar a propriedade dos território é destruir e dissolver o duplo poder, capitalistas, erro o único e verdadeiro inimigo que expropriando as massas. Por isso mesmo são também todas as forças burguesas deviam destruir. as forças de garantia do pacto e das negociações que já estão realizando entre Al Assad e o governo da Assim, tiveram que enviar também o burguesia síria no exílio em Qatar, Rússia e China, todos Hezbollah e aos aiatolás iranianos sustentados pela comandados pelos Estados Unidos. Rússia e China, para que coloquem suas baionetas e suas armas ao serviço de destruir o duplo poder. Sob um objetivo comum, que não é outro que o Os comitês de operários e soldados da revolução de preservar a propriedade capitalista do conjunto da síria não devem ser esquecidos e não serão pela classe classe exploradora, a burguesia intervém na guerra operária mundial. Como vemos, para destruí-los, para dissolvendo o duplo poder da classe operária, que não se desenvolvam e se coordenem a nível desarmando-a e estabelecendo uma guerra de exércitos nacional e em todo o Magreb Árabe e Oriente Médio, se e de campos burgueses onde todos fazem negócios com concentraram todas as forças contrarrevolucionárias o sangue, a derrota e os padecimentos inauditos das internacionais. massas. Por isso, insistimos, da Turquia, da Arábia A obsessão da burguesia se resume a que Saudita e Qatar, enviaram o ESL e a Jabhat Al Nusra não surja um território onde as massas auto- para abortar o duplo poder das massas, com exércitos organizadas estabeleçam um duplo poder e partidos que o dissolva, o desarmem e o disciplinem, mostrem o caminho de como derrotar as forças deAl mas sobretudo, para que garantam que não se exproprie Assad em Damasco, com o método da insurreição e a burguesia.As massas passaram a defensiva. da revolução proletária. Esta guerra de extermínio Ainda nos momentos de maior extermínio das levou mais de 1,2 milhões de crianças e mulheres às massas de trabalhadores e populares, do brutal fronteiras, à campos de refugiados, foram arrasadas ataque da aviação e seus mísseis, patrulhas dos cidades inteiras, se dizimaram povoados, com centenas comitês de coordenação reagruparam suas forças e de milhares de mortos, milhões procurando onde morar; começavam uma guerra de assédio, que impedia as tudo para destruir o duplo poder. Isto é terror branco tropas de Al Assad tomar possessão das cidades. contrarrevolucionário. O embrião do duplo poder das Era a fase defensiva da guerra civil: os homens e as massas despertou o ódio e o terror dos exploradores e mulheres defendendo seus filhos na ultima trincheira, do imperialismo, e o silêncio cúmplice, a degeneração e sabendo que o ingresso das tropas de Al Assad a calúnia de todas as direções traidoras do proletariado significava a morte de todos. mundial. XVII – Nas zonas liberadas deAlAssad, as massas massacradas, ultrajadas e contando milhares de mártires, seguiram procurando os “espiões” deAlAssad, que não eram mais que os burgueses de cada cidade. Em resposta ao genocídio e o massacre, as massas atacavam os informantes de Al Assad, e isso as levava a expropriar suas mansões para ter habitação; seus comércios, seus bancos, suas empresas e suas terras para comer. Essa era dinâmica da revolução operária e dos explorados que estava em curso, como já dissemos antes. P a r a c o n c r e t i z a r a p é r f i d a t a r e f a contrarrevolucionária, tinham que desarmar as massas e impedir que estas expropriassem os exploradores. Xi Jinping e Netanyahu na China
  • 11. 11SÍRIA Teria que “defender a XVIII – No campo democracia com o d a s d i r e ç õ e s método da revolução contrarrevolucionárias do p r o l e t á r i a ” , c o m o proletariado mundial, um colocava Trotsky na setor destas se coloca Guerra Civil Espanhola. com o exército assassino Teria que esmagar Al- do cachorroAl-Assad que A s s a d , p o r q u e massacra as massas, se combatendo contra ele se abraçando com os a r m a v a m e s e aiatolás iranianos, com organizavam as massas. a s b u r g u e s i a s Teria que disputar no bolivarianas, com os terreno militar com a assassinos da Rússia, burguesia “opositora” e China e com a nova suas frações – como burguesia cubana, aos JabhatAl Nusra e o ESL– a direção militar da guerra com que pintam de “antiimperialista” e os apresentam ante a os comitês de coordenação de operários e de soldados. massa como os que “enfrentam” ao imperialismo ianque As massas deram essa disputa nas piores condições. A maioria das forças do FSM Outro setor que proclama a pérfida pseudo sustentaram as baionetas assassinas de Al Assad. teoria-programa da “revolução democrática” e da Os que não, chamaram do mundo todo, como a LIT, o “primavera dos povos”, com a que acabam sustentando SWP inglês, a UIT, o NPA, a apoiar ao ESL, a lutar para aos generais e oficiais burgueses do ESL, que que este dirija a guerra contra Al Assad e não os rapidamente das próprias entranhas do regime de Al- organismos de autodeterminação e soviéticos das Assad, passaram à “frente democrática” para expropriar massas. a revolução proletária e garantir a propriedade dos Estes últimos inventaram todo tipo de capitalistas. “organizações democráticas sírias”... no exílio, a milhares de quilômetros do campo de batalha. A chave Teria que ir todos os canalhas dos charlatões das foi que a classe operária mundial não defendia o duplo “revoluções democráticas”, que falam desde Londres, poder dos explorados sírios. Era a eles que havia que Paris, BuenosAires, Espanha, Áustria ou Nova Iorque, a chegar a solidariedade internacional de combatentes, pôr-se sob a disciplina dos generais do ESL. Não no medicamentos e armas. exílio, mas em Alepo, para que provem do próprio veneno. Por responsabilidade de suas direções, a classe Aos que chamaram a apoiar os sabres dos operária mundial não pode ter uma política de generais assassinos de Al-Assad, que massacraram a intervenção ativa e de vanguarda, através de suas centenas de milhares de operários, crianças e mulheres, organizações, na revolução síria. Isto pagou as massas lhes anunciamos que a história da classe operária gravemente, cada vez mais submetidas a direções mundial não os deixará descansar em paz pela burguesas e pequeno-burguesas no campo de batalha, cumplicidade nos genocídios contra as massas da Síria. e ao massacre deAlAssad. Nós os trotskistas, nos encarregaremos disso. Dirão que “não houve condições”. Isso é uma Porque na Síria, se enfrentaram duas teorias e dois mentira e um vil engano. Todo aquele que queria chegar programas como veremos adiante. A teoria da e lutar pela revolução síria tinha um lugar em um revolução por etapas do stalinismo e do conselho de soldados ou um “comitê de coordenação”. submetimento da classe operária à burguesia, e a Há milhares e milhares de irmãos líbios, chechenos, teoria da revolução permanente e do programa para iemenitas, palestinos, tunisianos, egípcios e etc., que a tomada do poder. são a prova viva disso. Contra a Conferência de Genebra de Obama, Netanyahu, Moscou, Pekín e Al Assad, o CNS em Qatar e os generais burgueses do ESL Contra a Conferência dos traidores da revolução socialista do FSM na Tunísia Chegou a hora de por em pé uma Conferência Internacional das organizações operárias revolucionárias e de luta do proletariado mundial para romper o cerco a Síria e para que triunfe a revolução socialista Uma alternativa de ferro para a revolução do Magreb e Oriente Médio: Ou o reformismo e a maquiagem dos governos pró-imperialistas e contrarrevolucionários do Magreb Oriente Médio Ou pela revolução socialista que conduz os explorados a vitória Milícias sírias
  • 12. 12 Não foi por força do imperialismo, nem dos Desde as próprias entranhas da revolução agentes das burguesias nativas que a revolução na combatemos para organizar, armar e centralizar aos Síria hoje está cercada, traída e ensanguentada. Mas comitês de coordenação para expropriar a burguesia o pérfido papel contrarrevolucionário perpetrado cidade a cidade para ganhar a guerra, conquistar o pão e pelo FSM e toda a esquerda de Obama, o que defender a democracia com o método da revolução impediu que desde as organizações operárias de proletária. Esse é o caminho para derrotar Al-Assad e a todo o mundo se organizassem brigadas de todos os agentes do imperialismo, também aos combatentes, médicos e enfermeiros; o envio de “democráticos”, para que sejam as massas as que, alimentos, dinheiro e apetrechos; que paralisassem tomando este programa em suas mãos, conquistem a os portos das potencias imperialistas e que fossem direção política da guerra, com seus organismos de incendiadas todas as embaixadas da Síria no autodeterminação armados de operários, camponeses e mundo. Muito pelo contrário se dedicaram, desde o soldados rasos, para conquistar a vitória da única início da revolução, a cercá-la, caluniá-la e separá-la maneira possível, que não é outra que com o triunfo da da luta da classe operária mundial.Assim garantiram revolução socialista na Síria e em toda a região. que os generais “de nenhuma batalha” do ESL e os Nós trotskistas combatemos para romper o cerco oficiais ricos de JabhatAl-Nusra possam avançar em das direções traidoras que a nível internacional desarmar, controlar e submeter as massas impediram que, como na guerra civil espanhola nos anos antiimperialistas da Síria massacradas por Al- 30, recuperando o internacionalismo proletário, Assad. cheguem brigadas internacionais de todas as organizações operárias do mundo para combater junto XIX – Nós trotskistas damos conta desses às massas sírias; a tomada das ruas nas capitais das duríssimos acontecimentos da revolução síria, como o potencias imperialistas e paralisar sua máquina de fizemos desde a Líbia, desde o próprio campo de guerra com o fizeram os portuários de Oakland contra a batalha. Somos parte de uma onda de combatentes invasão ianque ao Iraque e ao Afeganistão; cercar as antiimperialistas que foram lutar e dar sua vida na Síria embaixadas sírias como faziam as massas do Egito ao porque a vimos como realmente é, parte de uma mesma grito de “Al-Assad, Hezbollah, a OTAN e América do cadeia de revoluções do Magreb e Oriente Médio. Norte cuidam das fronteiras do sionismo”. O estado maior de Obama e das potências imperialistas centralizaram todos os seus agentes burgueses e reformistas para esmagar a revolução síria. A classe operária mundial necessita de seu estado maior: é preciso refundar a IV Internacional burguesa e pequeno-burguesa do ESLe JabhatAl Nusra XX– Reiteramos: não escrevemos isto como meros que transformaram a guerra civil em seu próprio negócio. Desta vez, as ladainhas, as verdades gerais dosespectadores ou jornalistas, nem conhecemos os fatos – que dizem “faltou um partido”, expressam nada mais ecomo faz a esquerda social-imperialista – através de nada menos que sua submissão política à burguesia,entrevistas a generais do ESL que estão muito longe do porque se negaram a lutar por estender e desenvolvercampo de batalha. Nós, trotskistas internacionalistas, dentro da Síria, e fazer com que as massas do mundodamos a vida e regamos também com nosso sangue conheçam – para que os defendam com sua vida- osesta heroica revolução. Chegamos ao combate como organismos do poder operário armado e do povo pobreparte dos milhares de combatentes anti-imperialistas da na Síria, que se erigiam como alternativa de poder contraTunísia, Líbia e todo o Magreb e Oriente Médio. o assassino Al Assad: os comitês de coordenação.Surgiram ladainhas de inválidos políticos que Estes organismos deveriam coordenar ejamais chegaram, nem chegarão ao campo de batalha centralizar os explorados da Praça Tahrir, as milícias dada luta de classes internacional. “Falta e faltou um Líbia, os comitês de fábrica e de desempregados dapartido revolucionário” clamaram para justificar sua Tunísia, as heroicas massas palestinas de Gaza etraição e verificar a culpa de sua própria covardia política Cisjordânia.e de submetimento à burguesia, ao “atraso da A União Europeia e a ONU decretaram oconsciência” das massas. embargo de armas a Síria. Cinismo! China e RússiaNossas ainda débeis forças lutam para por de pé inundavam Al Assad de armas. Turquia e a burguesiaum partido revolucionário na Síria, como em todo o saudita armaram até os dentes as direções do ESL eMagreb e Oriente Médio. Combatemos enfrentando os Jabhat Al Nusra para que eles desarmem as massas. Játraidores da classe operária mundial, que em nome do está claro que o embargo de armas era contra as“socialismo” apoiam o genocida Al Assad e os que em massas. Tinham que evitar que elas estivessemnome da “democracia”, deram a direção da guerra não armadas.às organizações das massas, mas sim aos A tarefa da classe operária mundial era romper oexpropriadores de sua revolução; contra os que bloqueio de armas aos Comitês de Coordenação,submeteram toda a cadeia de revoluções desde a embarcando todo tipo de armamento e equipamentosTunísia ao Egito, a parlamentos e constituintes para que chegassem aos comitês de coordenação nafraudulentas. frente de batalha.No campo de batalha sírio enfrentamos a direção
  • 13. Agora clamaram e choraram pelo “atraso de independência política. Nem a burguesia “ultra islâmica” consciência das massas”. Mas a classe operária síria só nem os generais “democráticos” burgueses do ESL. recebeu tiros pelas costas das direções traidoras que Combatemos a nível internacional contra os quando não faziam isso, sustentavam seus carrascos. bolivarianos, os irmãos Castro e demais lacaios da Impulsionando este programa, as forças que burguesia naAmérica Latina que sustentamAlAssad. lutam por refundar a IV Internacional, chegamos a esta Chamamos incansavelmente a classe operária guerra de classes e por isso lutamos no campo de norte-americana a romper com Obama, o chefe dos batalha. Por isso sofremos a perseguição não só do bandidos imperialistas. Chamamos aos que cercavam assassinoAlAssad, senão que também dos covardes da Wall Street a se pôr de pé junto às massas sírias, porque burguesia do ESLe da JabhatAl Nusra. a Al Assad, sustentam os mesmo banqueiros que eles Lutamos junto à base de operários e soldados; enfrentavam nas 8 maças de Nova Iorque. lutamos e morremos com eles; expropriamos as Chamamos a classe operária dos países mansões dos assadistas; recuperamos alimentos para imperialistas a se pôr de pé para paralisar a maquinaria os combatentes, estivemos à cabeça de julgar e castigar da guerra de sua própria burguesia para que sejam os assassinos burgueses de Al Assad nas zonas derrotadas as tropas de ocupação francesas que liberadas, junto a dezenas de milhares de dedicados invadiram Mali e para que sejam destruídas todas as combatentes da classe operária da região. bases militares que o imperialismo tem na África e em Lutamos para que sejam os operários armados e toda região. seus filhos – os soldados rasos – os que nomeiem seus Também chamamos para que a classe operária chefes no campo de batalha. Impulsionamos a mundial tome em suas mãos a luta para liberar todos os coordenação para conquistar o abastecimento e os presos políticos do imperialismo e das burguesias alimentos, que o ESL e a Jabhat Al Nusra controlam e lacaias no mundo, começando pelos presos palestinos vendem a preços vis aos combatentes e suas famílias encarcerados nas masmorras do sionismo e os martirizadas. combatentes anti-imperialistas presos em Guantánamo; para acabar com todas as cadeias secretas da CIA no XXI – Na guerra contraAlAssad não somos neutros. mundo, onde se tortura os melhores lutadores da classe operária mundial.Estabelecemos unidade de ação militar ali onde o Enfrentamos aos assassinos e exploradores, ainimigo ataca e deve ser enfrentado. Mas o fazemos conta do imperialismo, de Putin e os mandarinsalertando que os generais do ESL e da Jabhat Al Nusra chineses, gerentes e “capangas” das transnacionais nomandam para a linha de frente os melhores combatentes Pacífico, que armaram até os dentes aAlAssad.e lutadores operários, enquanto eles usam todo seu Por isso viajamos ao Japão e com ospoder para disciplinar as massas na retaguarda. revolucionários da JRCL demos passos decisivosChamamos a coordenar e a centralizar, na adiante na ruptura do cerco a revolução síria junto àsavançada contra Al Assad, os melhores combatentes, massas do Pacífico Eles colocaram sua 50ªlutando por uma direção revolucionária da guerra, pondo Assembleia Contra a Guerra a disposição da luta dasem pé tribunais operários revolucionários para fazer massas sírias e de todo Oriente Médio.justiça com todos os burgueses colaboradores de Al Chamamos a classe operária a lutar como emAssad. Enfrentamos os pactos de negócios que fizeram Marikana. Levamos a Síria seu grito de guerra: “oucom eles os generais do ESL e da Jabhat Al Nusra. nos dão o aumento ou matamos os gerentes” paraLutamos arduamente para ganhar a guerra com que o tomem as massas sírias.o método da revolução proletária. Não cedemos nem um centímetro de nossa Embaixada francesa na Líbia, um alvo da luta antiimperialista das massas revolucionarias 13SÍRIA
  • 14. Fizemos nosso o mandato dos mineiros das burguesias árabes, Al Assad, o governo do CNS em Astúrias: “se nossos filhos têm fome, os seus Qatar e as potências imperialistas europeias. verterão sangue”, para levá-lo como o grito de guerra as massas sírias que hoje se amontoam em campos de Significa enfrentar também a Turquia como refugiados sob condições de miséria. avançada da OTAN e dos generais do ESL, que com as bombas atiradas na fronteira turca, tem encontrado a Neste primeiro de Maio tivemos a honra de fazer desculpa para fechá-la e impedir que de abasteça a um ato internacionalista junto com nossos companheiros resistência, e para que quem esta fora não entre e morra revolucionários que combatem na Síria, em uma como um cão nos campos de refugiados, e quem esta verdadeira assembleia operária. Em nosso IV dentro se desarme, controlado pelos generais do ESL ou Congresso, desde a FLTI e seu Coletivo pela IV os generais da JabhatAl Nusra. Internacional, junto a Brigada León Sedov e dezenas de Fecham-se as fronteiras com a Turquia, o Líbano lutadores operários revolucionários, honramos os e Israel, com o pacto que está brotando e sua nova mártires de Chicago na mesma frente de batalha da Síria “Conferência de Genebra” fecharam suas fronteiras aos martirizada. bombardeios, a ordem é e será clara, quem está dentro se desarma ou será dominado pelas armas do governo de transição dos generais deAlAssad, semAlAssad. XXII– A traição à revolução síria é por que nestes Todo aquele que diga que desde a Conferênciadois anos sobraram condições internacionais e de Genebra que prepara Obama, as potênciascombates da classe operária internacional para que esta imperialistas e todos seus agentes com Rússia e China,heroica revolução não ficasse isolada, cercada, trará um governo de transição “democrático”, o únicoestrangulada e ensanguentada. O imperialismo, com que faz é enganar as massas. O que esta sendoSíria afogada em sangue e traída, pode impor sua preparado é um pacto contrarrevolucionário, paracontraofensiva. que os generais de Al Assad, com os do ESL e da Jabhat Al Nusra – jogando um papel análogo ao daComo já dissemos, a ultima palavra não está dita. Irmandade Muçulmana no Egito – configurem umO que está dito é que as bandeiras da IV Internacional governo assentado no massacre perpetuado por Altrepidem em Alepo e Homs, apesar da traição – que Assad e o desarme e submetimento incondicional dasseguramente a história cobrará – de todos os renegados massas. O que virá não é um governo mais democrático,do trotskismo que sujaram seu programa e seu legado s e n ã o q u e o a s s e n t a m e n t o d o t r i u n f onas ruas da Síria. contrarrevolucionário de Al Assad. Esse é o pacto e aSabemos que lutando na Síria e em toda região política imperialista que hoje se deve enfrentar epara por em pé o duplo poder e pela auto-organização derrotar.das massas, se construirá o partido revolucionário, que, O p r o l e t a r i a d o j á s o f r e u p a c t o sadiantamos, não será sírio, como esta não é uma contrarrevolucionários como este, firmados pelasrevolução socialista isolada, senão que é um elo de uma direções traidoras. Basta recordar os anos 80 com asó revolução do Magreb e do Oriente Médio. O partido entrega da revolução nicaraguense e centro-americanarevolucionário sírio, do qual já conquistamos um com os acordos de Esquipulas e Contadora; os pactosnúcleo fundador, será um elo de um único partido que, de Stalin com os “imperialismos democráticos” nos anosda Tunísia à Jerusalém, atue como um nervo sensível, 30 para estrangular a cadeia de revoluções na Espanha,capaz de vibrar ante qualquer estímulo da revolução e da França, Itália que abriu o caminho a Segunda Guerracontrarrevolução. Nós que combatemos por refundar a Mundial; os pactos de coexistência pacífica de Moscou eIV Internacional já estamos dando passos até ele. Pequim com o imperialismo, que levou a duríssimos golpes contrarrevolucionários para controlar as massas do Leste Europeu e entregar dezenas e dezenas deXXIII– O pacto de Obama com Moscou e Pequim, revoluções no Ocidente, salvando as potênciascom os generais deAlAssad já negociando abertamente imperialistas europeias da revolução socialista.com a Coalizão Nacional Síria (representantes políticas O mais emblemático destes pactos funestos foido ESL) em Qatar, um governo de transição, com a sem dúvidas o de Yalta e Potsdam entre Churchill,revolução sangrada, impõe tarefas urgentes aos Roosevelt e Stalin que mandou, à saída da Segundaoperários internacionalistas que no mundo se esforçam Guerra Mundial, os operários se desarmarem parapara que a revolução síria e do Oriente Médio não seja reconstruir a Europa, e os que se negavam como osvencida. partidários gregos, italianos e franceses que enfrentaram heroicamente o fascismo, eram fuziladosOs bombardeios do sionismo são os primeiros pelo stalinismo. Este pacto, com a URSS usurpada pelocanhões deste pacto infame contra as massas, que stalinismo contrarrevolucionário ingressando a ONU,preparam atrás das cortinas, onde nenhuma das frações garantiu em 1948 a fundação do estado de Israel armadoburguesas da região quer ficar fora da festa de divisão de até os dentes pelo stalinismo e o imperialismo paranegócios da Síria. Tal qual cães de caça, aqui e ali ocupar Palestina e banir de seu território o povopedaços das sobras que seu amo, o imperialismo, lhe palestino, transformando-os em párias em sua própriaatira. terra e estabelecer um enclave contrarrevolucionárioEnfrentar o sionismo hoje significa enfrentar os para controlar os negócios do imperialismo na região epactos de Obama, Putin, a archi-reacionária e pró- nas rotas do petróleo.imperialista burguesia chinesa, o sionismo, as 14
  • 15. bonapartista, sob um governo do partido de Saleh (o XXIV– O pacto que hoje se prepara na reunião de presidente que caiu, produto da revolução em 2011), agora comAbdu Rabbu Mansour Hadi junto à IrmandadeGenebra terá um caráter contrarrevolucionário Muçulmana.internacional. Este é o plano que Obama quer impor na Síria,Este pacto inclui que se desarmem as massas contra todos os que dizem que este “Bush negro”líbias. Uma cadeia de provocações do CNL começou e s p a l h a v a a “ d e m o c r a c i a ” . O p a c t ocontra as milícias da Líbia. Generais ghaddafistas contrarrevolucionário que prepara juntos o ESL, CNS,ocupam os postos mais importantes dos ministérios, sionismo, Al Assad, Moscou e China é o passo decisivoprovocando reações espontâneas de brigadas de que querem dar para iniciar a consumá-lo.combatentes descoordenadas, que cada uma por sua conta, enfrenta o governo do CNL ao grito de “Fora os ministros ghaddafistas”. XXV – Isto demonstra que não estamos nemA falta de coordenação e centralidade das milícias com as organizações operárias e estudantes estávamos frente a “revoluções democráticas” que marcham por trabalho e salário digno se bonachonas, senão que temos presenciado já vários transformou em uma crise aberta da revolução na Líbia. atos do início de revoluções operárias e socialistas que É que a reação ghaddafista sob o comando do CNL e o põem em questão o poder da burguesia e do imperialismo os está esperando, pondo em pé a mesma imperialismo em toda região. Por isso, ou a classe base social pequeno burguesa ghaddafista para impor operária toma o poder ou o que se imporá é a lhes putch contrarrevolucionários e golpes certeiros contrarrevolução, com regimes tanto ou mais separadamente. contrarrevolucionários que os que as massas e n f r e n t a r a m c o m s e u s l e v a n t a m e n t o s No Egito deve-se assentar um regime estável da revolucionários e com o aprofundamento do saque, ditadura militar junto com a Irmandade Muçulmana, igual ou pior que antes da revolução. como ontem o era o regime de Mubarak. Insistimos, É essa a lição que toda esquerda reformista quer como ocorre na Líbia o pacto deve garantir de qualquer esconder ante os olhos das massas. Ou a classe maneira, a defesa do governo do CNL, que não é mais operária toma o poder, ou vem a guerra, a que o mesmo cão com outra coleira. Um governo cheio contrarrevolução e o fascismo, com mais miséria, de funcionários e ministros ghaddafistas... Que hoje fome e padecimentos inauditos. ataca abertamente às milícias da Líbia. Isso, se ficava Na Síria se tem concentrado todas as forças alguma dúvida sobre em qual trincheira estava e está o da contrarrevolução burguesa imperialista, imperialismo. Seu governo do CNL é 100% de generais, sustentada pelas direções traidoras, para salvar os ministros e funcionários ghaddafistas. Fica evidente que interesses dos banqueiros imperialistas de Wall o governo de Ghaddafi de antiimperialista não tinha Street, a City de Londres, o Bundesbank e o City nada, salvo a chapa que dava a esquerda de lacaios do Bank, para que estes joguem sua crise sobre as stalinismo a nível mundial e os renegados do trotskismo massas. como o WRP inglês, o SEP norte-americano, como Essa toca de bandidos do FSM apregoa o representantes do clube de apoiadores de Ghaddafi. “socialismo do século XXI”, que é o de Al Assad, o de Na Tunísia, o pacto significa que as Ghaddafi, e dos maiores agentes dos banqueiros de Wall organizações operárias com a UGTT, apoiada por toda a Street e capangas das transnacionais imperialistas esquerda europeia, devem continuar sendo submetidas como são os empresários escravistas do PC chinês. ao governo burguês de Marsuki e que os setores mais Outros apregoavam e apregoam a “primavera desesperados que entram ao combate, como os dos povos”, os inícios das “revoluções democráticas” d e s e m p r e g a d o s , r e c e b a m d u r o s g o l p e s para que a classe operária não chegue ao poder, e o que contrarrevolucionários por parte das gangues salafistas. se impuseram foram contrarrevoluções democráticas. O O pacto significa o assentamento da França e imperialismo e todos seus agentes se organizam e suas bases militares em Mali, para atacar pela conspiram contra as massas, para estrangular os retaguarda a revolução do Norte da África e que esta não processos revolucionários. A falácia de que os se estenda a todo continente. Os mísseis que já apontam processos no Oriente Médio foram levantamentos de desde a Turquia, caso as massas escapem das mãos do massas impulsionados por Obama, a OTAN e os AlAssad e do ESL, dão conta disso. O pacto inclui que as imperialismos “democráticos” foi e é a maior calúnia massas palestinas fiquem nos campos de concentração contra as heroicas e famintas massas do Magreb e em Gaza e Cisjordânia, com as melhores terras nas Oriente Médio...gritada aos quatro ventos pela esquerda mãos dos colonos sionistas fascistas armados. de Obama. Hoje têm ficado desmascarados.Atragédia é O pacto busca impor na Síria um regime que eles não pagam as consequências de sua calúnia, bonapartista como o de Iêmen e Bahréin, baseado no quem paga são as massas. esmagamento sanguinário das massas. XXVI– No Oriente Médio e no Norte da África seEm Bahréin massacraram mais de 60 mil explorados com os tanques dos lacaios da burguesia da enfrentam o reformismo que conduz à derrota a classe Arábia Saudita – resguardando a base militar ianque da operária por um lado, e por outro lado, o programa dos V Frota que está instalada em Bahréin - e garantiram que socialistas internacionalistas que sente as condições da a casta de oficiais se mantenha intacta. vitória, quer dizer, que levanta que a tarefa mais imediata Sobre a base do esmagamento e do massacre do proletariado, frente a bancarrota do capitalismo, é o contra as massas no Iêmen se organizou um regime triunfo da revolução socialista. 15SÍRIA
  • 16. Aqui não há nenhum “socialismo do século XXI”, apregoam que “não se deve fazer o jogo do imperialismo nem nenhuma revolução intermediária. Ou a classe e de Obama nos combates do Oriente Médio”... e o operária toma o poder, inicia sua contraofensiva na Síria, dizem sem ruborizar-se! Os maiores lacaios de Obama na Tunísia, etc., a classe operária europeia, norte- “lutam contra a política de Obama” na Síria. Não existe americana e dos povos oprimidos volta ao combate, ou a nenhuma contradição, como lacaios do imperialismo derrota das massas sírias será um ponto de partida para também sustentem o sabre de Al Assad, com o qual ele uma ofensiva contrarrevolucionária generalizada do corta o pescoço das massas sírias. imperialismo, para fazer as massas pagarem a bancarrota capitalista. XXVII – A crise de direção se exacerba no Ontem as direções traidoras apagaram a proletariado mundial. Pela traição de sua direção, hoje é faísca da Grécia para que não se incendeie a Europa. o imperialismo o que vem com tudo, para jogar o peso da Primeiro sustentaram aos provocadores da burocracia crise às massas. Isto acontece depois de uma ofensiva stalinista nos sindicatos gregos, aos que não tremeram que, desde o ano de 2008 ante a quebra e bancarrota do para quebrar a cabeça dos operários que queriam capitalismo, os explorados impulsionaram em todo queimar o parlamento quando votavam ajustes, para mundo: na Europa em ruínas, da Grécia a Portugal, e no depois pavimentar o caminho às fábulas de “via pacífica Leste europeu contra o saque do FMI; com o início das ao socialismo” como as que apregoaram Syriza. aguerridas lutas da classe operária norte-americana Assim desperdiçaram a força as energias das contra a guerra; e com os levantamentos da classe massas em mais de 20 greves gerais para “pressionar” operária da China, da Ásia, África e de toda América aos governos imperialistas para que “modere o ajuste”. Latina. Isso obrigou, inclusive ao imperialismo ianque, a Agora, enquanto o reformismo e Syriza seguem não poder intervir diretamente - como havia feito Bush – oferecendo um triunfo eleitoral dentro de dois anos, nas revoluções do Magreb e Oriente Médio, porque se Amanhecer Dourado e outros grupos fascistas arriscava abrir um cenário tipo Vietnã ao interior dos levantavam a cabeça e com seus cassetetes põem Estados Unidos. ordem à classe operária, que hoje deve cortar lenha nas Os aparatos reformistas do passado não praças para esquentar suas casas, do mesmo modo que puderam conter esta ofensiva, aqui e ali foram fazem os refugiados sírios na fronteira da Síria com esmagados e revogados por um ascenso vertiginoso Turquia. das massas, por isso começaram a dessincronizar e Este é o pacto contrarrevolucionário de Obama, isolar seus focos mais avançados para que o Al Assad e todas as burguesias nativas e as direções imperialismo possa concentrar suas forças para traidoras para estrangular não somente a revolução esmaga-los. Síria, senão que todos os processos de ofensiva das Em pomposas reuniões faziam promessas de massas do Magreb e Oriente Médio, e a nível vitórias e agora só entregam jargões de derrota. O internacional. resultado esta por se ver. O imperialismo é cuidadoso porque sabe que um erro de cálculo na relação de forças Este pacto internacional contrarrevolucionário é pode significar um violento levantamento de massas. sustentado de forma particular pelo stalinismo a nível Pois não será em apenas um ou dois atos que se internacional e pelos irmãos Castro, que hoje têm se apagará o fogo da revolução que começou. A transformado em uma florescente burguesia na ilha. espontaneidade das massas tem dado enormes mostras Decretaram o direito de herança e seus filhos, com de heroicidade e potencialidade, e tem demonstrado ternos Armani, organizam os campos de golf nos hotéis toda a covardia e servilismo dos traidores dos de luxo da burguesia imperialista. A nova burguesia explorados. As obrigações dos revolucionários tem se cubana, ontem junto ao Papa Benedito XVI, castro, centuplicado. A crise de direção tem se agudizado, Chávez e Obama, pactuavam a entrega da resistência resolve-la é o que garantirá o triunfo do combate dos colombiana ( que já deixou na história mais de 250 mil explorados. mortos) e garantiam a permanência das bases militares ianques na Colômbia. Hoje, com a benção do Papa Francisco, os irmãos Castro entregam a revolução cubana a Obama e aos vermes de Miami, e seus sócios “bolivarianos” no continente latino-americano entregam as riquezas do subcontinente igual ou melhor que os lacaios do TLC ao imperialismo. Os Castros e os “bolivarianos” como Chávez foram a avançada no continente latino-americano de sustentar Obama, chamando a votar como seu candidato a presidência nos Estados Unidos, garantindo que os operários negros e imigrantes não rompam com esse Bush negro que é Obama. E agora todos os apoiadores dos irmãos Castro Marcha dos explorados do Egito na embaixada Síria, no começo da guerra civil 16
  • 17. Contra o pacto de rendição que querem impor os Sobram forças para por em pé uma vigorosa inimigos da revolução síria, as forças do proletariado solidariedade internacional, para que a classe operária internacional sustentam: deve se por de pé um pacto concentre suas forças na Síria, e pare em um ponto e internacional da classe operária e dos explorados, faça retroceder esta contraofensiva imperialista que não começando pela férrea unidade dos explorados do varrerá somente a revolução síria, mas sim que Magreb e Oriente Médio, para romper o cerco às arremeterá, como exemplo de castigo, contra toda heroicas massas sírias. classe operária mundial. As massas palestinas começaram uma dura São as direções covardes submetidas ao Intifada. Elas têm em suas mãos a tarefa de parar desde capital as que impedem uma concentração de forças dentro da maquinaria de guerra fascista de estado dos explorados do mundo a mesma altura da que o sionista contrarrevolucionário de Israel. A classe imperialismo concentrou na Síria. operária e suas organizações não podem deixar nem um minuto mais, centenas de milhares de refugiados Um grito de guerra de milhares de organizações morrendo de fome e assassinados por Al Assad nos operárias do mundo de “paremos o massacre na Síria”, campos de refugiados daTurquia, Líbano, etc. “marchemos todos a combater no Oriente Médio para As forças do proletariado mundial são conquistar, junto às massas sírias, Damasco”, bastaria enormes. Se brigadas de trabalhadores de todas as para revitalizar o vigor do combate das massas sírias. organizações operárias do mundo chegam a A classe operária europeia, norte-americana, combater com seus irmãos de Homs, Damasco, chinesa, russa e japonesa, paralisando a máquina de Alepo, seria um choque elétrico que voltaria a por de guerra que abastece Al Assad, poderia, nestes países, pé os operários sírios. Uma ação assim, decidida, criar as melhores condições para começar uma mudaria o curso da história desta revolução. contraofensiva do proletariado e parar o ataque do grande capital contra a classe operária mundial. O movimento contra a guerra dos Estados Circundar as massas da Síria significa enfrentar Unidos desde Oakland tem em suas mãos esta enorme o plano sinistro de “dois estados” para as massas tarefa, desde as entranhas da besta imperialista ianque, palestinas, que Obama, a ONU e a esquerda pró- rompendo seu submetimento a Obama, que toda sionista mundial quer impor, confinando as massas a esquerda reformista o relegou. Ghettos e Bantustanes, enquanto os colonos sionistas Milhões de operários imigrantes turcos, sírios e fascistas ocupam as melhores terras da nação palestina. do Oriente Médio trabalham e sofrem os mesmos A luta por Damasco é o mesmo combate para padecimentos de fome e ataque que o resto dos derrotar o estado sionista de Israel e marchar, com a trabalhadores europeus. revolução palestina, a tomar Jerusalém. O combate contra a fome, a carestia da vida, o Às milícias contrarrevolcionárias das guardas desemprego, é o mesmo na Espanha, França e Itália que republicanas do Irã e das brigadas gurkas da burguesia em Bangladesh, onde se derrubam as fábricas-cárceres do Hezbollah que tomam Damasco, deve-se impor-lhes e se fabrica com sangue a roupa de luxo da Quinta A L U TA P O R B R I G A D A S O P E R Á R I A S Avenida de Nova Iorque, a City de Londres ou as INTERNACIONAIS PARA COMBATER NA SÍRIA, boutiques de Paris. parapor de pé novamente os Shoras, os conselhos Manifestação na Palestina contra a visita de Obama em Israel 17SÍRIA
  • 18. operários que Al Assad tentou destruir e massacra dia a Uma avançada da revolução socialista no dia, como ontem o fez a burguesia dos aiatolás iranianos Oriente Médio incendiará a Europa e o Mediterrâneo, e na revolução que nos anos 80 derrotou o Xá Reza acenderá de novo a faísca de Atenas com a que Pahlevi. incendiará Paris. A hora da revolução socialista chegou. A O momento de convocar uma Conferência alternativa é a barbárie, a guerra e as piores penúrias Internacional para romper o cerco a Síria chegou. As para a classe operária dos países imperialistas e a organizações de combate mais avançadas da classe classe operária mundial. É que todos os trabalhadores operária mundial, como os mineiros de Huanuni da do mundo devemos compreender como atua o inimigo, Bolívia, a juventude revolucionária chilena, os com o que com fúria, ódio e dureza contra os indignados da Europa e Wall Street, os que combatem trabalhadores quando estes questionam seu poder, tão em Marikana contra a Anglo American e os que se somente por exigir o direito de comer. sublevam contra as transnacionais na China e Bangladesh, junto aos que combatem do campo de A luta pelos Estados Unidos Socialistas do batalha da Síria, temos a responsabilidade em nossas Magreb e Oriente Médio deve ser a bandeira da luta dos mãos de convocar e por de pé essa Conferência. trabalhadores e dos povos oprimidos de toda região. Isso significa enfrentar abertamente os traidores Assim se conquistará o pão, a terra, a independência do FSM reunido na Tunísia, que foram apoiar o pacto de nacional do imperialismo e se imporá o julgamento e o rendição das massas sírias, palestinas e de todo o castigo de todos os assassinos como Mubarak, BenAlí e Magreb e Oriente Médio. todos seus generais e políticos burgueses, que ainda Esta é uma moção que deve ser tomada pelas hoje seguem manejando as rédeas do poder, organizações operárias e combativas do proletariado escondidos atrás das constituintes fraudulentas e dos mundial. Significa romper o cerco às massas sírias e parlamentos fantoches. Assim, as martirizadas massas organizar o envio de brigadas internacionais para ir palestinas terão sua nação, sobre as ruínas do estado combater na Síria e disputar a direção da guerra às sionista fascista de Israel, e conquistarão uma Palestina forças burguesas que ali se concentraram para livre, laica, democrática e não racista. expropriar a revolução das massas sírias. Os únicos governos realmente democráticos, representantes da ampla maioria dos povos do Magreb e Oriente Médio só poderão ser governos da classe operária e dos camponeses pobres, apoiados em suas milícias nas organizações de luta das massas.XXVIII – A guerra na Síria só se pode ganhar lutando pela revolução socialista, como uma só revolução no Norte da África e Oriente Médio, desconhecendo os parlamentos fantoches, as PARA QUE A CLASSE OPERÁRIA VIVA, Oconstituintes fraudulentas, pondo de pé, como na Líbia, o IMPERIALISMO DEVE MORRER!armamento generalizado dos explorados e o desarme PELOS ESTADOS UNIDOS SOCIALISTAS DOda casta de oficiais assassina dos exércitos burgueses de toda região. MAGREB E ORIENTE MÉDIO! Pela crise de direção, tem se atrasado a tomada do poder, por parte das massas líbias. Se, se deixa passar essa situação da tomada do poder, a contrarrevolução virá. O imperialismo ianque prepara suas forças para, com Mali ocupado pela França, dar-lhe um duríssimo golpe às massas da Líbia. FLTI (Fração Leninista Trotskista internacional)- As milícias líbias devem chamar, para derrotar os Coletivo pela IV Internacional Ghaddafistas e seu governo, a unir sua sorte às massas sírias e pela derrota revolucionária deAlAssad. MOVIMENTO DE OPERÁRIOS VOLUNTÁRIOS A revolução socialista é a tarefa mais imediata INTERNACIONALISTAS DA SÍRIA BRIGADA LEÓN dos povos oprimidos do Magreb e Oriente Médio. A luta SEDOV pelo pão, pelo trabalho, pela educação e a saúde digna tem levado os explorados a chocar-se com as tropas e os governos burgueses contrarrevolucionários, e todos os IV Congresso da FLTI dispositivos de domínio imperialista que tinha na região. Coletivo pela IV Internacional Somente o triunfo da revolução socialista poderá acabar com o saqueio imperialista da região, e com a ocupação da nação palestina pelo estado sionista fascista de Israel. Com a expropriação sem pagamento das petroleiras imperialistas sobraria pão, saúde, educação, habitação e trabalho para todos os explorados da região que tem o “ouro negro” debaixo de seus pés. Expropriando as terras do Tigres, Eufrates e Nilo, e dos vales do Magreb e Oriente Médio, poderia por se de pé de imediato uma agricultura que alimente aos povos famintos da região. 18