Este documento resume um ato-debate realizado na Argentina em solidariedade com as massas insurretas da Líbia. Contém o relato de um revolucionário internacionalista que lutou ao lado das milícias líbias sobre sua experiência e opinião sobre os ataques do CNT e do imperialismo contra as organizações de trabalhadores da Líbia.

1. SUPLEMENTO
ESPECIAL
09 de janeiro de 2012
Blog: www.comitepelarefundacaoiv.blogspot.com
E-mail: comitepelarefundacaoiv@yahoo.com.br
Valor: R$ 3,00
√ O CNT, os generais khadafistas e o imperialismo
atacam à classe operária e os explorados para
LIBIA desarmá-los e derrotar a revolução.
√ Na Europa e nos EUA, tomando portos, ocupando
praças, cercando Wall Street e com a greve geral, já
soa um grito de guerra da classe operária mundial:
TEMOS QUE LUTAR COMO NO EGITO E O NO
NORTE DA ÁFRICA!
Basta de caluniar às massas insurrectas da Líbia!
A classe operária, desde suas fábricas e com seus
uniformes de trabalho: o coração das milícias
ABAIXO O CNT SUSTENTADO COM AS
BAIONETAS DOS OFICIAIS KHADAFISTAS
ASSASSINOS E DA OTAN!
Por um governo provisório revolucionário da classe operária,
das milícias e dos comitês de soldados!
POR UM COMITÊ INTERNACIONAL EM DEFESA DAS MASSAS
INSURRECTAS DA LÍBIA!
TEMOS QUE ROMPER O CERCO E BARRAR O MASSACRE DO IMPERIALISMO E DO
ASSASSINO AL-ASSAD CONTRA OS EXPLORADOS DA SÍRIA!
Um primeiro passo adiante:
REALIZOU-SE UM ATO
INTERNACIONALISTA NA ARGENTINA
EM SOLIDARIEDADE COM OS
EXPLORADOS LIBIOS E SUAS
ORGANIZAÇÕES DE LUTA ATACADAS
NA SEDE DO SOECN (SINDICATO CERAMISTA) SE PÔS EM PÉ O COMITÊ INTERNACIONALISTA DE NEUQUÉN
“Em defesa das massas insurrectas líbias e suas organizações de luta operárias e populares” (Pag. 14)

2. 2
Declaração do Comitê Internacionalista:
20 de dezembro de 2011
Apelo em defesa das massas insurrectas da Líbia e suas organizações operárias e
populares de luta
Abaixo o CNT e seu ultimato para desarmar às milícias a risco de serem atacadas pelos oficiais kadafistas sustentados pelas
baionetas da OTAN/ONU!
Hoje na Líbia o CNT, os generais Para desgraça dos
kadafistas e o imperialismo atacam à exploradores também têm
classe operária e os explorados para saído a lutar os
desarmá-los e derrotar a revolução. trabalhadores das
É que juntos acabam de ditar um potências imperialistas,
ultimato para que as massas quem gritam nas ruas que
entreguem suas armas, dando um “temos que lutar como no
prazo máximo: 20/12/2011. Todos se Egito e todo o Norte da
unificaram para perseguir, julgar, África”: os trabalhadores
encarcerar e aniquilar às massas gregos, os operários
insurrectas e particularmente às italianos ou os “indignados”
milícias operárias e populares de dos EUA, que lhe marcaram
Misarrata, quem, constituindo-se às massas do mundo que
como um verdadeiro tribunal seus máximos inimigos são
popular, fizeram justiça com o os banqueiros parasitas de
ditador Kadafy. Wall Street. Aí está a chave
para que triunfe a
Os explorados negam-se a desarmar- revolução na Líbia, na Síria,
se: em Trípoli mantêm ocupado o aeroporto, em Bengasi lutam nas no Egito, toda a região e todas as lutas da classe operária dos países
ruas se mobilizando por dezenas de milhares contra o brutal oprimidos, principalmente das massas da China que hoje entram em
aumento dos preços ditado pelo CNT e em Misarrata mantêm intacto manobras de combate e são cruelmente massacradas pelo regime de
o fervor revolucionário das milícias operárias e populares. Hu Jintao, com a cumplicidade de todas as direções reformistas.
Por tudo isto, desde este Comitê Internacionalista convocamos a Convocamos a todas as organizações operárias, estudantis e
defender às milícias e o povo líbio hoje atacados pelo CNT pró- populares combativas a tomar em suas mãos a tarefa da defesa do
imperialista e caluniados pelos bolivarianos e outros setores como legítimo direito das massas de auto organizar-se, armar-se e
Chávez, Morales, Castro e todos seus serventes da esquerda insurrecionar-se para fazer justiça com seus verdugos. Rompamos o
reformista defensores de Khadafy, do imperialismo, acusando às cerco do imperialismo e seus serventes! Fortaleçamos a luta
heróicas milícias de “tropas terrestres da OTAN” e “agentes da CIA”. internacionalista da classe operária mundial! Sigamos o caminho dos
trabalhadores e jovens que queimaram a embaixada sionista no Cairo
A classe operária líbia, que desde as fábricas tem posto em pé às em apoio das massas palestinas e começaram a coordenar seu
milícias, saiu a defender seu legítimo direito a se manter armada, combate com os portuários de Oakland nos EUA! Lutemos forjando a
reclamando melhores condições de vida! Por isso dizemos: Abaixo o unidade das massas exploradas do mundo colonial e semi-colonial,
CNT sustentado com as baionetas dos oficiais kadafistas assassinos e com a classe operária dos países imperialistas!
da OTAN/ONU! As armas não devem entregar e nem devem ser
dissolvidas as milícias! As massas líbias devem brigar por um governo Chamamos aos operários portuários de Oakland, aos “indignados”
provisório revolucionário da classe operária e os explorados, dos EUA e aos imigrantes que sitiam Wall Street, aos trabalhadores e
assentado em suas organizações democráticas e de luta, as milícias e explorados da Grécia, a juventude chilena, as heróicas massas
os comitês de soldados. palestinas e às indomáveis massas do norte da África e do Oriente
Médio, aos partidos de esquerda ou antiimperialistas, às comissões
A luta do povo líbio faz parte de uma só revolução, que percorre o internas, corpos de delegados, sindicatos, centros de estudantes,
Norte da África e Oriente Médio. Para que ganhem as milícias devem movimentos de desempregados e assembléias territoriais a
triunfar seus companheiros de luta da Síria, da Tunísia, do Egito, da impulsionar juntos esta campanha anti-imperialista e uma jornada
Palestina e demais países da região. Nesse sentido, desde este internacionalista de organização e de luta em todo mundo em
comitê convocamos a lutar para romper o cerco contra as massas da solidariedade com as milícias da Líbia, para que os heróicos
Síria, onde o regime contra-revolucionário de Al-Assad massacra a 50 combatentes desse país derrotem o plano do governo do CNT, os
explorados por dia, enquanto a “esquerda” reformista olha para Kadafistas e o imperialismo.
outro lado, quando mais de 50.000 soldados passaram com suas
armas ao bando da revolução, e não devem ficar isolados. Assembléias do Povo; Convergência Socialista; T.or.re.; Comissão de
Trabalhadores de PATY; M.c.i.boL. (Movimento de Costureiros
Mas hoje, apesar e na contramão dessas direções reformistas, pôs-se Imigrantes Bolivianos); Carlos Olivera (preso político, dirigente do
novamente em pé de luta do poderoso proletariado egípcio, que não SITRAIC); Vicente Guindan (Secretário Geral SINTECT/ RS, Correios do
aceita o engano “democrático” perpetrado pela casta de oficiais de Rio Grande do Sul, Brasil); Mateus Crespo (dirigente oposição
Mubarak, que ainda conservam o poder e seguem massacrando na bancária do Brasil); Democracia Operária e a FLTI (Fração Leninista
Praça Tahrir. Viva o combate do Egito insurgente, verdadeiros aliados Trotskista Internacional)
das massas líbias insurretas! Os operários têxteis marcam o caminho
de como lutar, chamando a pôr em pé “Conselhos Revolucionários Adere: JRCL/FMR (Liga Comunista revolucionária do Japão/Fração
Populares em todas as praças do Egito, para coordenar e atingir os Marxista revolucionária)
objetivos da revolução”.

3. 3
Contra a calunia e a traição às heróicas massas líbias…
A verdade sobre o caráter das milícias operárias e dos explorados da Líbia
Reproduzimos a seguir
extratos das respostas que deu
o revolucionário
internacionalista Yusseff
Mohammad Al-Arjentiny, que
combateu junto às massas
líbias, no ato debate realizado
em 18 de novembro na
Faculdade de Filosofia e Letras
(na Universidade de Buenos
Aires, NdeT) em defesa das
milícias operárias de Líbia e
suas organizações de luta:
Yusseff: Boa tarde, não estou Destacamos as opiniões do revolucionário internacionalista que mais impactaram
acostumado a usar microfone, mas no auditório de operários e jovens da Argentina no ato-debate:
quero saudar primeiro a todos os
companheiros que estão aqui Que sentiste ao ver a morte de Khadafy?
presentes, a todas as organizações Yusseff: Senti uma enorme felicidade ao ver o justiçamento de Khadafy. Uma honra foi para
que se acercaram e agradecer este mim poder reconhecer aos que tinham estado comigo na trincheira, os que tínhamos
exemplo de internacionalismo. chorado juntos, colegas com os que tínhamos compartilhado o frio da manhã, a fome do
Estou aqui para responder e para meio dia e o cansaço da noite. Para nós eles são heróis. Levantamo-nos e jogamos a nossa
tirar as dúvidas que possam chegar vida. E daríamos a vida por eles. Condenamos completamente a ação da ONU e o CNT de
a ter sobre o processo da Líbia. (…) querer julgar-los, julgar-nos, porque nos sentimos partícipes todos pela justa morte do
Aqui estamos de acordo em pôr em ditador.
pé este Comitê para defender às
milícias de Misarrata, com quem Qual é o sentimento das massas líbias com os operários e jovens palestinos?
demos uma batalha na Líbia e Y: Sempre se disse: „após Trípoli a Jerusalém‟. Foi o grito que se escutava popularmente a
agora nos estão tratando de favor das massas palestinas. Nas expressões artísticas que se vêem em todas as cidades
expropriar o poder que insurrectas, desenham Khadafy levantando uma bandeira ianque, com uma estrela de
conseguimos. Israel, o associando com o sionismo. O reconhecem como lacaio do imperialismo.
Parece-me bem abrir este debate
agradecendo aos companheiros da Por que Misarrata é tão nomeada pelos meios burgueses como o coração da insurgência?
Democracia Obrera, porque foram a Y: Em Misarrata foram justiçados por mãos populares todos os serventes de Khadafy, todo
única organização que se animou a aquele que tinha acrescentado seu capital por estar ao lado dele. Praticamente a todos eles
dar um passo adiante, e se bem que foram acionistas do regime foram justiçados. Quanto aos soldados kadafos que foram
não se somou com companheiros abandonados, se resistiam obviamente não ficava outra que responder. Se se rendiam eram
no campo físico de batalha, fez um tomados como prisioneiros de guerra, lhos respeitava. O primeiro que faz um muçulmano é
aporte que ajudou a derrocar a lhe oferecer água, teto e comida, a um prisioneiro, de modo que em base a essas leis nos
estes lacaios ajudantes de Khadafy. baseávamos.
(…) Cheguei na Líbia quando o
exército kadafo vinha de atacar a cidade expropriávamos. Ao princípio com
de Bengazi, e tinha sido aniquilado pelas Y: Vivíamos na frente de batalha. barretas, paus, pedras e molotov. Em
forças lixo da OTAN, que vieram a roubar Tínhamos um inimigo em comum que era nenhum momento tivemos um ataque
o triunfo às massas insurrectas de a ditadura deste lixo. E isto do CNT são aliado da OTAN que nos tenha salvo de
Bengazi. Estas tinham resistido não coisas que se escuta quando sai da Líbia, algo. Tenho uma esquírola na cabeça e
somente um mês, senão que tinham porque na Líbia não tinha peso, não tinha três espalhadas pelo corpo, porque me
resistido os três dias de ataque deste uma instituição ou uma pessoa que o estourou uma bomba RPG suportada por
exército, e com segurança se representasse. Não tinha alguém que nos um tanque de Kadafy e da imundícia da
continuavam resistindo o iriam derrotar. mandasse. Era totalmente anárquico, era OTAN escutavam-se seus aviões inúteis.
Os imundos da OTAN saíram por todos uma organização em base ao caos, não Mas em nenhum momento por sorte
os lados a dizer “nós libertamos Bengazi, tinha uma figura, um organismo, nem meteram-se e roubaram-nos o triunfo. Foi
libertamos Bengazi” e levaram o triunfo sequer um edifício que represente a este tudo graças ao sangue dos
das massas. Em fevereiro também se CNT tão nomeado, que posteriormente companheiros, ao esforço e ao suor
esmagava uma terrível insurreição em tenta se roubar a revolução das massas deles. A participação que teve a OTAN foi
Trípoli. Insurreição totalmente organizada líbias. Não tinha nenhuma relação com somente até aqui, para expropriar a
de massas que queimaram uma essa gente porque não a víamos no revolução.
instituição do estado bastante importante, combate. Todo o que faziam era por fora. Um episódio. Começada a revolução
lhos massacram com balas antiaéreas. para 2 meses e meio, tínhamos
Uma população bastante organizada, Que papel teve a OTAN na frente de expropriado ao redor de 40 tanques.
ajudando-se entre si. Toda a produção, já batalha? Tínhamos disposto esses tanques no
seja de combustível, comida e demais, deserto para entrar diretamente à cidade
era para as milícias. A vanguarda estava Y: Posso me dar o gosto e o luxo de de Brega -a segunda após Bengazi- indo
totalmente apoiada na retaguarda, que afirmar que em toda nossa luta, todas as para o oeste. Estávamos dispostos a
eram as mães que mandavam a seus balas que atiramos saíram de nossos entrar a Brega, a seguir até Sirte, avariar
filhos às milícias, ou o trabalhador que fuzis, jamais brigou nenhum soldado o exército aí, unir com as massas
não animava a pegar numa arma, mas estrangeiro, nem americano, nem insurrectas de Misarrata para, por fim,
não tinha nenhum problema de trabalhar francês, nem inglês a nosso lado. Todas entrar a Trípoli e libertar aos que estavam
oito horas para estar ao serviço das as armas como esta, que trago para que na clandestinidade porque tinham sido
milícias. Tudo isto rompe com essa a vejam, ou a baioneta russa, sacamos massacrados.
mentira de que somos da OTAN, que nos de um soldado que quebramos a cabeça, A OTAN deu-se o luxo de desconhecer
suja e se caga no sangue de todos os porque ninguém nos atirou rifles pelos esses tanques, ou de reconhecer que
que morreram ao lado meu. Abro o aviões, nem nada, (aplausos) Não eram do povo e esmagá-los. Esmagaram
debate disposto a contestar o que todos os tanques com milicianos dentro,
perguntem. tínhamos armas de última geração, a infantaria que eram as forças de atrás
tínhamos rifles kalashnikov, AK-47, que foram bastante golpeadas. Essa era a
Qual era a relação que tinham as milícias são do ano 47. Com isso nos participação que teve a OTAN na
com o CNT? defendíamos do exército e insurreição, e como pouco a pouco com

4. 4
suas bombas se foi roubando ou
facilitando o roubo desta revolução e Qual é o setor mais rebelde das massas líbias?
desta insurreição. Y: As massas mais rebeldes -ou que desconhecem ao CNT- são as massas de
Misarrata porque seu triunfo não foi expropriado por ninguém, não caiu nenhuma
Qual foi a sensação dos milicianos bomba da OTAN que ajudou a romper os tanques kadafos, os romperam as
quando tiveram as primeiras notícias de massas num princípio com as barretas e as molotov. São as milícias que estão
que a OTAN estava intervindo hoje desconhecendo ao CNT e não as podem desarmar, porque sabem que se vai
militarmente? produzir um derrocamento. Há que entender que são massas muçulmanas que
estão influenciadas também por sua religião. E com todo este tipo de artimanhas e
Y: Se sabe que tinha medo em setores enganos acho que o CNT tem conseguido parcialmente impor este tipo de
de base quando atacava Khadafy. Tinha estabilidade.
uma retaguarda que estava muito
assustada, teve muitos que escaparam
para Egito quando vinha o exército do
ditador lixo. Essas pessoas que
escaparam para Egito e que não
puderam presenciar a frente de batalha
porque não se animavam ou porque não
o viam, foram as que em algum momento
levantaram uma ou outra bandeira de
França, acho que pode ter sido visto pela
televisão, foi uma minoria. Em sua
grande maioria sabia-se que se algum O chacal Khadafy ataca os insurgentes em Trípoli
lixo da OTAN pisava território líbio não
iam ter a menor dúvida -e estou falando Uma anedota: Tinha um geral ex Chegar a um país o qual me tinha
das milícias- de voar a cabeça ao kafdafista, mão direita de Kadafi em vendido por todos os meios e por meio da
invasor, porque não permitiriam jamais frente a todas as repressões, e um líder bandeira vermelha e demais, que era um
que uma situação como a de Iraque ou militar que esteve os últimos 40 anos país socialista, um país igualitário, um
Afeganistão se repita. junto a Kadafi. Impedia o avanço das país onde todos cobravam por igual; e a
milícias, constantemente punha travas, miséria que se via aos olhos, que foi o
ou as desgastava. As fazia avançar, que explique recém, esgotos estourados
Por que disse que a relação do CNT com perder companheiros e retroceder. Esse e demais, a miséria quanto às pessoas
a milícia é praticamente nula, porque se general ex kadafista foi justiçado por um que não tinham para comer. E, a
uma força militar não conta com o CNT setor das milícias. Imediatamente após diferença entre os que estavam sócios ao
como se abastece? isso as milícias avançaram com todo seu governo e aos trabalhadores, acho que
poder, e obviamente com algumas esse foi o motor inicial que me
Y: O CNT pode impor seu poder, quando perdas, mas puderam impor sua marcha impulsionou a participar.
se meteu a Trípoli. Eles expropriam -por até as portas de Sirte.
dizer de alguma maneira- o levantamento Foi o que você viu?
de Trípoli. Foi algo bastante organizado. Qual é a percentagem de milicianos
Estávamos resistindo em Misarrata, daí internacionalistas que foram a lutar aí e Y: Foi o que eu vivi, e experimentei. Na
passamos a Zliten que ficava bastante qual é o grau de discussão política que frente de batalha às vezes comíamos
perto de Trípoli, e de um dia para o outro há dentro das mesmas milícias? Discute bem e às vezes nos faziam um molho
as milícias do leste entram a Trípoli. E a idéia de expropriar, de tomar o poder aguado com feijão e algo de pão. Então
quando começamos a avançar porque o ou defender a revolução que está em isso dá conta também do nível de vida
exército tinha deixado de assediar-nos, curso? neste país, que faz um poço com uma pá
demos conta que não tinha exército, que e sai petróleo, mas tem gente morrendo
tinha desaparecido. Nesses 150 Y: Podemos nomear palestinos, não sei o de fome.
quilômetros não tinha nenhum número. Teve muitos egípcios, não eram
acampamento de guerra. Tinha uma grande maioria, mas estiveram na Qual é o papel que jogaram os
escaramuças isoladas. O exército junto frente ou na retaguarda. Na retaguarda trabalhadores, concretamente como setor
com a OTAN tinha ajudado a tirar a também tinha muitos filipinos, bósnios e social, e ficou algum saldo organizativo
Kadafi da Líbia em um comboio demais que colaboraram também com as além das milícias, como organizações
totalmente armado, algo que se a OTAN milícias. Estive uma tarde intera falando operárias?
estava realmente disposta a destruir o com um que dirigia um antiaéreo, numa
tivesse visto desde o ar, porque são destas camionetes expropriadas. Y: Tinha uma ditadura onde todo tipo de
capazes de ver a mim, não vão ver um Solidarizava-se de maneira profunda com organização operária ou de qualquer tipo
comboio escoltado por este armamento a causa Líbia e a associava com a causa estava totalmente proibida, por mais que
de guerra que nos esteve assediando palestina. fora em nome da revolução. Se não
mais de dois meses em Misarrata? O tema da expropriação e desconhecer passava pelo governo e era aprovada
Então fazemos nossa entrada triunfal a as autoridades impostas falavam sempre. pelo lixo do ditador era óbvio que ia ser
Trípoli, onde encontramos pouca No tempo que eu estive o objetivo era massacrada. É algo novo isto dos
resistência, mas não encontramos a massacrar à cabeça do ditador. Sabia-se sindicatos e demais, após 40 anos de
cabeça do ditador. É aí onde nos que não ia a entregar à OTAN, nem a ditadura. As milícias estavam compostas
enganam, como muitas vezes. Mandam- Haia, nem ao CNT. Quem capturasse a por trabalhadores. Colegas meus eram
nos a Sirte, onde se produz um grande Kadafi lhe metia três tiros na cabeça no taxistas, operários, mecânicos,
desgaste da milícia. Assim fica livre um mínimo, e isso era vox populi, se falava metalúrgicos, motoristas de caminhões
setor de Trípoli, o setor das instituições, e sempre. No momento em que as das petroleiras, trabalhadores da boca de
se fazem das casas dos oficiais ex insurreições começaram e estiveram poço (de petróleo, NdeT), o denotam as
kadafistas que tratam de legitimar a bastante duras, toda a produção se mãos que podem ser visto nas fotos.
autoridade do CNT por meio destes lixos expropriou e se pôs em solidariedade Isto das organizações é algo novo, se
que dizem ser renegados do kadafismo com as massas e os colaboradores. De tinha começado a impulsionar o
mas terminam sendo exatamente o modo que é óbvio que a discussão de movimento de sindicatos, não sei se
mesmo. (…) expropriar e de produzir para o povo chama assim... seria um grupo
Falando com os companheiros de Trípoli sempre esteve. representante da classe trabalhadora. De
e Bengazi nestes últimos dias, se bem o modo que isso ficou em construção.
contato telefônico é pouco e as palavras Que idades tinham os milicianos e o que Obviamente tinha um objetivo primordial
que usamos por uma questão de te moveu para ser parte das milícias? que era derrocar ao ditador e terminar
segurança não são muito fluídas, poderia Y: Nosso grupo de milicianos se auto- com esta ditadura de fome e as milícias e
dar conta de que estão ocorrendo denominava “a revolução de 17 de os que as integrávamos, de alguma
confrontos militares, e que em base a fevereiro dos jovens”, porque foi uma forma -com o fuzil- expressávamos os
isso estão tentando captar com o engano revolução impulsionada por jovens, entre interesses dessa classe.
de que se unam ao novo exército 17 anos e 27 em sua maioria.
nacional. Mas há uma grande quantidade Obviamente tinha gente grande, mas com Como se comunicavam entre vocês?
de pessoas que estão vendo e fazendo a maioria de jovens.
experiência de que o CNT não é melhor
que Kadafi, é igual ou pior.

5. 5
Y: A tecnologia que utilizava o nacional do CNT. Esperamos que
inimigo era comunicação por não o possam conseguir. São 9
rádio walkie-talkie e se foram meses de guerra, estão
expropriando esses instrumentos totalmente cansados da briga
e começamos a nos comunicar constante, incessante e com
mais. No começo era espontâneo fome. E tendo em conta a falta de
e netamente anárquico, não tinha um Partido Revolucionário forte
uma comunicação nem uma na Líbia, temos que pôr em pé
organização entre nós. À medida imediatamente este Comitê em
que fomos expropriando a Defesa das massas insurrectas
tecnologia ao exército fomos nos 18-11 na faculdade de Filosofia e Letras (Buenos de Misarrata e Líbia, para que
armando e nos organizando Aires - Argentina) Ato em defesa das massas libias não possam ser enganadas e
melhor. Muitas das camionetes atacadas.
que expropriamos da ditadura, que Como faziam para combater?
parecem ser Toyota, são camionetes Compartilhavam a tecnologia? René: Pertenço ao Movimento de
chinesas que o ditador tinha pactuado Funcionavam os hospitais? Que faziam Costureiros Imigrantes Bolivianos e faz
entregar com facilidades a todo aquele as massas? umas semanas, justo quando a Khadafy
que tivesse nascido na data do o estavam assassinando, o governo de
aniversário de sua revolução. Y: As massas estavam totalmente a Evo Morales estava a ponto de ser
Camionetes que o povo não quis e disposição das milícias, bem como os derrocado justamente pelo combate das
recusou, ficando varadas nos portos. hospitais operavam totalmente grátis, de massas dos T.I.P.N.I.S. Na Líbia,
Quando estoura a insurreição o primeiro vez em quando cruzava um caminhão de reconhece-se à esquerda traidora, ao
que fazem as massas é buscar um meio Egito que mandava insumos, e era o que FSM e aos verdugos da classe operária
de mobilidade rápido. Imediatamente se punha a disposição das massas. Se te de hoje em dia? Conhecem-se entre as
expropriam estas camionetes e junto com inflamava o apêndice podias ir ao milícias, os cidadãos de Misarrata, da
os metalúrgicos e os soldados de base, hospital, te atendia. Era bastante fraterno Líbia, do Egito? Que estão fazendo para
começaram a armá-las para pôr ao e solidário o acionar da retaguarda das poder estrangular a esses caras?
serviço das milícias e da insurreição. massas com a vanguarda que eram as
milícias. Y: Em primeiro lugar um aplauso para o
No momento da captura de Khadafy Nosso treinamento eram as batalhas, a companheiro e para a luta dos
escutam vozes falando em espanhol vitória e a derrota de cada dia. Com companheiros bolivianos. Nas
tinha latino-americanos? gente que luta pela primeira vez via ou expressões artísticas que se vêem em
tomava um fuzil em suas mãos, e que todas as cidades insurrectas, desenha a
Y: Não tenho conhecimento. Pôde ter enchia de balas um carregador. E pela Kadafi levantando uma bandeira ianque,
sido um jornalista, ou bem algum com primeira vez via o efeito que esse fuzil com uma estrela de Israel, o associando
dupla nacionalidade, ou algum latino- causava em outra pessoa, isso era com o sionismo. Reconhece-lho como
americano, que em grande gesto de bastante chocante. Não tínhamos lacaio do imperialismo. Não se fala do
internacionalismo teria ido em apoio das treinamento militar, era imitar FSM e demais, mas se tem em conta que
massas insurrectas. Mas o que pude simplesmente ao que mais valor tinha. Ao tanto ele como Ben Ali, como Hosni
escutar é que falavam árabe. que se cruzava a corrente de balas ao Mubarak, como Al-Assad, inclusive a
pescoço e avançava. E tomar um pouco ditadura do Irão, os reconhece como
A morte de Khadafy foi coordenada com a experiência dos soldados de base que inimigos ao processo insurrecional.
a OTAN? isso é verdadeiro? se tinham passado às milícias.
Quando terminavam as munições, como
Y: Não sei por qual meio terá saído. O As mulheres que papel cumpriram? as arranjavam?
que sim escutei é que a OTAN se
adjudica essa vitória. E sai o lixo de Y: A mulher cumpria um papel de Y: Numa guerra é o mais catastrófico.
Obama a reivindicá-la. Depois começam retaguarda, repartiam alimentos. Nosso nível de organização estava quase
a sair os vídeos na internet de que tinham Conseguiu -pese a todas as restrições do sempre baseado na poupança de
sido as massas, os que o justiçaram e culto muçulmano- conformar um grupo de munições. Nenhum festejo ao ar, isso
levantaram a cabeça de Khadafy. Acho mulheres que se armaram para a significava menos trinta mortos. Teve
que ao não poder sustentar essa mentira autodefesa porque os soldados kadafos momentos que os fuzis kalashnikov,
enorme de que eles tinham participado vinham e as violavam. Assim lhes porque tinha desabastecimento de balas
na morte de Kadafi, é que saem a entregávamos armas para que pudessem 762 ou 31, ficaram sem balas. Salvaram-
condenar aos meus companheiros que se defender. nos os antiaéreos e as balas de FAL que
pude ver nos vídeos e que reconheci. tinha nos quartéis de Bengazi, e que
Saem a buscar a cabeça destes Como era o bunquer de Kadafi? puderam ser transladado a Misarrata.
companheiros que tinham justiçado por Previa-se e tratava-se de fazer uma
mão própria ao ditador lixo. Desminto Y: Tinha um muro de aproximadamente 3 ofensiva para tirá-las ao exército ou aos
totalmente que a OTAN tenha sido ou 4 metros, ao que não lhe passavam as soldados caídos. Mas conquanto ficamos
partícipe desta ação, e acho que o balas de fuzil semi-automático. Tinham curtos de balas, não estivemos sem
desmentem os fatos, porque se tivessem fossas onde encontramos colegas balas. Antes de ser pegos pelo inimigo
sido participes não estariam condenado fuzilados e colegas aprisionados, presos quem nos dirigia levava uma granada
àqueles que justamente o fuzilaram. políticos. Tinham grandes armazens de consigo, preferia morrer antes de cair em
armas, e contava com um bairro de mãos do lixo.
privilegiados, com televisores e
Esteve em algum combate junto a um todas as comodidades de um Que discussões políticas tinham nas
amigo? lacaio do imperialismo e dos milícias? Falava de como seguir a luta?
colaboradores do regime que
Y: Quando chego a Misarrata conheço a um viviam junto ao ditador. Estava Y: As discussões eram em condições e
letrado, um pensador da esquerda, um quadro a carpa do ditador. em qualidade de milícias, eram forças
militante. Tinha viajado a Ucrânia para Encontramos a metralhadora totalmente precárias. Enquanto as
conhecer os inícios e as raízes de Trotsky. do ditador banhada em ouro. discussões a futuro deram-se em algum
Começou sendo castrista e depois se fez Via-se totalmente refletido o momento, vivíamos no dia a dia.
trotskista. Tinha muitíssima clareza na frente de “socialismo”, a sociedade que Lamentavelmente o primeiro que se
batalha e na retaguarda. E no político, com ele pretendia Kadafi e o que tentava fazer era sacar ao ditador, porque
compartilhei muitas discussões, e muitas mostrava aos demais era sabíamos que como conseqüência se
batalhas. Lamentavelmente se martirizou, caiu totalmente uma farsa, era a retirava a OTAN e deixaria de custodiar o
nos campos de batalha. Esperemos que esta máxima expressão da mentira. céu líbio. Eram as discussões políticas
proclama internacionalista e este Comitê que que estavam à ordem do dia. Sempre se
estamos impulsionando sirva para vingar a O que vão fazer com as falou da solidariedade com a Tunísia e o
morte e o sangue de meu colega. Já demos um milícias? Egito, e sobretudo com as massas
primeiro passo adiante, e com a cabeça de insurrectas da Palestina. A idéia era
Khadafy o pudemos fazer. Y: A última notícia que tive dos formar algo que pudesse solidarizar-se
companheiros, bastante novas, com todos os movimentos que estavam
é que estão tratando de no norte da África e Oriente Médio.
cooptá-los para o exército

6. 6
EM 18 DE NOVEMBRO, BUENOS AIRES – ARGENTINA,
REALIZOU-SE O ATO “EM DEFESA DAS MASSAS INSURRETAS DA LÍBIA E SUAS
ORGANIZAÇÕES”
Representantes das organizações que convocaram ao ato em defesa das massas líbias
“A manutenção das armas em poder do povo é a única garantia de que avance a revolução. Temos que
unir a todos os que estão dispostos a defender este direito elementar! Para isso temos que começar por
defender aos milicianos que justiçaram ao ditador, perseguidos pelo governo, que cumpre as ordens da
OTAN.”
Reproduzimos a seguir um fragmento da reportagem a Yusseff Mohammad a Al-Arjentiny, depois do ato-debate em Defesa
das massas insurrectas da Líbia e suas organizações operárias e populares de luta.
Que passou com a ofensiva sobre Sirte para acabar com Kadafi?
Y: Os imperialistas não queriam que as milícias executassem ao ditador. Estavam negociando sua retirada. Em última
instancia, queriam ser eles os que aparecessem derrotando a Kadafi. No entanto ali, como em muitas batalhas, os milicianos
superaram o cerco imperialista e avançaram sobre os objetivos. Ademais quero dizer outra coisa: tinha muita clareza em
todo o povo em relação ao que tinha que fazer com Kadafi. Todos diziam: Jamais entregar a Kadafi! Por isso, os que o
justiçaram são considerados heróis pela maioria da população. Não é casualidade que o governo e o imperialismo tenham
questionado a execução, atacando aos milicianos que a cumpriram. Por isso a grande tarefa de agora é os defender,
impedir que os julguem e punam, defender ao povo em armas!
Como funcionavam as milícias e os setores que controlavam?
Y: As empresas estavam nas mãos dos trabalhadores e o povo. Todo o que se expropriava se repartia em partes iguais
entre todos; o alimento, o petróleo, o pão, a água, controlado por comitês de trabalhadores e o povo. Eu um tempo cumpri
essa função na retaguarda junto com os comitês.
Os que brigávam comíam uma espécie de “molho” onde molhávamos o pão e sobre o qual flutuavam uns feijões. Quando
ganhávamos uma posição que tinha pertencido ao inimigo ou entrávamos nos bairros dos militares (a maioria vivia muito
bem) repartíamos a melhor comida que encontrávamos.
As milícias, além de organizar a vida e repartir as mercadorias, garantiam a aplicação de justiça. Aos setores mais unidos ao
poder, aos mais corruptos e sanguinários, diretamente passavá-los pelas armas. Aos mais recatáveis, tratavá-los de somar
às forças da resistência. Misarrata é uma cidade muito combativa, pois a diferença de outras localidades, ali executou-se
praticamente todos os setores relacionados à ditadura. A justiça popular foi exemplificadora e saudável.
Qual era a imagem de Kadafi entre a população?
Y: O discurso com o que assume Khadafy, em seus primeiros anos, é “antiimperialista” de um regime que vai trazer
“igualdade para todos”. Que as pessoas de maior idade reivindique isso e que os jovens o odeiem por fazer todo o contrário,
acho que mostra a consciência antiimperialista do povo líbio.
Pelo que me contam caiu muito mau o alinhamento com Bush para apoiar a guerra contra Iraque e Afeganistão. Também
era mau vista a política do governo de condescendência com os sionistas. Na Líbia há uma grande consciência antisionista,
não antijudía, porque diferenciam com clareza a religião judia da política que leva adiante o estado de Israel. Lá reivindicam
muito aos palestinos por sua luta, como também aos trabalhadores e o povo de Egito e Tunísia, que vêm de derrotar suas
ditaduras.
Que perspectiva vê a população na Líbia?
Y: Pelo que eu entendo não se fala nem de eleições nem de coisas parecidas. Também não se tem muita clareza em
relação às políticas que teria que aplicar. A absoluta maioria dos trabalhadores e o povo não querem deixar as armas,
porque entende que é a melhor maneira de defender seus direitos. A única garantia de que não os passem por cima.
A muitos milicianos e à gente do povo custou-lhe muitíssimo conseguir uma arma para defender-se, às vezes eram
assassinados três trabalhadores tentando ter um rifle. Para eles não é só um arma de luta, é sangue que não querem
entregar.
Isto é muito importante e temos que o defender, em todo mundo, impedindo que desde o governo e o imperialismo
desmobilizem às milícias. Há uma campanha internacional de isolamento do povo armado, montada por setores políticos
que se denominam de esquerda, mas que nos fatos trabalham em equipe com o governo do CNT e a OTAN: o isolamento
permitirá a estes últimos passar à ofensiva militar sobre os milicianos.
A manutenção das armas em poder do povo é a única garantia de que avance a revolução. Temos que unir a todos os que
estão dispostos a defender este direito elementar! Para isso temos que começar por defender aos milicianos que justiçaram
ao ditador, perseguidos pelo governo, que cumpre as ordens da OTAN. Nesse sentido, já teve mobilizações em Bengazi.

7. 7
Extrato da intervenção do companheiro do Secretariado de Coordenação Internacional da FLTI
"Tem uma discussão apaixonante na esquerda mundial, que comuneiros de Paris. Não ficou um só burguês vivo em
pede DNA às milícias. Análise de sangue para ver até onde Misarrata. (APLAUSOS)
estão contaminadas pelo CNT e a OTAN. Quem pede essa (…) Há alguns que dizem que as milícias eram agentes da
análise de sangue às milícias de Bengasi e Misarrata? A OTAN desde Bengasi. Outros dizem desde que avançaram a
esquerda européia e mundial que jamais falou que tinham que Misarrata. Ouvi a um imbecil dizer que a Royal Air Force
fazer nem Misarrata, nem Egito, nem Tunísia. E, que muito marcou o objetivo às milícias de onde estava Khadafy. Mas
menos propôs que para conseguir o pão na Europa, parar o Khadafy saiu de Trípoli com um Comboio de 2 mil soldados, 50
ataque na Grécia tinha que fazer uma revolução, derrotar ao caminhões, 45 tanques e foi acomodar-se em Sirte. Como vai
exército da Espanha, ao exército de Sarkozy, ao exército de marcar o objetivo a OTAN amiga de Khadafy, às milícias de
Obama, fazer-se do poder, desorganizar ao exército, fazer onde estava Khadafy, se o sacaram os assessores de Bush, do
insurreições e fazer revoluções. Partido Republicano e da CIA? Sacaram a Khadafy e
Não teve uma só corrente da esquerda européia, no meio do mandaram para Sirte, enquanto a burguesia do CNT negociava
maior ataque da história à classe operária européia, que tenha com a burguesia de Sirte como iam fazer os negócios, sobre a
dito que tinham que fazer insurreições, se armar, para base de que a Khadafy o entregava o imperialismo, como faz
conquistar o pão. Essa é a esquerda que chamou a parar o todo burguês, porque Khadafy não lhe servia mais para manter
ataque dos capitalistas pressionando para que “morigerem o os negócios na Líbia. Tinham lembrado que a Khadafy o
ataque” na Europa. Ou vamos esquecer que essa era a mandavam ao tribunal da Haya, e estavam discutindo, com a
política. Que não tinha condições para fazer uma revolução na burguesia de Sirte, como somavam ao CNT a 40 membros da
Grécia. Que tinha que apoiar a Papandreu e o pressionar para burguesia de Sirte. Iam ampliar o CNT de 40 a 80 membros. E
que nos de aumento de salário. Líbia, Egito e Tunísia quando passava isso matam a Khadafy. Festeja Obama. Ria
demonstraram ao reformismo da esquerda mundial como se Clinton. Chorava de alegria supostamente Sarkozy.
consegue o pão. Derrotando aos Sarkozy, fazendo voar a Ao outro dia aparece o vídeo. Vocês imaginam um míssil da
cabeça da rainha da Inglaterra, esse é Mubarak, esse é OTAN contra uma camionete de Khadafy? Um míssil? Alguém
Khadafy, esse é Ben Alí. E isso fizeram as massas do Egito, da sabe o que faz um míssil quando bate num corpo? Khadafy não
Tunísia e da Líbia, e agora a esquerda reformista diz “mas estava morto, estava vivo. Tinham-no as milícias de Misarrata.
esteve o CNT”, “se meteu a OTAN”; mas por que não foram as Eram as massas que lhe diziam cachorro, que em árabe, no
brigadas operárias da França, da Itália, da Espanha para mundo muçulmano cachorro é o pior insulto. Cachorro, por
Bengasi a combater com os companheiros? Vêm a pedir DNA? meus filhos! Te mato porque se entrarás em Misarrata matavas
Se o Partido Anticapitalista francês tem 10 mil, 20 mil aos meus.
militantes; se o SWP move 50 mil nas ruas de Londres. Por que Inesperadamente a Clinton deixou de festejar, Obama deixou
não fizeram brigadas, como fez individualmente o companheiro, de festejar, Sarkozy deixou de festejar, todo mundo dizendo
para ir combater e sacar às massas da influência do CNT?” “que vão presas as milícias de Misarrata”.
(..)Khadafy foi o maior representante do imperialismo, na Líbia Que significa isto? Que lhe expropriaram toda a revolução que
e no Norte da África. Nossos colegas de Zimbábue são fizeram as massas. Mas o que não lhe puderam expropriar são
testemunhas. A Khadafy pagavam-lhe Itália e França com 500 duas coisas: Primeiro, a cabeça de Khadafy. Na praça de
dólares por cada escravo operário negro que passava a Misarrata joga-se futebol e todos dizem que são “Messi” com a
trabalhar pelo Mediterrâneo e por Líbia. Era um tratante de cabeça de Khadafy. É o triunfo das massas que não tiraram.
escravos de operários de cor da África do Sul, Zimbábue, de Segundo, é o problema que vão ter que desarmar às massas.
Ruanda e do Congo e mandava-os a trabalhar na Europa. E a Expropriaram-lhe a revolução, mas não a cabeça de Khadafy e
burguesia imperialista da Fiat, da ENI Italiana que tinha a a luta segue aberta, entre o CNT e os generais khadafistas,
maioria das empresas petroleiras na Líbia, lhe pagavam uma que inclusive tentaram comprar a um setor das milícias. Por
comissão pelos operários negros da África. Era um tratante de isso as milícias têm que voltar ao povo que lhes deu origem. O
escravos do Norte da África. E um setor da esquerda vem nos caminhoneiro tem que voltar a dirigir; o operário petroleiro tem
dizer que era antiimperialista. Antiimperialista porra nenhuma. que voltar a produzir nas petroleiras; o operário do porto tem
10 bilhões de dólares na FIAT tinha Khadafy, 35 bilhões de que pôr a funcionar o porto; o taxista tem que voltar ao táxi,
dólares na British Petroleum, nas transacionais imperialistas. E, mas todos com o fuzil atrás. Isto é, como se salvam as
onde estava a burguesia líbia? A burguesia líbia estava toda milícias? Como fazemos que o CNT não a coopte? Muito
com Khadafy. Ou a burguesia líbia foi opositora a Khadafy? singelo. Sem entregar as armas, fazendo comitês de
Estavam todos com Khadafy. Por isso quando levantam as trabalhadores das petroleiras, do porto, para que a classe
massas a burguesia foge e em Misarrata se vingou aos operária se faça do poder e liberte a Líbia junto com seus
irmãos do Norte da África e a Europa”.
Extrato da intervenção do companheiro Intervenção de David Soria da Comissão de Trabalhadores de
Walter Montoya de Democracia Obrera Paty
“A conformação desta comissão é um passo “Companheiros e companheiras, trazemos o saúdo dos trabalhadores da carne, da
adiante. Não só para as massas insurrectas da Argentina. A questão da Líbia para nós é parte da luta única dos trabalhadores em
Líbia e suas organizações de combate, senão geral e os povos contra a opressão, contra a fome, a miséria que provoca o sistema
também para toda essa corrente de revoluções capitalista. Isso dá pavor, não somente a nível internacional aos grupos econômicos
do Norte da África e Oriente Médio que estão senão a seus sócios locais, a patronal, as burocracias, enquanto há alguns que
sacudindo a Europa e o resto do mundo. perderam a pipa, são os que choram hoje a morte de Khadafy, os órfãos e suas
Estamos reunidos aqui para pôr em pé, ainda viúvas.
que alguns stalinistas não gostem, ainda que ao O que queremos deixar claro é que a ação de hoje em defesa das milícias é parte da
FSM (Fórum Social Mundial, NdeT) não goste, briga pelo desprocessamento e pela liberdade de todos os trabalhadores. Os presos
de um comitê internacional para defender às de Guantánamo, os estudantes chilenos e na Líbia não nos esqueçamos que
massas insurrectas e para defender às Khadafy prestava seus cárceres para a CIA. Por isso nós estamos a favor deste
comitê”.
organizações operárias e de luta da Líbia.
(…) “Desde a comissão interna de Paty, o aporte que devemos fazer a nosso
Porque queremos que o enorme processo
critério, -já que com o aporte dos colegas tanto da mesa, como também os
revolucionário que começou triunfe, não só no esclarecimentos que tem feito o colega Yuseff- a nós em relação à parte que nos
Norte da África senão no coração da besta toca como organização com responsabilidade ante a classe trabalhadora, é que
imperialista. Por isso saudamos e fazemos temos que fazer e de que tem que servir isto. A campanha não é a luta pela unidade
nosso o combate de nossos irmãos que entre aparelhos, a campanha a temos que levar à classe companheiros. Às
combatem em Oakland e em Wall Street, em faculdades, às oficinas, aos colégios, hospitais e às fábricas. Aí é onde temos que
Tóquio, em Madri, em Roma, e em Atenas”. dar a batalha a estas correntes, porque aí é onde têm que render contas. Mais dois
“Alguns escrevas do FSM propunham que tinha aspectos companheiros: Um é a questão política e o outro é a mesma que há pela
um passeio democrático no Norte da África. E liberdade dos presos na Argentina e para que se ponha de pé um Congresso de
aqui o que tem é um inferno, de sofrimentos e trabalhadores empregados, desempregados e estudantes em luta com mandato da
padecimentos inauditos das massas e uma base. É parte do mesmo. Se lutamos e empurramos por isso à classe, vamos
resposta: a revolução e a guerra, porque não romper o isolamento da milícia e de todos os que lutam: os estudantes chilenos, os
ficou outro caminho para lutar pelo pão, pelo operários portuários de Oakland, etc. Por isso há que a levar companheiros -e
trabalho e pela independência nacional. A luta é voltamos a remarcar-lo- à base, aos estudantes. E já começamos hoje!
por comer”. (…) “Aí estão novamente hoje no Aos que dizem que os milicianos são “assassinos” lhes demonstramos, que esses
Egito, milhares e milhares de trabalhadores nas mesmos que dizem “assassinos” se calaram durante 42 anos quando Khadafy
ruas, combatendo ao regime dos generais de massacrava ao povo líbio. E temos que dizer isto. Que parecem à burocracia
sindical que se calava quando os companheiros ficavam desempregados, quando
Mubarak, tão assassinos como Mubarak, que
nos rebaixavam o salário. Temos que ir à classe. Esse é o desafio que temos!”
roubaram a luta das massas”.

8. 8
Extrato da intervenção do companheiro Juan Carlos Beica da Convergência Socialista
“Companheiros e companheiras, antes de falar trago um saúdo brigam a direção, sabem fazê-lo melhor que muitos de nós.
do colega Carlos Olivera, preso político -agora em dezembro se Mas essencialmente porque têm tido o apoio organizado e
cumprem dois anos de seu encarceramento- do regime sistemático de um setor da esquerda mundial, em primeiro
kirchnerista. O colega queria estar aqui com vocês, e vê com lugar Castro e Chávez que fizeram todo o necessário para
muita simpatia o que esta sucedendo”. isolar às milícias de Misrata e aos milicianos rebeldes que iam
(…) “A cada vez que ocorrem fatos violentos, fatos muito por mais e que os imperialistas sabiam que iam por mais”.
duros, como o justiçamento de Kadafy, estão os que se põem (…) “Mas o pior do caso não é Castro e Chávez, que os que
de um lado e os que se põem do outro. O mérito do Comitê estão aqui muitos sabemos o papel que jogam, o pior do caso
Internacionalista que estamos tratando de armar é que nos são aqueles que se dizem trotskistas capitularam a Castro e
localizarmos com clareza do lado do povo armado da Líbia. Chávez porque estavam no “nem” ou no “olho com a OTAN” ou
Nos colocamos lutando ao lado do povo que reclama liberdade, no “não nos metamos olha que estão os imperialistas” como se
democracia, pão, satisfazer as necessidades elementares e houvesse revoluções onde os imperialistas não vão intervir”.
que esta dizendo em este momento: “o poder emana do fuzil, (…) “Agora às provas me remeto, está o colega aqui que
não queremos nos desarmar”. brilhantemente explicou. Mas há um fato, há milhares de
(…) “Que é o que pretendem a OTAN em primeiro lugar, ou milicianos que não querem entregar suas armas. Que fazemos,
seja, os imperialistas? Que é o que pretende o governo lacaio os deixamos nas mãos do governo do CNT? Deixamos em
da OTAN, o governo do CNT, em cumplicidade com o Castro- mãos do imperialismo? Deixamos que os triturem ou os vamos
chavismo e um montão de setores de esquerda que diz “não defender? Chamo-os à reflexão, os colegas da LIT-QI, os
apoiamos às milícias”? Isolar às milícias. Porque se as isolam, colegas UIT, os colegas da cada um dos agrupamentos que
as podem triturar, as podem justiçar”. provavelmente estejam aqui e os que não estão, unimo-nos
(…) “O governo do CNT, se legitimo porque têm tido políticas todos em defender a revolução que dizemos que existe ou
os imperialistas, evidentemente os imperialistas têm políticas, deixamos à revolução que fracasse?”
Extratos da intervenção do companheiro Mateus Crespo do Movimento Revolucionário do Brasil
“Em primeiro lugar um saúdo para todos às massas da Tunísia, às massas no tarefas da distribuição da terra, da
vocês. Esta é uma manifestação e um Egito e às massas na Líbia. Líbia é o moradia, do emprego, por democracia,
ato muito importante. (…) Nós dizemos: que tem a mais avançado em todo este pelo direito à organização operária, mas
há uma revolução que merece ser na processo. Fizeram isso as massas com que propõe também a expropriação, o
Líbia. E esta revolução é algo histórico, é suas próprias forças. Sozinhas, isoladas. armamento do proletariado e o nome de
algo transcendente, que temos, antes Contra tudo e contra todos, e contra o uma revolução com estas características
que nada, que a defender. Por que é um imperialismo. Fizeram isso através do é uma revolução socialista”.
fato histórico deste tipo? Em primeiro método das milícias populares, fizeram (…) “É fundamental a construção agora
lugar porque fez-se atirando a um isso armando ao proletariado, armando à de um comitê internacional de
ditador e não a qualquer ditador, um população, ou seja através do método solidariedade com as massas
ditador de 40 anos na Líbia e que era o mais clássico das revoluções. (…) Por insurrectas na Líbia, mas que não é
principal responsável por aplicar os isso nós estamos do lado dessa somente uma solidariedade desde o
planos do imperialismo na Líbia. Não era revolução, e é ao lado de Yuseff, é ao ponto de vista político, isso é
um ditador contra o imperialismo, era um lado dos milicianos, é ao lado daqueles fundamental. Senão que seja cada vez
ditador junto ao imperialismo. Não só as que justiçaram a Khadafy, é ao lado dos mais uma solidariedade prática, onde
massas atiraram a este governo, senão trabalhadores e dos revolucionários em possa ser armado, organizar, outras
que o justiçaram também. Para nós isto todo mundo”. milícias para outras revoluções, que se
é algo histórico. (…) Ocorreu como parte (…) “Uma revolução inconsciente, mas intervenha sobre Líbia para ajudar a
de um processo mundial contra a crise uma revolução de conteúdo socialista. É disputar o poder e o futuro da revolução
econômica, contra a fome, contra o uma revolução que propõe ao mesmo na Líbia”.
desemprego e foi isso o que impulsionou tempo as tarefas democráticas, as
Intervenção de Ana Melvin, Assembléia popular de San Telmo
“Vimos a trazer a solidariedade com esta comissão, com as milícias da Líbia e com todas as lutas populares que estão
desenvolvendo neste momento no mundo inteiro. Quando morreu Khadafy o progressismo chorou pela forma cruel em que o
tinham matado. O imperialismo, Obama, Hillary, pediram investigações enquanto por outro lado festejavam com toda felicidade que
já não ia ter quem fale, que já estava feito o trabalho sujo. Então pensaram que as milícias tinham sido o varre-fundo das piscinas,
que era missão cumprida, que podia voltar a começar a reconstrução do capitalismo miserável, que já não tinham mais nada que
fazer, que já podia ser começada a construção daquilo com o qual Khadafy tinha colaborado. Pois não, pois se equivocaram. As
milícias seguem em pé, têm que seguir armadas e temos que, todos nós, difundir esta luta, apoiar, multiplicar, para que isto seja
possível. Porque companheiros, estamos em uma articulação da história do mundo, este é um momento que dentro de anos nos
livros de História vai ser referido como a época em que a História mudou. Isto é assim, temos que ter em conta essa perspectiva,
temos que olhar para adiante pensando nisto, este mundo tem mudado e está mudando é nosso dever como socialistas, como
revolucionários, apoiar isto e seguir em luta para que esta mudança que esta vislumbrando seja concreto, e tomara o possamos
ver”.
Extrato da intervenção do companheiro Leo de
T.or.re
“Desde o começo da insurreição das massas em todo Magreb,
com este processo que na Líbia se deu de uma maneira mais
forte, nós nos vemos identificados com a situação das massas
árabes, mais oprimidas, mais humildes e a relação que têm
com estes governos que são muito parecidos ao governo que
temos aqui, supostamente nacional e popular. (…) Por isso
nós estamos aqui, na organização e nos sentimos solidários
com o companheiro Al Arjentiny com respeito também a todas
estas calunias de todos estes aparelhos reformistas. São os
mesmos com os quais temos a briga cotidiana aqui em nosso
país para que aceitem que este governo tenha presos
políticos, que faz perseguição política. (…) Todos os aparelhos
reformistas que estão reticentes a aceitar e a difundir, são os
mesmos que difamam e que aqui estão dizendo coisas
terríveis como que o colega é um assassino, um mercenário
da OTAN, e por isso estamos aqui, repudiando essas atitudes
e até as últimas conseqüências do que signifique essa
defesa”.

9. 9
Adesões ao ato
Apresentamos a seguir as adesões ao Ato e à Campanha Internacional em
defesa das massas insurrectas da Líbia e suas organizações operárias e
populares de luta
17/11/2011
MENSAGEM DE SOLIDARIEDADE DA LIGA OPERÁRIA INTERNACIONAL DE
ZIMBÁBUE
Nós, o movimento revolucionário de Zimbábue enviamos nossa mensagem de solidariedade a
vocês e a todos os camaradas que se juntaram para ser parte do ato em defesa das massas
insurgentes da Líbia.
As massas revolucionárias da Líbia levantaram-se para derrocar ao regime de Khadafy e seus
aliados. Como parte de nossa campanha internacional é nosso dever lutar em solidariedade
com um de nossos países africanos, Líbia, combatendo junto ao povo libio.
Os dirigentes do Conselho Nacional de Transição (CNT) agora estão desesperados para
saquear e combater contra seu próprio povo, para expropriar o combate das massas que foram
as que estiveram à frente na luta que derrotou a Khadafy. Como antes fazia Khadafy, hoje é o
CNT que está vendendo petróleo às multinacionais imperialistas enquanto o povo pobre segue
igual que ontem.
Hoje as potências imperialistas têm começado a invasão neo-colonialista usando aos dirigentes
do CNT como sua ferramenta para fortalecer contra as massas e expropriar sua luta.
Mas na Líbia a luta continua, já que as massas seguem sendo oprimidas pelo CNT, inimigo das
massas e entregador da nação oprimida aos EUA, Inglaterra, França e outras potências
imperialistas.
Lutamos com o objetivo da verdadeira libertação da classe operária, em solidariedade com o
povo da Líbia que está batalhando sob as bandeiras de luta contra o imperialismo norte-
americano e o sionismo, para além das fronteiras nacionais e as diferenças religiosas.
Os que vimos lutando em solidariedade com as massas líbias, nos levantemos em defesa das
organizações combativas dos explorados da Líbia para terminar com o CNT que está
entregando o valioso petróleo das massas aos EUA, Inglaterra e França para seguir eles no
poder e continuar repetindo o que Khadafy vinha fazendo.
Nós, os operários de cor do continente africano sabemos muito bem quem era Khadafy: um
verdadeiro tratante de escravos ao serviço das multinacionais imperialistas. Sabemos que ele
cobrava comissões por cada operário africano que enviava à Europa imperialista a realizar os
piores trabalhos sem nenhum direito, quando as potências imperialistas assim o ordenavam.
O chacal Khadafy era sócio menor de Berlusconi - até ontem representante do capital
financeiro italiano-, quem encarcerou na ilha de Lampedusa (um verdadeiro campo de
concentração) aos milhares de trabalhadores provenientes da Tunísia, Líbia, Marrocos e
demais países da África, que fugiam de nosso continente pela fome e pelo desespero.
Enquanto, o conjunto dos bandos imperialistas europeus jogava a ponta de pistola a centenas
de milhares de operários imigrantes africanos de volta a seus países, o que significou que
muitos deles morriam como cachorros no mar Mediterrâneo.
Frente a isto, nenhuma das correntes da Europa que se diz de “esquerda” moveu um dedo
enquanto a nossos irmãos de classe lhes impunham os piores padecimentos. Por isso não nos
estranha que estes mesmos partidos, quando nós nos insurgimos em Tottenham, Inglaterra,
como ontem o fizemos nas cités de França, nos acusem de ser “vândalos” e “delinqüentes”. E
quando protagonizamos revoluções contra nossos verdugos como na Líbia, onde as massas
exploradas se insurrecionaram, derrotaram à polícia, partiram o exército, conquistaram o
armamento e finalmente, justiçaram Khadafy, estas correntes nos tratam de ser “agentes da
CIA” ou “tropas terrestres da OTAN”. Basta de calunias contra os operários revolucionários da
África!
Escrevemos esta mensagem de solidariedade desde Zimbábue. Vivemos nesse verdadeiro
campo de concentração no que têm convertido a Anglo American e demais multinacionais a
nossa nação, transformando no país mais pobre do mundo junto com Etiópia. Aqui vimos combatendo, assim como os explorados do
norte de nosso continente, contra o governo pró-imperialista de Mugabe, que não é mais o que o Khadafy de Zimbábue. Foi o governo de
Mugabe quem declarou que “todo aquele que tente fazer o da Líbia, será esmagado”. E aqui também lutamos contra o “Movimento pela
Mudança Democrática” (MDC), um verdadeiro CNT como o da Líbia, imposto pelo imperialismo para manter seu domínio ante qualquer
investida revolucionária dos operários zimbabuenses.
Por isso afirmamos que o caminho marcam as massas da Líbia e lutamos em defesa delas. Chegou a hora mais uma vez de estreitar os
laços internacionais de solidariedade internacionalista a nível mundial entre as forças revolucionárias, junto com os companheiros da FLTI.
Esses companheiros têm organizado e estão totalmente respaldando este ato. Nós lhes damos nossa confiança de que vocês estão na
frente da luta, junto conosco, por um mundo melhor.
A luta continua!
Workers International League (WIL) de Zimbábue
APOIO À LUTA SOLIDÁRIA E COMBATIVA
DOS OPERÁRIOS NA LÍBIA
Ante o pedido solidário por companheiros combativos na Bolívia, no marco da luta de classes, a emissora “Rádio Nacional de Huanuni”,
meio de comunicação social dos trabalhadores mineiros de Huanuni-Oruro-Bolívia, e ante o conhecimento da valente luta operária líbia que
lhes correspondeu atuar historicamente no derrubamento de um governo da reação como o de Khadafy não há outro caminho que mostrar
toda nossa admiração aos operários, operárias e juventude que deu seu valioso aporte, por encontrar uma aspiração que todo operário do
mundo requer urgentemente: sua verdadeira libertação.
E condenamos duramente a toda tentativa do capitalismo e de seus tentáculos: o CNT e a OTAN, que querem desconhecer que a luta pela
liberdade da LÍBIA corresponde nada mais aos operários líbios e à conduta libertadora de todo seu povo por se desfazer da férula
Khadafista e capitalista, para brindar uma completa soberania e independência da LÍBIA, bem como também na Bolívia os mineiros de
Huanuni, estão em essa tarefa nobre e humana de pôr à frente das massas, para obter muito cedo nossa verdadeira independência e que
será obra dos explorados e pobres do mundo. Por isso e bem mais, companheiros operários da LÍBIA, nosso saúdo combativo e
revolucionário de classe para todos vocês e nossa homenagem firme para nossos caídos e feridos que estão em nosso pensamento diário.
DESDE A RÁDIO “NACIONAL” DE HUANUNI – ORURO – BOLÍVIA - TODOS OS TRABALHADORES DA EMISSORA MINEIRA
Atenciosamente.-
Rafael Linneo Morales - DIRETOR

10. 10
Campanha em solidariedade pela defesa incondicional das milícias de Misarrata
Por Juan “Pico” Muzzio, membro fundador da LOI-CI
Defesa Incondicional das milícias de Misarrata! Para que seu exemplo de combate chegue e destrua o coração da Europa
imperialista!
Al-Arjentiny e Juan “Pico” Muzzio
Senti uma grande alegria e festejei no dia em que as massas insurrectas e suas milícias na Líbia executaram ao verdugo Khadafy,
chefe do governo e regime do imperialismo e das petroleiras. Glória e honra a todos os milicianos insurretos que caíram em
combate! Sua luta não foi em vão!
Os combatentes que seguiram terminaram festejando na praça de Bengasi. Este grande exemplo de luta e justiça operária faz
correr um arrepio e terror pelas veias do cadáver fedorento do sistema capitalista imperialista e seus monopólios hoje
comandados por Obama, pois o temor é que este exemplo se espalhe por toda a Europa: que volte Grécia a se prender fogo, que
volte Inglaterra a se prender fogo, os indignados na Espanha contra o governo de Zapatero, a monarquia e o pacto da Moncloa,
as últimas manifestações na Itália e a atual queda de Berlusconi, e que todos estes métodos de luta tendam a sincronizar com a
América Latina. Isto combinado com a crise da economia mundial faz que tenha milhares de hectares de pasto seco para que se
acenda a revolução nos países imperialistas e nas colônias.
Este grande exemplo põe triste e de luto aos que se fazem passar como aliados dos operários: Chávez, Castro, Evo Morales,
Cristina Kirchner, todos os que estão no Fórum Social Mundial, os renegados do marxismo PO, MST, MAS, PTS, e os
socialimperialistas agrupados no NPA.
Para que este exemplo não se espalhe sobre os povos martirizados como Palestina, os países imperialistas (EUA, França,
Inglaterra, Alemanha, etc.) as petroleiras, a ONU, a OTAN, e o atual governo do CNT com seus generais e oficiais khadafistas,
com a ajuda dos renegados do marxismo e do Fórum Social Mundial como sempre o fizeram em toda revolução, têm lançado uma
verdadeira CAMPANHA DE CALUNIAS E DESPRESTIGIO sobre os organismos de luta do povo líbio. Já fizeram isto na América
Latina e por isto mantêm presos aos comuneiros de Ayo Ayo -Bolívia- que em 2004 justiçavam a seus verdugos com os métodos
da classe operária queimando em praças publicas aos prefeitos corruptos; o mesmo faziam seus irmãos do Puno no Peru, no
povoado de Ilave no mesmo ano; em Moquegua em 2008 para defender-se da repressão e garantir a greve departamental
saqueavam delegacias tomavam de reféns a 35 polícias até que se rendessem aplicando assim uma derrota militar aos cães de
guarda do regime fujimorista de Toledo naquele tempo. Estes combates, que foram isolados por parte de todas as direções
reformistas latino-americanas e traídos pela burocracia sindical, foram defendendo suas terras e atacando os interesses das
petroleiras com os métodos da classe operária, com piquetes, barricadas e com verdadeiros tribunais populares para punir aos
patrões assassinos.
Quando na Argentina se levantaram os piqueteros do norte de Salta atacando os municípios e os prendendo fogo, assaltando as
delegacias, se armando e tomando as plantas petroleiras ao grito de: Vivemos sobre a riqueza e não temos nada para comer!
Trabalho digno para todos já! Renacionalização sem pagamento sob controle operário de todas as petroleiras! Conquistando seu
programa de 21 pontos, os acusavam de “matacos”, aborígenes bárbaros, delinqüentes, guerrilheiros, infiltrados, provocadores,
agentes da oposição, toda esta campanha de desprestígios e calunias eram feitas nos escritórios das petroleiras imperialistas e o
governo de Romero (PJ), enquanto a esquerda reformista corria ao salão dos passos perdidos dizendo: “Eu não fui”. Eles são os
verdadeiros inimigos da classe operária que as dividem e estrangulam sua luta, eles são os verdadeiros agentes do imperialismo
ao interior do movimento operário para submetê-los a sua própria burguesia!
Em 2001 quando estourou a revolução D´Elía e essa podre burocracia da CTA, nos acusavam de ser infiltrados. Eles junto aos
renegados do trotskismo serventes da revolução bolivariana, para pôr um ponto final à destruição dos organismos das massas em
luta (piquetes, comitês, assembléias populares, e todo o que colocamos em pé, etc.) entregaram o microfone a Fidel Castro em
2003 nas escadarias da Faculdade de Direito dizendo às massas que apoiassem a Kirchner que tinha que trabalhar, que agora
este ia repartir.
E assim estamos hoje, com os mártires de Mosconi e Tartagal esquecidos e com as petroleiras retomando o controle e com a
Kirchner e as cooperativas e os micro empreendimentos (a política do Fórum Social Mundial, de Castro, Chávez e Hu Jintao),
todas trabalhando como nas maquiladoras do México. Os mortos de 20 de dezembro, o massacre no Parque Indoamericano, o
assassinato de Mariano Ferreyra, o massacre de Jujuy e todos os presos e perseguidos não têm justiça, em cada luta decisiva
que tentamos levar adiante temos sido assassinados como no Parque Indoamericano ou como presos reféns nos cárceres das
mesmas multinacionais que saqueiam Oriente Médio, no sul da Argentina, Las Heras.
Para que os organismos das massas em luta não lhes passe como à Revolução Argentina e seus mártires:Temos que combater
internacionalmente em defesa dos milicianos da Líbia!
As forças estão na Grécia, nos indignados da Espanha, no valente movimento de indignados e das massas egípcias que se
organizam num mesmo combate contra os parasitas de Wall Street, para barrar o massacre contra as heróicas massas
revolucionárias na Síria e no Iêmen, para que irrompam as martirizadas massas palestinas! As forças estão nos estudantes
chilenos que combatem junto aos Zengakuren pela defesa incondicional dos presos reféns do regime cívico militar servente do
imperialismo e das multinacionais japonesas que saqueiam o cobre. Nos mineiros e camponeses bolivianos que combatem contra
Evo, carcereiro dos comuneiros de Ayo Ayo, servente do imperialismo igual que Khadafy. Aí estão as forças para pôr em pé os
comitês operários internacionais em defesa das milícias de Misarrata, Bengasi e Trípoli!
Defendendo as milícias, impedindo que as esmaguem e brigando para que avancem em seu combate, estaremos em melhores
condições para brigar internacionalmente pela defesa de todos os nossos presos, processados e por todas nossas demandas.
O imperialismo NÃO pode permitir o ataque à propriedade privada, a execução de seus chefes e seus milionários lucros, para
defender isto faz guerras, tem presos como em Guantánamo, bombardeia Paquistão e conta com a colaboração da burocracia, a
aristocracia e de toda a esquerda reformista que vivem das migalhas que lhes dá o imperialismo. A classe operária que é uma só
e internacional tem apresentado batalha.
Hoje, depois de participar deste ato pela defesa das massas líbias posso ver que a fração internacionalista com a que rompemos
o MAS (Movimiento Al Socialismo, NdeT) em ‟88 ao grito de “Viva a revolução política em Armênia!” tem sua continuidade. Ficou
claro qual é a única corrente internacionalista que luta por coordenar as ações das massas a nível internacional. Quando
rompemos o PTS, a fração majoritária queria ser localizado como fração internacional, já a realidade tem demonstrado que não
são mais que uma seita nacional com alguns grupos satélites.

11. 11
Mensagem de solidariedade da JRCL-RMF ao ato de 18 de
novembro em defesa do povo insurgente líbio
Nós, os marxistas
revolucionários do Mobilização de trabalhadores e estudantes japoneses contra as plantas nucleares
Japão, enviamos
nossa mensagem de
solidariedade a vocês,
a todos os camaradas
que se reuniram neste
ato em defesa das
massas líbias
insurrectas.
As massas
trabalhadoras líbias,
que se levantaram
para derrubar ao
regime de Kaddafi,
agora estão resistindo
padecimentos de outro
tipo pelo assim
chamado Conselho
Nacional de Transição
aliado aos
imperialistas norte-
americanos e Povo combatente da Líbia!
europeus. Achamos que é um dever internacionalista lutar Lutem por derrocar a dominação da direção do CNT! Lutem
em solidariedade com elas, as massas líbias combativas, contra a invasão neo-colonialista das potências
para derrotar a agressão neo-colonialista das potências
imperialistas. imperialistas! Lutem com o objetivo da verdadeira libertação
Os dirigentes do CNT agora estão desesperados para do povo trabalhador, em solidariedade com as massas
afogar a luta do povo líbio. Estão entregando os recursos trabalhadores do Egito, da Palestina e todo Oriente Médio,
petrolíferos líbios às multinacionais imperialistas e também que estão combatendo sob as bandeiras de “contra o
estão entregando o povo líbio como presa da cobiça imperialismo americano e contra o sionismo” para além das
capitalista por lucros. Tal como fazia Kaddafi! fronteiras nacionais e das diferenças religiosas.
A direção do CNT é uma usurpadora do levantamento
revolucionário do povo líbio. O povo levantou-se em luta Camaradas!
contra o regime de Kaddafi para derrotar ao governante Devemos lutar em solidariedade com elas, as massas
corrupto, que se tinha enriquecido, junto a seus lacaios, a insurgentes líbias. Estamos presenciando, no entanto, entre
expensas das massas trabalhadoras em acordo com as os stalinistas, os degenerados do trotskismo e outros
grandes petroleiras imperialistas. Jibril e outros dirigentes “da esquerda”, que alguns alavam à direção do
colaboracionistas, no entanto, roubaram a direção do CNT e CNT como “forças democráticas”. Também há alguns que,
introduziram tropas imperialistas na guerra civil com o efetivamente, defendem ao regime de Kaddafi sob a
objetivo de estabelecer uma dominação autoritária cobertura de “contra a intervenção estrangeira” ou dizendo
respaldada pelas potências imperialistas estrangeiras. EUA, que “o levantamento foi tramado pela CIA”. Nós, a JRCL,
Grã-Bretanha, França e outras potências imperialistas, que denunciamos a esses “esquerdistas” degenerados.
intervieram na guerra civil, produziram assim “a queda de Levantamo-nos junto com as massas líbias. Em
Trípoli” ao pôr à direção do CNT à frente, após lançar solidariedade com eles chamamos a uma luta internacional
bombas sobre as massas líbias, incluindo aos residentes contra a invasão neo-colonialista das potências imperialistas
anti-Kaddafi. Agora as potências imperialistas têm norte-americanas e européias. Lutamos para que avancem
começado sua invasão neo-colonialista usando à direção do as lutas contra “a guerra e a pobreza” em solidariedade com
CNT como seu fantoche. (As potências imperialistas têm as massas trabalhadoras do Chile, da Argentina e América
justificado sua intervenção militar sob o pretexto de Latina, e com todo o povo trabalhador que tem levantado
“proteção dos civis”. Como antigos pretextos hipócritas, seus gritos de guerra na Europa, Norte América e China.
como a “intervenção humanitária” e os “direitos humanos”,
já tinham sido expostos como um engano, como os Também achamos que, para avançar em suas lutas, os
bombardeios em Iugoslávia, as agressões contra laços internacionais entre as forças revolucionárias da
Afeganistão e Iraque, os imperialistas têm fabricado outro classe operária mundial devem ser fortalecido mais que
pretexto que pode justificar sua intervenção em qualquer nunca. Com este fim, a JRCL tem estado fortalecendo a
lugar em qualquer momento). solidariedade internacionalista com os camaradas da FLTI e
com os camaradas que se reuniram nesta reunião! Temos a
confiança de que estão na frente de batalha
desta luta, junto conosco.
Lutemos juntos!
Akira Kato
Pela Direção Nacional da Liga Comunista
Revolucionária de Japão (Fração Marxista
Revolucionária) – JRCL-RMF
As camionetes artlilhadas das milicias líbias

12. 12
SÍRIA:
PAREMOS O MASSACRE CONTRA AS HERÓICAS
MASSAS INSURRECTAS!
Abaixo o governo assassino
do Al-Assad e sua casta de
oficiais genocida, serventes do
imperialismo, e seus lacaios da
Liga Árabe!
Basta de silêncio!
Rompamos o cerco
imposto por todas as
direções
colaboracionistas!
Como o fizeram os jovens
e operários do estado
espanhol no Madri...
MARCHEMOS ÀS EMBAIXADAS DE SÍRIA NO MUNDO!
APELO DE EMERGÊNCIA A TODAS AS ORGANIZAÇÕES
OPERÁRIAS E ESTUDANTIS COMBATIVAS DO MUNDO
PAREMOS O MASSACRE CONTRA AS HERÓICAS MASSAS SÍRIAS INSURRECTAS!
Abaixo o governo assassino do Al-Assad e sua casta de oficiais genocida,
todos lacaios do imperialismo!
Basta de silêncio! Rompamos o cerco imposto por todas as direções colaboracionistas!
Como fizeram os jovens e operários do estado espanhol no Madri...
MARCHEMOS ÀS EMBAIXADAS DE SÍRIA EM TODO O MUNDO!
As massas sírias estão suportando uma terrível matança, Infelizmente, frente a estes contínuos massacres, que já
perpetrada pelo governo de Al-Assad e seus militares cobrou a vida de dezenas de milhares de novos mártires,
assassinos. Desta maneira, banhando em sangue e fogo aos não teve um só chamado valente das direções das
explorados, querem frear a luta revolucionária das massas organizações operárias a realizar uma ação internacionalista
sírias, que é mais um elo de uma mesma e única revolução solidária com os operários e explorados sírios.
que tem começado no Norte da África e Oriente Médio.

13. 13
É que desde o Fórum Social Mundial, as burocracias Kadafy! Tribunais operários e populares para julgar e punir
sindicais, as correntes stalinistas e ex-trotskistas, serventes a todos os assassinos! Abaixo o governo assassino de Al-
dos bolivarianos Chávez, Castro, Morales, todos lacaios do Assad e sua casta de oficiais genocida, lacaios do
imperialismo, se dedicaram caluniar às milícias líbias imperialismo ianque e sustentadores do sionismo!
chamando-as de “tropas terrestres da OTAN” e “agentes da Rompamos o cerco do imperialismo e seus serventes! Por
CIA”. Estes nefastos argumentos que têm como objetivo um governo provisório revolucionário das milícias, das
isolar às massas líbias que conquistaram o armamento e organizações operárias, dos camponeses pobres e dos
derrotaram a ditadura de Khadafy, permitem que hoje se comitês de soldados rasos!
levante um criminoso cerco sobre as massas insurretas da Abaixo o CNT e seu ultimato para desarmar às milícias líbias
Síria para que Al-Assad as massacre sem piedade. Assim, a risco de serem atacadas pelos oficiais khadafistas
desta forma, a sua vez tentam impedir que a revolução no sustentados pelas baionetas da OTAN/ONU! Viva o
Egito triunfe -enquanto a junta militar segue massacrando combate do Egito insurgente, verdadeiros aliados das
na praça Tahrir-, e que isso não se converta na força que massas insurrectas! Viva o chamado dos operários têxteis a
precisam as martirizadas massas Palestinas para se pôr em pé “Conselhos Revolucionários Populares em todas
libertarem destruindo ao estado sionista-fascista de Israel as praças do Egito, para coordenar e atingir os objetivos da
com a revolução proletária, deslocando todos os revolução”. Há que pôr em pé o poder da classe operária e
dispositivos contra-revolucionários do imperialismo na os explorados contra o poder dos governos e regimes
região. assassinos e capachos do imperialismo no Egito, na Líbia, na
Hoje mais de 50 mil soldados passaram com suas armas ao Síria, na Tunísia e em toda a região! Que voltem as
bando da revolução desertando do exército de Al-Assad, e martirizadas massas Palestinas ao combate pela destruição
inclusive justiçando aos oficiais. Há que aprofundar o do estado sionista-fascista de Israel!
caminho das massas líbias que destruíram o exército de
ROMPAMOS O CERCO CONTRA AS MASSAS SÍRIAS!
SIGAMOS O EXEMPLO DOS JOVENS E OPERÁRIOS QUE MARCHAM NO MADRI!
Mas contra este manto de injúrias e de cínico silêncio, imperialista. Pelo caminho dos trabalhadores e jovens que
alçaram-se as vozes de milhares de jovens e operários no queimaram a embaixada sionista no Cairo em apoio às
Madri, no Estado espanhol, quem marcharam sobre a massas palestinas e começaram a coordenar seu combate
embaixada da Síria em repudio ao genocídio de milhares e com os portuários de Oakland nos EUA! Lutemos forjando a
milhares de explorados. Esse é o caminho que deve seguir a unidade das massas exploradas do mundo colonial e semi-
classe operária mundial! Não pode perder um só minuto colonial, com a classe operária dos países imperialistas!
mais. Há que parar o massacre. Basta de silêncio! Levemos Chamemos aos operários portuários de Oakland, aos
este exemplo às ruas de Londres, Nova York, Atenas, “indignados” do EUA e aos imigrantes que sitiam Wall
Tóquio, Paris, etc., porque os melhores aliados dos Street, aos trabalhadores e explorados da Grécia, aos
explorados da Europa e do mundo estão no Norte da África indignados do Estado espanhol, à juventude chilena, às
e Oriente Médio: as organizações operárias e estudantis heróicas massas palestinas e às indomáveis massas do norte
combativas devem paralisar a maquinaria de guerra do da África e Oriente Médio, aos partidos de esquerda ou
imperialismo -que são os que armam ao genocida Al-Assad- antiimperialistas, às comissões internas, corpos de
paralisando os portos e marchando às embaixadas sírias na delegados, sindicatos, centros de estudantes, movimentos
Europa! Uma só classe, uma só luta contra os assassinos de de desempregados e assembléias territoriais a impulsionar
operários como o governo de Al-Assad! Fortaleçamos a luta juntos esta campanha anti-imperialista para romper o cerco
internacionalista da classe operária mundial! Tomemos o e ter uma jornada internacionalista de organização e de luta
caminho que marca o combate das milícias líbias: “Hoje em todo o mundo em solidariedade com as massas sírias
Líbia, Amanhã Wall Street!”, para que triunfe a revolução insurretas.
proletária em todo o Magreb e Oriente Médio, 26-12-2011
insurrecionando aos explorados no coração da besta
Líbia: “Hoje Líbia, amanhã Wall Street”

14. 14
NA SEDE DO SOECN (SINDICATO CERAMISTA)
SE PÔS EM PÉ O COMITÊ INTERNACIONALISTA DE NEUQUÉN
“Em defesa das massas insurrectas líbias e suas organizações de luta
operárias e populares”
N o dia 28/12/2011, na província de Neuquén, que hoje sejam abertas as portas do SOECN para que
realizou-se o Ato – Debate do Comitê assistam os lutadores internacionalistas -que
Internacionalista “Em defesa das massas combateram junto às massas líbias contra a ditadura
insurrectas da Líbia”. O Sindicato de Operários e assassina pro imperialista de Kadafy e contra os
Empregados Ceramistas de Neuquén (SOECN) pôs a generais kadafistas que hoje estão com o CNT, todos
disposição do “Comitê Internacionalista” suas sustentados pelas baionetas da OTAN- a pôr em pé
instalações para que se levasse adiante esta grande esta campanha internacional em defesa das massas
atividade. líbias insurrectas e suas organizações de luta, é um
O evento foi convocado pelas organizações que fazem verdadeiro exemplo de democracia operária.
parte do Comitê: Assembléias do Povo; o Movimento Nesse instante, todas as correntes presentes
T.Or.Re.; Comissão de Trabalhadores de Paty; reafirmaram a luta pela defesa dos companheiros
M.C.I.BOL. (Movimento de Costureiros Imigrantes ceramistas processados, como parte de uma mesma
Bolivianos); Carlos Olivera (preso político, dirigente do luta pela liberdade dos presos políticos, verdadeiros
SITRAIC); Vicente Guindan (secretário geral reféns nos cárceres dos Kirchner e pelo
SINTECT/RS, do Correio de Rio Grande do Sul, Brasil); desprocessamento dos lutadores operários e
Mateus Crespo, (dirigente da oposição bancária do populares perseguidos. Sendo este um combate de
Brasil); Convergência Socialista; Democracia Obrera e a toda a classe operária mundial.
FLTI, que impulsionamos a campanha internacional Na reunião esteve presente Yusseff Mohammad al-
pela solidariedade e em defesa das heróicas massas Arjentiny, lutador internacionalista que combateu ao
insurrectas da Líbia que hoje são atacadas pelo CNT, os regime pró imperialista de Kadafy junto a seus irmãos
generais kadafistas, sustentados pelas baionetas da de classe na Líbia. Yusseff e sua família foram
OTAN. recebidas com um caloroso aplauso de todos os
A reunião contou com o saúdo dos companheiros que presentes.
não puderam estar presentes como Assembléias do O companheiro, contestando às perguntas formuladas
Povo, os companheiros da Comissão de Trabalhadores pelos presentes, ajudou a demonstrar a verdade do
de Paty e o companheiro Carlos Olivera, preso político combate revolucionário das massas líbias e de todo o
nos cárceres dos Kirchner. Norte da África e Oriente Médio e o caráter de classe
Desta jornada de debate e luta internacionalista das milícias operárias e populares.
participaram de forma entusiasta companheiros em Novamente o companheiro pacientemente e com a
representação do Novo MAS de Neuquén, (trazendo o humildade que habitua, destruiu com suas respostas
saúdo do dirigente Alcides Christiansen); da Corrente todas as calunias elaboradas pelos bolivarianos
dos Trabalhadores (C. de T.) e de Esquerda Socialista Chávez, Castro, Morales e seus serventes do Fórum
(IS). Também enviou sua saudação o Grupo de Social Mundial, lacaios do imperialismo, que buscam
Amizade Argentino Palestino (Gramarpal). desqualificar e assim isolar o combate das massas
O debate começou com uma breve apresentação líbias. A acusação traidora dos bolivarianos e stalinistas
destacando e saudando a solidariedade de classe que contra as milícias de serem “tropas terrestres da
tinham tido os dirigentes da Lista Marrom Ceramista e OTAN” ficou sepultada.
o companheiro Alejandro López, deputado
provincial pelo “FIT” (Frente de Esquerda e
dos Trabalhadores), que cedeu as
instalações do sindicato (SOECN) para
realizar a palestra, questão que transformou
o evento num magnífico fato político na
vanguarda, pois este sindicato é uma
conquista operária da revolução de 2001,
assim como a ocupação da fábrica Zanón
pelos operários ceramistas.
Ficou demonstrado que pode ser realizado
um debate democrático entre diferentes
correntes políticas operárias, já que os
trabalhadores ceramistas sabem que há
correntes que colocam que as heróicas
milícias líbias não são mais do que “tropas Mesa do Comitê Internacionalista na sede do SOECN, encabeçada por
terrestres da OTAN”. Justamente por isso, Yussef, Paula Carabajal de CS e Quique Negro e Walter Montoya de DO