1) As massas na Líbia derrubaram o regime de Khadafy com uma insurreição e guerra civil heróica.
2) O CNT e os generais do antigo regime de Khadafy, apoiados pela OTAN, agora ameaçam expropriar a revolução.
3) As milícias revolucionárias rejeitam o CNT e lutam por um governo provisório dirigido pelas massas insurretas.
1. Declaração do Secretariado de Coordenação Internacional da FLTI
Com a insurreição de massas, com suas milícias e uma heróica guerra civil, os explorados estão esmagando ao
regime de Khadafy, o mais fiel servente do imperialismo por mais de 40 anos…
A queda de Khadafy, como ontem as de Mubarak e Ben Alí no Egito e na Tunísia, é um triunfo
das massas exploradas
Não permitamos que o imperialismo e seus lacaios expropriem a revolução em Líbia:
Fora o CNT, com seus generais e políticos khadafistas assassinos!
Eles, como ontem com Khadafy, vêm da mão da OTAN a aprofundar o saqueio do petróleo e o gás de Líbia por
conta do imperialismo
Começaram mobilizações armadas das massas revolucionárias em
Misarrata contra os generais do CNT.
Rebelam-se os que deram sua vida no campo de batalha ao grito de: Fora Shkal! Responsável pela segurança
em Trípoli nomeado pelo CNT, até poucas semanas um assassino e torturador do exército de Khadafy como
general da 32º brigada que esteve sob o comando do açougueiro Khamis, filho de Khadafy!
Como gritam os milicianos: O sangue dos mártires não será negociada!
Aos chefes e oficiais elegem-nos os que combatemos, as milícias dos trabalhadores e o povo
pobre e os soldados rasos!
Como declaram os insurrectos em Trípoli, que
já começaram a enfrentar ao CNT e seus
generais, até faz horas khadafistas, “a
insurreição triunfou, mas a revolução
recém começa”
Fora a OTAN! As armas não se entregam! As
milícias não se dissolvem!
Por um governo provisório revolucionário das milícias
operárias e populares, os comitês de soldados rasos e os
comitês operários e populares de toda a Líbia que
exproprie ao imperialismo e a burguesia!
Uma só revolução socialista no Norte da África e
Oriente Médio!
A OTAN, as potências imperialistas e os generais khadafistas “passados” a último momento ao CNT
estão em uma carreira a contra-relógio para instalar seu governo contra as massas, que são as únicas
que deram suas vidas e combateram para esmagar a Khadafy. Mas, se é a OTAN e os velhos sócios de
Khadafy, agora no CNT, os que o sustentaram durante décadas e o único que fizeram e fazem é negociar
sua saída ordenada do poder! Hoje puseram uma recompensa por sua cabeça, porque temem que antes lha
cortem as massas revolucionárias como um troféu que realmente só a elas lhes pertence
Foram o imperialismo e a OTAN os que sustentaram a Khadafy, rearmando-o até os dentes, para
massacrar em Trípoli quando se sublevavam em fevereiro as massas revolucionárias de Bengasi e toda
Líbia, que chegaram inclusive a queimar o palácio de governo na capital!
Foi a OTAN a que sustentou a ofensiva contrarevolucionária das tropas de Khadafy nas portas de
Bengasi para aterrorizar às massas, para depois tentar controlá-las com “seu” CNT!
Foram as tropas da OTAN, com seu “fogo amigo”, as que durante dois meses impediram que as milícias
avancem desde Misarrata a Trípoli!
As heróicas milícias revolucionárias chegaram a Trípoli, apesar e na contramão da OTAN e o CNT. São elas as
que desarmaram e destruíram os quartéis de Khadafy em toda Líbia e na capital. A milícia toma uma
cidade, desarma ao exército contrarevolucionário de Khadafy e arma às massas. A OTAN e o CNT só buscarão
tomar o poder para desarmar às massas e impor um “novo Khadafy” para seguir saqueando Líbia com duplas
correntes, ou dividi-la entre as diferentes potências imperialistas, desde que consigam esmagar a insurreição das
massas revolucionárias.
As milícias insurrectas não terminam ainda de enterrar a seus mortos do combate contra as forças khadafistas,
enquanto a suas costas conspiram a OTAN, as potências imperialistas e seus serventes do CNT tentando
instalar um governo ilegítimo.
Em Misarrata uma mobilização armada de milicianos ganhou as ruas com suas armas ao grito de: Fora Shkal!,
um velho oficial khadafista, chefe de operações da 32º Brigada, cujo comandante era o general Khamis, filho de
2. Khadafy. A rebelião em Misarrata era para opor-se a que o CNT o nomeie como chefe de segurança em Trípoli.
Seu grito de guerra foi ”O SANGUE DOS MÁRTIRES NÃO SERÁ TRAÍDA”!
As heróicas massas de Misarrata, as que combateram contra Khadafy e a OTAN, que foram as primeiras em
chegar a Trípoli e que hoje estão cercando Sirte, já ameaçaram com desobedecer as ordens do CNT.
Não permitamos que o imperialismo
e seus lacaios do CNT agora
expropriem a revolução em Líbia,
que está esmagando ao regime
khadafista!
Fora a OTAN de Obama, Sarkozy e
demais açougueiros imperialistas!
Desconhecimento imediato de todo
governo do CNT em Bengasi, Trípoli
e toda Líbia!
Desconhecimento de todos seus
acordos secretos assinados com o
imperialismo a costas das massas
insurrectas!
Fora os políticos burgueses e os chefes das “tribos” do governo e o regime açougueiro de Khadafy, hoje
travestidos de “democráticos”!
Fora os oficiais assassinos, que ontem sustentaram a Khadafy e hoje se organizaram como “cavalos de
Tróia” para atacar pelas costas às massas insurrectas, sob as ordens dos açougueiros imperialistas da
OTAN!
Só os milicianos, os trabalhadores e os setores populares, que deixaram seus mártires por dezenas de
milhares nas ruas, rotas e covas comuns do assassino Khadafy em Líbia, são os únicos que podem votar
e eleger de forma direta a seus chefes e oficiais e destituir-lho em qualquer momento!
Tribunais operários e populares para julgar e castigar ao assassino Khadafy, a todos os servidores
públicos, ministros e oficiais de seu regime assassino, incluindo a todos os que hoje estão no CNT!
Chegou a hora de que tomem o poder os que combateram contra Khadafy, o velho servente dos ianques,
Sarkozy e todo o imperialismo europeu!
Por um governo provisório revolucionário das milícias operárias e populares, os comitês de
soldados rasos e os comitês operários e populares que estão surgindo em toda Líbia!
As massas combateram em Líbia, como no Egito, Tunísia e todo o Norte da África e Oriente Médio, para
conquistar o pão e para terminar com as autocracias serventes do imperialismo.
Lutamos e demos a vida pelo pão. Agora:
Há que expropriar aos expropriadores e saqueadores da riqueza de Líbia!
As petroleiras e os bancos devem ser expropriados sem pagamento e postos a funcionar sob controle
operário!
Nem uma gota de petróleo, nem um centímetro cúbico de gás devem sair de Líbia se não é com a
autorização de um governo provisório das milícias operárias, os comitês de soldados rasos e os comitês
operários e populares!
A burguesia e o imperialismo, agora com o CNT e a OTAN, buscarão desarmar às massas. Eles querem
reconstituir a casta de oficiais assassina do regime khadafista, desta vez sob as ordens diretas da OTAN e seus
serventes do CNT
As armas não se entregam! As milícias não se dissolvem!
Por um congresso nacional das milícias operárias e populares, os conselhos dos bairros de
Trípoli, Bengasi e Misarrata, dos comitês operários e os comitês de soldados rasos!
Esse é o único poder com legitimidade da ampla maioria da classe operária e os explorados que
combateram e estão derrotando a Khadafy nas ruas.
A revolução no Norte da África e Oriente Médio, que se estende para
a Europa a Grécia, a Espanha e Inglaterra será operária e socialista,
ou não será nada!
A revolução líbia deve estar ao serviço de voltar a sublevar
às massas do Egito e da Tunísia, e de lutar com os que
combatem em Iêmen, na Síria, em Bahrein e na Palestina
ocupada!
3. A imprensa imperialista quer justificar agora a possibilidade de uma invasão por terra da OTAN e de
suas burguesias lacaias árabes de Bahrein ou Arábia Saudita. Rasgam-se “as vestiduras” ante o que
dizem que é uma “crise humanitária”. Isso o afirma quando estão sendo esmagados Khadafy e seus
cúmplices, e não quando eram martirizadas, exploradas, encarceradas as massas de Líbia e suas
riquezas eram saqueadas.
O cinismo do imperialismo não tem limites. Jamais lhes interessou a crise humanitária.
As tropas da OTAN e o imperialismo são os que mandaram a Afeganistão e Iraque à idade média, com
genocídios e massacres, roubando o petróleo. Eles sustentam ao assassino de Assad na Síria, que se
cobra mais de 100 mortos por dia, bombardeando, com seu exército assassino, à população civil
indefesa. Eles sustentam ao estado sionista fascista contrarevolucionário de Israel, que destruiu,
demoliu e massacro Gaza e exproprio a terra da nação palestina.
Viva a unidade internacionalista da classe operária e os povos do Norte da África, Oriente Médio e
Europa!
Líbia novamente é a avançada da revolução no Norte da África e Oriente Médio. Todas as forças do imperialismo
e as direções traidoras se concentraram para estrangular-la e expropriar-la. Não o podemos permitir!
Há que romper o cerco que lhe impuseram a Líbia as burguesias nativas, a OTAN e o imperialismo com
as direções traidoras do proletariado mundial!
No Egito e na Tunísia as revoluções que começaram com as derrotas de Mubarak e Ben Ali devem
triunfar definitivamente. Abaixo o governo dos “notáveis” e dos generais assassinos do exército do
Egito! Abaixo o “governo de transição” da Tunísia, continuador do saqueio e a repressão do
governo assassino de Ben Ali!
Como em Líbia: Há que esmagar aos regimes assassinos, sustentados pelo imperialismo, da Síria,
Iêmen e Bahrein!
O combate de Líbia deve incendiar Oriente Médio! Pela derrota militar das tropas imperialistas
invasoras do Iraque e Afeganistão! Pela destruição do estado sionista fascista de Israel!
Brigadas operárias do Egito e da Tunísia para entrar a combater com seus irmãos
de Líbia, para terminar de esmagar ao regime de Khadafy, para sustentar ao
governo dos insurgentes, para expulsar à OTAN de Obama, Sarkozy e demais
açougueiros imperialistas, e a seus lacaios do CNT!
Solidariedade internacional com os insurgentes de Líbia! Armas, medicamentos e
alimentos, garantidos pelas organizações operárias européias e do mundo!
Novos focos revolucionários estouram no planeta. Como nos 70, se pôs de pé a classe operária e a juventude
chilena. Eles chamam a combater pela expropriação sem pagamento e sob controle operário do cobre
para ter trabalho, educação e saúde para todos. Esse é o caminho!
Há que expropriar sem pagamento às transnacionais, aos banqueiros e ao imperialismo! Há que
expropriar sem pagamento a todas as petroleiras imperialistas que saqueiam o Norte da África e Oriente
Médio!
A classe operária européia e dos EUA deve parar a máquina de guerra da OTAN, e impedir que seus banqueiros
e suas transnacionais se roubem os 150 bilhões de dólares em reservas contantes e sonantes, provenientes do
petróleo produzido pelos trabalhadores e a nação líbia que ontem lhes entregara Khadafy!
Viva a Grécia e a Espanha das massas exploradas indignadas!
Viva a sublevação da juventude operária de Londres!
Fora o assassino Obama, o verdadeiro representante de Wall Street que aplica o programa do Tea Party e
a contrarevolução anglo-ianque!
Fora Sarkozy, os borbons, Cameron, a coroa inglesa e Berlusconi! Morra Maastricht!
Fora Piñera! Que viva a revolução operária e socialista em Chile!
Fora os bolivarianos e o stalinismo, serventes de Khadafy, o lacaio do imperialismo por mais de 40 anos!
Eles, enquanto se “rasgam as vestiduras” em Líbia, sustentam ao estado sionista-fascista de Israel e a
Obama, o maior assassino contrarevolucionário do planeta, e entregam Cuba ao imperialismo, onde já
começaram a demitir a um milhão de trabalhadores.
Os bolivarianos e o Fórum Social Mundial posam de “antiimperialistas”, enquanto entregam o petróleo e o
gás boliviano e venezuelano às transnacionais imperialistas, como em Líbia o fazia Khadafy e o seguirá
fazendo o CNT.
O governo do Partido Comunista e o CNA na África do Sul entregam-lhe todas as riquezas e minerais à
Angloamerican, e sustentou até último momento ao sanguinário Khadafy.
Os socialimperialistas, os renegados do trotskismo e o stalinismo, desde o Fórum Social Mundial, atiram-lhe terra
aos olhos ao proletariado internacional. Dividiram-se as tarefas. Alguns sustentam ao assassino Khadafy, como
fazem com Chávez, Morales, o governo Zuma da África do Sul e demais lacaios do imperialismo.
4. Outros, não menos serventes do imperialismo, envenenam a consciência da classe operária fazendo-lhe
acreditar que há “revoluções democráticas” e “primavera dos povos”, e em todo momento e lugar propõem que a
saída não é a tomada do poder senão “assembléias constituintes” ou eleições burguesas que expropriarão a
revolução, como no Egito e na Tunísia. Alguns deles reconheceram, ainda antes que Sarkozy, ao CNT como
governo legítimo das massas insurrectas, quando este não controlava nem podia manipular nem uma só patrulha
das milícias que destruíam ao exército de Khadafy e avançavam para Misarrata.
Enquanto, seus outros sócios reformistas denigram aos heróicos combatentes líbios, denunciando-os como
“agentes da CIA”, ou como “tropas
terrestres da OTAN” que chegaram a
Trípoli. Eles ficaram como as verdadeiras
tropas terrestres do imperialismo ao interior
do movimento operário mundial. Eles, a
“nova esquerda” socialimperialista, têm
estado até último momento sustentando a
Khadafy. E enquanto sustentavam-no,
chapinhavam em um mar de cadáveres a
mais de 50 mil que foram enterrados em
covas comuns quando foi esmagada em
fevereiro a insurreição em Trípoli por
Khadafy, sustentado por todo o
imperialismo mundial. Seu objetivo era que
os insurgentes de Bengasi e Misarrata não
chegassem ao mesmo momento a tomar
Trípoli. O imperialismo mandou a Khadafy, Trípoli: Covas comuns onde se encontraram mais de 60 mil cadáveres dos explorados
assassinados pelo regime pró-imperialista de Khadaffy
seu agente fascista, até Misarrata e
Bengasi a pôr-lhe uma pistola na cabeça
às massas para que estas se rendam ante seu outro agente “democrático”, o CNT, enquanto a OTAN com seus
bombardeios impedia que as massas chegassem a Trípoli e tentava uma saída ordenada de Khadafy do poder
em negociações com o CNT.
Agora estes lacaios do imperialismo, da esquerda socialimeprialista se “rasgam as vestiduras” pelo peso do CNT
e a OTAN, que por outra parte ainda não podem nem controlar, nem terminar de submeter às heróicas milícias
revolucionárias que já ganham as ruas de Misarrata ao grito de “fora os generais khadafystas do CNT”. Eles
apóiam aos governos de “notáveis” do Egito, ao Conselho Nacional de Transição da Tunísia e são os lacaios das
burocracias dos sindicatos do Norte da África e Europa que lhes dizem às massas insurrectas que todos se
resolve votando em Assembléias Constituintes e nos parlamentos burgueses, com os que o imperialismo tenta
estrangular e desviar as revoluções que começaram.
Outras variantes destas correntes do FSM, não menos cínicas, lhe estão dizendo às massas que é a OTAN e os
generais khadafistas passados a último momento ao CNT, os que desarmaram ao exército de Khadafy e
armaram às massas. Isto é de um cinismo que já não tem limites. Como que os políticos burgueses e os generais
contrarevolucionários que estão hoje no CNT vão armar às massas para derrotar ao governo do qual eles
mesmos eram parte, o de Khadafy, isto é, da British Petroleum, da Total francesa, isto é da OTAN e de Obama?
Faz o favor, burgueses armando operários, para que depois entrem ao outro dia a trabalhar em suas fábricas
armados. Nunca vimos tanto embelezamento da burguesia imperialista em sua fase de putrefação e decadência.
Estes sem vergonha querem fazer-lhes acreditar ao proletariado mundial que estamos no século XVII, XVIII e
XIX em que a burguesia armava aos camponeses e as massas para esmagar à nobreza. O único que arma a
burguesia nesta fase imperialista e de bancarrota do sistema capitalista mundial são bandas fascistas ou
generais “democráticos” para romper-lhe a cabeça aos operários se estes não se desarmam.
Querem fazer-lhe acreditar ao proletariado mundial que a OTAN armou às massas para combater contra Khadafy
e chamam a isto “primavera dos povos”. Assim não preparam às massas frente ao perigo de que desta vez seja
a OTAN e o CNT as que massacrem diretamente à vanguarda revolucionária pior que Khadafy, se esta não se
desarma.
Quando isto passe, isto é quando o CNT e a OTAN tentem impor a sangue e fogo o desarmamento das massas,
o proletariado mundial vai achar que aos que estão massacrando desde o CNT é à “CIA” ou a “as tropas
terrestres da OTAN”. Eles estão enchendo de veneno à classe operária mundial para que esta deixe isolados aos
heróicos combatentes de Misarrata e toda Líbia.
Atuam assim, igual ou pior que o stalinismo na guerra civil espanhola. Este acusava aos melhores combatentes
do POUM e do CNT anarquista, que combatiam no campo batalha de Catalunha, como agentes de Franco para
que sua V Coluna os massacre pelas costas. Esta vez é a esquerda do FSM e os renegados do trotskismo, que
atacando como “agentes da CIA” aos milicianos preparam o caminho para que seja o CNT quem os massacre se
não entregam as armas e que estes fiquem isolados do apoio da classe operária mundial. É a velha e pérfida
política do stalinismo de fazer passar aos ALIADOS COMO INIMIGOS E AOS INIMIGOS COMO ALIADOS.
Estas correntes opinam que há um “imperialismo democrático” que pode armar às massas para que derrubem às
autocracias, expandindo democracia, quando Obama, Sarkozy e demais açougueiros imperialistas foram os que
sustentaram, durante anos, a estas autocracias. Falam de um suposto “imperialismo democrático” quando são os
maiores açougueiros do planeta, que massacraram no Iraque e Afeganistão, e sustentam ao estado sionista-
fascista de Israel que com seus bombardeios mandou a Gaza à idade média.
Há uma santa aliança para estrangular a revolução operária e socialista na Líbia para deixar isolada a suas
heróicas massas revolucionárias. É que as lições de Líbia não podem ser generalizadas ao proletariado, nem no
Norte da África nem a nível mundial. Por que? Porque como se propunha na Comuna de Paris, a primeira grande
revolução operária de 1871, “o que tem as armas tem o pão”. A burguesia se aterroriza, e por isso manda a seus
lacaios de esquerda para que Síria não seja um novo Bengasi, que destrua ao exército e ganhe com as massas
insurrectas aos soldados rasos e que os acompanhem a combater com eles ao governo assassino do Assad,
5. nem muito menos que no Egito e na Tunísia se desarme à casta de oficiais e que se chegue tão longe como na
Líbia para lutar pelo pão.
Por isso tanta concentração de forças contrarevolucionárias na Líbia. O imperialismo utilizou a todos seus
agentes, a Khadafy e ao CNT, à esquerda pró-bolivariana e pró-CNT, todos concentrados para que Atenas,
Madri, Inglaterra e Nova York não sejam um novo Bengasi.
Os agentes do FSM, seus partidos da Nova esquerda, de ex trotskistas devindos em novos stalinistas, são os
que isolaram e cercaram a Tunísia e o Egito; os que separaram o combate da classe operária grega do resto da
Europa como hoje o estão fazendo com
Inglaterra e Espanha que se sublevam; e
agora se preparam para fazer o mesmo na
Líbia, como ontem o fizeram com a
revolução latino americana.
Todos os lacaios de Obama da esquerda
mundial se puseram no bando dos
“indignados” do estado sionista, que para
conseguir moradias no estado de Israel
declaram que há que expropriar mais terras
à nação palestina.
São lacaios da OTAN, da ONU, da Mossad
e do sionismo, os masacradores das
massas de Oriente Médio!
O CNT e a OTAN estão a ponto de expropriar a revolução operária na Líbia, porque eles submeteram à classe
operária latino americana aos bolivarianos de Chávez, Morales e demais lixo burguês do continente latino
americano, serventes do imperialismo e durante décadas ao assassino Khadafy.
Estas correntes estranham-se que a OTAN e o CNT possam manipular às massas, quando eles chamaram a
apoiar a Obama contra Bush e depois a Obama contra o Tea Party. Quando foram eles os que chamaram
“vândalos” aos operários imigrantes que se sublevavam, como nas cités de Paris ou em Londres, tratando-os
inclusive pior que a OTAN e o CNT desde seus luxuosos escritórios dos sindicatos das aristocracias e
burocracias operárias. Negaram-se a chamar a uma greve revolucionária em toda Europa e a se tomar os portos
para paralisar a maquinaria de guerra assassina da OTAN de Obama e demais açougueiros imperialistas.
Estas correntes são as responsáveis, como serventes da OTAN, que as massas líbias fiquem isoladas, cercadas
e não possam fazer-se do poder.
Mas na Líbia, revolução e contrarevolução vêem-se a cara. Apesar e na contramão de todas as direções, as
massas brigam firmemente pelo pão e não se desarmam. É necessário que o proletariado mundial mude de
direção e tire de em cima aos lacaios da burguesia, que o submetem ao imperialismo e a seus serventes das
burguesias nativas.
Uma ação decidida da classe operária da Europa e mundial destruiriam de um só golpe a tentativa de expropriar-
lhe às massas sua revolução.
Basta de jogar-lhe a culpa às massas das traições de suas direções! Abaixo o Fórum Social Mundial! Fora da
revolução líbia os traidores da aristocracia e a burocracia operária e os partidos socialimperialistas, que
liquidaram o internacionalismo proletário e renegaram de todo combate ativo para disputar-lhe, desde as ruas da
Europa e Nova York, a direção da guerra civil à OTAN e ao CNT!
A verdadeira crise e “debilidade” das massas insurrectas de Líbia e da classe operária mundial é a covardia, o
cinismo e o servilismo à burguesia das direções traidoras que estas têm a sua frente. Para conduzir uma
insurreição vitoriosa que exproprie à burguesia e expulse ao imperialismo há que pôr em pé um partido
revolucionário internacional em Líbia, em todo o Norte da África, na Europa e a nível mundial. Partido
revolucionário internacional que veja e que atue na revolução líbia, como um elo de uma só revolução socialista
no Norte da África e Oriente Médio. Revolução esta que só triunfará definitivamente se triunfa como revolução
operária e socialista no coração da besta imperialista, nos Estados Unidos, Europa e Japão.
Por uma conferência internacional das forças sãs do movimento trotskista principista e as organizações
operárias revolucionárias, sem lacaios das burguesias nativas, nem de Obama, nem das forças
contrarevolucionárias da burguesia, para centralizar, coordenar e sincronizar o combate da classe
operária do Norte da África, do Oriente Médio e da Europa, para tomar o poder.
A única “primavera dos povos” é e será a expropriação do imperialismo e os expropriadores, é a ditadura
do proletariado contra a ditadura do capital.
OU REVOLUÇÃO SOCIALISTA OU MAIS BARBARIE CAPITALISTA!
Para o triunfo da revolução socialista internacional há que lutar por refundar a IV
Internacional!
Pelos estados unidos socialistas da Europa!
Por uma federação de repúblicas operárias e socialistas do Norte da África e Oriente Médio!
SCI da FLTI
31 de Agosto de 2011