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SUPLEMENTO
                                                        ESPECIAL
                                                      28 DE DEZEMBRO DE 2011
                                               Blog: www.comitepelarefundacaoiv.blogspot.com
                                                E-mail: comitepelarefundacaoiv@yahoo.com.br

          √ O CNT, os generais khadafistas e o imperialismo
          atacam à classe operária e os explorados para
LIBIA     desarmá-los e derrotar a revolução.
          √ Na Europa e nos EUA, tomando portos, ocupando
          praças, cercando Wall Street e com a greve geral, já
          soa um grito de guerra da classe operária mundial:
             HÁ QUE LUTAR COMO NO EGITO E O NO
                     NORTE DA ÁFRICA!




                                          Basta de caluniar às massas insurrectas da Líbia!
                                         A classe operária, desde suas fábricas e com seus
                                             uniformes de trabalho: o coração das milícias



    ABAIXO O CNT SUSTENTADO COM AS
   BAIONETAS DOS OFICIAIS KHADAFISTAS
         ASSASSINOS E DA OTAN!
Por um governo provisório revolucionário da classe operária,
          as milícias e os comitês de soldados!
    POR UM COMITÊ INTERNACIONAL EM DEFESA DAS MASSAS
                   INSURRECTAS DA LÍBIA!
   HÁ QUE ROMPER O CERCO E BARRAR O MASSACRE DO IMPERIALISMO E O
         ASSASSINO AL-ASSAD CONTRA OS EXPLORADOS DA SÍRIA!

Um primeiro passo adiante:
    REALIZOU-SE UM ATO
   INTERNACIONALISTA NA
ARGENTINA EM SOLIDARIEDADE
 COM OS EXPLORADOS LIBIOS E
 SUAS ORGANIZAÇÕES DE LUTA
          ATACADAS
Declaração do Comitê Internacionalista:
20 de dezembro de 2011

  Apelo em defesa das massas insurrectas da Líbia e suas organizações operárias e
                                populares de luta
Abaixo o CNT e seu ultimato para desarmar às milícias a risco de ser atacadas pelos oficiais kadafistas sustentados pelas
baionetas da OTAN/ONU!

Hoje na Líbia o CNT, os generais                                                                                Para       desgraça      dos
kadafistas e o imperialismo atacam à                                                                            exploradores também têm
classe operária e os explorados para                                                                            saído      a     lutar    os
desarmá-los e derrotar a revolução.                                                                             trabalhadores            das
É que juntos acabam de ditar um                                                                                 potências      imperialistas,
ultimato para que as massas                                                                                     quem gritam nas ruas que
entreguem suas armas, dando um                                                                                  “há que lutar como no Egito
prazo máximo: o 20/12/2011. Todos                                                                               e todo o Norte da África”:
se unificaram para perseguir, julgar,                                                                           os trabalhadores gregos, os
encarcerar e aniquilar às massas                                                                                operários italianos ou os
insurrectas e particularmente às                                                                                “indignados” dos EUA, que
milícias operárias e populares de                                                                               lhe marcaram às massas do
Misarrata, quem, constituindo-se                                                                                mundo que seus máximos
como um verdadeiro tribunal                                                                                     inimigos são os banqueiros
popular, fizeram justiça com o                                                                                  parasitas de Wall Street. Aí
ditador Kadafy.                                                                                                 está a chave para que
                                                                                                                triunfe a revolução na Líbia,
Os explorados negam-se a desarmar-                                                                              na Síria, no Egito, toda a
se: em Trípoli mantêm ocupado o aeroporto, em Bengasi lutam nas         região e todas as lutas da classe operária dos países oprimidos,
ruas se mobilizando por dezenas de milhares contra o brutal             principalmente das massas da China que hoje entram em manobras
aumento dos preços ditado pelo CNT e em Misarrata mantêm intacto        de combate e são cruelmente massacradas pelo regime de Hu Jintao,
o fervor revolucionário das milícias operárias e populares.             com a cumplicidade de todas as direções reformistas.

Por tudo isto, desde este Comitê Internacionalista convocamos a         Convocamos a todas as organizações operárias, estudantis e
defender às milícias e o povo líbio hoje atacados pelo CNT pró-         populares combativas a tomar em suas mãos a tarefa da defesa do
imperialista e caluniados pelos bolivarianos e outros setores como      legítimo direito das massas de auto organizar-se, se armar e
Chávez, Morales, Castro e todos seus serventes da esquerda              insurrecionar-se para fazer justiça com seus verdugos. Rompamos o
reformista defensores de Khadafy, do imperialismo, acusando às          cerco do imperialismo e seus serventes! Fortaleçamos a luta
heróicas milícias de °tropas terrestres da OTAN” e “agentes da CIA” .   internacionalista da classe operária mundial! Sigamos o caminho dos
                                                                        trabalhadores e jovens que queimaram a embaixada sionista no Cairo
A classe operária líbia, que desde as fábricas tem posto em pé às       em apoio das massas palestinas e começaram a coordenar seu
milícias, saiu a defender seu legítimo direito a se manter armada,      combate com os portuários de Oakland nos EUA! Lutemos forjando a
reclamando melhores condições de vida! Por isso dizemos: Abaixo o       unidade das massas exploradas do mundo colonial e semi-colonial,
CNT sustentado com as baionetas dos oficiais kadafistas assassinos e    com a classe operária dos países imperialistas!
da OTAN/ONU! As armas não devem se entregar nem devem ser
dissolvidas as milícias! As massas líbias devem brigar por um governo   Chamamos aos operários portuários de Oakland, aos “indignados”
provisório revolucionário da classe operária e os explorados,           dos EUA e aos imigrantes que sitiam Wall Street, aos trabalhadores e
assentado em suas organizações democráticas e de luta, as milícias e    explorados da Grécia, a juventude chilena, as heróicas massas
os comitês de soldados.                                                 palestinas e às indomáveis massas do norte da África e do Oriente
                                                                        Médio, aos partidos de esquerda ou antiimperialistas, às comissões
A luta do povo líbio faz parte de uma só revolução, que percorre o      internas, corpos de delegados, sindicatos, centros de estudantes,
Norte da África e Oriente Médio. Para que ganhem as milícias devem      movimentos de desempregados e assembléias territoriais a
triunfar seus companheiros de luta da Síria, da Tunísia, do Egito, da   impulsionar juntos esta campanha anti-imperialista e uma jornada
Palestina e demais países da região. Nesse sentido, desde este          internacionalista de organização e de luta em todo mundo em
comitê convocamos a lutar para romper o cerco contra as massas da       solidariedade com as milícias da Líbia, para que os heróicos
Síria, onde o regime contra-revolucionário de Al-Assad massacra a 50    combatentes desse país derrotem o plano do governo do CNT, os
explorados por dia, enquanto a “esquerda” reformista olha para          Kadafistas e o imperialismo.
outro lado, quando mais de 50.000 soldados se passaram com suas
armas ao bando da revolução, e não devem ficar isolados.                Assembléias do Povo; Convergência Socialista; T.or.re.; Comissão de
                                                                        Trabalhadores de PATY; M.c.i.boL. (Movimento de Costureiros
Mas hoje, apesar e na contramão dessas direções reformistas, pôs-se     Imigrantes Bolivianos); Carlos Olivera (preso político, dirigente do
novamente em pé de luta do poderoso proletariado egípcio, que não       SITRAIC); Vicente Guindan (Secretário Geral SINTECT/ RS, Correios do
aceita o engano °democrático° perpetrado pela casta de oficiais de      Rio Grande do Sul, Brasil); Mateus Crespo (dirigente oposição
Mubarak, que ainda conservam o poder e seguem massacrando em            bancária do Brasil); Democracia Operária e a FLTI (Fração Leninista
Praça Tahrir. Viva o combate do Egito insurgente, verdadeiros aliados   Trotskista Internacional)
das massas líbias insurretas! Os operários têxteis marcam o caminho
de como lutar, chamando a pôr em pé “Conselhos Revolucionários          Adere: JRCL/FMR (Liga Comunista revolucionária do Japão/Fração
Populares em todas as praças do Egito, para se coordenar e atingir os   Marxista revolucionária)
objetivos da revolução”.
Contra a calunia e a traição às heroicas massas libias…

      A verdade sobre o caráter das milícias operárias e dos explorados da Líbia
Reproduzimos a seguir extratos
das respostas que deu o
revolucionário internacionalista
Yusseff     Mohammad         Al-
Arjentiny, que combateu junto
às massas líbias, no ato debate
realizado em 18 de novembro
na Faculdade de Filosofia e
Letras (na Universidade de
Buenos Aires, NdeT) em
defesa das milícias operárias
de Líbia e suas organizações
de luta:


Yusseff: Boas tardes, não estou Destacamos as opiniões do revolucionário internacionalista que mais impactaram
acostumado a usar microfone, mas                    no auditório de operários e jovens da Argentina no ato-debate:
quero saudar primeiro a todos os
companheiros que estão aqui Que sentiste ao ver a morte de Khadafy?
presentes, a todas as organizações Yusseff: Senti uma enorme felicidade ao ver o justiçamento de Khadafy. Uma honra foi para
que se acercaram e agradecer este mim poder reconhecer aos que tinham estado comigo na trincheira, os que tínhamos
exemplo      de     internacionalismo. chorado juntos, colegas com os que tínhamos compartilhado o frio da manhã, a fome do
Estou aqui para responder e para meio dia e o cansaço da noite. Para nós eles são heróis. Levantamo-nos e jogamos a nossa
tirar as dúvidas que possam chegar vida. E daríamos a vida por eles. Condenamos completamente a ação da ONU e o CNT de
a ter sobre o processo da Líbia. (…) querer julgar-los, julgar-nos, porque nos sentimos partícipes todos pela justa morte do
Aqui estamos de acordo em pôr em ditador.
pé este Comitê para defender às
milícias de Misarrata, com quem Qual é o sentimento das massas líbias com os operários e jovens palestinos?
demos uma batalha na Líbia e Y: Sempre se disse: „após Trípoli a Jerusalém‟. Foi o grito que se escutava popularmente a
agora nos estão tratando de favor das massas palestinas. Nas expressões artísticas que se vêem em todas as cidades
expropriar       o      poder      que insurrectas, desenham Khadafy levantando uma bandeira ianque, com uma estrela de
conseguimos.                            Israel, o associando com o sionismo. O reconhecem como lacaio do imperialismo.
Parece-me bem abrir este debate
agradecendo aos companheiros da Por que Misarrata é tão nomeada pelos meios burgueses como o coração da insurgência?
Democracia Obrera, porque foram a Y: Em Misarrata foram justiçados por mãos populares todos os serventes de Khadafy, todo
única organização que se animou a aquele que tinha acrescentado seu capital por estar ao lado dele. Praticamente a todos eles
dar um passo adiante, e se bem que foram acionistas do regime foram justiçados. Quanto aos soldados kadafos que foram
não se somou com companheiros abandonados, se resistiam obviamente não ficava outra que responder. Se se rendiam eram
no campo físico de batalha, fez um tomados como prisioneiros de guerra, lhos respeitava. O primeiro que faz um muçulmano é
aporte que ajudou a derrocar a lhe oferecer água, teto e comida, a um prisioneiro, de modo que em base a essas leis nos
estes lacaios ajudantes de Khadafy. baseávamos.
(…) Cheguei na Líbia quando o
exército kadafo vinha de atacar a cidade                                                barretas, paus, pedras e molotov. Em
de Bengazi, e tinha sido aniquilado pelas Y: Vivíamos na frente de batalha. nenhum momento tivemos um ataque
forças lixo da OTAN, que vieram a roubar Tínhamos um inimigo em comum que era aliado da OTAN que nos tenha salvo de
o triunfo às massas insurrectas de a ditadura deste lixo. E isto do CNT são algo. Tenho uma esquírola na cabeça e
Bengazi. Estas tinham resistido não coisas que se escuta quando sai de Líbia, três espalhadas pelo corpo, porque me
somente um mês, senão que tinham porque na Líbia não tinha peso, não tinha estourou uma bomba RPG suportada por
resistido os três dias de ataque deste uma instituição ou uma pessoa que o um tanque de Kadafy e da imundícia da
exército,     e    com     segurança     se representasse. Não tinha alguém que nos OTAN escutavam-se seus aviões inúteis.
continuavam resistindo o iam derrotar.        mandasse. Era totalmente anárquico, era Mas em nenhum momento por sorte
Os imundos da OTAN saíram por todos uma organização em base ao caos, não meteram-se e roubaram-nos o triunfo. Foi
os lados a dizer “nós libertamos Bengazi, tinha uma figura, um organismo, nem tudo               graças      ao     sangue      dos
libertamos Bengazi” e se levaram o sequer um edifício que represente a este companheiros, ao esforço e ao suor
triunfo das massas. Em fevereiro também CNT tão nomeado, que posteriormente deles. A participação que teve a OTAN foi
se esmagava uma terrível insurreição em tenta se roubar a revolução das massas somente até aqui, para expropriar a
Trípoli. Insurreição totalmente organizada líbias. Não tinha nenhuma relação com revolução.
de massas que queimam uma instituição essa gente porque não a víamos no Um episódio. Começada a revolução
do estado bastante importante, lhos combate. Todo o que faziam era por fora.            para 2 meses e meio, tínhamos
massacram com balas antiaéreas. Uma                                                     expropriado ao redor de 40 tanques.
população         bastante      organizada, Que papel teve a OTAN na frente de Tínhamos disposto esses tanques no
ajudando-se entre si. Toda a produção, já batalha?                                      deserto para entrar diretamente à cidade
seja de combustível, comida e demais,                                                   de Brega -a segunda após Bengazi- indo
era para as milícias. A vanguarda estava      Y: Posso-me dar o gosto e o luxo de para o oeste. Estávamos dispostos a
totalmente apoiada na retaguarda, que afirmar que em toda nossa luta, todas as entrar a Brega, a seguir até Sirte, avariar
eram as mães que mandavam a seus balas que atiramos saíram de nossos o exército aí, unir com as massas
filhos às milícias, ou o trabalhador que fuzis, jamais brigou nenhum soldado insurrectas de Misarrata para, por fim,
não se animava a pegar numa arma, mas estrangeiro,           nem     americano,    nem entrar a Trípoli e libertar aos que estavam
não tinha nenhum problema de trabalhar francês, nem inglês a nosso lado. Todas na clandestinidade porque tinham sido
oito horas para estar ao serviço das as armas como esta, que lha trago para massacrados.
milícias. Tudo isto rompe com essa que a vejam, ou a baioneta russa, lha A OTAN deu-se o luxo de desconhecer
mentira de que somos da OTAN, que nos sacamos a um soldado que lhe esses tanques, ou de reconhecer que
suja e se caga no sangue de todos os quebramos a cabeça, porque ninguém eram do povo e esmagá-los. Esmagaram
que morreram ao lado meu. Abro o nos atirou rifles pelos aviões, nem nada, todos os tanques com milicianos dentro,
debate disposto a contestar o que (aplausos) Não tínhamos armas de última a infantaria que eram as forças de atrás
perguntem.                                    geração, tínhamos rifles kalashnikov, AK- foram bastante golpeadas. Essa era a
                                              47, que são do ano 47. Com isso nos participação que teve a OTAN na
Qual era a relação que tinham as milícias defendíamos           do       exército     e insurreição, e como pouco a pouco com
com o CNT?                                    expropriávamos. Ao princípio com suas bombas se foi roubando ou
facilitando o roubo desta revolução e
desta insurreição.
                                                              Qual é o setor mais rebelde das massas líbias?
                                                 Y: As massas mais rebeldes -ou que desconhecem ao CNT- são as massas de
Qual foi a sensação dos milicianos               Misarrata porque seu triunfo não foi expropriado por ninguém, não caiu nenhuma
quando tiveram as primeiras notícias de          bomba da OTAN que ajudou a romper os tanques kadafos, os romperam as
que     a   OTAN   estava    intervindo          massas num princípio com as barretas e as molotov. São as milícias que estão
militarmente?                                    hoje desconhecendo ao CNT e não as podem desarmar, porque sabem que se vai
                                                 produzir um derrocamento. Há que entender que são massas muçulmanas que
Y: sabe-se que tinha medo em setores de          estão influenciadas também por sua religião. E com todo este tipo de artimanhas e
base quando atacava Khadafy. Tinha               enganos acho que o CNT tem conseguido parcialmente impor este tipo de
uma retaguarda que estava muito                  estabilidade.
assustada, teve muitos que escaparam
para Egito quando vinha o exército do
ditador lixo. Essas pessoas que se
escaparam para Egito e que não
puderam presenciar a frente de batalha
porque não se animavam ou porque não
o viam, foram as que em algum momento
levantaram uma que outra bandeira de
França, acho que pode ter sido visto pela
televisão, foi uma minoria. Em sua
grande maioria sabia-se que se algum
lixo da OTAN pisava território líbio não                           O chacal Khadafy ataca os insurgêntes em Trípoli
iam ter a menor dúvida -e estou falando
das milícias- de lhe voar a cabeça ao           Uma anedota: Tinha um geral ex                 Chegar a um país o qual me tinha
invasor, porque não permitiriam jamais          kafdafista, mão direita de Kadafi em           vendido por todos os meios e por meio da
que uma situação como a de Iraque ou            frente a todas as repressões, e um líder       bandeira vermelha e demais, que era um
Afeganistão se repita.                          militar que esteve os últimos 40 anos          país socialista, um país igualitário, um
                                                junto a Kadafi. Impedia o avanço das           país onde todos cobravam por igual; e a
                                                milícias, constantemente punha travas,         miséria que se via aos olhos, que foi o
Por que disse que a relação do CNT com          ou as desgastava. As fazia avançar,            que explique recém, esgotos estourados
a milícia é praticamente nula, porque se        perder companheiros e retroceder. Esse         e demais, a miséria quanto às pessoas
uma força militar não conta com o CNT           general ex kadafista foi justiçado por um      que não tinham para comer. E, uma
como se abastece?                               setor das milícias. Imediatamente após         diferença entre os que estavam sócios ao
                                                isso as milícias avançaram com todo seu        governo e os trabalhadores, acho que
Y: O CNT pode impor seu poder, quando           poder, e obviamente com algumas                esse foi o motor inicial que me
se meteu a Trípoli. Eles expropriam -por        perdas, mas puderam impor sua marcha           impulsionou a participar.
dizer de alguma maneira- o levantamento         até as portas de Sirte.
de Trípoli. Foi algo bastante organizado.                                                      Foi o que você viu?
Estávamos resistindo em Misarrata, daí          Qual é a percentagem de milicianos
passamos a Zliten que ficava bastante           internacionalistas foram a lutar aí e qual é   Y: Foi o que eu vivi, e experimentei. Na
perto de Trípoli, e de um dia para o outro      o grau de discussão política que há            frente de batalha às vezes comíamos
as milícias do leste entram a Trípoli. E        dentro das mesmas milícias? Discute-se         bem e às vezes nos faziam um molho
quando começamos a avançar porque o             a idéia de expropriar, de tomar o poder        aguado com feijão e algo de pão. Então
exército tinha deixado de assediar-nos,         ou defender a revolução que está em            isso dá conta também do nível de vida
demos conta que não tinha exército, que         curso?                                         neste país, que faz um poço com uma pá
tinha desaparecido. Em esses 150                                                               e sai petróleo, mas tem gente morrendo
quilômetros       não     tinha      nenhum     Y: Podemos nomear palestinos, não sei o        de fome.
acampamento         de     guerra.     Tinha    número. Teve muitos egípcios, não eram
escaramuças isoladas. O exército junto          uma grande maioria, mas estiveram na           Qual é o papel que jogaram os
com a OTAN tinha ajudado a tirar a              frente ou em a retaguarda. Na retaguarda       trabalhadores, concretamente como setor
Kadafi da Líbia em um comboio                   também tinha muitos filipinos, bósnios e       social, e se ficou algum saldo
totalmente armado, algo que se a OTAN           demais que colaboraram também com as           organizativo além das milícias, como
estava realmente disposta a destruir o          milícias. Estive uma tarde intera falando      organizações operárias?
tivesse visto desde o ar, porque são            com um que dirigia um antiaéreo, numa
capazes de me ver a mim, não vão ver            destas camionetas expropriadas. Se             Y: Tinha uma ditadura onde todo tipo de
um comboio escoltado por este                   solidarizava de maneira profunda com a         organização operária ou de qualquer tipo
armamento de guerra que nos esteve              causa Líbia e associava-a com a causa          estava totalmente proibida, por mais que
assediando mais de dois meses em                palestina.                                     fora em nome da revolução. Se não
Misarrata?                                      O tema da expropriação e desconhecer           passava pelo governo e era aprovada
Então fazemos nossa entrada triunfal a          as autoridades impostas se falavam             pelo lixo do ditador era óbvio que ia ser
Trípoli,   onde      encontramos       pouca    sempre. No tempo que eu estive o               massacrada. É algo novo isto dos
resistência, mas não encontramos a              objetivo era massacrar à cabeça do             sindicatos e demais, após 40 anos de
cabeça do ditador. É aí onde nos                ditador. Sabia-se que não se lhe ia a          ditadura. As milícias estavam compostas
enganam, como muitas vezes. Mandam-             entregar à OTAN, nem a Haia, nem ao            por trabalhadores. Colegas meus eram
nos a Sirte, onde se produz um grande           CNT. O que capturasse a Kadafi lhe             taxistas,     operários,      mecânicos,
desgaste da milícia. Assim fica livre um        metia três tiros na cabeça no mínimo, e        metalúrgicos, motoristas de caminhões
setor de Trípoli, o setor das instituições, e   isso era vox populi, se falava sempre. No      em nas petroleiras, trabalhadores das
se fazem das casas dos oficiais ex              momento em que as insurreições                 boca de poço (de petróleo, NdeT), o
kadafistas que tratam de legitimar a            começaram e estiveram bastante duras,          denotam as mãos que podem ser visto
autoridade do CNT por meio destes lixos         toda a produção se expropriou e se pôs         nas fotos.
que dizem ser renegados do kadafismo            em solidariedade com as massas e os            Isto das organizações é algo novo, se
mas terminam sendo exatamente o                 colaboradores. De modo que é óbvio que         tinha começado a impulsionar o
mesmo. (…)                                      a discussão de expropriar e de produzir        movimento de sindicatos, não sei se o
Falando com os companheiros de Trípoli          para o povo sempre esteve.                     chamar assim... seria um grupo
e Bengazi nestes últimos dias, se bem o                                                        representante da classe trabalhadora. De
contato telefônico é pouco e as palavras        Que idades tinham os milicianos e o que        modo que isso ficou em construção.
que usamos por uma questão de                   te moveu para ser parte das milícias?          Obviamente tinha um objetivo primordial
segurança não são muito fluídas, poderia                                                       que era derrocar ao ditador e terminar
dar conta de que estão ocorrendo                Y: Nosso grupo de milicianos se auto-          com esta ditadura de fome e as milícias e
confrontos militares, e que em base a           denominava “a revolução de 17 de               os que as integrávamos, de alguma
isso estão tentando captar com o engano         fevereiro dos jovens”, porque foi uma          forma -com o fuzil- expressávamos os
de que se unam ao novo exército                 revolução impulsionada por jovens, entre       interesses dessa classe.
nacional. Mas há uma grande quantidade          17 anos e 27 em sua maioria.
de pessoas que estão vendo e fazendo a          Obviamente tinha gente grande, mas com         Como se comunicavam entre vocês?
experiência de que o CNT não é melhor           maioria de jovens.
que Kadafi, é igual ou pior.
Y: A tecnologia que utilizava o inimigo era   Y: As massas estavam
comunicação por rádio walkie-talkie e se      totalmente a disposição
foram expropriando esses instrument os        das milícias, bem como
e começamos a nos comunicar mais. No          os hospitais operavam
começo era espontâneo e netamente             totalmente grátis, de vez
anárquico, não tinha uma comunicação          em quando cruzava um
nem uma organização entre nós. À              caminhão de Egito que
medida que fomos expropriando a               mandava insumos, e era
tecnologia ao exército fomos nos              o que se punha a
armando e nos organizando melhor.             disposição das massas.
Muitas das camionetes que expropriamos        Se se te inflamava o
da ditadura, que parecem ser Toyota, são      apêndice podias ir ao
camionetes chinesas que o ditador tinha       hospital, e se te atendia.
pactuado entregar com facilidades a todo      Era bastante fraterno e solidário o acionar   semanas, justo quando a Khadafy o
aquele que tivesse nascido na data do         da retaguarda das massas com a                estavam assassinando, o governo de Evo
aniversário     de      sua      revolução.   vanguarda que eram as milícias.               Morales estava a ponto de ser derrocado
Camionetes que o povo não quis e              Nosso treinamento eram as batalhas, a         justamente pelo combate das massas
recusou, ficando varadas nos portos.          vitória e a derrota da cada dia. Com          dos T.I.P.N.I.S. Lá na Líbia, reconhece-se
Quando estoura a insurreição o primeiro       gente que luta primeira vez via ou tomava     à esquerda traidora, ao FSM e aos
que fazem as massas é buscar um meio          um fuzil em suas mãos, e que enchia de        verdugos da classe operária de hoje em
de mobilidade rápido. Imediatamente           balas um carregador. E pela primeira vez      dia? Conhecem-se entre as milícias, os
expropriam estas camionetes e junto com       via o efeito que esse fuzil causava em        cidadãos de Misarrata, da Líbia, do
os metalúrgicos e os soldados de base,        outra pessoa, isso era bastante chocante.     Egito? Que estão fazendo para poder
começaram a armá-las para pôr ao              Não tínhamos treinamento militar, era         estrangular a esses caras?
serviço das milícias e da insurreição.        imitar simplesmente ao que mais valor
                                              tinha. Ao que se cruzava a corrente de        Y: Em primeiro lugar um aplauso para o
No momento da captura de Khadafy              balas ao pescoço e avançava. E tomar          companheiro e para a luta dos
escutam-se vozes falando em espanhol          um pouco a experiência dos soldados de        companheiros        bolivianos.     Nas
tinha latino-americanos?                      base que se tinham passado às milícias.       expressões artísticas que se vêem em
                                                                                            todas as cidades insurrectas, lho
Y: Não tenho conhecimento. Pôde ter           As mulheres que papel cumpriram?              desenha a Kadafi levantando uma
sido um jornalista, ou bem algum com                                                        bandeira ianque, com uma estrela de
dupla nacionalidade, ou algum latino-         Y: A mulher cumpria um papel de               Israel, o associando com o sionismo.
americano, que em grande gesto de             retaguarda,     repartiam    alimentos.       Reconhece-lho      como      lacaio  do
internacionalismo teria ido em apoio das      Conseguiu-se -pese a todas as restrições      imperialismo. Não se fala do FSM e
massas insurrectas. Mas o que pude            do culto muçulmano- conformar um grupo        demais, mas se tem em conta que tanto
escutar é que falavam árabe.                  de mulheres que se armaram para a             ele como Ben Ali, como Hosni Mubarak,
                                              auto-defesa porque os soldados kadafos        como Al-Assad, inclusive a ditadura do
A morte de Khadafy foi coordenada com         vinham e as violavam. Assim lhes              Irão, lhos reconhece como inimigos ao
a OTAN? isso é verdadeiro?                    entregávamos armas para que pudessem          processo insurrecional.
                                              ser defender.
Y: Não sei por qual meio terá saído. O                                                      Quando se lhes terminavam               as
que sim escutei é que a OTAN se               Como era o bunquer de Kadafi?                 munições, Como lhas arranjavam?
adjudica essa vitória. E sai o lixo de
Obama a reivindicá-la. Depois começam         Y: Tinha um muro de aproximadamente 3         Y: Numa guerra é o mais catastrófico.
a sair os vídeos na internet de que tinham    ou 4 metros, ao que não lhe passavam as       Nosso nível de organização estava quase
sido as massas, os que o justiçaram e         balas de fuzil semi-automático. Tinham        sempre baseado na poupança de
levantaram a cabeça de Khadafy. Acho          fossas onde encontramos colegas               munições. Nenhum festejo ao ar, isso
que ao não poder sustentar essa mentira       fuzilados e colegas aprisionados, presos      significava menos trinta mortos. Teve
enorme de que eles tinham participado         políticos. Tinham grandes armazenes de        momentos nos que os fuzis kalashnikov,
na morte de Kadafi, é que saem a              armas, e contava com um bairro de             porque tinha desabastecimento de balas
condenar aos meus companheiros que            privilegiados, com televisores e todas as     762 ou 31, ficaram sem balas. Salvaram-
pude ver nos vídeos e que reconheci.          comodidades      de    um     lacaio   do     nos os antiaéreos e as balas de FAL que
Saem a buscar a cabeça destes                 imperialismo e os colaboradores do            tinha nos quartéis de Bengazi, e que
companheiros que tinham justiçado por         regime que viviam junto ao ditador.           puderam ser transladado a Misarrata.
mão própria ao ditador lixo. Desminto         Estava a carpa do ditador. Encontramos        Previa-se e tratava-se de fazer uma
totalmente que a OTAN tenha sido              a metralhadora do ditador banhada em          ofensiva para tirar-lhas ao exército ou aos
partícipe desta ação, e acho que o            ouro. Via-se totalmente refletido o           soldados caídos. Mas conquanto ficamos
desmentem os fatos, porque se tivessem        “socialismo”, a sociedade que pretendia       curtos de balas, não estivemos sem
sido participes não estariam condenado        Kadafi e o que mostrava aos demais era        balas. Antes de ser pegos pelo inimigo
àqueles que justamente o fuzilaram.           totalmente uma farsa, era a máxima            quem nos dirigia levava uma granada
                                              expressão da mentira.                         consigo, preferia morrer antes de cair em
Como      faziam  para     combater?                                                        mãos do lixo.
Compartilhavam     a      tecnologia?         Que vão fazer com as milícias?
Funcionavam os hospitais? Que faziam                                                        Que discussões políticas tinha nas
as massas?                                    Y: A última notícia que tive dos              milícias? Falava-se de como seguir a
                                              companheiros, bastante novas, é que           luta?
                                                      estão tratando de cooptá-los
                                                      para o exército nacional do           Y: As discussões eram em condições e
    Estiveste em algum combate junto a                CNT. Esperemos que não o              em qualidade de milícias, eram forças
                    um amigo?                         possam conseguir. São 9               totalmente precárias. Em quanto as
                                                      meses de guerra, estão                discussões a futuro deram-se em algum
  Y: Quando chego a Misarrata conheço a um            totalmente cansados da briga          momento, vivíamos no dia a dia.
  letrado, um pensador da esquerda, um quadro         constante, incessante e com           Lamentavelmente o primeiro que se
  militante. Tinha viajado a Ucrânia para             fome. E tendo em conta a falta        tentava fazer era sacar ao ditador, porque
  conhecer os inícios e as raízes de Trotsky.         de um Partido Revolucionário          sabíamos que como conseqüência se
  Começou sendo castrista e depois fez-se             forte na Líbia, temos que pôr         retirava a OTAN e deixaria de custodiar o
  trotskista. Tinha muitíssima clareza na frente de   em pé imediatamente este              céu líbio. Eram as discussões políticas
  batalha e na retaguarda. E no político, com ele     Comitê em Defesa das massas           que estavam à ordem do dia. Sempre se
  compartilhei muitas discussões, e muitas            insurrectas de Misarrata e            falou da solidariedade com a Tunísia e o
  batalhas. Lamentavelmente se martirizou, caiu       Líbia, para que não possam            Egito, e sobretudo com as massas
  nos campos de batalha. Esperemos que esta           ser enganadas e atacadas.             insurrectas da Palestina. A idéia era
  proclama internacionalista e este Comitê que                                              formar algo que pudesse solidarizar-se
  estamos impulsionando sirva para vingar a           René: Pertenço ao Movimento           com todos os movimentos que estavam
  morte e o sangue de meu colega. Já demos um         de    Costureiros    Imigrantes       no norte da África e Oriente Médio.
  primeiro passo adiante, e com a cabeça de           Bolivianos,   e    faz    umas
  Khadafy o pudemos fazer.
EM 18 DE NOVEMBRO, NO BUENOS AIRES – ARGENTINA, REALIZOU-SE:
         O ATO “EM DEFESA DAS MASSAS INSURRETAS DA LÍBIA E SUAS
                             ORGANIZAÇÕES”




                    Representantes das organizações que convocaram ao ato em defesa das massas líbias


“A manutenção das armas em poder do povo é a única garantia de que avance a revolução. Há que unir a
todos os que estamos dispostos a defender este direito elementar! Para isso há que começar por
defender aos milicianos que justiçaram ao ditador, perseguidos pelo governo, que cumpre as ordens da
OTAN.”

Reproduzimos a seguir um fragmento da reportagem a Yusseff Mohammad a Al-Arjentiny, depois do ato-debate em Defesa
das massas insurrectas de Líbia e suas organizações operárias e populares de luta.

Que passou com a ofensiva sobre Sirte para acabar com Kadafi?
Y: Os imperialistas não queriam que as milícias executassem ao ditador. Estavam negociando sua retirada. Em última
instancia, queriam ser eles os que aparecessem derrotando a Kadafi. No entanto ali, como em muitas batalhas, os milicianos
superaram o cerco imperialista e avançaram sobre os objetivos. Ademais quero-te dizer outra coisa: tinha muita clareza em
todo o povo em relação ao que tinha que fazer com Kadafi. Todos diziam: Jamais entregar a Kadafi! Por isso, os que o
justiçaram são considerados heróis pela maioria da população. Não é casualidade que o governo e o imperialismo tenham
questionado a execução, atacando aos milicianos que a cumpriram. Por isso a grande tarefa de agora é os defender,
impedir que os julguem e punam, defender ao povo em armas!

Como funcionavam as milícias e os setores que controlavam?
Y: As empresas estavam nas mãos dos trabalhadores e o povo. Todo o que se expropriava se repartia em partes iguais
entre todos; o alimento, o petróleo, o pão, a água, controlado por comitês de trabalhadores e o povo. Eu um tempo cumpri
essa função na retaguarda junto com os comitês.
Os que brigávamos comíamos uma espécie de “molho” onde molhávamos o pão e sobre o qual flutuavam uns feijão.
Quando ganhávamos uma posição que tinha pertencido ao inimigo ou entrávamos nos bairros dos militares (a maioria vivia
muito bem) repartíamos a melhor comida que encontrávamos.
As milícias, além de organizar a vida e repartir as mercadorias, garantiam a aplicação de justiça. Aos setores mais unidos ao
poder, aos mais corruptos e sanguinários, diretamente passava-lhos pelas armas. Aos mais recatáveis, tratava-lhos de
somar às forças da resistência. Misarrata é uma cidade muito combativa porque a diferença de outras localidades, ali
executou-se praticamente todos os setores relacionados à ditadura. A justiça popular foi exemplificadora e saudável.

Qual era a imagem de Kadafi entre a população?
Y: O discurso com o que assume Khadafy, em seus primeiros anos, é “antiimperialista” de um regime que vai trazer
“igualdade para todos”. Que a gente de maior idade reivindique isso e que os jovens o odeiem por fazer todo o contrário,
acho que mostra a consciência antiimperialista do povo líbio.
Pelo que me contam caiu muito mau o alinhamento com Bush para apoiar a guerra contra Iraque e Afeganistão. Também
era mau vista a política do governo de condescendência com os sionistas. Na Líbia há uma grande consciência antisionista,
não antijudía, porque a gente diferencia com clareza a religião judia da política que leva adiante o estado de Israel. Lá
reivindicam muito aos palestinos por sua luta, como também aos trabalhadores e o povo de Egito e Tunísia, que vêm de
derrotar suas ditaduras.

Que perspectiva vê a população na Líbia?
Y: Pelo que eu entendo não se fala nem de eleições nem de coisas parecidas. Também não tem-se muita clareza em
relação às políticas que teria que aplicar. O que sim a absoluta maioria dos trabalhadores e o povo não quer deixar as
armas, porque entende que é a melhor maneira de defender seus direitos. A única garantia de que não os passem por cima.
A muitos milicianos e à gente do povo custou-lhe muitíssimo conseguir um arma para defender-se, às vezes eram
assassinados três trabalhadores tentando ter um rifle. Para eles não é só um arma de luta, é sangue que não querem
entregar.
Isto é muito importante e há que o defender, em todo mundo, impedindo que desde o governo e o imperialismo
desmobilizem às milícias. Há uma campanha internacional de isolamento do povo armado, montada por setores políticos
que se denominam de esquerda, mas que nos fatos trabalham em equipe com o governo do CNT e a OTAN: o isolamento
lhes permitirá a estes últimos passar à ofensiva militar sobre os milicianos.
A manutenção das armas em poder do povo é a única garantia de que avance a revolução. Há que unir a todos os que
estamos dispostos a defender este direito elementar! Para isso há que começar por defender aos milicianos que justiçaram
ao ditador, perseguidos pelo governo, que cumpre as ordens da OTAN. Em esse sentido, já teve mobilizações em Bengazi.
Extrato da intervenção do companheiro do Secretariado de Coordenação Internacional da FLTI

"Há uma discussão apaixonante na esquerda mundial, que             (…) Há alguns que dizem que as milícias eram agentes da
pede DNA às milícias. Análise de sangue para ver até onde          OTAN desde Bengasi. Outros dizem desde que avançaram a
estão contaminadas pelo CNT e a OTAN. Quem pede essa               Misarrata. Ouvi a um imbecil dizer que a Royal Air Force
análise de sangue às milícias de Bengasi e Misarrata? A            marcou o objetivo às milícias de onde estava Khadafy. Mas
esquerda européia e mundial que jamais falou que tinham que        Khadafy saiu de Trípoli com um Comboio de 2 mil soldados, 50
fazer nem Misarrata, nem Egito, nem Tunísia. E, que muito          caminhões, 45 tanques e foi acomodar-se em Sirte. Como vai
menos propôs que para conseguir o pão na Europa, parar o           marcar o objetivo a OTAN amiga de Khadafy, às milícias de
ataque na Grécia tinha que fazer uma revolução, derrotar ao        onde estava Khadafy, se o sacaram os assessores de Bush, do
exército da Espanha, ao exército de Sarkozy, ao exército de        Partido Republicano e da CIA? Sacaram a Khadafy e
Obama e fazer-se do poder, e desorganizar ao exército, fazer       mandaram para Sirte, enquanto a burguesia do CNT negociava
insurreições, e fazer revoluções.                                  com a burguesia de Sirte como iam fazer os negócios, sobre a
Não teve uma só corrente da esquerda européia, no meio do          base de que a Khadafy o entregava o imperialismo, como faz
maior ataque da história à classe operária européia, que tenha     todo burguês, porque Khadafy não lhe servia mais para manter
dito que tinham que fazer insurreições, se armar, para             os negócios na Líbia. Tinham lembrado que a Khadafy o
conquistar o pão. Essa é a esquerda que chamou a parar o           mandavam ao tribunal da Haya, e estavam discutindo, com a
ataque dos capitalistas pressionando para que “morigerem o         burguesia de Sirte, como somavam ao CNT a 40 membros da
ataque” na Europa. Ou vamos esquecer que essa era a                burguesia de Sirte. Iam ampliar o CNT de 40 a 80 membros. E
política. Que não tinha condições para fazer uma revolução na      quando passava isso matam a Khadafy. Festeja Obama. Ria-se
Grécia. Que tinha que apoiar a Papandreu e o pressionar para       a Clinton. Chorava de alegria supostamente Sarkozy.
que nos de aumento de salário. Líbia, Egito e Tunísia              Ao outro dia aparece o vídeo. Vocês imaginam um míssil da
demonstraram-lhe ao reformismo da esquerda mundial como            OTAN contra uma camioneta de Khadafy? Um míssil? Alguém
se consegue o pão. Derrotando aos Sarkozy, fazendo voar a          sabe o que faz um míssil quando bate num corpo? Khadafy não
cabeça da rainha de Inglaterra, esse é Mubarak, esse é             estava morto, estava vivo. Tinham-no as milícias de Misarrata.
Khadafy, esse é Ben Alí. E isso fizeram as massas do Egito, da     Eram as massas que lhe diziam cachorro, que em árabe, no
Tunísia e da Líbia, e agora a esquerda reformista diz “mas         mundo muçulmano cachorro é o pior insulto. Cachorro, por
esteve o CNT”, “se meteu a OTAN”; mas por que não foram as         meus filhos! Te mato porque se entravas em Misarrata matavas
brigadas operárias da França, da Itália, da Espanha        para    aos meus.
Bengasi a combater com os companheiros? Vêm a pedir DNA?           Inesperadamente a Clinton deixou de festejar, Obama deixou
Se o Partido Anticapitalista francês tem 10 mil, 20 mil            de festejar, Sarkozy deixou de festejar, todo mundo dizendo
militantes; se o SWP move 50 mil nas ruas de Londres. Por que      “que vão presas as milícias de Misarrata”.
não fizeram brigadas, como fez individualmente o companheiro,      Que significa isto? Que lhe expropriaram toda a revolução que
para ir combater e sacar às massas da influência do CNT?”          fizeram as massas. Mas o que não lhe puderam expropriar são
(..)Khadafy foi o maior representante do imperialismo, na Líbia    duas coisas: Primeiro, a cabeça de Khadafy. Na praça de
e no Norte da África. Nossos colegas de Zimbábue são               Misarrata joga-se futebol e todos dizem que são “Messi” com a
testemunhas. A Khadafy pagavam-lhe Itália e França com 500         cabeça de Khadafy. É o triunfo das massas que não lho
dólares por cada escravo operário negro que passava a              tiraram. Segundo, é o problema que vão ter que desarmar às
trabalhar pelo Mediterrâneo e por Líbia. Era um tratante de        massas.
escravos de operários de cor da África do Sul, Zimbábue, de        Lhe expropriaram a revolução, mas não a cabeça de Khadafy e
Ruanda e do Congo e mandava-os a trabalhar na Europa. E a          a luta segue aberta, entre o CNT e os generais khadafistas,
burguesia imperialista da Fiat, da ENI Italiana que tinha a        que inclusive tentaram comprar a um setor das milícias. Por
maioria das empresas petroleiras na Líbia, lhe pagavam uma         isso as milícias têm que voltar ao povo que lhes deu origem. O
comissão pelos operários negros da África. Era um tratante de      caminhoneiro tem que voltar a dirigir; o operário petroleiro tem
escravos do Norte da África. E um setor da esquerda vem-nos        que voltar a produzir nas petroleiras; o operário do porto tem
dizer que era antiimperialista. Antiimperialista porra nenhuma.    que pôr a funcionar o porto; o taxista tem que voltar ao táxi,
10 mil milhões de dólares na FIAT tinha Khadafy, 35 mil            mas todos com o fuzil atrás. Isto é, como se salvam as
milhões de dólares na British Petroleum, nas transacionais         milícias? Como fazemos que o CNT não a coopte? Muito
imperialistas. E, onde estava a burguesia líbia? A burguesia       singelo. Sem entregar as armas, fazendo comitês de
líbia estava toda com Khadafy. Ou a burguesia líbia foi            trabalhadores das petroleiras, do porto, para que a classe
opositora a Khadafy? Estavam todos com Khadafy. Por isso           operária se faça do poder e liberte a Líbia junto com seus
quando se levantam as massas a burguesia foge e em                 irmãos do Norte da África e a Europa”.
Misarrata se vingou aos comuneiros de Paris. Não ficou um só
burguês vivo em Misarrata. (APLAUSOS)

 Extrato da intervenção do companheiro               Intervenção de David Soria da Comissão de Trabalhadores de
 Walter Montoya de Democracia Obrera                                             Paty
“A conformação desta comissão é um passo           “Companheiras e companheiros, trazemos o saúdo dos trabalhadores da carne, da
adiante. Não só para as massas insurrectas da      Argentina. A questão da Líbia para nós é parte da luta única dos trabalhadores em
Líbia e suas organizações de combate, senão        geral e os povos contra a opressão, contra a fome, a miséria que provoca o sistema
também para toda essa corrente de revoluções       capitalista. Isso lhe dá pavor, não somente a nível internacional aos grupos
do Norte da África e Oriente Médio que estão       econômicos senão a seus sócios locais, a patronal, as burocracias, enquanto há
sacudindo a Europa e o resto do mundo.             alguns que perderam a pipa, são os que choram hoje a morte de Khadafy, os órfãos
Estamos reunidos aqui para pôr em pé, ainda        e suas viúvas.
que alguns stalinistas não gostem, ainda que ao    O que queremos deixar claro é que a ação de hoje em defesa das milícias é parte da
FSM (Fórum Social Mundial, NdeT) não goste,        briga pelo desprocessamento e pela liberdade de todos os trabalhadores. Os presos
                                                   de Guantánamo, os estudantes chilenos e na Líbia não nos esqueçamos que
de um comitê internacional para defender às
                                                   Khadafy prestava seus cárceres para a CIA. Por isso nós estamos a favor deste
massas insurrectas e para defender às
                                                   comitê”.
organizações operárias e de luta da Líbia.         (…) “Desde a comissão interna de Paty, o aporte que devemos fazer a nosso
Porque queremos que o enorme processo              critério, -já que com o aporte dos colegas tanto da mesa, como também os
revolucionário que começou triunfe, não só no      esclarecimentos que tem feito o colega Yuseff- a nós em relação à parte que nos
Norte da África senão no coração da besta          toca como organização com responsabilidade ante a classe trabalhadora, é que
imperialista. Por isso saudamos e fazemos          temos que fazer e de que tem que servir isto. A campanha não é a luta pela unidade
nosso o combate de nossos irmãos que               entre aparelhos, a campanha a temos que levar à classe companheiros. Às
combatem em Oakland e em Wall Street, em           faculdades, às oficinas, aos colégios, hospitais e às fábricas. Aí é onde lhes temos
Tóquio, em Madri, em Roma, e em Atenas”.           que dar a batalha a estas correntes, porque aí é onde têm que render contas. Mais
“Alguns escrevas do FSM propunham que tinha        dois aspectos companheiros: Um é a questão política e o outro é a mesma que há
um passeio democrático no Norte da África. E       pela liberdade dos presos na Argentina e para que se ponha de pé um Congresso
aqui o que tem é um inferno, de sofrimentos e      de trabalhadores empregados, desempregados e estudantes em luta com mandato
padecimentos inauditos das massas e uma            da base. É parte do mesmo. Se lutamos e empurramos por isso à classe, vamos
resposta: a revolução e a guerra, porque não       romper o isolamento da milícia e de todos os que lutam: os estudantes chilenos, os
ficou outro caminho para lutar pelo pão, pelo      operários portuários de Oakland, etc. Por isso há que a levar companheiros -e
trabalho e pela independência nacional. A luta é   voltamos a remarcarlo- à base, aos estudantes. E já começamos hoje!
por comer”. (…) “Aí estão novamente hoje no        Aos que dizem que os milicianos são “assassinos” lhes demonstramos, que esses
                                                   mesmos que dizem “assassinos” se calaram durante 42 anos quando Khadafy
Egito, milhares e milhares de trabalhadores nas
                                                   massacrava ao povo líbio. E temos que dizer isto. Que se parecem à burocracia
ruas, combatendo ao regime dos generais de
                                                   sindical que se calava quando os companheiros ficavam desempregados, quando
Mubarak, tão assassinos como Mubarak, que          nos rebaixavam o salário. Temos que ir à classe. Esse é o desafio que temos!”
roubaram a luta das massas”.
Extrato da intervenção do companheiro Juan Carlos Beica da Convergência Socialista

“Companheiros e companheiras, antes de falar trago um saúdo         brigam a direção, sabem fazê-lo melhor que muitos de nós.
do colega Carlos Olivera, preso político -agora em dezembro se      Mas essencialmente porque têm tido o apoio organizado e
cumprem dois anos de seu encarceramento- do regime                  sistemático de um setor da esquerda mundial, em primeiro
kirchnerista. O colega queria estar aqui com vocês, e vê com        lugar Castro e Chávez que fizeram todo o tido e por ter para
muita simpatia o que esta sucedendo”.                               isolar às milícias de Misrata e aos milicianos rebeldes que iam
 (…) “A cada vez que ocorrem fatos violentos, fatos muito           por mais e que os imperialistas sabiam que iam por mais”.
duros, como o justiçamento de Kadafy, estão os que se põem          (…) “Mas o pior do caso não é Castro e Chávez, que os que
de um lado e os que se põem do outro. O mérito do Comitê            estamos aqui muitos sabemos o papel que jogam, o pior do
Internacionalista que estamos tratando de armar é que nos           caso são aqueles que se dizem trotskistas capitularam a Castro
localizarmos com clareza do lado do povo armado da Líbia.           e Chávez porque estavam no “nem” ou no “olho com a OTAN”
Nos colocamos lutando ao lado do povo que reclama liberdade,        ou no “não nos metamos olha que estão os imperialistas” como
democracia, pão, satisfazer as necessidades elementares e           se houve-se revoluções onde os imperialistas não vão intervir”.
que esta dizendo em este momento: “o poder emana do fuzil,          (…) “Agora às provas me remeto, está o colega aqui que
não queremos nos desarmar”.                                         brilhantemente explicou. Mas há um fato, há milhares de
(…) “Que é o que pretendem a OTAN em primeiro lugar, ou             milicianos que não querem entregar suas armas. Que fazemos,
seja os imperialistas? Que é o que pretende o governo lacaio        os deixamos nas mãos do governos do CNT? Deixamo-los em
da OTAN, o governo do CNT, em cumplicidade com o Castro-            mãos do imperialismo? Deixamo-los que os triturem ou os
chavismo e um montão de setores de esquerda que diz “não            vamos defender? Chamo-os à reflexão, os colegas da LIT-QI,
apoiamos às milícias”? Isolar às milícias. Porque se as isolam,     os colegas UIT, os colegas da cada um dos agrupamentos que
as podem triturar, as podem justiçar”.                              provavelmente estejam aqui e os que não estão, unimo-nos
(…) “O governo do CNT, se legitimo porque têm tido políticas        todos em defender a revolução que dizemos que existe ou
os imperialistas, evidentemente os imperialistas têm políticas,     deixamos à revolução que fracasse?”


      Extratos da intervenção do companheiro Mateus Crespo do Movimento Revolucionário do Brasil

“Em primeiro lugar um saúdo para todos        às massas da Tunísia, às massas no          tarefas da distribuição da terra, da
vocês. Esta é uma manifestação e um           Egito e às massas na Líbia. Líbia é o       moradia, do emprego, por democracia,
ato muito importante. (…) Nós dizemos:        que tem a mais avançado em todo este        pelo direito à organização operária, mas
há uma revolução que merece ser na            processo. Fizeram isso as massas com        que propõe também a expropriação, o
Líbia. E esta revolução é algo histórico, é   suas próprias forças. Sozinhas, isoladas.   armamento do proletariado e o nome de
algo transcendente, que temos, antes          Contra tudo e contra todos, e contra o      uma revolução com estas características
que nada, que a defender. Por que é um        imperialismo. Fizeram isso através do       é uma revolução socialista”.
fato histórico deste tipo? Em primeiro        método das milícias populares, fizeram      (…) “É fundamental a construção agora
lugar porque fez-se atirando a um             isso armando ao proletariado, armando à     de     um    comitê    internacional  de
ditador e não a qualquer ditador, um          população, ou seja através do método        solidariedade     com       as    massas
ditador de 40 anos na Líbia e que era o       mais clássico das revoluções. (…) Por       insurrectas na Líbia, mas que não é
principal responsável por aplicar os          isso nós estamos do lado dessa              somente uma solidariedade desde o
planos do imperialismo na Líbia. Não era      revolução, e é o lado de Yuseff, é o lado   ponto de vista político, isso é
um ditador contra o imperialismo, era um      dos milicianos, é o lado daqueles que       fundamental. Senão que seja cada vez
ditador junto ao imperialismo. Não só as      justiçaram a Khadafy, é o lado dos          mais uma solidariedade prática, onde
massas atiraram a este governo, senão         trabalhadores e dos revolucionários em      possa ser armado, organizar, outras
que o justiçaram também. Para nós isto        todo mundo”.                                milícias para outras revoluções, que se
é algo histórico. (…) Ocorreu como parte      (…) “Uma revolução inconsciente, mas        intervenha sobre Líbia para ajudar a
de um processo mundial contra a crise         uma revolução de conteúdo socialista. É     disputar o poder e o futuro da revolução
econômica, contra a fome, contra              uma revolução que propõe ao mesmo           na Líbia”.
desemprego e foi isso o que impulsionou       tempo as tarefas democráticas, as

                            Intervenção de Ana Melvin, Assembléia popular de San Telmo

 “Vimos a trazer a solidariedade com esta comissão, com as milícias da Líbia e com todas as lutas populares que se estão
desenvolvendo neste momento no mundo inteiro. Quando morreu Khadafy o progressismo chorou pela forma cruel em que o
tinham matado. O imperialismo, Obama, Hillary, pediram investigações enquanto por outro lado festejavam com toda felicidade que
já não ia ter quem fale, que já estava feito o trabalho sujo. Então pensaram que as milícias tinham sido o varre-fundo das piscinas,
que era missão cumprida, que podia voltar a começar a reconstrução do capitalismo miserável, que já não tinham mais nada que
fazer, que já podia ser começada a construção daquilo com o qual Khadafy tinha colaborado. Pois não, pois se equivocaram. As
milícias seguem em pé, têm que seguir armadas e temos que, todos nós, difundir esta luta, apoiar, multiplicar, para que isto seja
possível. Porque companheiros, estamos em uma articulação da história do mundo, este é um momento que dentro de anos nos
livros de História vai ser referido como a época em que a História mudou. Isto é assim, temos que ter em conta essa perspectiva,
temos que olhar para adiante pensando isto, este mundo tem mudado e está mudando e nosso dever como socialistas, como
revolucionários, é apoiar isto e seguir em luta para que esta mudança que se esta vislumbrando seja concreto, e tomara o
possamos ver”.

Extrato da intervenção do companheiro Leo de
T.or.re

“Desde o começo da insurreição das massas em todo o
Magreb, com este processo que na Líbia se deu de uma
maneira mais forte, nós nos vemos identificados com a
situação das massas árabes, mais oprimidas, mais humildes e
a relação que têm com estes governos que são muito
parecidos ao governo que temos aqui, supostamente nacional
e popular. (…) Por isso nós estamos aqui, na organização e
nos sentimos solidários com o companheiro Al Arjentiny com
respeito também a todas estas calunias de todos estes
aparelhos reformistas. São os mesmos com os quais temos a
briga cotidiana aqui em nosso país para que aceitem que este
governo tenha presos políticos, que faz perseguição política.
(…) Todos os aparelhos reformistas que estão reticentes a
aceitar e a difundir, são os mesmos que difamam e que aqui
estão dizendo coisas terríveis como que o colega é um
assassino, um mercenário da OTAN, e por isso estamos aqui,
repudiando essas atitudes e até as últimas conseqüências do
que signifique essa defesa”.
Adesões ao ato
                                             Apresentamos a seguir as adesões ao Ato e à Campanha Internacional em
                                              defesa das massas insurrectas da Líbia e suas organizações operárias e
                                                                        populares de luta
                                           17/11/2011
                                               MENSAGEM DE SOLIDARIEDADE DA LIGA OPERÁRIA INTERNACIONAL DE
                                                                       ZIMBÁBUE

                                           Nós, o movimento revolucionário de Zimbábue enviamos nossa mensagem de solidariedade a
                                           vocês e a todos os camaradas que se juntaram para ser parte do ato em defesa das massas
                                           insurgentes da Líbia.
                                           As massas revolucionárias da Líbia levantaram-se para derrocar ao regime de Khadafy e seus
                                           aliados. Como parte de nossa campanha internacional é nosso dever lutar em solidariedade
                                           com um de nossos países africanos, Líbia, combatendo junto ao povo libio.
                                           Os dirigentes do Conselho Nacional de Transição (CNT) agora estão desesperados por
                                           saquear e combater contra seu próprio povo, para expropriar o combate das massas que foram
                                           as que estiveram à frente na luta que derrotou a Khadafy. Como antes fazia Khadafy, hoje é o
                                           CNT o que está vendendo petróleo às multinacionais imperialistas enquanto o povo pobre
                                           segue igual que ontem.
                                           Hoje as potências imperialistas têm começado a invasão neo-colonialista usando aos dirigentes
                                           do CNT como sua ferramenta para fortalecer contra as massas e expropriar sua luta.
                                           Mas na Líbia a luta continua, já que as massas seguem sendo oprimidas pelo CNT, inimigo das
                                           massas e entregador da nação oprimida aos EUA, Inglaterra, França e outras potências
                                           imperialistas.
                                           Lutamos com o objetivo da verdadeira libertação da classe operária, em solidariedade com o
                                           povo da Líbia que está batalhando sob as bandeiras de luta contra o imperialismo norte-
                                           americano e o sionismo, para além das fronteiras nacionais e as diferenças religiosas.
                                           Os que vimos lutando em solidariedade com as massas líbias, nos levantemos em defesa das
                                           organizações combativas dos explorados da Líbia para terminar com o CNT que está
                                           entregando o valioso petróleo das massas aos EUA, Inglaterra e França para seguir eles no
                                           poder e continuar repetindo o que Khadafy vinha fazendo.

                                           Nós, os operários de cor do continente africano sabemos muito bem quem era Khadafy: um
                                           verdadeiro tratante de escravos ao serviço das multinacionais imperialistas. Sabemos que ele
                                           cobrava comissões por cada operário africano que enviava à Europa imperialista a realizar os
                                           piores trabalhos sem nenhum direito, quando as potências imperialistas assim o ordenavam.
                                           O chacal Khadafy era sócio menor de Berlusconi - até ontem representante do capital
                                           financeiro italiano-, quem encerrou na ilha de Lampedusa (um verdadeiro campo de
                                           concentração) aos milhares de trabalhadores provenientes da Tunísia, Líbia, Marrocos e
                                           demais países da África, que fugiam de nosso continente pela fome e pelo desespero.
                                           Enquanto, o conjunto dos bandos imperialistas europeus jogava a ponta de pistola a centenas
                                           de milhares de operários imigrantes africanos de volta a seus países, o que significou que
                                           muitos deles morriam como cachorros no mar Mediterrâneo.

                                            Frente a isto, nenhuma das correntes da Europa que se diz de “esquerda” moveu um dedo
                                            enquanto a nossos irmãos de classe lhes impunham os piores padecimentos. Por isso não nos
                                            estranha que estes mesmos partidos, quando nós nos insurgimos em Tottenham, Inglaterra,
                                            como ontem o fizemos nas cités de França, nos acusem de ser “vândalos” e “delinqüentes”. E
                                            quando protagonizamos revoluções contra nossos verdugos como na Líbia, onde as massas
                                            exploradas se insurrecionaram, derrotaram à polícia, partiram o exército, conquistaram o
                                            armamento e finalmente, justiçaram Khadafy, estas correntes nos tratam de ser “agentes da
                                            CIA” ou “tropas terrestres da OTAN”. Basta de calunias contra os operários revolucionários de
                                            África!
                                            Escrevemos esta mensagem de solidariedade desde Zimbábue. Vivemos nesse verdadeiro
                                            campo de concentração no que têm convertido a Anglo American e demais multinacionais a
nossa nação, transformando no país mais pobre do mundo junto com Etiópia. Aqui vimos combatendo, ao igual que os explorados do
norte de nosso continente, contra o governo pró-imperialista de Mugabe, que não é mais o que o Khadafy de Zimbábue. Foi o governo de
Mugabe quem declarou que “todo o que tente fazer o da Líbia, será esmagado”. E aqui também lutamos contra o “Movimento pela
Mudança Democrática” (MDC), um verdadeiro CNT como o da Líbia, imposto pelo imperialismo para manter seu domínio ante qualquer
investida revolucionária dos operários zimbabuenses.
Por isso afirmamos que o caminho o marcam as massas da Líbia e lutamos em defesa delas. Chegou a hora mais uma vez de estreitar os
laços internacionais de solidariedade internacionalista a nível mundial entre as forças revolucionárias, junto com os companheiros da FLTI.
Esses companheiros têm organizado e estão totalmente respaldando este ato. Nós lhes damos nossa confiança de que vocês estão na
frente da luta, junto conosco, por um mundo melhor.

A luta continua!
                                           Workers International League (WIL) de Zimbábue

                                            APOIO À LUTA SOLIDÁRIA E COMBATIVA
  BOLÍVIA                                         DOS OPERÁRIOS NA LÍBIA

Ante o pedido solidário, por companheiros combativos na Bolívia, no marco da luta de classes, a emissora “Rádio Nacional de Huanuni”,
meio de comunicação social dos trabalhadores mineiros de Huanuni-Oruro-Bolívia, e ante o conhecimento da valente luta operária líbio que
lhes correspondeu jogar historicamente no derrubamento de um governo da reação como o de Khadafy não há outro caminho que mostrar
toda nossa admiração aos operários, operárias e juventude que deu seu valioso aporte, por encontrar uma aspiração que todo operário do
mundo requer urgentemente: sua verdadeira libertação.
E condenamos duramente a toda tentativa do capitalismo e de seus tentáculos: o CNT e a OTAN, que querem desconhecer que a luta pela
liberdade da LÍBIA corresponde nada mais aos operários líbios e à conduta libertadora de todo seu povo por se desfazer da férula
Khadafista e capitalista, para brindar uma completa soberania e independência da LÍBIA, bem como também na Bolívia os mineiros de
Huanuni, estão em essa tarefa nobre e humana de pôr à frente das massas, para obter muito cedo nossa verdadeira independência e que
será obra dos explorados e pobres do mundo. Por isso e bem mais, companheiros operários da LÍBIA, nosso saúdo combativo e
revolucionário de classe para todos vocês e nossa homenagem firme para nossos caídos e feridos que estão em nosso pensamento diário.
DESDE A RÁDIO “NACIONAL” DE HUANUNI – ORURO – BOLÍVIA - TODOS OS TRABALHADORES DA EMISSORA MINEIRA
                                                                                                                      Atenciosamente.-
                                                                                                      Rafael Linneo Morales - DIRETOR
Campanha em solidariedade pela defesa incondicional das milícias de Misarrata
                          Por Juan “Pico” Muzzio, membro fundador da LOI-CI

Defesa Incondicional das milícias de Misarrata! Para que seu exemplo de combate chegue e destrua o coração da Europa
                                                      imperialista!




                                             Al-Arjentiny e Juan “Pico” Muzzio

Senti uma grande alegria e festejei no dia em que as massas insurrectas e suas milícias na Líbia executaram ao verdugo Khadafy,
chefe do governo e regime do imperialismo e as petroleiras. Glória e honra a todos os milicianos insurretos que caíram em
combate! Sua luta não foi em vão!
Os combatentes que seguiram terminaram festejando na praça de Bengasi. Este grande exemplo de luta e justiça operária faz
correr um arrepio e terror pelas veias do cadáver fedorento do sistema capitalista imperialista e seus monopólios hoje
comandados por Obama, pois o temor é que este exemplo se espalhe por toda a Europa: que volte Grécia a se prender fogo, que
volte Inglaterra a se prender fogo, os indignados na Espanha contra o governo de Zapatero, a monarquia e o pacto da Moncloa,
as últimas manifestações na Itália e a atual queda de Berlusconi, e que todos estes métodos de luta se tendam a sincronizar com
a América Latina. Isto combinado com a crise da economia mundial faz que tenha milhares de hectares de pasto seco para que se
acenda a revolução nos países imperialistas e nas colônias.
Este grande exemplo põe triste e de luto aos que se fazem passar como aliados dos operários: Chávez, Castro, Evo Morales,
Cristina Kirchner, todos os que estão no Fórum Social Mundial, os renegados do marxismo PO, MST, MAS, PTS, e os
socialimperialistas agrupados no NPA.
Para que este exemplo não se espalhe sobre os povos martirizados como Palestina, os países imperialistas (EUA, França,
Inglaterra, Alemanha, etc.) as petroleiras, a ONU, a OTAN, e o atual governo do CNT com seus generais e oficiais khadafistas,
com a ajuda dos renegados do marxismo e do Fórum Social Mundial como sempre o fizeram em toda revolução, têm lançado uma
verdadeira CAMPANHA DE CALUNIAS E DESPRESTIGIO sobre os organismos de luta do povo líbio. Já fizeram isto na Latino
América e por isto mantêm presos aos comuneiros de Ayo Ayo -Bolívia- que no ano 2004 justiçavam a seus verdugos com os
métodos da classe operária queimando em praças publicas aos prefeitos corruptos; o mesmo faziam seus irmãos do Puno no
Peru, no povoado de Ilave no mesmo ano; em Moquegua em 2008 para defender-se da repressão e garantir a greve
departamental saqueavam delegacias tomavam de reféns a 35 polícias até que se rendessem aplicando assim uma derrota militar
aos cães de guarda do regime fujimorista de Toledo naquele tempo. Estes combates, que foram isolados por parte de todas as
direções reformistas latino-americanas e traídos pela burocracia sindical foram defendendo suas terras e atacando os interesses
das petroleiras com os métodos da classe operária, com piquetes, barricadas, com verdadeiros tribunais populares para punir aos
patrões assassinos.
Quando na Argentina se levantaram os piqueteros do norte de Salta atacando os municípios e os prendendo fogo, assaltando as
delegacias e se armando, e tomando as plantas petroleiras ao grito de: Vivemos sobre a riqueza e não temos para comer!
Trabalho digno para todos já! Renacionalização sem pagamento sob controle operário de todas as petroleiras! Conquistando seu
programa de 21 pontos, acusavam-nos de “matacos”, aborígenes bárbaros, delinqüentes, guerrilheiros, infiltrados, provocadores,
agentes da oposição, toda esta campanha de desprestígios e calunias eram feitas nos escritórios das petroleiras imperialistas e o
governo de Romero (PJ), enquanto a esquerda reformista corria ao salão dos passos perdidos dizendo: “Eu não fui”. Eles são os
verdadeiros inimigos da classe operária que as dividem e estrangulam sua luta, eles são os verdadeiros agentes do imperialismo
ao interior do movimento operário para submete-lhos a sua própria burguesia!
Em 2001 quando estourou a revolução D´Elía e essa podre burocracia da CTA, nos acusavam de ser infiltrados. Eles junto aos
renegados do trotskismo serventes da revolução bolivariana, para pôr um broche final à destruição dos organismos das massas
em luta (piquetes, comitês, assembléias populares, e todo o que colocamos em pé, etc.) entregaram o microfone a Fidel Castro
em 2003 nas escadarias da Faculdade de Direito dizendo às massas que apoiassem a Kirchner que tinha que trabalhar, que
agora este ia repartir.
E assim estamos hoje, com os mártires de Mosconi e Tartagal esquecidos e com as petroleiras retomando o controle e com a
Kirchner e as cooperativas e os micro empreendimentos (a política do Fórum Social Mundial, de Castro Chávez e Hu Jintao),
todas trabalhando como nas maquiladoras do México. Os mortos de 20 de dezembro, o massacre no Parque Indoamericano, o
assassinato de Mariano Ferreyra, o massacre de Jujuy e todos os presos e perseguidos não têm justiça, em a cada luta decisiva
que tentamos levar adiante temos sido assassinados como no Parque Indoamericano ou com presos reféns nos cárceres das
mesmas multinacionais que saqueiam Oriente Médio, no sul da Argentina, na Las Heras.
Para que aos organismos das massas em luta não lhes passe como à Revolução Argentina e seus mártires, Temos que combater
internacionalmente em defesa dos milicianos da Líbia!
As forças estão na Grécia, nos indignados da Espanha, no valente movimento de indignados e das massas egípcias que se
organizam num mesmo combate contra os parasitas de Wall Street, para barrar o massacre contra as heróicas massas
revolucionárias na Síria e no Iêmen, para que irrompam as martirizadas massas palestinas! As forças estão nos estudantes
chilenos que combatem junto aos Zengakuren pela defesa incondicional dos presos reféns do regime cívico militar servente do
imperialismo e as multinacionais japonesas que saqueiam o cobre. Nos mineiros e camponeses bolivianos que combatem contra
Evo, carcereiro dos comuneiros de Ayo Ayo, servente do imperialismo igual que Khadafy. Aí estão as forças para pôr em pé os
comitês operários internacionais em defesa das milícias de Misarrata, Bengasi e Trípoli!
Defendendo as milícias, impedindo que as esmaguem e brigando para que avancem em seu combate, estaremos em melhores
condições para brigar internacionalmente pela defesa de todos os nossos presos, processados e por todas nossas demandas.
O imperialismo NÃO pode permitir o ataque à propriedade privada, a execução de seus chefes e seus milionários lucros, para
defender isto faz guerras, tem presos como em Guantánamo, bombardeia Paquistão e conta com a colaboração da burocracia, a
aristocracia e toda a esquerda reformista que vivem das migalhas que lhes dá o imperialismo. A classe operária que é uma só e
internacional tem apresentado batalha.
Hoje, depois de participar em este ato pela defesa das massas líbias posso ver que a fração internacionalista com a que
rompemos o MAS (Movimiento Al Socialismo, NdeT) em ‟88 ao grito de “Viva a revolução política em Armênia! tem sua
continuidade. Ficou claro qual é a única corrente internacionalista que luta por coordenar as ações das massas a nível
internacional. Quando rompemos o PTS, a fração majoritária queria ser localizado como fração internacional, já a realidade tem
demonstrado que não são mais que uma seita nacional com alguns grupos satélites.
Mensagem de solidariedade da JRCL-RMF ao ato de 18 de
       novembro em defesa do povo insurgente líbio
Nós, os marxistas
revolucionários         do                        Mobilização de trabalhadores e estudantes japoneses contra as plantas nucleares
Japão, lhes enviamos
nossa mensagem de
solidariedade a vocês,
a todos os camaradas
que se reuniram neste
ato em defesa das
massas              líbias
insurrectas.
As                massas
trabalhadoras      líbias,
que se levantaram
para      derrubar      ao
regime de Kaddafi,
agora estão resistindo
padecimentos de outro
tipo      pelo     assim
chamado        Conselho
Nacional de Transição
aliado                aos
imperialistas      norte-
americanos               e
europeus. Achamos que é um dever internacionalista lutar           Povo combatente da Líbia!
em solidariedade com elas, as massas líbias combativas,            Lutem por derrocar a dominação da direção do CNT! Lutem
para derrotar a agressão neo-colonialista das potências            contra a invasão neo-colonialista das potências
imperialistas.                                                     imperialistas! Lutem com o objetivo da verdadeira libertação
Os dirigentes do CNT agora estão desesperados por afogar           do povo trabalhador, em solidariedade com as massas
a luta do povo líbio. Estão entregando os recursos                 trabalhadores do Egito, da Palestina e todo Oriente Médio,
petrolíferos líbios às multinacionais imperialistas e ta mbém      que estão combatendo sob as bandeiras de “contra o
estão entregando ao povo líbio como presa da cobiça                imperialismo americano e contra o sionismo” para além das
capitalista por lucros. Tal como o fazia Kaddafi!                  fronteiras nacionais e as diferenças religiosas.
A direção do CNT é uma usurpadora do levantamento
revolucionário do povo líbio. O povo levantou-se em luta           Camaradas!
contra o regime de Kaddafi para derrotar ao governante             Devemos lutar em solidariedade com elas, as massas
corrupto, que se tinha enriquecido, junto a seus lacaios, a        insurgentes líbias. Estamos presenciando, no entanto, entre
expensas das massas trabalhadoras em acordo com as                 os stalinistas, os degenerados do trotskismo e outros
grandes petroleiras imperialistas. Jibril e              outros    dirigentes “da esquerda”, que alguns alavam à direção do
colaboracionistas, no entanto, roubaram-se a direção do            CNT como “forças democráticas”. Também há alguns que,
CNT e introduziram tropas imperialistas na guerra civil com        efetivamente, defendem ao regime de Kaddafi sob a
o objetivo de estabelecer uma dominação autoritária                cobertura de “contra a intervenção estrangeira” ou dizendo
respaldada pelas potências imperialistas estrangeiras. EUA,        que “o levantamento foi tramado pela CIA”. Nós, a JRCL,
Grã-Bretanha, França e outras potências imperialistas, que         denunciamos a esses “esquerdistas” degenerados.
intervieram na guerra civil, produziram assim “a queda de          Levantamo-nos junto com as massas líbias. Em
Trípoli” ao pôr à direção do CNT à frente, após lançar             solidariedade com eles chamamos a uma luta internacional
bombas sobre as massas líbias, incluindo aos residentes            contra a invasão neo-colonialista das potências imperialistas
anti-Kaddafi. Agora as potências imperialistas têm                 norte-americanas e européias. Lutamos porque avancem as
começado sua invasão neo-colonialista usando à direção do          lutas contra “a guerra e a pobreza” em solidariedade com as
CNT como seu fantoche. (As potências imperialistas têm             massas trabalhadoras do Chile, da Argentina e Latino
justificado sua intervenção militar sob o pretexto de              América, e com todo o povo trabalhador que tem levantado
“proteção dos civis”. Como antigos pretextos hipócritas,           seus gritos de guerra na Europa, Norte América e China.
como a “intervenção humanitária” e os “direitos humanos”,
já tinham sido expostos como um engano, como os                    Também achamos que, para avançar em suas lutas, os
bombardeios em Iugoslávia, as agressões contra                     laços internacionais entre as forças revolucionárias da
Afeganistão e Iraque, os imperialistas têm fabricado outro         classe operária mundial devem ser fortalecido mais que
pretexto que pode justificar sua intervenção em qualquer           nunca. Com este fim, a JRCL tem estado fortalecendo a
lugar em qualquer momento).                                                        solidariedade internacionalista com os
                                                                                   camaradas da FLTI e com os camaradas
                                                                                   que se reuniram nesta reunião! Temos a
                                                                                   confiança de que estão na frente de batalha
                                                                                   desta luta, junto conosco.
                                                                                   Lutemos juntos!

                                                                                  Akira Kato
                                                                                  Pela Direção Nacional da Liga Comunista
                                                                                  Revolucionária de Japão (Fração Marxista
                                                                                  Revolucionária) – JRCL-RMF




                                 As camionetes artlilhadas das milicias líbias
SÍRIA:
APELO DE EMERGÊNCIA A TODAS As ORGANIZAÇÕES OPERÁRIAS E ESTUDIANTÍS COMBATIVAS
                                  DO MUNDO
       PAREMOS O MASSACRE CONTRA AS HEROICAS MASSAS SÍRIAS INSURRETAS!

    Abaixo o governo assassino do Al-Assad e sua casta de oficiais genocida, todos lacaios do
                                        imperialismo!
     Basta de silêncio! Rompamos o cerco imposto por todas as direções colaboracionistas!

                  Como o fizessem os jovens e operários do estado espanhol no Madri...
                     MARCHEMOS ÀS EMBAIXADAS DE SÍRIA EM TODO O MUNDO!
As massas sírias estão suportando uma terrível matança,
perpetrada pelo governo De Al-Assad e seus militares assassinos.
Desta maneira, banhando em sangue e fogo aos explorados,
querem frear a luta revolucionária das massas sírias, que é mais
um elo de uma mesma e única revolução que tem começado no
Norte da África e Oriente Médio.
Infelizmente, frente a estes contínuos massacres, que já cobrou a
vida de dezenas de milhares de novos mártires, não teve um só
chamado valente das direções das organizações operárias a
realizar uma ação internacionalista solidária com os operários e
explorados sírios.
É que desde o Fórum Social Mundial, as burocracias sindicais, as
correntes stalinistas e ex-trotskistas, serventes dos bolivarianos
Chávez, Castro, Morales, todos lacaios do imperialismo, se                       Líbia: “Hoje Líbia, amanhã Wall Street”
dedicaram caluniar às milícias líbias chamando-as de “tropas
terrestres da OTAN” e “agentes da CIA”. Estes nefastos
argumentos que têm como objetivo isolar às massas líbias que conquistaram o armamento e derrotaram a ditadura de Khadafy,
permitem que hoje se levante um criminoso cerco sobre as massas insurretas da Síria para que Al-Assad as massacre sem piedade.
Assim, desta forma, a sua vez tentam impedir que a revolução no Egito triunfe -enquanto a junta militar segue massacrando na praça
Tahrir-, e que isso não se converta na força que precisam as martirizadas massas Palestinas para se libertar destruindo ao estado
sionista-fascista de Israel com a revolução proletária, deslocando todos os dispositivos contra-revolucionários do imperialismo na região.
Hoje mais de 50 mil soldados passaram-se com suas armas ao bando da revolução desertando do exército de Al-Assad, e inclusive
justiçando aos oficiais. Há que aprofundar o caminho das massas líbias que destruíram o exército de Kadafy! Tribunais operários e
populares para julgar e punir a todos os assassinos! Abaixo o governo assassino de Al-Assad e sua casta de oficiais genocida, lacaios do
imperialismo ianque e sustentadores do sionismo! Rompamos o cerco do imperialismo e seus serventes! Por um governo provisório
revolucionário das milícias, as organizações operárias, os camponeses pobres e os comitês de soldados rasos!
Abaixo o CNT e seu ultimato para desarmar às milícias líbias a risco de ser atacadas pelos oficiais khadafistas sustentados pelas
baionetas da OTAN/ONU! Viva o combate do Egito insurgente, verdadeiros aliados das massas insurretas! Viva o chamado dos operários
têxteis a pôr em pé “Conselhos Revolucionários Populares em todas as praças do Egito, para se coordenar e atingir os objetivos da
revolução”. Há que pôr em pé o poder da classe operária e os explorados contra o poder dos governos e regimes assassinos e capachos
do imperialismo no Egito, na Líbia, na Síria, na Tunísia e toda a região! Que voltem as martirizadas massas Palestinas ao combate pela
destruição do estado sionista-fascista de Israel!

                               ROMPAMOS O CERCO CONTRA AS MASSAS SÍRIAS!
                    SIGAMOS O EXEMPLO DOS JOVENS E OPERÁRIOS QUE MARCHAM NO MADRI!

Mas contra este manto de injúrias e de cínico silêncio, alçaram-se as vozes de milhares de jovens e operários no Madri, no Estado
espanhol, quem marcharam sobre a embaixada da Síria em repudio ao genocídio de milhares e milhares de explorados. Esse é o
caminho que deve seguir a classe operária mundial! Não se pode perder um só minuto mais. Há que parar o massacre. Basta de silêncio!
Levemos este exemplo às ruas de Londres, Nova York, Atenas, Tóquio, Paris, etc., porque os melhores aliados dos explorados da Europa
e do mundo estão no Norte da África e Oriente Médio: as organizações operárias e estudantis combativas devem paralisar a maquinaria
de guerra do imperialismo -que são os que armam ao genocida Al-Assad- paralisando os portos e marchando às embaixadas sírias na
Europa! Uma só classe, uma só luta contra os assassinos de operários como o governo de Al-Assad! Fortaleçamos a luta internacionalista
da classe operária mundial! Tomemos o caminho que marca o combate das milícias líbias: “Hoje Líbia, Amanhã Wall Street!”, para que
triunfe a revolução proletária em todo o Magreb e Oriente Médio, insurrecionando aos explorados no coração da besta imperialista.
Pelo caminho dos trabalhadores e jovens que queimaram a embaixada sionista no Cairo em apoio às massas palestinas e começaram a
coordenar seu combate com os portuários de Oakland nos EUA! Lutemos forjando a unidade das massas exploradas do mundo colonial
e semi-colonial, com a classe operária dos países imperialistas!
Chamemos aos operários portuários de Oakland, aos “indignados” do EUA e aos imigrantes que sitiam Wall Street, aos trabalhadores e
explorados da Grécia, aos indignados do Estado espanhol, à juventude chilena, às heróicas massas palestinas e às indomáveis massas do
norte da África e Oriente Médio, aos partidos de esquerda ou antiimperialistas, às comissões internas, corpos de delegados, sindicatos,
centros de estudantes, movimentos de desempregados e assembléias territoriais a impulsionar juntos esta campanha anti-imperialista
para romper o cerco e uma jornada internacionalista de organização e de luta em todo o mundo em solidariedade com as massas sírias
insurretas.
                                                                                                                           26-12-2011
Egito: As massas voltam a ocupar suas
       praças e retomam o caminho da revolução
Contra a falsificação e a mentira do reformismo:
                                            Assim se luta!
     Para derrotar aos generais, à burguesia e o imperialismo, a classe
      operária e os explorados procuram pôr em pé seu próprio poder

  Declaração da Associação Revolucionária de Operários
  Têxteis dirigida aos revolucionários nas barricadas de
                  Tahrir, Alejandría e Suez
29 de Novembro 2011

Onze dias nas barricadas nas praças de Egito
são prova de que os revolucionários têm
reclamado legitimidade revolucionária em
dezessete províncias. Com tudo isto, ainda
que os revolucionários tenham dado mártires
nas praças, como se oferecendo em sacrifício
pela liberdade, a igualdade e a justiça; ainda
que eles tenham oferecido seus feridos e
perdido a mais de 11.000 nas prisões
militares, ainda não temos colhido o fruto de
nossa luta.
Agora, após dez meses, vemos aos
resquícios do velho sistema reciclado, e
tentativas oportunistas das forças políticas
com autoridade religiosa de ignorar a
legitimidade revolucionária das massas nas
praças; dez meses onde o sangue dos
mártires     tem   irrigado   novamente     os
pavimentos, agora estão inventando e
falsificando a democracia pela qual lutamos.
Estão assinando a certidão de morte da                                 As massas revolucionárias retomam a Praça Tahrir
revolução nas boletas eleitorais porque
sabem que seu caminho ao poder só pode ser sobre o
sangue dos mártires e dos feridos. Portanto é tarefa dos      3 - O Conselho Revolucionário informará ao conselho militar
revolucionários nas praças propor uma alternativa à           das decisões que tem tomado mediante os meios de
democracia manchada de sangue que o conselho militar e        comunicação.
seus aliados -entre eles as forças políticas com autoridade
religiosa- têm decidido.                                      4 - Os Conselhos Revolucionários Populares devem ser
A volta das massas às praças tem inspirado experiência        postos em pé nas praças públicas de Alejandría e Suez,
entre as forças revolucionárias de estudantes, camponeses,    após Tahrir, e devem coordenar-se para atingir os objetivos
profissionais e marginalizados, as quais devemos construir    da revolução do povo.
criando uma nova forma de democracia onde todos devem
defender.                                                     5 - Os Conselhos Revolucionários Populares são a forma
                                                              mais madura da expressão democrática da aspiração do
O conselho militar e seus aliados nos corredores do poder e   povo à justiça, igualdade e liberdade. Representam a
os partidos políticos estão preparando um parlamento para     legitimidade revolucionária contra a “legitimidade” de
ampliar sua presença e legitimidade. Chegou a hora em que     Mubarak e a do conselho que ele mantinha junto a seus
as massas nas praças ponham em pé formas de                   aliados.
democracia revolucionária popular em Tahrir, Alejandría,
Suez, Mansoura e Sohag. Devemos desenvolver novas e           Propomos a vocês a eleição de um Conselho
legítimas formas revolucionárias de representação             Revolucionário Popular nas praças públicas porque
democrática desde as ruas e, portanto, devemos criar os       apoiamos a revolução com toda nossa força, e como
conselhos revolucionários populares nas praças públicas,      associação de trabalhadores têxteis, a qual foi formada
mediante:                                                     após a revolução, nós nos uniremos em apoio e
                                                              solidariedade com todas suas decisões democráticas
1 - Um voto público das dezenas de milhares nas barricadas    mediante sentadas, greves parciais e inclusive uma greve
da praça Tahrir para criar o primeiro conselho popular        geral devido a nossa confiança em vocês.
revolucionário elegendo a 100 revolucionários desde dentro
da praça para expressar os objetivos e as demandas de         Que triunfe a revolução!
legitimidade revolucionária                                   Glória aos mártires!

2 - O Conselho Revolucionário Popular deve formar comitês             Associação Revolucionária de Operários Têxteis
eleitos, os quais devem tomar suas decisões votando.

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  • 1. SUPLEMENTO ESPECIAL 28 DE DEZEMBRO DE 2011 Blog: www.comitepelarefundacaoiv.blogspot.com E-mail: comitepelarefundacaoiv@yahoo.com.br √ O CNT, os generais khadafistas e o imperialismo atacam à classe operária e os explorados para LIBIA desarmá-los e derrotar a revolução. √ Na Europa e nos EUA, tomando portos, ocupando praças, cercando Wall Street e com a greve geral, já soa um grito de guerra da classe operária mundial: HÁ QUE LUTAR COMO NO EGITO E O NO NORTE DA ÁFRICA! Basta de caluniar às massas insurrectas da Líbia! A classe operária, desde suas fábricas e com seus uniformes de trabalho: o coração das milícias ABAIXO O CNT SUSTENTADO COM AS BAIONETAS DOS OFICIAIS KHADAFISTAS ASSASSINOS E DA OTAN! Por um governo provisório revolucionário da classe operária, as milícias e os comitês de soldados! POR UM COMITÊ INTERNACIONAL EM DEFESA DAS MASSAS INSURRECTAS DA LÍBIA! HÁ QUE ROMPER O CERCO E BARRAR O MASSACRE DO IMPERIALISMO E O ASSASSINO AL-ASSAD CONTRA OS EXPLORADOS DA SÍRIA! Um primeiro passo adiante: REALIZOU-SE UM ATO INTERNACIONALISTA NA ARGENTINA EM SOLIDARIEDADE COM OS EXPLORADOS LIBIOS E SUAS ORGANIZAÇÕES DE LUTA ATACADAS
  • 2. Declaração do Comitê Internacionalista: 20 de dezembro de 2011 Apelo em defesa das massas insurrectas da Líbia e suas organizações operárias e populares de luta Abaixo o CNT e seu ultimato para desarmar às milícias a risco de ser atacadas pelos oficiais kadafistas sustentados pelas baionetas da OTAN/ONU! Hoje na Líbia o CNT, os generais Para desgraça dos kadafistas e o imperialismo atacam à exploradores também têm classe operária e os explorados para saído a lutar os desarmá-los e derrotar a revolução. trabalhadores das É que juntos acabam de ditar um potências imperialistas, ultimato para que as massas quem gritam nas ruas que entreguem suas armas, dando um “há que lutar como no Egito prazo máximo: o 20/12/2011. Todos e todo o Norte da África”: se unificaram para perseguir, julgar, os trabalhadores gregos, os encarcerar e aniquilar às massas operários italianos ou os insurrectas e particularmente às “indignados” dos EUA, que milícias operárias e populares de lhe marcaram às massas do Misarrata, quem, constituindo-se mundo que seus máximos como um verdadeiro tribunal inimigos são os banqueiros popular, fizeram justiça com o parasitas de Wall Street. Aí ditador Kadafy. está a chave para que triunfe a revolução na Líbia, Os explorados negam-se a desarmar- na Síria, no Egito, toda a se: em Trípoli mantêm ocupado o aeroporto, em Bengasi lutam nas região e todas as lutas da classe operária dos países oprimidos, ruas se mobilizando por dezenas de milhares contra o brutal principalmente das massas da China que hoje entram em manobras aumento dos preços ditado pelo CNT e em Misarrata mantêm intacto de combate e são cruelmente massacradas pelo regime de Hu Jintao, o fervor revolucionário das milícias operárias e populares. com a cumplicidade de todas as direções reformistas. Por tudo isto, desde este Comitê Internacionalista convocamos a Convocamos a todas as organizações operárias, estudantis e defender às milícias e o povo líbio hoje atacados pelo CNT pró- populares combativas a tomar em suas mãos a tarefa da defesa do imperialista e caluniados pelos bolivarianos e outros setores como legítimo direito das massas de auto organizar-se, se armar e Chávez, Morales, Castro e todos seus serventes da esquerda insurrecionar-se para fazer justiça com seus verdugos. Rompamos o reformista defensores de Khadafy, do imperialismo, acusando às cerco do imperialismo e seus serventes! Fortaleçamos a luta heróicas milícias de °tropas terrestres da OTAN” e “agentes da CIA” . internacionalista da classe operária mundial! Sigamos o caminho dos trabalhadores e jovens que queimaram a embaixada sionista no Cairo A classe operária líbia, que desde as fábricas tem posto em pé às em apoio das massas palestinas e começaram a coordenar seu milícias, saiu a defender seu legítimo direito a se manter armada, combate com os portuários de Oakland nos EUA! Lutemos forjando a reclamando melhores condições de vida! Por isso dizemos: Abaixo o unidade das massas exploradas do mundo colonial e semi-colonial, CNT sustentado com as baionetas dos oficiais kadafistas assassinos e com a classe operária dos países imperialistas! da OTAN/ONU! As armas não devem se entregar nem devem ser dissolvidas as milícias! As massas líbias devem brigar por um governo Chamamos aos operários portuários de Oakland, aos “indignados” provisório revolucionário da classe operária e os explorados, dos EUA e aos imigrantes que sitiam Wall Street, aos trabalhadores e assentado em suas organizações democráticas e de luta, as milícias e explorados da Grécia, a juventude chilena, as heróicas massas os comitês de soldados. palestinas e às indomáveis massas do norte da África e do Oriente Médio, aos partidos de esquerda ou antiimperialistas, às comissões A luta do povo líbio faz parte de uma só revolução, que percorre o internas, corpos de delegados, sindicatos, centros de estudantes, Norte da África e Oriente Médio. Para que ganhem as milícias devem movimentos de desempregados e assembléias territoriais a triunfar seus companheiros de luta da Síria, da Tunísia, do Egito, da impulsionar juntos esta campanha anti-imperialista e uma jornada Palestina e demais países da região. Nesse sentido, desde este internacionalista de organização e de luta em todo mundo em comitê convocamos a lutar para romper o cerco contra as massas da solidariedade com as milícias da Líbia, para que os heróicos Síria, onde o regime contra-revolucionário de Al-Assad massacra a 50 combatentes desse país derrotem o plano do governo do CNT, os explorados por dia, enquanto a “esquerda” reformista olha para Kadafistas e o imperialismo. outro lado, quando mais de 50.000 soldados se passaram com suas armas ao bando da revolução, e não devem ficar isolados. Assembléias do Povo; Convergência Socialista; T.or.re.; Comissão de Trabalhadores de PATY; M.c.i.boL. (Movimento de Costureiros Mas hoje, apesar e na contramão dessas direções reformistas, pôs-se Imigrantes Bolivianos); Carlos Olivera (preso político, dirigente do novamente em pé de luta do poderoso proletariado egípcio, que não SITRAIC); Vicente Guindan (Secretário Geral SINTECT/ RS, Correios do aceita o engano °democrático° perpetrado pela casta de oficiais de Rio Grande do Sul, Brasil); Mateus Crespo (dirigente oposição Mubarak, que ainda conservam o poder e seguem massacrando em bancária do Brasil); Democracia Operária e a FLTI (Fração Leninista Praça Tahrir. Viva o combate do Egito insurgente, verdadeiros aliados Trotskista Internacional) das massas líbias insurretas! Os operários têxteis marcam o caminho de como lutar, chamando a pôr em pé “Conselhos Revolucionários Adere: JRCL/FMR (Liga Comunista revolucionária do Japão/Fração Populares em todas as praças do Egito, para se coordenar e atingir os Marxista revolucionária) objetivos da revolução”.
  • 3. Contra a calunia e a traição às heroicas massas libias… A verdade sobre o caráter das milícias operárias e dos explorados da Líbia Reproduzimos a seguir extratos das respostas que deu o revolucionário internacionalista Yusseff Mohammad Al- Arjentiny, que combateu junto às massas líbias, no ato debate realizado em 18 de novembro na Faculdade de Filosofia e Letras (na Universidade de Buenos Aires, NdeT) em defesa das milícias operárias de Líbia e suas organizações de luta: Yusseff: Boas tardes, não estou Destacamos as opiniões do revolucionário internacionalista que mais impactaram acostumado a usar microfone, mas no auditório de operários e jovens da Argentina no ato-debate: quero saudar primeiro a todos os companheiros que estão aqui Que sentiste ao ver a morte de Khadafy? presentes, a todas as organizações Yusseff: Senti uma enorme felicidade ao ver o justiçamento de Khadafy. Uma honra foi para que se acercaram e agradecer este mim poder reconhecer aos que tinham estado comigo na trincheira, os que tínhamos exemplo de internacionalismo. chorado juntos, colegas com os que tínhamos compartilhado o frio da manhã, a fome do Estou aqui para responder e para meio dia e o cansaço da noite. Para nós eles são heróis. Levantamo-nos e jogamos a nossa tirar as dúvidas que possam chegar vida. E daríamos a vida por eles. Condenamos completamente a ação da ONU e o CNT de a ter sobre o processo da Líbia. (…) querer julgar-los, julgar-nos, porque nos sentimos partícipes todos pela justa morte do Aqui estamos de acordo em pôr em ditador. pé este Comitê para defender às milícias de Misarrata, com quem Qual é o sentimento das massas líbias com os operários e jovens palestinos? demos uma batalha na Líbia e Y: Sempre se disse: „após Trípoli a Jerusalém‟. Foi o grito que se escutava popularmente a agora nos estão tratando de favor das massas palestinas. Nas expressões artísticas que se vêem em todas as cidades expropriar o poder que insurrectas, desenham Khadafy levantando uma bandeira ianque, com uma estrela de conseguimos. Israel, o associando com o sionismo. O reconhecem como lacaio do imperialismo. Parece-me bem abrir este debate agradecendo aos companheiros da Por que Misarrata é tão nomeada pelos meios burgueses como o coração da insurgência? Democracia Obrera, porque foram a Y: Em Misarrata foram justiçados por mãos populares todos os serventes de Khadafy, todo única organização que se animou a aquele que tinha acrescentado seu capital por estar ao lado dele. Praticamente a todos eles dar um passo adiante, e se bem que foram acionistas do regime foram justiçados. Quanto aos soldados kadafos que foram não se somou com companheiros abandonados, se resistiam obviamente não ficava outra que responder. Se se rendiam eram no campo físico de batalha, fez um tomados como prisioneiros de guerra, lhos respeitava. O primeiro que faz um muçulmano é aporte que ajudou a derrocar a lhe oferecer água, teto e comida, a um prisioneiro, de modo que em base a essas leis nos estes lacaios ajudantes de Khadafy. baseávamos. (…) Cheguei na Líbia quando o exército kadafo vinha de atacar a cidade barretas, paus, pedras e molotov. Em de Bengazi, e tinha sido aniquilado pelas Y: Vivíamos na frente de batalha. nenhum momento tivemos um ataque forças lixo da OTAN, que vieram a roubar Tínhamos um inimigo em comum que era aliado da OTAN que nos tenha salvo de o triunfo às massas insurrectas de a ditadura deste lixo. E isto do CNT são algo. Tenho uma esquírola na cabeça e Bengazi. Estas tinham resistido não coisas que se escuta quando sai de Líbia, três espalhadas pelo corpo, porque me somente um mês, senão que tinham porque na Líbia não tinha peso, não tinha estourou uma bomba RPG suportada por resistido os três dias de ataque deste uma instituição ou uma pessoa que o um tanque de Kadafy e da imundícia da exército, e com segurança se representasse. Não tinha alguém que nos OTAN escutavam-se seus aviões inúteis. continuavam resistindo o iam derrotar. mandasse. Era totalmente anárquico, era Mas em nenhum momento por sorte Os imundos da OTAN saíram por todos uma organização em base ao caos, não meteram-se e roubaram-nos o triunfo. Foi os lados a dizer “nós libertamos Bengazi, tinha uma figura, um organismo, nem tudo graças ao sangue dos libertamos Bengazi” e se levaram o sequer um edifício que represente a este companheiros, ao esforço e ao suor triunfo das massas. Em fevereiro também CNT tão nomeado, que posteriormente deles. A participação que teve a OTAN foi se esmagava uma terrível insurreição em tenta se roubar a revolução das massas somente até aqui, para expropriar a Trípoli. Insurreição totalmente organizada líbias. Não tinha nenhuma relação com revolução. de massas que queimam uma instituição essa gente porque não a víamos no Um episódio. Começada a revolução do estado bastante importante, lhos combate. Todo o que faziam era por fora. para 2 meses e meio, tínhamos massacram com balas antiaéreas. Uma expropriado ao redor de 40 tanques. população bastante organizada, Que papel teve a OTAN na frente de Tínhamos disposto esses tanques no ajudando-se entre si. Toda a produção, já batalha? deserto para entrar diretamente à cidade seja de combustível, comida e demais, de Brega -a segunda após Bengazi- indo era para as milícias. A vanguarda estava Y: Posso-me dar o gosto e o luxo de para o oeste. Estávamos dispostos a totalmente apoiada na retaguarda, que afirmar que em toda nossa luta, todas as entrar a Brega, a seguir até Sirte, avariar eram as mães que mandavam a seus balas que atiramos saíram de nossos o exército aí, unir com as massas filhos às milícias, ou o trabalhador que fuzis, jamais brigou nenhum soldado insurrectas de Misarrata para, por fim, não se animava a pegar numa arma, mas estrangeiro, nem americano, nem entrar a Trípoli e libertar aos que estavam não tinha nenhum problema de trabalhar francês, nem inglês a nosso lado. Todas na clandestinidade porque tinham sido oito horas para estar ao serviço das as armas como esta, que lha trago para massacrados. milícias. Tudo isto rompe com essa que a vejam, ou a baioneta russa, lha A OTAN deu-se o luxo de desconhecer mentira de que somos da OTAN, que nos sacamos a um soldado que lhe esses tanques, ou de reconhecer que suja e se caga no sangue de todos os quebramos a cabeça, porque ninguém eram do povo e esmagá-los. Esmagaram que morreram ao lado meu. Abro o nos atirou rifles pelos aviões, nem nada, todos os tanques com milicianos dentro, debate disposto a contestar o que (aplausos) Não tínhamos armas de última a infantaria que eram as forças de atrás perguntem. geração, tínhamos rifles kalashnikov, AK- foram bastante golpeadas. Essa era a 47, que são do ano 47. Com isso nos participação que teve a OTAN na Qual era a relação que tinham as milícias defendíamos do exército e insurreição, e como pouco a pouco com com o CNT? expropriávamos. Ao princípio com suas bombas se foi roubando ou
  • 4. facilitando o roubo desta revolução e desta insurreição. Qual é o setor mais rebelde das massas líbias? Y: As massas mais rebeldes -ou que desconhecem ao CNT- são as massas de Qual foi a sensação dos milicianos Misarrata porque seu triunfo não foi expropriado por ninguém, não caiu nenhuma quando tiveram as primeiras notícias de bomba da OTAN que ajudou a romper os tanques kadafos, os romperam as que a OTAN estava intervindo massas num princípio com as barretas e as molotov. São as milícias que estão militarmente? hoje desconhecendo ao CNT e não as podem desarmar, porque sabem que se vai produzir um derrocamento. Há que entender que são massas muçulmanas que Y: sabe-se que tinha medo em setores de estão influenciadas também por sua religião. E com todo este tipo de artimanhas e base quando atacava Khadafy. Tinha enganos acho que o CNT tem conseguido parcialmente impor este tipo de uma retaguarda que estava muito estabilidade. assustada, teve muitos que escaparam para Egito quando vinha o exército do ditador lixo. Essas pessoas que se escaparam para Egito e que não puderam presenciar a frente de batalha porque não se animavam ou porque não o viam, foram as que em algum momento levantaram uma que outra bandeira de França, acho que pode ter sido visto pela televisão, foi uma minoria. Em sua grande maioria sabia-se que se algum lixo da OTAN pisava território líbio não O chacal Khadafy ataca os insurgêntes em Trípoli iam ter a menor dúvida -e estou falando das milícias- de lhe voar a cabeça ao Uma anedota: Tinha um geral ex Chegar a um país o qual me tinha invasor, porque não permitiriam jamais kafdafista, mão direita de Kadafi em vendido por todos os meios e por meio da que uma situação como a de Iraque ou frente a todas as repressões, e um líder bandeira vermelha e demais, que era um Afeganistão se repita. militar que esteve os últimos 40 anos país socialista, um país igualitário, um junto a Kadafi. Impedia o avanço das país onde todos cobravam por igual; e a milícias, constantemente punha travas, miséria que se via aos olhos, que foi o Por que disse que a relação do CNT com ou as desgastava. As fazia avançar, que explique recém, esgotos estourados a milícia é praticamente nula, porque se perder companheiros e retroceder. Esse e demais, a miséria quanto às pessoas uma força militar não conta com o CNT general ex kadafista foi justiçado por um que não tinham para comer. E, uma como se abastece? setor das milícias. Imediatamente após diferença entre os que estavam sócios ao isso as milícias avançaram com todo seu governo e os trabalhadores, acho que Y: O CNT pode impor seu poder, quando poder, e obviamente com algumas esse foi o motor inicial que me se meteu a Trípoli. Eles expropriam -por perdas, mas puderam impor sua marcha impulsionou a participar. dizer de alguma maneira- o levantamento até as portas de Sirte. de Trípoli. Foi algo bastante organizado. Foi o que você viu? Estávamos resistindo em Misarrata, daí Qual é a percentagem de milicianos passamos a Zliten que ficava bastante internacionalistas foram a lutar aí e qual é Y: Foi o que eu vivi, e experimentei. Na perto de Trípoli, e de um dia para o outro o grau de discussão política que há frente de batalha às vezes comíamos as milícias do leste entram a Trípoli. E dentro das mesmas milícias? Discute-se bem e às vezes nos faziam um molho quando começamos a avançar porque o a idéia de expropriar, de tomar o poder aguado com feijão e algo de pão. Então exército tinha deixado de assediar-nos, ou defender a revolução que está em isso dá conta também do nível de vida demos conta que não tinha exército, que curso? neste país, que faz um poço com uma pá tinha desaparecido. Em esses 150 e sai petróleo, mas tem gente morrendo quilômetros não tinha nenhum Y: Podemos nomear palestinos, não sei o de fome. acampamento de guerra. Tinha número. Teve muitos egípcios, não eram escaramuças isoladas. O exército junto uma grande maioria, mas estiveram na Qual é o papel que jogaram os com a OTAN tinha ajudado a tirar a frente ou em a retaguarda. Na retaguarda trabalhadores, concretamente como setor Kadafi da Líbia em um comboio também tinha muitos filipinos, bósnios e social, e se ficou algum saldo totalmente armado, algo que se a OTAN demais que colaboraram também com as organizativo além das milícias, como estava realmente disposta a destruir o milícias. Estive uma tarde intera falando organizações operárias? tivesse visto desde o ar, porque são com um que dirigia um antiaéreo, numa capazes de me ver a mim, não vão ver destas camionetas expropriadas. Se Y: Tinha uma ditadura onde todo tipo de um comboio escoltado por este solidarizava de maneira profunda com a organização operária ou de qualquer tipo armamento de guerra que nos esteve causa Líbia e associava-a com a causa estava totalmente proibida, por mais que assediando mais de dois meses em palestina. fora em nome da revolução. Se não Misarrata? O tema da expropriação e desconhecer passava pelo governo e era aprovada Então fazemos nossa entrada triunfal a as autoridades impostas se falavam pelo lixo do ditador era óbvio que ia ser Trípoli, onde encontramos pouca sempre. No tempo que eu estive o massacrada. É algo novo isto dos resistência, mas não encontramos a objetivo era massacrar à cabeça do sindicatos e demais, após 40 anos de cabeça do ditador. É aí onde nos ditador. Sabia-se que não se lhe ia a ditadura. As milícias estavam compostas enganam, como muitas vezes. Mandam- entregar à OTAN, nem a Haia, nem ao por trabalhadores. Colegas meus eram nos a Sirte, onde se produz um grande CNT. O que capturasse a Kadafi lhe taxistas, operários, mecânicos, desgaste da milícia. Assim fica livre um metia três tiros na cabeça no mínimo, e metalúrgicos, motoristas de caminhões setor de Trípoli, o setor das instituições, e isso era vox populi, se falava sempre. No em nas petroleiras, trabalhadores das se fazem das casas dos oficiais ex momento em que as insurreições boca de poço (de petróleo, NdeT), o kadafistas que tratam de legitimar a começaram e estiveram bastante duras, denotam as mãos que podem ser visto autoridade do CNT por meio destes lixos toda a produção se expropriou e se pôs nas fotos. que dizem ser renegados do kadafismo em solidariedade com as massas e os Isto das organizações é algo novo, se mas terminam sendo exatamente o colaboradores. De modo que é óbvio que tinha começado a impulsionar o mesmo. (…) a discussão de expropriar e de produzir movimento de sindicatos, não sei se o Falando com os companheiros de Trípoli para o povo sempre esteve. chamar assim... seria um grupo e Bengazi nestes últimos dias, se bem o representante da classe trabalhadora. De contato telefônico é pouco e as palavras Que idades tinham os milicianos e o que modo que isso ficou em construção. que usamos por uma questão de te moveu para ser parte das milícias? Obviamente tinha um objetivo primordial segurança não são muito fluídas, poderia que era derrocar ao ditador e terminar dar conta de que estão ocorrendo Y: Nosso grupo de milicianos se auto- com esta ditadura de fome e as milícias e confrontos militares, e que em base a denominava “a revolução de 17 de os que as integrávamos, de alguma isso estão tentando captar com o engano fevereiro dos jovens”, porque foi uma forma -com o fuzil- expressávamos os de que se unam ao novo exército revolução impulsionada por jovens, entre interesses dessa classe. nacional. Mas há uma grande quantidade 17 anos e 27 em sua maioria. de pessoas que estão vendo e fazendo a Obviamente tinha gente grande, mas com Como se comunicavam entre vocês? experiência de que o CNT não é melhor maioria de jovens. que Kadafi, é igual ou pior.
  • 5. Y: A tecnologia que utilizava o inimigo era Y: As massas estavam comunicação por rádio walkie-talkie e se totalmente a disposição foram expropriando esses instrument os das milícias, bem como e começamos a nos comunicar mais. No os hospitais operavam começo era espontâneo e netamente totalmente grátis, de vez anárquico, não tinha uma comunicação em quando cruzava um nem uma organização entre nós. À caminhão de Egito que medida que fomos expropriando a mandava insumos, e era tecnologia ao exército fomos nos o que se punha a armando e nos organizando melhor. disposição das massas. Muitas das camionetes que expropriamos Se se te inflamava o da ditadura, que parecem ser Toyota, são apêndice podias ir ao camionetes chinesas que o ditador tinha hospital, e se te atendia. pactuado entregar com facilidades a todo Era bastante fraterno e solidário o acionar semanas, justo quando a Khadafy o aquele que tivesse nascido na data do da retaguarda das massas com a estavam assassinando, o governo de Evo aniversário de sua revolução. vanguarda que eram as milícias. Morales estava a ponto de ser derrocado Camionetes que o povo não quis e Nosso treinamento eram as batalhas, a justamente pelo combate das massas recusou, ficando varadas nos portos. vitória e a derrota da cada dia. Com dos T.I.P.N.I.S. Lá na Líbia, reconhece-se Quando estoura a insurreição o primeiro gente que luta primeira vez via ou tomava à esquerda traidora, ao FSM e aos que fazem as massas é buscar um meio um fuzil em suas mãos, e que enchia de verdugos da classe operária de hoje em de mobilidade rápido. Imediatamente balas um carregador. E pela primeira vez dia? Conhecem-se entre as milícias, os expropriam estas camionetes e junto com via o efeito que esse fuzil causava em cidadãos de Misarrata, da Líbia, do os metalúrgicos e os soldados de base, outra pessoa, isso era bastante chocante. Egito? Que estão fazendo para poder começaram a armá-las para pôr ao Não tínhamos treinamento militar, era estrangular a esses caras? serviço das milícias e da insurreição. imitar simplesmente ao que mais valor tinha. Ao que se cruzava a corrente de Y: Em primeiro lugar um aplauso para o No momento da captura de Khadafy balas ao pescoço e avançava. E tomar companheiro e para a luta dos escutam-se vozes falando em espanhol um pouco a experiência dos soldados de companheiros bolivianos. Nas tinha latino-americanos? base que se tinham passado às milícias. expressões artísticas que se vêem em todas as cidades insurrectas, lho Y: Não tenho conhecimento. Pôde ter As mulheres que papel cumpriram? desenha a Kadafi levantando uma sido um jornalista, ou bem algum com bandeira ianque, com uma estrela de dupla nacionalidade, ou algum latino- Y: A mulher cumpria um papel de Israel, o associando com o sionismo. americano, que em grande gesto de retaguarda, repartiam alimentos. Reconhece-lho como lacaio do internacionalismo teria ido em apoio das Conseguiu-se -pese a todas as restrições imperialismo. Não se fala do FSM e massas insurrectas. Mas o que pude do culto muçulmano- conformar um grupo demais, mas se tem em conta que tanto escutar é que falavam árabe. de mulheres que se armaram para a ele como Ben Ali, como Hosni Mubarak, auto-defesa porque os soldados kadafos como Al-Assad, inclusive a ditadura do A morte de Khadafy foi coordenada com vinham e as violavam. Assim lhes Irão, lhos reconhece como inimigos ao a OTAN? isso é verdadeiro? entregávamos armas para que pudessem processo insurrecional. ser defender. Y: Não sei por qual meio terá saído. O Quando se lhes terminavam as que sim escutei é que a OTAN se Como era o bunquer de Kadafi? munições, Como lhas arranjavam? adjudica essa vitória. E sai o lixo de Obama a reivindicá-la. Depois começam Y: Tinha um muro de aproximadamente 3 Y: Numa guerra é o mais catastrófico. a sair os vídeos na internet de que tinham ou 4 metros, ao que não lhe passavam as Nosso nível de organização estava quase sido as massas, os que o justiçaram e balas de fuzil semi-automático. Tinham sempre baseado na poupança de levantaram a cabeça de Khadafy. Acho fossas onde encontramos colegas munições. Nenhum festejo ao ar, isso que ao não poder sustentar essa mentira fuzilados e colegas aprisionados, presos significava menos trinta mortos. Teve enorme de que eles tinham participado políticos. Tinham grandes armazenes de momentos nos que os fuzis kalashnikov, na morte de Kadafi, é que saem a armas, e contava com um bairro de porque tinha desabastecimento de balas condenar aos meus companheiros que privilegiados, com televisores e todas as 762 ou 31, ficaram sem balas. Salvaram- pude ver nos vídeos e que reconheci. comodidades de um lacaio do nos os antiaéreos e as balas de FAL que Saem a buscar a cabeça destes imperialismo e os colaboradores do tinha nos quartéis de Bengazi, e que companheiros que tinham justiçado por regime que viviam junto ao ditador. puderam ser transladado a Misarrata. mão própria ao ditador lixo. Desminto Estava a carpa do ditador. Encontramos Previa-se e tratava-se de fazer uma totalmente que a OTAN tenha sido a metralhadora do ditador banhada em ofensiva para tirar-lhas ao exército ou aos partícipe desta ação, e acho que o ouro. Via-se totalmente refletido o soldados caídos. Mas conquanto ficamos desmentem os fatos, porque se tivessem “socialismo”, a sociedade que pretendia curtos de balas, não estivemos sem sido participes não estariam condenado Kadafi e o que mostrava aos demais era balas. Antes de ser pegos pelo inimigo àqueles que justamente o fuzilaram. totalmente uma farsa, era a máxima quem nos dirigia levava uma granada expressão da mentira. consigo, preferia morrer antes de cair em Como faziam para combater? mãos do lixo. Compartilhavam a tecnologia? Que vão fazer com as milícias? Funcionavam os hospitais? Que faziam Que discussões políticas tinha nas as massas? Y: A última notícia que tive dos milícias? Falava-se de como seguir a companheiros, bastante novas, é que luta? estão tratando de cooptá-los para o exército nacional do Y: As discussões eram em condições e Estiveste em algum combate junto a CNT. Esperemos que não o em qualidade de milícias, eram forças um amigo? possam conseguir. São 9 totalmente precárias. Em quanto as meses de guerra, estão discussões a futuro deram-se em algum Y: Quando chego a Misarrata conheço a um totalmente cansados da briga momento, vivíamos no dia a dia. letrado, um pensador da esquerda, um quadro constante, incessante e com Lamentavelmente o primeiro que se militante. Tinha viajado a Ucrânia para fome. E tendo em conta a falta tentava fazer era sacar ao ditador, porque conhecer os inícios e as raízes de Trotsky. de um Partido Revolucionário sabíamos que como conseqüência se Começou sendo castrista e depois fez-se forte na Líbia, temos que pôr retirava a OTAN e deixaria de custodiar o trotskista. Tinha muitíssima clareza na frente de em pé imediatamente este céu líbio. Eram as discussões políticas batalha e na retaguarda. E no político, com ele Comitê em Defesa das massas que estavam à ordem do dia. Sempre se compartilhei muitas discussões, e muitas insurrectas de Misarrata e falou da solidariedade com a Tunísia e o batalhas. Lamentavelmente se martirizou, caiu Líbia, para que não possam Egito, e sobretudo com as massas nos campos de batalha. Esperemos que esta ser enganadas e atacadas. insurrectas da Palestina. A idéia era proclama internacionalista e este Comitê que formar algo que pudesse solidarizar-se estamos impulsionando sirva para vingar a René: Pertenço ao Movimento com todos os movimentos que estavam morte e o sangue de meu colega. Já demos um de Costureiros Imigrantes no norte da África e Oriente Médio. primeiro passo adiante, e com a cabeça de Bolivianos, e faz umas Khadafy o pudemos fazer.
  • 6. EM 18 DE NOVEMBRO, NO BUENOS AIRES – ARGENTINA, REALIZOU-SE: O ATO “EM DEFESA DAS MASSAS INSURRETAS DA LÍBIA E SUAS ORGANIZAÇÕES” Representantes das organizações que convocaram ao ato em defesa das massas líbias “A manutenção das armas em poder do povo é a única garantia de que avance a revolução. Há que unir a todos os que estamos dispostos a defender este direito elementar! Para isso há que começar por defender aos milicianos que justiçaram ao ditador, perseguidos pelo governo, que cumpre as ordens da OTAN.” Reproduzimos a seguir um fragmento da reportagem a Yusseff Mohammad a Al-Arjentiny, depois do ato-debate em Defesa das massas insurrectas de Líbia e suas organizações operárias e populares de luta. Que passou com a ofensiva sobre Sirte para acabar com Kadafi? Y: Os imperialistas não queriam que as milícias executassem ao ditador. Estavam negociando sua retirada. Em última instancia, queriam ser eles os que aparecessem derrotando a Kadafi. No entanto ali, como em muitas batalhas, os milicianos superaram o cerco imperialista e avançaram sobre os objetivos. Ademais quero-te dizer outra coisa: tinha muita clareza em todo o povo em relação ao que tinha que fazer com Kadafi. Todos diziam: Jamais entregar a Kadafi! Por isso, os que o justiçaram são considerados heróis pela maioria da população. Não é casualidade que o governo e o imperialismo tenham questionado a execução, atacando aos milicianos que a cumpriram. Por isso a grande tarefa de agora é os defender, impedir que os julguem e punam, defender ao povo em armas! Como funcionavam as milícias e os setores que controlavam? Y: As empresas estavam nas mãos dos trabalhadores e o povo. Todo o que se expropriava se repartia em partes iguais entre todos; o alimento, o petróleo, o pão, a água, controlado por comitês de trabalhadores e o povo. Eu um tempo cumpri essa função na retaguarda junto com os comitês. Os que brigávamos comíamos uma espécie de “molho” onde molhávamos o pão e sobre o qual flutuavam uns feijão. Quando ganhávamos uma posição que tinha pertencido ao inimigo ou entrávamos nos bairros dos militares (a maioria vivia muito bem) repartíamos a melhor comida que encontrávamos. As milícias, além de organizar a vida e repartir as mercadorias, garantiam a aplicação de justiça. Aos setores mais unidos ao poder, aos mais corruptos e sanguinários, diretamente passava-lhos pelas armas. Aos mais recatáveis, tratava-lhos de somar às forças da resistência. Misarrata é uma cidade muito combativa porque a diferença de outras localidades, ali executou-se praticamente todos os setores relacionados à ditadura. A justiça popular foi exemplificadora e saudável. Qual era a imagem de Kadafi entre a população? Y: O discurso com o que assume Khadafy, em seus primeiros anos, é “antiimperialista” de um regime que vai trazer “igualdade para todos”. Que a gente de maior idade reivindique isso e que os jovens o odeiem por fazer todo o contrário, acho que mostra a consciência antiimperialista do povo líbio. Pelo que me contam caiu muito mau o alinhamento com Bush para apoiar a guerra contra Iraque e Afeganistão. Também era mau vista a política do governo de condescendência com os sionistas. Na Líbia há uma grande consciência antisionista, não antijudía, porque a gente diferencia com clareza a religião judia da política que leva adiante o estado de Israel. Lá reivindicam muito aos palestinos por sua luta, como também aos trabalhadores e o povo de Egito e Tunísia, que vêm de derrotar suas ditaduras. Que perspectiva vê a população na Líbia? Y: Pelo que eu entendo não se fala nem de eleições nem de coisas parecidas. Também não tem-se muita clareza em relação às políticas que teria que aplicar. O que sim a absoluta maioria dos trabalhadores e o povo não quer deixar as armas, porque entende que é a melhor maneira de defender seus direitos. A única garantia de que não os passem por cima. A muitos milicianos e à gente do povo custou-lhe muitíssimo conseguir um arma para defender-se, às vezes eram assassinados três trabalhadores tentando ter um rifle. Para eles não é só um arma de luta, é sangue que não querem entregar. Isto é muito importante e há que o defender, em todo mundo, impedindo que desde o governo e o imperialismo desmobilizem às milícias. Há uma campanha internacional de isolamento do povo armado, montada por setores políticos que se denominam de esquerda, mas que nos fatos trabalham em equipe com o governo do CNT e a OTAN: o isolamento lhes permitirá a estes últimos passar à ofensiva militar sobre os milicianos. A manutenção das armas em poder do povo é a única garantia de que avance a revolução. Há que unir a todos os que estamos dispostos a defender este direito elementar! Para isso há que começar por defender aos milicianos que justiçaram ao ditador, perseguidos pelo governo, que cumpre as ordens da OTAN. Em esse sentido, já teve mobilizações em Bengazi.
  • 7. Extrato da intervenção do companheiro do Secretariado de Coordenação Internacional da FLTI "Há uma discussão apaixonante na esquerda mundial, que (…) Há alguns que dizem que as milícias eram agentes da pede DNA às milícias. Análise de sangue para ver até onde OTAN desde Bengasi. Outros dizem desde que avançaram a estão contaminadas pelo CNT e a OTAN. Quem pede essa Misarrata. Ouvi a um imbecil dizer que a Royal Air Force análise de sangue às milícias de Bengasi e Misarrata? A marcou o objetivo às milícias de onde estava Khadafy. Mas esquerda européia e mundial que jamais falou que tinham que Khadafy saiu de Trípoli com um Comboio de 2 mil soldados, 50 fazer nem Misarrata, nem Egito, nem Tunísia. E, que muito caminhões, 45 tanques e foi acomodar-se em Sirte. Como vai menos propôs que para conseguir o pão na Europa, parar o marcar o objetivo a OTAN amiga de Khadafy, às milícias de ataque na Grécia tinha que fazer uma revolução, derrotar ao onde estava Khadafy, se o sacaram os assessores de Bush, do exército da Espanha, ao exército de Sarkozy, ao exército de Partido Republicano e da CIA? Sacaram a Khadafy e Obama e fazer-se do poder, e desorganizar ao exército, fazer mandaram para Sirte, enquanto a burguesia do CNT negociava insurreições, e fazer revoluções. com a burguesia de Sirte como iam fazer os negócios, sobre a Não teve uma só corrente da esquerda européia, no meio do base de que a Khadafy o entregava o imperialismo, como faz maior ataque da história à classe operária européia, que tenha todo burguês, porque Khadafy não lhe servia mais para manter dito que tinham que fazer insurreições, se armar, para os negócios na Líbia. Tinham lembrado que a Khadafy o conquistar o pão. Essa é a esquerda que chamou a parar o mandavam ao tribunal da Haya, e estavam discutindo, com a ataque dos capitalistas pressionando para que “morigerem o burguesia de Sirte, como somavam ao CNT a 40 membros da ataque” na Europa. Ou vamos esquecer que essa era a burguesia de Sirte. Iam ampliar o CNT de 40 a 80 membros. E política. Que não tinha condições para fazer uma revolução na quando passava isso matam a Khadafy. Festeja Obama. Ria-se Grécia. Que tinha que apoiar a Papandreu e o pressionar para a Clinton. Chorava de alegria supostamente Sarkozy. que nos de aumento de salário. Líbia, Egito e Tunísia Ao outro dia aparece o vídeo. Vocês imaginam um míssil da demonstraram-lhe ao reformismo da esquerda mundial como OTAN contra uma camioneta de Khadafy? Um míssil? Alguém se consegue o pão. Derrotando aos Sarkozy, fazendo voar a sabe o que faz um míssil quando bate num corpo? Khadafy não cabeça da rainha de Inglaterra, esse é Mubarak, esse é estava morto, estava vivo. Tinham-no as milícias de Misarrata. Khadafy, esse é Ben Alí. E isso fizeram as massas do Egito, da Eram as massas que lhe diziam cachorro, que em árabe, no Tunísia e da Líbia, e agora a esquerda reformista diz “mas mundo muçulmano cachorro é o pior insulto. Cachorro, por esteve o CNT”, “se meteu a OTAN”; mas por que não foram as meus filhos! Te mato porque se entravas em Misarrata matavas brigadas operárias da França, da Itália, da Espanha para aos meus. Bengasi a combater com os companheiros? Vêm a pedir DNA? Inesperadamente a Clinton deixou de festejar, Obama deixou Se o Partido Anticapitalista francês tem 10 mil, 20 mil de festejar, Sarkozy deixou de festejar, todo mundo dizendo militantes; se o SWP move 50 mil nas ruas de Londres. Por que “que vão presas as milícias de Misarrata”. não fizeram brigadas, como fez individualmente o companheiro, Que significa isto? Que lhe expropriaram toda a revolução que para ir combater e sacar às massas da influência do CNT?” fizeram as massas. Mas o que não lhe puderam expropriar são (..)Khadafy foi o maior representante do imperialismo, na Líbia duas coisas: Primeiro, a cabeça de Khadafy. Na praça de e no Norte da África. Nossos colegas de Zimbábue são Misarrata joga-se futebol e todos dizem que são “Messi” com a testemunhas. A Khadafy pagavam-lhe Itália e França com 500 cabeça de Khadafy. É o triunfo das massas que não lho dólares por cada escravo operário negro que passava a tiraram. Segundo, é o problema que vão ter que desarmar às trabalhar pelo Mediterrâneo e por Líbia. Era um tratante de massas. escravos de operários de cor da África do Sul, Zimbábue, de Lhe expropriaram a revolução, mas não a cabeça de Khadafy e Ruanda e do Congo e mandava-os a trabalhar na Europa. E a a luta segue aberta, entre o CNT e os generais khadafistas, burguesia imperialista da Fiat, da ENI Italiana que tinha a que inclusive tentaram comprar a um setor das milícias. Por maioria das empresas petroleiras na Líbia, lhe pagavam uma isso as milícias têm que voltar ao povo que lhes deu origem. O comissão pelos operários negros da África. Era um tratante de caminhoneiro tem que voltar a dirigir; o operário petroleiro tem escravos do Norte da África. E um setor da esquerda vem-nos que voltar a produzir nas petroleiras; o operário do porto tem dizer que era antiimperialista. Antiimperialista porra nenhuma. que pôr a funcionar o porto; o taxista tem que voltar ao táxi, 10 mil milhões de dólares na FIAT tinha Khadafy, 35 mil mas todos com o fuzil atrás. Isto é, como se salvam as milhões de dólares na British Petroleum, nas transacionais milícias? Como fazemos que o CNT não a coopte? Muito imperialistas. E, onde estava a burguesia líbia? A burguesia singelo. Sem entregar as armas, fazendo comitês de líbia estava toda com Khadafy. Ou a burguesia líbia foi trabalhadores das petroleiras, do porto, para que a classe opositora a Khadafy? Estavam todos com Khadafy. Por isso operária se faça do poder e liberte a Líbia junto com seus quando se levantam as massas a burguesia foge e em irmãos do Norte da África e a Europa”. Misarrata se vingou aos comuneiros de Paris. Não ficou um só burguês vivo em Misarrata. (APLAUSOS) Extrato da intervenção do companheiro Intervenção de David Soria da Comissão de Trabalhadores de Walter Montoya de Democracia Obrera Paty “A conformação desta comissão é um passo “Companheiras e companheiros, trazemos o saúdo dos trabalhadores da carne, da adiante. Não só para as massas insurrectas da Argentina. A questão da Líbia para nós é parte da luta única dos trabalhadores em Líbia e suas organizações de combate, senão geral e os povos contra a opressão, contra a fome, a miséria que provoca o sistema também para toda essa corrente de revoluções capitalista. Isso lhe dá pavor, não somente a nível internacional aos grupos do Norte da África e Oriente Médio que estão econômicos senão a seus sócios locais, a patronal, as burocracias, enquanto há sacudindo a Europa e o resto do mundo. alguns que perderam a pipa, são os que choram hoje a morte de Khadafy, os órfãos Estamos reunidos aqui para pôr em pé, ainda e suas viúvas. que alguns stalinistas não gostem, ainda que ao O que queremos deixar claro é que a ação de hoje em defesa das milícias é parte da FSM (Fórum Social Mundial, NdeT) não goste, briga pelo desprocessamento e pela liberdade de todos os trabalhadores. Os presos de Guantánamo, os estudantes chilenos e na Líbia não nos esqueçamos que de um comitê internacional para defender às Khadafy prestava seus cárceres para a CIA. Por isso nós estamos a favor deste massas insurrectas e para defender às comitê”. organizações operárias e de luta da Líbia. (…) “Desde a comissão interna de Paty, o aporte que devemos fazer a nosso Porque queremos que o enorme processo critério, -já que com o aporte dos colegas tanto da mesa, como também os revolucionário que começou triunfe, não só no esclarecimentos que tem feito o colega Yuseff- a nós em relação à parte que nos Norte da África senão no coração da besta toca como organização com responsabilidade ante a classe trabalhadora, é que imperialista. Por isso saudamos e fazemos temos que fazer e de que tem que servir isto. A campanha não é a luta pela unidade nosso o combate de nossos irmãos que entre aparelhos, a campanha a temos que levar à classe companheiros. Às combatem em Oakland e em Wall Street, em faculdades, às oficinas, aos colégios, hospitais e às fábricas. Aí é onde lhes temos Tóquio, em Madri, em Roma, e em Atenas”. que dar a batalha a estas correntes, porque aí é onde têm que render contas. Mais “Alguns escrevas do FSM propunham que tinha dois aspectos companheiros: Um é a questão política e o outro é a mesma que há um passeio democrático no Norte da África. E pela liberdade dos presos na Argentina e para que se ponha de pé um Congresso aqui o que tem é um inferno, de sofrimentos e de trabalhadores empregados, desempregados e estudantes em luta com mandato padecimentos inauditos das massas e uma da base. É parte do mesmo. Se lutamos e empurramos por isso à classe, vamos resposta: a revolução e a guerra, porque não romper o isolamento da milícia e de todos os que lutam: os estudantes chilenos, os ficou outro caminho para lutar pelo pão, pelo operários portuários de Oakland, etc. Por isso há que a levar companheiros -e trabalho e pela independência nacional. A luta é voltamos a remarcarlo- à base, aos estudantes. E já começamos hoje! por comer”. (…) “Aí estão novamente hoje no Aos que dizem que os milicianos são “assassinos” lhes demonstramos, que esses mesmos que dizem “assassinos” se calaram durante 42 anos quando Khadafy Egito, milhares e milhares de trabalhadores nas massacrava ao povo líbio. E temos que dizer isto. Que se parecem à burocracia ruas, combatendo ao regime dos generais de sindical que se calava quando os companheiros ficavam desempregados, quando Mubarak, tão assassinos como Mubarak, que nos rebaixavam o salário. Temos que ir à classe. Esse é o desafio que temos!” roubaram a luta das massas”.
  • 8. Extrato da intervenção do companheiro Juan Carlos Beica da Convergência Socialista “Companheiros e companheiras, antes de falar trago um saúdo brigam a direção, sabem fazê-lo melhor que muitos de nós. do colega Carlos Olivera, preso político -agora em dezembro se Mas essencialmente porque têm tido o apoio organizado e cumprem dois anos de seu encarceramento- do regime sistemático de um setor da esquerda mundial, em primeiro kirchnerista. O colega queria estar aqui com vocês, e vê com lugar Castro e Chávez que fizeram todo o tido e por ter para muita simpatia o que esta sucedendo”. isolar às milícias de Misrata e aos milicianos rebeldes que iam (…) “A cada vez que ocorrem fatos violentos, fatos muito por mais e que os imperialistas sabiam que iam por mais”. duros, como o justiçamento de Kadafy, estão os que se põem (…) “Mas o pior do caso não é Castro e Chávez, que os que de um lado e os que se põem do outro. O mérito do Comitê estamos aqui muitos sabemos o papel que jogam, o pior do Internacionalista que estamos tratando de armar é que nos caso são aqueles que se dizem trotskistas capitularam a Castro localizarmos com clareza do lado do povo armado da Líbia. e Chávez porque estavam no “nem” ou no “olho com a OTAN” Nos colocamos lutando ao lado do povo que reclama liberdade, ou no “não nos metamos olha que estão os imperialistas” como democracia, pão, satisfazer as necessidades elementares e se houve-se revoluções onde os imperialistas não vão intervir”. que esta dizendo em este momento: “o poder emana do fuzil, (…) “Agora às provas me remeto, está o colega aqui que não queremos nos desarmar”. brilhantemente explicou. Mas há um fato, há milhares de (…) “Que é o que pretendem a OTAN em primeiro lugar, ou milicianos que não querem entregar suas armas. Que fazemos, seja os imperialistas? Que é o que pretende o governo lacaio os deixamos nas mãos do governos do CNT? Deixamo-los em da OTAN, o governo do CNT, em cumplicidade com o Castro- mãos do imperialismo? Deixamo-los que os triturem ou os chavismo e um montão de setores de esquerda que diz “não vamos defender? Chamo-os à reflexão, os colegas da LIT-QI, apoiamos às milícias”? Isolar às milícias. Porque se as isolam, os colegas UIT, os colegas da cada um dos agrupamentos que as podem triturar, as podem justiçar”. provavelmente estejam aqui e os que não estão, unimo-nos (…) “O governo do CNT, se legitimo porque têm tido políticas todos em defender a revolução que dizemos que existe ou os imperialistas, evidentemente os imperialistas têm políticas, deixamos à revolução que fracasse?” Extratos da intervenção do companheiro Mateus Crespo do Movimento Revolucionário do Brasil “Em primeiro lugar um saúdo para todos às massas da Tunísia, às massas no tarefas da distribuição da terra, da vocês. Esta é uma manifestação e um Egito e às massas na Líbia. Líbia é o moradia, do emprego, por democracia, ato muito importante. (…) Nós dizemos: que tem a mais avançado em todo este pelo direito à organização operária, mas há uma revolução que merece ser na processo. Fizeram isso as massas com que propõe também a expropriação, o Líbia. E esta revolução é algo histórico, é suas próprias forças. Sozinhas, isoladas. armamento do proletariado e o nome de algo transcendente, que temos, antes Contra tudo e contra todos, e contra o uma revolução com estas características que nada, que a defender. Por que é um imperialismo. Fizeram isso através do é uma revolução socialista”. fato histórico deste tipo? Em primeiro método das milícias populares, fizeram (…) “É fundamental a construção agora lugar porque fez-se atirando a um isso armando ao proletariado, armando à de um comitê internacional de ditador e não a qualquer ditador, um população, ou seja através do método solidariedade com as massas ditador de 40 anos na Líbia e que era o mais clássico das revoluções. (…) Por insurrectas na Líbia, mas que não é principal responsável por aplicar os isso nós estamos do lado dessa somente uma solidariedade desde o planos do imperialismo na Líbia. Não era revolução, e é o lado de Yuseff, é o lado ponto de vista político, isso é um ditador contra o imperialismo, era um dos milicianos, é o lado daqueles que fundamental. Senão que seja cada vez ditador junto ao imperialismo. Não só as justiçaram a Khadafy, é o lado dos mais uma solidariedade prática, onde massas atiraram a este governo, senão trabalhadores e dos revolucionários em possa ser armado, organizar, outras que o justiçaram também. Para nós isto todo mundo”. milícias para outras revoluções, que se é algo histórico. (…) Ocorreu como parte (…) “Uma revolução inconsciente, mas intervenha sobre Líbia para ajudar a de um processo mundial contra a crise uma revolução de conteúdo socialista. É disputar o poder e o futuro da revolução econômica, contra a fome, contra uma revolução que propõe ao mesmo na Líbia”. desemprego e foi isso o que impulsionou tempo as tarefas democráticas, as Intervenção de Ana Melvin, Assembléia popular de San Telmo “Vimos a trazer a solidariedade com esta comissão, com as milícias da Líbia e com todas as lutas populares que se estão desenvolvendo neste momento no mundo inteiro. Quando morreu Khadafy o progressismo chorou pela forma cruel em que o tinham matado. O imperialismo, Obama, Hillary, pediram investigações enquanto por outro lado festejavam com toda felicidade que já não ia ter quem fale, que já estava feito o trabalho sujo. Então pensaram que as milícias tinham sido o varre-fundo das piscinas, que era missão cumprida, que podia voltar a começar a reconstrução do capitalismo miserável, que já não tinham mais nada que fazer, que já podia ser começada a construção daquilo com o qual Khadafy tinha colaborado. Pois não, pois se equivocaram. As milícias seguem em pé, têm que seguir armadas e temos que, todos nós, difundir esta luta, apoiar, multiplicar, para que isto seja possível. Porque companheiros, estamos em uma articulação da história do mundo, este é um momento que dentro de anos nos livros de História vai ser referido como a época em que a História mudou. Isto é assim, temos que ter em conta essa perspectiva, temos que olhar para adiante pensando isto, este mundo tem mudado e está mudando e nosso dever como socialistas, como revolucionários, é apoiar isto e seguir em luta para que esta mudança que se esta vislumbrando seja concreto, e tomara o possamos ver”. Extrato da intervenção do companheiro Leo de T.or.re “Desde o começo da insurreição das massas em todo o Magreb, com este processo que na Líbia se deu de uma maneira mais forte, nós nos vemos identificados com a situação das massas árabes, mais oprimidas, mais humildes e a relação que têm com estes governos que são muito parecidos ao governo que temos aqui, supostamente nacional e popular. (…) Por isso nós estamos aqui, na organização e nos sentimos solidários com o companheiro Al Arjentiny com respeito também a todas estas calunias de todos estes aparelhos reformistas. São os mesmos com os quais temos a briga cotidiana aqui em nosso país para que aceitem que este governo tenha presos políticos, que faz perseguição política. (…) Todos os aparelhos reformistas que estão reticentes a aceitar e a difundir, são os mesmos que difamam e que aqui estão dizendo coisas terríveis como que o colega é um assassino, um mercenário da OTAN, e por isso estamos aqui, repudiando essas atitudes e até as últimas conseqüências do que signifique essa defesa”.
  • 9. Adesões ao ato Apresentamos a seguir as adesões ao Ato e à Campanha Internacional em defesa das massas insurrectas da Líbia e suas organizações operárias e populares de luta 17/11/2011 MENSAGEM DE SOLIDARIEDADE DA LIGA OPERÁRIA INTERNACIONAL DE ZIMBÁBUE Nós, o movimento revolucionário de Zimbábue enviamos nossa mensagem de solidariedade a vocês e a todos os camaradas que se juntaram para ser parte do ato em defesa das massas insurgentes da Líbia. As massas revolucionárias da Líbia levantaram-se para derrocar ao regime de Khadafy e seus aliados. Como parte de nossa campanha internacional é nosso dever lutar em solidariedade com um de nossos países africanos, Líbia, combatendo junto ao povo libio. Os dirigentes do Conselho Nacional de Transição (CNT) agora estão desesperados por saquear e combater contra seu próprio povo, para expropriar o combate das massas que foram as que estiveram à frente na luta que derrotou a Khadafy. Como antes fazia Khadafy, hoje é o CNT o que está vendendo petróleo às multinacionais imperialistas enquanto o povo pobre segue igual que ontem. Hoje as potências imperialistas têm começado a invasão neo-colonialista usando aos dirigentes do CNT como sua ferramenta para fortalecer contra as massas e expropriar sua luta. Mas na Líbia a luta continua, já que as massas seguem sendo oprimidas pelo CNT, inimigo das massas e entregador da nação oprimida aos EUA, Inglaterra, França e outras potências imperialistas. Lutamos com o objetivo da verdadeira libertação da classe operária, em solidariedade com o povo da Líbia que está batalhando sob as bandeiras de luta contra o imperialismo norte- americano e o sionismo, para além das fronteiras nacionais e as diferenças religiosas. Os que vimos lutando em solidariedade com as massas líbias, nos levantemos em defesa das organizações combativas dos explorados da Líbia para terminar com o CNT que está entregando o valioso petróleo das massas aos EUA, Inglaterra e França para seguir eles no poder e continuar repetindo o que Khadafy vinha fazendo. Nós, os operários de cor do continente africano sabemos muito bem quem era Khadafy: um verdadeiro tratante de escravos ao serviço das multinacionais imperialistas. Sabemos que ele cobrava comissões por cada operário africano que enviava à Europa imperialista a realizar os piores trabalhos sem nenhum direito, quando as potências imperialistas assim o ordenavam. O chacal Khadafy era sócio menor de Berlusconi - até ontem representante do capital financeiro italiano-, quem encerrou na ilha de Lampedusa (um verdadeiro campo de concentração) aos milhares de trabalhadores provenientes da Tunísia, Líbia, Marrocos e demais países da África, que fugiam de nosso continente pela fome e pelo desespero. Enquanto, o conjunto dos bandos imperialistas europeus jogava a ponta de pistola a centenas de milhares de operários imigrantes africanos de volta a seus países, o que significou que muitos deles morriam como cachorros no mar Mediterrâneo. Frente a isto, nenhuma das correntes da Europa que se diz de “esquerda” moveu um dedo enquanto a nossos irmãos de classe lhes impunham os piores padecimentos. Por isso não nos estranha que estes mesmos partidos, quando nós nos insurgimos em Tottenham, Inglaterra, como ontem o fizemos nas cités de França, nos acusem de ser “vândalos” e “delinqüentes”. E quando protagonizamos revoluções contra nossos verdugos como na Líbia, onde as massas exploradas se insurrecionaram, derrotaram à polícia, partiram o exército, conquistaram o armamento e finalmente, justiçaram Khadafy, estas correntes nos tratam de ser “agentes da CIA” ou “tropas terrestres da OTAN”. Basta de calunias contra os operários revolucionários de África! Escrevemos esta mensagem de solidariedade desde Zimbábue. Vivemos nesse verdadeiro campo de concentração no que têm convertido a Anglo American e demais multinacionais a nossa nação, transformando no país mais pobre do mundo junto com Etiópia. Aqui vimos combatendo, ao igual que os explorados do norte de nosso continente, contra o governo pró-imperialista de Mugabe, que não é mais o que o Khadafy de Zimbábue. Foi o governo de Mugabe quem declarou que “todo o que tente fazer o da Líbia, será esmagado”. E aqui também lutamos contra o “Movimento pela Mudança Democrática” (MDC), um verdadeiro CNT como o da Líbia, imposto pelo imperialismo para manter seu domínio ante qualquer investida revolucionária dos operários zimbabuenses. Por isso afirmamos que o caminho o marcam as massas da Líbia e lutamos em defesa delas. Chegou a hora mais uma vez de estreitar os laços internacionais de solidariedade internacionalista a nível mundial entre as forças revolucionárias, junto com os companheiros da FLTI. Esses companheiros têm organizado e estão totalmente respaldando este ato. Nós lhes damos nossa confiança de que vocês estão na frente da luta, junto conosco, por um mundo melhor. A luta continua! Workers International League (WIL) de Zimbábue APOIO À LUTA SOLIDÁRIA E COMBATIVA BOLÍVIA DOS OPERÁRIOS NA LÍBIA Ante o pedido solidário, por companheiros combativos na Bolívia, no marco da luta de classes, a emissora “Rádio Nacional de Huanuni”, meio de comunicação social dos trabalhadores mineiros de Huanuni-Oruro-Bolívia, e ante o conhecimento da valente luta operária líbio que lhes correspondeu jogar historicamente no derrubamento de um governo da reação como o de Khadafy não há outro caminho que mostrar toda nossa admiração aos operários, operárias e juventude que deu seu valioso aporte, por encontrar uma aspiração que todo operário do mundo requer urgentemente: sua verdadeira libertação. E condenamos duramente a toda tentativa do capitalismo e de seus tentáculos: o CNT e a OTAN, que querem desconhecer que a luta pela liberdade da LÍBIA corresponde nada mais aos operários líbios e à conduta libertadora de todo seu povo por se desfazer da férula Khadafista e capitalista, para brindar uma completa soberania e independência da LÍBIA, bem como também na Bolívia os mineiros de Huanuni, estão em essa tarefa nobre e humana de pôr à frente das massas, para obter muito cedo nossa verdadeira independência e que será obra dos explorados e pobres do mundo. Por isso e bem mais, companheiros operários da LÍBIA, nosso saúdo combativo e revolucionário de classe para todos vocês e nossa homenagem firme para nossos caídos e feridos que estão em nosso pensamento diário. DESDE A RÁDIO “NACIONAL” DE HUANUNI – ORURO – BOLÍVIA - TODOS OS TRABALHADORES DA EMISSORA MINEIRA Atenciosamente.- Rafael Linneo Morales - DIRETOR
  • 10. Campanha em solidariedade pela defesa incondicional das milícias de Misarrata Por Juan “Pico” Muzzio, membro fundador da LOI-CI Defesa Incondicional das milícias de Misarrata! Para que seu exemplo de combate chegue e destrua o coração da Europa imperialista! Al-Arjentiny e Juan “Pico” Muzzio Senti uma grande alegria e festejei no dia em que as massas insurrectas e suas milícias na Líbia executaram ao verdugo Khadafy, chefe do governo e regime do imperialismo e as petroleiras. Glória e honra a todos os milicianos insurretos que caíram em combate! Sua luta não foi em vão! Os combatentes que seguiram terminaram festejando na praça de Bengasi. Este grande exemplo de luta e justiça operária faz correr um arrepio e terror pelas veias do cadáver fedorento do sistema capitalista imperialista e seus monopólios hoje comandados por Obama, pois o temor é que este exemplo se espalhe por toda a Europa: que volte Grécia a se prender fogo, que volte Inglaterra a se prender fogo, os indignados na Espanha contra o governo de Zapatero, a monarquia e o pacto da Moncloa, as últimas manifestações na Itália e a atual queda de Berlusconi, e que todos estes métodos de luta se tendam a sincronizar com a América Latina. Isto combinado com a crise da economia mundial faz que tenha milhares de hectares de pasto seco para que se acenda a revolução nos países imperialistas e nas colônias. Este grande exemplo põe triste e de luto aos que se fazem passar como aliados dos operários: Chávez, Castro, Evo Morales, Cristina Kirchner, todos os que estão no Fórum Social Mundial, os renegados do marxismo PO, MST, MAS, PTS, e os socialimperialistas agrupados no NPA. Para que este exemplo não se espalhe sobre os povos martirizados como Palestina, os países imperialistas (EUA, França, Inglaterra, Alemanha, etc.) as petroleiras, a ONU, a OTAN, e o atual governo do CNT com seus generais e oficiais khadafistas, com a ajuda dos renegados do marxismo e do Fórum Social Mundial como sempre o fizeram em toda revolução, têm lançado uma verdadeira CAMPANHA DE CALUNIAS E DESPRESTIGIO sobre os organismos de luta do povo líbio. Já fizeram isto na Latino América e por isto mantêm presos aos comuneiros de Ayo Ayo -Bolívia- que no ano 2004 justiçavam a seus verdugos com os métodos da classe operária queimando em praças publicas aos prefeitos corruptos; o mesmo faziam seus irmãos do Puno no Peru, no povoado de Ilave no mesmo ano; em Moquegua em 2008 para defender-se da repressão e garantir a greve departamental saqueavam delegacias tomavam de reféns a 35 polícias até que se rendessem aplicando assim uma derrota militar aos cães de guarda do regime fujimorista de Toledo naquele tempo. Estes combates, que foram isolados por parte de todas as direções reformistas latino-americanas e traídos pela burocracia sindical foram defendendo suas terras e atacando os interesses das petroleiras com os métodos da classe operária, com piquetes, barricadas, com verdadeiros tribunais populares para punir aos patrões assassinos. Quando na Argentina se levantaram os piqueteros do norte de Salta atacando os municípios e os prendendo fogo, assaltando as delegacias e se armando, e tomando as plantas petroleiras ao grito de: Vivemos sobre a riqueza e não temos para comer! Trabalho digno para todos já! Renacionalização sem pagamento sob controle operário de todas as petroleiras! Conquistando seu programa de 21 pontos, acusavam-nos de “matacos”, aborígenes bárbaros, delinqüentes, guerrilheiros, infiltrados, provocadores, agentes da oposição, toda esta campanha de desprestígios e calunias eram feitas nos escritórios das petroleiras imperialistas e o governo de Romero (PJ), enquanto a esquerda reformista corria ao salão dos passos perdidos dizendo: “Eu não fui”. Eles são os verdadeiros inimigos da classe operária que as dividem e estrangulam sua luta, eles são os verdadeiros agentes do imperialismo ao interior do movimento operário para submete-lhos a sua própria burguesia! Em 2001 quando estourou a revolução D´Elía e essa podre burocracia da CTA, nos acusavam de ser infiltrados. Eles junto aos renegados do trotskismo serventes da revolução bolivariana, para pôr um broche final à destruição dos organismos das massas em luta (piquetes, comitês, assembléias populares, e todo o que colocamos em pé, etc.) entregaram o microfone a Fidel Castro em 2003 nas escadarias da Faculdade de Direito dizendo às massas que apoiassem a Kirchner que tinha que trabalhar, que agora este ia repartir. E assim estamos hoje, com os mártires de Mosconi e Tartagal esquecidos e com as petroleiras retomando o controle e com a Kirchner e as cooperativas e os micro empreendimentos (a política do Fórum Social Mundial, de Castro Chávez e Hu Jintao), todas trabalhando como nas maquiladoras do México. Os mortos de 20 de dezembro, o massacre no Parque Indoamericano, o assassinato de Mariano Ferreyra, o massacre de Jujuy e todos os presos e perseguidos não têm justiça, em a cada luta decisiva que tentamos levar adiante temos sido assassinados como no Parque Indoamericano ou com presos reféns nos cárceres das mesmas multinacionais que saqueiam Oriente Médio, no sul da Argentina, na Las Heras. Para que aos organismos das massas em luta não lhes passe como à Revolução Argentina e seus mártires, Temos que combater internacionalmente em defesa dos milicianos da Líbia! As forças estão na Grécia, nos indignados da Espanha, no valente movimento de indignados e das massas egípcias que se organizam num mesmo combate contra os parasitas de Wall Street, para barrar o massacre contra as heróicas massas revolucionárias na Síria e no Iêmen, para que irrompam as martirizadas massas palestinas! As forças estão nos estudantes chilenos que combatem junto aos Zengakuren pela defesa incondicional dos presos reféns do regime cívico militar servente do imperialismo e as multinacionais japonesas que saqueiam o cobre. Nos mineiros e camponeses bolivianos que combatem contra Evo, carcereiro dos comuneiros de Ayo Ayo, servente do imperialismo igual que Khadafy. Aí estão as forças para pôr em pé os comitês operários internacionais em defesa das milícias de Misarrata, Bengasi e Trípoli! Defendendo as milícias, impedindo que as esmaguem e brigando para que avancem em seu combate, estaremos em melhores condições para brigar internacionalmente pela defesa de todos os nossos presos, processados e por todas nossas demandas. O imperialismo NÃO pode permitir o ataque à propriedade privada, a execução de seus chefes e seus milionários lucros, para defender isto faz guerras, tem presos como em Guantánamo, bombardeia Paquistão e conta com a colaboração da burocracia, a aristocracia e toda a esquerda reformista que vivem das migalhas que lhes dá o imperialismo. A classe operária que é uma só e internacional tem apresentado batalha. Hoje, depois de participar em este ato pela defesa das massas líbias posso ver que a fração internacionalista com a que rompemos o MAS (Movimiento Al Socialismo, NdeT) em ‟88 ao grito de “Viva a revolução política em Armênia! tem sua continuidade. Ficou claro qual é a única corrente internacionalista que luta por coordenar as ações das massas a nível internacional. Quando rompemos o PTS, a fração majoritária queria ser localizado como fração internacional, já a realidade tem demonstrado que não são mais que uma seita nacional com alguns grupos satélites.
  • 11. Mensagem de solidariedade da JRCL-RMF ao ato de 18 de novembro em defesa do povo insurgente líbio Nós, os marxistas revolucionários do Mobilização de trabalhadores e estudantes japoneses contra as plantas nucleares Japão, lhes enviamos nossa mensagem de solidariedade a vocês, a todos os camaradas que se reuniram neste ato em defesa das massas líbias insurrectas. As massas trabalhadoras líbias, que se levantaram para derrubar ao regime de Kaddafi, agora estão resistindo padecimentos de outro tipo pelo assim chamado Conselho Nacional de Transição aliado aos imperialistas norte- americanos e europeus. Achamos que é um dever internacionalista lutar Povo combatente da Líbia! em solidariedade com elas, as massas líbias combativas, Lutem por derrocar a dominação da direção do CNT! Lutem para derrotar a agressão neo-colonialista das potências contra a invasão neo-colonialista das potências imperialistas. imperialistas! Lutem com o objetivo da verdadeira libertação Os dirigentes do CNT agora estão desesperados por afogar do povo trabalhador, em solidariedade com as massas a luta do povo líbio. Estão entregando os recursos trabalhadores do Egito, da Palestina e todo Oriente Médio, petrolíferos líbios às multinacionais imperialistas e ta mbém que estão combatendo sob as bandeiras de “contra o estão entregando ao povo líbio como presa da cobiça imperialismo americano e contra o sionismo” para além das capitalista por lucros. Tal como o fazia Kaddafi! fronteiras nacionais e as diferenças religiosas. A direção do CNT é uma usurpadora do levantamento revolucionário do povo líbio. O povo levantou-se em luta Camaradas! contra o regime de Kaddafi para derrotar ao governante Devemos lutar em solidariedade com elas, as massas corrupto, que se tinha enriquecido, junto a seus lacaios, a insurgentes líbias. Estamos presenciando, no entanto, entre expensas das massas trabalhadoras em acordo com as os stalinistas, os degenerados do trotskismo e outros grandes petroleiras imperialistas. Jibril e outros dirigentes “da esquerda”, que alguns alavam à direção do colaboracionistas, no entanto, roubaram-se a direção do CNT como “forças democráticas”. Também há alguns que, CNT e introduziram tropas imperialistas na guerra civil com efetivamente, defendem ao regime de Kaddafi sob a o objetivo de estabelecer uma dominação autoritária cobertura de “contra a intervenção estrangeira” ou dizendo respaldada pelas potências imperialistas estrangeiras. EUA, que “o levantamento foi tramado pela CIA”. Nós, a JRCL, Grã-Bretanha, França e outras potências imperialistas, que denunciamos a esses “esquerdistas” degenerados. intervieram na guerra civil, produziram assim “a queda de Levantamo-nos junto com as massas líbias. Em Trípoli” ao pôr à direção do CNT à frente, após lançar solidariedade com eles chamamos a uma luta internacional bombas sobre as massas líbias, incluindo aos residentes contra a invasão neo-colonialista das potências imperialistas anti-Kaddafi. Agora as potências imperialistas têm norte-americanas e européias. Lutamos porque avancem as começado sua invasão neo-colonialista usando à direção do lutas contra “a guerra e a pobreza” em solidariedade com as CNT como seu fantoche. (As potências imperialistas têm massas trabalhadoras do Chile, da Argentina e Latino justificado sua intervenção militar sob o pretexto de América, e com todo o povo trabalhador que tem levantado “proteção dos civis”. Como antigos pretextos hipócritas, seus gritos de guerra na Europa, Norte América e China. como a “intervenção humanitária” e os “direitos humanos”, já tinham sido expostos como um engano, como os Também achamos que, para avançar em suas lutas, os bombardeios em Iugoslávia, as agressões contra laços internacionais entre as forças revolucionárias da Afeganistão e Iraque, os imperialistas têm fabricado outro classe operária mundial devem ser fortalecido mais que pretexto que pode justificar sua intervenção em qualquer nunca. Com este fim, a JRCL tem estado fortalecendo a lugar em qualquer momento). solidariedade internacionalista com os camaradas da FLTI e com os camaradas que se reuniram nesta reunião! Temos a confiança de que estão na frente de batalha desta luta, junto conosco. Lutemos juntos! Akira Kato Pela Direção Nacional da Liga Comunista Revolucionária de Japão (Fração Marxista Revolucionária) – JRCL-RMF As camionetes artlilhadas das milicias líbias
  • 12. SÍRIA: APELO DE EMERGÊNCIA A TODAS As ORGANIZAÇÕES OPERÁRIAS E ESTUDIANTÍS COMBATIVAS DO MUNDO PAREMOS O MASSACRE CONTRA AS HEROICAS MASSAS SÍRIAS INSURRETAS! Abaixo o governo assassino do Al-Assad e sua casta de oficiais genocida, todos lacaios do imperialismo! Basta de silêncio! Rompamos o cerco imposto por todas as direções colaboracionistas! Como o fizessem os jovens e operários do estado espanhol no Madri... MARCHEMOS ÀS EMBAIXADAS DE SÍRIA EM TODO O MUNDO! As massas sírias estão suportando uma terrível matança, perpetrada pelo governo De Al-Assad e seus militares assassinos. Desta maneira, banhando em sangue e fogo aos explorados, querem frear a luta revolucionária das massas sírias, que é mais um elo de uma mesma e única revolução que tem começado no Norte da África e Oriente Médio. Infelizmente, frente a estes contínuos massacres, que já cobrou a vida de dezenas de milhares de novos mártires, não teve um só chamado valente das direções das organizações operárias a realizar uma ação internacionalista solidária com os operários e explorados sírios. É que desde o Fórum Social Mundial, as burocracias sindicais, as correntes stalinistas e ex-trotskistas, serventes dos bolivarianos Chávez, Castro, Morales, todos lacaios do imperialismo, se Líbia: “Hoje Líbia, amanhã Wall Street” dedicaram caluniar às milícias líbias chamando-as de “tropas terrestres da OTAN” e “agentes da CIA”. Estes nefastos argumentos que têm como objetivo isolar às massas líbias que conquistaram o armamento e derrotaram a ditadura de Khadafy, permitem que hoje se levante um criminoso cerco sobre as massas insurretas da Síria para que Al-Assad as massacre sem piedade. Assim, desta forma, a sua vez tentam impedir que a revolução no Egito triunfe -enquanto a junta militar segue massacrando na praça Tahrir-, e que isso não se converta na força que precisam as martirizadas massas Palestinas para se libertar destruindo ao estado sionista-fascista de Israel com a revolução proletária, deslocando todos os dispositivos contra-revolucionários do imperialismo na região. Hoje mais de 50 mil soldados passaram-se com suas armas ao bando da revolução desertando do exército de Al-Assad, e inclusive justiçando aos oficiais. Há que aprofundar o caminho das massas líbias que destruíram o exército de Kadafy! Tribunais operários e populares para julgar e punir a todos os assassinos! Abaixo o governo assassino de Al-Assad e sua casta de oficiais genocida, lacaios do imperialismo ianque e sustentadores do sionismo! Rompamos o cerco do imperialismo e seus serventes! Por um governo provisório revolucionário das milícias, as organizações operárias, os camponeses pobres e os comitês de soldados rasos! Abaixo o CNT e seu ultimato para desarmar às milícias líbias a risco de ser atacadas pelos oficiais khadafistas sustentados pelas baionetas da OTAN/ONU! Viva o combate do Egito insurgente, verdadeiros aliados das massas insurretas! Viva o chamado dos operários têxteis a pôr em pé “Conselhos Revolucionários Populares em todas as praças do Egito, para se coordenar e atingir os objetivos da revolução”. Há que pôr em pé o poder da classe operária e os explorados contra o poder dos governos e regimes assassinos e capachos do imperialismo no Egito, na Líbia, na Síria, na Tunísia e toda a região! Que voltem as martirizadas massas Palestinas ao combate pela destruição do estado sionista-fascista de Israel! ROMPAMOS O CERCO CONTRA AS MASSAS SÍRIAS! SIGAMOS O EXEMPLO DOS JOVENS E OPERÁRIOS QUE MARCHAM NO MADRI! Mas contra este manto de injúrias e de cínico silêncio, alçaram-se as vozes de milhares de jovens e operários no Madri, no Estado espanhol, quem marcharam sobre a embaixada da Síria em repudio ao genocídio de milhares e milhares de explorados. Esse é o caminho que deve seguir a classe operária mundial! Não se pode perder um só minuto mais. Há que parar o massacre. Basta de silêncio! Levemos este exemplo às ruas de Londres, Nova York, Atenas, Tóquio, Paris, etc., porque os melhores aliados dos explorados da Europa e do mundo estão no Norte da África e Oriente Médio: as organizações operárias e estudantis combativas devem paralisar a maquinaria de guerra do imperialismo -que são os que armam ao genocida Al-Assad- paralisando os portos e marchando às embaixadas sírias na Europa! Uma só classe, uma só luta contra os assassinos de operários como o governo de Al-Assad! Fortaleçamos a luta internacionalista da classe operária mundial! Tomemos o caminho que marca o combate das milícias líbias: “Hoje Líbia, Amanhã Wall Street!”, para que triunfe a revolução proletária em todo o Magreb e Oriente Médio, insurrecionando aos explorados no coração da besta imperialista. Pelo caminho dos trabalhadores e jovens que queimaram a embaixada sionista no Cairo em apoio às massas palestinas e começaram a coordenar seu combate com os portuários de Oakland nos EUA! Lutemos forjando a unidade das massas exploradas do mundo colonial e semi-colonial, com a classe operária dos países imperialistas! Chamemos aos operários portuários de Oakland, aos “indignados” do EUA e aos imigrantes que sitiam Wall Street, aos trabalhadores e explorados da Grécia, aos indignados do Estado espanhol, à juventude chilena, às heróicas massas palestinas e às indomáveis massas do norte da África e Oriente Médio, aos partidos de esquerda ou antiimperialistas, às comissões internas, corpos de delegados, sindicatos, centros de estudantes, movimentos de desempregados e assembléias territoriais a impulsionar juntos esta campanha anti-imperialista para romper o cerco e uma jornada internacionalista de organização e de luta em todo o mundo em solidariedade com as massas sírias insurretas. 26-12-2011
  • 13. Egito: As massas voltam a ocupar suas praças e retomam o caminho da revolução Contra a falsificação e a mentira do reformismo: Assim se luta! Para derrotar aos generais, à burguesia e o imperialismo, a classe operária e os explorados procuram pôr em pé seu próprio poder Declaração da Associação Revolucionária de Operários Têxteis dirigida aos revolucionários nas barricadas de Tahrir, Alejandría e Suez 29 de Novembro 2011 Onze dias nas barricadas nas praças de Egito são prova de que os revolucionários têm reclamado legitimidade revolucionária em dezessete províncias. Com tudo isto, ainda que os revolucionários tenham dado mártires nas praças, como se oferecendo em sacrifício pela liberdade, a igualdade e a justiça; ainda que eles tenham oferecido seus feridos e perdido a mais de 11.000 nas prisões militares, ainda não temos colhido o fruto de nossa luta. Agora, após dez meses, vemos aos resquícios do velho sistema reciclado, e tentativas oportunistas das forças políticas com autoridade religiosa de ignorar a legitimidade revolucionária das massas nas praças; dez meses onde o sangue dos mártires tem irrigado novamente os pavimentos, agora estão inventando e falsificando a democracia pela qual lutamos. Estão assinando a certidão de morte da As massas revolucionárias retomam a Praça Tahrir revolução nas boletas eleitorais porque sabem que seu caminho ao poder só pode ser sobre o sangue dos mártires e dos feridos. Portanto é tarefa dos 3 - O Conselho Revolucionário informará ao conselho militar revolucionários nas praças propor uma alternativa à das decisões que tem tomado mediante os meios de democracia manchada de sangue que o conselho militar e comunicação. seus aliados -entre eles as forças políticas com autoridade religiosa- têm decidido. 4 - Os Conselhos Revolucionários Populares devem ser A volta das massas às praças tem inspirado experiência postos em pé nas praças públicas de Alejandría e Suez, entre as forças revolucionárias de estudantes, camponeses, após Tahrir, e devem coordenar-se para atingir os objetivos profissionais e marginalizados, as quais devemos construir da revolução do povo. criando uma nova forma de democracia onde todos devem defender. 5 - Os Conselhos Revolucionários Populares são a forma mais madura da expressão democrática da aspiração do O conselho militar e seus aliados nos corredores do poder e povo à justiça, igualdade e liberdade. Representam a os partidos políticos estão preparando um parlamento para legitimidade revolucionária contra a “legitimidade” de ampliar sua presença e legitimidade. Chegou a hora em que Mubarak e a do conselho que ele mantinha junto a seus as massas nas praças ponham em pé formas de aliados. democracia revolucionária popular em Tahrir, Alejandría, Suez, Mansoura e Sohag. Devemos desenvolver novas e Propomos a vocês a eleição de um Conselho legítimas formas revolucionárias de representação Revolucionário Popular nas praças públicas porque democrática desde as ruas e, portanto, devemos criar os apoiamos a revolução com toda nossa força, e como conselhos revolucionários populares nas praças públicas, associação de trabalhadores têxteis, a qual foi formada mediante: após a revolução, nós nos uniremos em apoio e solidariedade com todas suas decisões democráticas 1 - Um voto público das dezenas de milhares nas barricadas mediante sentadas, greves parciais e inclusive uma greve da praça Tahrir para criar o primeiro conselho popular geral devido a nossa confiança em vocês. revolucionário elegendo a 100 revolucionários desde dentro da praça para expressar os objetivos e as demandas de Que triunfe a revolução! legitimidade revolucionária Glória aos mártires! 2 - O Conselho Revolucionário Popular deve formar comitês Associação Revolucionária de Operários Têxteis eleitos, os quais devem tomar suas decisões votando.