DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
Virada Cultural
1. Alberto Goldman - Governador
Volume 120 • Número 92 • São Paulo, terça-feira, 18 de maio de 2010 www.imprensaoficial.com.br
Virada Cultural atrai 4 milhões de pessoas
Durante 24 horas seguidas, a cidade de São Paulo viveu de música, shows e vários tipos de manifestações artísticas
A
Virada Cultural paulista 2010, que
tomou conta da capital no fim de
semana, apresentou números expres-
sivos. Quatro milhões de pessoas, dos quais
330 mil turistas, tomaram os diversos espaços
da cidade. As apresentações chegaram à casa
de 1.049, espalhadas em 189 polos culturais
espalhados pelo centro da capital e também
em lugares alternativos, como CEU´s, Centro
de Tradições Nordestinas, Sociedade Brasileira Magal, delírio com velho sucesso
de Cultura Japonesa, Centro de Cultura
Judaica, trens da CPTM, Terminal Rodoviário
Tietê e diversas unidades do Serviço Social do
Gente, festa e
Comércio (Sesc).
Havia espaço para todo tipo de mani-
muita diversão
festação: de performance de pessoas iça- Um mar de gente. Essa era a definição
das por ganchos metálicos a apresen- para os eventos da Virada Cultura, princi-
tações de balé e ópera. Os estrangeiros Virada Cultural 2010 atraiu grande público para o palco montado na Estação Júlio Prestes palmente na região central da cidade, um
também estiveram por aqui. Os cubanos dos locais com maior circulação de pessoas.
Barbarito Torres e Ignácio Mazacote abri- Pelas ruas do Largo do Arouche, Vieira de
ram a programação. Para os cinéfilos, lobi- Carvalho, Praça da República música popu-
somens e filmes clássicos. Para a garotada, lar brasileira e DJs deram o tom da festa.
a Viradinha deu o tom da brincadeira. Na Avenida São João muito rock, e até uma
Para assegurar a tranquilidade de quem orquestra de frevo e milhares de pessoas por
queria ir até o centro, foram colocados à todos os lados. E não era só: em frente aos
disposição 57 ambulâncias, 4,3 mil homens palcos, nos prédios outra multidão também
e mulheres na segurança (PM, Guarda Civil aproveitava a diversão, transformando suas
e 700 seguranças particulares), 200 briga- janelas numa verdadeira área vip.
distas e mil banheiros públicos. Com investi- Com a diversidade de opções culturais
mento de R$ 8 milhões, o retorno financeiro para todos os gostos, parecia impossível ficar
previsto, só com o turismo, é de R$ 115 de fora da festa. Foi o que fizeram as primas
milhões, segundo a São Paulo Turismo. Monique e Renata Vega. Na arena de música
eletrônica montada no Largo do Arouche,
elas dançaram sem parar ao som do DJ
Edinei. Numa energia contagiante, o público
foi ao delírio. Ninguém parou de dançar um
minuto. Segundo Renata, foi o estilo musi-
cal que a fez comparecer ao local. “Eu amo
música eletrônica”, disse Renata. Já Monique
vai além. “É demais! Essa festa é tudo que
a gente sempre quis! Se tivermos energia
vamos até onde o corpo aguentar”, resumiu.
A festa continuou num dos palcos
mais movimentados da Virada no Largo
do Arouche e Vieira de Carvalho, o público
não parou de cantar e pular. Luiz Caldas e
No Largo do Arouche (acima), havia até dificuldade para se deslocar; Simoninha agitou a Praça da República com seu balanço Sidney Magal foram os destaques da noite.
Magal, que levou o público ao delírio com
Virou samba! Sandra Rosa Madalena, lamentando não ter
participado das edições anteriores da Virada
Na Praça da República não faltou samba ção musical dos irmãos Wilson Simoninha e Cultural. “Não acredito que perdi tanto
no pé. Pelo menos é o que pensa o casal Max de Castro, destaques da noite. tempo para estar aqui. O Brasil vive em São
Wladimir Francisco e Cristiane do Santos. Eles levantaram o público com canções Paulo. O mundo vive em São Paulo. Não me
Apaixonados pelo gênero musical, eles che- como Meu Limão, Meu Limoeiro e Nem Vem deixem fora no ano que vem!”, disse.
garam ainda cedo para acompanhar de perto Que Não Tem, sucessos interpretados na voz do Arrigo Barnabé, Jerry Adriani, Vanusa
o show dos ídolos. “Viemos para nos divertir! pai Wilson Simonal na década de 1960, 1970. e Wanderléa também passaram pelo palco.
Esse é o ritmo musical que mais gostamos. De acordo com Wilson Simoninha, a Virada
Os artistas dessa Virada são maravilhosos”, Cultural é uma excelente expressão democrática Wladimir e Cristiane, apaixonados por samba TEXTOS: FOTOS:
disse Wladimir. Já Cristiane, pela primeira vez que une todas as pessoas em torno da música Anderson Moriel Mattos Fernandes Dias Pereira
no maior evento da cidade, ficou empolgada e das manifestações artísticas de toda cidade. O palco República ainda teve as parti- Claudeci Martins Genivaldo Carvalho
com a qualidade e organização das atrações. “Estamos felizes por fazer parte desse espetá- cipações de Paulo Vanzolini, Jair Rodrigues, Maria das Graças Leocádio Paulo Cesar da Silva
“Gostei dos shows. Se for sempre assim, culo e por nos permitirem cantar. Só tenho que Elza Soares, Nelson Sargento e o encerra- Maria Lúcia Zanelli
Otávio Nunes
pode ter certeza de que voltarei no ano que agradecer pela organização e pelo empenho mento da Virada com as apresentações de Roseane Barreiros
vem”, afirmou Cristiane, que ressaltou a atra- que todos tiveram conosco”, comentou. Germano Mathias e Dicró.