1. A SEGUNDA UN O��
Caio F bio�
"E chegou a Betsaida; e trou-xeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que
lhe tocasse. E, tomando o cego pela m o, levou-o para fora da�
aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as m os,�
perguntou-lhe se via alguma coisa. E, levantando ele os olhos,
disse: Vejo os homens; pois os vejo como rvores que andam. Depois�
tornou a p r-lhe as m os nos olhos dele, e ele olhando fir-memente� �
ficou restabelecido, e j via ao longe e distintamente a todos. E�
mandou-o para a sua casa, dizendo: N o entres na aldeia. "�
(Marcos 8:22-26) comum no Novo Testamento encontrarmos a�
cegueira como
pers-pectiva an loga de verdades mais profundas. Na realidade,�
Jesus n o s abriu os olhos concretos, reais, palp veis e tang veis� � � �
dos cegos, como, fre-quentemente, o fez em fun o de coisas que��
desejava revelar. Vejam no evangelho de Jo o, cap tulo 9, onde Jesus� �
curou um cego de nascen a. Esta cura gera uma controv rsia, criando� �
toda uma situa o, uma celeuma em raz o de sua cura s bita, e um�� � �
col gio de te logos re ne-se para decidir se aquele homem estava ou� � �
n o curado. Coisas do col gio dos te logos... S que o homem estava� � � �
irreversivelmente curado e disposto a assumir as evid ncias do que�
acontecera com ele, fossem quais fossem as consequ ncias.�
Posteriormente, ele encontrou-se com Jesus no templo, sem nem ao
menos saber que fora o pr prio Senhor Jesus que o curara. Jesus�
ent o pergunta se ele conhece o Filho do homem, o Messias, aquele�
que era a refer ncia suprema de todas as es-peran as em Israel. E o� �
que fora cego e agora via perguntou: "Quem , senhor, para que nele�
eu creia? Sou eu mesmo, este que contigo fala, disse Jesus." O
homem, ent o, curvou-se e o adorou. Jesus, aproveitando-se do�
ensejo, do drama, do fato que por si s trazia em seu bojo uma�
mensagem fort ssima, olhou para os circunstantes dizendo-lhes: eu�
vim a este mundo para aqueles que pensam que s o clarividentes, para�
aqueles que jactam das suas vis es, para aqueles que se ufanam do�
seu poder de ver ao longe, tornem-se cegos; e vim para que aqueles
que s o cegos, subi-tamente, tenham seus olhos abertos para que�
vejam em plenitude e em profundidade aquilo que a vida significa. �
justo podermos afirmar e pensar que alguns desses acontecimentos
ligados cegueira nos falam e que, no m nimo, nos lembram a� �
respeito do fato de que pode morar na realidade humana uma cegueira
muito mais profunda, pavorosa e definitiva que acometa a exist ncia�
do ser humano, do que aquela que se deixa perceber atrav s da�
realidade concreta da falta de vis o f sica. A pior cegueira� � �
aquela que se define como a impossiblidade de enxergar o cerne, o
valor, a refer ncia suprema, a origem e o sentido da exist ncia da� �
vida, e de n o perceber a sua ltima perspectiva, a sua realidade� �
final pela qual a pr pria vida se v tomada, possu da, valorizada, e� � �
em-panturrada, por assim dizer, de pro-p sito para existir. Nesse�
sentido que Jesus diz que h muita gente abso-lutamente cega entre� �
n s, pessoas que n o t m refer ncia na vida, nem de onde vieram, do� � � �
que fazem aqui, e de para onde v o. s vezes, "escatologizamos" a� �
perspectiva do que significa estar perdido, e s pensamos naquela�
realidade do estar condenado. Mas estar perdido nas Escrituras �
2. estar sem rumo, n o saber aonde ir, n o ter re-fer ncia, n o� � � � � � �
ter caminho nem estrada, n o ter vis o da vida, n o poder achar� � � � �
a si pr prio com relev ncia na exist ncia. tamb m n o ter rumo,� � � � � �
n o apenas em rela o hist ria, mas tamb m em rela o� �� � � � �� �
trans-hist ria; n o apenas em rela o ao tempo, mas tamb m em� � �� �
rela o eternidade; n o apenas em rela o s coisas que podem�� � � �� �
compor o quadro das nossas op es ou d vidas existenciais, mas,�� �
sobretudo, em rela o ao quadro da nossa pr pria necessidade de nos�� �
embutirmos da vida como pessoas que se encontraram, que sabem quem
s o e que, por causa disso, sabem para onde v o. Por esses motivos,� �
recebemos como empr stimo um valor absoluto para a vida e pelo qual�
faz sentido viver, pelo qual faz sentido morrer, pelo qual faz
sentido ser gente. De acordo com os ensinos de Jesus isso ter luz�
e andar nela; isso enxergar. E notem como este andar na luz de�
Jesus tem a ver com o norteio, a ponto de dizer que, quem o segue,
quem o acompanha, n o anda nas trevas, quem anda com ele tem rumo,�
um rumo claro, fazendo com que a vida deixe de ser uma inc gnita. A�
vida pode estar frequentemente cercada pelo absurdo, mas aquele que
anda com Jesus encontra um sentido maior que o absurdo, e que lhe
traz resposta a todas as perguntas. Jesus ensina que a vida n o vai�
acontecer na escurid o, e, sem d vida, esta a promessa mais� � �
radical, es-sencial e pujante que o Evangelho faz a qualquer ser
humano. Ele oferece em Cristo este descortinar da vida, esta
salva o, este deixar de estar perdido, alienado de Deus, de si��
mesmo e do pr ximo. O texto de Marcos, cap tulo 8, vers culos de 22� � �
a 26, nos d conta de que havia um homem cego, a quem Jesus apanha�
pela m o, e toca os olhos, ungindo-os com saliva. Algo um tanto�
bizarro para algumas mentalidades mais sofisticadas do s culo XXI. E�
quando ele p s as m os sobre os olhos do cego, e lhe perguntou se� �
via alguma coisa, o texto diz que o homem recobrou a vis o,�
entrando-lhe luz nos olhos. A vida deixou de estar pintada de negro
e tudo se clareou, os quadros se compuseram, a exist ncia come ou a� �
se definir ao redor dele. A escurid o absoluta deu lugar luz que� �
trazia consigo a revela o de coisas reais em torno dele. isso que�� �
acontece quando nos encontramos com Jesus e quando recebemos esta
primeira revela o do Evangelho, quando esta primeira un o cai�� ��
sobre n s. Paulo, em sua segunda carta aos Cor ntios, cap tulo� � �
primeiro, versos 21 e 22 diz: "Mas o que nos confirma con-vosco em
Cristo, e o que nos ungiu, Deus. O qual tamb m nos selou e deu o� �
penhor do Esp rito em nossos cora es." Hoje, vemos muitas pessoas� ��
que confessam que encontraram esta luz em Jesus, e que agora n o�
est o mais perdidas, e que t m o rumo dos rumos, o caminho dos� �
caminhos, a dire o das dire es, o sentido dos sentidos. Jesus se�� ��
apresentou a eles como o sentido pelo qual e em fun o do qual eles��
v o viver, caminhar, pois n o necessitar o mais andar em trevas, nem� � �
andar desnorteados; n o ir o mais estar confusos nem perdidos em� �
meio s op es que se apresentam para con-fundir a mente. As op es� �� ��
n o con-fundir o mais, porque s existe uma op o certa para a� � � ��
caminhada da vida humana, e esta j est definida. Saber para onde� �
ir, isto que vale para o despertar da mente, para a sua primeira�
abertura. "Aquele que me segue n o andar em trevas pelo contr rio� � �
ter a luz da vida" (Jo o, 8:12). Eu conhe o muitas pessoas que� � �
poderiam afirmar de maneira indubit vel, calorosa, profunda e�
entranhada de como esta realidade lhes aconteceu, e de como foi
revolucion ria em suas vidas. Eu pr prio me recordo de um dia, h� � �
quase dezenove anos, quando havia uma agonia densa habitando meu
peito, um sentimento profundo de n o ter rumo, de n o saber o que se� �
quer nem o que se , de n o saber o que fazer, nem aonde ir. Eu n o� � �
3. sabia onde minha vida ia parar, eu s sabia que eu estava enauseado�
e que a exist ncia perdera todo o valor e o sentido. A nica coisa� �
que eu sabia que existia uma ne-cessidade de ser alguma coisa pela�
qual valesse a pena ser, e investir o que restava dos res duos da�
esperan a que nunca se extingue de todo no cora o do homem. E eu� ��
estava t o aflito que cheguei a pensar em dar um tiro na minha�
cabe a. Foi quando peguei minha motocicleta e sa procura de um� � �
rapaz que eu sabia ter uma arma. No caminho, passei pela porta de um
templo da Assembl ia de Deus, em Manaus. Um pastor bastante jovem�
pregava, e havia tanta gente ali que sobejava porta afora. Parei,
ent o, e algu m me pegou pelo bra o, dizendo: "Eu conhe o voc , n s� � � � � �
estudamos juntos. Vamos, entre aqui, e ou a uma mensagem que pode�
mudar a sua vida". Eu fui, assim, parar na galeria do templo
completamente lotado e, com atitude extremamente cr tica,�
in-teriormente blindado, fechado, obturado ao que estava sendo dito,
comecei a ouvir o pastor. Quando inexplic vel, estranha e�
subitamente a minha mente se clareou e as coisas come aram a ganhar�
defini o e Cristo come ou a se apresentar a mim como sendo a�� �
realidade mais n tida, absoluta e palp vel, e pela qual a vida fazia� �
sentido. Isso j faz dezenove anos. E durante todo esse tempo eu�
tenho tido muitas d vidas das mais variadas, de todo o tipo e de�
toda sorte. Mas nunca mais duvidei a respeito do valor absoluto da
vida com Jesus Cristo. Nunca estive isento de quest es, de perguntas�
e conflitos. Eu at dou gra as a Deus, porque n o sou uma pessoa que� � �
estratificou a interioridade, achando que j sabia tudo, sem saber�
de nada. Dou gra as a Deus pelas quest es que brotam dentro de mim.� �
Mas dou gra as a Deus pela certeza absoluta e irremov vel que me foi� �
comunicada naquele dia, de que, em Cristo, a vida fazia sentido e
somente nele este sentido era absoluto.
Na experi ncia desse homem de Betsaida como ver, como� � �
enxergar e descobrir o caminho e saber para onde ir. Acontece que
Jesus lhe fez uma pergunta, "tu v s alguma coisa?" Porque a nica� �
maneira de aferir a sa de de algu m que enxerga n o apenas sabendo� � � �
se entra luz pelos seus olhos, se est dia ou se est noite, mas� � �
sabendo se a pessoa enxerga bem.
Quando Jesus lhe perguntou se via alguma coisa, o homem
respondeu que sim, que estava vendo tudo, e concluiu: "Senhor eu
vejo os homens, porque como rvores eu os vejo andando." Ele olhava�
para os homens e eles se pareciam com benjaminzeiros ou mangueiras
andando. Ele confundia homens com as rvores. O interessante que� �
Jesus cura aquele homem no contexto daquilo que j havia dito aos�
seus disc pulos quando, ap s terem visto a primeira e a segunda� �
multiplica o de p es, ainda con-tinuavam totalmente c ticos. Eles,�� � �
no entanto, ainda n o conseguiam en-xergar o que Jesus fizera. A�
ponto de chegarem a ser advertidos por Jesus, para que eles n o se�
deixassem possuir pelo esp rito materialista dos fariseus e de�
Herodes. E logo em seguida cura este homem, de modo interessante, em
duas etapas; e o que o homem diz : "eu vejo os homens, porque como�
rvores eu os vejo andando." Parece que Jesus est querendo, atrav s� � �
desta cura, ilustrar aos seus disc pulos o que estava acontecendo�
com eles. Eles j possu am a luz, eles j eram donos da refer ncia� � � �
absoluta para a vida, eles j seguiam a Jesus. O problema que eles� �
ainda n o enxergavam com nitidez, eles confundiam os homens com as�
outras coisas, os outros objetos. Na cabe a deles ainda havia�
valores aos quais estavam atrelados, impossibilitando-os de atribuir
vida o devido valor que cada coisa possu a em cada ocasi o. Por� � �
4. isso que estavam muito mais preocupados com suas necessidades�
pessoais do que pela solidariedade pelo companheiro. De maneira
muito clara, vemos exemplo disto em Marcos, 8:14, quando os
disc pulos come aram a brigar por causa de um p o: "E eles se� � �
es-queceram de levar o p o, e no barco n o tinha consigo sen o um� � �
p o." A quest o era que eles temiam que aquele nico p o n o fosse o� � � � �
suficiente para ser repartido entre os treze, esquecendo-se de que,
com quantidade insigni-ficante, Jesus operara um milagre,
alimentando uma multid o. Havia uma enfermidade essencial morando em�
suas mentes. Por favor, d em aten o a isso: muitos de n s sofremos� �� �
deste mesmo mal, desta s ndrome de Betsaida; muitos de n s� �
enxergamos, temos luz, s vezes at nos jactamos de possu -la.� � �
Dizemo-nos salvos, e que, pela gra a de Deus, podemos nos apropriar�
desta certeza. Ali s, s pela gra a de Deus mesmo. Mas nossas� � �
mentes, s vezes, andam doentes. Olhem, ningu m enxerga com os� �
olhos, enxerga-se com a mente. Jesus tocou os olhos do homem, os
impedimentos acabaram e entrou luz, mas a mente n o estava curada�
ainda. Por isso ele n o conseguia ver homens, os via apenas em forma�
de rvores. Porque de fato o rg o da vis o e os seus constituintes� � � �
servem apenas para deixar essas impress es visuais externas�
penetrarem no c rebro, onde as coisas s o realmente vistas, lidas e� �
entendidas. E se o c rebro estiver enfermo n o adianta toda esta� �
estrutura mec nica de capta o de impress"es e luminosidade externa� ��
estar funcionando bem, porque voc ir continuar a enxergar de� �
maneira tr pega e in-definida.�
Meus irm os, muitos de n s temos os olhos abertos, nos� �
apropriamos, pela f , da luz, da refer ncia para a vida, mas� �
precisamos de uma segunda un o, precisamos de uma segunda cura. Por��
que alguns de n s quando olham para os homens os v em como coisas?� �
Porque a mente muitas vezes est enferma, est doente. Imp em-se que� � �
haja uma cura profunda, uma revis o absoluta de nossos valores, dos�
nossos c digos de pensamento, de nossos pressupostos, de nossos�
pre-conceitos. N s n o enxergamos de maneira neutra e objetiva, n s� � �
enxergamos atrav s de todos os nossos c digos de compreens o. Alguns� � �
de voc s l em revistas, jornais, v em televis o e ficam enau-seados� � � �
com o que acontece no mundo. Vejam ainda o que ocorre na frica do�
Sul, onde um governo de minoria branca esmaga, tira os direitos
civis de uma popula o negra que tinha todo o direito terra. E n s�� � �
ficamos chocados, sem saber que a maior parte dos membros que
comp em o governo de crentes que se assentam em igrejas todos os� �
domingos e l em as suas B blias. Voc s sabiam que talvez n o haja na� � � �
Terra nenhum governo de maioria t o crente e evang lica como aquele.� �
O que isso significa? Significa que n o importa apenas se dizemos�
que pela f recebemos a luz da salva o. O que realmente tem� ��
import ncia que nossa mente esteja curada, caso contr rio, apesar� � �
desta primeira luz, voc con-tinuar olhando para a vida, n o vendo� � �
os homens, mas os vendo como as rvores, como coisas e n o como� �
seres humanos.
Algo tem que ser curado em nossa mente e dou exemplo: conhe o�
ho-mens piedos ssimos, mas que est o possu dos por um machismo� � �
horr vel, que os fazem esmagar n o s as suas companheiras, mas a� � �
condi o da mulher. E eles t m f , eles oram e jejuam. Entrou luz,�� � �
mas a mente continua doente e precisa ser curada. Conhe o pessoas�
que se dizem extremamente espirituais, e que s o capazes de certas�
a es santificadas, mas que n o conseguiram se livrar de um certo�� �
preconceito latejante que possuem com rela o condi o do negro. E�� � ��
5. tamb m conhe o pessoas capazes de afirma es veementes sobre as suas� � ��
espiritualidades, e de certas posi es radicais de f , dando-nos a�� �
impress o de que realmente est o comprometidas e enraizadas com o� �
Reino de Deus. No entanto, em contrapartida, fazem afirma es e��
tomam atitudes em outros mbitos da vida que s o nitidamente� �
caracterizadas por suas pr -compreens es. Meus irm os, mesmo esta� � �
querela idiota que acontece no meio evang lico entre as denomina es� ��
resultado das nossas mentes doentes. Muitas vezes nos referimos da�
seguinte maneira sobre outras denomina es: aquele ir-m ozinho da�� �
Assemb ia de Deus, ou aquele assembleiano; ou aquele ba-tist o; ou� �
ainda os pentecostais chamando os presbiterianos de sor-veterianos,
ou estes chamando os pentecostais de barulhentos. Somos todos uns
iluminados, mas que per-manecemos com as mentes doentes. preciso�
uma segunda un o, preciso um segundo toque que abra nossos�� �
entendimentos para que vejamos com clareza, para que os conceitos
sejam refeitos dentro de n s. "Ent o, novamente Jesus lhe p s as� � �
m os nos olhos e ele passou a ver com clareza ficando restabelecido,�
e a tudo distinguia de modo perfeito" (Marcos, 8:25). A inten o de��
Deus n o apenas que saiamos das trevas para a luz, mas, sim, que,� �
depois de estarmos na luz, possamos ver de modo perfeito. H muita�
gente que saiu das trevas para a luz, mas que na luz confunde gente
com coisa, enxerga a vida atrav s de uma perspectiva distorcida que�
uma nega o dos pr prios valores crist os que emprestam vida o� �� � � �
valor adequado, sentido pr prio a cada coisa. Ser que n s estamos� � �
aptos a enxergar, no sentido mais profundo e amplo da palavra? Voc�
tem condi o de fazer uma revis o de vida, de olhar para si mesmo, e�� �
de se perguntar se alguma das coisas que voc defende de maneira t o� �
ortodoxa n o passam de enfermidades da mente? Ser que temos coragem� �
de nos questionar sobre algumas daquelas atitudes t o en-gessadas,�
t o estratificadas, s quais voc emprestou um sentido verdadeiro,� � �
mas que n o passam de patologia, de uma doen a produzida pelos� �
pre-conceitos que povoam a sua mente? Ser que agora voc ter a� � �
coragem de se articular diante de Deus, e de dizer a Jesus como voc�
v as pessoas, como voc v os seus em-pregados, seu esposo ou� � �
esposa, o irm o simples ou o pr ximo f tido? Ser que voc ter� � � � � �
coragem de colocar-se diante de Deus, assumindo uma atitude de
arrependimento, de mudan a da mente? Metan ia isto,� � �
arrependimen-to, e significa mudar a mente, mudar os valores, mudar
as ticas, mudar as perspectivas. Ser que voc ter coragem de� � � �
aceitar que a sua mente precisa se reconverter, que ela precisa de
cura? Ser que voc capaz de se convencer de que precisa rever� � �
seus valores e reconsiderar os seus pr -conceitos? Quando voc� �
estiver naquela hora em que consegue se desnudar, e assumir a sua
condi o diante dele, naquela hora em que voc est inteiro na�� � �
presen a de Deus, confesse-se a Jesus. Confesse a ele que algumas�
coisas est o muito impregnadas e arraigadas dentro de voc , que� �
apesar de voc ter recebido a luz pela f , voc ainda n o foi capaz� � � �
de enxergar a vida com a nitidez que lhe devida. Como voc v sua� � �
mulher, seu filho, seu pai, seu advers rio, a rela o humana com o� ��
dinheiro, entre o sucesso e a impiedade? Se voc sentir que Deus�
con-frontou a sua mente com a necessidade de ser convertida, inicie
assim a sua reconvers o. Inicie a sua revis o de valores, mesmo� �
daqueles a que voc julgava verdadeiros, mas que n o passam de� �
preconceitos que se an-tagonizam com o Evangelho e com a pessoa de
Cristo, com sua maneira de ver a Deus. E se voc est disposto a� �
esta revolu o mental e interior, s se postar como um ser�� � �
constantemente aberto a Deus, permitindo que ele governe a sua vida
e que altere voc . Ele o ajudar a enxergar com clareza, pois� �
6. ningu m v a vida com clareza; s os presun osos dizem que v em com� � � � �
clareza. O que importa pedir a Deus que converta a nossa mente,�
que produza em n s a metan ia, que mude os valores. Importa ser� � �
humano e ser sens vel para que isso aconte a, caso contr rio nossa� � �
presun o engessa o que somos e nos faz pensar e crer que j somos o�� �
que dever amos ser. Esta acomoda o demonstra um dos piores estados� ��
e sintoma da nossa fr gil condi o humana. O ser humano sadio se� � ��
p e a caminho, n o se sente acabado, e tem consci ncia da� � �
ne-cessidade de mudan as frequentes, expondo-se a elas. Tente�
identificar estas coisas dentro de si, este o primeiro passo desta�
estrada que n o f cil nem curta, mas que possui justi a, que� � � �
possui verdade, e recompensa. Onde a justi a se sobressai pela luz�
de Jesus. S voc capaz de dar o primeiro passo. Pois aqueles que� � �
pensam que v em tudo s o aqueles que est o a caminho de deixar de� � �
ver aquele pouco que lhes resta, e frequentemente fazemos afirma es��
calcados em profunda convic o e que cremos estarem de acordo com a��
Palavra de Deus, mas que s o ant tese ao que ela ensina. Imp e-se� � �
que sejamos pessoas capazes de questionamentos di rios a n s mesmos.� �
Cuidado com aquelas convic es que tiram de voc a ca-pacidade de�� �
fazer perguntas a si mesmo, cuidado com aquela f que arranca de�
voc o poder de todo o dia se auto-examinar; cuidado com as certezas�
que afastam da sua vida a condi o de se questionar acerca de seus��
atos ve-rificando se est o de acordo com o Esp rito de Jesus e com o� �
Evangelho. Precisamos ser pessoas que todo o dia tentem ver se est o�
enxergando a vida com os olhos e a mente de Cristo. A Palavra de
Cristo nos promete que o Esp rito dele nos colocaria diariamente no�
caminho da verdade, e que nos tornaria pessoas capazes de poder
possuir gradualmente a mente e os valores dele. Precisamos estar
abertos e aptos a receber a segunda un o, atrav s de um�� �
arrependimento profundo para que, assim, fa amos uma revolu o no� ��
nosso pensar. Temos que mostrar disposi o para o combate das��
atitudes equi-vocadas, das certezas malignas que nos tiram o poder
de sermos sens veis e de fazermos perguntas sobre a vontade de Deus.�
E para isso s existe um caminho vi vel: pedir ao Esp rito de Jesus� � �
que entre em nosso cora o e em nossa mente. Como que tu v s? V s�� � � �
alguma coisa? - Eu vejo os homens que como rvores, assim eu vejo�
andando.
AM M�