Intervenção na Sessão de Apresentação Pública do Projecto "Capacitar para a Qualificação e a inovação das Redes Sociais do Minho-Lima" realizada no Instituto Politécnico de Viana do Castelo, no dia 6 de Março de 2012

1. Sessão de Apresentação Pública do Projecto
“Capacitar para a Qualificação e a
Inovação das Redes Sociais
do Minho-Lima”
Instituto Politécnico de Viana do Castelo
6 de Março de 2012
Relevância da cooperação e da
coordenação a nível local
na acção social
Américo M. S. Carvalho Mendes
Coordenador da ATES- Área Transversal de Economia Social da Católica-Porto

2. • A acção social é uma acção de
proximidade.
• Por isso, o nível de acção local é aqui
muito importante.
Problema 1

3. • A acção social deve ser uma
intervenção multidimensional e
integrada.
• Por isso, há que evitar o risco do nível
local ser “pequeno” e levar a acções
fragmentadas.
Problema 1

4. • A acção social é desenvolvida
principalmente por organizações
privadas (IPSSs e grupos informais
sem personalidade jurídica), mas tem
tido um apoio significativo por parte
do sector público.
• É provável que este apoio público
venha a diminuir, ou, pelo menos, não
venha a evoluir de acordo com o que
será necessário para responder aos
problemas sociais que aí vêm.
Problema 2

5. • Por isso, as organizações privadas que
andam na acção social vão ter que
cuidar da sua sustentabilidade
económica num contexto em que os
financiamentos públicos serão mais
reduzidos.
Problema 2

6. • As respostas aos dois problemas atrás
referidos não poderão deixar de passar
por mais e melhor cooperação, mais e
melhor coordenação, mais e melhores
instâncias de resolução pacífica de
conflitos e mais e melhores relações de
confiança entre as organizações
envolvidas na acção social (IPSS e outras)
de maneira a conseguirem-se os
seguintes resultados:
– Redução de custos
– Aumento de receitas
– Melhoria da qualidade dos serviços
prestados
Respostas

7. • Mais e melhor cooperação,
coordenação, resolução pacífica de
conflitos e confiança como e em
relação a quê?
Respostas

8. • Serviços partilhados:
– Contabilidade
– Serviços informáticos
– Compras
– Formação
– etc.
• São possíveis aqui reduções de custos
da ordem dos 25%
Respostas

9. • Partilha de recursos sub-aproveitados
entre IPSSs:
– Recursos humanos qualificados: uma
instituição pode não precisar de um
técnico para si a tempo inteiro, ou pode
já tê-lo e não o estar a ocupar a tempo
inteiro, podendo partilhá-lo com outra
organização
– Equipamentos (ex. bancos de ajudas
técnicas, etc.)
Respostas

10. • Partilha de recursos sub-aproveitados
entre o sector público e as IPSSs:
– Ex. edifícios públicos devolutos que
poderão ser cedidos a IPSS
Respostas

11. • “Bancos” ou “Lojas Sociais”
relacionando doadores com
utilizadores de bens e serviços:
– Bancos de voluntariado;
– Bancos de bens doados;
– Etc.
• Neste tipo de projectos é preciso a
maior transparência possível por
parte das IPSS e doutras organizações
que utilizam estes recursos, prestando
contas públicas do que recebem e
como utilizam o que recebem.
Respostas

12. • Redes de cooperação na área da saúde:
– Redes que aproveitem as
complementaridades possíveis entre dois
tipos de IPSSs
• IPSSs com capacidade de prestação de serviços
de saúde e venda de medicamentos (ex.
Misericórdias com hospitais, farmácias
hospitalares, centros de análises clínicas);
• IPSSs que compram esses bens e serviços de
saúde
– Promovendo-se, assim, reduções de custos
e aumento de receitas (ex. vendas de
medicamentos em unidose, redução da
polimedicação de utentes das IPSSs,
aproveitamento de capacidade hospitalar
sub-aproveitadanas IPSSs que a têm, etc.)
Respostas

13. • Empresas sociais:
– As IPSSs podem criar elas próprias
empresas sociais (ex. sociedades
unipessoais nas quais elas são os únicos
sócios), aproveitando recursos que
possam ter disponíveis (ex. edifícios,
equipamentos, etc.), para produzirem
bens e serviços para clientes (que não
são os seus utentes privilegiados, mas
sim outras pessoas com maior
rendimento) que os possam pagar a
preços que cubram os custos e gerem
um excedente para ajudar a financiar o
resto das suas actividades
Respostas

14. • Responsabilidade social das
empresas com fins lucrativos:
– A disponibilidade de empresas com fins
lucrativos para co-financiar numa base
competitiva (ex. concursos lançados por
essas empresas geralmente através de
fundações que delas dependem) é outro
recurso a aproveitar pelas IPSSs e por
outras organizações que estão na acção
social.
Respostas

15. • Elementos das respostas às questões
da sustentabilidade económica das
organizações de acção social
– Como?
• Mais e melhor cooperação, mais e melhor
coordenação, mais e melhores formas de
resolução pacífica de conflitos e mais e
melhores relações de confiança,
• Tanto no seio de cada organização, entre
todas as suas partes interessadas (dirigentes,
trabalhadores, doadores, utentes, etc.),
• Como entre cada organização e outras
organizações (organizações congéneres,
empresas com fins lucrativos, Administração
Central e Local)
Respostas

16. • Elementos das respostas às questões
da sustentabilidade económica das
organizações de acção social
– Em relação a quê?
• Na partilha de recursos sub-aproveitados
• e/ou no aproveitamento de
complementaridades,
• Tanto no seio de cada organização, entre
todas as suas partes interessadas (dirigentes,
trabalhadores, doadores, utentes, etc.),
• Como entre cada organização e outras
organizações (organizações congéneres,
empresas com fins lucrativos, Administração
Central e Local)
Respostas

17. • Não há uma solução única e válida
para todas as situações e para todas
as organizações de acção social no
que se refere ao modo como devem
combinar estes elementos e outros
que também são relevantes para a sua
sustentabilidade económica
• Cada organização deve encontrar essa
combinação por si própria através de
um processo de gestão participada
envolvendo os seus dirigentes,
colaboradores e outras partes
interessadas.
Respostas

18. MUITO OBRIGADO
PELA VOSSA ATENÇÃO
carvalho.mendes@sapo.pt