No meu artigo deixo uma proposta concreta para a evolução futura dos extrassalariais em Portugal: como empreender a sua modernização social e fiscal no sentido da adoção consistente e sem constrangimentos por empresas e trabalhadores. Em particular, é necessária uma resposta concreta ao segmento das PME, que representa cerca de 60% do total do emprego no nosso país. Fica também a expectativa do oportuno debate público: construtivo e mobilizador, capaz de gerar os consensos essenciais que estão na base de um qualquer processo de mudança. Sublinho: 1/ a atratibilidade do mercado dos extrassalariais em áreas como a saúde e bem-estar, a mobilidade e transportes, a poupança e reforma, a infância e educação, ou o apoio sénior; 2/ os impactos multissectoriais em inúmeros setores e agentes económicos; 3/ em que medida um processo de transformação digital pode enriquecer a forma como o mercado empreende relações, desenvolve performance, concebe inovação e novos serviços. 4/ como adequar a política social e fiscal às necessidades das empresas e trabalhadores, promovendo o necessário alinhamento com as prioridades das políticas sociais públicas. É o momento de emprender a visão de futuro que recrie o importante papel que os extrassalariais protagonizam na consolidação do modelo social.