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Relatório viagempampa 20-09-11
1. Relatório
Missão Técnica ao Pampa
Produção e comercialização na ovinocultura
Helbert Danilo Freitas de Sá
MSc Agronegócio
Coordenador Nacional da Carteira de
Projetos da Caprinovinocultura
20 de setembro de 2011
Brasília-DF
2. Descrição bibliográfica
Texto e Diagramação:
Helbert Danilo Freitas de Sá.
Fotos:
Domingos Leão do Amaral Jr, Rodrigo Dantas Azevedo, Mauro Borralho de Andrade e Marcos Gentil
C. Carvalho
Tipo: Relatório
Título: Missão Técnica ao Pampa: Produção e comercialização na ovinocultura
Palavras-chave: ovinocultura, lã, Pampa, Missão técnica, Rio grande do Sul
Versão: 1.2, de 20 de setembro de 2011.
ii
3. Agradecimentos
Agradeço aos empresários que nos receberam,
abrindo as portas de seus empreendimentos
e à equipe do Sebrae-RS.
iii
4. Sumário
Agradecimentos ................................................................................................. iii
Índice de Tabelas ................................................................................................ v
Índice de Figuras ................................................................................................. v
Objetivo da missão .............................................................................................. 6
Participantes........................................................................................................ 7
Roteiro ................................................................................................................ 9
Perfil Socioeconômico dos municípios ............................................................... 10
Bagé-RS ...................................................................................................... 10
Pedras Altas - RS......................................................................................... 11
Jaguarão - RS .............................................................................................. 12
Perfil Produtivo - Estado e microrregiões .................................................... 12
Visitas Técnicas ................................................................................................. 16
Indústria lã - Paramount Têxteis ................................................................. 16
Estância São Francisco................................................................................. 18
Herval Premium ....................................................................................... 20
Tosquia Tally-Hi ...................................................................................... 22
Gene Booroola (Burula)............................................................................. 23
Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria – INIA............................... 23
Cooperativa de lãs Mauá ............................................................................. 24
Conclusão e Recomendações ............................................................................. 26
Bibliografia ........................................................................................................ 28
Anexos .............................................................................................................. 29
iv
5. Índice de Tabelas
Tabela 1 - Efetivo do rebanho ovino entre os anos 1999 e 2009 (cab) ............... 13
Tabela 2 - Produção e valor da produção de lã entre os anos 1999 e 2009 ....... 15
Tabela 3 - Efetivo de ovinos nos estabelecimentos agropecuários em 31/12, por
grupos de área total no Rio Grande do Sul ......................................................... 29
Tabela 4 - Efetivo de ovinos nos estabelecimentos agropecuários em 31/12, por
grupos de área total na Campanha Meridional-RS ............................................. 30
Tabela 5 - Efetivo de ovinos nos estabelecimentos agropecuários em 31/12, por
grupos de área total em Serras de Sudeste-RS ................................................... 31
Tabela 6 - Efetivo de ovinos nos estabelecimentos agropecuários em 31/12, por
grupos de área total em Jaguarão-RS ................................................................ 32
Índice de Figuras
Figura 1 - Rota da missão técnica ....................................................................... 9
Figura 2 - Território Zona Sul do Estado MDA/SDT ............................................ 10
Figura 3 - Bagé ................................................................................................. 10
Figura 4 - Pedras Altas ...................................................................................... 11
Figura 5 - Jaguarão ........................................................................................... 12
Figura 6 - Valor médio do quilograma da lã no Rio Grande do Sul ..................... 16
Figura 7 - Processamento da lã ......................................................................... 18
Figura 8 - Indicação de procedência .................................................................. 19
Figura 9 - Selo INPI nº 822884666 .................................................................... 21
v
6. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Objetivo da missão
Conhecer a cadeia da ovinocultura existente no Estado do Rio Grande do
Sul, observando aspectos produtivos, de comercialização e em especial as
estruturas de governança locais desenvolvidas em função da grave crise
econômica que afetou o setor nos anos 90.
O período da missão técnica estendeu-se entre os dias 05 e 08 de
setembro de 2011.
6
7. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Participantes
A missão contou com em sua maioria com representantes do SEBRAE, mas
a presença de técnicos vinculados à CNA e ao SENAR-AC permitiu ampliar a rede
de relacionamento e a troca de experiências durante a missão.
Em função do PPA diversos Estados solicitaram o regresso de seus
técnicos após a reunião de gestores que ocorreu no dia 01/09/2011, reduzindo
o quantitativo de participantes na missão, regressaram aos Estados os técnicos
dos Sebrae: PE, PI, RN e SP.
Dentre os participantes estavam os gestores e coordenadores de projetos,
bem como os gerentes da Unidade de Agronegócio do Sebrae-BA e Sebrae-RS.
Destacamos a presença do Superintendente do SENAR-AC e membro do
Conselho Deliberativo do Sebrae do Estado do Acre.
O quadro a seguir apresenta os dados detalhados de cada participante da
missão técnica pelo Pampa.
7
8. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Nº Nome Instituição/UF Contato
Adriano Matos
1 SEBRAE-ES adriano.rodrigues@es.sebrae.com.br
Rodrigues
Angelo Antonio Q.
2 SEBRAE-RS angeloa@sebrae-rs.com.br
Aguinaga
Antônio Cardoso de
3 SEBRAE-SE antonio.cardoso@se.sebrae.com.br
Lisboa
Carlos Henrique de A.
4 SEBRAE-AL henrique@al.sebrae.com.br
Soares
5 Celia Marcia Fernandes SEBRAE-BA celia.fernandes@ba.sebrae.com.br
Domingos Leão do
6 SEBRAE-AC Domingos@ac.sebrae.com.br
Amaral Jr
7 Felipe Guedes Alvarenga CNA felipe.alvarenga@cna.org.br
8 Helbert Danilo F. de Sá SEBRAE-NA helbert.sa@sebrae.com.br
Jefferson Lunardelli
9 SENAR-AC 68 3224 1797
Cogo
10 João Paulo M. C. Kessler SEBRAE-RS joaok@sebrae-rs.com.br
José Daniel T. Rodrigues
11 SEBRAE-TO jdaniel.tavares@to.sebrae.com.br
*
Marcos Gentil C.
12 SEBRAE-RJ MGCArvalho@rj.sebrae.com.br
Carvalho
Mauro Borralho de
13 SEBRAE-MA mauro@ma.sebrae.com.br
Andrade
14 Rafael H. S. de Souza SEBRAE-NA hermogenes@sebrae.com.br
Reginaldo de Souza G.
15 Consultor-AL reginaldo.de@zipmail.com.br
Filho
16 Rodrigo Dantas Azevedo SEBRAE-PB rodrigodantas@pb.sebrae.com.br
Nota: * Somente até Bagé
Sob o aspecto do investimento realizado na missão técnica, a despesa
com a locação do ônibus consumiu R$ 4 mil para os 4 dias, representando um
gasto de R$ 266,67 para cada um dos 15 técnicos que participaram de toda a
missão. As despesas totais para a missão, ônibus mais diárias, perfizeram
aproximadamente R$ 25 mil, representando um investimento de R$ 416,67 por
técnico ao dia.
8
9. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Roteiro
A rota da missão técnica
percorreu trecho total de 1.300
km (ida e volta), visitando 4
municípios e 5
empreendimentos comerciais.
A equipe da missão
técnica partiu de Porto Alegre-
Figura 1 - Rota da missão técnica
RS no dia 05/09/2011 em direção
ao município de Bagé-RS, com visitação ao parque industrial da Paramount
Têxteis e visita a produtor tradicional de cordeiros da Estância São Francisco.
A missão seguiu no dia 06/09/2011 para o município de Pedras Altas-RS,
percorrendo longo trecho em estradas sem pavimentação, em direção à
propriedade do Sr. Carlos Santos Silveira de Ávila, com vistas a conhecer: i)
Cordeiro Herval Premium, ii) Tosquia Tally-Hi e iii) Pesquisa com o gene
Booroola.
No dia 07/09/2011 a comitiva deslocou-se em direção ao município
Treinta y três no Uruguai no intuito de visitar o Instituto Nacional de
Investigación Agropecuaria – INIA.
No dia 08/09/2011 foi visitada a Cooperativa de lãs Mauá, localizada no
município de Jaguarão-RS, com o objetivo de conhecer as formas de negociação
e sistema de gestão da cooperativa.
9
10. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Perfil Socioeconômico dos municípios
A fim de compreender melhor a importância da ovinocultura na região
visitada, será apresentado o perfil socioeconômico dos municípios.
O roteiro da missão técnica
pelo pampa apresentou confluência
com o território 104 - Zona Sul do
Estado da Secretaria do
Desenvolvimento Territorial do
Ministério do Desenvolvimento
Agrário – SDT/MDA, que abrange
Figura 2 - Território Zona Sul do Estado MDA/SDT 25 municípios, com uma área de
39.960 km2 e população de 870 mil habitantes, sendo 123 mil habitantes da
zona rural, congregando 33 mil famílias de agricultores familiares. O IDH do
território é de 0.7905, sendo considerado de médio desenvolvimento e estando
acima do IDH nacional, mas abaixo do IDH do Estado, segundo o Atlas do IDH do
PNUD 2000.
Bagé-RS
Fundada em 1811, sua economia é baseada na
agricultura, pecuária e no comércio local. Possui uma
universidade particular, uma universidade federal -
Unipampa e a Universidade Estadual do Rio Grande do
Sul - UERGS.
Figura 3 - Bagé Bagé é conhecida pela Festa Internacional do
Churrasco, a maior festa deste tipo no Brasil, por
10
11. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
onde circulam cerca de 60 mil pessoas em quatro dias de duração.
Paralelamente, acontece a festa campeira.
Bagé é conhecida pela Semana Crioula Internacional, que ocorre sempre
no mês de abril, com grande competição de gineteadas. Possui a exposição-feira
rural mais antiga do país, a Expo-feira de Bagé, que no ano de 2010 realizou a
sua 98º edição.
Pertence à microrregião Campanha Meridional, juntamente com os
municípios de Aceguá, Dom Pedrito, Hulha Negra e Lavras do Sul. O município
responde por 56% do PIB da microrregião.
O PIB per capita anual da microrregião é de R$ 12.000, sendo o PIB per
capta anual do município de R$ 10.015, onde 8% dos R$ 1,16 bilhão do PIB
municipal têm origem na agropecuária (IBGE, 2008).
Pedras Altas - RS
Fundada em 1996, possui área de 1.376 km²,
com população de 2.218 habitantes, perfazendo uma
densidade de 1,61 hab./km²
Pertence à microrregião de Serras de Sudeste,
juntamente com os municípios de Amaral Ferrador,
Figura 4 - Pedras Altas Caçapava do Sul, Candiota, Encruzilhada do Sul,
Pinheiro Machado, Piratini e Santana da Boa Vista. O município responde por
apenas 3% do PIB da microrregião.
O PIB per capita anual da microrregião é de R$ 11.386, sendo o PIB per
capita anual do município de R$ 16.812, onde 61% dos R$ 44,23 milhões do PIB
municipal têm por origem a agropecuária (IBGE, 2008).
11
12. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Jaguarão - RS
Fundada em 1855, faz fronteira com o
Uruguai, possui área de 2.054 km², com população
de 27.942 habitantes, perfazendo uma densidade
de 13,6 hab./km²
Pertence à microrregião de mesmo nome do
Figura 5 - Jaguarão município, juntamente com 2 municípios: Arroio
Grande e Herval. O município responde por 50% do
PIB da microrregião.
O PIB per capita anual da microrregião é de R$ 12.044, sendo o PIB per
capita anual do município de R$11.455, onde 25% dos R$ 325,78 milhões do PIB
municipal têm por origem a agropecuária (IBGE, 2008).
Perfil Produtivo - Estado e microrregiões
Segundo os dados do censo agropecuário de 2006, o Estado do Rio
Grande do Sul possui 43 mil propriedades produtoras de ovinos, para um
rebanho de 3,5 milhões de animais, perfazendo um rebanho médio de 83
animais por produtor – vide Tabela 3.
Cerca de 2 milhões dos animais do Estado, estão nas propriedades de até
500 ha, desta forma tem-se que as 38,5 mil propriedades com até 500 ha detém
55% do rebanho do Estado, gerando um rebanho médio de 49 animais por
propriedade, ou seja, 90% das propriedades do Estado possuem rebanho abaixo
da média Estadual.
Assim sendo, a ovinocultura no Estado é atividade desempenhada por
produtores rurais de pequenas e médias áreas, mas a atividade é atrativa para os
12
13. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
produtores detentores de grandes áreas. Demais regiões visitadas têm seus
dados no anexo deste relatório.
Em uma análise sobre o efetivo do rebanho de ovinos ao longo dos anos,
tem-se que o rebanho nacional apresentou crescimento de 17% entre 1999 e
2009, último ano disponível no IBGE/PPM, contudo, o Rio Grande do Sul
apresentou retração de 15% no mesmo período, demonstrando que o Estado
ainda sente os efeitos da crise da lã dos anos 90 e que o rebanho está migrando
para outras regiões do país.
As microrregiões visitadas pela missão técnica apresentam o mesmo
comportamento, variando, contudo, a intensidade da retração no efetivo do
rebanho. Única exceção é a microrregião de Serras de Sudeste, que registrou
incremento de 13% ao longo dos anos avaliados.
Importante destacar que a microrregião de Serras de Sudeste, representou
em 2009, 4% do rebanho nacional, 13% do rebanho da região Sul e 16% do
Estado do rio Grande do Sul. A tabela 1, a seguir apresenta os dados para todas
as regiões visitadas pela missão técnica, bem como para o país, região Sul e
Estado do Rio Grande do Sul.
Tabela 1 - Efetivo do rebanho ovino entre os anos 1999 e 2009 (cab)
Participação relativa em
Ano
2009
Regiões Geográficas Evolução Rio
Região
1999 2009 Brasil Grande
Sul
do Sul
Brasil 14.399.960 16.811.721 17% 100%
Sul 5.648.906 4.807.596 -15% 29% 100%
Rio Grande do Sul 4.870.244 3.946.349 -19% 23% 82% 100%
Campanha Meridional 536.301 480.893 -10% 3% 10% 12%
Serras de Sudeste 545.201 616.912 13% 4% 13% 16%
Jaguarão 318.737 226.842 -29% 1% 5% 6%
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal
13
14. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
A produção de lã é tradicional no Estado do Rio Grande do Sul e sofreu
com a retração dos preços nos anos 90. O setor passa por redirecionamento e
qualificação, a fim de ampliar a renda dos produtores que ainda investem na
atividade.
O setor da lã, como é sabido, apresentou retração de preços e produção
ao longo dos anos. A retração na produção registrada no Estado do Rio Grande
do Sul é a mesma registrada para o efetivo de rebanho conforme a tabela 1
acima.
Novamente a exceção ao comportamento de retração na produção foi a
microrregião de Serras de Sudeste e na mesma proporção de crescimento do
efetivo de rebanho. Desta forma, tem-se que a atividade da lã ainda é
estratégica para os produtores, que investem no rebanho de dupla aptidão
(carne e lã).
Ponto relevante a ser destacado, refere-se ao preço da lã ao produtor que
nos últimos quatro anos vêm registrados incrementos animando o setor.
De forma geral, a retração na produção nacional não foi suficiente para
recompor o preço real registrado em 1999. As exceções ficam a cargo das
microrregiões de Serras de Sudeste e Jaguarão que registraram incremento real
de 18% e 11% respectivamente. A tabela 2, a seguir apresenta os dados
completos para a quantidade produzida, valor real da produção e média por
quilograma.
14
15. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Tabela 2 - Produção e valor da produção de lã entre os anos 1999 e 2009
Valor real
Produção de lã (kg) Valor médio real
Regiões Geográficas (Mil Reais)
2009 Evolução 2009 Evolução 1999 2009 Evolução
Brasil 11.394.678 -15% 41.731 -23% 3,78 3,66 -3%
Sul 11.222.517 -15% 41.276 -23% 3,78 3,68 -3%
Rio Grande do Sul 10.441.636 -16% 39.582 -22% 3,81 3,79 -1%
Campanha Meridional 1.439.323 -12% 5.501 -24% 4,13 3,82 -8%
Serras de Sudeste 1.550.048 13% 6.137 25% 3,35 3,96 18%
Jaguarão 543.097 -37% 1.901 -34% 3,16 3,50 11%
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal
Notas:
A) Média dos preços unitários vigentes durante o ano ao produtor. (Nota metodológica pg 55 a 57)
B) Valor da produção corrigido pelo IGP-M de 12/2009 – Mês de elevados estoques e baixos preços.
Os sinais de recuperação dos preços reais são nítidos, em especial para as
microrregiões Serras de Sudeste e Jaguarão, mas ainda é necessário intervenção
para que este fenômeno seja multiplicado para todo o Estado do Rio Grande do
Sul.
A figura 6, a seguir apresenta a curva de preços médios nominais e reais
por quilo, corrigido pela IGP-M, no Rio Grande do Sul entre os anos de 1999 e
2009, onde verifica-se que após pico de preços em 2002 e 2004, os preços de
2008 e 2009 apresentam tendência de recuperação real para o valor da lã,
retomando os níveis de 1999 e 2001.
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16. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
11,26
10,23
Valor Real
8,31
7,27 7,40 Valor Nominal
6,75
4,64 4,09
4,09 4,34
3,81 3,6
3,79
3,68 3,84 3,72 3,72 3,67
2,18
1,65 1,77
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Figura 6 - Valor médio do quilograma da lã no Rio Grande do Sul
Visitas Técnicas
Indústria lã - Paramount Têxteis
O Grupo Paramount Têxteis completa
118 anos em 2011. A divisão de tecidos
fabrica o Super 100’s, Super 120’s, Super 130’s e misturas de lã com cashemere,
seda, viscose, algodão e lycra. Em 2003, se consolidou como a única empresa
das Américas a fabricar o exclusivo Super 150's.
Cerca de 90% da produção é exportada. Os demais 10% são destinados à
produção dos fios Pingouin para tapetes, às lãs para tecidos mais grosso da
unidade tecelagem e às misturas de lãs com acrílico para suéteres.
A empresa também se destaca na produção de fios industriais, para
malharias, tricot, crochê e tapeçaria. A divisão de fios é formada pelas marcas
Lansul e Pingouin, que abastecem parte do mercado brasileiro e produzem
16
17. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
juntas, nas fábricas de Santa Isabel-SP e Sapucaia do Sul-RS, 16 mil toneladas de
fios por ano.
Paramount em números
Aproximadamente 3.000 colaboradores diretos;
Projeção de faturamento para 2007 - aproximadamente R$ 350 milhões;
Investimento em melhorias tecnológicas – US$ 65 milhões nos
últimos anos;
Produção de 15 mil ton/ano de fios para malharia, tricot e crochê;
800 toneladas/ano de fios penteados de pura lã e/ou poliéster lã para
produção do Collezione Paramount;
2,2 milhões de metros lineares/ano de tecidos de pura lã.
Aproximadamente 2,4 mil ton/ano de Tops de lã penteada;
Aproximadamente 800 mil peças/ano de vestuário feminino e masculino;
Abaixo as logo marcas das empresas dos grupos Paramount Têxteis.
Dados da Fábrica visitada em Bagé:
entre 1,7 e 2,2 mil ton/ano de tops de lã penteada
do terreno: 1.010.702 m², sendo útil construída de 140.610 m²
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18. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Na visita foi informado que a unidade processa 200 t/mês, que gera uma
produção de 2,4 mil ton/ano, entretanto a empresa recebe e recebe 3,5 mil
t/ano, o que gera uma quebra de aproximadamente 30% no processamento da
lã.
Considerando-se o preço médio de R$ 3,00/kg de lã adquirida do
produtor, a empresa necessita incorporar R$ 10,5 milhões/ano no custo de
produção dos fios efetivamente comercializados. A quebra no peso ocorre em
função de diversos motivos, dentre eles sujeira e lã de baixa qualidade são os
principais.
No auge da fase do “ouro branco” o Estado dispunha de 22 cooperativas
com produção de 5 mil t/ano, estando hoje limitado à 2 cooperativas com
produção na mesma faixa de 5 mil t/ano. Desta forma, houve uma quebra de
90% na oferta de matéria prima.
Como forma de fortalecer o setor a
indústria distribui há 7 anos reprodutores de
elevado padrão genético com o intuito de
reduzir a qualidade do fio de lã, objetivando
levar o padrão atual de 30 micras para a faixa
entre 20 e 17 micras, permitindo produzir os
Figura 7 - Processamento da lã
tecidos Super 100 e 120s, com maior valor
agregado em relação às tradicionais linhas de tricô e crochê. Esta iniciativa já
resultou na distribuição de 19 animais que geraram 300 cordeiros repassados
para os produtores das cooperativas de produção.
Estância São Francisco
Tradição e empreendedorismo são marcas fortes da Estância São
Francisco. Tendo à frente da estância o representante da 5ª geração o Srº
18
19. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Manoel Luís Benevenga Sarmento, a família produz gado da raça Hereford,
cavalos da raça crioulo, cordeiros além dos arrozais de arrendatários. Desde
1930 lavram e cultivam o solo da campanha Meridional nos 5 mil hectares de
pastos de ondulado suave, sendo que das cerca de 10 mil cordeiros existentes
nos anos 60, remanescem somente 2 mil, impactos da crise da lã dos anos 90.
A raça Romney que produz 60% carne e 40% de lã é um dos produtos da
Cabanha já campeã de longos anos nos diversos torneios.
Dentre os principais problemas vinculados à ovinocultura estão a falta de
mão de obra qualificada, a morte dos animais por cães e o roubo, sendo a
carcaça retalhada na própria propriedade evidenciando a comercialização ilegal
de carne e problemas sócio-econômico.
Segundo o proprietário o setor apresenta sinais de recuperação, visto que
em 2009 e 2010 o preço pago ao produtor era de R$2,4/kg de peso vivo,
estando hoje na casa dos R$4,5/kg de peso vivo. Entretanto somente o preço
não é fator suficiente para ampliar a atratividade aos empresários, visto que o
Sistema Agroindustrial da carne de cordeiro no Rio Grande do Sul é
extremamente novo, uma vez que sua construção deu-se após a crise da lã em
meados dos anos 90, gerando um setor de aproximadamente 15 anos.
O empreendedorismo da Estância São Francisco,
também pode ser visto nas ações de valorização do
produtor regional. A propriedade faz parte do grupo
de produtores que trabalham a carne com indicação
de procedência “Carne do Pampa”, trabalhando os
animais da raça Hereford.
Figura 8 - Indicação
de procedência
19
20. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Estância São Carlos
A propriedade visitada fez parte do projeto juntos
para competir do Sebrae-RS, fortalecendo as vantagens
competitivas e a organização dos produtores, em uma
parceria SEBRAE/SENAR. Apesar dos dois anos de
inatividade, o projeto ainda demonstra sua força mobilizadora, estando presente
na visita à propriedade, além dos técnicos da missão, diversos produtores e
produtoras.
A propriedade possui mil ha, estando 500 ha ocupados com ovinos, 400
ha com bovinos de corte e 100 ha com cavalos da raça crioula. Os cavalos da
propriedade são campeões de 6 Freios de Ouro pelas mãos dos filhos do Srº
Carlos Santos, gerando boa fonte de renda com a de venda dos animais
campeões, bem como no treinamento dos animais de outras propriedades.
Herval Premium
Ao que se refere aos ovinos, a propriedade é integrante do programa
Herval Premium, modelo associativo que atribui padrão de qualidade aos
animais, conferindo selo que em função de parceria com o frigorifico Marfrig
resulta em remuneração acima do modal praticado pelo mercado.
Segundo o site “são parte importante do programa os técnicos de campo,
que fazem o contato direto com o produtor os técnicos de abate, responsáveis
pelo recebimento dos animais e avaliação das carcaças na planta frigorífica.”
O Srº Carlos Hofmeister Neto, Médico Veterinário e presidente da Diretoria
do Conselho Regulador do Cordeiro Herval Premium apresentou o programa aos
técnicos na missão pelo Pampa.
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21. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
O Conselho surgiu em 1999, a partir da união de três produtores, cuja
base foi os conselhos reguladores europeus.
Os cordeiros, independente de raça, devem estar com
dente de leite, ter de 12 a 18 quilos de carcaça e acabamento
de gordura entre 3 e 3,5 numa escala entre 1 e 5 onde 1 é
Figura 9 - Selo excessivamente magra e 5 excessivamente gorda. Este padrão
INPI nº
822884666 foi criado para atender o mercado Rio Grandense, sendo hoje
demandado pelo frigorífico os animais mais pesados que são destinados ao
mercado Paulistano.
Além do padrão da caraça, controle do bem estar animal e abate
inspecionado, com monitoria de técnicos de campo e no frigorífico, o Conselho
zela pela renda do produtor atuando em duas frentes: i) negociação com o
frigorífico para pagamento de prêmios de qualidade e ii) redução dos custos de
produção, em especial logística.
Os produtores são organizados a fim de obter cronograma de entrega de
lotes mínimos de 300 animais, viabilizando rotas que gerem a quantidade
mínima determinada. Há produtores que mesmo em grupos não atingem, na
rota estabelecida, o quantitativo mencionado. Nestes casos os animais são
levados para outras propriedades a fim de aguardar a formação de lotes que
seguirão ao frigorífico.
O trabalho ao longo destes 12 anos gerou capacidade técnica elevada
permitindo um aproveitamento de 95% a 98% do rebanho com o padrão Herval
Premium, sendo os custos administrativos lastreados pela venda da pele dos
animais comercializados.
21
22. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Um efeito negativo da ampliação de mercado em Porto Alegre foi a
retração da participação nos mercados regionais, como o mercado de Pelotas-
RS. Outro ponto de alerta para o modelo é a atribuição do padrão Herval
Premium aos animais não pertencentes ao grupo, transferindo o Know-how para
fora do grupo. Soma-se a este fato a implantação de confinamento com
capacidade para 20 mil animais operando com média de 8 mil animais pelo
frigorífico Marfrig.
Tosquia Tally-Hi
Outro ponto da visita foi conhecer a tosquia Tally-Hi, que já é usada nos
principais países produtores de lã, dentre eles Austrália, Nova Zelândia e
Uruguai, sendo que no país vizinho cerca de 90% da produção adota esta
metodologia.
Dentre as principais vantagens estão i) a tosquia pré-parto e ii) a retirada
do velo Inteiro.
No primeiro item, além de permitir a antecipação da safra da lã gerando
melhores preços ao produtor, a fibra é no geral mais resistente, por evitar-se o
estresse do parto. Outro ponto relevante é a elevação do peso ao nascer em
função da ampliação do consumo alimentar devido ao frio e outros motivos que
demandam mais estudos. A tosquia pré-parto só é possível em função do baixo
estresse existente no processo que não demanda a amarração do animal.
Para o segundo ponto, há uma elevação no rendimento da lã, visto que se
evita o retalho do velo e a conseqüente redução na qualidade da lã. O velo
inteiro facilita o manejo e acondicionamento do mesmo, ampliando o
rendimento em termo de qualidade, já que além do velo inteiro, há a retirada
dos fios de menor qualidade existentes nas patas e cabeça dos animais.
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23. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Gene Booroola (Burula)
Trabalho da Embrapa Pecuária Sul, que realiza pesquisas com ovinos na
região dos Pampas (Bagé), tem por objetivo elevar o número de animais por
parto, introduzindo o gene que permite partos gemelares nas raças comerciais
ovinas Corriedale e Texel.
O gene tem por origem, animais Merino Australiano, e após cinco
gerações de introdução assistida do gene nas raças comerciais, já está
disponível animais aptos a parições gemelares comprovada.
Detalhe relevante está no controle dos cruzamentos, visto que a utilização
de machos e fêmeas com gene Booroola leva a partos com até três animais,
sendo estes de baixo peso propiciando elevada mortalidade no manejo à pasto.
Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria – INIA
Criado em 1998, como resultado do trabalho e recomendações sugeridas
pelo Programa de Desenvolvimento Econômico e Social de Bacia da Laguna Merín
(Proyecto tripartito: Uruguay, Brasil, PNUD/FAO) e da evolução de um processo
iniciado em 1970.
O INIA Treinta y Tres têm projetos e ações de apoio em áreas
correspondentes a cinco programas de pesquisa nacionais: carne e lã, produção
e sustentabilidade ambiental, culturas de sequeiro, horticultura e produção
familiar. Por sua vez, é sede do Programa Nacional do arroz, Pastagens e
Forragens.
Ao que tange a ovinocultura o INIA busca a resposta de três grandes
questões: ampliação da renda em função da crise da lã, produção com mínimo
prejuízo das verminoses e soluções possíveis para as doenças de casco.
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24. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Por trabalhar com a agricultura familiar, as pesquisas relacionadas à
pastagem visam ampliar a capacidade forrageira dos pastos nativos com a
introdução de leguminosas em específico a Lotus Maku originária da Nova
Zelândia e que se propaga por rizoma e oferta 22% de proteína. Os
experimentos com 14 cordeiros/ha de junho a outubro (110 dias) engordaram
15 kg (de 26,5kg para 41,5 kg) permitindo um ganho de 136 g/dia, atingindo
condição corporal de 4,6 em 5,0.
O INIA também busca ampliar o numero de cordeiros por parto, mas para
tanto, recorre à alimentação e suas alterações fisiológicas, diferindo-se da
Embrapa que vem pesquisando o gene Booroola.
Ponto relevante a ser destacado deve-se ao orçamento do INIA que tem
origem mista, sendo 50% do governo e os demais 50% dos produtores rurais.
Com este fato as linhas de pesquisas são direcionadas pelo grupo mais
organizado, no caso os produtores de arroz e em contrapartida os resultados
são transferidos rapidamente ao campo. Mesmo com toda esta diferenciação
organizacional e foco nas pesquisas para agricultores familiares, somente 10%
dos pastos são melhorados com leguminosas, sendo que os produtores estão
preferindo pastagens artificiais, mas já há percepção de que os custos são
extremamente elevados para esta estratégia alimentar em função da renovação
anual destas pastagens.
Cooperativa de lãs Mauá
Fundada em 1952 é uma das 2 cooperativas de produção de lã
remanescentes, apresentando quadro de 833 cooperados, sendo 712 ativos e
destes 350 são produtores de lã.
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25. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Para manter-se ativa, a cooperativa optou por ampliar o leque dos
cooperados, passando a representar não somente os produtores de lã, mas
todos os produtores rurais da região.
A cooperativa é beneficiária da parceria da Paramount e teve melhora na
qualidade dos fios de lã ao longo dos anos em função da doação dos
reprodutores pela indústria.
Com um quadro de onze funcionários, chegando a vinte na safra, vem
atuando fortemente na venda de insumos, mas não há mão de obra qualificada
para a tosquia que está sendo antecipada para julho no sistema Tally-Hi pré-
parto obtendo melhores preços que os praticados na safra que ocorre entre
outubro e novembro.
Dentre os principais problemas estão a venda de insumos a baixos preços
originários do Uruguai, cuja entrada é ilegal no país e a compra da lã por
tendeiros (atravessadores) que barganham a lã em condições ligeiramente mais
atraentes ao produtor e acabam por corroer a estrutura produtiva da
cooperativa.
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26. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Conclusão e Recomendações
O preço da lã apresenta recuperação puxado pelas microrregiões de
Serras de Sudeste e Jaguarão, onde há trabalho de agregação de valor à lã in
natura via introdução de progênie com fios de lã com espessura entre 17 e 20
micras, sendo estas melhor remunerada pelo mercado, indicando que o caminho
não é a ampliação do volume e sim a qualificação do produto.
Os investimentos em melhoramento genético, com o intuito de reduzir a
espessura dos fios de lã, precisam ser intensificados visto que somente a
indústria Paramount, de forma isolada sem suporte de associações ou governo,
promove ação neste sentido.
A capacidade de lotação dos pastos pode ser elevada para a faixa entre 15
e 20 animais/ha se melhorados com leguminosas, esta estratégia permite um
bom ganho de peso diário com baixo custo de produção, demandando doses
variáveis de suplementação concentrada segundo as necessidades nutricionais
ao longo do ano, apresentando-se com taxa positiva de retorno frente sua boa
relação rendimento e custo de produção.
A tosquia pré-parto baseada na técnica Tally-Hi vem apresentando
vantagens não só pela elevação da qualidade do velo, mas também por antecipar
a safra permitindo a venda do produto com preços mais remuneradores e gerar
cordeiros de maior peso ao nascer.
Conclui-se que o Sistema Agroindustrial da ovinocultura do Sul do país,
apesar de sua tradição que remonta à Revolução Farroupilha em 1845,
apresenta-se como um novo SAG tanto ao que se refere à carne quanto ao que
se refere à lã.
No caso da lã – mais tradicional, a redução drástica do rebanho e preços,
sem identificação de retomada de crescimento do volume produzido, vem
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27. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
encontrando sustentação na elevação da qualidade do velo, buscando-se
agregar valor com a redução da espessura dos fios e Boas Práticas de Manejo da
lã. O segmento da carne, antes subproduto da lã, vem apresentando frutos do
trabalho iniciado a mais de uma década em Herval-RS, onde o espírito
cooperativo e a seriedade na geração de produto de qualidade consolidam-se
como novo caminho para o setor da ovinocultura nos Pampas Gaúchos.
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28. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Bibliografia
Ayala W., Bermúdez R. e Ferrés S. (2003). Lotus Maku: En los 90 una promesa,
hoy una firme realidad. Revista de Plan Agropecuário , 46 a 50.
Brasil, Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística - IBGE. (2009). Censo
Agropecuário 2006 - Agricultura familiar Primeiros resultados. Rio de Janeiro, RJ.
Brasil, Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística - IBGE. (s.d.). SIDRA. Acesso
em 12 de 09 de 2011, disponível em Produção Agrícola Municipal - PAM:
www.sidra.ibge.gov.br
Brasil, Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística - IBGE. (s.d.). SIDRA. Acesso
em 12 de 09 de 2011, disponível em Pesquisa Pecuária Municipal - PPM:
www.sidra.ibge.gov.br
Estância São Francisco. (s.d.). Acesso em 12 de 09 de 2011, disponível em
http://www.saofranciscobage.com.br/
Herval Premium. (s.d.). Acesso em 12 de 09 de 2011, disponível em
www.hervalpremium.com.br
Paramount Têxteis. (s.d.). Acesso em 12 de 09 de 2011, disponível em
www.paramount.com.br
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. (s.d.). Atlas do
Desenvolvimento Humano do Brasil - IDH. Acesso em 12 de 09 de 2011,
disponível em www.pnud.org.br/atlas/
Uruguay, Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria - INIA. (s.d.). Acesso
em 12 de 09 de 2011, disponível em Publicaciones INIA: www.inia.org.uy
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29. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Anexos
Tabela 3 - Efetivo de ovinos nos estabelecimentos agropecuários em 31/12, por grupos
de área total no Rio Grande do Sul
Nº de estabelecimentos Nº de cabeças
Rebanho
Grupos de área total Participação Participação
Quantidade Quantidade médio
Relativa Relativa
Total 43.018 3.477.062 81
Mais de 0 a menos de 0,1 ha 33 0% 478 0% 14
De 0,1 a menos de 0,2 ha 28 0% 1.110 0% 40
De 0,2 a menos de 0,5 ha 75 0% 3.523 0% 47
De 0,5 a menos de 1 ha 148 0% 3.985 0% 27
De 1 a menos de 2 ha 590 1% 11.774 0% 20
De 2 a menos de 3 ha 851 2% 12.530 0% 15
De 3 a menos de 4 ha 836 2% 12.195 0% 15
De 4 a menos de 5 ha 665 2% 8.590 0% 13
De 5 a menos de 10 ha 3.513 8% 59.025 2% 17
De 10 a menos de 20 ha 6.358 15% 134.440 4% 21
De 20 a menos de 50 ha 10.385 24% 327.646 9% 32
De 50 a menos de 100 ha 6.073 14% 323.577 9% 53
De 100 a menos de 200 ha 4.392 10% 366.344 11% 83
De 200 a menos de 500 ha 4.586 11% 634.506 18% 138
De 500 a menos de 1000 ha 2.469 6% 580.447 17% 235
De 1000 a menos de 2500 ha 1.437 3% 697.203 20% 485
De 2500 ha e mais 313 1% 294.428 8% 941
Produtor sem área 266 1% 5.261 0% 20
Fonte: IBGE - Censo Agropecuário
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30. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Tabela 4 - Efetivo de ovinos nos estabelecimentos agropecuários em 31/12, por grupos
de área total na Campanha Meridional-RS
Nº de estabelecimentos Nº de cabeças
Rebanho
Grupos de área total Participação Participação
Quantidade Quantidade médio
Relativa Relativa
Total 2.153 315.181 146
Mais de 0 a menos de 0,1 ha - - - - -
De 0,1 a menos de 0,2 ha 3 0% 68 0% 23
De 0,2 a menos de 0,5 ha 2 0% X - -
De 0,5 a menos de 1 ha 8 0% 560 0% 70
De 1 a menos de 2 ha 30 1% 1.617 1% 54
De 2 a menos de 3 ha 39 2% 752 0% 19
De 3 a menos de 4 ha 36 2% 1.643 1% 46
De 4 a menos de 5 ha 20 1% 398 0% 20
De 5 a menos de 10 ha 110 5% 3.562 1% 32
De 10 a menos de 20 ha 207 10% 8.473 3% 41
De 20 a menos de 50 ha 398 18% 18.274 6% 46
De 50 a menos de 100 ha 272 13% 21.271 7% 78
De 100 a menos de 200 ha 241 11% 22.970 7% 95
De 200 a menos de 500 ha 319 15% 55.950 18% 175
De 500 a menos de 1000 ha 255 12% 71.383 23% 280
De 1000 a menos de 2500 ha 162 8% 85.391 27% 527
De 2500 ha e mais 38 2% 22.611 7% 595
Produtor sem área 13 1% 219 0% 17
Fonte: IBGE - Censo Agropecuário
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31. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Tabela 5 - Efetivo de ovinos nos estabelecimentos agropecuários em 31/12, por grupos
de área total em Serras de Sudeste-RS
Nº de estabelecimentos Nº de cabeças
Rebanho
Grupos de área total Participação Participação
Quantidade Quantidade médio
Relativa Relativa
Total 5.331 474.465 89
Mais de 0 a menos de 0,1 ha 3 0% 124 0% 41
De 0,1 a menos de 0,2 ha 1 0% X - -
De 0,2 a menos de 0,5 ha 5 0% 427 0% 85
De 0,5 a menos de 1 ha 7 0% 279 0% 40
De 1 a menos de 2 ha 31 1% 663 0% 21
De 2 a menos de 3 ha 53 1% 744 0% 14
De 3 a menos de 4 ha 77 1% 1.122 0% 15
De 4 a menos de 5 ha 64 1% 1.062 0% 17
De 5 a menos de 10 ha 308 6% 7.665 2% 25
De 10 a menos de 20 ha 650 12% 20.657 4% 32
De 20 a menos de 50 ha 1.425 27% 66.774 14% 47
De 50 a menos de 100 ha 978 18% 69.002 15% 71
De 100 a menos de 200 ha 725 14% 80.708 17% 111
De 200 a menos de 500 ha 604 11% 100.267 21% 166
De 500 a menos de 1000 ha 245 5% 68.790 14% 281
De 1000 a menos de 2500 ha 93 2% 44.709 9% 481
De 2500 ha e mais 12 0% 10.419 2% 868
Produtor sem área 50 1% 1.052 0% 21
Fonte: IBGE - Censo Agropecuário
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32. Missão Técnica ao Pampa – Setor: Ovinocultura
Tabela 6 - Efetivo de ovinos nos estabelecimentos agropecuários em 31/12, por grupos de área
total em Jaguarão-RS
Nº de estabelecimentos Nº de cabeças
Rebanho
Grupos de área total Participação Participação
Quantidade Quantidade médio
Relativa Relativa
Total 1.320 214.821 163
Mais de 0 a menos de 0,1 ha 2 0% X - -
De 0,1 a menos de 0,2 ha - - - - -
De 0,2 a menos de 0,5 ha 1 0% X - -
De 0,5 a menos de 1 ha - - - - -
De 1 a menos de 2 ha 11 1% 74 0% 7
De 2 a menos de 3 ha 7 1% 72 0% 10
De 3 a menos de 4 ha 14 1% 380 0% 27
De 4 a menos de 5 ha 8 1% 255 0% 32
De 5 a menos de 10 ha 55 4% 1.697 1% 31
De 10 a menos de 20 ha 133 10% 6.297 3% 47
De 20 a menos de 50 ha 372 28% 23.767 11% 64
De 50 a menos de 100 ha 220 17% 24.712 12% 112
De 100 a menos de 200 ha 155 12% 24.721 12% 159
De 200 a menos de 500 ha 189 14% 54.618 25% 289
De 500 a menos de 1000 ha 88 7% 42.394 20% 482
De 1000 a menos de 2500 ha 49 4% 28.433 13% 580
De 2500 ha e mais 7 1% 6.773 3% 968
Produtor sem área 9 1% 574 0% 64
Fonte: IBGE - Censo Agropecuário
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