O documento discute modelos de maturidade para colaboração organizacional. Apresenta vários modelos propostos nos últimos 13 anos, incluindo CollabMM, UICMM, A Proposed Collaborative Network Enterprise Model e Coll-MM. Estes modelos visam avaliar e melhorar a colaboração em organizações através de níveis de maturidade e práticas recomendadas.
Modelos de maturidade na colaboração organizacional
1. O estado da arte dos modelos de maturidade
na colaboração organizacional
Componentes:
Alexandre C. Esteves, Anderson Amorim, Leandro S. Gonçalves,
Daniel Zandoná, Mariangela Nascimento
2. Introdução
● Uma organização engajada em colaboração se interessa e saber como está realizando e quais
as formas de melhorar.
● Modelos de maturidade servem para alinhamento de conceitos, mensuração de boas práticas
e avaliação estruturada da evolução progressiva da colaboração nas organizações.
● A cada nível, práticas, padrões e ferramentas específicas são implementadas visando o
aculturamento e transformação organizacionais em direção à melhoria contínua e refinamento
sustentado da colaboração em diversas iniciativas do negócio.
3. Metodologia
● PROTOCOLO
○ Objetivo: Pesquisas de monitoramento dos níveis de trabalho dos trabalhos colaborativos
nas organizações
■ Aceitação: Apresentação ou análise de algum modelo que interaja com trabalhos
colaborativos
■ Rejeição: Não contenha a apresentação ou análise de algum modelo que interaja
com trabalhos colaborativos; ou que trate sobre modelos de maturidade, mas não
estejam voltados a trabalhos colaborativos.
● QUESTÃO DE PESQUISA: Quais os modelos de maturidade de colaboração foram propostos
nas bases de publicações nos últimos 13 anos?
● STRING: (maturity model and collaborative) or (maturity model and collaboration)
9. CollabMM (2010)
❏ Modelo com quatro níveis: Ad-hoc, Planned, Aware e Reflexive
❏ Aplica-se no desenho de processos que possuam suporte colaborativo e
propõe uma tentativa de organizar conjunto de práticas de colaboração
❏ Objetivo: representação explícita de práticas colaborativas
❏ Hipótese: considerar a colaboração de forma explícita, promove a
discussão na organização e viabiliza a identificação de requisitos
❏ Modelo tem como bases o CMMI, KMMM e BPMM.
❏ Os modelos base consideram fatores humanos, mas não investigam o
nível de cooperação existentes na modelagem e execução de processos
❏ Prioriza a escolha de processos com pessoas de diferentes papéis
10. UICMM - University-Industry Maturity Model (2021)
● No Contexto Acadêmico, entende-se que quanto melhor for a colaboração entre universidade e indústria
melhor será o intercâmbio de ideias e, consequentemente, a qualidade da pesquisa tende a melhorar.
● O desenvolvimento de um modelo que consiga representar essa relação entre Universidade e Indústria se dá
pela revisão sistemática dos modelos anteriormente desenvolvidos e aplicados em outros contextos de
negócio, sua adaptação às questões intrínsecas da pesquisa e a comparação dos resultados com a observação
empírica.
● Além dos CMM e CMMI, tradicionalmente utilizados como referência em Modelos de Maturidade, outros
modelos referentes a Interoperabilidade e Gestão do conhecimento foram revisados para a elaboração do
UICMM.
● A colaboração U-I envolve pessoas, compartilhamento de recursos e coordenação de atividades para o
atingimento de um objetivo acordado.
12. INITIAL
01 ● HÁ ALGUM ENTENDIMENTO DA COLABORAÇÃO
PLANNED
/ENCOURAGED
02
● A CULTURA INCENTIVA A COLABORAÇÃO.
● HÁ RECONHECIMENTO DO VALOR.
● CONSCIENTIZAÇÃO DE VÁRIOS MODOS DE INTERAÇÃO.
● OBJETIVOS CLARO NA COLABORAÇÃO.
PRACTISED
03
● PROCESSO DEFINIDO PARA A COLABORAÇÃO
● EXISTEM SISTEMAS/FERRAMENTAS PARA PERMITIR A COLABORAÇÃO.
● RECOMPENSAS/INCENTIVOS PROMOVEM A COLABORAÇÃO
MANAGED
04
● GARANTIA DA QUALIDADE DO PROCESSO E SEUS RESULTADOS
● OS FUNCIONÁRIOS ESPERAM COLABORAR. TREINAMENTO DISPONÍVEL.
● AS PRÁTICAS DE COLABORAÇÃO FAZEM PARTE DO TRABALHO
● A LIDERANÇA MOSTRA COMPROMETIMENTO E FORNECE DIRETRIZES
CONTINUOUS
IMPROVEMENT
05
● MELHORIA CONTÍNUA. DIVERSIDADE DE STAKEHOLDERS
● OS PROCESSOS SÃO REVISTOS/MELHORADOS. SISTEMAS E
FERRAMENTAS AMPLAMENTE ACEITOS, MONITORADOS E ATUALIZADOS
● A AVALIAÇÃO DA COLABORAÇÃO GERA MELHORIAS REALISTAS
NON-EXISTENT
00
● A COLABORAÇÃO É FRACA OU NULA.
● HÁ RESISTÊNCIA EM COLABORAR E NÃO HÁ UM
ENTENDIMENTO DO VALOR DA COLABORAÇÃO
UICMM - NÍVEIS DE MATURIDADE
14. A Proposed Collaborative Network Enterprise Model in the Fruit-and-Vegetable Sector
Using Maturity Models (2014)
● Num mercado competitivo, todas as empresas envolvidas em toda a cadeia de suprimentos
precisam se aprimorar novos modelos de negócios, estratégias, regras de governança,
processos e tecnologia.
● As alianças e a colaboração entre os componentes da cadeia de suprimentos otimizam malha
logística, gestão de estoque, faturamento, redução de custos, disponibilidade de produtos e
valor agregado.
● A proposta do modelo é baseada nas necessidades específicas do setor, baseando-se no
modelo SCMM (Supply Chain Maturity Model); métricas SCOR e com conceitos do Cold Suply
Chain
15. A Proposed Collaborative Network Enterprise Model in the Fruit-and-Vegetable Sector
Using Maturity Models (2014)
AD HOC
01
● PROCESSOS NÃO DEFINIDOS
● MÉTRICAS NÃO ESTABELECIDAS OU
DESALINHADAS AO NEGÓCIO
● ALTO CUSTO OPERACIONAL
DEFINED
02
● ALGUNS PROCESSOS DEFINIDOS
● INTERAÇÕES INICIAIS APARECEM
● NÍVEL INICIAL DE GERENCIAMENTO
LINKED
03
● GESTÃO DE PROCESSOS ESTABELECIDA
● O TIME DE PROCESSOS E ÁREA DE NEGÓCIOS
COLABORAM
● INTERAÇÃO INICIAL NA CADEIA DE
SUPRIMENTOS
INTEGRATED
04
● COLABORAÇÃO E GESTÃO ESTABELECIDOS
● REDUÇÃO DE CUSTOS OPERACIONAIS
● AUMENTO DA SATISFAÇÃO DO CLIENTE
EXTENDED
05
● CONFIANÇA RECÍPROCA E DEPENDÊNCIA
MÚTUA ENTRE OS COMPONENTES DA
CADEIA
● COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES,
RECURSOS E RESPONSABILIDADES
16. Coll-MM Collaboration Maturity Model (2012)
● Semelhante aos demais modelos, justifica-se pela aplicação ao negócio para torná-lo mais
competitivo e adaptável.
● Difere-se por ser projetado por especialistas em colaboração, que regularmente
compartilhavam conhecimento, ferramentas e processos, ao longo de aproximadamente 2
anos.
● Pretende ser genérico o suficiente para se adequar a qualquer tipo de negócio.
● Visa avaliar a colaboração de um time de forma holística e endereçar ações que forma a
melhorar a colaboração
● Concebido a partir de requerimentos cuidadosamente levantados por especialistas, divide-se
em 4 níveis com escopo bem definido e mensurável.
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AD HOC
01
● As equipes são colaborativamente imaturas. Os
indivíduos têm muitas dificuldades para se comunicar
para ajustar suas tarefas e comportamentos para
produzir resultados de alta qualidade juntos
EXPLORING
02
MANAGING
03
OPTIMIZING
04
● As equipes estão bem cientes de suas fraquezas em
termos de maturidade de colaboração. Algumas
iniciativas para lidar com isso são tentadas, mas sem
grandes impactos
● A maturidade de colaboração das equipes é muito boa,
mas ainda há espaço para melhorias. Em geral, os
indivíduos são capazes de produzir resultados
colaborativos de boa qualidade
● As equipes são colaborativamente maduras. Os
indivíduos trabalham juntos de forma otimizada e são
capazes de alcançar resultados colaborativos de alta
qualidade
Col-MM Níveis de Maturidade
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PERFORMED
01
● A colaboração com entidades externas é feita, mas de
forma ad-hoc e caótica. Prazos e custos acima do
planejado. Uso inadequado de recursos tecnológicos.
MANAGED
02
ECMM - Enterprise Collaboration Maturity Model
(Desempenho de organizações em rede)
● O objetivo é criar uma base de gerenciamento para
colaboração. As tecnologias são usadas para colaborar
e interoperar.
INNOVATING
04
STANDARDIZED
03
● Previsibilidade, inovação e melhoria contínua da rede
● O objetivo é estabelecer uma estratégia de negócios
comum e uma infraestrutura de processos de negócios
para colaboração, com tecnologia e padrões de
interoperabilidade.
20. ECMM - Enterprise Collaboration Maturity Model
● Aplica-se sobre uma abordagem de melhoria de processos desenvolvido pela União Européia,
com o objetivo de avaliar e melhorar a colaboração e interoperabilidade de organizações
em rede naquele bloco (COIN Project).
● Pergunta: como está o desempenho da minha organização isoladamente e em rede? O que
pode ser melhorado em termos de colaboração e interoperabilidade?
● Enquanto outros modelos de maturidade, como CMMI, tem foco em avaliar processos, o
ECMM é mais abrangente em avaliar estratégias e modelos de negócios.
● Propõe inclusão e customização de conceitos de gestão de projetos e produtos, processos e
estratégia, governança corporativa, sistemas e tecnologia, entre outros. Como resultado,
um framework amplo com requisitos de conformidade e níveis de maturidade definidos.
● Avaliação do modelo realizada através de entrevistas: Sponsor, equipe de avaliação e
entrevistados.
21. Discussões
● Em geral, o desenvolvimento de modelos de maturidade em colaboração advém da necessidade
direcionamento e validação de boas práticas para serem seguidos em organizações ou áreas de
negócio.
● Quase todos os modelos revisados basearam-se no CMM ou CMMI como referência no
desenvolvimento.
● O modelo Coll-CMM destaca-se por ser desenvolvido a partir de um projeto estruturado,
desenvolvido por especialistas em colaboração e focar em aspectos comportamentais, do time,
e não somente nos níveis organizacionais.
● Práticas de agilidade claramente agregadas, de forma consistente, poderiam compor novas
versões.
● Um maior volume de resultados reais, robustos, da implementação desses modelos de
maturidade em situações reais medindo Produtividade, Redução de Custos, Inovação e análise
subsequente servem como fonte de refinamento ao próprio modelo (Melhoria Contínua).
Notas do Editor
Aspectos CollabMM: Comunicação, coordenação, awareness e group memory
Aplica-se sobre o projeto de colaboração desenvolvido pela União Européia, com o objetivo de melhorar a interoperabilidade das empresas e países naquele bloco (COIN Project).
Inspirado nos níveis e práticas do CMMI, busca objetivos, áreas chaves, processos e práticas aplicáveis à colaboração nas diversas etapas de gestão do negócio e produtos.
O modelo descreve detalhadamente os domínios onde deve ser aplicado, bem como as formas de avaliação e consequente atribuição dos níveis de maturidade desejados