Projeto desenvolvido para o Concurso Paço Municipal Várzea Paulista 2012
Autores:
Arquiteto Prof. Mestre Antonio Fabiano Jr
Paula Aleksa Bianchi
Diego Almeida Pereira
1. Concurso Paço Municipal Várzea Paulista
2012
Autores:
Antonio Fabiano Jr
Paula Aleksa Bianchi
Diego Almeida Pereira
Jundiaí - SP
2. Construir cidade, uma cidade que seja crível converte-se cada vez mais em algo difícil. Às vezes a
que se percorrer um longo caminho, quase jornada. E no meio desse percurso, dessa (ou de
qualquer outra) cidade, descobre-se a chave de um mundo complexo. Descobre-se a fascinação e o
encantamento da mistura de ciências, humanidades e religião, escultura e pintura, bênçãos e
crendices, beleza e feiúra. Descobre-se que o que parecia feio num primeiro olhar tem uma beleza
pura. Pura e simples beleza. Descobre-se também a beleza de querer fazer uma cidade.
3.
4. Nossa cidade projetada aqui nasce como símbolo de um território maior, nasce como ágora, como
espaço da formação de assembléias e celebração da justiça. Nasce com uma linha costurando
comércio e teatro, compra e troca, passando por uma praça, uma arena por entre lâminas com luz,
ora agindo como lamparina, guia e farol de respostas, ora como berço iluminado de
questionamentos e possibilidades. Uma linha costurada, sem fim nem começo, pelas ações do
homem no seu dia a dia, nos seus afazeres e nas suas vontades e necessidades. Do comércio nasce
a passarela que adentra no poder e percorre até a entrada do teatro que receberá, em sua
empena, um telão com as ações de uma prefeitura que nasce para se abrir.
5.
6. Nossa cidade cria espaço para ação e reação. Tem o dever de ser urbana, assim como o dicionário
mesmo nos diz: relativa à cidade, própria da cidade, figura cortes, polida. E deve ser afável, não ter
porta, nem muro, nem entrada, nem grandes e imponentes fachadas. Deve ser símbolo mas não
deve ser elemento fechado em si mesmo. Deve (e tem) precisas aberturas em suas lâminas
capazes de transformar a visão da cidade a partir dela. E quando o lugar é o fundamento, e de fato
no projeto ele é, a arquitetura torna-se transformação do que está dado. A partir disto toda a
articulação de uma convocatória à cidadania se dá por uma praça e uma rua, um ponto e uma reta,
um espaço de permanência e outro de circulação. Livre, leve e simples assim.
7.
8. E seu grande articulador espacial realmente é a reta. Local genuinamente público. Local do
caminho, da procissão, do sacrifício mas também da transformação e das trocas humanas. Local
público, convidativo, desafiador, organizacional, conceitual. Afinal é na fixação de um conceito que
por magia (do deus-público, talvez) a cidade se torna mais plástica, a memória assume o comando
e o espaço deixa de existir. Para cada vez mais permitir. Permitir mudanças em vidas feitas pela
cultura. Nada mais cultural, simbólico e eloquente do que uma cidade e suas praças e ruas. E nada
mais perene do que a imagem construída do silêncio de uma rua, morada do coletivo, como
aceitação e integração do destino de uma cidade.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21. Concurso Paço Municipal Várzea Paulista 2012
Arquiteto Prof. Mestre Antonio Fabiano Jr
Paula Aleksa Bianchi
Diego Almeida Pereira
Arquitetura é cidade, é idade, sociedade. Mais do que volume, fachadas, cortes, tecnologia, ou
mesmo espaço é componente ativo, participativo. Cidade é arquitetura em movimento, lugar onde
move-se o vento, bem lento, ao som da música do cotidiano carregado de muitas batalhas e
algumas conquistas.