SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 66
Baixar para ler offline
Palmas / 2014
Introdução
Aspectos a considerar na produção da alface
Considerações
Sumário
Contribuições para melhoria da expressão fenotipica
Principais problemas que ainda persistem
Possibilidades para diminuir estes problemas
Manejo do ambiente
Manejo de genótipos
Origem
Introdução
Tipos de alface mais comercializados no Brasil
Introdução
Porcentagem do volume de alface de diferentes tipos comercializados na CEAGESP.
Fenótipo = + Ambiente
Genótipo
Folhas lisas
Doenças (LMV)
Florescimento precoce
Sementes importadas
Plantio campo
Mudas raiz nua
Irrigação por aspersão
Sementes nuas
Ambiente
Genótipo
Aspectos a considerar
Contribuições para melhoria da expressão fenotípica
Melhoria
de genótipos
Melhoria
no ambiente
Aspectos a considerar
Hiroshi Nagai
Cyro Paulino da Costa
Norberto Silva
Melhoria de genótipos
Companhias de sementes
Aspectos a considerar
Contribuições para melhoria da expressão fenotípica
Marcílio Dias
Wilson Roberto Maluf
Avanços com a pesquisa:
Resistência ao LMV
Alface lisa Regina
Tolerância ao calor
Independência na
produção de sementes
Diferentes tipos de folhas
Resistência a doenças
Alface tropicalizada
Aspectos a considerar
Cultivo protegido
Irrigação por gotejamento
Hidroponia
Melhoria de ambiente
Mudas em bandejas
Telas de sombreamento
e termorrefletoras
Aspectos a considerar
Fertirrigação
Ocorrência de doenças
Baixa germinação
Má formação de cabeças
Florescimento precoce
Tip-burn
Principais problemas
VIROSES
Ocorrência de doenças
Ocorrência de doenças
Principais problemas
Número de plantas coletadas e infectadas pelo Lettuce mosaic virus (LMV), Lettuce mottle vírus (LeMoV)
e Bidens mosaic vírus (BiMV), em São Paulo (De Marchi et al., 2012)
Principais problemas
TSWV
GRSV
TCSV LMV
Distribuição de espécies de vírus (TSWV – Tomato spotted wilt virus; GRSV – Tomato chlorotic spot
virus; TCSV – Tomato chlorotic spot virus; LMV – Lettuce mosaic virus) em amostras de alface coletadas
no Distrito Federal, Bahia e Minas Gerais. Embrapa Hortaliças, 2012-2013. (Lima et al., 2013)
Ocorrência de doenças
Principais problemas
FUNGOS E BACTERIAS
Ocorrência de doenças
Murchadeira ou podridão negra das raízes (fungo Thielaviopsis basicola :
- Limite ao plantio e expansão da alface americana e lisa no verão em
algumas regiões de São Paulo.
(Sala et al., 2003; Sala e Costa 2005 e Sala et al 2008).
Fusarium oxysporum f. sp. Lactucae race 1:
(Cabral e Reis, 2013; Cabral, 2011; Brunelli et al., 2010; Cabral et al.,
2009; Ventura e Costa, 2008).
Cercosporiose ou mancha de cercospora (Cercospora longissima)
Prevalência elevada (≥88%). Nas áreas de cultivo convencional a
severidade variou de 0,0 a 16,9%, enquanto em cultivos orgânicos de 0,0
a 22,5% (Gomes et al., 2003).
Principais problemas
Ocorrência de doenças
FUNGOS E BACTERIAS
- Septoriose (Septoria lactucae)
- Podridão mole (Pectobacterium carotovorum). Silva et al 2007 (PE)
Principais problemas
NEMATOIDES
Altamente suscetível à infestação por nematoides das galhas,
Meloidogyne incognita e javanica. Plantas cloróticas, com cabeça de
tamanho reduzido, pequeno volume foliar e sem valor para consumo in
natura.
(CHARCHAR e MOITA, 1996; CAMPOS, 2001; CHARCHAR e MOITA, 2005;
SIKORA e FERNANDEZ, 2005; WILCKEN et al., 2004; WILCKEN et al., 2005).
Observação: tem sido problema sério para os
produtores de alface americana da região Sul de Minas.
Ocorrência de doenças
Florescimento precoce
Principais problemas
Baixa germinação
Principais problemas
Tip-burn
Principais problemas
Fonte: Smith et al., Salinas Valley Agriculture, 2011
Mota et al., 2002
Má formação de cabeças
Principais problemas
Principais problemas
Temperatura pode alterar arquitetura, produção, ciclo e
resistência ao pendoamento (Diamante et al., 2013).
Temperaturas elevadas (médias de 20,9 a 22,8ºC)
responsáveis pela redução na produção de alface
americana (Araujo et al., 2010).
Desafio é selecionar cultivares com elevada produtividade
e qualidade comercial, além de baixa suscetibilidade ao
pendoamento precoce (Yuri, 2006).
Ocorrência de doenças
Baixa germinação
Má formação de cabeças
Florescimento precoce
Principais problemas
Tip-burn
Como diminuir
estes problemas
Como diminuir os problemas
Ocorrência de doenças
Baixa germinação
Má formação de cabeças
Florescimento precoce
Tip-burn
Manejo do
ambiente
Manejo de
genótipos
Ocorrência de doenças
Baixa germinação
Má formação de cabeças
Florescimento precoce
Tip-burn
Como diminuir os problemas
Manejo do ambiente
Ocorrência de doenças
Lopes e Quesado-Duval, 1998.
Controle
de umidade
Manejo do
ambiente
Manejo do ambiente
(MINAMI, 1995; MORSELLI, 2001; MARQUES et. al, 2003; CARVALHO et al, 2004).
Manejo do
ambiente
Controle
de umidade
Manejo do ambiente
Manejo do
ambiente
Temperatura máxima em
torno de 30º
(Duarte, Silva; Ribeiro, 1992)
Controle
de umidade
Variação ótima de 4º a 27º
(Puiatti; Finger, 2005)
Manejo do ambiente
30,88°C
29,05°C
28,73°C
Rampazzo et al., 2014
Manejo do ambiente
36,79°C
32,05°C
32,55°C
77,57 dias
84,36 dias
84,43 dias
Diamante et al., 2013
Manejo do ambiente
Manejo do
ambiente
Controle
de umidade
Manejo do ambiente
Manejo do
ambiente
Controle
de umidade
Manejo do ambiente
Manejo do
ambiente
Controle
de umidade Fertirrigação
Manejo do ambiente
Manejo do
ambiente
Controle
de umidade
Uso de Telados
Manejo do ambiente
Manejo do
ambiente
Controle
de umidade
Manejo do ambiente
Seabra Junior, 2012, MT
Queiroz et al, 2014 - MT
Santos et al., 2011 - PB
Porto et al., 2011 - RN
Souza et al., 2013 - MT
Viana et al., 2013 – PB
Nodam et al, 2014 - MT
Diamante et al., 2013 - MT
Gomes, et al., 2006 - PE
Djail, et al., 2006 - PB
Suinaga et al., 2013 - DF
Kano, et al., 2012 – AM
Lima et al., 2013 - DF
Bandeira et al., 2013 – BA
Termotolerância
Manejo de
genótipos Tolerância
a tip-burn
Manejo de
genótipos
Termotolerância
Tolerância
a tip-burn
Manejo de genótipos
- Resistência a LMV
- Resistência em Gallega de Inverno (Nagai, 1979)
gene mo1¹.
Manejo de genótipos
- Resistência em Salinas 88 (Stangarlin et al., 2000)
gene mo1².
- Resistência a TSWV
- Resistência em PI 342517 (Ancora) e Tinto.
Manejo de genótipos
(Pavan et al, 2008)
- Resistência a M. incognita raças 1, 2, 3 e 4 e M.
javanica.
CHARCHAR & MOITA (1996); GOMES et al. (1996); MENDES, et al. (1996);
CARNEIRO et al. (1997); GOMES et al. (2000); MALUF et al. (2002); WILCKEN
et al. (2005); CARVALHO FILHO et al. (2008)
- Resistência a nematoides das galhas
Manejo de genótipos
- Grand Rapids: crespa de folhas soltas
- Salinas 88: tipo americana
- Um gene com dominância parcial no sentido da maior resistência,
denominado Me.
- Um gene maior com dominância parcial e presença de genes
modificadores, denominado Me2.
GOMES et al. (2000)
CARVALHO FILHO et al. (2010)
Manejo de genótipos
- Obs.: Salinas 88 é resistente ao LMV e nematoide.
Distribuição de frequência de notas para índice de galhas em plantas das
Cultivares Regina 71 (A), Grand Rapids (B) e F2(Regina 71 x Grand Rapids) (C).
A B
C
Manejo de genótipos
1 2 3 4 5
Alternativa: avaliação de plantas diretamente no substrato
Maioria dos métodos de avaliação são destrutivos
Avaliações:
NOTA PARA INCIDÊNCIA DE GALHAS
1 Poucas galhas visíveis no sistema radicular, galhas
pequenas e não coalescentes.
2 Poucas galhas visíveis no sistema radicular, porém algumas
galhas de tamanho médio.
3 Número médio de galhas visíveis no sistema radicular,
galhas de tamanho médio e algumas galhas de tamanho
grande.
4 Muitas galhas visíveis no sistema radicular, galhas grandes
com poucas galhas de tamanho médio, algumas galhas
coalescentes.
5 Muitas galhas visíveis no sistema radicular, galhas grandes,
com grande número de galhas coalescentes.
Manejo de genótipos
0
50
100
150
200
1 2 3 4 5
Regina 71
Número
de
plantas
Notas
0
50
100
150
200
1 2 3 4 5
Grand Rapids
Número
de
plantas
Notas
0
50
100
150
1 2 3 4 5
AFX-018
Número
de
plantas
Notas
0
50
100
150
200
1 2 3 4 5
AFX-017
Número
de
plantas
Notas
Elisa
AFX–018C-
005-42-28
Regina
Avaliação das linhagens no campo. Seleção de novas cultivares
Regina 71 AFX–018C-005-42-28 Grand Rapids
Avaliação do fator de reprodução
Vera
AFX–009D-78-
03-16-04 Vanda
Manejo de
genótipos
Termotolerância
Tolerância
a tip-burn
Manejo de genótipos
- Tolerância ao florescimento precoce
Silva, 1999: segregação transgressiva
Manejo de genótipos
- Tolerância ao florescimento precoce
Fiorini, 2004.
Nº de dias Regina 71 Grand Rapids Progênies
<= 100 0,00 28,21 0,00
101 a 113 0,00 69,23 5,19
113 a 126 16,67 0,00 72,00
126 a 139 58,33 2,56 16,88
>= 139 25,00 0,00 5,19
Manejo de genótipos
Médias seguidas por letras iguais, minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas não diferem
pelo teste de Scott & Knott, a 5% de probabilidade
- Tolerância à termoinibição
Catão et al., 2014; Resende, 2012; Nascimento et al., 2012; Vilela et al., 2010;
Sung et al., 2008; Nascimento et al., 2004; Cantliffe et al., 2000.
Manejo de genótipos
- Tolerância à termoinibição
Cultivar
Germinadas
Mortas Dormentes %G a 35ºC
35ºC 20ºC
Everglades 50 29 21 0 63,3
Veronica 1 89 10 0 1,1
Catão et al., 2014; Resende, 2012; Nascimento et al., 2012; Vilela et al., 2010;
Sung et al., 2008; Nascimento et al., 2004; Cantliffe et al., 2000.
Manejo de genótipos
Manejo de
genótipos
Termotolerância
Tolerância
a tip-burn
Manejo de genótipos
Entre 19 cultivares dos tipos crspa, lisa e
americana avaliadas, três cultivares do tio
americana (Blizzard, Casper e logic) se
mostraram altamente resistente.
Manejo de genótipos
Koyama et al, 2012
Manejo de
genótipos
Termotolerância
Tolerância
a tip-burn
Manejo de genótipos
- Alface crocante: proposta desenvolvida pelo Prof.
Cyro paulino da Costa de uma alface que mescla
características de alface crespa com as qualidades
da alface americana.
Manejo de genótipos
(Sala, 2011 e Sala e Costa, 2012).
'Gloriosa‘: cultivar de alface americana tropicalizada, resistente a
Thielaviopsis basicola. Selecionada a partir de variantes da cultivar
Lucy Brown, pelo método genealógico.
Sala e Costa, 2008; Sala e Costa, 2011
Alface
Espécie autógama
Linhagens puras
Necessidade de gerar
variabilidade genética
Escolha de genitores
Manejo de genótipos
Alface
X
Genitor1
meme-DmDm-MoMo...
F1
MemeDmdmMomo
F2
Genitor 2
MeMe-dmdm-momo...
Manejo de genótipos
Alface
Planta
1,2,3...
MeMe...
Planta n
meme...
Planta
30, 31, 32...
Meme...
F2
Avaliação e seleção de plantas resistentes.
Obtenção de progênies F2:3
Manejo de genótipos
Avaliação das progênies F2:3, seleção entre e
dentro de progênies. Colheita de sementes F2:4
Condução das plantas F2, avaliação para
características desejáveis e colheita de sementes
F2:3.
Avaliação até F2:6 ou F2:7 e seleção de linhagens
homozigotas para as características desejadas.
Dependendo das características dos genitores,
pode ser necessário um retrocruzamento.
Necessidade de caracterização de genes de
interesse para algumas características.
Perspectivas de avanços por meio da utilização
da resistência genética associada a outros
métodos.
Maior interação entre pesquisadores de
diferentes áreas do conhecimento.
Necessidade de avanços na área molecular para
auxiliar no entendimento e nos trabalhos de
melhoramento.
Parcerias UFLA
Melhoramento
Identificação e caracterização de microRNAs e
genes envolvidos em sua via de processamento na
resistência de Lactuca sativa L. frente a
Meloidogyne spp
“Estudos moleculares de Lactuca sativa L.
resistentes a Meloidogyne spp e identificação de
marcadores para programas de melhoramento”
Estudo do controle genético da termonibição de
sementes em Lactuca sativa e expressão de
genes envolvidos.
Obrigado!
E-mail:laagomes@dag.ufla.br
Cel.: 35-9207-0708

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Produção de alface.PDF

Defesa Diana 1ra. Parte
Defesa Diana 1ra. ParteDefesa Diana 1ra. Parte
Defesa Diana 1ra. Partediananeg
 
Defesa Diana 1ra. Parte
Defesa Diana 1ra. ParteDefesa Diana 1ra. Parte
Defesa Diana 1ra. Partediananeg
 
Desenvolvimento de fitonematoides - efeitos da temperatura e umidade
Desenvolvimento de fitonematoides - efeitos da temperatura e umidadeDesenvolvimento de fitonematoides - efeitos da temperatura e umidade
Desenvolvimento de fitonematoides - efeitos da temperatura e umidadeGiovani de Oliveira Arieira
 
Controle Biológico de Moscas-das-Frutas
Controle Biológico de Moscas-das-FrutasControle Biológico de Moscas-das-Frutas
Controle Biológico de Moscas-das-FrutasPNMF
 
Avaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, Pará
Avaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, ParáAvaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, Pará
Avaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, ParáThiago Pinheiro
 
Entomologia aplicada controle microbiano de pragas 2016
Entomologia aplicada controle microbiano de pragas 2016Entomologia aplicada controle microbiano de pragas 2016
Entomologia aplicada controle microbiano de pragas 2016Juliana Queiroz
 
Otimização da lucratividade pecuária com um eficaz controle parasitário
Otimização da lucratividade pecuária com um eficaz controle parasitárioOtimização da lucratividade pecuária com um eficaz controle parasitário
Otimização da lucratividade pecuária com um eficaz controle parasitárioBeefPoint
 
MANEJO DE DOENÇAS NO ALGODOEIRO
MANEJO DE DOENÇAS NO ALGODOEIROMANEJO DE DOENÇAS NO ALGODOEIRO
MANEJO DE DOENÇAS NO ALGODOEIROGeagra UFG
 
uso de fogo no controlo das ciperaceas naagricultura.pptx
uso de fogo no controlo das ciperaceas naagricultura.pptxuso de fogo no controlo das ciperaceas naagricultura.pptx
uso de fogo no controlo das ciperaceas naagricultura.pptxCARDOSOALBERTODIAS2
 
NEMATOIDES E ÁCAROS NA SOJA
NEMATOIDES E ÁCAROS NA SOJANEMATOIDES E ÁCAROS NA SOJA
NEMATOIDES E ÁCAROS NA SOJAGeagra UFG
 
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...Paulo Antonio de Souza Gonçalves
 
Bases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a Inseticidas
Bases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a InseticidasBases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a Inseticidas
Bases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a InseticidasIRAC-BR
 
EMERGÊNCIA E CRESCIMENTO DE PLÂNTULA DE GOIABEIRA SOB DIFERENTES SUBSTRATOS E...
EMERGÊNCIA E CRESCIMENTO DE PLÂNTULA DE GOIABEIRA SOB DIFERENTES SUBSTRATOS E...EMERGÊNCIA E CRESCIMENTO DE PLÂNTULA DE GOIABEIRA SOB DIFERENTES SUBSTRATOS E...
EMERGÊNCIA E CRESCIMENTO DE PLÂNTULA DE GOIABEIRA SOB DIFERENTES SUBSTRATOS E...Ana Aguiar
 
Estratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BR
Estratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BREstratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BR
Estratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BRIRAC-BR
 
Manejo da resistência à inseticidas
Manejo da resistência à inseticidasManejo da resistência à inseticidas
Manejo da resistência à inseticidasIRAC-BR
 
Manejo de Pragas da Soja
Manejo de Pragas da SojaManejo de Pragas da Soja
Manejo de Pragas da SojaGeagra UFG
 
Enraizamento in vitro de frutíferas da família Rosaceae
Enraizamento in vitro de frutíferas da família RosaceaeEnraizamento in vitro de frutíferas da família Rosaceae
Enraizamento in vitro de frutíferas da família RosaceaeAleksander Westphal Muniz
 

Semelhante a Produção de alface.PDF (20)

Defesa Diana 1ra. Parte
Defesa Diana 1ra. ParteDefesa Diana 1ra. Parte
Defesa Diana 1ra. Parte
 
Defesa Diana 1ra. Parte
Defesa Diana 1ra. ParteDefesa Diana 1ra. Parte
Defesa Diana 1ra. Parte
 
Desenvolvimento de fitonematoides - efeitos da temperatura e umidade
Desenvolvimento de fitonematoides - efeitos da temperatura e umidadeDesenvolvimento de fitonematoides - efeitos da temperatura e umidade
Desenvolvimento de fitonematoides - efeitos da temperatura e umidade
 
Controle Biológico de Moscas-das-Frutas
Controle Biológico de Moscas-das-FrutasControle Biológico de Moscas-das-Frutas
Controle Biológico de Moscas-das-Frutas
 
Avaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, Pará
Avaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, ParáAvaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, Pará
Avaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, Pará
 
Entomologia aplicada controle microbiano de pragas 2016
Entomologia aplicada controle microbiano de pragas 2016Entomologia aplicada controle microbiano de pragas 2016
Entomologia aplicada controle microbiano de pragas 2016
 
Otimização da lucratividade pecuária com um eficaz controle parasitário
Otimização da lucratividade pecuária com um eficaz controle parasitárioOtimização da lucratividade pecuária com um eficaz controle parasitário
Otimização da lucratividade pecuária com um eficaz controle parasitário
 
MANEJO DE DOENÇAS NO ALGODOEIRO
MANEJO DE DOENÇAS NO ALGODOEIROMANEJO DE DOENÇAS NO ALGODOEIRO
MANEJO DE DOENÇAS NO ALGODOEIRO
 
uso de fogo no controlo das ciperaceas naagricultura.pptx
uso de fogo no controlo das ciperaceas naagricultura.pptxuso de fogo no controlo das ciperaceas naagricultura.pptx
uso de fogo no controlo das ciperaceas naagricultura.pptx
 
NEMATOIDES E ÁCAROS NA SOJA
NEMATOIDES E ÁCAROS NA SOJANEMATOIDES E ÁCAROS NA SOJA
NEMATOIDES E ÁCAROS NA SOJA
 
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
 
Bases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a Inseticidas
Bases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a InseticidasBases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a Inseticidas
Bases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a Inseticidas
 
EMERGÊNCIA E CRESCIMENTO DE PLÂNTULA DE GOIABEIRA SOB DIFERENTES SUBSTRATOS E...
EMERGÊNCIA E CRESCIMENTO DE PLÂNTULA DE GOIABEIRA SOB DIFERENTES SUBSTRATOS E...EMERGÊNCIA E CRESCIMENTO DE PLÂNTULA DE GOIABEIRA SOB DIFERENTES SUBSTRATOS E...
EMERGÊNCIA E CRESCIMENTO DE PLÂNTULA DE GOIABEIRA SOB DIFERENTES SUBSTRATOS E...
 
Trichoderma
TrichodermaTrichoderma
Trichoderma
 
Estratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BR
Estratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BREstratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BR
Estratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BR
 
Manejo da resistência à inseticidas
Manejo da resistência à inseticidasManejo da resistência à inseticidas
Manejo da resistência à inseticidas
 
Escape no controle da ferrugem iran bueno
Escape no controle da ferrugem iran buenoEscape no controle da ferrugem iran bueno
Escape no controle da ferrugem iran bueno
 
Manejo de Pragas da Soja
Manejo de Pragas da SojaManejo de Pragas da Soja
Manejo de Pragas da Soja
 
Viabilidade de sementes de Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz var....
Viabilidade de sementes de Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz var....Viabilidade de sementes de Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz var....
Viabilidade de sementes de Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz var....
 
Enraizamento in vitro de frutíferas da família Rosaceae
Enraizamento in vitro de frutíferas da família RosaceaeEnraizamento in vitro de frutíferas da família Rosaceae
Enraizamento in vitro de frutíferas da família Rosaceae
 

Produção de alface.PDF

  • 2. Introdução Aspectos a considerar na produção da alface Considerações Sumário Contribuições para melhoria da expressão fenotipica Principais problemas que ainda persistem Possibilidades para diminuir estes problemas Manejo do ambiente Manejo de genótipos
  • 4. Tipos de alface mais comercializados no Brasil Introdução Porcentagem do volume de alface de diferentes tipos comercializados na CEAGESP.
  • 5. Fenótipo = + Ambiente Genótipo
  • 6. Folhas lisas Doenças (LMV) Florescimento precoce Sementes importadas Plantio campo Mudas raiz nua Irrigação por aspersão Sementes nuas Ambiente Genótipo Aspectos a considerar
  • 7. Contribuições para melhoria da expressão fenotípica Melhoria de genótipos Melhoria no ambiente Aspectos a considerar
  • 8. Hiroshi Nagai Cyro Paulino da Costa Norberto Silva Melhoria de genótipos Companhias de sementes Aspectos a considerar Contribuições para melhoria da expressão fenotípica Marcílio Dias Wilson Roberto Maluf
  • 9. Avanços com a pesquisa: Resistência ao LMV Alface lisa Regina Tolerância ao calor Independência na produção de sementes Diferentes tipos de folhas Resistência a doenças Alface tropicalizada Aspectos a considerar
  • 10. Cultivo protegido Irrigação por gotejamento Hidroponia Melhoria de ambiente Mudas em bandejas Telas de sombreamento e termorrefletoras Aspectos a considerar Fertirrigação
  • 11. Ocorrência de doenças Baixa germinação Má formação de cabeças Florescimento precoce Tip-burn
  • 13. Ocorrência de doenças Principais problemas Número de plantas coletadas e infectadas pelo Lettuce mosaic virus (LMV), Lettuce mottle vírus (LeMoV) e Bidens mosaic vírus (BiMV), em São Paulo (De Marchi et al., 2012)
  • 14. Principais problemas TSWV GRSV TCSV LMV Distribuição de espécies de vírus (TSWV – Tomato spotted wilt virus; GRSV – Tomato chlorotic spot virus; TCSV – Tomato chlorotic spot virus; LMV – Lettuce mosaic virus) em amostras de alface coletadas no Distrito Federal, Bahia e Minas Gerais. Embrapa Hortaliças, 2012-2013. (Lima et al., 2013) Ocorrência de doenças
  • 15. Principais problemas FUNGOS E BACTERIAS Ocorrência de doenças Murchadeira ou podridão negra das raízes (fungo Thielaviopsis basicola : - Limite ao plantio e expansão da alface americana e lisa no verão em algumas regiões de São Paulo. (Sala et al., 2003; Sala e Costa 2005 e Sala et al 2008). Fusarium oxysporum f. sp. Lactucae race 1: (Cabral e Reis, 2013; Cabral, 2011; Brunelli et al., 2010; Cabral et al., 2009; Ventura e Costa, 2008). Cercosporiose ou mancha de cercospora (Cercospora longissima) Prevalência elevada (≥88%). Nas áreas de cultivo convencional a severidade variou de 0,0 a 16,9%, enquanto em cultivos orgânicos de 0,0 a 22,5% (Gomes et al., 2003).
  • 16. Principais problemas Ocorrência de doenças FUNGOS E BACTERIAS - Septoriose (Septoria lactucae) - Podridão mole (Pectobacterium carotovorum). Silva et al 2007 (PE)
  • 17. Principais problemas NEMATOIDES Altamente suscetível à infestação por nematoides das galhas, Meloidogyne incognita e javanica. Plantas cloróticas, com cabeça de tamanho reduzido, pequeno volume foliar e sem valor para consumo in natura. (CHARCHAR e MOITA, 1996; CAMPOS, 2001; CHARCHAR e MOITA, 2005; SIKORA e FERNANDEZ, 2005; WILCKEN et al., 2004; WILCKEN et al., 2005). Observação: tem sido problema sério para os produtores de alface americana da região Sul de Minas. Ocorrência de doenças
  • 20. Tip-burn Principais problemas Fonte: Smith et al., Salinas Valley Agriculture, 2011 Mota et al., 2002
  • 21. Má formação de cabeças Principais problemas
  • 22. Principais problemas Temperatura pode alterar arquitetura, produção, ciclo e resistência ao pendoamento (Diamante et al., 2013). Temperaturas elevadas (médias de 20,9 a 22,8ºC) responsáveis pela redução na produção de alface americana (Araujo et al., 2010). Desafio é selecionar cultivares com elevada produtividade e qualidade comercial, além de baixa suscetibilidade ao pendoamento precoce (Yuri, 2006).
  • 23. Ocorrência de doenças Baixa germinação Má formação de cabeças Florescimento precoce Principais problemas Tip-burn Como diminuir estes problemas
  • 24. Como diminuir os problemas Ocorrência de doenças Baixa germinação Má formação de cabeças Florescimento precoce Tip-burn Manejo do ambiente
  • 25. Manejo de genótipos Ocorrência de doenças Baixa germinação Má formação de cabeças Florescimento precoce Tip-burn Como diminuir os problemas
  • 26. Manejo do ambiente Ocorrência de doenças Lopes e Quesado-Duval, 1998.
  • 28. (MINAMI, 1995; MORSELLI, 2001; MARQUES et. al, 2003; CARVALHO et al, 2004). Manejo do ambiente Controle de umidade Manejo do ambiente
  • 29. Manejo do ambiente Temperatura máxima em torno de 30º (Duarte, Silva; Ribeiro, 1992) Controle de umidade Variação ótima de 4º a 27º (Puiatti; Finger, 2005) Manejo do ambiente
  • 30. 30,88°C 29,05°C 28,73°C Rampazzo et al., 2014 Manejo do ambiente 36,79°C 32,05°C 32,55°C
  • 31. 77,57 dias 84,36 dias 84,43 dias Diamante et al., 2013 Manejo do ambiente
  • 34. Manejo do ambiente Controle de umidade Fertirrigação Manejo do ambiente
  • 35. Manejo do ambiente Controle de umidade Uso de Telados Manejo do ambiente
  • 36. Manejo do ambiente Controle de umidade Manejo do ambiente Seabra Junior, 2012, MT Queiroz et al, 2014 - MT Santos et al., 2011 - PB Porto et al., 2011 - RN Souza et al., 2013 - MT Viana et al., 2013 – PB Nodam et al, 2014 - MT Diamante et al., 2013 - MT Gomes, et al., 2006 - PE Djail, et al., 2006 - PB Suinaga et al., 2013 - DF Kano, et al., 2012 – AM Lima et al., 2013 - DF Bandeira et al., 2013 – BA
  • 39. - Resistência a LMV - Resistência em Gallega de Inverno (Nagai, 1979) gene mo1¹. Manejo de genótipos - Resistência em Salinas 88 (Stangarlin et al., 2000) gene mo1².
  • 40. - Resistência a TSWV - Resistência em PI 342517 (Ancora) e Tinto. Manejo de genótipos (Pavan et al, 2008)
  • 41. - Resistência a M. incognita raças 1, 2, 3 e 4 e M. javanica. CHARCHAR & MOITA (1996); GOMES et al. (1996); MENDES, et al. (1996); CARNEIRO et al. (1997); GOMES et al. (2000); MALUF et al. (2002); WILCKEN et al. (2005); CARVALHO FILHO et al. (2008) - Resistência a nematoides das galhas Manejo de genótipos
  • 42. - Grand Rapids: crespa de folhas soltas - Salinas 88: tipo americana - Um gene com dominância parcial no sentido da maior resistência, denominado Me. - Um gene maior com dominância parcial e presença de genes modificadores, denominado Me2. GOMES et al. (2000) CARVALHO FILHO et al. (2010) Manejo de genótipos - Obs.: Salinas 88 é resistente ao LMV e nematoide.
  • 43. Distribuição de frequência de notas para índice de galhas em plantas das Cultivares Regina 71 (A), Grand Rapids (B) e F2(Regina 71 x Grand Rapids) (C). A B C Manejo de genótipos
  • 44. 1 2 3 4 5 Alternativa: avaliação de plantas diretamente no substrato Maioria dos métodos de avaliação são destrutivos
  • 45. Avaliações: NOTA PARA INCIDÊNCIA DE GALHAS 1 Poucas galhas visíveis no sistema radicular, galhas pequenas e não coalescentes. 2 Poucas galhas visíveis no sistema radicular, porém algumas galhas de tamanho médio. 3 Número médio de galhas visíveis no sistema radicular, galhas de tamanho médio e algumas galhas de tamanho grande. 4 Muitas galhas visíveis no sistema radicular, galhas grandes com poucas galhas de tamanho médio, algumas galhas coalescentes. 5 Muitas galhas visíveis no sistema radicular, galhas grandes, com grande número de galhas coalescentes. Manejo de genótipos
  • 46. 0 50 100 150 200 1 2 3 4 5 Regina 71 Número de plantas Notas 0 50 100 150 200 1 2 3 4 5 Grand Rapids Número de plantas Notas 0 50 100 150 1 2 3 4 5 AFX-018 Número de plantas Notas 0 50 100 150 200 1 2 3 4 5 AFX-017 Número de plantas Notas
  • 47. Elisa AFX–018C- 005-42-28 Regina Avaliação das linhagens no campo. Seleção de novas cultivares
  • 48. Regina 71 AFX–018C-005-42-28 Grand Rapids Avaliação do fator de reprodução
  • 50.
  • 52. - Tolerância ao florescimento precoce Silva, 1999: segregação transgressiva Manejo de genótipos
  • 53. - Tolerância ao florescimento precoce Fiorini, 2004. Nº de dias Regina 71 Grand Rapids Progênies <= 100 0,00 28,21 0,00 101 a 113 0,00 69,23 5,19 113 a 126 16,67 0,00 72,00 126 a 139 58,33 2,56 16,88 >= 139 25,00 0,00 5,19 Manejo de genótipos
  • 54. Médias seguidas por letras iguais, minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas não diferem pelo teste de Scott & Knott, a 5% de probabilidade - Tolerância à termoinibição Catão et al., 2014; Resende, 2012; Nascimento et al., 2012; Vilela et al., 2010; Sung et al., 2008; Nascimento et al., 2004; Cantliffe et al., 2000. Manejo de genótipos
  • 55. - Tolerância à termoinibição Cultivar Germinadas Mortas Dormentes %G a 35ºC 35ºC 20ºC Everglades 50 29 21 0 63,3 Veronica 1 89 10 0 1,1 Catão et al., 2014; Resende, 2012; Nascimento et al., 2012; Vilela et al., 2010; Sung et al., 2008; Nascimento et al., 2004; Cantliffe et al., 2000. Manejo de genótipos
  • 57. Entre 19 cultivares dos tipos crspa, lisa e americana avaliadas, três cultivares do tio americana (Blizzard, Casper e logic) se mostraram altamente resistente. Manejo de genótipos Koyama et al, 2012
  • 59. - Alface crocante: proposta desenvolvida pelo Prof. Cyro paulino da Costa de uma alface que mescla características de alface crespa com as qualidades da alface americana. Manejo de genótipos (Sala, 2011 e Sala e Costa, 2012). 'Gloriosa‘: cultivar de alface americana tropicalizada, resistente a Thielaviopsis basicola. Selecionada a partir de variantes da cultivar Lucy Brown, pelo método genealógico. Sala e Costa, 2008; Sala e Costa, 2011
  • 60. Alface Espécie autógama Linhagens puras Necessidade de gerar variabilidade genética Escolha de genitores Manejo de genótipos
  • 62. Alface Planta 1,2,3... MeMe... Planta n meme... Planta 30, 31, 32... Meme... F2 Avaliação e seleção de plantas resistentes. Obtenção de progênies F2:3 Manejo de genótipos
  • 63. Avaliação das progênies F2:3, seleção entre e dentro de progênies. Colheita de sementes F2:4 Condução das plantas F2, avaliação para características desejáveis e colheita de sementes F2:3. Avaliação até F2:6 ou F2:7 e seleção de linhagens homozigotas para as características desejadas. Dependendo das características dos genitores, pode ser necessário um retrocruzamento.
  • 64. Necessidade de caracterização de genes de interesse para algumas características. Perspectivas de avanços por meio da utilização da resistência genética associada a outros métodos. Maior interação entre pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. Necessidade de avanços na área molecular para auxiliar no entendimento e nos trabalhos de melhoramento.
  • 65. Parcerias UFLA Melhoramento Identificação e caracterização de microRNAs e genes envolvidos em sua via de processamento na resistência de Lactuca sativa L. frente a Meloidogyne spp “Estudos moleculares de Lactuca sativa L. resistentes a Meloidogyne spp e identificação de marcadores para programas de melhoramento” Estudo do controle genético da termonibição de sementes em Lactuca sativa e expressão de genes envolvidos.