SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 42
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL
INFLUÊNCIA DO FOGO E DA SACHA MANUAL NO CONTROLO DA
TIRIRICA (Cyperus rotundus L.) NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) NAS
CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS DO DISTRITO DE ALTO˗MOLOCUÉ
Autor: Cardoso Alberto Dias
Orientador: Engº Fernando Nortor Hilário Chare, MSc
1
Sequência de apresentação
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 2
1.Introdução
1.1 Generalidades
• Infestantes são plantas que crescem em áreas onde não são desejadas, interfererindo
nas actividades humanas (Mortimer, 1994).
• O controlo de infestantes nos países do terceiro mundo é feito manualmente,
necessitando de muito esforço humano, levando cerca de 50% do tempo do
agricultor para o controlo (Radosevich, 1998).
• Países desenvolvidos, recorrem técnicas modernas que necessitam de menos esforço
humano (maquinaria e produtos químicos), aumentando a produtividade das culturas
(Radosevich, 1998; Akobundu, 1991).
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 3
1.1 Generalidades - cont.
Tiririca (Cyperus rotundus L.)
• A tiririca (nativa da Índia) é considerada uma das espécies vegetais com maior amplitude
de distribuição no mundo, estando presente em todos os países de clima tropical e
subtropical e em muitos de clima temperado (Akobundu, 1991).
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 4
1.1 Generalidades - cont.
Milho (Zea mays L.)
•Há indicações que sua origem tenha sido no
México. Em Moçambique, ocupa 1/3 da área
total cultivada no país (Howard et al., 2000).
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 5
1.1 Generalidades - cont.
Uso de fogo e sacha manual no controlo de infestantes
• Fogo
O fogo é uma práctica que exerce influência física sobre plantas daninhas e com
maior interesse nos últimos anos na produção orgânica, sobretudo nos países
desenvolvidos (Sivesind et al., 2009).
• Sacha manual
A sacha manual é um método de controlo mecânico muito utilizada pelos
agricultores de subsistência familiar. O controlo manual de infestantes é uma
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 6
1.2 Problema de estudo
• O controlo de infestantes em África é feito sobretudo por mulheres e crianças, as crianças
envolvidas nessa tarefa não conseguem frequentar regularmente a escola, aumentando
deste modo os níveis de analfabetismo (Parker & Labrada, 1994).
• Assim, Surge uma maior preocupação no seio dos agricultores, sobre quais seriam os
métodos mais eficientes no controlo de infestantes, que tenham não só menores custos
ambientais e económicos, mas também menores necessidades de força de trabalho.
08/09/2017
Cardoso Alberto Dias
7
1.3 Justificativa do estudo
• A tiririca (Cyperus rotundus L.) representa um desafio na produção de alimentos, o maior
obstáculo no seu controlo reside na sua capacidade de regeneração (Anderson, 1999).
• Métodos físicos e químicos têm sido usados como alternativa à sacha manual como forma
de reduzir o esforço humano no controlo de infestantes. Assim, havendo uma necessidade
de gerar informação a cerca do uso de métodos alternativos de controlo da tiririca, que
tornam a prática da agricultura uma actividade atractiva, através de métodos de controlo
menos árduos e menos nocivos ao ambiente, leva à necessidade deste estudo.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 8
1.4 OBJECTIVOS
1.4.1 Geral:
• Avaliar a influência do método fisico (fogo) e mecânico (sacha manual) no Controlo da
tiririca (Cyperus rotundus L.) e de outras infestantes na cultura do milho (Zea mays L.), nas
condições edafoclimáticas do distrito de Alto ˗ Molocué
1.4.2 Específicos:
• Comparar o efeito do fogo e sacha na densidade da tiririca (Cyperus rotundus L.) e de outras
infestantes na cultura de milho (Zea mays L.);
• Comparar o tempo gasto na aplicação dos tratamentos no controlo da tiririca (Cyperus
rotundus L.) e de outras infestantes na cultura de milho (Zea mays L.);
• Analisar os custos e benefícios associados ao método físico (fogo) e mecânico (sacha
manual) no no controlo da tiririca (Cyperus rotundus L.) e de outras infestantes.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 9
1.5 Hipótese
• O uso do fogo influência de forma eficiente, no controlo da tiririca (Cyperus rotundus L.)
e de outras infestantes na cultura do milho (Zea mays L.).
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 10
2. Material e Métodos
2.1 Localização e caracterização da área do experimento
• O experimento foi desenvolvido na localidade de Nauela, na região/povoado de Mohiua,
que dista cerca de 75 km da vila municipal do distrito de Alto-Molocué.
• A precipitação média anual é de 1402.6 mm com uma evapotranspiração de 1258.1 mm.
• A temperatura média mensal variou entre 26 á 28˚C durante o ensaio.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 11
2.2 Dados Meteorológicas durante a condução do ensaio
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias
12
Figura 2: Valores médios mensais da precipitação e temperatura durante a condução do ensaio.
Fonte: www.acuweather.com/mz/zambezia/alto-molocue/weather. (2017)
2.3 Descrição dos tratamentos
Descrição dos tratamentos do experimento.
Tratamentos Descrição
A Fogo
B Sacha manual
C Sem controlo de infestantes (Controlo)
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 13
2.4 Descrição da variedade usada
• Variedade: Matuba;
• Ciclo: precoce (90 – 100 dias);
• Grão: duro e forte;
• Resistente: ao listrado e à mancha cinzenta;
• Tolerante: à seca e a níveis baixos de nitrogénio, desenvolvendo-se bem em solos
pobres;
• Rendimento potencial: 1.2 a 6 ton/ha, sendo recomendada para cultivo em zonas
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 14
2.5 Desenho experimental
• Delineamento blocos completos causalizados (4b e 3p)
• Área total: 297m2 (18m x 16,5m).
• Área útil: 96m2
• Área de Bloco: 28m2
• Área útil/amostragem da parcela: 2,88m2
• Área da parcela: 8m2 (4m x 2m).
• O espaçamento para a cultura de milho: 80cm x 40cm
• A densidade de plantas de milho (3,125 plantas/m2): 300
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 15
2.6 Variáveis avaliados
2.6.1 Densidade da tiririca
• Para a avaliação da densidade da tiririca e das outras infestantes na área de estudo foram
demarcadas três (3) parcelas amostrais de dimensão de 1m2 aleatoriamente (quadrados
isolados) antes da emergência das infestantes, na área útil das parcelas experimentais,
antes da aplicação dos tratamentos.
08/09/2017
Cardoso Alberto Dias
16
2.6 Variáveis avaliados – cont.
2.6.2. Controlo da tiririca
• a avaliação do controlo da tiririca realizou-se através da observação da cobertura vegetal
existentes nas parcelas experimentais e com base na escala proposta pela European Weed
Research Council (EWRC, 1964), aos 30, 60 e 90 DDA dos tratamentos.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 17
2.6 Variáveis avaliados – cont.
Tabela 2: Método de avaliação de controlo de infestantes segundo a escala de avaliação de EWRC (European
Weed Research Council).
Percentagem de Controlo Avaliação
99,1 – 100 Excelente (E)
96,6 – 99,0 Muito bom (MB)
92,6 – 96.5 Bom (B)
85,1 - 92.5 Suficiente (S)
75,1 – 85.0 Duvidoso (D)
60,1 – 75.0 Insuficiente (I)
40,1 - 60.0 Mau (M)
15,1 - 40.0 Péssimo (P)
00,0 – 15.0 Sem efeito (SE)
Fonte: Pastre (2006)
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 18
2.6 Variáveis avaliados – cont.
2.6.3.Tempo de aplicação dos tratamentos
• A determinação do tempo médio de aplicação dos tratamentos realizou-se através da
contagem do tempo despendido durante a aplicação dos tratamentos em cada talhão
experimental.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 19
2.6 Variáveis avaliados – cont.
2.6.4.Altura do milho
• A altura do milho foi mensurada aos 30, 60 e 90 DDS com o objectivo de determinar a
influência do controlo das infestantes no desenvolvimento da cultura. A medição da altura
da planta foi feita desde a superfície do solo até ao topo da mesma.
2.6.5.Rendimento do milho
• A avaliação do rendimento médio consistiu na recolha de espigas na área útil, as quais
foram postas a secar, posteriormente debulhadas e pesado o grão.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 20
2.7 Análise económica
• A análise económica foi feita com base no cálculo da margem bruta de cada tratamento.
Tendo - se calculado o valor da produção e o custo da produção de modo a determinar por
último a margem bruta.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 21
2.8 Análise de dados
• Os dados obtidos para cada característica avaliada foram submetidos a teste de
resíduos Shapiro-Wilk a 5% de probabilidade, e de seguida procedeu-se à análise
de variância pelo teste F, a partir deste foram comparados as médias pelo teste de
Tukey, a 5% de probabilidade, com auxílio do microssoft Excel e do programa de
análise de dados Statistix versão 10.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 22
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O princípio de normalidade das variâncias pelo teste de Shapiro-Wilk (p> 0.05) não foi
violado e o teste de análise de variâncias (teste F) para cada parâmetro avaliado revelou
diferenças significativas a 5% de probabilidade. Resultados semelhantes foram encontrados
por Tembe (2014), ao estudar o efeito de métodos físico, mecânico e químico no controlo de
infestantes na cultura de milho (Zea mays L.). Os coeficientes de variação variaram de
0,87% á 16,75 %, que são classificados como baixo e médio respectivamente, o que revela
uma boa precisão do ensaio.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 23
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
3.1. Densidades das infestantes/m2, antes da montagem do experimento
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 24
Infestante Densidade
Nome Científico Nome Comum Plantas/m2
Amaranthus spinosus Caruru-de-espinho 2,8 a
Bidens pilosa Picão-preta 3.8 a
Cyperus rotundus Tiririca 185.3 b
Eulesine indica Capim pé-de-galinha 3,8 a
Panicum maximum Capim colonião 13 c
Cv (%) - 5,0
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
Doll (1994a)
Observou que a tiririca liberta substâncias fenólicas
no ambiente que interferem negativamente no
desenvolvimento das plantas ao seu redor.
Aferiram que a tiririca sendo uma planta com metabolismo
fotossintético C4, é altamente suscetível ao sombreamento, sofrendo
forte redução de crescimento com a limitação da radiação solar,
causado pelas outras espécies de infestantes e/ou de culturas
limitando a sua distribuição.
Nemoto
et al.,
(1991)
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 25
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 26
Tratamento Densidade da tiririca/m2
15 DDA* 30DDA* 45DDA*
Fogo (A) 9,25 a 11,75 a 13,0 a
Sacha (B) 15,50 b 16,0 b 16,75 a
Controlo (C) 45,50 c 91,25 c 183,75 b
CV (%) 10,14 4,70 3,03
3.2.Densidade da tiririca
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
Brosnan
(2008)
Os cortes dos rizomas e o transporte dos tubérculos localizados nas
camadas mais profundas para a superfície do solo durante a realização
da sacha e a estimulação das gemas adicionais, causava o aumento da
velocidade de multiplicação da tiririca.
A dormência impede a germinação dos tubérculos duma só vez,
de modo que um reservatório de potenciais novas plantas seja
mantido, sendo uma das razões pela qual a tiririca aparece após a
aplicação de métodos de controlo.
Ammena et
al., (2004)
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias
27
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 28
Tratamento Percentagem de controlo da tiririca
1º * 2º * 3º*
Fogo (79,64 a) I ( 87,10 a) S (92,92 a) B
Sacha (65,95 b) D (82,47 b) D (90,88 a) S
Controlo (0 c) SE (0 c) SE (0 b) SE
CV (%) 10,48 2,51 1,05
3.3.Controlo da tiririca
*Fogo é mais eficiente em 2,05% em relação a sacha até aos 90DAA
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
Virbickaite et al.
(2006)
O controle térmico de plantas daninhas vai até 22,5%
mais eficiente que o método mecânico até a úitima
aplicação.
Observaram que o controlo de infestantes (tiririca) é
determinada por vários factores, como estágio de seu
desenvolvimento, as condições atmosféricas e do solo.
Tembe (2014) e
Sivesind (2009)
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 29
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
3.4.Tempo de aplicação dos tratamentos
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 30
Tratamento Tempo de Aplicação (h/parcela)
1ª * 2ª * 3ª *
Fogo 0,77 a 0,51 a 0,33 a
Sacha 0,76 a 0,67 b 0,56 b
Controlo 0 b 0 c 0 c
CV (%) 0,50 1,99 5,22
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
Ampong-Nyarko
(1994)
Constatou que a realização da sacha manual é árdua e
despende muita força humana o que torna esta
actividade muito morosa.
Auferiram que, uma das vantagens mais relevante da
utilização do fogo, reside em ser rápida a sua
aplicação.
Sivesind (2009)
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 31
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 32
3.5.Altura das plantas
Tratamento Altura de milho (m)
30DDA 60DDA 90DDA
Fogo 1,26 a 2,76 a 3,08 a
Sacha 1,25 a 2,77 a 3,08 a
Controlo 0,94 b 1,73 b 2,02 b
CV (%) 2,73 1,63 16,70
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
Zimdahl (2007) e
Mortimer (1994)
Afirmam que as culturas possuem uma baixa
capacidade competitiva comparativamente às
infestantes, o que dificulta o seu desenvolvimento
normal.
Comentam a exisência de uma relação positiva
entre competição de plantas daninhas e altura de
plantas de soja, ocorrendo em virtude do
estiolamento em busca da radiação luminosa.
Durigan et al. (1983) e
Radosevich et al.
(1997)
08/09/2017 33
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 34
Tratamento Rendimento de milho (ton/há) *
Fogo 1,520 a
Sacha 1,499 a
Controlo 0,560 b
CV (%) 0,87
3.6.Rendimento de milho (ton/há)
*Perda de Rendimento de cerca 63,2%
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
Tembe (2014)
Apurou perda de 80%, embora com rendimento mais
alto do que o verificado no presente estudo, que se
justificou provavelmente pelo compasso e uso de
fertilizantes.
Observaram Redução até 67% na produtividade,
quando se comparou a produção obtida na
ausência total das plantas daninhas com a obtida
na presença delas durante todo o ciclo da cultura.
Salgado et al. (2007)
08/09/2017 35
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
3.7.Corelação entre a densidade da tiririca e o rendimento de milho
08/09/2017 36
Figura 3: Relação entre a densidade da tiririca e o rendimento do milho aos 15 DDA
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
Ampong-Nyarko
(1994) e Cousens
(1989).
O modelo linear é ideal para densidade de infestaҫão na
qual predomina uma única espécie. Em milho, a tiririca
limita a produção, podendo causar elevadas perdas, até
85%.
Optaram pelo modelo sigmoidal para explicar biologicamente a
relação entre infestantes e produção da cultura no seu estudo
sobre a ervas daninhas na cultura da soja e, justificando-se
devido a insfestaҫão, do campo por diferentes espécies.
KUVA et
al., (2001)
08/09/2017
37
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
3.8.Análise económica
08/09/2017
Cardoso Alberto Dias 38
Variáveis Tratamentos
Fogo Sacha Sem Controlo
C. de Produção (Mt) 18.990,00 20.070,00 9.990,00
V. de produção (Mt) 30.405,00 29.985,00 11.202,40
Margem Bruta (Mt) 11.415,00 9.915,00 1.212,40
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT.
Nemming (1994)
Concluiu em seu estudo que o uso de chamas é mais
barato que o controle mecânico, uma vez que não
demanda maior m-d-o.
O elevado custo do combustível de trabalho e
equipamento necessário para a aplicação do fogo para
o controlo de infestantes, representa uma grande
desvantagem.
Upadhyaya et al.
(2008)
08/09/2017 39
4. Conclusão
Os melhores resultados foram obtidos nos tratamentos com controlo de infestantes
(aplicação do fogo e de sachas), com diferenças significativas na sua influência na
produção média do milho em relação ao tratamento de controlo;
• O uso de fogo mostrou-se mais eficaz (controlo bom) em relação a sacha (controlo
suficiente), no controlo da tiririca e das outras infestantes em comparação com a
sacha;
• O fogo apresentou signifitivamente menor despêndio de tempo durante as duas
últimas aplicações dos tratamentos em relação a sacha;
• A sacha mostrou menores benefícios económicos no controlo da tiririca e das
outras infestantes em relação a utilização do fogo.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 40
5.Recomendações
Aos pesquisadores
• A repetição do estudo envolvendo todos métodos de controlo de infestantes
e em diferentes zonas agroecológico do país;
• Divulgação dos resultados deste estudo, aos agricultores através de
demonstrações de campo.
Ao governo
• A apostar na formação e/ou capacitação de produtores, sobre a utilização ou
aplicação correcta de chamas na agricultura;
• Garantir a disponibilidade de equipamentos adequados e combustível
necessário para a utilização do fogo em campos de produção, a preços
atractivos (baixos) no mercado.
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 41
OBRIGADO PELA ATENÇÃO
DISPENSADA!
08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 42
“Bom mesmo é ir à luta com
determinação, abraçar a vida e
viver com paixão, perder com
classe e vencer com ousadia, pois,
o triunfo pertence a quem se
atreve... e a vida é muito para ser
insignificante”.
Charles Chaplin

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a uso de fogo no controlo das ciperaceas naagricultura.pptx

Apresentação lothar langer syngenta - operation pollinator
Apresentação lothar langer   syngenta - operation pollinatorApresentação lothar langer   syngenta - operation pollinator
Apresentação lothar langer syngenta - operation pollinatorOxya Agro e Biociências
 
Impacto econômico da resistência no mundo
Impacto econômico da resistência no mundoImpacto econômico da resistência no mundo
Impacto econômico da resistência no mundoIRAC-BR
 
Bases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a Inseticidas
Bases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a InseticidasBases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a Inseticidas
Bases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a InseticidasIRAC-BR
 
Apresentação alho
Apresentação alhoApresentação alho
Apresentação alhoJulieme Uepb
 
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...Paulo Antonio de Souza Gonçalves
 
Agricultura de precisao modulo 5
Agricultura de precisao modulo 5Agricultura de precisao modulo 5
Agricultura de precisao modulo 5Karlla Costa
 
Walter Becker - “SISTEMA DE PRODUÇÃO INTEGRADA DE TOMATE TUTORADO”- Boas Prát...
Walter Becker - “SISTEMA DE PRODUÇÃO INTEGRADA DE TOMATE TUTORADO”- Boas Prát...Walter Becker - “SISTEMA DE PRODUÇÃO INTEGRADA DE TOMATE TUTORADO”- Boas Prát...
Walter Becker - “SISTEMA DE PRODUÇÃO INTEGRADA DE TOMATE TUTORADO”- Boas Prát...PIFOZ
 
Normas de Produção de Sementes
Normas de Produção de Sementes Normas de Produção de Sementes
Normas de Produção de Sementes Az. O.
 
Agricultura de precisao modulo 2
Agricultura de precisao modulo 2Agricultura de precisao modulo 2
Agricultura de precisao modulo 2Karlla Costa
 
Cultura sem solo com reutilização dos efluentes, em estufa com controlo ambie...
Cultura sem solo com reutilização dos efluentes, em estufa com controlo ambie...Cultura sem solo com reutilização dos efluentes, em estufa com controlo ambie...
Cultura sem solo com reutilização dos efluentes, em estufa com controlo ambie...Armindo Rosa
 
Apresentação Técnica Base Inicial
Apresentação  Técnica  Base  InicialApresentação  Técnica  Base  Inicial
Apresentação Técnica Base Inicialagronomoandre
 
Capim limão orgânico
Capim limão orgânicoCapim limão orgânico
Capim limão orgânicoFabio Morais
 
MODELO PARA A PREVISÃO DA INCIDÊNCIA DE TRIPES EM CEBOLA PELO CLIMA
MODELO PARA A PREVISÃO DA INCIDÊNCIA DE TRIPES EM CEBOLA PELO CLIMAMODELO PARA A PREVISÃO DA INCIDÊNCIA DE TRIPES EM CEBOLA PELO CLIMA
MODELO PARA A PREVISÃO DA INCIDÊNCIA DE TRIPES EM CEBOLA PELO CLIMAPaulo Antonio de Souza Gonçalves
 

Semelhante a uso de fogo no controlo das ciperaceas naagricultura.pptx (20)

Apresentação lothar langer syngenta - operation pollinator
Apresentação lothar langer   syngenta - operation pollinatorApresentação lothar langer   syngenta - operation pollinator
Apresentação lothar langer syngenta - operation pollinator
 
Impacto econômico da resistência no mundo
Impacto econômico da resistência no mundoImpacto econômico da resistência no mundo
Impacto econômico da resistência no mundo
 
Bases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a Inseticidas
Bases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a InseticidasBases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a Inseticidas
Bases Ecotoxicológicas para o Manejo da Resistência a Inseticidas
 
Apresentação alho
Apresentação alhoApresentação alho
Apresentação alho
 
Relatório Céleres
Relatório CéleresRelatório Céleres
Relatório Céleres
 
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
 
Agricultura de precisao modulo 5
Agricultura de precisao modulo 5Agricultura de precisao modulo 5
Agricultura de precisao modulo 5
 
Walter becker
Walter beckerWalter becker
Walter becker
 
Walter Becker - “SISTEMA DE PRODUÇÃO INTEGRADA DE TOMATE TUTORADO”- Boas Prát...
Walter Becker - “SISTEMA DE PRODUÇÃO INTEGRADA DE TOMATE TUTORADO”- Boas Prát...Walter Becker - “SISTEMA DE PRODUÇÃO INTEGRADA DE TOMATE TUTORADO”- Boas Prát...
Walter Becker - “SISTEMA DE PRODUÇÃO INTEGRADA DE TOMATE TUTORADO”- Boas Prát...
 
Programa de monitoramento da susceptibilidade de Aedes aegypti aos inseticida...
Programa de monitoramento da susceptibilidade de Aedes aegypti aos inseticida...Programa de monitoramento da susceptibilidade de Aedes aegypti aos inseticida...
Programa de monitoramento da susceptibilidade de Aedes aegypti aos inseticida...
 
Artigo bioterra v1_n1_2019_08
Artigo bioterra v1_n1_2019_08Artigo bioterra v1_n1_2019_08
Artigo bioterra v1_n1_2019_08
 
Normas de Produção de Sementes
Normas de Produção de Sementes Normas de Produção de Sementes
Normas de Produção de Sementes
 
Agricultura de precisao modulo 2
Agricultura de precisao modulo 2Agricultura de precisao modulo 2
Agricultura de precisao modulo 2
 
Cultura sem solo com reutilização dos efluentes, em estufa com controlo ambie...
Cultura sem solo com reutilização dos efluentes, em estufa com controlo ambie...Cultura sem solo com reutilização dos efluentes, em estufa com controlo ambie...
Cultura sem solo com reutilização dos efluentes, em estufa com controlo ambie...
 
Apresentação Técnica Base Inicial
Apresentação  Técnica  Base  InicialApresentação  Técnica  Base  Inicial
Apresentação Técnica Base Inicial
 
Contiero_2018.pdf
Contiero_2018.pdfContiero_2018.pdf
Contiero_2018.pdf
 
11628 37607-1-pb
11628 37607-1-pb11628 37607-1-pb
11628 37607-1-pb
 
Capim limão orgânico
Capim limão orgânicoCapim limão orgânico
Capim limão orgânico
 
MODELO PARA A PREVISÃO DA INCIDÊNCIA DE TRIPES EM CEBOLA PELO CLIMA
MODELO PARA A PREVISÃO DA INCIDÊNCIA DE TRIPES EM CEBOLA PELO CLIMAMODELO PARA A PREVISÃO DA INCIDÊNCIA DE TRIPES EM CEBOLA PELO CLIMA
MODELO PARA A PREVISÃO DA INCIDÊNCIA DE TRIPES EM CEBOLA PELO CLIMA
 
Iv.3 protecao
Iv.3 protecao Iv.3 protecao
Iv.3 protecao
 

uso de fogo no controlo das ciperaceas naagricultura.pptx

  • 1. UNIVERSIDADE ZAMBEZE FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL INFLUÊNCIA DO FOGO E DA SACHA MANUAL NO CONTROLO DA TIRIRICA (Cyperus rotundus L.) NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) NAS CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS DO DISTRITO DE ALTO˗MOLOCUÉ Autor: Cardoso Alberto Dias Orientador: Engº Fernando Nortor Hilário Chare, MSc 1
  • 3. 1.Introdução 1.1 Generalidades • Infestantes são plantas que crescem em áreas onde não são desejadas, interfererindo nas actividades humanas (Mortimer, 1994). • O controlo de infestantes nos países do terceiro mundo é feito manualmente, necessitando de muito esforço humano, levando cerca de 50% do tempo do agricultor para o controlo (Radosevich, 1998). • Países desenvolvidos, recorrem técnicas modernas que necessitam de menos esforço humano (maquinaria e produtos químicos), aumentando a produtividade das culturas (Radosevich, 1998; Akobundu, 1991). 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 3
  • 4. 1.1 Generalidades - cont. Tiririca (Cyperus rotundus L.) • A tiririca (nativa da Índia) é considerada uma das espécies vegetais com maior amplitude de distribuição no mundo, estando presente em todos os países de clima tropical e subtropical e em muitos de clima temperado (Akobundu, 1991). 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 4
  • 5. 1.1 Generalidades - cont. Milho (Zea mays L.) •Há indicações que sua origem tenha sido no México. Em Moçambique, ocupa 1/3 da área total cultivada no país (Howard et al., 2000). 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 5
  • 6. 1.1 Generalidades - cont. Uso de fogo e sacha manual no controlo de infestantes • Fogo O fogo é uma práctica que exerce influência física sobre plantas daninhas e com maior interesse nos últimos anos na produção orgânica, sobretudo nos países desenvolvidos (Sivesind et al., 2009). • Sacha manual A sacha manual é um método de controlo mecânico muito utilizada pelos agricultores de subsistência familiar. O controlo manual de infestantes é uma 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 6
  • 7. 1.2 Problema de estudo • O controlo de infestantes em África é feito sobretudo por mulheres e crianças, as crianças envolvidas nessa tarefa não conseguem frequentar regularmente a escola, aumentando deste modo os níveis de analfabetismo (Parker & Labrada, 1994). • Assim, Surge uma maior preocupação no seio dos agricultores, sobre quais seriam os métodos mais eficientes no controlo de infestantes, que tenham não só menores custos ambientais e económicos, mas também menores necessidades de força de trabalho. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 7
  • 8. 1.3 Justificativa do estudo • A tiririca (Cyperus rotundus L.) representa um desafio na produção de alimentos, o maior obstáculo no seu controlo reside na sua capacidade de regeneração (Anderson, 1999). • Métodos físicos e químicos têm sido usados como alternativa à sacha manual como forma de reduzir o esforço humano no controlo de infestantes. Assim, havendo uma necessidade de gerar informação a cerca do uso de métodos alternativos de controlo da tiririca, que tornam a prática da agricultura uma actividade atractiva, através de métodos de controlo menos árduos e menos nocivos ao ambiente, leva à necessidade deste estudo. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 8
  • 9. 1.4 OBJECTIVOS 1.4.1 Geral: • Avaliar a influência do método fisico (fogo) e mecânico (sacha manual) no Controlo da tiririca (Cyperus rotundus L.) e de outras infestantes na cultura do milho (Zea mays L.), nas condições edafoclimáticas do distrito de Alto ˗ Molocué 1.4.2 Específicos: • Comparar o efeito do fogo e sacha na densidade da tiririca (Cyperus rotundus L.) e de outras infestantes na cultura de milho (Zea mays L.); • Comparar o tempo gasto na aplicação dos tratamentos no controlo da tiririca (Cyperus rotundus L.) e de outras infestantes na cultura de milho (Zea mays L.); • Analisar os custos e benefícios associados ao método físico (fogo) e mecânico (sacha manual) no no controlo da tiririca (Cyperus rotundus L.) e de outras infestantes. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 9
  • 10. 1.5 Hipótese • O uso do fogo influência de forma eficiente, no controlo da tiririca (Cyperus rotundus L.) e de outras infestantes na cultura do milho (Zea mays L.). 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 10
  • 11. 2. Material e Métodos 2.1 Localização e caracterização da área do experimento • O experimento foi desenvolvido na localidade de Nauela, na região/povoado de Mohiua, que dista cerca de 75 km da vila municipal do distrito de Alto-Molocué. • A precipitação média anual é de 1402.6 mm com uma evapotranspiração de 1258.1 mm. • A temperatura média mensal variou entre 26 á 28˚C durante o ensaio. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 11
  • 12. 2.2 Dados Meteorológicas durante a condução do ensaio 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 12 Figura 2: Valores médios mensais da precipitação e temperatura durante a condução do ensaio. Fonte: www.acuweather.com/mz/zambezia/alto-molocue/weather. (2017)
  • 13. 2.3 Descrição dos tratamentos Descrição dos tratamentos do experimento. Tratamentos Descrição A Fogo B Sacha manual C Sem controlo de infestantes (Controlo) 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 13
  • 14. 2.4 Descrição da variedade usada • Variedade: Matuba; • Ciclo: precoce (90 – 100 dias); • Grão: duro e forte; • Resistente: ao listrado e à mancha cinzenta; • Tolerante: à seca e a níveis baixos de nitrogénio, desenvolvendo-se bem em solos pobres; • Rendimento potencial: 1.2 a 6 ton/ha, sendo recomendada para cultivo em zonas 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 14
  • 15. 2.5 Desenho experimental • Delineamento blocos completos causalizados (4b e 3p) • Área total: 297m2 (18m x 16,5m). • Área útil: 96m2 • Área de Bloco: 28m2 • Área útil/amostragem da parcela: 2,88m2 • Área da parcela: 8m2 (4m x 2m). • O espaçamento para a cultura de milho: 80cm x 40cm • A densidade de plantas de milho (3,125 plantas/m2): 300 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 15
  • 16. 2.6 Variáveis avaliados 2.6.1 Densidade da tiririca • Para a avaliação da densidade da tiririca e das outras infestantes na área de estudo foram demarcadas três (3) parcelas amostrais de dimensão de 1m2 aleatoriamente (quadrados isolados) antes da emergência das infestantes, na área útil das parcelas experimentais, antes da aplicação dos tratamentos. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 16
  • 17. 2.6 Variáveis avaliados – cont. 2.6.2. Controlo da tiririca • a avaliação do controlo da tiririca realizou-se através da observação da cobertura vegetal existentes nas parcelas experimentais e com base na escala proposta pela European Weed Research Council (EWRC, 1964), aos 30, 60 e 90 DDA dos tratamentos. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 17
  • 18. 2.6 Variáveis avaliados – cont. Tabela 2: Método de avaliação de controlo de infestantes segundo a escala de avaliação de EWRC (European Weed Research Council). Percentagem de Controlo Avaliação 99,1 – 100 Excelente (E) 96,6 – 99,0 Muito bom (MB) 92,6 – 96.5 Bom (B) 85,1 - 92.5 Suficiente (S) 75,1 – 85.0 Duvidoso (D) 60,1 – 75.0 Insuficiente (I) 40,1 - 60.0 Mau (M) 15,1 - 40.0 Péssimo (P) 00,0 – 15.0 Sem efeito (SE) Fonte: Pastre (2006) 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 18
  • 19. 2.6 Variáveis avaliados – cont. 2.6.3.Tempo de aplicação dos tratamentos • A determinação do tempo médio de aplicação dos tratamentos realizou-se através da contagem do tempo despendido durante a aplicação dos tratamentos em cada talhão experimental. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 19
  • 20. 2.6 Variáveis avaliados – cont. 2.6.4.Altura do milho • A altura do milho foi mensurada aos 30, 60 e 90 DDS com o objectivo de determinar a influência do controlo das infestantes no desenvolvimento da cultura. A medição da altura da planta foi feita desde a superfície do solo até ao topo da mesma. 2.6.5.Rendimento do milho • A avaliação do rendimento médio consistiu na recolha de espigas na área útil, as quais foram postas a secar, posteriormente debulhadas e pesado o grão. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 20
  • 21. 2.7 Análise económica • A análise económica foi feita com base no cálculo da margem bruta de cada tratamento. Tendo - se calculado o valor da produção e o custo da produção de modo a determinar por último a margem bruta. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 21
  • 22. 2.8 Análise de dados • Os dados obtidos para cada característica avaliada foram submetidos a teste de resíduos Shapiro-Wilk a 5% de probabilidade, e de seguida procedeu-se à análise de variância pelo teste F, a partir deste foram comparados as médias pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, com auxílio do microssoft Excel e do programa de análise de dados Statistix versão 10. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 22
  • 23. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO O princípio de normalidade das variâncias pelo teste de Shapiro-Wilk (p> 0.05) não foi violado e o teste de análise de variâncias (teste F) para cada parâmetro avaliado revelou diferenças significativas a 5% de probabilidade. Resultados semelhantes foram encontrados por Tembe (2014), ao estudar o efeito de métodos físico, mecânico e químico no controlo de infestantes na cultura de milho (Zea mays L.). Os coeficientes de variação variaram de 0,87% á 16,75 %, que são classificados como baixo e médio respectivamente, o que revela uma boa precisão do ensaio. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 23
  • 24. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. 3.1. Densidades das infestantes/m2, antes da montagem do experimento 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 24 Infestante Densidade Nome Científico Nome Comum Plantas/m2 Amaranthus spinosus Caruru-de-espinho 2,8 a Bidens pilosa Picão-preta 3.8 a Cyperus rotundus Tiririca 185.3 b Eulesine indica Capim pé-de-galinha 3,8 a Panicum maximum Capim colonião 13 c Cv (%) - 5,0
  • 25. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. Doll (1994a) Observou que a tiririca liberta substâncias fenólicas no ambiente que interferem negativamente no desenvolvimento das plantas ao seu redor. Aferiram que a tiririca sendo uma planta com metabolismo fotossintético C4, é altamente suscetível ao sombreamento, sofrendo forte redução de crescimento com a limitação da radiação solar, causado pelas outras espécies de infestantes e/ou de culturas limitando a sua distribuição. Nemoto et al., (1991) 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 25
  • 26. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 26 Tratamento Densidade da tiririca/m2 15 DDA* 30DDA* 45DDA* Fogo (A) 9,25 a 11,75 a 13,0 a Sacha (B) 15,50 b 16,0 b 16,75 a Controlo (C) 45,50 c 91,25 c 183,75 b CV (%) 10,14 4,70 3,03 3.2.Densidade da tiririca
  • 27. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. Brosnan (2008) Os cortes dos rizomas e o transporte dos tubérculos localizados nas camadas mais profundas para a superfície do solo durante a realização da sacha e a estimulação das gemas adicionais, causava o aumento da velocidade de multiplicação da tiririca. A dormência impede a germinação dos tubérculos duma só vez, de modo que um reservatório de potenciais novas plantas seja mantido, sendo uma das razões pela qual a tiririca aparece após a aplicação de métodos de controlo. Ammena et al., (2004) 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 27
  • 28. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 28 Tratamento Percentagem de controlo da tiririca 1º * 2º * 3º* Fogo (79,64 a) I ( 87,10 a) S (92,92 a) B Sacha (65,95 b) D (82,47 b) D (90,88 a) S Controlo (0 c) SE (0 c) SE (0 b) SE CV (%) 10,48 2,51 1,05 3.3.Controlo da tiririca *Fogo é mais eficiente em 2,05% em relação a sacha até aos 90DAA
  • 29. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. Virbickaite et al. (2006) O controle térmico de plantas daninhas vai até 22,5% mais eficiente que o método mecânico até a úitima aplicação. Observaram que o controlo de infestantes (tiririca) é determinada por vários factores, como estágio de seu desenvolvimento, as condições atmosféricas e do solo. Tembe (2014) e Sivesind (2009) 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 29
  • 30. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. 3.4.Tempo de aplicação dos tratamentos 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 30 Tratamento Tempo de Aplicação (h/parcela) 1ª * 2ª * 3ª * Fogo 0,77 a 0,51 a 0,33 a Sacha 0,76 a 0,67 b 0,56 b Controlo 0 b 0 c 0 c CV (%) 0,50 1,99 5,22
  • 31. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. Ampong-Nyarko (1994) Constatou que a realização da sacha manual é árdua e despende muita força humana o que torna esta actividade muito morosa. Auferiram que, uma das vantagens mais relevante da utilização do fogo, reside em ser rápida a sua aplicação. Sivesind (2009) 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 31
  • 32. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 32 3.5.Altura das plantas Tratamento Altura de milho (m) 30DDA 60DDA 90DDA Fogo 1,26 a 2,76 a 3,08 a Sacha 1,25 a 2,77 a 3,08 a Controlo 0,94 b 1,73 b 2,02 b CV (%) 2,73 1,63 16,70
  • 33. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. Zimdahl (2007) e Mortimer (1994) Afirmam que as culturas possuem uma baixa capacidade competitiva comparativamente às infestantes, o que dificulta o seu desenvolvimento normal. Comentam a exisência de uma relação positiva entre competição de plantas daninhas e altura de plantas de soja, ocorrendo em virtude do estiolamento em busca da radiação luminosa. Durigan et al. (1983) e Radosevich et al. (1997) 08/09/2017 33
  • 34. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 34 Tratamento Rendimento de milho (ton/há) * Fogo 1,520 a Sacha 1,499 a Controlo 0,560 b CV (%) 0,87 3.6.Rendimento de milho (ton/há) *Perda de Rendimento de cerca 63,2%
  • 35. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. Tembe (2014) Apurou perda de 80%, embora com rendimento mais alto do que o verificado no presente estudo, que se justificou provavelmente pelo compasso e uso de fertilizantes. Observaram Redução até 67% na produtividade, quando se comparou a produção obtida na ausência total das plantas daninhas com a obtida na presença delas durante todo o ciclo da cultura. Salgado et al. (2007) 08/09/2017 35
  • 36. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. 3.7.Corelação entre a densidade da tiririca e o rendimento de milho 08/09/2017 36 Figura 3: Relação entre a densidade da tiririca e o rendimento do milho aos 15 DDA
  • 37. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. Ampong-Nyarko (1994) e Cousens (1989). O modelo linear é ideal para densidade de infestaҫão na qual predomina uma única espécie. Em milho, a tiririca limita a produção, podendo causar elevadas perdas, até 85%. Optaram pelo modelo sigmoidal para explicar biologicamente a relação entre infestantes e produção da cultura no seu estudo sobre a ervas daninhas na cultura da soja e, justificando-se devido a insfestaҫão, do campo por diferentes espécies. KUVA et al., (2001) 08/09/2017 37
  • 38. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. 3.8.Análise económica 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 38 Variáveis Tratamentos Fogo Sacha Sem Controlo C. de Produção (Mt) 18.990,00 20.070,00 9.990,00 V. de produção (Mt) 30.405,00 29.985,00 11.202,40 Margem Bruta (Mt) 11.415,00 9.915,00 1.212,40
  • 39. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – CONT. Nemming (1994) Concluiu em seu estudo que o uso de chamas é mais barato que o controle mecânico, uma vez que não demanda maior m-d-o. O elevado custo do combustível de trabalho e equipamento necessário para a aplicação do fogo para o controlo de infestantes, representa uma grande desvantagem. Upadhyaya et al. (2008) 08/09/2017 39
  • 40. 4. Conclusão Os melhores resultados foram obtidos nos tratamentos com controlo de infestantes (aplicação do fogo e de sachas), com diferenças significativas na sua influência na produção média do milho em relação ao tratamento de controlo; • O uso de fogo mostrou-se mais eficaz (controlo bom) em relação a sacha (controlo suficiente), no controlo da tiririca e das outras infestantes em comparação com a sacha; • O fogo apresentou signifitivamente menor despêndio de tempo durante as duas últimas aplicações dos tratamentos em relação a sacha; • A sacha mostrou menores benefícios económicos no controlo da tiririca e das outras infestantes em relação a utilização do fogo. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 40
  • 41. 5.Recomendações Aos pesquisadores • A repetição do estudo envolvendo todos métodos de controlo de infestantes e em diferentes zonas agroecológico do país; • Divulgação dos resultados deste estudo, aos agricultores através de demonstrações de campo. Ao governo • A apostar na formação e/ou capacitação de produtores, sobre a utilização ou aplicação correcta de chamas na agricultura; • Garantir a disponibilidade de equipamentos adequados e combustível necessário para a utilização do fogo em campos de produção, a preços atractivos (baixos) no mercado. 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 41
  • 42. OBRIGADO PELA ATENÇÃO DISPENSADA! 08/09/2017 Cardoso Alberto Dias 42 “Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois, o triunfo pertence a quem se atreve... e a vida é muito para ser insignificante”. Charles Chaplin