2. T
exto Básico:Apocalipse 21:9-18
“Mas nós, segunda a sua promessa, aguardamos novos céus e
nova terra, em que habita a justiça”(2Pe3:13)
A FORMOSA JERUSALÉM
3. INTRODUÇÃO
Quando Deus criou o ser humano Ele o fez não para viver um período de tempo
determinado, mas para viver indefinidamente, desde que fosse obediente ao seu
Deus, ao seu Criador. Deus o proibiu de comer “da árvore do conhecimento do
bem e do mal”; se fosse desobediente a esse mandamento morreria (Gn 2:17), ou
seja, enquanto O obedecesse, viveria independentemente do tempo. O ambiente
desta eternidade condicional era o Éden, onde Deus havia criado um jardim para
nele pôr o homem e sua companheira (Gn 2:8). Entretanto, o homem desobedeceu
a Deus, por isso passou a sofrer o impacto do tempo e a morte física (Gn 3:19), bem
como a destituição da glória de Deus. Por causa disso, o ser humano perdeu a
oportunidade de viver num lugar onde desfrutaria continuadamente da presença e
da companhia do Senhor (Gn 3:22,23). Foi expulso do Éden. Entretanto, é
importante observar, que ao expulsar o homem do Éden, Deus mostrou toda a Sua
misericórdia e graça, pois, dali por diante, empreendeu um plano a fim de fazer o
homem retornar ao convívio eterno com Ele, numa eternidade irreversível. O alvo
de Deus para o homem é, precisamente, criar este novo ambiente de comunhão,
este novo “tabernáculo de Deus com os homens”(cf Ap 21:3), que é, precisamente,
a Nova Jerusalém, a Formosa Jerusalém Celestial, de que falaremos nesta Aula.
4. I. O QUE É ANOVA JERUSALÉM CELESTIAL
A Nova Jerusalém é a cidade celestial que foi
feita para ser o local onde Deus habitará
juntamente com os homens que lhe foram fiéis e
aceitaram
obediência
a sua oferta
à sua Palavra.
de submissão e
É o local que
substituirá o Éden como morada de Deus com os
homens. Ela é explicitamente mencionada e
revelada no capítulo 21 do livro do Apocalipse,
mas, antes da visão do apóstolo João, já havia
referências a ela nas Escrituras. O próprio Jesus
já havia mencionado existir um lugar que seria
por Ele preparado para que os seus servos nele
habitassem para sempre com o Senhor
5. O objetivo de Deus é fazer com que tenhamos,
novamente, um lugar onde possamos habitar com
Deus, e a Nova Jerusalém é este local. Mas, se bem
analisarmos,veremos que o Senhor é tão maravilhoso
que, ao invés de tão somente substituir o Éden,
proporcionou um lugar melhor do que o Éden. Ao
vermos que a Nova Jerusalém é superior ao Éden,
temos que concluir que os bem-aventurados que nela
puderem entrar (cf.Ap 22:14) reconhecer-se-ão uns
aos outros,serão pessoas conscientes de onde estão,
de quem são e porque ali estão.
6. Muitos indagam se no Céu nós iremos ter noção de quem somos, de
onde estamos e que o que estaremos a fazer.Muitos acham que, como a
Bíblia afirma que não nos lembraremos mais de nossas dores e tristezas
deste mundo,seremos pessoas sem noção do que fomos aqui na Terra e
não teremos condição de nos reconhecermos uns aos outros.Entretanto,
não entendemos assim. Por que Deus salvaria milhões e milhões de
pessoas, para com eles habitar,se estas pessoas não tivessem sequer a
noção de quem são,de quem é Deus e de onde estão? Como pessoas
que venceram o pecado,que combateram o bom combate,que foram
fiéis até o fim, passariam a eternidade sem a mínima noção de quem
são? Como poderiam pessoas glorificadas terem menos consciência do
que quando viviam ainda numa natureza sujeita ao pecado? Certamente
que homens e mulheres remidos,vivos para todo o sempre,não terão
motivo algum para se lembrarem ou se amargurarem com sofrimentos,
pesares, recordações do tempo em que viveram nos antigos céus e
terra.
7. Agora, o fato de não nos lembrarmos, de não ficarmos
presos a fatos passados, em absoluto significa que seremos
verdadeiros “zumbis” na Nova Jerusalém, sem saber sequer
quem somos. Deus, pelo seu caráter, jamais iria realizar um
plano para a salvação do ser humano que quis conhecer o
bem e o mal, para ter adoradores inconscientes e sem noção
sequer de quem são. Como poderá o ser humano, na
eternidade, louvar e bendizer ao Senhor, para todo o
sempre, sem sequer saber quem é e que existem outras
pessoas ali juntamente com ele? Definitivamente, não é esta
ideia concordante com o que as Escrituras afirmam ser o
nosso Deus.
8. Se soubesse que, na eternidade, eu seria apenas uma
“fumacinha”, vagando na imensidão de um céu irreal, sem
identidade, despojado de minha personalidade, não
sabendo quem eu sou, e nem quem eu fui, de onde vim e o
que estou fazendo ali, então eu não gostaria de estar lutando
para viver nesse céu!
Todavia, pela Bíblia, eu sei que existe um Céu, que este Céu
é real, que o Senhor Jesus o identificou como sendo a “Casa
de meu Pai”. Que lá eu terei um corpo semelhante ao de
Jesus, real, tangível, glorioso. Que eu terei uma identidade,
que vou saber quem sou, como cheguei até ali, que vou
poder servir, e adorar, eternamente o meu Salvador e
Redentor.
9. II. ASCARACTERISTICAS DANOVAJERUSALÉM
O Apóstolo João disse: “... e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém...”.
Quer nos parecer que João não teve dúvidas em identificar o que ele viu: ele
disse ter visto uma cidade. Contudo, descrever como era essa cidade, tornou-
se um desafio para o Apóstolo “... a quem Jesus amava...”(João 21:20).
Certamente que, sob a orientação do Espírito Santo, ele usou símbolos,
figuras, para falar da grandeza, da perfeição, da beleza da Formosa Jerusalém
Celestial.
10. 1. É um lugar real. A Formosa Jerusalém Celestial é uma cidade real, visível,
palpável; uma cidade que tem fundamentos e cujo Artífice e Construtor é o
próprio Deus (Hb 11:10).
a) Abraão pôde crer na existência desta cidade. Abraão viveu aqui na Terra,
porém, não fixou nela as suas raízes. Ele tinha os pés na terra e o pensamento no
céu. Era diferente de muitos pregadores de hoje, os quais induzem o povo a
pensar e a lutar pela conquista dos bens terrenos. Com relação a ele a Bíblia diz:
“Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de
receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé habitou na terra da
promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros
com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da
qual o artífice e construtor é Deus”(Hb 11:8-10). Hoje nós sabemos, pela revelação
que foi dada ao apóstolo João que esta cidade é a Formosa Jerusalém Celestial.
Abraão creu na existência desta cidade. Não sabemos como ele teve essa
revelação, mas ele tinha convicção de que ela era real.
11. b)Paulo também pôde crer como creu Abraão. Paulo cria, como creu
Abraão, por isto dizia que - “... a nossa cidade está nos céus, donde
também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3:20). Abraão
não fundou nenhuma cidade, na Terra: nem ergueu um Império para si,
ou para os seus. Paulo, também, não! Abraão e Paulo, dois homens
chamados por Deus, viveram na esperança de um dia habitar na
Jerusalém Celestial, a Cidade que tem fundamento e cujo Artífice e
Construtor é Deus.
c)Nós também podemos crer, como creram Paulo e Abraão. Nós
somos crentes, porque cremos. Fomos chamados para crer. Não
necessitamos de ver, para crer, mas, cremos para ver. Por isto temos a
viva esperança não apenas de ver, mas de morar, eternamente, na
Formosa Jerusalém Celestial.
12. d) Lá, o nosso corpo será real. O Corpo de Jesus era real, era palpável, podia ser
tocado pelas mãos dos homens. Para vir à Terra ele tomou um Corpo igual ao
nosso. Quando Ele ressuscitou, o seu Corpo não era intangível, não era uma
simples “fumaça”. Ele podia ser tocado pela mão de alguém - “E, falando ele
dessas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles e disse-lhes: Paz seja
convosco. E eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. E
ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos ao
vosso coração? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e
vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E,
dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés”. Mostrou-lhes as “mãos e os pés”,
porque neles estavam, como ainda estão, as marcas dos cravos com os quais ele
foi pregado na cruz. Quando Ele vier, no Dia da Revelação do Senhor, antes do
Milênio e no final da Grande Tribulação, os judeus, ao vê-lo, perguntarão:“... que
feridas são essas nas tuas mãos? Dirá ele: são as feridas com que fui ferido em casa
dos meus amigos” (Zc13:6).
13. Sabemos, pela Bíblia, que quando Ele vier este nosso corpo
corruptível e mortal será transformado - “Porque convém que
isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que
isto que é mortal se revista da imortalidade”(1Co 15:53). Será,
pois, nesse Dia, que o Senhor Jesus “... transformará o nosso
corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso,
segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as
coisas” (Fp 3:21).
Portanto, o nosso corpo com o qual seremos levados para o
Céu, no Dia do Arrebatamento, será conforme o corpo de
Jesus; então nós receberemos um corpo real, palpável. Não
seremos, apenas, “uma fumaça”. Que maravilhosa
Esperança!
14. 2. Sua localização. A Formosa Jerusalém não é o Céu. Ela está no Céu,
e que, de lá, descerá até próximo à Terra, quando o Senhor Jesus
Cristo vier para implantar seu Reino, aqui na Terra, conforme o
Apóstolo João escreveu - “E veio um dos sete anjos que tinham as sete
taças cheias das últimas sete pragas efalou comigo, dizendo:Vem,
mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E levou-me a um grande
e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de
Deus descia do céu”(Ap 21:9-10).A Formosa Jerusalém descerá do
Céu e estará aqui durante o Milênio. Tal como o anjo mostrou a João,
estará no Milênio colocada, fixamente, no vazio, entre o céu e a Terra,
sobre a Jerusalém terrestre,pela mesma força que sustenta toneladas
de águas presas pelas nuvens e que sustenta a Terra, suspensa sobre
o nada, conforme escreveu Jó:“O norte estende sobre o vazio;
suspende a terra sobre o nada. Prende as águas em densas nuvens, e a
nuvem não se rasga debaixo delas”(Jó 26:7-8).
15. O Dr. Caramuru Afonso Francisco escrevendo sobre este assunto – numa de
suas participações para EBD -,disse:“É importante verificarmos que a Nova
Jerusalém já está vindo para ocupar o seu devido lugar no novo universo que
será formado. Esta cidade maravilhosa vem continuadamente vindo em
direção à Terra.Chegará à área das regiões celestiais - hoje habitadas pelas
hostes espirituais da maldade -,no instante do Arrebatamento da Igreja.
Depois, já com a Igreja arrebatada em seu interior, continuará a descer e
atingirá a atmosfera terrestre exato sete anos depois, quando, então,
ocorrerá a batalha do Armagedom. Após essa batalha, receberá em seu
interior,os que completarem a primeira ressurreição (as duas testemunhas,
os 144 MIL e os mártires da Grande Tribulação). Em seguida, nos ares de
nossa atmosfera, pairará durante todo o Milênio. Por fim, ao término do
Milênio, ocupará o seu devido lugar, nos novos céus e nova terra, que
substituirão os antigos céus e terra.A Nova Jerusalém seria, assim, como uma
super e gigantesca estação espacial a caminho da Terra”.
16. Jesus afirmou que a Nova Jerusalém já existia ao tempo de Seu ministério terreno.
Sua assertiva é bem clara:“na casa do meu Pai, há muitas moradas, se não fosse
assim, Eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar”. A Cidade santa já existia e já
tinha muitas moradas. Embora ela existisse, porém, o ser humano não poderia
habitá-la, ou seja, o homem não estava preparado para poder ingressar nesta
cidade, precisamente porque tinha suas vestes manchadas pelo pecado. Veja este
paralelo: Os Estados Unidos existe; lá têm milhares de cidades, com casas,
edifícios; mas não há lugar algum preparado para aquele estrangeiro que não tiver
visto para ali entrar. No dia em que lhe for providenciado um visto, ele ali poderá
entrar, ele ali terá lugar. Pois é exatamente o que ocorre com a Nova Jerusalém
Celestial. Jesus afirmou que a cidade já existia, que tinha muitas moradas, mas o
lugar ainda não estava preparado, porque não havia como o ser humano conseguir
ali entrar. Era preciso que alguém morresse e pagasse o preço da desobediência
e, assim, retirasse o obstáculo que impedia o acesso do ser humano à árvore da
vida (Gn 3:24). Esse obstáculo foi retirado por Jesus, quando morreu por nós na
cruz do Calvário e, assim, nos abriu um novo e vivo caminho que nos introduz à
Jerusalém celestial (Hb 10:19-23). Isso é mui maravilhoso! Glorifique a Deus por
isso!
17. 3. Seu aspecto. A descrição da Nova Jerusalém é sublime e nos enche
de gozo e nos faz pensar, como o poeta sacro, que, se é glorioso pensar
nas grandezas dali, que não será desfrutá-las. E é por isso que o
apóstolo Paulo nos conclama a jamais desanimarmos nem desistirmos,
por maiores que sejam as provas e as lutas, pois “… as aflições deste
tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de
ser revelada” (Rm 8:18). No entanto, não devemos nos esquecer que a
nova Jerusalém é de outra dimensão, da dimensão celestial; portanto,
muito de sua descrição é figurativa, é alegórica, não pode ser
compreendida literalmente, pois se trata de uma descrição feita por
Deus aos homens para que pudéssemos compreender, na limitação da
nossa mente, o que nos está reservado, pois é algo que está muito
além de nossa parca imaginação (ler 1Co 2:9).
18. a)Ela tem a glória de Deus (Ap 21:11). A glória de Deus é uma
característica típica dos lugares santos, e, por isso, a Nova Jerusalém
é o lugar santo por excelência e nela não haverá necessidade de
templo,pois o seu templo será o próprio Deus.
b)A Cidade tem doze portas, com os nomes das doze tribos de
Israel e o muro da cidade, doze fundamentos, com os nomes dos
doze apóstolos do Cordeiro. Isto, naturalmente, é uma linguagem
figurada para nos mostrar que o fundamento, a razão de ser da
convivência eterna com Deus é a salvação na pessoa bendita de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Pode, também, significar que a
Igreja que ali está, foi a Igreja que ensinou e que viveu de acordo
com a Doutrina dos Apóstolos.
19. 12 portas
Sobre estes os
doze nomes dos
doze apóstolos
As doze portas
são doze pémlas
Assu
jamais s
herdará estas oulsais e eu
,eele me serâ filho"_ Àp 21
20. c) A cidade tem um “muro”. João descreve a Formosa Jerusalém Celestial,
procurando, com certeza, traduzir para o entendimento tudo o que seus olhos
contemplavam. Esse “muro” simboliza a segurança absoluta em que estarão os seus
habitantes; simboliza que a Cidade é organizada.
Uma muralha bem fortificada era símbolo da segurança da Cidade. A Babilônia era
considerada uma cidade inconquistável, por causa de suas muralhas. Segundo os
historiadores, ela era circundada por uma muralha de 96 quilômetros de extensão,
90 metros de altura por 25 de espessura. Possuía 250 torres e 100 portões de cobre.
Dentro destas muralhas a cidade tinha condições de resistir a um cerco de 20 anos.
O Rei Belsazar sentia-se seguro, a ponto de celebrar uma grande festa em seu
palácio, embora Babilônia estivesse cercada, há dois anos, pelo exército de Ciro.
O Muro da Formosa Jerusalém Celestial é mais alto que um prédio de vinte andares
– cento e quarenta e quatro côvados. Considerando-se as diversas variações do
côvado, podemos dizer que o “muro” tinha de altura cerca de uns setenta metros.
local
seu
Mas é uma forma clara de o Senhor nos revelar que a Nova Jerusalém é um
de ordem, de organização, de proteção divina e onde o Senhor estabelecerá o
domínio para todo o sempre.
21. d)A sua riqueza é incomparável. A Cidade é
descrita como contendo pedras preciosas e ouro; os
muros são feitos e ornados de pedras preciosas, as ruas,
de ouro. Os remidos pisarão em ruas de ouro, ou seja,
os valores materiais, aquilo que os homens tanto veneram
e respeitam em nossa vida secular, nada representam na
vida celestial.
e)A Formosa Cidade não necessita de Sol nem de
Luz.Ela não necessitará de sol nem de luz, porque será
iluminada pela glória divina e, mais, terá o Cordeiro
como sua lâmpada (Ap 21:23).
22. f) ACidade apresenta o rio puro da água da vida, claro
como cristal, que procede do trono de Deus e do Cordeiro e,
no meio da praça, a árvore da vida, que produz doze frutos,
dando o seu fruto de mês em mês, cujas folhas são para a
saúde das nações (Ap 22:1,2). Esta linguagem, que é
figurada, fala-nos da eternidade de que desfrutarão os
habitantes desta santa Cidade. No Éden, o homem possuía
uma eternidade condicional, embora, enquanto obedecesse
ao Senhor, jamais morreria. Aqui, porém, a situação é bem
diferente: o homem tem a vida eterna, esta dádiva que é
recebida por todos aqueles que crêem em Jesus Cristo (João
3:16; 17:3;1João 2:25;5:11,12).
23. ·O texto de Ap 22:1,2 fala-nos da vida, porque o rio puro da
água da vida que procede do trono de Deus e do Cordeiro é
símbolo da comunhão entre Deus e o homem através de Jesus
Cristo, resultado da crença em Jesus. “Quem crê em Mim,
como diz a Escritura, rios de água viva manarão do seu ventre”
(João 7:38); e “…aquele que beber da água que Eu lhe der
nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele
uma fonte de água a jorrar para a vida eterna (João 4:14).
Somente podemorar na Nova Jerusalém quem tem a vida
eterna, quem recebeu a água viva oferecida por Jesus.
24. · O texto também nos fala de eternidade, porque nos diz que, no
meio da praça, há “a árvore da vida”. A vida na Nova Jerusalém é
eterna, pois Deus se encarregará de regenerar constantemente o
homem, de impedir que o tempo tenha qualquer efeito sobre ele. É o
Estado Eterno, ou seja, o tempo não mais existirá. Os séculos terão se
consumado (Mt 28:20), mas o Senhor continuará conosco,
providenciando e garantindo a perpetuidade da nossa existência ao
Seu lado.A árvore da vida é o próprio Cristo, o Pão da Vida - “… o pão
que desce do céu, para que o que dele comer não morra”(João 6:50),
“… o pão vivo que desceu do céu [que] se alguém comer (…) viverá para
sempre” (João 6:51a).A comunhão que nos dá a vida eterna,
simbolizada na ceia do Senhor, será, então, uma realidade contínua e
completa para todo o sempre.
25. ·O texto também nos fala que, “de mês em mês, dá seu
fruto e que seu fruto é restaurador, sarador, é para a saúde
das nações”. A periodicidade mencionada aqui no texto de
Ap 22:2 é figurativa. Apenas retrata a constância com que se
dará esta comunhão, pois, na Nova Jerusalém, não haverá
mais tempo.
·Também é figurativa a afirmação concernente à saúde
das nações, pois, na Nova Jerusalém, não haverá qualquer
possibilidade de doença. O que o texto está a afirmar é que
a restauração espiritualoperada nos homens que
perseveraram até o fim será eternamente sustentada e
garantida pelo Senhor
, a nossa árvore davida.
26. g)Haverá grande alegria, pureza e santidade (Ap 21.2,11). Lá só
haverá alegria, infinitamente superior a tudo o que já sentimos nesta
vida. Imaginemos qual será o sentimento de todos nós, ao vermos o
rosto de Deus e do Cordeiro (Ap 22:4).
h)Para sempre serviremos ao Senhor (Ap 22.3). Alguns pensam que
no Céu, na eternidade com Cristo, na Santa Cidade, não haverá
trabalho. Esquecem-se de que Deus, sendo perfeito em tudo,
trabalha (João 5:17; Is 64:4). Aqueles que tiverem sido servos do
Senhor aqui hão de continuar a servi-lo ali: "os seus servos o
servirão".
Estejamos, pois, preparados para o glorioso Dia do Arrebatamento
da Igreja, pois "assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto,
consolai-vos uns aos outros com estas palavras" (1Ts 4:17,18).
27. III. O PERFEITO ESTADO ETERNO
O Estado Eterno é chamado de Novo Céu e Nova
Terra, que não devem ser confundidos com os novos
céus e nova terra descritos em Isaias 65:17-25. A
passagem do Antigo Testamento trata do Milênio,
pois o pecado e a norte ainda estão presentes. Os
pecado e a morte) serão
do Estado Eterno; neste só
dois elementos (o
totalmente excluídos
haverá perfeição.
28. No Estado Eterno haverá:
1.Governo perfeito. O homem não tem sabido, nem podido
governar bem a Terra. Todas as tentativas humanas nesse
sentido fracassaram: dos gregos, através da cultura; dos
romanos, através da força e da justiça; e dos governantes dos
nossos tempos, através da ciência e da política. Mas Cristo
exercerá um governo perfeito, no seu tempo. Nunca jamais
haverá desordem, insatisfação, injustiça.
2.Habitantes perfeitos."Nunca mais haverá qualquer
maldição" (Ap 22:3), Isto é, não haverá mais pecado, o que
resultará em santidade perfeita. Foi o pecado que trouxe toda
sorte de maldição(ler Gn 3:17; Gl 3:13).
29. 3.Serviço perfeito. " Os seus servos o servirão" (Ap 22:3). O maior
privilégio do homem é servir a Deus. O trabalho para Deus será
então perfeito. Culto perfeito. Atividades perfeitas. Quantas
maravilhas não aguardam os salvos!?
4.Comunhão perfeita. A Formosa Jerusalém é a restauração da
convivência completa e perfeita entre Deus e os homens que havia
antes que o pecado causasse o atual estado de divisão que existe
entre Deus e a humanidade. João ouve uma proclamação vinda do
Céu: “Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com
eles”(Ap 21:3). Como povo de Deus, desfrutaremos comunhão mais
próxima com Ele do que jamais imaginamos. Deus mesmo estará
com todos os seus santos num relacionamento mais íntimo e afetuoso.
Somente na Nova Jerusalém, esta comunhão será restabelecida por
completo, ocorrendo aquilo que é dito pelo apóstolo João, de vermos
Deus como Ele é (1João 3:2).
30. 5.Visão perfeita. "Contemplarão a sua face" (Ap 22:4). Somente
com uma visão perfeita será isso possível. Aqui neste mundo,
servos dificilmente (e talvez nunca) veem a face de seus senhores -
os chefes de nações -,mas nós veremos a face do nosso Senhor!
6.Identificação perfeita. "E nas suas frontes está o nome dele" (Ap
22:4). Nome na Bíblia fala de caráter; daquilo que a pessoa de fato
é. Haverá então uma perfeita identificação entre Deus e os seus
remidos. No Antigo Testamento o sumo sacerdote levava gravadas
numa lâmina de ouro puro, sobre a sua coroa sagrada, as palavras:
"Santidade ao Senhor" (Êx 39:30), mas na Formosa Jerusalém, onde
a santidade é perfeita, o próprio nome de Deus estará sobre a
fronte dos seus filhos.
31. 7.Conhecimento Perfeito. Hoje, conhecemos a Deus apenas em parte,
mas na Formosa Jerusalém o nosso conhecimento será perfeito dentro do
plano humano, em glória(cf 1Co 13:12).
8.Interação perfeita. "E reinarão pelos séculos dos séculos" (Ap 22:5).
Na Formosa Jerusalém, todos juntos, harmonicamente, e sempre,
reinaremos. Isso jamais será conseguido aqui, mas no Perfeito Estado
Eterno, sim!
Irmãos queridos, quantas coisas preciosas tem o Senhor reservadas à Sua
amada Igreja. Concordo com o grande mestre, o pr. Antônio Gilberto,
quando diz: “Se pudéssemos todos apreciar de fato, pela visão do Espírito,
o que é o Céu, a eterna bem-aventurança dos salvos, teríamos tanto desejo
de ir para lá, e nos desprenderíamos tanto das coisas daqui, que o Diabo
não teria um só torcedor; um só amigo seu na terra. Inúmeros crentes por
não terem essa visão estão demasiadamente presos às coisas deste mundo,
que jaz no Maligno (1João 5:19)”.
32. CONCLUSÃO
Aqui concluímos o estudo do Apocalipse, sobre os temas propostos
pelo Pr
. Claudionor de Andrade, comentarista das lições deste
trimestre. “O Apocalipse encerra a história humana da mesma forma
que o livro de Gênesis a iniciou: no Paraíso. Mas existe uma diferença
inconfundível no livro de Apocalipse: o mal foi eliminado para sempre.
Gênesis descreve Adão e Eva caminhando e falando com Deus;
Apocalipse descreve as pessoas adorando a Deus face a face. Gênesis
descreve um jardim com uma serpente do mal; Apocalipse descreve
uma cidade perfeita, sem qualquer influencia maligna. O Jardim do
Éden foi destruído pelo pecado, mas o Paraíso foi recriado na Nova
Jerusalém Celestial”(Aplicação Pessoal).
Também, o Apocalipse termina com uma promessa e uma bênção.
33. a) A promessa: “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente,
cedo venho. Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!”(Ap 22:20). Este anseio é
também o de todos os cristãos verdadeiros. É também uma confissão de
que, enquanto Ele não vier, nossa redenção está incompleta, o mal e o
pecado não estão exterminados, e este mundo não está renovado. Nossos
esforços para melhorar o mundo são importantes, mas seus resultados
não podem ser comparados com a transformação que Jesus trará por
ocasião de sua volta. Somente Ele controla a historia da humanidade,
perdoa os pecados e recriará a Terra e trará a paz eterna.
T
emos a certeza de que a vinda do Senhor se aproxima para levar da
Terra os seus fiéis servos para a Casa do Pai (João 14:1-3; 1Ts 4:16-18);
depois, Ele voltará em glória e triunfo, para reinar para sempre como
“Rei dos reis e Senhor dos senhores”(Ap 19:16). Essa é a nossa imutável
esperança e jubilosa expectativa (2Pe 1:19).
34. b) A bênção: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos
vós. Amém!”(Ap 22:21). Esta é a bênção final deste livro maravilhoso e
da Palavra de Deus. É um encerramento sereno para um livro repleto
de trovões e julgamentosdivino.
“Conservemos em nossa lembrança as riquezas do lindo país e
guardemos conosco a esperança de uma vida melhor, mais feliz. Pois
dali, pois dali, uma voz verdadeira não cansa de oferecer-nos do reino
da luz o amor protetor de Jesus. Se quisermos gozar da ventura que no
belo país haverá, é somente pedir de alma pura, que de graça Jesus
nos dará. Pois dali, pois dali, todo cheio de amor, de ternura, deste
amor que mostrou-nos na cruz, nos escuta, nos ouve Jesus” (3ª e 4ª
estrofes do hino 202 da Harpa Cristã).
35. Jesus em breve virá e nos levará para estar
com Ele para sempre, na Formosa
Jerusalém Celestial!
Até breve, se Deus quiser!