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Perspectivas e análise de viabilidade econômica de
sistemas híbridos eólicos e solares fotovoltaicos para
produção e armazenamento de hidrogênio: um estudo de
caso do setor elétrico brasileiro
Sabrina Fernandes Macedo, Drielli Peyerl*
Institute of Energy and Environment, University of Sao Paulo, Av. Professor
Luciano Gualberto, 1289, São Paulo, Brasil
Prof.ª Dr.ª Carla Freitas
Mateus Valquiro Pereira Lima - 389873
Apresentação
1
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
Fortaleza,
2022
Informações do artigo
2
Informações do trabalho
• Historia do artigo:
Recebido em 21 de setembro de 2021;
Recebido em forma revisada em 10 de janeiro de 2022;
Aceito em 16 de janeiro de 2022;
Disponível online em 10 de fevereiro de 2022.
• Palavras-chave:
Hidrogênio verde;
Sistema híbrido;
Setor de energia elétrica;
Custos econômicos;
Brasil.
• https://doi.org/10.1016/j.ijhydene.2022.01.133
• 0360-3199/© 2022 Hydrogen Energy Publications LLC.
Published by Elsevier Ltd. All rights reserved.
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
Objetivo
3
• Verificar a viabilidade econômica de sistemas híbridos eólicos e
solares fotovoltaicos no Sistema Interligado Nacional (SIN) para
produção e armazenamento de hidrogênio no setor elétrico brasileiro.
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
Apresentação geral
4
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
• O trabalho visa verificar a viabilidade econômica de sistemas híbridos renováveis para produção
e armazenamento de hidrogênio no setor elétrico brasileiro. A metodologia aplicada baseia-se em
análises de custos econômicos das duas maiores usinas eólicas e solares fotovoltaicas do país.
Como resultado, o número de horas de eletricidade disponíveis para a produção de hidrogênio
influencia diretamente no seu custo.
• Plantas totalmente dedicadas à produção de hidrogênio verde têm se mostrado economicamente
viáveis para o exportador ou outros setores, sendo que comercializar hidrogênio é mais lucrativo
do que transformá-lo novamente em energia. O modelo também conclui que os sistemas híbridos
eólico e solar para produção e armazenamento de hidrogênio ainda não são economicamente
viáveis no Brasil. O CAPEX dos eletrolisadores e suas perdas operacionais ainda são muito
expressivos.
• A produção e armazenamento de hidrogênio tornam-se economicamente viáveis apenas a partir
de usinas que operam acima de 3000 horas e para eletrolisadores com CAPEX de USD650/Kwe.
Introdução
5
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
• O Hidrogênio emergiu como um fator chave na transição global para uma economia de zero carbono.
• O hidrogênio verde é atualmente reconhecido como um transportador de energia limpa produzido por eletrólise usando eletricidade de
fontes renováveis para dividir a água em hidrogênio e oxigênio.
• Uma das grandes soluções para equilibrar a rede elétrica, combater a intermitência das Energias Renováveis Variáveis através do
armazenamento de energia e evitar o corte do excedente de geração.
• Os benefícios futuros da produção de hidrogênio verde incluem segurança energética, mitigação de gases de efeito estufa (GEE),
crescimento econômico e competitividade industrial.
• Os desafios enfrentados globalmente são barreiras que impedem sua plena contribuição para a transição energética, como altos custos
de produção, falta de infraestrutura dedicada, perdas de energia, regimes tributários, políticas de implantação, acordos comerciais e
regulação financeira.
• Destaque brasileiro (85% de energia oriunda de fonte renovável), visto que os mercados de produção mais atraentes para o hidrogênio
verde são aqueles com recursos renováveis abundantes e de baixo custo.
• Os custos de produção variam de 3 à 8 EUR/Kg nas regiões do Oriente Médio, África, Rússia, Estados Unidos, Austrália e Europa.
• Sistema híbrido eólico offshore associado apenas à produção de hidrogênio, com redução de 10%, mostrou um custo nivelado de
hidrogênio de 3,77 euros/kg. Por outro lado, encontrou um custo nivelado de hidrogênio de 4,07 USD/kg. Também, mostra que os
custos para a produção de hidrogênio fora da rede conectada aos sistemas solares fotovoltaicos (PV) são de cerca de 6 e 7 euros/kg.
Introdução
6
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
• Questões norteadoras do trabalho:
• É economicamente viável produzir hidrogênio verde no Brasil por meio da energia
proveniente de eventos de redução de energia das usinas existentes conectadas ao SIN ?
• O custo econômico será competitivo considerando os novos sistemas híbridos eólicos ou
solares trabalhando em tempo integral para a produção e armazenamento de hidrogênio?
A novidade deste trabalho mostra os custos reais de implantação do sistema
híbrido eólico e solar fotovoltaico para produção e armazenamento de hidrogênio no
setor elétrico brasileiro, tornando-se um dos primeiros estudos sobre o assunto no país.
Sistema híbrido
7
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
• Vários estudos demonstraram a viabilidade de sistemas híbridos com sistemas
combinados de energia solar fotovoltaica, energia eólica, célula a combustível,
eletrolisador e armazenamento de hidrogênio.
• No entanto, de acordo com as referências, o sistema híbrido fotovoltaico e eólico
acoplado com bateria é mais viável e tem maior eficiência do que sem
armazenamento de energia. Por outro lado, conforme relatado pela referências, há
uma tendência de publicações relacionadas a sistemas híbridos acoplados a
sistemas de hidrogênio. Apesar de a bateria ser o sistema armazenado mais utilizado
para conexão à rede, com uma pequena porcentagem, tanques de hidrogênio têm
sido utilizados com células a combustível para formar um sistema de hidrogênio.
Sistema híbrido
8
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
Setor elétrico brasileiro e desenvolvimento renovável
9
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
• O setor elétrico brasileiro é organizado pela:
(i) Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que é a entidade reguladora do setor;
(ii) a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que forneceu o planejamento energético do
setor e;
(iii) o Operador Nacional do Sistema (ONS), que é responsável pela operação das
instalações de geração e transmissão do SIN.
• O SIN é composto por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste (NE) e a
maioria das regiões Norte.
Setor elétrico brasileiro e desenvolvimento renovável
10
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
• O aumento das energias renováveis implica na qualidade da energia fornecida sem
interrupções significativas e na
confiabilidade do sistema. Para atender a carga de pico e quantificar o risco associado à
penetração de energias renováveis é necessário para manter o sistema confiável. No
entanto, fatores externos como sazonalidade, variabilidade interanual e horária ainda
impactam a capacidade total de energia por meio de fontes renováveis. No caso da
geração eólica e solar, há fortes diferenças nos padrões da curva de oferta e da curva de
demanda do consumidor. O Subsistema NE brasileiro apresenta a maior geração de
energia eólica e solar.
• O Subsistema NE apresenta características que o diferenciam das demais regiões
brasileiras, levando o ONS a adotar determinadas políticas operacionais para garantir a
segurança do SIN. Um grande problema é o cerceamento, definido como uma redução de
geração das demandas da operadora centralizada sobre agendamento devido a limitações
da rede de transmissão, requisitos de reserva operacional ou geração de sobrecarga.
11
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
Setor elétrico brasileiro e desenvolvimento renovável
Metodologia
12
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
• As duas maiores usinas brasileiras de geração de energia renovável
(eólica e solar) foram selecionadas como estudos de caso. Ambas as
usinas estão localizadas no subsistema NE do SIN.
• UFV Barreiras (BA): 106,64 MW, 339,120 módulos fotovoltaicos, 300 ha,
geração anual de 230GWh, fator de capacidade de 28%.
• Complexo Eólico Baixa do Feijão (RN): 105 aerogeradores, potência
total de 210 MW, fator de capacidade médio de 42%.
13
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
Metodologia
Metodologia
14
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
• O ONS, ANEEL e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)
forneceram os dados para o cálculo da produção de hidrogênio dos estudos de
caso selecionados neste trabalho. A geração horária de energia das usinas
escolhidas está disponível na plataforma do ONS, e os dados dos leilões estão
disponíveis nas plataformas ANEEL e CCEE. Foi possível reunir detalhes técnicos
sobre as usinas por meio dele.
• Ainda, na plataforma do ONS, foi possível obter relatórios do Índice de
Desempenho do SIN, que indica a disponibilidade da rede para o fluxo de energia.
15
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
Metodologia
Processo de modelagem
16
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
• Dados reais foram coletados do ONS de geração de energia integrada
à rede do complexo eólico Baixa do Feijão e do complexo solar
fotovoltaico Sertão Solar Barreiras de hora em hora durante todo o ano
de 2020. A potência na rede elétrica é dada por:
• Onde OPP(t) é a potência de saída da usina no tempo t.
• Período reduzido considerado: Considerando a indisponibilidade da
medida de 8,2% em 2020 para o Subsistema NE que teve 8784 h, o
período total de corte foi de 720 h. Portanto, foi considerado o período
máximo de redução para cada estudo de caso.
Processo de modelagem
17
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
Processo de modelagem
18
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
• Potência reduzida direcionada ao eletrolisador para produção de hidrogênio: As
plantas podem ser reduzidas em partes ou totalmente. Com base nessa curva da
figura 9, foi possível fazer uma gama de tamanhos possíveis de eletrolisadores para
as usinas. O tamanho da planta de eletrólise deve ser dado em diferentes potências
nominais do eletrolisador, de 1 MW a 90 MW. Esta gama é baseada no certificado
firmenergy dos estudos de caso segundo seis premissas:
(i) Operação intermitente sem qualquer outra fonte de alimentação quando a
energia reduzida não foi suficiente para iniciar o eletrolisador;
(ii) a produção de hidrogênio é proporcional à potência do eletrolisador;
(iii) consumo médio de energia é 39,5 kWh/kg;
(iv) Horas anuais de trabalho a) 720 h (indisponibilidade média do Subsistema NE);
(v) vida útil de 20 anos e;
(vi) preço do hidrogênio verde de US$ 4,2/kg [114].
Processo de modelagem
19
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
Processo de modelagem
20
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
• As equações 2 e 3 determinam a energia viável da usina conduzida ao eletrolisador:
• Onde Pt;c é a energia utilizada para o sistema eletrolisador;PH2plantar é o poder de corte das
usinas, EH2 é a potência nominal do eletrolizador PH2plantar; e Et;c25%PH2planta <Pt;c
<PH2plantar é assumida energia reduzida de toda a planta quando
25%PH2plantar<Pt;c<PH2plantar.
• Por fim, a equação (4) pode levar à quantidade de hidrogênio que pode ser produzida:
• Onde é a quantidade de hidrogênio que pode ser produzida por hora a partir da
redução, e é o consumo médio de energia do eletrolisador.
Processo de modelagem
21
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
Custos econômicos
22
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
Resultados e discussão
23
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
1. A análise planeja produzir hidrogênio verde a partir das usinas existentes, armazenando e vendendo para
outros setores. Os resultados da simulação, consideram períodos reduzidos de 720 h. O CAPEX do
sistema para eletrolisador abaixo de 4 MW pode ficar estável em USD 875/kWe. O período de retorno está
chegando a 16 anos assumindo esta configuração, e o custo de produção está acima de US$ 50/kg de
hidrogênio, bem acima de US$ 4,20/kg encontrado na literatura para usinas trabalhando full time
(produzindo hidrogênio full time periodo não apenas durante os períodos de redução);
2. A análise considera as usinas existentes e o sistema de hidrogênio conectado a uma célula a combustível.
Seguindo as mesmas premissas do caso (i), o payback retorna negativamente. O ponto principal é que o
CAPEX para introduzir células a combustível no projeto é consideravelmente alto. Além disso, o modelo
enfatiza a competitividade das vendas de hidrogênio em relação à eletricidade, assumindo um preço de
eletricidade de USD 35/ MWh.
3. A análise do custo de produção de hidrogênio para o sistema híbrido, trabalhando em tempo integral para
produção de hidrogênio, considerou o custo de investimento dos estudos de caso e a implantação do
sistema de produção e armazenamento de hidrogênio. Nesse cenário, o número de horas aumenta e o
custo dos eletrolisadores diminui, respectivamente, simulando o comportamento desse hipotético sistema
híbrido em uma situação futura de preços competitivos de eletrolisadores e usinas dedicadas à produção
de hidrogênio;
4. A análise traz o sistema de produção e armazenamento de hidrogênio em uma faixa de horas de produção
e para diferentes CAPEX de eletrolisadores. Os resultados da simulação mostram que para horas acima de
3000 e eletrolisadores abaixo de US$ 650/kWe, o sistema passa a ser economicamente viável, com custo
de produção seguindo o encontrado na literatura (US$ 4,2/kg).
Resultado e discussão
24
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
Conclusão
25
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
O modelo conclui que o sistema híbrido solar e eólico para produção e
armazenamento de hidrogênio ainda não é viável no Brasil. Além disso, o
CAPEX de eletrolisadores e tanques de armazenamento e suas perdas
operacionais são pontos fundamentais para a implantação desses sistemas.
Além disso, o modelo ainda conclui que comercializar hidrogênio é mais
lucrativo do que transformá-lo novamente em energia. Uma dessas razões é que
o CAPEX ainda é muito caro para o sistema. Além disso, as opções de
armazenamento à base de hidrogênio sofrem com a baixa eficiência de ida e
volta na conversão de eletricidade por meio de eletrólise em hidrogênio, depois
hidrogênio de volta em eletricidade. A produção de hidrogênio torna-se
economicamente viável apenas a partir de usinas operando a partir de 3000 he
para eletrolisadores com CAPEX de USD 650/kWe.
Referência Bibliográfica
26
Macedo, S. F., & Peyerl, D. (2022). Prospects and economic feasibility
analysis of wind and solar photovoltaic hybrid systems for hydrogen
production and storage: A case study of the Brazilian electric power
sector. International Journal of Hydrogen Energy, 47(19), 10460–10473.
https://doi.org/10.1016/J.IJHYDENE.2022.01.133
TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
Agradecimento
27
Obrigado pela atenção! :D
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  • 1. Perspectivas e análise de viabilidade econômica de sistemas híbridos eólicos e solares fotovoltaicos para produção e armazenamento de hidrogênio: um estudo de caso do setor elétrico brasileiro Sabrina Fernandes Macedo, Drielli Peyerl* Institute of Energy and Environment, University of Sao Paulo, Av. Professor Luciano Gualberto, 1289, São Paulo, Brasil Prof.ª Dr.ª Carla Freitas Mateus Valquiro Pereira Lima - 389873 Apresentação 1 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) Fortaleza, 2022
  • 2. Informações do artigo 2 Informações do trabalho • Historia do artigo: Recebido em 21 de setembro de 2021; Recebido em forma revisada em 10 de janeiro de 2022; Aceito em 16 de janeiro de 2022; Disponível online em 10 de fevereiro de 2022. • Palavras-chave: Hidrogênio verde; Sistema híbrido; Setor de energia elétrica; Custos econômicos; Brasil. • https://doi.org/10.1016/j.ijhydene.2022.01.133 • 0360-3199/© 2022 Hydrogen Energy Publications LLC. Published by Elsevier Ltd. All rights reserved. TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
  • 3. Objetivo 3 • Verificar a viabilidade econômica de sistemas híbridos eólicos e solares fotovoltaicos no Sistema Interligado Nacional (SIN) para produção e armazenamento de hidrogênio no setor elétrico brasileiro. TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
  • 4. Apresentação geral 4 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) • O trabalho visa verificar a viabilidade econômica de sistemas híbridos renováveis para produção e armazenamento de hidrogênio no setor elétrico brasileiro. A metodologia aplicada baseia-se em análises de custos econômicos das duas maiores usinas eólicas e solares fotovoltaicas do país. Como resultado, o número de horas de eletricidade disponíveis para a produção de hidrogênio influencia diretamente no seu custo. • Plantas totalmente dedicadas à produção de hidrogênio verde têm se mostrado economicamente viáveis para o exportador ou outros setores, sendo que comercializar hidrogênio é mais lucrativo do que transformá-lo novamente em energia. O modelo também conclui que os sistemas híbridos eólico e solar para produção e armazenamento de hidrogênio ainda não são economicamente viáveis no Brasil. O CAPEX dos eletrolisadores e suas perdas operacionais ainda são muito expressivos. • A produção e armazenamento de hidrogênio tornam-se economicamente viáveis apenas a partir de usinas que operam acima de 3000 horas e para eletrolisadores com CAPEX de USD650/Kwe.
  • 5. Introdução 5 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) • O Hidrogênio emergiu como um fator chave na transição global para uma economia de zero carbono. • O hidrogênio verde é atualmente reconhecido como um transportador de energia limpa produzido por eletrólise usando eletricidade de fontes renováveis para dividir a água em hidrogênio e oxigênio. • Uma das grandes soluções para equilibrar a rede elétrica, combater a intermitência das Energias Renováveis Variáveis através do armazenamento de energia e evitar o corte do excedente de geração. • Os benefícios futuros da produção de hidrogênio verde incluem segurança energética, mitigação de gases de efeito estufa (GEE), crescimento econômico e competitividade industrial. • Os desafios enfrentados globalmente são barreiras que impedem sua plena contribuição para a transição energética, como altos custos de produção, falta de infraestrutura dedicada, perdas de energia, regimes tributários, políticas de implantação, acordos comerciais e regulação financeira. • Destaque brasileiro (85% de energia oriunda de fonte renovável), visto que os mercados de produção mais atraentes para o hidrogênio verde são aqueles com recursos renováveis abundantes e de baixo custo. • Os custos de produção variam de 3 à 8 EUR/Kg nas regiões do Oriente Médio, África, Rússia, Estados Unidos, Austrália e Europa. • Sistema híbrido eólico offshore associado apenas à produção de hidrogênio, com redução de 10%, mostrou um custo nivelado de hidrogênio de 3,77 euros/kg. Por outro lado, encontrou um custo nivelado de hidrogênio de 4,07 USD/kg. Também, mostra que os custos para a produção de hidrogênio fora da rede conectada aos sistemas solares fotovoltaicos (PV) são de cerca de 6 e 7 euros/kg.
  • 6. Introdução 6 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) • Questões norteadoras do trabalho: • É economicamente viável produzir hidrogênio verde no Brasil por meio da energia proveniente de eventos de redução de energia das usinas existentes conectadas ao SIN ? • O custo econômico será competitivo considerando os novos sistemas híbridos eólicos ou solares trabalhando em tempo integral para a produção e armazenamento de hidrogênio? A novidade deste trabalho mostra os custos reais de implantação do sistema híbrido eólico e solar fotovoltaico para produção e armazenamento de hidrogênio no setor elétrico brasileiro, tornando-se um dos primeiros estudos sobre o assunto no país.
  • 7. Sistema híbrido 7 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) • Vários estudos demonstraram a viabilidade de sistemas híbridos com sistemas combinados de energia solar fotovoltaica, energia eólica, célula a combustível, eletrolisador e armazenamento de hidrogênio. • No entanto, de acordo com as referências, o sistema híbrido fotovoltaico e eólico acoplado com bateria é mais viável e tem maior eficiência do que sem armazenamento de energia. Por outro lado, conforme relatado pela referências, há uma tendência de publicações relacionadas a sistemas híbridos acoplados a sistemas de hidrogênio. Apesar de a bateria ser o sistema armazenado mais utilizado para conexão à rede, com uma pequena porcentagem, tanques de hidrogênio têm sido utilizados com células a combustível para formar um sistema de hidrogênio.
  • 8. Sistema híbrido 8 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
  • 9. Setor elétrico brasileiro e desenvolvimento renovável 9 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) • O setor elétrico brasileiro é organizado pela: (i) Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que é a entidade reguladora do setor; (ii) a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que forneceu o planejamento energético do setor e; (iii) o Operador Nacional do Sistema (ONS), que é responsável pela operação das instalações de geração e transmissão do SIN. • O SIN é composto por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste (NE) e a maioria das regiões Norte.
  • 10. Setor elétrico brasileiro e desenvolvimento renovável 10 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) • O aumento das energias renováveis implica na qualidade da energia fornecida sem interrupções significativas e na confiabilidade do sistema. Para atender a carga de pico e quantificar o risco associado à penetração de energias renováveis é necessário para manter o sistema confiável. No entanto, fatores externos como sazonalidade, variabilidade interanual e horária ainda impactam a capacidade total de energia por meio de fontes renováveis. No caso da geração eólica e solar, há fortes diferenças nos padrões da curva de oferta e da curva de demanda do consumidor. O Subsistema NE brasileiro apresenta a maior geração de energia eólica e solar. • O Subsistema NE apresenta características que o diferenciam das demais regiões brasileiras, levando o ONS a adotar determinadas políticas operacionais para garantir a segurança do SIN. Um grande problema é o cerceamento, definido como uma redução de geração das demandas da operadora centralizada sobre agendamento devido a limitações da rede de transmissão, requisitos de reserva operacional ou geração de sobrecarga.
  • 11. 11 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) Setor elétrico brasileiro e desenvolvimento renovável
  • 12. Metodologia 12 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) • As duas maiores usinas brasileiras de geração de energia renovável (eólica e solar) foram selecionadas como estudos de caso. Ambas as usinas estão localizadas no subsistema NE do SIN. • UFV Barreiras (BA): 106,64 MW, 339,120 módulos fotovoltaicos, 300 ha, geração anual de 230GWh, fator de capacidade de 28%. • Complexo Eólico Baixa do Feijão (RN): 105 aerogeradores, potência total de 210 MW, fator de capacidade médio de 42%.
  • 13. 13 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) Metodologia
  • 14. Metodologia 14 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) • O ONS, ANEEL e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) forneceram os dados para o cálculo da produção de hidrogênio dos estudos de caso selecionados neste trabalho. A geração horária de energia das usinas escolhidas está disponível na plataforma do ONS, e os dados dos leilões estão disponíveis nas plataformas ANEEL e CCEE. Foi possível reunir detalhes técnicos sobre as usinas por meio dele. • Ainda, na plataforma do ONS, foi possível obter relatórios do Índice de Desempenho do SIN, que indica a disponibilidade da rede para o fluxo de energia.
  • 15. 15 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) Metodologia
  • 16. Processo de modelagem 16 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) • Dados reais foram coletados do ONS de geração de energia integrada à rede do complexo eólico Baixa do Feijão e do complexo solar fotovoltaico Sertão Solar Barreiras de hora em hora durante todo o ano de 2020. A potência na rede elétrica é dada por: • Onde OPP(t) é a potência de saída da usina no tempo t. • Período reduzido considerado: Considerando a indisponibilidade da medida de 8,2% em 2020 para o Subsistema NE que teve 8784 h, o período total de corte foi de 720 h. Portanto, foi considerado o período máximo de redução para cada estudo de caso.
  • 17. Processo de modelagem 17 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
  • 18. Processo de modelagem 18 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) • Potência reduzida direcionada ao eletrolisador para produção de hidrogênio: As plantas podem ser reduzidas em partes ou totalmente. Com base nessa curva da figura 9, foi possível fazer uma gama de tamanhos possíveis de eletrolisadores para as usinas. O tamanho da planta de eletrólise deve ser dado em diferentes potências nominais do eletrolisador, de 1 MW a 90 MW. Esta gama é baseada no certificado firmenergy dos estudos de caso segundo seis premissas: (i) Operação intermitente sem qualquer outra fonte de alimentação quando a energia reduzida não foi suficiente para iniciar o eletrolisador; (ii) a produção de hidrogênio é proporcional à potência do eletrolisador; (iii) consumo médio de energia é 39,5 kWh/kg; (iv) Horas anuais de trabalho a) 720 h (indisponibilidade média do Subsistema NE); (v) vida útil de 20 anos e; (vi) preço do hidrogênio verde de US$ 4,2/kg [114].
  • 19. Processo de modelagem 19 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
  • 20. Processo de modelagem 20 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) • As equações 2 e 3 determinam a energia viável da usina conduzida ao eletrolisador: • Onde Pt;c é a energia utilizada para o sistema eletrolisador;PH2plantar é o poder de corte das usinas, EH2 é a potência nominal do eletrolizador PH2plantar; e Et;c25%PH2planta <Pt;c <PH2plantar é assumida energia reduzida de toda a planta quando 25%PH2plantar<Pt;c<PH2plantar. • Por fim, a equação (4) pode levar à quantidade de hidrogênio que pode ser produzida: • Onde é a quantidade de hidrogênio que pode ser produzida por hora a partir da redução, e é o consumo médio de energia do eletrolisador.
  • 21. Processo de modelagem 21 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
  • 22. Custos econômicos 22 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
  • 23. Resultados e discussão 23 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) 1. A análise planeja produzir hidrogênio verde a partir das usinas existentes, armazenando e vendendo para outros setores. Os resultados da simulação, consideram períodos reduzidos de 720 h. O CAPEX do sistema para eletrolisador abaixo de 4 MW pode ficar estável em USD 875/kWe. O período de retorno está chegando a 16 anos assumindo esta configuração, e o custo de produção está acima de US$ 50/kg de hidrogênio, bem acima de US$ 4,20/kg encontrado na literatura para usinas trabalhando full time (produzindo hidrogênio full time periodo não apenas durante os períodos de redução); 2. A análise considera as usinas existentes e o sistema de hidrogênio conectado a uma célula a combustível. Seguindo as mesmas premissas do caso (i), o payback retorna negativamente. O ponto principal é que o CAPEX para introduzir células a combustível no projeto é consideravelmente alto. Além disso, o modelo enfatiza a competitividade das vendas de hidrogênio em relação à eletricidade, assumindo um preço de eletricidade de USD 35/ MWh. 3. A análise do custo de produção de hidrogênio para o sistema híbrido, trabalhando em tempo integral para produção de hidrogênio, considerou o custo de investimento dos estudos de caso e a implantação do sistema de produção e armazenamento de hidrogênio. Nesse cenário, o número de horas aumenta e o custo dos eletrolisadores diminui, respectivamente, simulando o comportamento desse hipotético sistema híbrido em uma situação futura de preços competitivos de eletrolisadores e usinas dedicadas à produção de hidrogênio; 4. A análise traz o sistema de produção e armazenamento de hidrogênio em uma faixa de horas de produção e para diferentes CAPEX de eletrolisadores. Os resultados da simulação mostram que para horas acima de 3000 e eletrolisadores abaixo de US$ 650/kWe, o sistema passa a ser economicamente viável, com custo de produção seguindo o encontrado na literatura (US$ 4,2/kg).
  • 24. Resultado e discussão 24 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
  • 25. Conclusão 25 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01) O modelo conclui que o sistema híbrido solar e eólico para produção e armazenamento de hidrogênio ainda não é viável no Brasil. Além disso, o CAPEX de eletrolisadores e tanques de armazenamento e suas perdas operacionais são pontos fundamentais para a implantação desses sistemas. Além disso, o modelo ainda conclui que comercializar hidrogênio é mais lucrativo do que transformá-lo novamente em energia. Uma dessas razões é que o CAPEX ainda é muito caro para o sistema. Além disso, as opções de armazenamento à base de hidrogênio sofrem com a baixa eficiência de ida e volta na conversão de eletricidade por meio de eletrólise em hidrogênio, depois hidrogênio de volta em eletricidade. A produção de hidrogênio torna-se economicamente viável apenas a partir de usinas operando a partir de 3000 he para eletrolisadores com CAPEX de USD 650/kWe.
  • 26. Referência Bibliográfica 26 Macedo, S. F., & Peyerl, D. (2022). Prospects and economic feasibility analysis of wind and solar photovoltaic hybrid systems for hydrogen production and storage: A case study of the Brazilian electric power sector. International Journal of Hydrogen Energy, 47(19), 10460–10473. https://doi.org/10.1016/J.IJHYDENE.2022.01.133 TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)
  • 27. Agradecimento 27 Obrigado pela atenção! :D TE0305 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SISTEMAS TÉRMICOS I (2022.2 - T01)