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Modernismo –
Prosa regionalista I
3ª SÉRIE
Aula 1 – 4º bimestre
Língua
Portuguesa
Etapa Ensino Médio
● A segunda geração
modernista: prosa
regionalista;
● Rachel de Queiroz.
● Identificar o contexto da
segunda geração modernista,
seus principais autores e as
características da prosa
regionalista.
● Analisar trechos da obra
O Quinze, de Rachel de Queiroz.
Conteúdos Objetivos
Para começar
• Vocês já ouviram falar da grande
seca de 1915? Foi um momento
desolador, mas extremamente
relevante de nossa história.
• Nesta aula, vamos analisar uma
obra que apresenta como cenário
esse fato histórico, O Quinze, de
Rachel de Queiroz, um marco da
prosa regionalista, pertencente à
segunda geração modernista.
Foco no conteúdo
O movimento modernista no Brasil dividiu-se em três fases. A
primeira teve início com a Semana de Arte Moderna, em 1922, e
estendeu-se até 1930. Foi caracterizada pela busca de uma
identidade nacional, em um rompimento com modelos preconcebidos,
ao estimular a criatividade a partir de novas experiências.
A segunda fase ocorreu entre 1930 e 1945. Houve um avanço na
procura por maior equilíbrio e racionalidade nos escritos. Aqui surgem
as temáticas nacionalistas, regionalistas e de caráter social, com uma
literatura mais crítica e com viés revolucionário.
A terceira fase teve início com o fim da Segunda Guerra
Mundial, em 1945, marcada pela busca de uma poesia mais
equilibrada e objetiva.
As fases do modernismo brasileiro
Foco no conteúdo
A segunda geração modernista
A segunda geração modernista, também conhecida como geração de
1930, foi um movimento literário que se destacou no Brasil nas décadas
de 1930 e 1940. Caracterizada pela busca por uma identidade nacional e
uma reflexão crítica sobre a realidade brasileira, essa fase de
consolidação do modernismo trouxe novas formas de expressão e
uma ampla diversidade de temas abordados.
Essa vertente surge em um contexto de crises políticas e sociais,
marcado pela Segunda Guerra Mundial. Dentre as principais
características da segunda geração modernista, destacam-se, na poesia,
a valorização da linguagem poética e os conflitos existenciais; já na
prosa ocorre o uso de uma linguagem mais coloquial e a incorporação de
elementos regionais e populares, explorando a temática político-social.
Foco no conteúdo
A prosa regionalista
A prosa regionalista da segunda geração modernista, também
conhecida como regionalismo de 1930, foi um movimento literário
marcante na história da literatura brasileira. Emergindo durante o
período áureo do modernismo no país, essa corrente literária
buscava retratar e valorizar as características culturais, sociais e
geográficas das diferentes regiões do Brasil.
Escritores como Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de
Queiroz e Jorge Amado se destacaram nessa vertente, utilizando
linguagem coloquial, regionalismos e paisagens típicas de cada
localidade para construir narrativas ricas e envolventes.
Foco no conteúdo
Através de suas obras, esses autores
desvendaram as complexidades da alma
brasileira, explorando temas como a vida
no sertão nordestino, o cotidiano das
pequenas cidades do interior e as
transformações sociais do país. Além de
proporcionar uma visão mais plural e
profunda da realidade brasileira, a prosa
A prosa regionalista
regionalista da segunda geração modernista também contribuiu
para a valorização da identidade nacional e para o enriquecimento
da literatura com uma diversidade de perspectivas regionais.
Foco no conteúdo
Rachel de Queiroz (1910-2003)
Professora, escritora, tradutora, jornalista, dramaturga, começou a
escrever aos 19 anos. Precursora do romance regionalista, foi a
primeira mulher a ganhar o prêmio Camões de Literatura e a primeira
a entrar na Academia Brasileira de Letras.
Sua carreira literária foi marcada por obras como O Quinze e Memorial
de Maria Moura, que exploram questões sociais e políticas do Nordeste
brasileiro com uma prosa intensa e sensível. Além de romances,
Rachel também escreveu contos, peças teatrais e crônicas, sempre
demonstrando uma profunda preocupação com as injustiças e
desigualdades sociais do Brasil.
Foco no conteúdo
O Quinze
Seu primeiro e mais importante romance, O Quinze, é uma comovente e
realista obra literária que retrata a seca de 1915 no sertão nordestino. A
história se desenrola em dois planos narrativos entrelaçados: o primeiro
segue a jornada da jovem e culta professora Conceição, que
transita entre os núcleos rico e pobre na narrativa, dividida entre
a relação amorosa com seu primo Vicente e a vida que vislumbra,
pautada em sua revolucionária visão sobre a condição feminina.
No segundo plano, conhecemos a trágica saga da família do vaqueiro
Chico Bento, numa angustiante fuga da seca que castiga o sertão
cearense, em busca de trabalho e melhores condições de vida em
Fortaleza.
Foco no conteúdo
O Quinze
Rachel de Queiroz
Capítulo 1
[...]
Conceição tinha vinte e dois anos e não falava em casar. As suas
poucas tentativas de namoro tinham-se ido embora com os dezoito anos
e o tempo de normalista; dizia alegremente que nascera solteirona.
Ouvindo isso, a avó encolhia os ombros e sentenciava que mulher
que não casa é um aleijão…
— Esta menina tem umas ideias!
Estaria com razão a vó? Porque, de fato, Conceição talvez tivesse
umas ideias; escrevia um livro sobre pedagogia, rabiscava dois sonetos
[...]
Na prática
Em grupo ou em pares, reflitam sobre as questões.
1. Nos trechos:
— Esta menina tem umas ideias!
[...] Conceição talvez tivesse umas ideias;
observamos que a palavra ideias tem “sentidos” distintos, um dado
pela avó de Conceição e outro pelo narrador. Que sentidos são
esses?
2. Qual é a relação entre as ideias de Conceição sobre casamento e
o fato de ela estar escrevendo um livro sobre pedagogia e
rabiscando dois sonetos? Explique como esses elementos podem
estar interligados na construção da personalidade e dos
interesses de Conceição.
Na prática Correção
Em grupo ou em pares, reflitam sobre as questões.
1.Nos trechos:
— Esta menina tem umas ideias!
[...] Conceição talvez tivesse umas ideias;
observamos que a palavra ideias tem “sentidos” distintos, um dado pela
avó de Conceição e outro pelo narrador. Que sentidos são esses?
Para a avó de Conceição as tais ideias não eram algo positivo, pois
iam de encontro ao que ela imaginava ser o “papel” de uma mulher
na sociedade, que é casar e constituir família; já para o narrador as
ideias de Conceição eram criativas, pois ela parecia ter aberto mão
de ser esposa e mãe para tornar-se uma mulher atuante
socialmente, que expõe e divulga suas ideias em seus textos.
Na prática
2. Qual é a relação entre as ideias de Conceição sobre casamento e o fato
de ela estar escrevendo um livro sobre pedagogia e rabiscando dois
sonetos? Explique como esses elementos podem estar interligados na
construção da personalidade e dos interesses de Conceição.
Eles indicam que ela valoriza sua autonomia e independência,
optando por se concentrar em seus interesses intelectuais e
criativos em vez de seguir o caminho tradicional do casamento.
Sua recusa em conformar-se com as expectativas sociais
tradicionais, como casar-se, pode ser interpretada como uma
forma de resistência contra as normas que limitam o papel da
mulher na sociedade. Conceição desafia os papéis de gênero
tradicionais, optando por buscar satisfação intelectual e artística
em vez de se conformar com as expectativas sociais do casamento.
Correção
Foco no conteúdo
Capítulo 22
Dona Inácia tomou o volume das mãos da neta e olhou o título:
— E esses livros prestam para moça ler, Conceição? No meu
tempo, moça só lia romance que o padre mandava...
Conceição riu de novo:
— Isso não é romance, Mãe Nácia. Você não está vendo? É um
livro sério, de estudo...
— De que trata? Você sabe que eu não entendo francês...
Conceição, ante aquela ouvinte inesperada, tentou fazer uma
síntese do tema da obra, procurando ingenuamente encaminhar a
avó para suas tais ideias:
Foco no conteúdo
— Trata da questão feminina, da situação da mulher na sociedade,
dos direitos maternais, do problema...
Dona Inácia juntou as mãos, aflita:
— E minha filha, para que uma moça precisa saber disso? Você
quererá ser doutora, dar para escrever livros?
Novamente o riso da moça soou:
— Qual o quê, Mãe Nácia! Leio para aprender, para me documentar...
— E só para isso, você vive queimando os olhos, emagrecendo...
Lendo essas tolices...
— Mãe Nácia, quando a gente renuncia a certas obrigações, casa,
filhos, família, tem que arranjar outras coisas com que se preocupe...
Senão a vida fica vazia demais...
— E para que você torceu sua natureza? Por que não se casa?
Na prática
3. Conceição e sua avó (mãe Nácia) têm visões distintas acerca da
função da leitura. Expliquem que visões são essas.
4. O que mãe Nácia parece querer dizer com a expressão:
— E para que você torceu sua natureza?
5. Compare o trecho do texto: você vive queimando os olhos e o
anúncio de uma concessionária de carros: Estamos queimando os
seminovos. Acerca dos sentidos criados pela palavra queimando,
é apropriado afirmar que:
Na prática
a. em ambas há uma utilização da linguagem em seu sentido
estritamente literal.
b. apenas em uma delas a linguagem foi utilizada em seu sentido
estritamente literal.
c. em ambas o sentido é metafórico e é apreendido pela associação
com o contexto.
d. em ambas o sentido é metafórico e é apreendido apenas pelas
regras gramaticais.
e. em ambas o sentido é metafórico e não pode ser apreendido
porque é incoerente.
Justifique sua resposta.
Na prática
3. Conceição e sua avó (mãe Nácia) têm visões distintas acerca da
função leitura. Expliquem que visões são essas.
Para mãe Nácia, a leitura é apenas um momento de lazer,
distração; para Conceição é um meio de instrução e
informação.
4. O que mãe Nácia parece querer dizer com a expressão:
— E para que você torceu sua natureza?
Como já explicitado em questão anterior, para a avó de
Conceição a mulher nasceu para o casamento, não para ficar
lendo “tolices”.
Correção
Na prática
5. Compare o trecho do texto: você vive queimando os olhos e o anúncio de
uma concessionária de carros: Estamos queimando os seminovos. Acerca
dos sentidos criados pela palavra queimando, é apropriado afirmar que:
c) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido pela associação
com o contexto.
Justifique sua resposta.
Em “você vive queimando os olhos”, o verbo queimar sugere que os
olhos estão sendo utilizados em uma atividade sem importância, no
sentido de “gastar” a visão sem necessidade; já em “Estamos
queimando os seminovos”, o verbo sugere a venda de carros
seminovos a preços muito baixos, ou seja, em nenhum dos casos o
verbo queimar é utilizado no sentido denotativo, que é: “pegar fogo,
incendiar”.
Correção
Aplicando
(UEA-SIS 3ª Etapa 2015) – A questão focaliza o romance O Quinze, da
escritora Rachel de Queiroz (1910-2003).
O Quinze caiu de repente ali por meados de 30 e fez nos espíritos estragos
maiores que o romance de José Américo [A bagaceira], por ser livro de
mulher e, o que na verdade causava assombro, de mulher nova. Seria
realmente mulher? Não acreditei. Lido o volume e visto o retrato no jornal,
balancei a cabeça: “Não há ninguém com este nome. É pilhéria. Uma
garota assim fazer romance! Deve ser pseudônimo de sujeito barbado”.
Depois conheci João Miguel e conheci Rachel de Queiroz, mas ficou-me
durante muito tempo a ideia idiota de que ela era homem, tão forte estava
em mim o preconceito que excluía as mulheres da literatura. Se a moça
fizesse discursos e sonetos, muito bem. Mas escrever João Miguel e O
Quinze não me parecia natural.
Aplicando
Depreende-se da leitura do comentário que Graciliano Ramos:
a. reprovava o fato de uma “mulher nova” se aventurar a escrever
um romance.
b. acreditava que O Quinze, por ser “livro de mulher”, corrompia a
literatura brasileira.
c. considerava natural que mulheres também se dedicassem à
escrita de romances.
d. reprovava o fato de um escritor “barbado” se valer de um
pseudônimo feminino.
e. admitia o preconceito de que as mulheres deveriam se limitar a
escrever sonetos.
Aplicando
Depreende-se da leitura do comentário que Graciliano Ramos
a. reprovava o fato de uma “mulher nova” se aventurar a escrever
um romance.
b. acreditava que O Quinze, por ser “livro de mulher”, corrompia a
literatura brasileira.
c. considerava natural que mulheres também se dedicassem à
escrita de romances.
d. reprovava o fato de um escritor “barbado” se valer de um
pseudônimo feminino.
e. admitia o preconceito de que as mulheres deveriam se
limitar a escrever sonetos.
Correção
O que aprendemos hoje?
● Identificamos o contexto da segunda geração modernista,
seus principais autores e as características da prosa
regionalista.
● Analisamos trechos da obra O Quinze, de Rachel de
Queiroz.
Tarefa SP
Localizador: 101175
1. Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com
seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
2. Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
3. Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
4. Copie o localizador acima e cole no campo de busca.
5. Clique em “Procurar”.
Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
Referências
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 34. ed. São
Paulo: Cultrix, 1996.
QUEIROZ, Rachel. O Quinze. 93. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012.
PARANÁ (Estado). Secretaria da Educação. Material de Apoio ao
Professor. Paraná, 2022.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em Ação:
língua portuguesa. Terceira série do ensino médio. Caderno do estudante.
São Paulo: SEE, 2022.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista do
Ensino Médio. São Paulo: SEE, 2020.
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 6 – PREPARA Enem. A geração de 30. Disponível em:
https://www.preparaenem.com/portugues/a-geracao-1930.htm.
Acesso em: 24 jul. 2023.
Slide 7 – RETIRANTES. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e
Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Disponível em:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra3329/retirantes. Acesso
em: 24 jul. 2023.
Slides 3, 21, 22 – Gettyimages. Disponível:
https://www.gettyimages.com.br/. Acesso em: 24 jul. 2023.
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  • 1. Modernismo – Prosa regionalista I 3ª SÉRIE Aula 1 – 4º bimestre Língua Portuguesa Etapa Ensino Médio
  • 2. ● A segunda geração modernista: prosa regionalista; ● Rachel de Queiroz. ● Identificar o contexto da segunda geração modernista, seus principais autores e as características da prosa regionalista. ● Analisar trechos da obra O Quinze, de Rachel de Queiroz. Conteúdos Objetivos
  • 3. Para começar • Vocês já ouviram falar da grande seca de 1915? Foi um momento desolador, mas extremamente relevante de nossa história. • Nesta aula, vamos analisar uma obra que apresenta como cenário esse fato histórico, O Quinze, de Rachel de Queiroz, um marco da prosa regionalista, pertencente à segunda geração modernista.
  • 4. Foco no conteúdo O movimento modernista no Brasil dividiu-se em três fases. A primeira teve início com a Semana de Arte Moderna, em 1922, e estendeu-se até 1930. Foi caracterizada pela busca de uma identidade nacional, em um rompimento com modelos preconcebidos, ao estimular a criatividade a partir de novas experiências. A segunda fase ocorreu entre 1930 e 1945. Houve um avanço na procura por maior equilíbrio e racionalidade nos escritos. Aqui surgem as temáticas nacionalistas, regionalistas e de caráter social, com uma literatura mais crítica e com viés revolucionário. A terceira fase teve início com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, marcada pela busca de uma poesia mais equilibrada e objetiva. As fases do modernismo brasileiro
  • 5. Foco no conteúdo A segunda geração modernista A segunda geração modernista, também conhecida como geração de 1930, foi um movimento literário que se destacou no Brasil nas décadas de 1930 e 1940. Caracterizada pela busca por uma identidade nacional e uma reflexão crítica sobre a realidade brasileira, essa fase de consolidação do modernismo trouxe novas formas de expressão e uma ampla diversidade de temas abordados. Essa vertente surge em um contexto de crises políticas e sociais, marcado pela Segunda Guerra Mundial. Dentre as principais características da segunda geração modernista, destacam-se, na poesia, a valorização da linguagem poética e os conflitos existenciais; já na prosa ocorre o uso de uma linguagem mais coloquial e a incorporação de elementos regionais e populares, explorando a temática político-social.
  • 6. Foco no conteúdo A prosa regionalista A prosa regionalista da segunda geração modernista, também conhecida como regionalismo de 1930, foi um movimento literário marcante na história da literatura brasileira. Emergindo durante o período áureo do modernismo no país, essa corrente literária buscava retratar e valorizar as características culturais, sociais e geográficas das diferentes regiões do Brasil. Escritores como Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz e Jorge Amado se destacaram nessa vertente, utilizando linguagem coloquial, regionalismos e paisagens típicas de cada localidade para construir narrativas ricas e envolventes.
  • 7. Foco no conteúdo Através de suas obras, esses autores desvendaram as complexidades da alma brasileira, explorando temas como a vida no sertão nordestino, o cotidiano das pequenas cidades do interior e as transformações sociais do país. Além de proporcionar uma visão mais plural e profunda da realidade brasileira, a prosa A prosa regionalista regionalista da segunda geração modernista também contribuiu para a valorização da identidade nacional e para o enriquecimento da literatura com uma diversidade de perspectivas regionais.
  • 8. Foco no conteúdo Rachel de Queiroz (1910-2003) Professora, escritora, tradutora, jornalista, dramaturga, começou a escrever aos 19 anos. Precursora do romance regionalista, foi a primeira mulher a ganhar o prêmio Camões de Literatura e a primeira a entrar na Academia Brasileira de Letras. Sua carreira literária foi marcada por obras como O Quinze e Memorial de Maria Moura, que exploram questões sociais e políticas do Nordeste brasileiro com uma prosa intensa e sensível. Além de romances, Rachel também escreveu contos, peças teatrais e crônicas, sempre demonstrando uma profunda preocupação com as injustiças e desigualdades sociais do Brasil.
  • 9. Foco no conteúdo O Quinze Seu primeiro e mais importante romance, O Quinze, é uma comovente e realista obra literária que retrata a seca de 1915 no sertão nordestino. A história se desenrola em dois planos narrativos entrelaçados: o primeiro segue a jornada da jovem e culta professora Conceição, que transita entre os núcleos rico e pobre na narrativa, dividida entre a relação amorosa com seu primo Vicente e a vida que vislumbra, pautada em sua revolucionária visão sobre a condição feminina. No segundo plano, conhecemos a trágica saga da família do vaqueiro Chico Bento, numa angustiante fuga da seca que castiga o sertão cearense, em busca de trabalho e melhores condições de vida em Fortaleza.
  • 10. Foco no conteúdo O Quinze Rachel de Queiroz Capítulo 1 [...] Conceição tinha vinte e dois anos e não falava em casar. As suas poucas tentativas de namoro tinham-se ido embora com os dezoito anos e o tempo de normalista; dizia alegremente que nascera solteirona. Ouvindo isso, a avó encolhia os ombros e sentenciava que mulher que não casa é um aleijão… — Esta menina tem umas ideias! Estaria com razão a vó? Porque, de fato, Conceição talvez tivesse umas ideias; escrevia um livro sobre pedagogia, rabiscava dois sonetos [...]
  • 11. Na prática Em grupo ou em pares, reflitam sobre as questões. 1. Nos trechos: — Esta menina tem umas ideias! [...] Conceição talvez tivesse umas ideias; observamos que a palavra ideias tem “sentidos” distintos, um dado pela avó de Conceição e outro pelo narrador. Que sentidos são esses? 2. Qual é a relação entre as ideias de Conceição sobre casamento e o fato de ela estar escrevendo um livro sobre pedagogia e rabiscando dois sonetos? Explique como esses elementos podem estar interligados na construção da personalidade e dos interesses de Conceição.
  • 12. Na prática Correção Em grupo ou em pares, reflitam sobre as questões. 1.Nos trechos: — Esta menina tem umas ideias! [...] Conceição talvez tivesse umas ideias; observamos que a palavra ideias tem “sentidos” distintos, um dado pela avó de Conceição e outro pelo narrador. Que sentidos são esses? Para a avó de Conceição as tais ideias não eram algo positivo, pois iam de encontro ao que ela imaginava ser o “papel” de uma mulher na sociedade, que é casar e constituir família; já para o narrador as ideias de Conceição eram criativas, pois ela parecia ter aberto mão de ser esposa e mãe para tornar-se uma mulher atuante socialmente, que expõe e divulga suas ideias em seus textos.
  • 13. Na prática 2. Qual é a relação entre as ideias de Conceição sobre casamento e o fato de ela estar escrevendo um livro sobre pedagogia e rabiscando dois sonetos? Explique como esses elementos podem estar interligados na construção da personalidade e dos interesses de Conceição. Eles indicam que ela valoriza sua autonomia e independência, optando por se concentrar em seus interesses intelectuais e criativos em vez de seguir o caminho tradicional do casamento. Sua recusa em conformar-se com as expectativas sociais tradicionais, como casar-se, pode ser interpretada como uma forma de resistência contra as normas que limitam o papel da mulher na sociedade. Conceição desafia os papéis de gênero tradicionais, optando por buscar satisfação intelectual e artística em vez de se conformar com as expectativas sociais do casamento. Correção
  • 14. Foco no conteúdo Capítulo 22 Dona Inácia tomou o volume das mãos da neta e olhou o título: — E esses livros prestam para moça ler, Conceição? No meu tempo, moça só lia romance que o padre mandava... Conceição riu de novo: — Isso não é romance, Mãe Nácia. Você não está vendo? É um livro sério, de estudo... — De que trata? Você sabe que eu não entendo francês... Conceição, ante aquela ouvinte inesperada, tentou fazer uma síntese do tema da obra, procurando ingenuamente encaminhar a avó para suas tais ideias:
  • 15. Foco no conteúdo — Trata da questão feminina, da situação da mulher na sociedade, dos direitos maternais, do problema... Dona Inácia juntou as mãos, aflita: — E minha filha, para que uma moça precisa saber disso? Você quererá ser doutora, dar para escrever livros? Novamente o riso da moça soou: — Qual o quê, Mãe Nácia! Leio para aprender, para me documentar... — E só para isso, você vive queimando os olhos, emagrecendo... Lendo essas tolices... — Mãe Nácia, quando a gente renuncia a certas obrigações, casa, filhos, família, tem que arranjar outras coisas com que se preocupe... Senão a vida fica vazia demais... — E para que você torceu sua natureza? Por que não se casa?
  • 16. Na prática 3. Conceição e sua avó (mãe Nácia) têm visões distintas acerca da função da leitura. Expliquem que visões são essas. 4. O que mãe Nácia parece querer dizer com a expressão: — E para que você torceu sua natureza? 5. Compare o trecho do texto: você vive queimando os olhos e o anúncio de uma concessionária de carros: Estamos queimando os seminovos. Acerca dos sentidos criados pela palavra queimando, é apropriado afirmar que:
  • 17. Na prática a. em ambas há uma utilização da linguagem em seu sentido estritamente literal. b. apenas em uma delas a linguagem foi utilizada em seu sentido estritamente literal. c. em ambas o sentido é metafórico e é apreendido pela associação com o contexto. d. em ambas o sentido é metafórico e é apreendido apenas pelas regras gramaticais. e. em ambas o sentido é metafórico e não pode ser apreendido porque é incoerente. Justifique sua resposta.
  • 18. Na prática 3. Conceição e sua avó (mãe Nácia) têm visões distintas acerca da função leitura. Expliquem que visões são essas. Para mãe Nácia, a leitura é apenas um momento de lazer, distração; para Conceição é um meio de instrução e informação. 4. O que mãe Nácia parece querer dizer com a expressão: — E para que você torceu sua natureza? Como já explicitado em questão anterior, para a avó de Conceição a mulher nasceu para o casamento, não para ficar lendo “tolices”. Correção
  • 19. Na prática 5. Compare o trecho do texto: você vive queimando os olhos e o anúncio de uma concessionária de carros: Estamos queimando os seminovos. Acerca dos sentidos criados pela palavra queimando, é apropriado afirmar que: c) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido pela associação com o contexto. Justifique sua resposta. Em “você vive queimando os olhos”, o verbo queimar sugere que os olhos estão sendo utilizados em uma atividade sem importância, no sentido de “gastar” a visão sem necessidade; já em “Estamos queimando os seminovos”, o verbo sugere a venda de carros seminovos a preços muito baixos, ou seja, em nenhum dos casos o verbo queimar é utilizado no sentido denotativo, que é: “pegar fogo, incendiar”. Correção
  • 20. Aplicando (UEA-SIS 3ª Etapa 2015) – A questão focaliza o romance O Quinze, da escritora Rachel de Queiroz (1910-2003). O Quinze caiu de repente ali por meados de 30 e fez nos espíritos estragos maiores que o romance de José Américo [A bagaceira], por ser livro de mulher e, o que na verdade causava assombro, de mulher nova. Seria realmente mulher? Não acreditei. Lido o volume e visto o retrato no jornal, balancei a cabeça: “Não há ninguém com este nome. É pilhéria. Uma garota assim fazer romance! Deve ser pseudônimo de sujeito barbado”. Depois conheci João Miguel e conheci Rachel de Queiroz, mas ficou-me durante muito tempo a ideia idiota de que ela era homem, tão forte estava em mim o preconceito que excluía as mulheres da literatura. Se a moça fizesse discursos e sonetos, muito bem. Mas escrever João Miguel e O Quinze não me parecia natural.
  • 21. Aplicando Depreende-se da leitura do comentário que Graciliano Ramos: a. reprovava o fato de uma “mulher nova” se aventurar a escrever um romance. b. acreditava que O Quinze, por ser “livro de mulher”, corrompia a literatura brasileira. c. considerava natural que mulheres também se dedicassem à escrita de romances. d. reprovava o fato de um escritor “barbado” se valer de um pseudônimo feminino. e. admitia o preconceito de que as mulheres deveriam se limitar a escrever sonetos.
  • 22. Aplicando Depreende-se da leitura do comentário que Graciliano Ramos a. reprovava o fato de uma “mulher nova” se aventurar a escrever um romance. b. acreditava que O Quinze, por ser “livro de mulher”, corrompia a literatura brasileira. c. considerava natural que mulheres também se dedicassem à escrita de romances. d. reprovava o fato de um escritor “barbado” se valer de um pseudônimo feminino. e. admitia o preconceito de que as mulheres deveriam se limitar a escrever sonetos. Correção
  • 23. O que aprendemos hoje? ● Identificamos o contexto da segunda geração modernista, seus principais autores e as características da prosa regionalista. ● Analisamos trechos da obra O Quinze, de Rachel de Queiroz.
  • 24. Tarefa SP Localizador: 101175 1. Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br 2. Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”. 3. Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”. 4. Copie o localizador acima e cole no campo de busca. 5. Clique em “Procurar”. Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
  • 25. Referências BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 34. ed. São Paulo: Cultrix, 1996. QUEIROZ, Rachel. O Quinze. 93. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012. PARANÁ (Estado). Secretaria da Educação. Material de Apoio ao Professor. Paraná, 2022. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em Ação: língua portuguesa. Terceira série do ensino médio. Caderno do estudante. São Paulo: SEE, 2022. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista do Ensino Médio. São Paulo: SEE, 2020.
  • 26. Referências Lista de imagens e vídeos Slide 6 – PREPARA Enem. A geração de 30. Disponível em: https://www.preparaenem.com/portugues/a-geracao-1930.htm. Acesso em: 24 jul. 2023. Slide 7 – RETIRANTES. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra3329/retirantes. Acesso em: 24 jul. 2023. Slides 3, 21, 22 – Gettyimages. Disponível: https://www.gettyimages.com.br/. Acesso em: 24 jul. 2023.

Notas do Editor

  1. Professor, ao trabalhar esta aula e as atividades propostas, você estará potencializando o desenvolvimento das habilidades: (EM13LGG604) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política e econômica e identificar o processo de construção histórica dessas práticas; (EM13LP48) Identificar assimilações, rupturas e permanências no processo de constituição da literatura brasileira e ao longo de sua trajetória, por meio da leitura e análise de obras fundamentais do cânone ocidental, em especial da literatura portuguesa, para perceber a historicidade de matrizes. Sugestão de tempos: Para começar: 2 minutos Foco no conteúdo I: 12 minutos Na prática I: 10 minutos Foco no conteúdo II: 5 minutos Na prática II: 10 minutos Aplicando: 4 minutos
  2. https://www.gettyimages.co.uk/detail/photo/animal-skull-in-a-field-royalty-free-image/140393151
  3. IMAGEM – PREPARA Enem. A geração de 30. Disponível em: https://www.preparaenem.com/portugues/a-geracao-1930.htm.
  4. RETIRANTES. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra3329/retirantes. Acesso em: 24 jul. 2023.
  5. QUEIROZ, Rachel. O Quinze. 93. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012.
  6. Disponível em: https://www.aio.com.br/questions/content/a-questao-focalizam-o-romance-o-quinze-da-escritora-rachel-de-queiroz-1910. Acesso em: 24 jul. 2023.
  7. https://www.gettyimages.co.uk/detail/illustration/brain-with-glasses-drawing-illustration-royalty-free-illustration/1170984187
  8. https://www.gettyimages.co.uk/detail/illustration/brain-with-glasses-drawing-illustration-royalty-free-illustration/1170984187