1. Ezequiel é levado em visão à porta oriental do Templo, por onde viu a glória de Deus retornando pelo mesmo caminho que partiu.
2. A glória de Deus se aproxima com grande poder, como uma voz de muitas águas, e a terra resplandece por Sua presença.
3. Ezequiel é levado em visão ao Templo reconstruído e se lembra das visões anteriores de destruição, comparando as experiências proféticas.
5. 1 - Então, me levou à porta, à porta que olha para o caminho do
oriente.
2 - E eis que a glória do Deus de Israel vinha do caminho do
oriente; e a sua voz era como a voz de muitas águas, e a terra
resplandeceu por causa da sua glória.
3 - E o aspecto da visão que vi era como o da visão que eu tinha
visto quando vim destruir a cidade; e eram as visões como a que
vi junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto.
6. 4 - E a glória do SENHOR entrou no templo pelo caminho da
porta cuja face está para o lado do oriente.
5 - E levantou-me o Espírito e me levou ao átrio interior; e eis
que a glória do SENHOR encheu o templo.
6 - E ouvi uma voz que me foi dirigida de dentro do templo; e
um homem se pôs junto de mim
7. 7 - e me disse: Filho do homem, este é o lugar do meu trono e o lugar
das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel
para sempre; e os da casa de Israel não contaminarão mais o meu
nome santo, nem eles nem os seus reis, com as suas prostituições e
com os cadáveres dos seus reis, nos seus altos,
8 - pondo o seu umbral ao pé do meu umbral e a sua ombreira junto à
minha ombreira, e havendo uma parede entre mim e entre eles; e
contaminaram o meu santo nome com as suas abominações que
faziam; por isso, eu os consumi na minha ira.
8. 9 - Agora, lancem eles para longe de mim a sua prostituição e os
cadáveres dos seus reis, e habitarei no meio deles para sempre.
10. Depois das visões e dos diversos discursos contra o Templo e contra a
cidade de Jerusalém em Ezequiel, os oráculos divinos substituem
ameaças e castigos por bênçãos futuras. Estudamos, na lição passada,
a restauração espiritual de Israel, que o profeta anunciou para um
futuro distante.
11. Veremos, a partir de agora, o epílogo da revelação de Ezequiel. É
longo e ocupa os capítulos 40-48, mas o registro da volta da glória de
Deus aparece depois da descrição do Templo, sendo parte das
promessas divinas de restauração.
13. Essa parte da revelação de Ezequiel segue o mesmo padrão da sua
experiência no início de sua vocação que ocupa todo o capítulo 1. A
linguagem é a mesma da visão do capítulo 8, quando o profeta foi
levado em espírito para Jerusalém e para o Templo.
14. I. 1 - A Porta Oriental
do Templo (v.1).
Então, me levou à porta, à porta que olha
para o caminho do oriente.
Ezequiel 43:1
15. Os capítulos 40 a 42 descrevem
o complexo do Templo com suas
áreas, espaços e dimensões, mas
só no capítulo 43.1-12 que a
glória de Deus aparece.
Na descrição do Templo,
Ezequiel é levado
“à porta que olhava para o
caminho do oriente” (Ez 40.6).
Quando se refere ao retorno da
glória de Deus, o profeta volta a
falar dessa mesma porta (v.1).
16. A intenção do Espírito Santo é
fazer o destinatário original
desses oráculos lembrar que
quando a glória de Deus se
afastou da Casa de Deus foi em
direção ao oriente (Ez 10.19;
11.23) e que o seu retorno será
pelo mesmo caminho.
E a glória do Senhor se alçou
desde o meio da cidade e se pôs
sobre o monte que está ao
oriente da cidade.
Ezequiel 11:23
17. I. 2 - Três Observações
Importantes (v.2).
E eis que a glória do Deus de Israel vinha do
caminho do oriente; e a sua voz era como a voz
de muitas águas, e a terra resplandeceu por
causa da sua glória. Ezequiel 43:2
18. Observe que a glória de Deus
“vinha do caminho do oriente”.
Quando Ezequiel recebeu a
incumbência de anunciar a
destruição do Templo e a queda da
cidade de Jerusalém, ele viu o
afastamento da glória de Javé para
o Oriente como sinal de sua
retirada do meio do povo.
O profeta já tinha visto isso na
revelação inaugural (Ez 1.24); “a
terra resplandeceu por causa da
sua glória”, isso faz lembrar da
visão do profeta Isaías (Is 6.3).
19. A “voz como de muitas águas”
(v.2) é uma expressão metafórica
para indicar o grande poder de
Deus (Ap 1.15; 14.2; 19.6).
Esse Ser da visão do profeta,
“como semelhança de um
homem” (Ez 1.26),
é o Messias pré-encarnado;
“vimos a sua glória, como a glória
do Unigênito do Pai, cheio de graça
e de verdade” (Jo 1.14)
quando veio ao mundo na
plenitude dos tempos (Gl 4.4).
20. I. 3 - As Reminiscências (v.3).
E o aspecto da visão que vi era como o da visão
que eu tinha visto quando vim destruir a cidade; e
eram as visões como a que vi junto ao rio Quebar;
e caí sobre o meu rosto. Ezequiel 43:3
21. A comunicação profética e a
estrutura dos discursos
continuam na mesma forma da
atividade profética de antes, ou
seja, o profeta é levado em
espírito.
Ezequiel compara essa visão com
a de sua primeira experiência
como profeta (Ez 1.1; 8.3).
E aconteceu, no trigésimo ano, no
quarto mês, no dia quinto do mês,
que, estando eu no meio dos
cativos, junto ao rio Quebar, se
abriram os céus, e eu vi visões de
Deus. Ezequiel 1:1
22. Estudamos, na lição 4, que a
glória de Javé se retirou do
Templo de Jerusalém como sinal
da retirada de sua presença do
meio do seu povo.
Depois de 14 anos da destruição da
Cidade Santa, Ezequiel foi levado
de volta, em visão, para Jerusalém,
“No ano vigésimo quinto do nosso
cativeiro, no princípio do ano, no
décimo dia do mês” (Ez 40.1),
estamos falando de 28 de abril de
573 ou 572 a.C.