2. Climatologia é a ciência que estuda o clima.
Surgida com o Renascimento (antes disso os
eventos atmosféricos eram tidos como obra de
Deus, embora tenham sido publicados dois
trabalhos a respeito antes disso: um por Hipócrates
em 400 a.C. e outro por Aristóteles em 450a.C.,
respectivamente “Ares, Águas e Lugares” e
“Meteorológica e Escrita”).
3. 1. Desde a sua formação, há quase 4,5 bilhões de anos, a Terra sofreu
várias modificações em seu clima, com períodos alternados de aquecimento e
resfriamento e elevação ou decréscimo de pluviosidade, sendo algumas em
escala global e outras em nível menor.
ROSS, J. S. (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2003 (adaptado).
Um dos fenômenos climáticos conhecidos no planeta atualmente é o El Nino
que consiste:
a) Na mudança da dinâmica da altitude e da temperatura.
b) Nas temperaturas suavizadas pela proximidade com o mar.
c) Na modificação da ação da temperatura em relação à latitude.
d) No aquecimento das águas do oceano pacífico, que altera o clima.
e) Na interferência de fatores como pressão e ação dos ventos do oceano
atlântico.
5. O El Niño é um fenômeno natural que ocorre num período
de aproximadamente dois a sete anos. Refere-se ao
aquecimento acima da média (de 3 a 7°C) das águas do
oceano Pacífico próximas à Linha do Equador e à redução
dos ventos alísios (ventos que sopram de leste para oeste)
na região equatorial. Normalmente, no Hemisfério Sul, os
ventos alísios sopram em uma velocidade de média de 15
m/s, aumentando o nível das águas do oceano Pacífico nas
proximidades da Austrália, que é 50cm maior do que as
proximidades da América do Sul. Além disso, estes ventos
provocam correntes que levam as águas superficiais, que
são quentes, nesta direção.
6. 2. O ganhador do Prêmio Nobel, Philip Fearnside, já alertava em
estudos de 2004 que, como consequência do desmatamento em grande
escala, menos água da Amazônia seria transportada pelos ventos para o
Sudeste durante a temporada de chuvas, o que reduziria a água das chuvas
de verão nos reservatórios de São Paulo.
SERVA, L. Para ganhador do Prêmio Nobel, cheias no Norte e seca no
Sudeste estão conectadas. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso
em: 10 nov. 2014.
O fator apresentado no texto para o agravamento da seca no Sudeste está
identificado no(a)
a) Redirecionamento dos ventos alísios.
b) Redução do volume dos rios voadores.
c) Deslocamento das massas de ar polares.
d) Retenção da umidade na cordilheira dos andes.
e) Alteração no gradiente de pressão entre as áreas.
8. 1. A questão aponta a conexão existente entre a
taxa de evapotranspiração, realizada pela
floresta, na Amazônia e a ocorrência de chuvas
no Sudeste, que com o processo de
desmatamento deixaria de ocorrer. Esse
processo pode ser caracterizado como redução
do volume dos rios voadores, ar úmido que viaja
da Amazônia para todo o Brasil.
9. Nas imagens constam informações sobre a
formação de brisas em áreas litorâneas. Esse
processo é resultado de:
a) Uniformidade do gradiente de pressão
atmosférica.
b) Aquecimento diferencial da superfície.
c) Quedas acentuadas de médias
térmicas.
d) Mudanças na umidade relativa do ar.
e) Variações altimétricas acentuadas.
11. 1. A formação das brisas litorâneas (marinha e terral) ocorre
devido à diferença de pressão entre as áreas comparadas
(terra e mar). O menor calor específico do solo faz com
que ele aqueça mais rapidamente criando uma zona de
baixa pressão sobre o continente, e uma zona de alta
pressão sobre oceano, criando assim a brisa marítima. O
Terral é o processo inverso, onde uma zona de alta
pressão é formada sobre o continente e assim os ventos
se originam dessa região. Portanto, o aquecimento
diferencial da superfície origina células de baixa pressão
e alta pressão em diferentes lugares ao longo do dia,
ocasionado uma mudança na direção dos ventos.
12. 4. A convecção na Região Amazônica é um importante
mecanismo da atmosfera tropical e sua variação, em termos de
intensidade e posição, tem um papel importante na determinação do
tempo e do clima dessa região. A nebulosidade e o regime de
precipitação determinam o clima amazônico.
FISCH, G . ; MARENGO, J. A. ; NOBRE, C. A. Uma revisão geral sobre o clima da Amazônia. Acta
Amazônica, v. 28, n. 2, 1998 (adaptado).
O mecanismo climático regional descrito está associado à característica
do espaço físico de:
a) Resfriamento da umidade da superfície.
b) Variação da amplitude de temperatura.
c) Dispersão dos ventos contra-alísios.
d) Existência de barreiras de relevo.
e) Convergência de fluxos de ar.
14. 1. A Amazônia, região de vegetação densa, por
localizar-se próxima à Linha do Equador recebe
com intensidade os raios solares, o que faz com
que a taxa de evapotranspiração seja elevada.
Além disso, a Amazônia encontra-se na Zona de
Convergência Intertropical (ZCI) onde há a
convergência dos fluxos de ar que permite uma
nebulosidade e chuvas.
15. 5. No semiárido brasileiro, o sertanejo desenvolveu uma acuidade
detalhada para a observação dos fenômenos, ao longo dos tempos,
presenciados na natureza, em especial para a previsão do tempo e do clima,
utilizando como referência a posição dos astros, constelação e nuvens.
Conforme os sertanejos, a estação vai ser chuvosa quando a primeira lua cheia
de janeiro “sair vermelha, por detrás de uma barra de nuvens”, mas “se surgir
prateada, é sinal de seca”.
MAIA, D.; MAIA, A. C. A utilização dos ditos populares e da observação do tempo
para a climatologia escolar no ensino fundamental II. GeoTextos, n. 1, jul. 2010
(adaptado).
O texto expõe a produção de um conhecimento que se constitui pela
a) Técnica científica.
b) Experiência perceptiva.
c) Negação das tradições.
d) Padronização das culturas.
e) Uniformização das informações.
17. O texto, mesmo abordando um assunto da
climatologia do semiárido, destaca a
importância da percepção na produção do
conhecimento. A relação da sociedade
com o meio é o objeto de estudo da
geografia, e revela a importância das
ciências locais para a construção de um
saber institucionalizado.
18. 6. Os fundamentos da meteorologia tropical, como mostrou Richard Grove,
foram estabelecidos durante o grande El Niño de 1790-91, que, além de levar a seca e
a fome a Madras e Bengala, desmantelou a agricultura em várias colônias caribenhas
da Inglaterra. Pela primeira vez, medições meteorológicas simultâneas, milhares de
milhas distantes entre si, sugeriram que aquelas condições de tempo extremo talvez
estivessem associadas em todos os trópicos — uma ideia que só seria completamente
desenvolvida durante a seca global de 1876-78.
DAVIS, M. Holocaustos coloniais: clima, fome e imperialismo na formação do Terceiro
Mundo. Rio de Janeiro; São Paulo: Record, 2002.
O fenômeno climático citado ocorre periodicamente e tem como causa o aumento da:
a) Atuação da Massa Equatorial Continental.
b) Velocidade dos ventos no Hemisfério Sul.
c) Atividade vulcânica no Círculo do Fogo.
d) Temperatura das águas do Pacífico.
e) Liquefação das geleiras no Ártico.
20. 7. A relação entre precipitação e temperatura
apresentada indica tratar-se de um clima
a) Tropical, com duas estações bem definidas, uma
seca e outra chuvosa, temperaturas médias mensais
elevadas, amplitudes térmicas anuais acentuadas.
b) Equatorial, com ocorrência de chuvas em todos
os meses do ano, com temperaturas mensais elevadas e
amplitudes térmicas anuais baixas.
c) Subtropical, com chuvas bem distribuídas ao
longo do ano, temperaturas com médias baixas no
inverno e elevadas no verão e amplitudes térmicas anuais
acentuadas.
d) Temperado, com chuvas bem distribuídas
durante o ano, temperaturas quentes no verão e frias no
inverno e amplitudes térmicas anuais acentuadas.
e) Tropical de altitude, com chuvas concentradas
no verão, temperaturas médias anuais baixas e
amplitudes térmicas medianas.
•Enem 2014
INMET. Normais climatológicas do Brasil (1961-1990).
Disponível em: http://www.lce.esalq.usp.br. Acesso
em: 20 out 2011 (adaptado).
22. 8. (ENEM - 2002)
A chuva é determinada, em grande parte, pela topografia e pelo padrão dos
grandes movimentos atmosféricos ou meteorológicos. O gráfico mostra a
precipitação anual média (linhas verticais) em relação à altitude (curvas) em
uma região em estudo. De uma análise ambiental desta região concluiu-se que:
I. Ventos oceânicos carregados de umidade depositam a maior parte desta umidade,
sob a forma de chuva, nas encostas da serra voltadas para o oceano.
II. Como resultado da maior precipitação nas encostas da serra, surge uma
região de possível desertificação do outro lado dessa serra.
III. Os animais e as plantas encontram melhores condições de vida, sem períodos
prolongados de seca, nas áreas distantes 25km e 100km, aproximadamente, do
oceano. É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III
24. 1. A latitude é um importante fator climático que auxilia na
definição das zonas climáticas. A zona que recebe maior
volume de calor no planeta é a:
a) Polar.
b) Subpolar.
c) Temperada.
d) Subtropical.
e) Tropical.
26. A zona climática tropical é a que
possui baixa e média latitudes,
portanto, está localizada na
porção central do planeta, que
recebe maior incidência dos raios
solares.
27. 10. A maritimidade, característica especialmente de
zonas litorâneas, tem como impacto o:
a) Pequeno número de tempestades de verão.
b) Aumento da precipitação de chuvas ácidas.
c) Diminuto nível da umidade relativa do ar.
d) Fenômeno da inversão térmica nas cidades.
e) Registro de menores amplitudes térmicas.
29. 1. A maritimidade é um fator climático que avalia a
interferência da presença de corpos de água no
clima de uma região. Em zonas próximas aos
oceanos e mares, por exemplo, há maior volume
de umidade e menor diferença entre
temperaturas. Assim, a maritimidade atua no
registro de menores temperaturas e amplitudes
térmicas localmente.
30. QUELQUES DÉTAILS D’INTÉRÊTS
CONSENSUS
SCIENTIFIQUE
MOYENS DE
SUBSISTANCE
Vénus a un beau nom,
mais il fait très chaud
Neptune est la planète la
plus éloignée du Soleil
L'IMPRÉVISIBILITÉ
DU VOLCANISME
Mercure est la planète la
plus proche du Soleil
STRATÉGIES DE
LUTTE
Mars est un endroit froid,
pas chaud du tout
31. Fenômenos que determinam o
comportamento dos elementos climáticos.
Tudo que possa interferir na: Temperatura,
umidade e pressão
Fatores do clima
32. LATITUDE - Distância ou medida angular entre
determinado ponto e a linha do Equador. Na linha do
Equador o Sol incide de maneira mais perpendicular,
maior concentração na área Equatorial.
Nas áreas polares o Sol age de maneira mais difusa.
ALTITUDE - Quanto maior a altitude menor
temperatura.
Fatores – LATITUDE E ALTITUDE
33. Correntes marítimas são grandes porções de água
que se deslocam pelos oceanos de um ponto a outro e que
possuem características semelhantes de temperatura e
salinidade. Elas são formadas em função da diferença de
densidade entre as águas quentes e frias, pela ação de
ventos ou pela influência das marés, e podem ser
classificadas em quentes ou frias. As correntes marítimas
influenciam diretamente no clima das áreas banhadas por
elas e atuam na redistribuição de calor e umidade pelo
planeta, além de serem importantes para os ecossistemas
marítimos.
Correntes marítimas
34. São grandes massas de água que se deslocam nos oceanos.
São formadas pela ação das marés, dos ventos ou pela diferente
densidade entre as águas superficiais (mais quentes e menos
salobras) e as subsuperficiais (mais frias e com maior quantidade
de sal).
São classificadas em quentes ou frias.
São exemplos de correntes quentes: corrente do Golfo e
corrente do Brasil.
Um exemplo de corrente fria é a corrente de Humboldt.
Atuam como fatores climáticos, sendo ainda diretamente
importantes no equilíbrio de ecossistemas marinhos e, de forma
indireta, na economia pesqueira das áreas onde atuam.
35.
36. Maritimidade e continentalidade são fatores climáticos
associados à localização de uma área com relação aos
oceanos e atuam diretamente na temperatura, mais
precisamente na amplitude térmica, e também na
umidade do ar. Regiões mais próximas do mar recebem
a influência da maritimidade, enquanto nas áreas mais
distantes do litoral é a continentalidade que atua na
dinâmica do clima.
37. Massas de ar são grandes volumes horizontais de ar que
possuem características homogêneas de temperatura,
umidade e pressão. Tais características são adquiridas na
região de origem dessas massas, e se propagam para outras
áreas à medida que elas se deslocam. As massas podem ser
de origem oceânica ou continental e formadas em
diferentes faixas latitudinais, sendo equatoriais, tropicais ou
polares. As condições de tempo e clima no Brasil são
influenciadas pela atuação de cinco massas de ar.
Massas de ar
38. Temos, assim, os seguintes tipos de massas de ar:
Equatoriais: são formadas nas regiões próximo da Linha do Equador. São massas
de ar quentes e comumente estáveis. Quando formadas sobre os oceanos e sobre
as florestas tropicais, carregam muita umidade. Quando se formam sobre os
continentes ou áreas desérticas, sua umidade é baixa, caracterizando, assim,
massas quentes e secas.
Tropicais: são aquelas que se formam nas proximidades dos trópicos de Câncer
ou de Capricórnio, respectivamente nos hemisférios Norte e Sul. Quando
formadas sobre os oceanos, são massas tipicamente quentes e úmidas, como a
Massa Tropical Atlântica (mTa). A Massa Tropical Continental (mTc) é também
quente, mas dispõe de menor teor de umidade.
Polares: são aquelas formadas nas regiões mais frias do planeta, em latitudes
superiores a 50º Norte ou Sul. Portanto, são massas bastante frias e úmidas,
quando formadas nas superfícies oceânicas, e frias e secas, quando se formam
sobre as superfícies continentais.
39. O território brasileiro se encontra sob a influência de cinco massas de ar.
Massa Equatorial Continental (mEc): diferentemente das demais massas que têm origem em superfícies
continentais, a mEc é uma massa quente e úmida. Isso ocorre porque ela surge sobre a Floresta Amazônica, que
possui alta taxa de evapotranspiração, o que eleva os índices de umidade da porção da atmosfera que se
encontra imediatamente acima dela. Soma-se a isso a umidade derivada dos extensos cursos d’água que formam
a bacia Amazônica. Essa massa atua durante todo o ano na região Norte do Brasil, mas ganha forças no verão e se
desloca também para outras regiões.
Massa Equatorial Atlântica (mEa): trata-se de uma massa quente e úmida que tem origem sobre as águas do
oceano Atlântico. Atua principalmente nos litorais Norte e Nordeste do Brasil, ganhando mais força durante o
verão.
Massa Tropical Atlântica (mTa): origina-se sobre o oceano Atlântico e, por isso, carrega consigo bastante
umidade. Atua sobre o litoral do Brasil por estados das regiões Sul e Sudeste, chegando também em parte do
Nordeste. No inverno, a sua intensidade é reduzida, especialmente na região Sul do país.
Massa Tropical Continental (mTc): origina-se próximo ao Trópico de Capricórnio, adentrando no território
brasileiro a partir do sudoeste. Atua durante todo o ano sobre as regiões Centro-Oeste e Sul principalmente, e
perde um pouco da sua força durante o inverno. Trata-se de uma massa quente e de baixa umidade.
Massa Polar Atlântica (mPa): principal massa de ar fria que atua no território brasileiro, o que se dá com maior
intensidade durante o inverno. Além das baixas temperaturas, caracteriza-se também pelos elevados teores de
umidade. Seu deslocamento proporciona a ocorrência de frentes frias por todo o território nacional, causando a
queda de temperaturas e chuvas frontais, que decorrem do encontro de uma massa fria com outra massa quente.
Na região Norte, é responsável pela friagem.